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ANO 1 | EDIÇÃO 78| DIÁRIO | SEXTA - FEIRA, DE 17 DE MAIO DE 2013 - R$ 1,00 Circulação nos municípios de Cachoeirinha, Gravataí, Alvorada, Canoas e Sapucaia do Sul Família Suzin busca apoio da comunidade para transplante de medula do pequeno Daniel, de 10 anos ►política Página 7 ►apoio A poucos passos da vitória Cachoeirinha será contemplada com Unidade de Pronto Atendimento Página 4 A cura Mamografias tem maior procura com ações como do programa da Secretaria da Saúde Moradora de Cachoeirinha, relata como foi realizar a mastectomia radical e conta que a doença precisa ser enfrentada de frente Ações do IMAMA Fé, coragem e persistência na superação do Câncer de Mama Páginas 5, 6 e 7 ►contracapa Página 12 ►esporte Preparação para a Copa de 2014 começa por Gravataí Página 9 ►polícia Tornozeleiras eletrônica Página 10 Idosos estão vivendo com menor qualidade de vida

ANO 1 | EDIÇÃO 78| DIÁRIO | Sexta - feira, de 17 DE MAIO DE 2013 - R$ 1,00

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Cachoeirinha, 17/05/2013 ■ Pág. 1

ANO 1 | EDIÇÃO 78| DIÁRIO | SExtA - fEIRA, DE 17 DE MAIO DE 2013 - R$ 1,00Circulação nos municípios de Cachoeirinha, Gravataí, Alvorada, Canoas e Sapucaia do Sul

Família Suzin busca apoio da comunidade para transplante de medula do pequeno Daniel, de 10 anos

■Página 3

►política

■Página 7

►apoio

A poucos passos da

vitória

Cachoeirinha será contemplada com Unidade de Pronto Atendimento

■Página 4

A cura√Mamografias tem maior procura com ações

como do programa da Secretaria da Saúde

√Moradora de Cachoeirinha, relata como foi realizar a mastectomia radical e conta que a doença precisa ser enfrentada de frente

√Ações do IMAMA

Fé, coragem e persistência na superação do Câncer de Mama

■Páginas 5, 6 e 7

►contracapa

■Página 12

►esporte

Preparação para a Copa de 2014 começa por Gravataí

■Página 9

►polícia

Tornozeleiras eletrônica

■Página 10

Idosos estão vivendo com menor qualidade de vida

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Pág. 2 ■ Cachoeirinha, 17/05/2013

PREVISÃO DO TEMPO

LOTERIAS

Opiniã[email protected]

Opinião

Artigo do dia

Os artigos publicados com a assinatura nesta página não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade dos seus autores. As cartas para o Espaço do Leitor, com a assinatura´, endereço, númnero de Identidade e Telefone de contato para confirmação deverão ser enviadas para o e-mail da Redação do Correio de Cachoeirinha: correio de [email protected] Por razões de clareza ou espaço, as cartas poderão ser publicadas resumidamente.

FerrOvIAS: hOrA de AgIrOs problemas da infraestrutura brasileira já

se arrastam há anos. Diante do crescimento da atividade econômica, essa situação se agrava ainda mais. Muitos erros e apenas alguns acer-tos foram cometidos nesse período. No entanto, mais do que olhar para o passado e discutir o que se fez ou o que se deixou de fazer, o momento requer uma mobilização em torno de ações prá-ticas.

A finalização da Ferrovia Norte-Sul é uma dessas possibilidades objetivas. A obra será um dos principais fatores para diminuir a defasa-gem estrutural do País. Sem ela, o transporte de um contêiner da cidade de São Paulo até o porto de Santos tem um custo aproximado de R$ 1.200,00. Com esse mesmo valor, é possível atravessar os Estados Unidos, de costa a costa, sobre os trilhos. Portanto, o preço pago por uma carga que trafega 4,3 mil km em solo america-no é o mesmo de outra que percorre 120 km no Brasil.

Na Assembleia do Rio Grande do Sul foi instalada uma frente parlamentar para buscar apoio e, principalmente, mobilizar a gestão pú-blica em torno da qualificação e da ampliação do modal ferroviário. O trabalho já colheu bons resultados: ainda na legislatura anterior, quando a frente era uma comissão especial, incluímos as questões comerciais do Mercosul no debate da Ferrovia Norte-Sul.

Além disso, cobramos ações da concessio-nária que atende parte dos trechos para minimi-zar deficiências existentes. Agora, os esforços vão se concentrar para fazer a obra avançar. No contexto da economia global, o Brasil já fez o mais difícil: constituiu uma produção pujante e competitiva. Nesse cenário favorável, resta abrir novos trilhos para o progresso – trilhos de trem! Apesar de complexo, esse desafio é muito menor do que nossa capacidade de trabalho e supera-ção.

Uma empresa do Grupo 2M Ltda

Representante Comercial:(51) 3272-9595

Jornal Diário Oficial dos Municípios Ltda | CNPJ nº 08070493/0001-48 | Tiragem – 8.000 exemplares | Avenida General Flores da Cunha, nº 1320 sala 802 - Cachoeirinha - RS | CEP: 949100-002

Diretor geral: Moacir Oliveira Menezes | Departamento comercial: Grupo de Diários | Redação: Carolina Candido (MTE 14787) Caroline Weigel , Thiago Kittler | Diagramação: Carolina Candido| Colaboradores: Iara Maurente, Roberto Teixeira, Érika Waleska Timm

Fone: 51 - 34971078 | Acesse o site: www.correiodecachoeirinha.com

Zilá Breitenbach | Deputada estadual/PSDB

quINTA-FEIRA Mín.17°, máx. 28°

Sol com algumas nuvens. Não chove.

A Campanha de Vacinação contra a Gripe A em Gravataí ul-trapassou a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde e imu-nizou 84,45% do público alvo residente no município. Ao todo, 52.436 pessoas foram vacinadas, sendo 34.093 dentro dos gru-

pos prioritários e 18.393 portadores de doenças crônicas. Os únicos grupos prioritários que não alcançaram as metas de va-cinação foram o de gestantes e os trabalhadores em saúde. Eles chegaram a 70,3% e 75,45% de cobertura, respectivamente.

Meta atingida

Jornal correio de cachoeirinha registrado sob o número 18.507 | Fl. 185 - livro a - 03

da comarca de cachoeirinha | ofício dos registros públicos

Condenado por Zeus a sustentar o globo por toda eternidade, Atlas – personagem da mitologia grega – faz lembrar a classe média brasileira. Há algum tempo, vem sendo vergonhosamente extorquida pelo Estado. Este último, como forma de custear os famigerados “progra-mas sociais”, muitos deles flagrantemente eleitoreiros, tem impingido à classe média verdadeiro martírio. In-dubitavelmente, tem sido ela a faixa da população que mais perdeu espaço e importância, especialmente do ponto de vista econômico. Os tentáculos da Receita Fe-deral a chicoteiam e a dilaceram. A classe média deste país tem arcado com a maior parte do elevado custo do mastodôntico Estado brasileiro. Um Estado excessiva-mente pesado, corrupto, ineficiente e incompetente. Um Estado que, historicamente, vem sendo acometido por uma letargia nascida, em grande parte, do jogo político que, por um lado, garante privilégios para alguns pou-cos, enquanto, por outro, lança a maioria da população às traças, sem a devida e necessária prestação dos servi-ços públicos. Educação, saúde, saneamento, transporte, segurança... Nenhum, absolutamente nenhum, serviço público vem sendo prestado a contento. Assim, a clas-se média acaba por ser penalizada duplamente. Paga, a duras penas, escola privada, previdência complementar, segurança terceirizada, plano de saúde, pedágio, etc., para que possa sobreviver nesta selva chamada Brasil. Paga por serviços que deveriam ser prestados pelo ente público. Verdadeiro estelionato institucionalizado, sob o olhar omisso daqueles Poderes que, em tese, deve-riam contrabalancear e fiscalizar o Executivo. Farinha

do mesmo saco. Diga-se de passagem, um saco tomado de gatunos, muitos deles beneficiados por privilegia-dos planos de carreira e benesses vitalícios. Enquanto isso, a classe média segue pagando a pesada e, cada vez mais, insuportável conta. Aumenta-se, ano após ano, a arrecadação, na mesma medida que aumenta o caos das escolas, estradas, hospitais e presídios, por exemplo. Criminosa e tirana equação. Sobram comerciais – pa-gos a preço de ouro –, faltam ações capazes de transfor-marem os discursos de campanha em práticas efetivas. O Brasil mais parece um eterno e cômico – não fosse trágico – arremedo. Copiamos dos países desenvolvi-dos apenas o invólucro, jamais o conteúdo. Importamos apenas imagens, olvidamos o mais importante. Ganham apenas alguns poucos: bancos e grandes empresas, que, por meio de vultosos lobbies corrompem pessoas e comprometem estruturas. As “agências reguladoras” – surgidas sob a égide da decantada eficiência – não pas-sam de cabides de emprego e de moeda de troca em benefício de interesses escusos. O cheiro fétido que brota dos corredores do Planalto (síntese do asqueroso Estado brasileiro), vez por outra, é escamoteado por ini-ciativas que só aparentemente agraciam os mais pobres. Doam-se migalhas como forma de não dividir o bolo. A tática, apesar de angariar os votos dos maiores bolsões de miséria, é incapaz de ocultar as homéricas contradi-ções sociais. Tática que não arrefece o sentimento de injustiça e de quase ódio. Sentimento que encontra eco e terreno fértil no vexatório estado em que se encontra a classe média brasileira.

ATLAS

Colabore com a edição do Jornal enviando suas sugestões de assuntos, festas e atividades para o e-mail [email protected]

ou entre em contato pelo telefone 51-3497-1078

Gilvan Teixeira | profgilvanteixeira.blogspot.com.br

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Cachoeirinha, 17/05/2013 ■ Pág. 3

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Pág. 4 ■ Cachoeirinha, 17/05/2013

Salve 47

Pingo nos ISEx-vereador Neli Gonçalves | [email protected]: 3470-1349 e 9226-0390

Minuto de sabedoriaNem tudo o que nos aborrece e faz sofrer é, forçosamente, um mal. Quando os irmãos de José o venderam, o que parecia um mal se tornou maravilhoso bem, pois lhe deram oportunidade de chegar a ser governador do Egito. Tenha confiança no Pai, que sabe extrair o bem daquilo que nos parece um mal. Não se

desespere. Confie e siga a frente!

■Entre as várias denuncias de corrupção e desvio de dinheiro de cofres públicos, que foram e estão em investigação tem causado grande preocupa-ção e um descrédito muito forte na classe política que administram a nossa sociedade, mas é perfeitamente reconhecível, que as autoridades Federais, Estaduais e o próprio Judiciário, especialmente o Ministério Público, tem feito a sua parte com muita precisão. Entre os agentes políticos é sabido e notório que existem homens e mulheres que não rezam a cartilha do bem. Está no voto de cada cidadão brasileiro a responsabilidade de escolher seu administrador e ou seu parlamentar. Não podemos ser omissos e cumprir com nosso dever.

Fatos políticos

■A nossa querida Cachoeirinha está completando 47 anos de independên-cia política administrativa de Gravataí. O nosso município tornou-se uma gran-de referência. A população, de cerca de 17 mil habitantes em 1966, aumento para aproximadamente 120 mil habitantes. Atualmente Cachoeirinha está em 5º lugar em volume de arrecadação entre os 497 municípios do estado, é con-siderado um dos melhores municípios para viver e investir em negócios. Ruy Teixeira, José Prior, Natalio Schalaim (in memorian) Padre Jeremias (in me-morian) e Guilherme Ullmann (também in memorian): estes foram os grandes heróis que não podem ser esquecidos. Hoje podemos destacar, José Stédile, 8 anos Prefeito, e atualmente Vicente Pires, que está no segundo mandato, como a segurança do bom desenvolvimento da nossa Cidade. Parabéns para todos nós habitantes de Cachoeirinha.

José Stédile em alta■ Conselho Regional de Enfermagem do Rio Grande do Sul (Coren), em

reconhecimento a sua atuação em benefício dos profissionais da categoria. No Club Farrapos na Capital o deputado recebeu uma linda placa em home-nagem com o título Amigo da Enfermagem. Parabéns.

Necessidade obrigatória■ È um pouco constrangedor, mas a verdade é que estamos precisando

importar profissionais médicos que queiram não só altos faturamentos, acima de tudo ter solidariedade humana com as pessoas das periferias de grandes metrópoles. Mesmo com expressivo número de médicos, a maioria deles não se dispõe a trabalhar em comunidades distantes e mais carentes. Em Cacho-eirinha são raros os profissionais de bom censo, que encaram sua profissão de forma a servir a comunidade, e muito mais difícil ainda encontrar um que cumpra seu horário e jornada de trabalho, conforme estabelecido em contra-to. Se os médicos contratados que atuam nas Unidades de Saúde cumprissem 50% da jornada estabelecida não haveria filas enormes de espera por uma consulta. Não faltam médicos, mas há a necessidade importar profissionais para amenizar uma demanda que causa sofrimento a comunidade.

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Cachoeirinha, 17/05/2013 ■ Pág. 5

geral

[email protected]

No próximo domingo, 19 de maio, às 19h, na Igreja Matriz São Vicente de Paulo, será realizada uma missa em comemoração aos 22 anos do grupo de jovens CLJ – Curso de Liderança Juvenil. Estarão presentes os primeiros jovens e casais que fizeram o curso pela Paróquia São Vicente de Paulo.

22 anos de CLJ

Mamografias e outros exames tiveram maior procura com ações como do programa Viva Mulher

Medidas de cuidado à saúde da mulher mostram crescimento em Cachoeirinha

A saúde da mulher, mais especificamente os

cuidados com o câncer de mama – que atinge predominantemente o gênero feminino –, ganhou discussão reforçada nos últimos dias com o anuncio da atriz Angelina Jolie da retirada dos seios visando a evitar a doença. Longe da ciência avançada – e cara – ao alcance de uma artista milionária, tratamentos e diagnósticos mais simples e rotineiros salvam muitas mulheres.

Em Cachoeirinha, a procura pela realização de exames preventivos quanto ao câncer de mama e de colo de útero aumentou consideravelmente nos últimos anos. Desde 2009,

por exemplo, os exames de mamografia tiveram aumento superior a 200%. No ano de 2012, houve um aumento de mais de 98% no número de exames de colo de útero realizados no município em relação ao ano de 2008. Também em 2012 foram realizadas 400 consultas ginecológicas a mais em relação ao ano anterior.

“Não queremos transformar essas ações de saúde em uma guerra de combate ao câncer, e sim, numa luta em busca da saúde e do bem estar.” As palavras do secretário municipal de Saúde, João Tardeti, sintetizam o trabalho de saúde pública realizado no município, através das unidade de saúde.

■Sueli Pires, o prefeito, Vicente, e o secretário de Saúde, João Tardeti

foTo

: diVulgação

/PMc

Viva MulherO Programa Viva Mulher

incentiva à realização de exames preventivos como mamografia e o citopatológico. Atuando desde 2009, o programa é presidido pela primeira-dama do município, Sueli Pires, e realiza, ainda, palestras nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e junto à comunidade, levando orientação sobre a realização do autoexame,

além de disponibilizar acompanhamento psicológico para as diagnosticadas. Conforme Sueli, cerca de 200 mulheres foram diagnosticadas com câncer e encaminhadas para tratamento de o início das atividades. “Quando mais cedo é descoberto [o câncer], maiores as chances de cura, e é exatamente esse o foco do nosso trabalho, incentivar as

mulheres a fazerem os exames preventivos regularmente.”

A partir da orientação do programa, as mulheres procuram as UBS, onde são encaminhadas para a realização dos exames. Em caso de diagnóstico preliminar, a paciente é encaminhada para as próximas etapas, que são a consulta com o mastologista no Centro de Especialidades

Clínicas do Município, e após, para a biópsia que determinará o grau de evolução da doença. “No caso de nódulo palpável no seio, a biópsia é paga pelo município e realizada no Hospital Padre Jeremias, caso contrário é encaminhada para os hospitais de Porto Alegre para situações mais complexas. Todo o processo é ágil.”

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Está na hora

Correio de Cachoeirinha

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Pág. 6 ■ Cachoeirinha, 17/05/2013

"Sim! O câncer de mama tem cura"Moradora de cachoeirinha, aposentada passou por mastectomia radical e

conta que a doença precisa ser enfrentada de frente

A atriz mais famosa de H o l l y w o o d

anunciou ao mundo que retirou as duas mamas. Angelina Jolie descobriu, após um exame genético, que tinha grande chance de desenvolver câncer de mama e de ovários. Assim, ela decidiu se antecipar e realizou uma dupla mastectomia preventiva.

A atitude da atriz levantou uma discussão e trouxe o assunto de volta às rodas de conversa: o câncer de mama, o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo, segundo o Instituto do Câncer (INCA), com taxa de 22% de novos casos por ano.

A aposentada Maria*, de 61 anos, moradora de Cachoeirinha, foi diagnosticada com câncer de mama em 2010. O choque e a realidade a

atingiram de forma brusca, já que ela sempre realizava todos os exames e não tinha nenhum sintoma. “Os sintomas mais comuns são secreção nos mamilos, dores ou alterações na pele. Eu não tive esses sintomas

mais óbvios, apenas um desconforto na mama, como se tivesse batido. Eu sempre realizei meus exames em dia – jamais ficava mais de um ano sem fazer a mamografia. Além disso, não tinha nenhum

caso na família”, conta Maria.

Como o desconforto não passava, ela decidiu procurar um mastologista em Porto Alegre. Lá, ela fez exames de mamografia, ecografia e ressonância

magnética. Após tantos exames, ela perguntou para a médica se era câncer. “A resposta foi que poderia ser câncer, que havia essa possibilidade. Quando finalmente chegaram os resultados, e o câncer foi confirmado, eu não acreditei”.

Maria conta que foi difícil aceitar a ideia, no começo, porque a informação que ela tinha é que demorava muitos anos para formar um nódulo, e a mamografia de menos de 12 meses não tinha indicado nada. “Achei que comigo nunca ia acontecer. O meu chão caiu, principalmente por eu ser uma pessoa com ensino superior, com acesso a informação. Fiquei me perguntando por que eu? Como isso foi acontecer comigo?”, relata.

Em março de 2010,

quando foi diagnosticada, por um momento Maria pensou que o resultado estava errado. “As pessoas até me pediram para consultar outro médico, mas eu já tinha feito os exames no Núcleo Mama, do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Lá, os médicos se reúnem para fazer um estudo de cada caso, com uma equipe multidisciplinar. Eu estava sendo atendida por vários médicos, e gostava muito do atendimento, além de o meu convênio cobrir tudo”, explica. Embora tenha sido um choque, a aposentada conta que em nenhum momento se desesperou com a notícia negativa. “Eu me dei conta de que tinha um câncer em um órgão externo. Eu poderia viver sem uma mama, pelo menos estaria viva”.

■atriz mais famosa de Hollywood angelina Jolie

A cirurgia e o tratamentoE foi com esse

pensamento que Maria encarou a cirurgia de mastectomia radical (a retirada total do seio) e um esvaziamento axilar (já que tinha os linfonodos comprometidos). Em abril, um mês após o diagnóstico, a paciente se viu em uma cirurgia para a retirada de um tumor de 6 cm. “Eu lembro de que quando estava me preparando para fazer a cirurgia, a médica me disse: ‘Tu vais acordar amanhã sem a mama’. Eu respondi: ‘Não, eu vou acordar sem o tumor’”.

Depois da cirurgia e do pós-operatório, Maria enfrentou a pior parte da doença: as sessões de quimioterapia. “Foram oito sessões de quimioterapia a partir de maio, com um intervalo de 21 dias. Essa foi a fase mais difícil. A queda do

cabelo foi um simples detalhe no meio de todos os desconfortos. Tive enjoo, diarreia, perdia muito líquido, chegava a desmaiar”, relembra.

Uma das maiores preocupações da maioria das mulheres é a queda de cabelo. Maria conta que isso não a preocupou. “A médica me avisou, e quando meu cabelo começou a cair eu decidi raspar, pois era muito ruim, eu perdia cabelo pela casa, então optei por raspar logo. Minhas irmãs, minha família, procuraram perucas para mim e sempre me apoiaram muito”, relata.

Esse apoio, inclusive, foi fundamental para a recuperação da aposentada. Segundo ela, a força da família, do marido e dos dois filhos, foi extremamente importante. “Eles me

auxiliaram muito e isso é algo muito importante para o paciente. Há casos que os maridos abandonam, tem muito preconceito, até porque a doença está relacionada com a finitude, e todo mundo tem medo de pensar sobre isso”, explica. O câncer de mama tem um alto índice de cura, desde que seja diagnosticado cedo e tratado. “Após a cirurgia, eu não me senti menos feminina, me senti livre de algo que poderia me matar, me livrei da doença”.

O convênio a ajudou muito nesse processo. “Ele me deu muito suporte. Sei de mulheres que esperam mais de seis meses para fazer a cirurgia, eu tive condições clínicas de fazer logo”. ■Maria encarou a cirurgia de mastectomia radical (a retirada total do seio)

foTo

: MeraM

enTe iluSTraTiVa/diVulgação

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Cachoeirinha, 17/05/2013 ■ Pág. 7

Após passar por todo esse proces-so, Maria decidiu que gostaria de aju-dar mais. Assim, ela se inscreveu para ser voluntária do IMAMA, o Instituto da Mama do RS. Por meio desse serviço, ela leva informação e apoio a outras mu-lheres e alerta para o câncer de mama. “Todos os anos o IMAMA promove uma caminhada, em Porto Alegre, para alertar para a doença. No ano passado, partici-param cinco mil pessoas”, conta.

O IMAMA oferece diversos serviços para os pacientes, como o Banco de Pe-rucas. “Quando estava em tratamento, eu não sabia que isso existia. Uma peruca é muito cara, mais de mil reais. Eu comprei a minha, mas o IMAMA oferece perucas para mulheres que precisam. Inclusive doei as minhas depois para o Instituto”.

Além desse serviço, o IMAMA ofe-rece oficinas e palestras sobre o câncer de mama, principalmente em empresas, possui um Núcleo Jurídico - que Maria destaca como um importante serviço, já que muitas mulheres não sabem dos seus direitos -, grupos de ajuda, supor-te psicológico, fisioterapia, suporte nu-tricional e orientações gerais. “Eu entrei no IMAMA para dar uma contribuição no sentido de evitar que outras pessoas passem por aquilo que eu passei. Antes, eu tinha que cuidar de mim, para poder colaborar nessa luta em prol da saúde da mama”, descreve.

A aposentada destaca, em suas pa-lestras com o grupo, que é muito impor-tante que as pacientes peçam aos seus ginecologistas que realizem o exame da mama. “Muitos médicos não fazem, por questões de serem acusados de assédio, então é essencial que as pacientes peçam para que o exame seja feito. Outra ques-tão é o autoexame: uma vez por mês, as mulheres deveriam tirar um tempo para si e fazer esse exame, que não tem cus-to nenhum e pode ajudar a diagnosticar cedo o problema”, explica.

Pensamento positivo

Mesmo enfrentando todos os problemas da quimioterapia, Maria sempre manteve o pensamento positivo. Tentava manter uma rotina normal, saía, não faltava a atividades familiares, não se isolava. “Na época, o Paul McCartney fez um show em Porto Alegre e eu queria muito ir. Até pedi para uma enfermeira para fazer a quimioterapia em um período mais espaçado de tempo, mas ela não autorizou (risos). Assim, meus filhos e minha família montaram toda uma estrutura para que eu pudesse assistir ao show. Foi muito emocionante”, conta.

Tanto Maria quanto sua família trataram a doença de uma forma leve, sem tentar se fazer de vítima. “Eu lembro de uma vez que meus cabelos começaram a nascer e a médica sugeriu que eu os raspasse de novo para que eles nascessem parelhos. Pedi para o meu filho fazer isso e ele pegou uma máquina de cortar cabelo e fez estilo Ronaldinho. Tirou fotos, brincou, demos risada. Recebemos visita e ele mostrou pra todo mundo o que tinha feito”, relata.

Foi o filho que também pediu à mãe para que ela parasse de usar lenços. “Começava a época do verão e as perucas eram muito quentes, então comecei a enrolar lenços na cabeça. Um dia ele me disse para tirar os lenços, pois ficava mais bonito sem nada”, explicou.

Maria fez um acompanhamento com psicólogo e explica que isso ajuda muito durante o processo. “Existem certas coisas que a gente prefere falar com um profissional, alguém que lida

com aquilo”, comenta. Ela ainda falou sobre a ajuda que recebeu visitando e participando de grupos nas redes sociais, de pessoas que passaram pelo mesmo problema. “Existe o grupo Amigas do Peito e o Rosa e Choque Guerreiras Contra o Câncer, esse último aqui do Rio Grande do Sul. Nós nos encontramos, o último foi no Shopping Wallig, em Porto Alegre, e uma senhora que tinha há pouco tempo sido diagnosticada foi participar desse encontro e ficou feliz, pois nos viu tomando sorvete, num shopping, nos divertindo, vivendo a vida normalmente”.

Após a quimioterapia, Maria passou pela radioterapia, durante dois meses. Em todo esse tempo, ela optou por não fazer a reconstrução da mama. “Para colocar a prótese, precisava de no mínimo mais um mês após a cirurgia, ou mais de um ano após a radioterapia. Por enquanto eu uso um expansor, já que fui indicada para fazer a retirada da outra mama, para não desenvolver um novo tumor. Quando eu retirar a outra, pretendo fazer a reconstituição”, explica.

Ela conta também que no momento em que foi diagnosticada se preocupou em avisar à família, principalmente a sua filha, para que todas informassem ao médico o caso e fizessem os exames necessários. “Tenho quatro irmãs, então as informei do que estava acontecendo, além de avisar as minhas sobrinhas e minha filha, para que elas se prevenissem e não passassem por isso”, conta.

IMAMA

Sem medo do diagnóstico

Uma das principais preocu-pações de Maria é o atendimento oferecido pela própria cidade. “Pre-cisamos voltar o olhar para a nos-sa cidade. As mulheres têm aonde ir, onde procurar um atendimento? Muitas nem sabem onde um masto-logista atende, não sabem que tem direito à consulta. Assim, muitos se deslocam a Porto Alegre, pois não sabem o que funciona em sua cida-de”, comenta. Outro problema des-tacado por Maria é que muitas mu-lheres tem medo de encontrar algo. “Quem procura, acha. Mas é melhor saber, o quanto antes, para poder curar a doença. Porque quando uma pessoa adoece, a família inteira ado-ece. Tudo isso pode ser evitado se for encontrado cedo o problema. É claro que o tratamento é doloroso, mas é curável”.

Segundo ela, a mulher se preo-cupa com tudo, marido, filhos, cães, gatos, a casa, a limpeza da casa, e lá, em último lugar, se preocupa consigo mesma. “A mulher nunca se coloca como prioridade. Mas se acontecer algo com ela, vai atingir a família toda. Todos serão prejudi-cados”. A aposentada destaca que Cachoeirinha já deveria ter um ma-mógrafo. “A cidade tem que assumir seus próprios problemas e manter, sem precisar que os moradores se desloquem para outros locais”.

Maria informa para todas as mulheres que o diagnóstico de cân-cer não é uma sentença de morte. “Eu sempre pensei: ‘eu tenho uma doença, ela tem um tratamento.’ A médica me disse: ‘nós vamos lutar juntos e vamos vencer.’ Temos uma batalha, temos que lutar. Há vida de-pois do câncer. Além de tudo, há a reconstituição, a mulher não vai fi-car mutilada”.

Ela conta que nunca se sentiu menos feminina. “Eu gosto de na-dar, uso biquíni, nado sem proble-mas, uso blusa de alcinha. Se até a Angelina Jolie, que vive da imagem dela, fez a cirurgia, por que eu te-ria algum problema? Eu não vivo da minha imagem, e dá pra reconstituir. A gente precisa enfrentar as coisas na medida do tamanho que elas são, não fazer um drama maior. Tem par-tes difíceis? Tem. Mas depois que passa e você se vê curada, é muito melhor”.

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O p r i m e i r o Exercício Simulacro

para Copa do Mundo de 2014 no Rio Grande do Sul foi realizado nesta quarta-feira (15), no Km 17 da ERS 118, em Gravataí.

O abalroamento entre um caminhão que transporta produtos químicos e um ônibus com 30 passageiros, que se dirigia ao Beira-Rio, estádio que sediará os jogos no mundial no Rio Grande do Sul, foi o cenário da

simulação coordenada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP/RS).

O teste reuniu Forças das polícias estadual, federal e agentes municipais de Gravataí, além de empresas médicas.

De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros de Gravataí, capitão Iremar Charopen, que comandou o exercício, os procedimentos padrões para o incidente simulado foram discutidos durante meses

pelos integrantes da Comissão Estadual de Segurança para Grandes Eventos (Coesge), grupo que envolve a participação das forças policiais das três esferas de governo. Segundo informações da SSP/RS, entre cinco e 11 simulados deverão ocorrer até março de 2014, em situações variadas que podem acontecer durante a Copa do Mundo.

A simulação envolveu um acidente entre um ônibus com turistas, que passavam pela rodovia e colidiu em um caminhão de gás. Além de atendimento a feridos, o incidente previa o vazamento de produto químico, incêndio, presença de populares e manifestação de ambientalistas. O exercício envolveu 15 viaturas e 115 pessoas, entre

policiais, médicos e figurantes.

Participaram do exercício: Brigada Militar, Polícia Civil, Instituto-Geral de Perícias, Polícia Rodoviária (Estadual e Federal), Forças Armadas, Defesa Civil de Gravataí e equipes médicas vinculadas a empresas privadas, além de órgãos ligados ao meio ambiente, como a Fepam.

[email protected]

A semana foi de muita movimentação na obra do novo estádio do Cruzeiro. Com o término da instalação do poço artesiano que irá abastecer a irrigação do gra-mado, nesta manhã começaram as obras do acabamento

da terraplanagem para a instalação do gramado. Na úl-tima segunda-feira(13), a construtora Engemold retomiu a instalação dos módulos das arquibancadas do novo es-tádio cruzeirista.

Obras do estádio do Cruzeiro seguem em ritmo acelerado

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JOrNAL

Preparação para a Copa de 2014 começa por Gravataí

Simulação de um acidente na erS 118 na noite desta quarta-feira foi o primeiro exercício visando os jogos do Mundial no estado

■O atendimento a pessoas feridas no acidente foi um dos exercícios realizados

■Cidade se preprara para a Copa 2014

■Somilação aconteceu em frente ao Parque de Eventos na ERS 118

Dezessete gols marcaram a XVII Copa Aldeião

Na noite da última terça-feira (14) ocorreu a terceira rodada da 1ª fase da XVII Copa Al-deião de Futsal Municipal Série B, organizado pela Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Esporte, recreação e Lazer (SME). Destaque para a goleada do Nativus por 9 X 3 sobre o Ja-raguá F.C.

Já no jogo anterior, o Estrela Futsal, uma das

equipes mais tradicionais do futsal da região, e que ficou afastado das competições em Gravataí durante três anos, iniciou bem sua caminhada na competição fazendo 4 X 0 no Lokomotiv. Já no jogo que abriu a rodada, muita igualdade entre Liverpool e Unidos Futsal, que acabou vencendo a partida por 1 X 0, marcando seu gol aos 2 mi-nutos do 1º tempo.

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Pág. 10 ■ Cachoeirinha, 17/05/2013

A Sec re t a r i a da Seguran-ça Pública

reconheceu que só 67 presos do regime se-miaberto se habilita-ram, até agora, para utilizar tornozeleiras eletrônicas como forma de monitoramento. O início dos testes depen-de do deferimento da Vara de Execuções Cri-minais (VEC) de Porto Alegre.

O Estado confirmou ainda já ter 400 equi-pamentos à disposição e mais 116 presos in-teressados em aderir à tecnologia.

De acordo com a Superintendência de Serviços Penitenciário (Susepe), todos devem ser instalados ainda no primeiro semestre através do incentivo de convênios manti-dos com empresas para aproveitar a mão de obra carcerária.

A tornozeleira per-mite controle entre o

trajeto da casa e o local de trabalho do preso, proporcionando uma fiscalização. Para ter direito ao benefício, o detento, além de ter progredido para o re-gime semiaberto, ainda deve preencher requisi-tos como ter residência fixa, emprego formal e bom comportamento.

O secretário da Se-gurança, Airton Mi-chels, reagiu ao po-sicionamento do Mi-nistério Público, que é contrário à medida sob a alegação de re-laxamento da prisão. Michels contra-atacou afirmando que os juízes devem ter atenção ao aplicar penas aos infra-tores, especialmente os de pequenos delitos.

O secretário ainda disse que é necessário avaliar o comporta-mento dos presos sobre a aceitação das torno-zeleiras, já que não é uma obrigação e existe a possibilidade da per-

manência no semia-berto, com garantia de alimentação e moradia sem custo ao apenado.

Michels entende que a medida representa economia, já que o gas-to por preso é de R$ 1,2 mil e o aluguel da tor-nozeleira éde R$ 260. A Susepe justificou que demora para implentar o sistema decorreu do processo de licitação, que reduziu o valor do aluguel da unidade de R$ 550 para R$ 260.

O Rio Grande do Sul soma hoje 5,4 mil presos nos regimes aberto e semiaberto na Capital e região Metro-politana, onde o projeto vai ser implementado na primeira etapa. Até o final do ano, a Susepe pretende oferecer mil tornozeleiras. O inves-timento é de R$ 2,5 mi-lhões.

SAIbA MAISFeita em borracha,

com fibra ótica por

dentro, a tornozeleira mede 9 cm de largura e vem com uma bateria acoplada, com carga de 24 horas de duração. Quando a bateria esti-ver no fim, a tornoze-leira vibra. O próprio monitorado deve recar-regá-la na luz diaria-mente. Os equipamen-tos foram adquiridos em regime de comoda-to (espécie de aluguel).

Cada preso vai ser monitorado entre a casa e o local de trabalho, com o cálculo de tempo máximo para o desloca-mento.

Dependendo do tipo de crime que cometeu, deve respeitar áreas de exclusão do trajeto, de onde não vai poder se aproximar. Como o as-saltante de bancos das agências, por exemplo.

Após o fim do expe-diente, quando chegar em casa, o monitorado vai dispor de um tem-po - até as 22h - para percorrer de 5 a 10 qua-

dras no perímetro da residência. Nos fins de semana, o monitorado pode circular dentro da cidade entre 8 e 22h.

As informações do trajeto, localização e velocidade são repassa-das instantaneamente à Susepe.

Há quatro alertas di-ferentes em que a equi-pe está preparada para agir com um plano de contingência. Se a bate-ria estiver ficando sem carga, a Susepe entra em contato para que o monitorado lembre-se

de carregar. Também há alertas para desvio de rota, rompimento ou dano do equipamento e entrada em área de ex-clusão.

Caso não haja o con-tato em alguma dessas situações, o detento passa a ser considerado foragido do sistema. Se estragar a tornozelei-ra, ele responde a pro-cesso-crime por dano ao patrimônio público. Todas as regras foram determinadas pela Jus-tiça, em conjunto com a Susepe.

Polí[email protected]

A falta de vagas em presídios brasileiros para o cumprimento de pena em regime semiaberto tem feito juízes mandar detentos para prisão domiciliar. O Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar recurso de processo iniciado no Rio Grande do Sul — um ladrão foi mandado para casa por falta de vaga no semiaberto.

A repercussão geral do caso já foi reconhecida pelos minis-tros do STF e, se mantida a decisão favorável ao condenado, mais de 23 mil presos que hoje cumprem pena no fechado, de forma inadequada, poderão solicitar o benefício de ficar em casa.

STF pode mandar para casa 23 mil detentos no Brasil

Apenas 67 presos se habilitaram, até agora, para usar tornozeleiras de monitoramento no rS

Meta é implantar 400 equipamentos até a metade do ano e mil até dezembro

Homem é preso com arma de fogo em CachoeirinhaPoliciais civis da 1ª Delegacia de

Polícia (DP) de Cachoeirinha prende-ram, na manhã de ontem (16), C.E.A., de 42 anos de idade. Ele estava na posse de um revólver calibre .22 com a numeração raspada, além de cinco munições intactas de mesmo calibre.

Os policiais executaram o cumpri-mento de mandado de busca e apre-ensão expedido pela Vara Criminal da Comarca de Cachoeirinha, e monito-ravam o suspeito após o recebimento de denúncia de que ele ameaçava de-

safetos com aquela arma.Segundo o delegado Rafael Lie-

dtke, o preso possui antecedentes po-liciais pela prática, em tese, dos cri-mes de ameaça, lesão corporal e vias de fato.

Ele foi conduzido até a 1ª DP de Ca-choeirinha e, após a lavratura do Auto de Prisão em Flagrante (pelo crime do artigo 16, parágrafo único, inciso IV, do Estatuto do Desarmamento - Lei nº 10.826/2003), foi encaminhado ao Presídio Central de Porto Alegre.

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Cachoeirinha, 17/05/2013 ■ Pág. 11

O clima en-tre João Kléber e

Marcelo de Carva-lho, vice-presidente da RedeTV!, es-quentou por esses dias. Os dois troca-ram farpas na fren-te dos funcionários durante a entrega de estúdio. Quem esta-

va presente garan-te que até objetos voaram. "Ninguém sabe porque a briga começou e nem quis saber. Todo mundo abaixou a cabeça e seguiu trabalhando. Melhor não se me-ter. Um sempre dá chilique, e o outro é vice presidente...",

contou uma fonte ao blog. Que coisa, hein?. Aparentemen-te, os dois sempre se deram bem. Até foram parar no chão durante uma grava-ção e caíram na risa-da. Bom, as aparên-cias enganam...

Ah, outra coisa, João proibiu as me-

ninas que seguram placas (como ring girls) em seus pro-gramas. Segundo a fonte, ele alegou que elas só atrapalhavam e diminuiam seu tempo na frente da TV. Vai entender... Já está virando rotina os ataques de João Kléber

Áries: Mercúrio e Vênus unidos em Gê-meos movimentam sua rotina, trazendo novi-dades relacionadas a

contatos feitos anteriormente. Um novo contrato pode ser assinado nos próximos dias. O momento é ótimo para as amizades e para o amor.

Virgem:A Lua entra em Leão e, em tenso aspecto com Saturno, deixa você mais fecha-

do e preocupado com algumas emoções e escolhas feitas no passado. O momento pede reco-lhimento e introspecção. Cuide melhor de sua saúde.

touro: Mercúrio e Vênus em Gêmeos prometem movimen-tar de maneira posi-

tiva suas finanças e os acordos de negócios que envolvam o aumento de seus rendimentos. O momento é ótimo para estar com amigos e ter uma boa conversa com seu amor.

[email protected]

Sagitário: Mercúrio e Vênus em Gêmeos vão movimentar seus relacionamentos, tan-to os pessoais quanto

os profissionais. É hora de co-meçar a pensar em firmar aquela sociedade ou começar o namoro tão esperado. Este é um ótimo momento.

Peixes: Mercúrio e Vênus em Gêmeos vão movimentar seus relacionamentos em

família e sua vida doméstica. O momento é ótimo para receber amigos e parentes mais queridos em casa. Emoções em fase de equilíbrio.

Câncer: Mercúrio e Vênus em Gêmeos vão deixar você mais fechado e reflexivo.

Suas reflexões estarão voltadas para escolhas feitas no passado. Seu campo de energia se fortalece e a saúde melhora consideravelmente. Trabalho em alta.

Escorpião: Mercúrio e Vênus em Gêmeos vão movimentar suas emo-ções mais profundas e trazer à tona questões

do passado e crises vividas que de-vem ser deixadas para trás. Suas fi-nanças são beneficiadas, especial-mente as que envolvem parcerias e sociedades.

Gêmeos: Mercúrio e Vênus em seu signo vão movimentar sua vida social, trazendo novas amizades e um novo

amor a sua vida. O momento é ótimo para socializar. Acordos e reuniões de negócios também são beneficia-dos.

Leão: Mercúrio e Vênus em Gêmeos vão movimentar sua vida social e as ami-

zades passam a ter maior im-portância em sua vida. Antigas amizades são renovadas e as novas chegam com mais facili-dade. O amor pode estar entre elas.

Libra: Mercúrio e Vênus em Gêmeos vão movimentar seus pro-jetos de médio e longo

prazo, especialmente os que envol-vem pessoas e empresas estrangei-ras. O momento é ótimo para pro-gramar ou fazer uma longa viagem.

Aquário: Mercúrio e Vênus em Gêmeos vão movimentar seus romances e podem

trazer uma pessoa bastante es-pecial até você. O momento é ótimo para socializar, sair e se divertir. Caso seja comprometi-do, aproveite os bons momen-tos a dois.

horóscopo

Capricórnio: Mer-cúrio e Vênus em Gê-meos vão movimentar seu dia a dia, espe-

cialmente o trabalho, abrindo portas e trazendo novas oportu-nidades. Caso esteja querendo mudar de emprego, o momento é agora. Boas propostas a cami-nho.

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Silvio Santos X PânicoSempre polêmico, o 'Pânico na

Band' já causou muito prejuízo à emissora. Um dos casos mais famosos é o processo de Silvio Santos contra

a atração. Cada vez que o 'Pânico' exibir qualquer imagem relacionada (ou citar) Silvio, 100 mil reais deixam a conta da Band.

João Kléber e Marcelo de Carvalho trocam farpas em estúdio

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Entendeu

Enfeitesde fan-tasias

Vacinaoral con-tra a po-liomielite

Cercar; cincundar

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IniciaçãoCientífica(abrev.)

TombouEstudo davelocida-de da reação (Quím.)

(?) 9002,selo de

qualidadeAcusada

Erva deefeito re-frescante

Seis (?),período

Órgão-símbolo doamor

(?)Peixoto,repórter

Ligar;juntar

Aproximar até tocar

G

O

M

O

de duração da 2ªGuerra (Hist.)

2/ad. 8/cinética — penachos. 11/propositivo — tecnológico.

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Pág. 12 ■ Cachoeirinha, 17/05/2013

Contatos através do e-mail: [email protected]

por Carlos Pannimédico

um famoso palestrante, frente a uma grande plateia, contou uma piada muito engraçada e todos caíram na gargalhada. Foi longamente aplaudido. Em seguida, contou a mesma piada e apenas alguns riram. De novo contou a mesma piada e ninguém riu. Então ele disse:

- Por que será que as pessoas riem apenas uma vez de uma piada, por melhor que ela seja, enquanto algumas passam a vida inteira chorando pelos mes-mos infortúnios?

Esta historieta nos faz pensar no quanto valori-zamos mais (e sofremos mais ainda!) os problemas e dificuldades do dia a dia, enquanto, ao mesmo tempo, poderíamos valorizar mais (e sofrer muito menos!) as coisas e acontecimentos bons que povo-am nossas vidas.

É comum ouvirmos pessoas contarem suas his-tórias tristes com riqueza de detalhes e com lágri-mas nos olhos, enquanto omitem, por esquecimento ou por menos valorizarem, os momentos felizes que viveram.

Outras, não raramente, afirmam que em suas vidas nada está bom, mesmo que estejam bem ali-mentadas, bem vestidas, com casa para morar e outros confortos superiores aos desfrutados pela maioria das pessoas. Por que riem tão pouco e cho-ram com tanta facilidade e persistência?

Isto não é uma negação à existência do infortú-nio nem uma crítica aos que sofrem os reveses da vida. Isto é uma análise do quanto a vida poderia ser mais leve, mais alegre e otimista se mudásse-mos o foco do nosso pensamento e dos nossos sen-timentos. Podemos ter motivos para estar tristes, mas não podemos esquecer, desvalorizar ou negar as situações alegres e gratificantes. Temos as duas situações; cabe a cada um escolher a qual delas dar ênfase.

Policiar os pensamentos, as conversas, o que le-mos, vemos e ouvimos, para que sejam positivos, já é um bom começo. Evitar assistir as violências “ao vivo e a cores” que a televisão insiste em apresen-tar e reapresentar, invadindo nossos lares e nossas vidas, através de programas sensacionalistas, é ou-tra medida salutar. Mudar de assunto (ou de calça-da), quando pessoas negativistas nos abordam com a mesma cantilena de doenças, sofrimentos e tra-gédias, é uma defesa para mantermos o bom humor e alto astral.

Enfim, sempre há do que reclamar, mas há muito mais a agradecer. Precisamos nos precaver contra o que é ruim, mas é fundamental valorizar e desfrutar o que é bom, salutar, gratificante e alegre. Entre uns e outros, a escolha é sempre de cada um de nós!

O pessimista senta-se e chora... O otimista levanta-se e vai à luta!

SexTA-FeIrA, de 17 de MAIO de 2013

Apesar do aumento da expectativa de vida da população brasileira,

um estudo desenvolvido pela Fa-culdade de Saúde Pública (FSP) da USP aponta que os idosos estão vivendo com menor qualidade de vida, já que convivem mais tem-po com doenças crônicas típicas da faixa de idade. De acordo com a pesquisa, exames e tratamentos preventivos ajudam a evitar esse processo.

Segundo o médico geriatra Alessandro Campolina, parte desse aumento de tempo de enfermidade se deve à falta de políticas de pre-venção eficientes e voltadas para a população mais velha. Ele é o au-tor da pesquisa que buscou avaliar a ocorrência de um processo cha-mado de compressão da morbida-de.

Esse conceito, surgido na dé-cada de 1980, lançava a hipótese de que, com o envelhecimento das populações, os anos ganhos pelas pessoas com a melhoria dos ser-viços de atendimento seriam anos vividos em bom estado de saúde.

O EStuDOSegundo o estudo-base da pes-

quisa, até a década de 1970 e 1980, se tinha a ideia central de que o aumento de expectativa de vida da população seria uma espécie de fracasso em termos de saúde.

— Os estudiosos pensavam que, embora conseguissem fazer as pessoas viverem mais tempo, elas viviam em uma situação de saúde pior — explica Campolina.

A partir da década de 1980, as

pesquisas passaram a contrariar as hipóteses anteriores, afirmando que a população vivia mais e em um quadro de saúde bom. A nova teoria também levantava o ponto de que a população humana apre-senta um limite máximo, ainda não estabelecido com precisão, de tem-po de vida. À medida que a me-lhoria das condições de vida vai se estabelecendo, a população tende a se aproximar cada vez mais desse limite.

Da mesma forma que a expec-tativa de vida ia sendo trazida para o limite máximo de vida da pessoa, o limiar de aparecimento de doen-ças crônicas, comuns na população idosa, também vai sendo empurra-do.

— Num primeiro momento, o tempo limite máximo de apareci-mento das doenças crônicas não mudaria com o aumento da ex-pectativa de vida. Posteriormente, observou-se que o início de apa-recimento das doenças também é postergado, mantendo, e talvez diminuindo, o tempo de vida da pessoa portando a doença.

A diminuição desse intervalo entre o aparecimento das doenças e a morte, a ciência dá o nome de compressão da morbidade.

ANÁLISES EM DOMICí-LIO

O projeto teve como objeto de avaliação participantes do Projeto Saúde, Bem-Estar e Envelheci-mento (SABE), desenvolvido pela FSP, que acompanha idosos da cidade de São Paulo desde o ano 2000 em diversos aspectos, tais

como saúde e qualidade de vida.— No estudo, nos atentamos

para aspectos sociodemográficos, condições de saúde, capacidades e desempenho de atividades de vida diária pela população idosa — res-salta Campolina.

A coleta dos dados era realizada por uma equipe especializada, que colhia as informações nos domicí-lios e traziam os dados para aná-lise.

— O interessante, do ponto de vista temporal, era comparar a po-pulação de 2000 e de 2010 para sa-ber se houve compressão da mor-bidade, e os estudos mais recentes estão nos dando uma resposta ne-gativa para essa pergunta — com-pleta o pesquisador.

PREVENÇÃO E RESuLtA-DOS

O estudo buscou levantar a importância das medidas de pre-venção das doenças crônicas na contribuição para a chamada com-pressão da morbidade. A conclusão é de que algumas das principais doenças crônicas que acometem a população idosa, entre elas a hi-pertensão arterial sistêmica, doença articular, doença cardíaca, diabetes mellitus tipo 2, doença mental, do-ença pulmonar crônica e doença ce-rebrovascular, uma vez prevenidas, contribuem de maneira significativa para a melhoria da qualidade de vida e para a longevidade dos idosos.

Campolina ressalta que esses métodos preventivos não são fre-quentemente incentivados na po-pulação mais velha, e que isso é uma visão equivocada.

Idosos estão vivendo com menor qualidade de vida