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HISTÓRIA|vestenem
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PRÉ-HISTÓRIA
É o período que inicia com a
evolução cultural do ser humano,
(surgimento do homem primitivo), até o
aparecimento da escrita. Após uma longa
evolução, que se iniciou há cerca de 1
milhão de anos, os descendentes dos
primeiros hominídeos espalharam-se pela
África, Ásia e Europa, posteriormente para
a América. (para a América tem duas
hipóteses para a chegada. A primeira pelo
Estreito de Bering, durante uma glaciação e
a segunda com canoas partindo da África
para as Américas Central e do Sul).
Nome: Australopithecus
Período: 4,2-1,4 milhões
Crânio: 700 cm3
Local: África
Características: Postura semi-ereta e uso
de ferramentas
Nome: Homo Habilis
Período: 2-1,5 milhões
Crânio: 750 cm3
Local: África
Características: Fabricação de artefatos
rudimentares
Nome: Homo Erectus
Período: 1,5 milhões – 300 mil
Crânio: 900 cm3
Local: África, Ásia e Europa
Características: Coluna ereta, controle do
fogo, caçador habilidoso
Nome: Homo Sapiens Neandertalensis
Período: 200-40 mil
Crânio: 1300 – 1600 cm3
Local: África, Ásia e Europa
Características: Fala, religiosidade,
cerimoniais fúnebres
Nome: Homo Sapiens Sapiens
Período: 100 mil até hoje
Crânio: 1300-1600 cm3
Local: Todos os continentes
Características: Todas as atuais
A Pré-história pode ser dividida em
três períodos: o Paleolítico (Selvageria), ou
Idade da Pedra Lascada, o Neolítico
(Barbárie), ou Idade da Pedra Polida e a
Idade dos Metais (Civilização):
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Paleolítico
Período que vai de 2,5 milhões de
anos atrás até 10 mil a.C.. É caracterizado
pelo uso de utensílios elaborados a partir
da pedra lascada – lascas de sílex. Nesse
momento, o ser humano era nômade,
subsistindo a partir da coleta, da caça e da
pesca. Constituía comunidades onde
predominava a propriedade coletiva dos
meios de produção. Cultuavam os mortos e
manifestavam suas atividades (caça) nas
paredes das cavernas, (Pinturas
Rupestres). As famílias nessa época eram
poligâmicas. (Matrilinear)
A partir da descoberta do fogo,
facilitou o cozimento dos alimentos (raízes)
e o homem passou a se proteger melhor
dos animais.
Neolítico
Período que vai de 10.000 a.C. até o
surgimento da escrita (mais ou menos
4000 a.C.). É marcado pelo processo de
sedentarização da espécie humana. A
partir do domínio sobre técnicas agrícolas
onde a mulher arava, semeava e colhia
(trigo, legumes e frutas) e da criação de
animais (cabra, porco, ovelha e cavalos),
realizado pelo homem, aconteceu a
chamada Revolução Neolítica. Sendo
assim, formaram-se os primeiros núcleos
urbanos e deu-se a organização das tribos,
onde inicialmente elas eram autônomas e
auto-suficientes, sem desigualdades
sociais e a propriedade da terra era
coletiva (Comunismo Primitivo).
No entanto, o crescimento da
população, da agricultura, do pastoreio, da
tecelagem e da cerâmica proporcionou a
especialização e a divisão do trabalho.
Surgem as trocas entre as aldeias e inicia-
se o comércio.
Nesse período também foi iniciado o
trabalho em cerâmica, através do
cozimento da argila e com a utilização das
fibras vegetais e a lã possibilitou-se o
surgimento da tecelagem. As famílias
passam a ser monogâmicas. (Patrilinear).
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Idade dos Metais
Foi o momento em que o ser
humano, aperfeiçoando técnicas de
metalurgia, conseguiu elaborar
instrumentos de trabalho e armas (cobre,
bronze e ferro).
Com isso, alguns grupos passaram
a deter a hegemonia sobre outros
(aristocracias) e as sociedades dividiram-
se em classes sociais. Além disso,
passaram a utilizar carro de rodas e barco
à vela.
O Crescente Fértil
A região conhecida como Crescente
Fértil é o semicírculo formado pela
Mesopotâmia, Síria, Palestina e Egito. Local
cercado por planaltos áridos, cadeias de
montanhas e desertos. Ao norte, ficava o
planalto da Anatólia; ao sul, o deserto da
Arábia; a leste, o planalto do Irã e, a oeste,
o deserto do Saara. As regiões litorâneas
do Oriente Próximo eram banhadas pelos
mares Egeu e Mediterrâneo.
CIVILIZAÇÕES ORIENTAIS I
MESOPOTÂMIA
Situa-se no Oriente Médio entre os
rios Tigre e Eufrates, na região conhecida
como Crescente Fértil;
Foi uma região habitada por
diversos povos, cada um com suas
diversidades no que tange sociedade,
política, religião e características em geral.
Sumérios
Ao final do período neolítico,
diversas cidades já haviam sido criadas na
região, todas elas autônomas e habitadas
por sumérios. Eram governadas por
patesis, mistura de chefe militar e
sacerdote. Eles controlavam a população,
cobrando impostos e administrando
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as obras hidráulicas. As terras eram
consideradas propriedades dos deuses.
Desenvolveram relações
comerciais com povos vizinhos e para que
as transações fossem mais proveitosas,
criaram a escrita cuneiforme, composta de
símbolos fonéticos em forma de cunha.
Acádios
O povo acádio que há algum tempo
vinha se introduzindo na região,
estabeleceu sua hegemonia. O rei acádio
Sargão I unificou parte do território,
submeteu os sumérios e incorporou sua
cultura. Com o crescente número de
invasões estrangeiras a permanência do
Império Acádio tornou-se inviável e o
mesmo acabou desaparecendo.
Primeiro Império Babilônico (Amoritas)
Os amoritas estavam entre os
povos invasores que derrubaram os
acádios;
Tinham a Babilônia como sua principal
cidade;
Hamurábi, rei da Babilônia, conseguiu
unificar toda a região, fundando o primeiro
Império Babilônico. Nessa época ocorre a
construção de diversos monumentos como
a Torre de Babel. Hamurábi também foi
importante por organizar o primeiro código
de leis escritas que se tem notícia. O Código
de Hamurábi apresenta diversas penas
para conflitos nas mais diversas esferas.
Elas eram sempre baseadas na Lei de
Talião:” Olho por olho, dente por dente”.
Apesar da prosperidade econômica nesse
período, revoltas internas e a morte de
Hamurábi acabaram provocando a cisão do
Império e o surgimento de diversos reinos
rivais, que só foram submetidos novamente
pelos Assírios
Império Assírio
Os Assírios desde cedo
organizaram um forte Estado militarizado;
Utilizavam cavalos e carros de guerra além
de armas de ferro fundido. As populações
vencidas durante a expansão assíria
terminavam escravizadas e eram
destinadas ao trabalho, enquanto os
vencedores assírios concentravam-se nas
atividades militares.
Eram conhecidos por sua
crueldade, não só porque escravizavam os
povos conquistados, mas também por
torturá-los.
Os assírios conquistaram um vasto império
mas entraram em decadência e foram
conquistados pelos medos e caldeus. Os
caldeus deram origem ao segundo Império
Babilônico.
Segundo Império Babilônico
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A Babilônia voltou a ser a capital do
Império, cujo apogeu viria com o reinado de
Nabucodonosor. Ocorreu a realização de
diversas obras públicas como: templos,
muralhas e os famosos jardins suspensos.
Durante a expansão territorial os
babilônios capturaram e escravizaram o
povo hebreu, levado para a capital. Esse
episódio ficou conhecido como Cativeiro da
Babilônia.
Após a morte do grande imperador a região
foi invadida pelos persas e a partir de então
ficou sob domínio do Império Persa.
Observações sobre a Mesopotâmia
Na Mesopotâmia o modo de
produção era asiático e com servidão
coletiva.
A economia era baseada no
pastoreio, agricultura, comércio e
manufaturas.
Sociedade Estamental e Hierarquizada.
Divisão Social:
Dominantes: Família real, nobreza,
sacerdotes
Camada Média: Militares e comerciantes
Dominadas: Artesãos, camponeses e
escravos.
A religião era politeísta e acreditavam
nesta vida, e não na vida após a morte.
Uma das grandes construções foram os
zigurates (pirâmides para observar os
astros).
Localização: extremo nordeste da
África, às margens do rio Nilo. Terras
naturalmente férteis que possibilitaram
uma rica agricultura.
Período pré-dinástico
Construção de obras hidráulicas,
como consequência do aumento
populacional que ocorreu durante a época
neolítica, para o cultivo de alimentos. Modo
de produção asiático com servidão coletiva
(os membros das comunidades locais
servem ao Estado, o grande proprietário
das terras, por meio de tributos e trabalho).
Surgimento dos nomos, comunidades
agrícolas chefiadas por um nomarca.
Expansão e fusão dos nomos= formação de
cidades.
Formação de dois reinos: o do Alto
Egito ao sul e o Baixo Egito ao norte.
Menés, governante do Alto Egito unifica os
dois reinos, transformando-se no primeiro
Faraó.
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Antigo Império
Longo período de relativa
estabilidade política e social;política e
social;
A população tinha grandes obrigações com
o Estado, além de participar das obras de
irrigação dos nomos, deveria ajudar na
construção de grandes monumentos
arquitetônicos como as pirâmides;
A diminuição das enchentes do rio
Nilo, a fome, a peste e a desorganização da
produção agrícola levaram à
descentralização do poder político, que
ajudaram as invasões no norte do Egito e
consequentemente o fim do Antigo Império.
Médio Império
Os nobres do Alto Egito uniram força
através da figura do faraó e
reconquistaram o poder no Egito, para
tentar controlar a situação de caos que
viviam. Os trabalhos coletivos foram
retomados na sociedade. As classes mais
baixas adquiriram alguns direitos, a
situação econômica se estabilizou, as
doenças diminuíram e os conflitos foram
finalmente combatidos;
Prosperidade material, sustentada no
trabalho servil;
Apesar das melhorias ainda era
grande a pobreza da grande maioria. A
situação de miséria da população e o
retorno da pressão por parte da nobreza,
que exigia maior autonomia, desafiavam a
autoridade do faraó e facilitaram a
penetração estrangeira, como a chegada
dos hebreus e a invasão dos hicsos
(utilizavam cavalos em larga escala e
armas desconhecidas pelos egípcios).Essa
ocupação durou aproximadamente dois
séculos.
Novo Império Foi considerado o apogeu da civilização
egípcia;
Os egípcios se unem a fim de expulsar os
hicsos;
O mesmo fortalecimento, baseado em
identidade cultural, que uniu os egípcios
contra os hicsos, fez com que os mesmos
dominassem e escravizassem o povo
hebreu;
Este período apresenta grande
expansão territorial (subjugaram entre
outros, sírios e fenícios) e o surgimento de
comerciantes;
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O faraó Amenófis IV faz uma
tentativa de substituição do politeísmo pelo
monoteísmo, cuja divindade era o Deus
Aton, representando pelo círculo solar.
Suas reformas não foram aceitas e tiveram
grande impopularidade. Com a morte de
Amenófis IV, seu sucessor Tutancamon,
restabeleceu a religião politeísta;
Grandes conquistas militares foram
realizadas pelo faraó Ramsés II. Após o seu
reinado mais uma vez o poder central se
desintegrou e teve início o período de
decadência do Império.
Problemas internos fizeram com que o
Império se dividisse novamente em dois
reinos, Alto e Baixo e facilitaram a invasão
dos Assírios;
Durante um período relativamente
curto o Egito voltou a ser independente por
meio do faraó Psamético I que conseguiu a
expulsão dos Assírios. Esse período é
chamado de renascimento Saíta e teve
grande desenvolvimento no comércio;
Após este período houve novamente lutas
internas que abriram caminho para novas
invasões, como a dos persas que
derrotaram os egípcios na batalha de
Pelusa e conquistaram a região;
Houve a instauração de uma nova dinastia
de origem macedônica à qual pertencia
Cleópatra.
O Egito cai sob domínio primeiramente dos
romanos e mais tarde árabe.
Observações sobre a civilização Egípcia
A sociedade egípcia era estamental
e hierarquizada.
- As classes dominantes eram: faraós,
sacerdotes, nobres, militares e escribas;
Ø- As classes dominadas eram:
Camponeses (eram a maioria), artesãos e
escravos.
A religião foi muito importante para
a manutenção da ordem existente e,
portanto para o domínio dos camponeses
pelo Estado; para toda a sociedade o faraó
era um deus. A religião por ser politeísta
possuía vários deuses em comum na
civilização como Osíris, Ísis e Hórus.
Desenvolveram técnicas de mumificação
(serviam para preservar os cadáveres),
pois acreditavam na vida após a morte.
Essas técnicas proporcionaram maior
conhecimento da anatomia humana e como
consequência o maior entendimento no
campo da medicina.
Muitos avanços foram feitos na
arquitetura e engenharia. Havia um grande
interesse na ciência por parte dos egípcios,
como o estudo da astronomia que resultou
na criação do calendário solar.
O destaque para a escrita egípcia
foi o desenvolvimento de hieróglifos. A
escrita hieroglífica era considerada
sagrada, mais antiga e composta por mais
de 600 caracteres.
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PERSAS
Império Persa= Atual Irã.
O território do planalto iraniano foi
unificado por Ciro I, rei persa que submeteu
seus vizinhos medos.
Sob o comando de Ciro o império foi
expandido. Os persas invadiram a
Mesopotâmia, a Palestina, a Fenícia,
chegaram ao ocidente (Ásia Menor) e ao
oriente (a Índia).
Ciro foi um grande conquistador, ao
invés de subjugar os povos conquistados,
se aliava à elite local garantido estabilidade
ao território.
Seu filho Cambises, atacou e
venceu o Egito na batalha de Pelusa. Ao
contrário de seu pai, deu início a um
período de centralização autoritária e de
submissão dos povos conquistados. Era
considerado Cruel e violento.
O período de grande crescimento
persa ocorreu no reinado de Dario I que
dividiu o império em satrápias, para melhor
governar. Dario também construiu estradas
que ligavam os principais centros urbanos
do império, criou um eficiente sistema de
correio e implantou uma unidade
monetária chamada dárico.
As chamadas guerras médicas,
travadas contra a Grécia por Xerxes I,
iniciaram a decadência do império Persa.
Mais tarde, todo império persa seria
dominado pelos macedônios.
Observações sobre o Império Persa:
ü Economia baseada na agricultura e
pastoreio e grande desenvolvimento do
comércio;
ü Religião: zoroastrismo na qual pregava
o dualismo (bem X mal);
ü Ideia de céu e inferno que influenciou
os Hebreus.
FENÍCIOS
Localização atual: Palestina.
Seu território foi ocupado antes de
3000. a.C por povos semitas que
destacavam-se principalmente no
comércio marítimo;
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Organizavam-se em cidades-estado
independentes (Biblos, Sidon, Tiro),
chefiadas pela elite mercantil, constituindo
uma talassocracia;
Instalaram colônias em várias regiões no
Mediterrâneo, verdadeiros entrepostos
comerciais.
O contato com diferentes culturas
em virtude das relações comerciais que
mantinham, fez com que eles
incorporassem diversas técnicas às suas,
sendo detentores de grande conhecimento.
Ao mesmo tempo, deram contribuições
como o alfabeto fonético simplificado, que
serviu de base para o alfabeto ocidental
atual.
Desenvolveram a astronomia,
associada às essenciais técnicas de
navegação e matemática ligada às
necessidades do comércio.
A religião era politeísta com
influência estrangeira e sacrifícios
humanos.
HEBREUS
Localização: Palestina e Israel (Rio
Jordão).
Maior desenvolvimento do
pastoreio e pouca atuação na agricultura
devido ao clima seco e a baixa fertilidade
das terras.
Os primeiros hebreus tinham origem
semita.
As primeiras informações que
temos sobre os Hebreus são tidas através
da Bíblia. Consequentemente as
informações históricas confundem-se com
elementos místicos e religiosos.
O primeiro grande líder hebreu foi
Abraão, considerado o primeiro patriarca
(chefe do clã), pregava uma nova religião
monoteísta, cujo Deus único era Jeová, que
logo se tornaria o elemento unificador do
povo hebreu.
Com as crescentes dificuldades
econômicas, muitos hebreus deslocaram-
se para o Vale do rio Nilo, onde a princípio
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foram bem recebidos pelo faraó, porém
mais tarde foram escravizados.
A fuga dos hebreus do Egito,
chamada de Êxodo, ocorreu sob a liderança
de Moisés, que teria recebido os dez
mandamentos de Deus. Após quarenta
anos no deserto, acabaram retornando à
Palestina, sob a liderança de Josué.
Seu sucessor Davi formou um verdadeiro
Estado Hebraico, com governo
centralizado. Com Salomão o Estado
atingiu seu apogeu. Houve grande
desenvolvimento comercial e foi construído
o Templo de Jerusalém.
O Estado não sobreviveu à morte de
Salomão e com as disputas internas pela
sucessão, ocorreu a divisão do território
em dois reinos: o de Israel e o de Judá.
Como consequência vieram as invasões
estrangeiras. Primeiramente pelos assírios
e depois por Nabucodonosor, que levou os
hebreus escravizados para a Mesopotâmia.
Somente quando os Persas invadiram a
Babilônia, os hebreus foram libertados
para voltar à Palestina.
Os últimos invasores da Palestina
na antiguidade foram os macedônios e, a
seguir os romanos.
Somente em 1948 uma
determinação da Organização das Nações
Unidas, criou o Estado de Israel e os judeus
voltaram a se reunir num mesmo território,
constituindo um Estado nacional próprio.
A partir de então foram gerados inúmeros
conflitos com os palestinos.
GRÉCIA
(Do Período Pré-Homérico ao Período
Arcaico.)
Período Pré-Homérico
A origem da civilização grega está ligada à
Ilha de Creta, no sul do mar Egeu. Nessa
Ilha desenvolveu-se uma sociedade
fundada no comércio com as regiões
vizinhas.
O relevo montanhoso e o
consequente isolamento das localidades
facilitaram a organização de cidades-
Estado autônomas.
Existe a possibilidade de a
civilização cretense ter sido uma unidade
política, governada por um rei lendário
chamado Minos, onde existiam vários
reinos. É com este rei que teria surgido a
lenda do Minotauro.
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Nessa época, ao contrário do que
acontecia normalmente, as mulheres
tinham grandes privilégios. Em decorrência
disso, a religião cretense mostrava-se
matriarcal, com a figura da Grande Mãe,
sua principal divindade.
Uma grande invasão de aqueus
levou fim à soberania de Creta e o
surgimento da civilização micênica. Essa
civilização foi a fusão entre cretenses e
aqueus. Os aqueus incorporaram valores
dos habitantes de Creta, entretanto
mantiveram a supremacia do
patriarcalismo na sociedade.
Mais tarde os dórios impuseram
um violento domínio sobre a região da
Grécia, causando não só o fim da civilização
micênica, mas também o deslocamento de
um grande número de pessoas, da Grécia
continental para as ilhas do Mar Egeu e
para a costa da Ásia Menor. Esse processo
ficou conhecido com a primeira diáspora
grega.
Período Homérico:
Essa fase tem como base descritiva
os poemas Ilíada (uma descrição da Guerra
de Troia) e Odisseia (narração das
aventuras de Ulisses, herói grego).
Foi um período caracterizado pela
comunidade gentílica, onde existiam os
genos, pequenas unidades agrícolas, auto-
suficientes. Nessas unidades tudo estava
sobre o controle do pater, chefe
comunitário, que exercia funções
religiosas, administrativas e judiciárias.
Com a agregação de diversos
genos, houve a formação de uma unidade
maior com uma estrutura muito mais
ampla, chamada de demos (povo ou
povoado), que tinha como chefe supremo o
basileu, um autêntico rei.
O fim do domínio gentílico sobre a
terra fez com que os parentes mais
próximos do pater apropriassem-se das
terras mais ricas, passando a ser
conhecidos como eupátridas (os bem-
nascidos), verdadeiros latifundiários. O
restante da terra foi dividido entre os
georgoi (agricultores), pequenos
proprietários. Os mais prejudicados nessa
divisão foram os thetas (marginais),
excluídos da divisão das terras.
Os novos grupos sociais, a
propriedade privada da terra e o
surgimento dos demos marcaram o
surgimento da polis (cidade-estado) grega.
Tendo como ponto geográfico central a
acrópole (templo e palácio), local mais
elevado da povoação.
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Com a crescente expansão
demográfica e o aumento na escassez de
terras, teve o início o processo de
colonização grega no Mediterrâneo, com o
estabelecimento de inúmeras pólis gregas
em toda a região. Esse processo ficou
conhecido como segunda diáspora grega.
Período Arcaico:
Foi o período de consolidação das
cidades-estado. Os grandes proprietários
de terras tornaram-se o grupo social
dominante em cada polis, organizando um
regime oligárquico. Houve o surgimento de
mais de cem polis gregas espalhadas pela
península balcânica e orla do Mediterrâneo,
sendo Atenas e Esparta as mais
importantes.
ESPARTA
Situava-se na região da Lacônia, na
península do Peloponeso, foi formada na
invasão dos dórios, por isso seu caráter
militarista. Situava-se em uma planície
fértil, o que representava uma exceção no
território grego, e por ter terras férteis, sua
economia era baseada na agricultura.
A sociedade espartana era formada por:
ü Espartanos/Esparciatas: principal
grupo social e elite militar, eram
detentores do poder econômico.
Concentravam ainda o poder político e
religioso, marginalizando as demais
categorias sociais.
ü Periecos: habitantes da periferia da
polis, eram pequenos proprietários que
se dedicavam ao comércio e ao
artesanato em pequena escala.
ü Hilotas: servos, de propriedade do
Estado. Sem direitos políticos, tinham
seu trabalho explorado pelos
esparciatas. Durante os rituais de
passagem, cripteia, um grupo de jovens
esparciatas era designado para
assassinar líderes em potencial entre
os hilotas.
Sua legislação teria sido criada por
Licurgo, e se fundava no monopólio político
dos cidadãos-guerreiros.
Instituições:
- Ápela: Uma grande assembleia,
responsável pela eleição da gerúsia e
do eforato, formada por esparciatas
maiores de 30 anos;
- Gerúsia: Tinha atribuições legislativas
e judiciárias e era composta por 28
esparciatas com mais de 60 anos;
- Éforos: Tinham funções executivas;
- As funções religiosas e militares
estavam nas mãos de dois reis,
formando uma diarquia.
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ATENAS
Situa-se na região da Ática, sul da
Grécia. Cercada por montanhas, foi
poupada das invasões dóricas. Tinha uma
sociedade mais intelectualizada e dividida
em: Eupátridas (aristocratas), georgóis
(agricultores), demiurgos (artesãos), thetes
(marginais), metecos (estrangeiros) e
escravos.
Teve durante muito tempo uma
monarquia, mas esse regime foi substituído
pelo Arcontado, órgão de poder formado
por indivíduos com mandatos anuais. Além
disso, havia o Aerópago, conselho de
eupátridas,
responsáveis pelo controle e fiscalização
dos arcontes.
A escassez de terras fez com que
os atenienses se lançassem ao mar com o
objetivo de fundar colônias comerciais ou
de povoamento. A expansão pelo
Mediterrâneo provocou muitas mudanças
nas estruturas econômicas de Atenas.
Pequenos proprietários (os georgoi),
incapazes de concorrer com os produtos
baratos ou de melhor qualidade que
vinham das colônias, acabaram perdendo
suas terras. Muitas vezes endividavam-se e
acabavam sendo escravizados diante da
impossibilidade de pagar suas dívidas.
Com a instabilidade do poder
oligárquico, uma nova categoria de homens
enriquecia pelo comércio, os demiurgos,
que devido à sua ascensão econômica,
começaram a questionar o poder político
exercido pelos eupátridas, aumentando as
tensões sociais.
Para tentar diminuir esse quadro
de instabilidade, surgiram vários
legisladores.
Drácon: organizou e tornou público
um registro escrito das leis, que até o
momento eram orais e de conhecimento
apenas dos eupátridas. Apesar dos
avanços, os privilégios dos eupátridas
continuavam e a insatisfação entre as
demais classes crescia.
Sólon: eliminou a escravidão por
dívidas. Dividiu a sociedade de forma
censitária, de acordo com a renda de cada
indivíduo, possibilitando a ascensão dos
demiurgos. Criou ainda a Bulé (conselho
dos quatrocentos), a Eclésia (assembleia
popular que aprovava as leis preparadas
pela Bulé) e o Helieu (tribunal de justiça
aberto a todos os cidadãos).
As mudanças criadas por Sólon,
desagradaram a elite eupátrida e
intensificou as lutas sociais o que deu
origem ao período das Tiranias, governo de
indivíduos que tomavam o poder.
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Os tiranos mais importantes foram:
- Psistrato: gerou empregos com obras
públicas e com isso conseguiu alcançar
estabilidade;
Ø- Hiparco/Hípias: houve o retorno da
crise.
Clístenes, conhecido como o pai da
democracia, liderou uma rebelião contra o
último tirano e criou reformas que
culminaram na implantação de uma
democracia escravista.
Seu governo teve como
características: a exclusão de mulheres,
escravos e metecos; participação exclusiva
para cidadãos homens, filhos de pai e mãe
atenienses; criou o ostracismo, mecanismo
de defesa da democracia que exilava por
dez anos todo aquele que fosse
considerado uma ameaça à democracia,
sem retirar os bens e as terras que lhe
pertenciam.
Esparta Atenas
Localização Sul do Peloponeso
Planície da Ática
Características
Fundada pelos Dórios
Militaristas
Aristocrática
Fundada pelos Jônios
Democracia
Cultura liberal
Organização Social
Esparciatas (cidadãos)
Periecos (livres sem direito
Eupátridas (cidadãos)
Metecos (estrangeiros)
político)
Hilotas (escravos)
Escravos
Organização Política
Diarquia
Gerúsia
Ápela
Conselho dos Éforos
Monarquia
Oligarquia
Tirania
Democracia
Educação
Militar; sob a responsabilidade do Estado; serviço militar até 60 anos.
em casa; valorizavam o culto, o belo, o saber
Governantes Principal legislador: Licurgo
Drácon: primeiras leis escritas. Sólon: acabou com a escravidão por dívidas. Psístrato: tirano, tomou o poder pela força. Cl ístenes: introduziu a democracia. Péricles: estabeleceu a justiça com tribunais populares.
Período Clássico e Período
Helenístico
Período Clássico, Século de Péricles ou
Século de ouro de Atenas
Foi marcado por violentas lutas dos gregos
contra povos invasores e entre si. Apesar
disso esse período foi o apogeu da antiga
civilização grega, concentrando suas
maiores realizações culturais
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Guerras Médicas ou
Guerras Greco-Pérsicas
Teve como motivo a disputa pelo comércio
na Ásia Menor.
Durante a guerra, as polis
formalizaram uma aliança conhecida como
Liga de Delos. Várias polis se uniram para
enfrentar os persas. As cidades membros
pagavam impostos que eram depositados
na ilha de Delos para sustentar a frota e os
exércitos.
Dario I é derrotado na batalha de
Maratona pelos atenienses. Seu filho
Xerxes vence em Termópilas, mas perde
em Salamina e Platea, tendo os gregos
derrotado os persas.
Com o fim da guerra, Atenas, com
seu prestígio e poder econômico, logo
passou a administrar os recursos de Delos,
tornando-se líder da Liga. Como os
impostos continuaram a ser cobrados, isso
gerou uma insatisfação nas demais cidades
gregas. Atenas passou a subordinar a
maior parte das cidades-Estado.
Durante o governo de Péricles a
democracia foi aprimorada. Péricles criou
uma pequena remuneração em dinheiro
para os ocupantes de cargos públicos,
possibilitando a participação popular nos
assuntos da administração da cidade. Além
disso, em seu governo foi realizada a
reconstrução e o embelezamento de
Atenas, com destaque para a construção do
Partenon. A democracia de Atenas tinha
como base o imperialismo sobre as demais
polis.
A insatisfação contra o domínio de
Atenas não existia apenas na Liga de Delos,
o que resultou na formação da Liga do
Peloponeso, com Esparta à frente.
A guerra do Peloponeso
Com a morte de Péricles, Atenas é
derrotada e perde a sua hegemonia. A
vitória é conquistada pela Liga do
Peloponeso e Esparta passa a ter
hegemonia e dominar politicamente a
Grécia por alguns anos.
A cidade de Tebas cria a Liga de
Beócia, vence Esparta e tornas-se
hegemônica.
As guerras constantes enfraquecem as
cidades-estado abrindo caminho para as
invasões macedônicas.
Período Helenístico
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Período de dominação macedônica
através de Felipe II e seu filho Alexandre
Magno. É caracterizado pelo grande
desenvolvimento urbano e comercial.
O império de Alexandre o Grande
não sobrevive à sua morte e aos poucos vai
se esfacelando.
Há a formação da cultura
helenística que é a mescla da cultura grega
a elementos orientais.
Entre os feitos notáveis estão:
A astronomia que se desenvolveu
com a teoria geocêntrica;
A criação de esculturas como a Venus de
Milo;
O desenvolvimento da matemática
e da física;
Influência da Superstição e do
irracionalismo;
A formação das escolas filosóficas
como o Epicurismo, Estoicismo e
ceptcismo.
Vênus de Milo
Vitória de Samotrácia
Laocoonte e
seus Filhos
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ROMA
MONARQUIA
Origem Lendária: Segundo a obra
Eneida, escrita por Virgílio, Roma teria sido
criada por Rômulo e Remo, descendentes
do guerreiro troiano Enéas.
Origem Histórica: Roma foi uma
aldeia que recebeu influência de diversos
povos: etruscos, samnitas, sabinos, latinos
e gregos, dedicada à agricultura e
pastoreio. Provavelmente originou-se do
estabelecimento de latinos que buscavam
defender-se de incursões etruscas.
A documentação relativa à
fundação de Roma registra Rômulo de fato
como primeiro rei de Roma, embora como
figura lendária.
As classes sociais deste período são
formadas por:
Patrícios - Grandes proprietários de
terras, formando uma aristocracia que
detinha inúmeros privilégios.
Plebeus - Homens livres que não
possuíam direitos políticos. Eram
marginalizados.
Clientes - Plebeus que prestavam
serviços aos patrícios e eram seus
dependentes.
Escravos - Endividados ou vencidos
em guerras, considerados apenas mão de
obra e ainda pouco numerosos no período
monárquico.
Do ponto de vista político o rei
possuía funções executivas, judiciais e
religiosas, mas tinha o poder limitado pelo
Senado, órgão político comandado pelos
patrícios.
O conjunto dos cidadãos em idade
militar formava a Assembleia ou Cúria, que
validava as leis votadas pelo Senado.
Os patrícios ao notarem a tentativa
de aproximação dos últimos reis com a
plebe se revoltaram e proclamaram a
república.
REPÚBLICA
Tinha como órgão máximo de poder
o Senado. Mantinha suas funções
legislativas e agora também controlava a
administração e as finanças.
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Os demais magistrados da
República eram:
Cônsules - propunham leis,
presidiam o Senado e as assembleias e, em
caso de guerra, nomeavam um ditador
temporário por um período de seis meses;
Pretores - administravam a justiça;
Censores- faziam o censo, contavam e
classificavam a população de acordo com a
renda;
Edis - deveriam conservar o núcleo
urbano da cidade, além do abastecimento e
policiamento;
Questores - encarregados do
tesouro público.
Por serem marginalizados e
impedidos de ter direitos na política, os
plebeus revoltaram-se e retiraram-se de
Roma para o Monte Sagrado, passando a
exigir representação política. Os patrícios
cederam e criaram o cargo de Tribuno da
Plebe. Eleitos pelos plebeus tinham poder
de veto sobre as decisões do Senado.
Outras concessões feitas à plebe:
Lei das doze Tábuas - primeira
compilação de leis romanas;
Leis Licínias - Estabeleceu que um
dos cônsules sempre seria plebeu;
Lei Canuleia - Passou a permitir os
casamentos entre membros de classes
diferentes, até então proibido;
Lei Hortênsia - Plebiscito com força
de lei.
Essas concessões ocorreram
durante a primeira expansão romana, na
península
Itálica. O apogeu dessas conquistas
ocorreu com as Guerras Púnicas, contra
Cartago. A guerra ocorreu por uma disputa
de território comercial na bacia do
Mediterrâneo.
Ocorreram três grandes guerras que
resultaram na destruição de Cartago e no
controle romano do vasto território
espalhado pelo Mediterrâneo.
Entre as consequências da
expansão estão: o aumento do número de
escravos, aumento da grande propriedade
que leva à falência a pequena propriedade,
os plebeus não conseguem concorrer com
a importação de produtos agrícolas e
acabam abandonando o campo, levando ao
êxodo rural.
Os plebeus migram para a cidade
em busca de refúgio e isso gera um
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processo de proletarização, submetidos à
política do pão e circo.
A cidade de Roma passou a crescer
rapidamente. Houve o surgimento de uma
nova classe, chamada de os homens-novos
(cavaleiros) formada por plebeus
enriquecidos, comerciantes e generais do
exército. Toda essa situação levou ao
enfraquecimento dos patrícios e a guerra
civil entre populares e conservadores não
tardou.
Os irmãos Tibério e Caio Graco,
tribunos da plebe, ainda tentaram superar
a crise sugerindo a reforma agrária, mas
como os patrícios não aceitaram qualquer
tipo de mudança, promoveram o
assassinato de Tibério e dez anos depois
forçaram o suicídio de Caio. Assim iniciou-
se a guerra civil.
Ocorrências da Guerra Civil:
Ditadura de Mario (ligado à plebe) e
Silas (líder aristocrático);
Revolta dos escravos, liderada por
Espartacus;
Formação dos Triunviratos (junta
militar formada para melhor governar
Roma) para evitar a guerra civil;
Primeiro Triunvirato: Júlio César,
Pompeu e Crasso (morte de Crasso rompe
o equilíbrio levando à disputa Pompeu e
Júlio César; Júlio César vence);
Assassinato de Júlio César
(Proclama-se ditador vitalício e centraliza
todo o poder em suas mãos, enfraquecendo
o Senado que arma uma conspiração para
causar a sua morte);
Segundo Triunvirato: Marco
Antônio, Otávio e Lépido (entram em
conflito).
Disputa entre Marco Antônio e
Otávio;
Otávio proclama o Império.
ROMA
IMPÉRIO
Otávio vence Marco Antônio e
centraliza o poder tornando-se o primeiro
imperador romano
Principado / Alto Império
Como o poder agora estava
centralizado nas mãos do imperador e a
influência do Senado diminuiu fortemente,
o imperador não era mais visto somente
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como uma figura política, mas também era
cultuado como um Deus era chamado de
Augustus (o divino).
A tensão social foi atenuada entre a
aristocracia patrícia e os comerciantes
enriquecidos com a expansão territorial,
graças à burocracia criada pelo imperador,
devido ao seu caráter censitário.
Para consolidar o processo Otávio
Augusto oficializou a política do “pão e
circo”, distribuindo trigo e oferecendo
espetáculos públicos para os menos
favorecidos a fim de evitar conflitos.
Com a expansão e a conquista de
territórios aumentou em grande
quantidade o número de escravos, e eram
eles os responsáveis pela base de toda a
economia romana.
O governo de Otávio Augusto
também foi marcado por grande avanço
cultural. Entre seus feitos estão belíssimas
construções e grande desenvolvimento
literário. Esse período ficou caracterizado
pela Pax Romana, um período de
estabilidade.
Com a morte de Otávio Augusto
assumiu Tibério e igual a ele, vários foram
os sucessores lembrados por seus feitos
negativos. Os governos foram marcados
por intrigas, conspirações e perseguições.
Tibério manteve a linha de governo de
Otávio Augusto, mas permitiu o
crescimento da corrupção e da
imoralidade. Foi durante seu governo que
Jesus Cristo foi crucificado.
Calígula, sucessor de Tibério, era
conhecido por sua natureza extravagante e
cruel. Além das orgias que promovia,
chegou a promover seu cavalo, cônsul
romano. Seu sucessor Cláudio, em meio Às
disputas palacianas, acabou sendo
envenenado por sua própria esposa.
Outro imperador, conhecido por sua
reputação, de maneira negativa, foi Nero,
que foi acusado de ter ateado fogo em
Roma e posto a culpa nos cristãos, por se
negarem a adorá-lo como um Deus. Com
Nero tem início as grandes perseguições
aos seguidores do cristianismo.
Somente meio século depois foram
superadas as disputas violentas e retomou-
se a expansão territorial.
Dominato / Baixo Império
Período em que a civilização
romana entra em crise. A expansão
territorial foi se esgotando. Esse
esgotamento ocorreu principalmente pela
pressão exercida pelos povos dominados e
vizinhos. A interrupção da expansão
territorial para a manutenção e o
fortalecimento das fronteiras levou à
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escassez de mão de obra. A economia
escravista romana entrou em crise.
Em meio à decadência, a
intervenção do Estado romano começou a
aumentar fortemente. Passaram a intervir
na vida econômica e social da população.
Nesse período destacaram-
se os imperadores:
Diocleciano - Criou o Édito Máximo,
fixando os preços das mercadorias e
salários, numa tentativa de combater a
crescente inflação, criou a tetrarquia,
dividindo o império entre quatro generais e
foi o responsável pela última perseguição
aos cristãos;
Constantino - Por meio do Édito de
Milão declarou liberdade de culto aos
cristãos, encerrando a violenta perseguição
que sofriam e construiu uma segunda
capital para o império: Constantinopla.
Teodósio - Tornou o cristianismo a
religião oficial do império, pelo Édito de
Tessalônia e dividiu o império em: Império
Romano do Oriente (com capital em
Constantinopla) e
Império Romano do Ocidente (com
capital em Roma).
No governo de Teodósio se intensificaram a
entrada dos bárbaros na região. No início
foram recebidos no império como
trabalhadores agrícolas, o que era visto
como proveitoso, graças à crise do sistema
escravista, mas logo a entrada se
transformou em invasão e em 476, os
hérulos invadiram e saquearam a cidade
de Roma, derrubando o último imperador e
dando fim ao Império Romano do Ocidente.
QUESTÕES I
1- Os Estados Teocráticos da -
Mesopotâmia e do Egito evoluíram
acumulando características comuns e
peculiaridades culturais. Os Egípcios
desenvolveram a prática de embalsamar o
corpo humano por que:
a) se opunham ao politeísmo dominante na
época.
b) os seus deuses, sempre prontos para
castigar os pecadores, desencadearam o
dilúvio.
c) depois da morte a alma podia voltar ao
corpo mumificado.
d) construíram túmulos, em forma de
pirâmides truncadas, erigidos para a
eternidade.
e) os camponeses constituíam categoria
social inferior.
Resposta C
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2- O cristianismo, na sua origem, está
repleto de heranças (em geral modificadas)
da religião judaica; mas há, também,
elementos que não são partilhados por
essas duas concepções religiosas. Dentre
eles, podemos destacar:
a) a referência ao Antigo Testamento como
escritura sagrada.
b) o conceito de culpa como elemento
estruturante da moral religiosa.
c) a fé em um deus único.
d) o alcance universal do ideal de salvação.
e) a adoção de uma moral sexual que
valoriza a monogamia
Resposta D
3- Sobre a Realeza, entre os Hebreus não
se pode afirmar:
a) foi o período de apogeu do Estado,
principalmente durante o reinado de
Salomão;
b) nesta época ocorreu a Diáspora,
promovida pelos romanos, entre os
Hebreus, em função do caráter
revolucionário do cristianismo;
c) ocorreu a divisão política dos hebreus
em dois reinos: Israel e Judá;
d) os filisteus invadiram Canaã.
Resposta D
4-Leia o texto. " . . . essencialmente
mercadores, exportavam pescado,
vinhos, ouro e prata, armas,
praticavam a pirataria, e
desenvolviam um intenso comércio
de escravos no Mediterrâneo. . . "
O texto refere-se a características que
identificam, na Antiguidade Oriental, os:
a) fenícios.
b) hebreus.
c) caldeus.
d) egípcios.
e) persas
Resposta A
5- Os Estados Teocráticos da Mesopotâmia
e do Egito evoluíram acumulando
características comuns e peculiaridades
culturais. Os Egípcios desenvolveram a
prática de embalsamar o corpo humano
por que:
a) se opunham ao politeísmo dominante na
época.
b) os seus deuses, sempre prontos para
castigar os pecadores, desencadearam o
dilúvio.
c) depois da morte a alma podia voltar ao
corpo mumificado.
d) construíram túmulos, em forma de
pirâmides truncadas, erigidos para a
eternidade.
e) os camponeses constituíam categoria
social inferior.
Resposta C
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6- Em relação à religião no antigo Egito,
pode-se afirmar que:
a) a religião no antigo Egito, como nos
demais povos da Antiguidade, não tinha
grande influência, já que estes povos, para
sobreviverem, tiveram que desenvolver
uma enorme disciplina no trabalho e viviam
em constantes guerras.
b) a religião tinha apenas influência na vida
da família dos reis, que a usava como
forma de manter o povo submetido a sua
autoridade.
c) o período conhecido como antigo Egito
constitui o único em que a religião foi quase
inteiramente esquecida, e o rei como
também o povo dedicaram-se muito mais a
seguir a tradição dos seus antepassados,
considerados os únicos povos ateus
da Antiguidade.
d) a religião do povo no antigo Egito era
bastante distinta da do rei, em razão do
caráter supersticioso que as camadas mais
pobres das sociedades antigas tinham,
sobretudo por não terem acesso à escola e
a outros saberes só permitidos à família
real.
e) a religião dominava todos os aspectos da
vida pública e privada do antigo Egito.
Cerimônias eram realizadas pelos
sacerdotes a cada ano, para garantir a
chegada da inundação e, dessa forma, boas
colheitas, que eram agradecidas pelo rei
em solenidades às divindades.
Resposta E