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Ao entrarmos para o Candomblé nos deparamos com uma nova visão na vida, de hierarquia e do que é realmente importante para nossa existência, para nós, o conhecimento não liberta e sim compromete. Uma vida ao lado do Orixá, será uma vida de compromisso, dedicação e respeito, mas nada impossível de ser realizado, pois vejo muito iyáwò reclamando da falta de tempo para questões pessoais e demais compromissos, confesso que realmente vejo casas de axé onde os filhos não possuem vida, porém são poucos os que conseguem seguir até os setes anos ou alcançar algum destaque na religião. A religião não pode ser uma corrente amarrada em sua perna, que sempre te impede de crescer e evoluir, assim como também não pode ser algo que você só lembra quando precisa. O maior “feitiço” que existe é a lei do retorno, pois a natureza guarda a memória de tudo que fazemos nessa terra e quem é de Orixá, vive isso diariamente, afinal não resgatamos apenas o que plantamos, mas igualmente o que os nossos ancestrais fizeram, isso não parece justo, contudo é o que acontece, só que não estamos aqui para julgar, até porque nunca vi ninguém reclamar de herdar bons frutos. Siga sua fé e procure nela encontrar as verdades e os caminhos necessários para crescer, não pense apenas em colher e tirar proveito de tudo. Cuidado, pois aqueles que trilharam esse caminho, acabaram caindo no fanatismo e consequentemente na loucura, e o que poderia ser positivo, acaba com uma história que muita vezes está apenas começando e não temos paciência para esperar os dias de sol que o nosso Orixá preparou. A vida é medida pelos momentos de superação e felicidade e não deixe ela apenas ser um grande manuscrito de lamentos, isso não é viver, é sobreviver. Muito axé e uma ótima quinta !

Ao Entrarmos Para o Candomblé Nos Deparamos Com Uma Nova Visão Na Vida

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Page 1: Ao Entrarmos Para o Candomblé Nos Deparamos Com Uma Nova Visão Na Vida

Ao entrarmos para o Candomblé nos deparamos com uma nova visão na vida, de hierarquia e do que é realmente importante para nossa existência, para nós, o conhecimento não liberta e sim compromete. Uma vida ao lado do Orixá, será uma vida de compromisso, dedicação e respeito, mas nada impossível de ser realizado, pois vejo muito iyáwò reclamando da falta de tempo para questões pessoais e demais compromissos, confesso que realmente vejo casas de axé onde os filhos não possuem vida, porém são poucos os que conseguem seguir até os setes anos ou alcançar algum destaque na religião.

A religião não pode ser uma corrente amarrada em sua perna, que sempre te impede de crescer e evoluir, assim como também não pode ser algo que você só lembra quando precisa. O maior “feitiço” que existe é a lei do retorno, pois a natureza guarda a memória de tudo que fazemos nessa terra e quem é de Orixá, vive isso diariamente, afinal não resgatamos apenas o que plantamos, mas igualmente o que os nossos ancestrais fizeram, isso não parece justo, contudo é o que acontece, só que não estamos aqui para julgar, até porque nunca vi ninguém reclamar de herdar bons frutos.

Siga sua fé e procure nela encontrar as verdades e os caminhos necessários para crescer, não pense apenas em colher e tirar proveito de tudo. Cuidado, pois aqueles que trilharam esse caminho, acabaram caindo no fanatismo e consequentemente na loucura, e o que poderia ser positivo, acaba com uma história que muita vezes está apenas começando e não temos paciência para esperar os dias de sol que o nosso Orixá preparou.

A vida é medida pelos momentos de superação e felicidade e não deixe ela apenas ser um grande manuscrito de lamentos, isso não é viver, é sobreviver.

Muito axé e uma ótima quinta !