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ANNO XV RIO DE JANEIRO, QUARTA-FEIRA, 6 DE OUTUBRO DE 1920 í J& ^7A*I%|ANÇAS (^S)]PüBL,ca"SEas<)uarTA5'fe,ras | REDAv^/\OEflDMINISTRACA'0 X- „,,C. "»V •*>'-«-r ~~^sH-*-£ MUMER0 AUUl,so,300 R? ^\ [ RUA po OUVIDOR, 164-.^/vt''"'A-**cJL numero atrÃzado, 500 K^ JJ RÉDACÇADe ADMINISTRÃêÃcTX, RUA po OUVIDOR, 164-.^\ ESTE JORXAL PUBLIC^OS RETRATOS DE TODOS OS SEIS LEITORES AVENTURAS DE CHIQUIK'") J^Ia^^A/a^^^ fe^ [ ^^^i^^^Êj^-^- ...., . ¦ ,. ,„ ¦ «e. v Titianu o despert dui .'Ora. menino, r«»ponden i CftHíHwifto e Jagunço foram visltir a tia Chwa, que morano Eng nho Ä& t Gdespertador porqne elle não e um brin- de Dentro. Assim que chegaram lã. o Chtqmnho agradou-sede .im des- . .4Qlo _„,,,, ,.ois ,.u .., ,-.,,.„ .,„,,,„.. titiit ! iiui-t-ifl.M- mu a pstuvn Pm fimii r?-» m*>«:inwtu-w v pertador o,ue estava em cima da mesa retrucou Chiquinho. A _tia cm ^- ^-—¦ ¦-—.— . ¦! ²_..__ de verdad«CO <,ulz verificar o que havia ««perou pai-ieille p,''ot",ata do Chiquinho .- ...as prov-iá do traqulnaa, Chiquinho, pedindo o silencio mais absoluto, 00**0- cou o relógio em cima do peitoril da janella. que dava para a rua, e junto com a tia e o Jagunço retirou-se para um lado.

ANNO XV RIO DE JANEIRO, QUARTA-FEIRA, 6 DE OUTUBRO …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1920_00783.pdfhorror ! Garnizé foi. . ...immediatamente despedido. "Duque", o responsável

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ANNO XV RIO DE JANEIRO, QUARTA-FEIRA, 6 DE OUTUBRO DE 1920

í J& ^7A*I%|ANÇAS (^S)]PüBL,ca"SEas<)uarTA5'fe,ras

| REDAv^/\OEflDMINISTRACA'0 X- „,,C. "»V •*>'-«- r ~~^sH-*- £ MUMER0 AUUl,so,300 R? ^\

[ RUA po OUVIDOR, 164-.^/vt ''"'A-** cJL numero atrÃzado, 500 K^ JJRÉDACÇADe ADMINISTRÃêÃcTX,RUA po OUVIDOR, 164-.^\

ESTE JORXAL PUBLIC^OS RETRATOS DE TODOS OS SEIS LEITORESAVENTURAS DE CHIQUIK'")

J^Ia ^^A/a^^^ fe^ [ ^^^i^^^Êj^-^-

„...., . ¦ ,. ,„ ¦ «e. v — Titia nu dá o despert dui .' Ora. menino, r«»ponden iCftHíHwifto e Jagunço foram visltir a tia Chwa, que mora no Eng nho & t despertador porqne elle não e um brin-

de Dentro. Assim que chegaram lã. o Chtqmnho agradou-se de .im des- . • .4 lo _„,,,, ,.ois ,.u .., ,-.,,.„ .,„,,,„.. titiit !iiui-t-ifl.M- mu a pstuvn Pm fimii r?-» m*>«:i nwtu-w vpertador o,ue estava em cima da mesa retrucou Chiquinho.

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de verdad«CO <,ulz verificar o que havia««perou pai-ieille p,''ot",ata do Chiquinho .-...as prov-iá do traqulnaa, Chiquinho, pedindo o silencio mais absoluto, 00**0-

cou o relógio em cima do peitoril da janella. que dava para a rua, e junto com atia e o Jagunço retirou-se para um lado.

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AS AVENTURAS DE JOÃO GARNIZE (Continuação) O TICO-TICOi

A idéa de Garnigé foi aproveitar o gato morto por"Doque", preparando um pitéo para o patrão. Ia fazer ogato passar por lebre. " Duque"...

...reclamava seus direitos ei se mostrou muito confian .depois que Garnizê lhe deu a provar um pouco do molho par-ao do gato assado.

$Í*éér GATO ESCALDADO fr^úi í^vd^f^

—Bravo ! dizia " Duque" a farejar o prato que estava so-bre a mesa. Temos hoje boa petisq-ueira, a farra será da me-lhor ! E nessas exclamações não reparou a...

.. .chegada do patrão e continuou a falar em gato,_ des-pertando-lhe a attenção. (ionize não sabia como havia deintervir naquellas indiscrições de " Duque".

,l>e repente, "Duque" deu um salto sobre a mesa, ati-rando com o prato no chão e carregando o gato assado. Unihorror ! Garnizé foi. . .

..immediatamente despedido. "Duque", o responsáveldo -desastre, procurava consolar o seu amigo e patrão compalavras confortantes, e. se o disse, melhor o fez.

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Príncipe Negro (Rio) — 1" —A composição de que fala foi recebi-da, mas ainda não está decididose rá publicada. 2o — O methodopara engordar é alimentar-se bem,fazer boas digestões, -exercidos

demorados e dormir muito. O uso da cerveja é muito indi-cado. mas offereco inconvenientes, mormente a pessoas detenra idade. Os banhos d# mar, rápidos, também são excel-lentes para o fim em questão. 3» — A sua graphia indicauma natureza hesitante, algo sonhadora eum tanto egoísta.Ha também um certo indicio de vaidade infantil, aliás, semestímulos voluntariosos, pois é evidente a fraquiUa ou pelo

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menos a volubilidade do seu querer., Como já deixei entre-ver, o coração é isento de bondade.Mario Martins (S. Paulo) — Não ha Eplros, mas somenteEplro. E' nesrra região da Gregia antiga que está Dodona,cidade celebre pelo seu oráculo de Zeus, sua fonte e seu bos-que. Talvez seja alguma cousa que se relacione com isto.Mas, repito, não ha Epiro no plural,.salvo quando se refereaos habitantes dessa região. Portanto, os seus conheeimen-tos devem chegar perfeitamente para a cncommcnda querecebeu.

Mnrielta Go>s (Rio) — A mulher nascida sob o signo<*> "Capricórnio" será leviana e timida, emquanto solteira, masA depois de casada tornar-se-á desembaraçada, intrigante, ciu-A, menta, procurando, porém, dissimular o ciúme. Será inclina-A da a bailes e theatros, bem como a discussões. Procurarájr honrarias para seu marido; não se contentará com a riqueza.T Morrera muito velha.

— A pedra talisman ê o "Jacintho".Célia Gocs (Hio) — Diz o horóscopo que a mulher nas-

cida a 4 de Agosto será altiva, de gênio indomável, capricho-sa e muito volúvel de cabeça. Terá muitos namoros, gos-tara de cores espantadas nos seus vestidos. Casará muitonova e não dará boa vida a seu marido, em razão de seumáo gênio. Terá poucos filhos.— A pedra protectora é o "Rubi".M. Gama (S. Paulo) — Sim, a glycerina 6 bem indicada

para esses effpitos do frio. Quanto ao preparado para ama-ciar a pelle, use o Creme Pollah ou o Hanzeline. E' muitonatural a transpiraçâo e não convém reprimil-a. O que pOdc

fazer ê beber pouca água. A sede mais intensa mata-se comseis goles. Mais, é vicio prejudicial. y,

llcrz (Therezopolis) — 1" — Eu não faço horóscopos %-jpor gosto: faço-os porque m'os pedem. A sua letra indica <Vuma pessoa de bom gênio, porém muito sensível ã critica. ¦{•'E' expansiva, mas não gosta que os mais o sejam. Aprecia Ãmuito a discreçâo alheia. E' idealista. Dispõe de grande YJforça de vontade e alguma audácia. Tende muito á descon-fiança e o seu coração não é bondoso. 2" — E' difficil dizerqual a melhor grammatica fnanceza, porque todas têm seuspontos fracos. Acho melhor esta combinação : Methodo fran-cez de Monat e Ruch e Grammatica de Èlòriano do Britto.

Mme. de Stael (Bello Horizonte)) — Io — A pronunciaê "poços". 2o — Água da Belleza do Gabinete Oriental, á Ave-nida Rio Branco 137, 1» andar.

Horóscopo — A mulher nascida sob o signo "Acquario"será constante, sincera, de caracter enérgico — o que lheserá dc grande utilidade para vencer obstáculos no começoda vida. Será rica ou por herança ou pelo casamento. Seráfielmente amada pe'o homem que desposar, e viverá muito.

Antônio Amoreira (Rio) — Parece tratar-se de um casomuito complicado, em que seria mais proveitosa a inter- /\vencão da autoridade ecclesiastica. Não custa nada experi- Ymentar. Se não sortir effeito, aqui estou eu ás ordens para aaconselhar.

DR. SABETUDO

BALAS «SPORTSMEN»Além de deliciosas levam impresso no envoltório o

retrato dos jnelhores foot-ballera de São Pau o e Riode Janeiro. São indiscutivelmente as mais preferidas, poisquem apresentar a collecção completa de retratos rè-cebe lindos e valiosos brindes. A numeração é completa,todos recebem prêmios ! Por este motivo são as mais pro-curadas.

GHECHI & COMR — Fabricantes. S. Paulo — Ruado OtAEometro, 35. Rio de Janeiro — Rua Senador Dan-tas, 103.

4o"ahtelmo0 Rei dos Sabonetes

Guiíry- Rio.

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r ¦^W**^_j-f3^SÃt. ^Í*S íiL ti/ Ar"^ HJF" ~--E^^~Zij"—*^""" '"^L^^ShBe»^^!» mm^W^M ÉrVwrrímrrk-J^m^S ^r//f â mrê I V

IDenRa^í í" ° vrteando As mninai :— ...c fiquem sabenao qne, para so ter a cutis formosa e avelludada, í Índia. (

Meai . aempre o pó de arroz Lady ! E' o melhor «wc conheço c nilo 6 o mais «yo •}L\UY «>'. Bte "m "''Ho de 200 reis mandaremos uni Cittalogo lllnstrndo de Conselhos de Brllesn e uma amostro do (na 44_ i>," *rn,ndc 2*500, pelo Correio 3*200, em todas iyi casas do BraMl — Depositai Perfumaria Lopes, Urugnaya- \" mo — Preço nos Estados: Caixa grande 3Í000, pequena 600 réis. /

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Ch*o*;*o o TIC 0-T ICO o*k>*h>i*<>*'->^<>*k>*<>*k>*<>+<^^

CLINICA MEDICA DOr^l "TICO-TICO" *»** j,

CONSULTAS DA SEMANAA. de Pinfto (Rio) — Dê á creança : magnesia fluida 1

vidro c'trato de sódio 8 gr., tintura de hadiaivt II gr., tinturade genciana 2 sr., xarope de norteia 30 gr., — uma colher • •chá" de 4 em 4 horas. Faça-a infrerir, 20 minutos depois decada repasto, metade de um comprimido do Cairão NaphtotvdoFontoura. •

J D Barbos* (Recife) — Use : xarope de angico 200 gr.,xarope de toiíi 150 gr., codeina 5 centlgr., cresoto de faia 1gr be-n/oato de sódio 5 yr., tintura de lobelia influiu 4 gr.,tintura d- eucalvnto 5 gr. sr., hydrolalo de louro cereja U>gr., hvdrolato de flores de laranjeira 20 gr., — uma co Iv-rde 8 èm 3 horas. Depois de aida refeição principal, tome umacolhei- do Elixir Biotanico.

A A '/.. Z. (S. Paulo) — Externamente appllque, na re-pião indicaria: talco boricado 8 gr., aristol 2 gr. Internamenteuse o Xarope sedativo bromurado Fontoura, uma colher pelamanhã e outra â noite.

O. F. P. — Nio posso responder por meio de carta, con-forme o seu desejo, porque, ao apresentar o numero da caixado Correio, não se lembrou de indicar a localidade.

V. De Boni» (RibeirSo Preto) — Por meto do syphao deWeber e respirando com a bocea aberta, de porte que o li-quido entre por uma das narinas e seja expelhdo pe a outra,faça 2 ou 3 vezes por dia, lavagens com este medicamento:água fervida 1 litro, ácido borioo 5 gr. Durante o dia, appll-que mas narinas vários tamp5e3 de algodão embebldos nestuloção: soluto de chlorureto de zinco a 5 por cento 30 gr.,ácido borico 1 tx., água fervida 1 litro. Empregue em pi-tildas, como se estivesse usando rape: menthol 1 gr., sesqui-carbonato de ammonio 4 gr., iwldo borico 6 gr. Internamenteuse: arseniato de sódio 5 centigr., lacto-phosphato de cálcio15 gr., glycerina 30 grs., xarope de quina 400 gr.. — uma co-lher antes das refeições. Faça, por semana. 3 iii.iecções m-tra-musculares, empregando as ampolas do "Blotonioo .

A Silva (S. Paulo) — Use: magnesia fluida 1 vidro, ei-trato de sódio 10 gr., tintura de condurango 4 gr., tintura denoz-vomica 1 gr., xarope de aniz 30 gr., — meio cálice de 4em 4 horas. Dez minutos antes de cinda rcleiçao principal,use um comprimido tio Fermento lactico Fontoura. Depois dorepasto, use uma coiherinha do Digestivo Pinei.

O. Loyola (S. Paulo) — Mande o endereço, pois só assimé possível a resposta por meio de carti*.

N S. (Nictheroy) — Em fricções, empregue o Lmimeiiíode Rosen. Internamente use o Tecomol. Ao deitar-se, tome uincomprimido do Lacto-Purga.

T. S. M. (Rio) — Evite os excessos. Um neurp-artnriticode constituição pouco resistente nâo pôde, sem prejuízo daintegridade vital, entregar-se uios rituaes de Venus e de B iccho.

DR. DURVAL DE BRITO

DE TIO FRACO FICOU IDIOTAProva extraordinária do poder

curativo e fortificante do"Iodolino de Orh"

Meu afilhado e empregado Jerohymo dosSantos, de tão fraco chegou a ficar idiota e,apezar dos vários medicamentos que tomou,continuou no mesmo estado por alguns mezes,até que com o uso do extraordinário fortifican-

fc.t aQDOLIHO DE ORH"foi melhorando rapidamente, voltando-lhe oappetite, recobrando as forças e as carnes, atéficar completamente bom. Convencido deprestar um grande bem aos pais ide familia e áspessoa? que so£frem de anemia, autoriso a pu-blicação deste attestado.

Cândido Saraiva, negocianteRecife

^ Creança curada com o "Elixir de Nogueira"

Menino JoséAccioly — Esoirito Santo

... era uma creança marryrisada, desde a idade de umanno, soffria de penosa erupção de pelle acompanhada deuma coceira pertinas e por isso dolorosamente chagada, em)

quasi todo o corpinho.Curou-se radi;almcnte com o ELIXIR DE NOGUEIRA,

do Pharmaceutico Cbimico, João da Silva Silveira.Manoel Antônio do Espirito Santo

Espirito Santo — Accioly.

%

$

0-!-

Os documentos, narrando minuciosamente todas as cura;; Tobtidas com o ELIXIR DE NOGUEIRA do Pharmaceu- 4*

tico João da Süva Silveira, estão em poder dos únicos fa- Xbricantes — VIUVA SILVEIRA & FILHO, rua da Glorian. (>2, com as firmas devidamente reconhecidas.

Em todas as drogarias c pharmacias.Agentes : Silva Gomes & C.

Ch*<^K>*C^-0*0<>*0*I*0+<H*0*

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» 1 igMàUmÊÊÊÊÊÊSaWBM^^ f<$ PÜ!T^TV-,i. ii»i»iiiwMi.i»'iwM*^..**w*^aj**gçA.- V

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«Ollvi,

otaBieii«RtDACÇÃOAnnumcios „„

Propriedade da

tELEPHONES

SEMANÁRIO DAS CRIANÇAS'Soe. Anonyma O MALHO" Publica-se As Quartas-feiras

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IM, m Bi 0DVI08H - Ml DE MIEIR9As assignaturas começam sempre no dia 1.» do m?z em que forem tímidas, e só serão acceitas annual ou semestralmente

* As lições de VovôCOMO AS PLANTAS BEBEM

Meus netinhos:As plantas bebem ? Está ahi uma per-

gunta que os meus queridos netinho3 já.têm feito a si mesmos, quando deante deum galho de arvore qualquer.

A resposta deve ser dada pela affirma-tiva. E" incontestável que as pontas be-bem. Evidentemente não bebem comonós, levando a vasilha a bocea, mas be-bem lá a seu modo.

Para ter-se a certeza de que a água é ne-cessaria á planta não são precisas grandes

te qualidades de observação, nem virtudesQ excepcionaes de intelligencia.. Basta o sen-•f* so commum.

Observemos um vaso de planta em nos-sa sala de jantar. Não cuidemos de mo-lhal-o durante uma semana. Que é quese dã ? A. planta vae entristecendo, vaemurchando, vae fenecendo e acabara pormorrer.

Isso ê uma. prova de que ella necessitada água para viver.

Andemos pelo campo, na estação esti-vai. Apanhemos uma das muitas flores quamatizam o campo. A flor esta sem viçn,sem alegria, quasi sem vida. Transporte-mol-a â nossa casa e colloquemol-a numcopo. Pouco a pouco ella se vae tornan-do fresca, alegre, viçosa e risonha. Era aágua, que lhe faltava, o motivo, o únicomotivo do seu fenecimento. Agora que ellaestá em contacto com: a água, eil-a quareviyesce e brilha.

E' uma prova incontestável de que ap.anta bebe.

Mas podemos fizer experiências mai3exactas.Podemos conhecer' se a planta bebePouca ou muita água. A experiência e sim-

Pies. Toma-se uma rosa com a sua hasteenfolhada, faz-se um buraco na rolha deuma garrafa cheia d'agua, de modo a po-der introduzir nella a base da haste darosa, Dentro de alguns minutos veremosa água diminuir. Mas. para que ti expe-riencia seja mais rápida, devemos au-Kmentar a sensibilidade do apparulho. que,no caso, 6 a garra Ta. B' muito lento veri-ficar-se no gary.Ulo da garrafa a diminui-çao do liquido. Tomemos um tubo de vidrode pequeno calibre, com uma pnrte verti-ca! recurvada horizontalmente no seumaior comprimento e o inlroduzamos noKargalo da garrafa, até que a água pe-nptre na extremidade do tubo horizontal.

E quando a planta mais bebe ? A' luzou a sombra? A' luz.

A experiência pôde ser feita lindamen-te com o mesmo apparelho que descreve-mos. Se puzermos a garrafa com a rosanum quarto fechado, a água absorvida pelarosa será muito diminuta; mas, se a le-varrr.os para uma janella aberta, ,a por-ção d'agua bebida pelo venial será sen-sivelmente maior. Pôde-se. portanto, con-cluir, que a planta bebe mais água quan-to mais estiver exposta á luz. Variando as

Km vez de baixar na garrafa, o nivej daafilia desloca r-se-r. no tubo, tanto mais de-pressa quanto mais delgado elle fôr. com:' raPidez bastante para que o movimen-J°. ""eja muito sensível, oji cab) de algunsminutos.

Colloquemos a rosa da maneira que foinuMÍCada acima 8 veremos no tubo o li-cjuiao ir diminuindo. E assim mediremoslacumente a água bebida pela rosa.

condições da experiência, veremos que ellabebe tanto mais quanto mais secca e maisquente estiver a temperatura.

A planta, meu3 netinhos, bebe água.lentamente de manhã cedo, quando otempo está fresco, depois vae bebendomais depressa, & proporção que ha maisluíi e o sol se vae tornando mais quente ;ao partir do meio da tarde, quando atemperatura vae baixando, diminue aquantidade d'agua e â noite quasi quenão bebe água nenhuma.

E mais: uma planta bebe tanto maiságua. quanto mais folhas ella tiver.

E para onde vae a água bebida pelaplanta ?

Se pudermos em experiência, depois deo havermos pesado, um ramo colhido hacerto tempo, podemos ver depois que elleadquiriu a sua frescura e que augmentou

de peso. Estava sequioso, absorveuágua. Mas tornado a pôr depois da ex-periencia, já. não varia de peso e conti-núa a absorvel-a. A água portanto, sópôde ser expellida pana a atmosphera emvapor. Se assim é, pondo-se uma plantaem vaso bem regado no prato de umabalança e fazendo o equilíbrio, observar-se-ã ao cabo de pouco tempo uma perdade peso, devida ã água expellida. Para .isto se fazer, toma-se a precaução de Vcobrir a terra do vaso, em volta da base *rda planta com uma placa de vidro ou decortiça, convenientemente talhada para 'impedir que a água do vaso se evapore,porque a perda do peso que d'ahi resul-tasse falsearia a experiência.

Esta vaporisação constante pelas fo-lhas determina naturalmente a ascenção 'continua de água nova, mas isto se faz 'mesmo que a água falte, e é então que as jplantas seccam.

E ahi têm os meus netinhos a prova deque a planta bebe.

As experiências que citamos são expe-riencias fáceis, que qualquer menino pó-de fazer em sua própria casa.

Poderíamos alongar com outras expe-riencias as provas de que a planta ne-cessita de água para viver e que a bebecomo elemento essencial á sua vida.

Mas o Vovô escreve para meninos in-teltigentes e já todos comprehenderam o ,que o Vovô quiz provar.

O vegetal vive de maneira diversa danossa, mas tem comnosco pontos de con-tacto. Um bocado d'agua, em certas oc-casiões, representa para nós um bocadode vida. Dae de beber a quem tem sede— é um dos preceitos humanos.

Quando a algum de vocês alguém sechegar pedindo um pouco d'agua paramatar a sede, não neguem nunca o 11-quido admirável com que a natureza do-tou a terra.

E assim deveis proceder para com aplanta. A p'anta não tem palavras paranos pedir água. A planta não fala, ou pelomenos não fala que comprehendamos. Mas,na sua mudez, ella é eloqüente. Sem falarmostra que esta morrendo de sede. E mos-tra pela sua tristeza, pe'o tom murcho desuas folhas e de suas flores.

Quando virdes uma planta nesse estado cnão lhe negueis nunca aquillo que se não ¦deve negar ao homem — a água para. lhe .matar a sede.

Quando se diz — drk- de beber a quem'tem sede — não se incluiu no conselhoapenas o homem, incluem-se todos e todos '03 seres viventes.

Sede bom com as plantas, meus neti-nhos, que ellas são boas comvosco. Dão-nos sombra, frescura, flores e frutos.

Merecem bem que lhes mitiguemos ãsede.

* <>+0+o+C>-hO+<><>.K>*<>+<>r^^(•. VOVÔ +

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S<X-<X*0 O T I C 0-T ICO <>I-0-K>fr<>'K>*<>-K>+<>-K>K>^^^

GTico^Tkto mundano ivada; írene Bastos, por ser a mais Intel-ligreníe, e eu por ser a mais boba — A. F.

— Estão na berlinda as alumnas do 5«anno da Escola de Applicagâo:

Stella Oliveira, por ser a^fa; Maria Fortepor ser bonita; Leonor Freitas, por ser amais bonitinha; Lourdes, por ser gordaEdith, por ser a mais "mignon"; Odeth

America Cabral por ser a mais retrahi- por falar mais grosso; Imperalina, por ser ã1da; Juracy Faria, por ter queda para o a mais quieta, e eu. por não ser do collc- >_

ANNIVERSARWSFaz annos hoje a gracios» lida, íilhinha

do Sr. Antenor Gustavo de Mattos.Completou aímos hontem o nosso intel-

ligente leitor Arthur Miranda.Está hoje em festas o lar do Sr. Dr.

Henrique Castro e de D. Idalia M. Castro,por motivo da passagem do 1» anniversa-rio de .seu galante filhinho Ruy.

NASCIMENTOSO Sr. Antônio Bello, negociante, e sua es-

posa a Sra. D. Angelina Bello tivenalm oseu lar augmentado com o nascimento doprimogênito Alberto.

Esta em festa o lar do Dr. HenriqueMoss de Almeida, Io tenente medico doExercito, e de sua esposa, a Sra. D. Ceei-

] lia ^Azevedo de Almeidm, pelo nasemento deuma menina, que receberá o nome de Gylce.

VIAJANTES

Para Porto Alegre, onde reside, partiu aQ 28 do mez findo o nosso intelligente leitor4> e amiguinho Ruy Gaspar Martins.

A NA BERLINDA. ..-X Estão na berlinda os seguintes alu-A mnos do 5o anno da 10» Escola Mixta do

10° districto, no Rocha:X Álvaro Lara, por ser estudioso; Arlnda,

por ser a mais assídua; Clarice, por serT a mais sympathica; Elvira, por ser a maisO sincera; Florcntina, por ser a mais cora-

dinha; Iracema Figueira, por ser appli-ô cada; Inayar, por ser boa collega; Ire-•í. ne, por ser muito alegre; Nair, por serA a mais delicada; José Moreira, por ser*, bom desenhista; Juracy Searso, por serA muito risonha; Moacyr, por ser intelli-X gente; Otto Marques, por ser o mais

comportado, e eu por gostar da folia. —H. S. C.

Estão na berlinda os rapazes dapraia da Freguezia, na Ilha do Ooverna-dor :

Léo, por ser o mais infantil; Mario

bordado; Isaura Mello, por ser a maisquerida; Maria Juüeta Soares, por ser amais risonha; Marianna Teixeira, por sera mais simples; Maria Beatriz, por ser amais bonita; Iasy de" Mello e Silva, porser a mais clara; Nair Vieira, por terapenas treze annos; Flora Luz Navarro,por ser a mais bondosa; Noemia NavarroTeixeira, por ser a mais moralista; Naza-rita de Mello e Silva, por ser a mais bo-nita; Rosalina Cascarda, por ser a mais

so•1-

!i-Ygio e estar —TAGARELLANDO.

— Estão na berlinda cs seguintes alumnos da Escola Rodrigues Alves J"

Thereza, por & mais bor-.itinha; Inah, por Oser a mais tratavel; Ceüna, por ser a mais 4-torcedora do "Botafogo"; M. José, por ser <^a mais engraçadinha; Luzia, por ter um .i,bello perfil; Lyane, por ser a mais graclo- Asa; Ahy, por ter uns lindos cachos; Fer- JLnanda, pelo bello "modeo" do seu pentea- ado; Heloysa, por ser a. mais delicada: Nair, Vpor ser a mais risonha; Maria Heloísa, Tpor ser a estrangeira da etosse; Noemi, ror Vser a mais caprichosa; Geny, por ter uns •}•

0estudiosa: Djanyra Prado, por ser a maissincera; Maria da Conceição Porto Car-reiro, por ser a mais gentil; Vera 1 adua,oor ser a mais pândega; Mercedes Elisa dentinhos de rato; Regina, por ter uns lin-"¦haves por ser a mais dada; Alpha Can- dos olhos; Dali'a, por ser a mais collegui-lida Ladeira, por ser a mais eorada; Oso- nha; Marina, por ser a pygmeu da classe;

GALERIA ESCOLAR

reiro, por serporChi

rio^Buricíí* doÉAsantos, por ter modos de Clelia, por ser a mais elegante; Helenn,«reneral- Cecilia Dias, por ser n mais es- por ser a exemplar da. classe; André, por Anirituosa e nôs por sermos as mais — ter espirito sem graça; Felicia, por ser a j£FEIAS

mais "oradora"; Rubens, por ser o mais 1Estão na berlinda as gentis alumnas do pauMficante, e eu, por a mais — INDIS- V

B» anno, da primeira Escola mixta do 6» CRETA. +districto. — Estão na ber'inda os alumnos seguiu- Y

Esmeralda Andrade, por ser a mais lou- tes do C0]ieg:0 Pedro II Tna; Ita Lage, por ser a mais bonita; Car- Gtenaro Bom-Tempo, por ser o mais ma- y

gro ; Murillo Madeira, por ser o mais de-4** 4* Hcado ; Irenio Barbosa, por ser o mais sin- 0"cero; Antônio Goulart, por ser o mais en- •£•cantador; Gilberto Goulart, porque é o ymais quieto; Jorge dos Passos, por ser o "*"mais bonito; Sylvio Ribfiro de O., por ser velegante; Ruffino Pizarro. por ser cortez; 4-Joaquim Camarinha, porque ê o mais gor- Ãdo; Ne'son Leitão, por ser "alma" muito 4.elegante; Sylvio de Carvalho, por ser o Âmais alto, e eu por ser o mais — SE- YDUCTOR. V

— Estão na berlinda os seguintes alu- j.mnos flo 3» anno da 6* escola mixta do a12» Districto Y

Helena Santos, por ser a ma!s alegre; à"Marina Teixeira, por ser a mais levmla; yEsperanto NogueroT, por ser o mais gordo ; TMaria Santos, por ser a menos vadia; 0No,mia de Oliveira por ser a mais bonita; 4"Esther Noguerol, por ser a mais pequeni- òna ; Rubem Pacheco, por ser o mais espi- •}.rituoso ; Altair Sampaio, por ser a mais <Smeifa ; Diva da Silva, por ser a mais bo- Xfnta; Carlos Cruz, por ser o mais quieto; -

f_yyYole Nobre da Silva, por ser a mais pai- _.oSylvia Menezes da Costa e Coralia fohral !i(]a: Dynara Monteriegro,

°pôr "ser"T mais TMattos, vossas leitoras residentes na Ilha do faceira e Nair Dias a

» A'zevedo nor » 0Governador. mais positiva. *

— Estão na berlinda as alumnas do 4" Õanno da Escola Modelo Azevedo Júnior, •]'Gomes,

'por ser o inãísVmpatWcorpià- men Ribeiro, por ser a mais ciumenta; lie- deAÇ?f£*dur.£ se nirecer rmittn com r-,-n 9vio P. Duarte, por ser o mais espirituo- lena Agnese, por ser a mais risonha; AU- Age ina. Por se PaJ«^r™u»° com Gra- A

so; Horacio Freire, por ser o mais espi- da Almeida, por ser a mais bonitinha ; Blu- çe C„natd Ehnra, co™ ^"^Haníeti;

Arituoso; Horacio Freire, por ser o mais ette Tramantono, por saber se pentear; _°em

*

o 111.tis elegante; Roberto Pessoa, por ser ta Costa, por ter os o'.hoo mais chie; Scylla-Mattos, por ser o maisgordo; Emílio Freire, por ser o mais co-rado: Sylvio Freire, por ser o mais bai-JCiriho; Dudu', por ser o mais olhador;Boanerges César, por ser o mais sério;Jorge César, por ser o mais cabeçudo;Maurico Verdussen, por ser o mais de-licado, e Coutinho, por ser o mais dan-sarino.

— Estão na berlinda as seguintes se-nhoritas da praia da Freguezia, Ilha doGovernador:

C&rmen P. Duarte, por ser a mais bo-nita; Didi P. Duarte, por ser a mais sim-pies; LI1I Verdussen, por ser a mais agra-flavel ; Lulzette Verdussen, por ser amais attenclosa; Suzanne Verdussen, por

:-d; Eunice, com Xais risonha; Alit- Theda Bara: Celeste, com Fina Menicheli; A

verdes; Aracell Ivonette-, com Paulino Frederlck; Alice, Y.Almeida, por ser a mais magra; Eulalta í™.™^,,?,™011^; K»;»!--com_ Mary *

Horacio Freire, por ser o maisbonitinho; Eduardo Berrinback, por ser Iria Muricy, por ser a mais risonha; Alit- i«=«» o».-»í.^o«»ib. *«in

£.n» «eniçnwii A" s verdes; Aracell -ivoneuc, com Pauline Frederlck: Alice. YOsborne; Ondina, comBraea por ser a mais estudiosa; Jaiza

Gaspar, por ter os olhos lindos; Gcraldina dge; Hermin.a, com Dorothy Dalton; Ro- *Meira por ser a mais baixinha; Maria ?,a, com Mary Mac Laren; Jacyra, com 0BrandãoI, por-ser a mais estudiosa; Mari- Constance Talmadge; Dinorah. com Fran- *taChiives,

Pires, por ter a bocea bonita; Angvima c«sca uertini; Dulce coni Ruth Roland;<)rico, por ter attractivos; Lydia Gonçal- Nair, com Dorothy Philips; Adyl a, com X

por ser a quo mais se esforça pelos Priscilla Dean; Maria Appareclda com A»imoi,ia nor ser n mais Mary Walcan Nair Conceição, com Y

Xestudos ; Conceição ._risonha, e eu, por ser a mais — JUbTA

— Estão na berlindia. as seguintes senho-ritas da Escola de AppUcaçao, 6» anno :turma, D. Arteobeüa:

Alexandrina Macedo, por ser a melhorbordadeira da classe; Alpha Cândida La-

a Neva Gerber; Aracy, com Cleo Madison;Maria de Lourdes, com Peggy Hyland, eeu, com Pearl White.RECEITAS ÚTEIS

Sorvete do Chiquinho Os sorvetes doufliqumnu _¦?» wívcuíS UO ^s bonitinha; America Chiquinho são preparados da seguinte X—animas da formosura ange- yCabral, por ser a mais retrahida; Beatriz forma: 130 grammas aa tormosura ang.

ser a mais alta; Marina Gomes, por ser Macedo, por ser a mais franca; Djanira Ucal de NhAzinha. .. futura noiva de Oar- Ta mala sensata Heredlna S. Sâ, por ser Prado, a mais levada; Hora Luz Navarro, nize, 2!> ditas da traquinagflin do Jujuba, Va mais sensata; Lucy Pires, por ser amais bonita e Luiza Marques, por ser amais caseira.

— Estão na berlinda as seguintes alu-ínnus do Collegio Sta. Cecilia:

Elza (ionello, por ser a mais sympathi-ca; .Myosis Gonello, por ser a mais sin-cora; Lectlcla Barros, por ser a mais gor-

por ser admlradoro. do Wllliam Farmim; 8 gemmas dos olhos Jo Jagunço, 2j3 par- VIsaura Mello, por ser a mais namoradeira; tes da perna do Garnizé, a metade da ca- OJacy Silvia, por ser a mais carinhosa; Ju- bclloira do C.irraplcho, grammas da 'racy Faria, por ser muito dócil; Lydia La-glncstra, por ser a mais prosa; Maria Ju-lleta Soares, por ser a mais insinuante;Maria Beatriz Freire, por ser a mais ca-ptlvante; Maria da Conceição Porto Car-

da; Maria do Lourdes por ser a mais reiro, por ser muito graciosa.loura; Alnicrinda, por ser a mais capri- — Estão na berlinda as seguintes meni-chosa; Marlazlnha Rodrigues, por ser a nas do Collegio Serrâo :mais estudiosa; Eunice Ribas, por ser a Maria Leda, por ser a mais velha da do paciente Vovô, e.mais dada; Miiria Ignacia por ser a mais classe; Ilka Martins, por ser a mais ale- via-se .1 assignante

gordura do D. Genoveva, o 2 meias chi-caras das astucia3 do Chiquinho.

Finalmente, isto é. depois de tudo coa-do pelo nariz de Faustlna, o frio pelabocea do Baratinha ou Zé Macaco, mis-tura 1|5 da alvura do Chocolate, e bate- ,so tudo, indo depois a Redacção d'"O ***Tico-Tico" para gelar, ante os conselhos 0

seguidamente en- •}"SOPHIA SCIIML ò

risonha; "Nair Lobo, por ser a mais le- gre; Julleta Paula, por ser mais boasinha; DTII.

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Naquelle anno, afogaram-se no mar muitos de Saintvaléry que andavam na pesca. Foram-lhes os corpos en-contrados, tratiidos á praia pelo rolo das ondas com os des-troços dos barcos; e, durante nove dias, viram-se, na ladei.ra que vae dar ã egreja, caixões levados 4 mão, e que viu-vas acompanhavam chorando, sob as grandes capas negras,como mulheres da Bíblia.

Assim foram depostos no corpo da egreja o patrão JoãoLenoel e seu filho Desiderio, mesmo sob a abobada, ondehavia tempos, tinham suspendido um navio vcom todo seuapparelho, voto a Nossa Senhora. Eram homens justos etementes a Deus. O senhor prior de Saint Valéry, Guilher-me Truphéme, havia dito com lagrimas na voz :—Nunca melhor gente nem melhores christãos que JoãoLenoel e seu filho Desiderio foram levados ao campo san-to a esperar o juizo de Deus.

E emquanto os barcos com seus patrões encontravama morte na costa, navios de alto bor-do afundavam-se ao largo, e dia nãose passava que não trouxesse o oceanoqualquer destroço. Ora, uma manhã,uns rapazitos que remavam num barcoviram um vulto deitado sobre as águas.

Era uma imagem de Nosso Senhorde tamanho natural, a. capricho esculpidaem madeira dura, pintada com as suas de-vidas cores, que devia de ser obra mui-to antiga. Boiava nas ondas com osbraços estendidos. Deitaram-lhe mãoos rapazes e o trouxeram para SaintValéry. Cingi,a.-lhe a cabeça a oorôade espinhos; eram furados seus pés esuas mãos. Mas faltavam-lhes os pregose faltava a cruz. De braços ainda aber-tos, como que parecia offerecer-se ouabençoar; era. como, no momento de odarem á sepultura, o haviam visto Joséde Arimatéa e as santas mulheres.Entregaram-o os rapazes ao senhorprior Truphéme, que lhes disse:_ ,,— Esta imagem do Salvador é obraantiga e quem a foi deve de ha muitoser morto. Embora nas lojas de Parisco? Am»ens se vendam por cem fran-i°,: ' até P°r mais, imagens perfeitas,do,,;ÍTS .de confessar que os santeirossua h^-.^mpos nao deixavam de teraá rnn? dade' Mas ° 1ue sobretudo meso q""'enta,nento é pensar que, se Nos-até%aiV,frifS,s<im veiu de braços abertosnossa f« VaI.éry- tal para abençoar estaS» t "*• que por tâo ""eis P«-que lhe f?» pa?sado- « dizer-nos o dôna pesca

aZ, es.ta pobre gente andandoNosso 4„ah„arriscar a vida- E' o mesmoa°ua°s fabeíçoT Caminhava 3°bre a*as redes de Cephas.

>fe a toalha do aí-tar-rnôrjatnendou ao oarÜVnfJÍ» aTllar"môr' encom

Apenas esfé a „° L,emerre uma ""ia cruz de carvalho,com uns PreJot Lacabou' Pregaram nella Nosso SenhorPor sobre T^crrVUnd^r1" ™ "^ > "P*dia TermCÍ/^0b-^orSa,Se%%^est,eh0cU^Srãode "^'^

¦ ido,, „„í3 lrma?s que assistia ã collocacão'

fieis a contribuírem com donativos para uma nova cruz,melhor do que a primeira e digna daquelle que resgatouo mundo.Deram os pobres pescadores de Saint Valéry quantopuderam, e trouxeram as viuvas os seus anneis. Logoo Sr. Truphéme abalou para Abevile a encommendar umacruz de madeira preta, muito lustrosa. encimada pela ins-cripção IN RI, em letras de ouro. Dois mezes depois, foierguida no logar da primeira e pregaram-lhe o SantoChristo entre a lança e a esponja.Mas deixou-a Jesus, como deixara a outra, e, assim

que anoiteceu, foi deitar-se sobre o altar. Encontrando-oati o senhor prior, de manhãzinha, caiu de joelhos e des-atou a rezar por muito tempo. Logo a fama do milagre seespalhou pelos arredores e as senhoras de Amiens come-çaram pedindo esmolas para o Senhor de Saint Valéry. OSr. Truphéme recebeu de Paris as jóias e dinheiro, e a

mulher do ministro da marinha, a Sra.Ida de Neuville. enviou-lhe um coraçãode brilhantes. Dispondo de tantas ri-quezas, um ourives da rua de S. Sul-picio compoz no prazo de dois annosuma cruz de ouro e pedras preciosas,que foi inaugurada com grande pompana igreja de Saint Valéry, no segundodomingo depois da Paschoa, em 1S...

Mas quem não se havia negado âcruz dolorosa fugiu da cruz tão rica efoi outra vez deitar-se nos linhosbrancos do altar.

Temendo offendel-o, ahi o deixa-ram então, e assim estava havia doisannos, quando o Pedro, o filho do Pe-dro Caillou, veiu dizer ao Sr. Truphé-me que tinha achado na praia a ver-dadeira cruz de Nosso Senhor.

Este Pedro era um innocentinho, e,como não tinha juizo bastante paratratar da vida, davam-lhe por carida-de um pedaço de pão. Gostavam d'elleporque não fazia mal a ninguém; mas,como o viam sempre a desarrazoar,ninguém lhe dava ouvidos.

Entretanto, ao Sr. Truphéme, porqueandava sempre meditando no mysteriode Nosso Senhor do Oceano, moveu-se-lhe o coração com o que lhe disse opobre louco. Com dois irmãos da con-fraria e o bedel foi-se até o sitio o^deo rapaz dizia-ter visto a cruz, e achouduas taboas com pregos, que por mui-to tempo andariam no mar e que for-mavam uma crutí realmente.

Eram destroços d'algum antigonaufrágio. Ainda numa das taboas seviam duas Jettras pretas, um J. e um

A minha cruz ê feita de todas as dores L., e, não havia duvidas, era um pe-qu«v cin-

as iguas

E o senhor r~ •"" ""*co uc ^epuas. a mmna cruz e jena ae loaas as aores L,., e, nao havia duvidas, ertmandado pôr n « or Truphéme tendo dos homens, porque, na verdade, seu Deus daço do barco de João Lenoel,

• sobre a tonlh? U phristo na igre- dos pobres e desgraçados". Co annos antes, perecera n

cuidou ver" ni7b.r assistia a collocacão do cruxifixod"™a„laf? .ma, correndo sobre o rosto divino.de manhã, o senhor prior entrou

n,.o„r U4ua lagrimaQuando no dia seguinte dnaVío?1*. C°m ° menino uo coro, paradobancoSedUa fran„t^Lend0.,d?samrPa':ada aaltar !

o menino do coro, para dizer missa, qualbanco Tr^-ÍS Jendo desamparada a cruz por cimananco da irmandade e Nosso Senhor estendido sobre o

mar^S" de celebrar ° «anto sacrifício, mandou cha-da^ cruz oPSant1or°Chr,ies^UIí>tOU-lhe, P°rque ha^ia despregadolhe tocara é?.„?,, „I°'. ResPondeu_lhe o homem que nãom?r,= *i ' üePols de haver interrogado o bedel e na ir

«5*V»«Sa-iSíÇ£

do mar com seu filho Desiderio.Vendo aquillo, puzeram-se o bedel e os irmãos a rir

do innocente, que as taboas de um barco despedaçado to.mava pela cruz de Jesus Christo. Mas o Sr. prior Truphé-me pôz-lhes ponto nas zombarias. Muito meditara e rezaradesde que aquelle Nosso Senhor do Oceano viera ter comos pescadores, e começava a ver luz no mysterio da cari-dade infinita. Ajoelhou-se na areia, rezou pelos fieis de-funtos, e mandou ao bedel e aos irmãos que aos hombroslevassem aquelles fragmentos e os depuzessem na igreja.Pegou em Nosso Senhor, que estava no altar, pôl-o sobreas taboas do barco e, por suas mãos, bateu os pregos queo mar havia enferrujado.

Deu ordem para que, logo no dia seguinte, fosse acruz alçada sobre o banco da confraria, no logar onde es-tivera a outra de ouro feita e de pedras preciosas. E nun_ca mais o Senhor do Oceano se despregou. Quiz naquellamadeira ficar, onde homens haviam morrido, invocando-lheo nome e o de sua mãe. E ali, entreabrindo os lábios au-Bustos e dolorosos, parece dizer : "A minha cruz é feitade todas as dores dos homens, porque, na verdade, souDeus dos pobres e desgraçados."

ANATOLE FPvANCE

v

i

\COMO SE ALIMENTAM»~»c= *L-w-. ,*-J,J-^-*-Air»- lunquatito nao o pode fazer, é-lhe per- mittido beber senão no fim das refeições.,*J& HINDUS mittido, quando janta em casa de seus Terminado o jantar, o mais velho dá o,

n ,. ,. ,. pae3- Çomer no prato de seu pae; mas, de- signal de erguerem; depois cada um se di-y

us tnndus alinientam-se com pratos ai- P°'s. e considerada por sua familia como rige a uma bacia cheia de agita e lava asTe™a cousa extravagantes. Estes são for- estrangeira e apresentam-lhe um prato ve" mãos e a booca£

mados de folhas de coqueiros, que se ati- Betai.% ram fora, depois de cada refeição. Os pra- -Para a bebida, os convivas empregamY tos de metal ou de louça não são utilisa- «ma grande cabaça para todos, mas estaA, dos senão na intimidade mais estricta; «aão deve tocar os lábios dos beboresI cert0oSatenmnné ?utorisada' "nSo deix>is de O takidú inclina a cabeça para traz e a¦Xo de Tu tjT™mt°'

* °°mer n° aírUa corre em iact0 continu°- Enade aosgoles e durante muito tempo. Não é per-

Na maior parte dos paizes civilisados ydo mundo, excepto a Irlanda, Itália eBulgária, o obituario feminino é menor

, ¦„ sv»c» c uurante muno tempo, xsão ê per- que o masculino. J

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-o*o*o (j t I C 0-T ICO o*<>:<>*i-o*<>i-o*fo*o*o-i^.se havia partido e não havia dinheiro para comprar ou Atra. Mui contente poz-se o pobre homem a trabalhar, masqual não foi o seu espanto, guando viu que a cada golpeque dava lhe apparecia ao lado um monte de lenha já cor-tado e prompto para a venda !

E assim melhorou de vida o pobre lenhador, que ha tan-tos annos, se esfalfava ao sol, a cortar lçnha, sem nunca po-der dar uni conforto á sua mulher e á s_a flhinha.

Mezes se haviam passado e já as creanças não tnaii-se recordavam da pobre avesita, quando esta lhes appareceue com voz doce e suave exclamou :

— Sou o maircebo que vistes ha dois mezes, filho da ,mais poderosa e bella fada do mundo. O machado que vos Xatirei é mágico e foi cm troca da vossa bondade. "'A Cari-dade merece sempre recompensa".

E voou para além, mui para além, para o paiz dasfadas..,;

QUIRINO CAMPOriORITO

o 1 Amor com amor se paga |

toY0•I-222

Era uma vez um pobre lenhador que tinha duas filhasainda pequenas, Célia e Nadir. Embora creanças, muito aju-davam já a sua querida mamãe nos serviços da casa.

Era inverno. A neve cahia abundante.Um desses dias invernosos mamãe as chamou e lhes disse:

20•!-

O!§0•!-

Filhas. Acho-me doente. Necessito que por minivão á floresta para colherem ramos seccos. •

Sim. Sim — responderam ambas — Iremos e trare-mos tanlo quanto pudermos.

Momentos depois as duas creanças sahiam de casa, dl-rigiodo-se ao bosque.

Ao chegarem, puzeram-se immediatamente a colher osramos e, antes que anoitecera, já havia cada uma colhido um

bom feixe.Quando voltavam á casa, eis que ouvem no caminho um

ruido como um queixume, que vinha de uma roda de arhus-tos. Caridosas como eram Célia e Nadir para os animalitos,'pararam para melhor saberem de onde vinha tal ruido. E en-tão ouviram claramente: "Piio... Piio..."

Célia, estou certa como entre as plantas ha um pas-sarinho.

Vamos procural-o, talvez esteja ferido. Se o estiver,poetemos !eval-o para casa e cural-o — falou Wadir.

Deixaram os feixes no chão e puzeram-se a caminhodo logar donde pareciam vir as supplicas. Um lindo passa-rinho ali se achava, com uma das azas ferida e estendido

no meio da folhagem. Ao se approximarem as duas creanças,a avesita poz-se a miral-as, stipplicante.

Coitadinho ! Deve sentir muitas dores.Lcvemol-o para casa até que fique bom.

E dizendo isto, levantaram a pobre ave.Supponho que mamãe nos permittirá tel-a em casa

até que se cure.Naturalmente t Mamãe é tão boa...

Tomando os atados de galhos, seguiram para ca.a.Quando chegaram á porta, Nadir, que levava o pobre

ferido, correndo, gritou :Mamãe ! Trazemos do bosque dois atados grandes

de lenha e um lindo passarinho ferido que encontramos.A mãe saiu a receber suas filhinhas e quando viu toda

a lenha que estas traziam exclamou :Que boas que sois 1 Como viestes carregadas ! Te-

remos lenha para tres dias. Maria me disse que trazeis umpass%rirtho ferido. Vejo que não perdereis o tempo.

Aqui está elle ! exclamou Maria. Coitadinho !Levaram a pobre avesita á cosinha e ahi ministraram-

lhe todos os curativos possíveis a ficar boa.Tres dias após poz-se a se movimentar, voando por toda

a casa c a cantar como se estivesse dizendo ;Maria, Wadir ! Como são boas vocês...

No quarto dia, come) era de costume, levantaram-se cedopara verem o ferido.

Puzeram-íe a prexural-o por todos os cantos da casa,mas não o encontraram. Havia desapparecido...

Uma semana depois, achavam-se as creança1* brincandopelo campo, quando viram surgir um lindo mancebo, todovestido de ouro c prata que, depois de as contemplar sor-rindo, atirou-lhes mn rico machado que rebrilhava ao sol.Depois desapparcceii como por encanto.

Attrahidas pelo objecto apanharam-n'o e o entregarama seu papae, que ha dias não trabalhava, pois sua machadinh»

O DIAmAnCB !Tios últimos tempos a attençao do munao se tem voltado

para. os diamantes do Cong"o.Nos últimos tempos sim, porque em outros e elurante mui-

tos séculos não se conheceram outras mipas de diamantes quenão fossem as da índia e de Goleonde..

Os diamantes de Ctoleonda, que se tornaram celebres nomundo, não eram encontrados propriamente em minas e simem um castello a.uuou. Epipuo.so BAi-iroii. as apuo opeunu.1

quantidade do precioso mineral.Depois dos diamantes da índia e de Golconda. os mais

celebres foram os do Brasil. Durante o século XVIII o m»n-elo inteiro ficou assombrado com a producção de diamantedo terra brasileira.

Não se podo saber ao certo quanto diamante produziu oBrasil no século a trazado; mas foi muito, muito, que não haexemplo de tanto na historia.

Basta dizer que D. João V mandou ao papiv navios car-regados de diamantes brutos. D. João V, só elle, gastou maisde 40 milhões de cruzados em diamantes brasileiros.

Foram depois descobertas as minas de diamantes doTransvaal.

A Europa tem poucas minas do suspirado mineral. Exis-tem apenas as jazidas dos montes Uraes e da Bahemia.

O continente mais rico em diamante é o australiano.•--->

O clichê abaixo é uma reproducção da bella capa do primo-roso numero deste mez da "Leitura para Todos"

¦'&:&¦ __B __»Vi_.

i _J Bcfe'. f, ¦ ^wü: g/t

......

Os poucos números que ainda restam á venda devem ser ad-quiridos pelos nossos leitores,j. a SCll papae, que na (lias nao irauainuva, pois mu iiiuciiauiuiii* q...nui/o ^..-j ,....,_._ ¦»..«{.• -,

*t_>*o^>v^*^c>'.<>o*o+o>:*^^

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• <>•K>•^<>•^0•^<>•K>-K><>•^<^^ Q T I C 0-T ICO O+O^-S

i creança pensa?3=___

O que é a imaginaçãoinfantil

fl

j

Que idade tem o leitor? Cinco? Seis?Oito ? Dez ? Onze annos ? Qualquer que' seja a idade dessas interrogações já o

_ leitor pensa, não é verdade ?, E a creança pensa? E' o que os sábios.ate hoje não sabem responder. Evidente-i mente uma creança de um anno, de dois

annos ou três pensa lá ao seu modo.James .Sully, psychologo francez, tem

um excellente estudo a respeito da ima-, gmação da creança. Diz e'.le que a cre-, anca, quando vê, brinca e imita, sempre

miagina. E imagina como ? A única res-i posta é esta : — imagina como creança.'

. Uma creança não pôde ter do mundo aidéa que os adultos têm. Percebe o mun-

, ao externo de modo diverso dos barba-, dos. Querem exemplos ? Uma creança> de dois annos e cinco mezes, olhando- osmartellos do piano, emquanto alguém to-' cava, exclamou : '"Oh ! que lindos passa-; nnhos "1

Outra creança, de quatro annos, depois, de haver escripto um F, collocou á es-querda um F invertido e disse : "Estão

conversando. "

| Outra, vendo, pela manhã a relva co-, oerta de orvalho, observou : "A herva, esta chorando. ", Outra, ainda mudava o logar das pe-uras da rua, porque pensava que se de-- viam aborrecer, ao verem sempre as mes-; mas cousas., Um .phenomeno, talvez mais simples e,' em .. u?..° caso, menos commum, dessai prodigalidade imaginativa, é o que foinotado ha poucos annos: o da "audição1 colorida .I Isso existe em alguns adultos; mas, ".ene,, nao e mais do que a lembrança deimpressões da infância, pois essas sãomuito mais, freqüentes nas creanças.iintre os alumnos de uma escola deBoston, vinte e um, num total de cincoen-ta e treo, isto é, cerca de 40 por cento,descreveram a côr do som de certos in-strumentos. Um declarou qu_ o som da

flauta é claro; e a outro isso pareceu es-curo. Uma menina de seis annos, conser-vada por James Sully, attrbuia a cada ai-garismo uma côr: 1 era branco, para ella2, preto; 3, roxo; 4 cinzento; 5, côr derosa, etc.

Quaes são as singulares associações, ascuriosas analogias que se estabelecem 110espirito das creanças ?

E' mais fácil aí firmar a existência dophenomeno do que explicar o seu meeu-nismo.

Os seus terrores insensatos não têmprovavelmente, outra causa; e, na maiorparte dos casos, não se consegue cural-os,porque elles não são comprehendidos.

Eis como um menino de quatro annosexplicava ao pai o medo que a escuridãolhe inspirava : " Sabes o que é a escuri-dão? Ê' um monstro_negro, com umabocea e dois olhos."

Essa transformação fantac-ista dos ob-jectos, que é natural na creança consti-tue para ella uma diversão e a auxilia nosseus jogos: cadeiras, divans, poltronas setornam, suecessivamente, cavallos, canoas,etc. E uma menina se apegará á sua bo-neca, formada por um fragmento de ma-deira, porque essa foi creada pela suaimaginação.

Quando brincam, as creanças se sub-mettem inteiramente á ficção e exigem detodos o mesmo esforço de espirito.

Duasi meninas, uma de quatro annos eoutra de sete, transformavam o quartonuma loja; a mais velha representava alogista; a segunda era uma fregueza. Amã de ambas, entrando, beija a primoge-nita. A segunda desata.a chorar, poisnã. icomprehendia que a vendedora de

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"bibelots" fosse beijada. Isso havia dis-sipado a illusão da brincadeira.

As creanças q.ue habitam o campo, in- ,terrogada por James Sully no que diz res-peito ao vento, o attribuiram, com umainteressante inversão da causa e do ef-feito, ao movimento das arvores.

Os seres vivos devem crexer e dkui-nuir; assim pensam, em regra, as crean-ças. E uma menina dizia a uma parenta:"

Quando eu fôr grande e tu pequena, eute baterei". Outra, assim se exprimia:" Minha mãe, quando tu fores pequena,'eu, que já então serei grande, te carrega- 'rei e te embalarei nos braços. "

A attenção da creança é attrahida, an-tes de tudo, pelo que brilha e reluz; ascores que mais lhe aprazem são semprea_ mais intensas. Agrada-lhe ver reuni-'dos esses tons vivos, que, separados, lhe '

causam prazer; exapa-lhe, porém, o er-feito artistico que possa resultar da suacombinação, porquanto ella não vê o con-juneto, mas olha sucessivamente os ele-mentos que o compõem.

A creança tende a dar a tudo o aspe-cto da realdade.

Um quadro é cousa difficil de ser com-prehendido pela imaginação infantil.

Um dia um menino de quatro annos fa-zia uma visita a uma senhora que aca-bava de receber um quadro, em que erarepresentada uma paizagem hibernai, comalgumas pessoas que caminhavam no ru-mo de uma egreja situada numa colli-na.No dia seguinte, voltando á mesma casa,o menino contemplou a tela e perguntou \com espanto:" Porque não chegaram ainda á monta- 1riba esses homens ? "

O estudo de James Sully é longo. OpE[ychologo francez apresenta innumerosexemplos de extravagância da imagina-ção infantil.

E, por todos os exemplos que elle apre-senta, a gente concilie que a creança pen-sa, embora pense a seu modo, dif ferente 'de nós, como creança.

MEU S OI. ITO .. .

A' hora em que as cortinasSe fecham lentamente,E a noite vae descendoSilenciosamente.

Os olhos cerro e durmoNo meu quentinho leito.Sonho e por mil mundosPasseio satisfeito.Inda hontem (bem me lembro)Entrei n'uma cidade.E o.ue cidade linda !Pena 6 não ser .erdade.As ruas todas eramDe p»o-de-lot calçadas,De rapaduras as c_sas,t>s muros de queijuías.

O chocolate andavaEm carros pelas praças,Eram de assucar candlOs vidros das vidra ças.Na livraria haviaS6 livros de biju'Mesas de queijo suisos.Cadeiras de sagu'.Nenhuma chave havia,Nas portas dos armário»,Brincavam peixes rubrosNa calda dos aquários.

A cathedral enormeEra de goiabada.Com sino e duas torres,Tudo de marmelada.

Vim chafariz de boloInglez. — vertia mel,

Borgonha e malvasia.Champanha o moscutel.E eu comendo sempre,Comendo e sem pagar,Quando a mamãe me veiuDe súbito acordar.Vocês façam idíaComo fiquei damnado,Pois tinha um pudim de cr.m»Apenas principiado.

Arnaldo Gonçalves Dos Santos .

Na China, onde tudo se faz ao contra-rio da Europa, são os mostradores dosrelógios que se movem, e os ponteirosque estão parados.

>*O.C>+<>K>+<>_>-!

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roíooo o TIC 0>-TIÇ Q <**o+o+^*o*o*o4^*^+<>f'<5*o<»*o$<^! Jr SE IIID1 CHOVER

O homem pôde provocara chuva

—Fulano man-da chover.

— Cicrano éo manda chuva.

Essas expres-soes ouvimos to-dos os ;dias, a to-do instante.

Não ha umaexpressão popu-lar que não te-nha o seu fundode razão.

¦Será possivelalguém mandar

chover? Ou me-lhor.está na mão

d'os homens provocar a chuva ? Não seespantem com a resposta, meninos. Está.

O homem pôde fazer chover.A questão de saber-se se é possivel pro-

.. vocar a queda da chuva é velha. Os an-tigos já cuidavam delia. Mas as ultimas

A experiências feitas em Nova ZelândiaX vieram confirmar exuberantemente que oy ser humano, entre os vários poderes queT encerra em suas mãos, tem mais esse de...

mandar chover.JÇ Já desde tempos antigos se verificou

que com tiros de canhão ise podia persua-dir Jove Pluvio a derramar a chuva so-bre os mortaes. A historia das grandesbatalhas provou que a idéa não é de todosem fundamento. Uma hora depois dobombardeio de Criméa em 1854, o céo es-cureceu subitamente e começou uma chu-vinha que logo se tornou chuva torren-ciai. Algum tempo depois, travava-se a"batalha de Inkermann e davam-se os mes-

^ mos phenomenos. Encontram-se muitosexemplos desse facto.

Na primeira batalha em que foi usadaa artilharia, na de Crécy, uma grandetrovoada com relâmpagos e trovões de-sabou sobre o campo dos combatentes.• Em Montebello, Varesa, Palestro, Ma-genta e Sol ferino, depois da batalha hou-ve trovoada e chuva. Porque chove maisno Natal, na Paschoa e Pentecostes ?Porque — dizia Le Maout, que susten-tava a theoria da relação entre o es-trondo e a chuva — porque os sinos sãohiais repicados. E elle descobriu tambemque chove mais onde ha arsenaes e offi-Emas ruidosas.

As experiências feitas no Texas (1891)provaram qt|e quando ameaçava máotempo, fazendo-se explodir balões no ar,podia-se provocar a condensação dachuva.

E agora nos vem a relação das ulti-mas experiências feitas em Nova-Zelan-dia. A secca era absoluta, os campos es-tavam despidos, a forragem insufficien-te. No céo passavam nuvens densas e ne-gras, levando para longe a benéfica chu-va... Como as fazer parar e s>e dissolve-rem ?

Fazem uma subscripção para as despe-zas das experiências.

iEm tres collinas, ao passo que "as

nu-vens corriam .por cima fizeram explodir,com intervallo de 15 minutos, 25 libras depólvora e de dynamite, duas vezes, e de-pois, 60 libras de uma mistura. A' dis-tancia, cahe um aguacciro. A experiênciafoi renovada e choveu antes e durante asexplosões.

Numa terceira experiência, choveu du-rante algemas horas numa superfície demilhares de kilometros.

A SAHIR EM DEZEMBRO;

Almanach d'0 Tico-Tico para 1921O MAIS VALIOSO PRESENTE DE FESTAS PARA AS CREANÇAS, O MAIOR

ACONTECIMENTO INFANTIL DO ANNO NOVO !

A petízada do Brasil está de parabéns : o Almanach d'0 Tico-Tico para1921, que será posto á venda em todo o território nacional no próximo mezde Dezembro, será a mais completa, a mais rica, a mais importante jóia dainfância ! Contos bellissimos, maravilhosos brinquedos de armar, historias sen-sacionaes de fadas e princezas, de reis e de bichos, todos impressos a co-res, variadas e innumeras noções de sciencias, de historia, de literatura, dearte, reunidas num harmônico conjuneto em o Almanach d'0 Tico-Tico para1921, formam, sem favor algum, um bellissimo presente de FESTAS DO NATAL.

Tarefa bem difficil, impossível mesmo, seria enumerar aqui todas aspreciosidades que se encontram no Almanach d'0 Tico-Tico para 1921.

Os mais brilhantes escriptores nacionaes nelle collaboraram : Coelho Net-to, Álvaro Moreyra, Paulo Filho, Eustorgio Wanderley e mu.tos outros assi-gnam trabalhos de real valor.

A vingança de Tupan — é o primoroso conto de abertura, da lavra doinsigne escriptor patrício Coelho Netto. A infância de Ruy Barbosa — narra-ção, cheia da mais viva emoção, de factos oceorridos na idade escolar como grande Ruy Barbosa, e outro trabalho, de Paulo Filho, que muito agra-dará. O caminho... — é uma primorosa pagina de Álvaro Moreyra, cheiade vibração e ternura...

A ARCA DE NOE' — bellissima pagina musical do conhecido escriptore maestro Eustorgio Wanderley — vae sem duvidai causar suecesso.

O Pae Sapão — interessante conto, illustrado pelo conhecido A. Rocha, dalavra de C. Manhães, ocetipa duas paginas do primoroso almanach.

Muitos contos, como Harum-al-Raschid, A Boneca, Tres Flores, A Prin-ceza das Campanulas, A macaca, o Abysmo insondavel, A outra mãe..., Ascinco prendas e dezenas de outros, todos primorosamente illustrados, farãodos serões dos pequeninos leitores sonhos' dourados do maravilhoso Oriente,povoado de fadas e de lendas mimosas.

As mais bellas parábolas, os mais interessantes resumos de todos os co-nbecimentos do saber humano, acham-se condensados nas notas esparsas do Al-manaich cfO Tico-Tico para içzr.

Figurinos para o Carnaval, modelos da moda annual, variedades, ouriosi-dades, conselhos, provérbios, sentenças, intercalam-se, em tópicos ligeiros, portodo o texto.

Muitos artigos de valor, como A vida de Santa Joanna d'Are, a Historiada machina de costura, o Carnaval, o Domingo, os Mundos dos Espaços, oDiabolo, os Hypnotisadores, a Luta Romana, os Logares de passeio e de es-tudo, a Arte de fabricar instrumentos musicaes, Astronomia, Botânica, e umsem numero de aneodotas, de versos, de historietas fazem parte do texto doAlmanach, cuja parte lithographica, esmeradamente confeccionada, publicaráPRIMOROSAS PAGINAS DE ARMAR, como o Theatro Cinema Jagunço,grande palco com tela para cinema e personagens e bastidores para grand-gui-gnol, trabalho de Storni, de maravilhoso effeito.

Um Batalhão completo de infantaria do glorioso Exercito Nacional! —Um canhão em campanha com a respectiva guarnição. — Os vestidos de Be-bé — A casa Suissa — e outrasi mais.

CHIQUINHO, JAGUNÇO, LILI, ZE' MACACO. FAUSTINA, BARA-TINHA, MUTT, JEFF — toda a pequenada travessa d'0 Tico-Tico, appa-recerá aos leitores do Almanach em paginas coloridas, em historias interes-santissimas, de autoria dos conhecidos desenhistas J. Raison, Alfredo Storni,Augusto Rocha, Seth, Di Cavalcanti, Carneiro Santiago e outros.

As "Aventuras de Gulliver", a "Vida de Robinson Crusoé", "O The-souro", "A filha do Rei", "O Fakir e o Rajah", "O Carangueijo e o Ma-caco", "O ambicioso arrependido", "Os provérbios", "Os saleiros do cardeal","O diamante do rei", o "Gramophone salvador", a "Musica divina", "Oduello dos pretinhos", "Perdoar para engrandecer", "A moléstia do somno","Zézinho vae á Lua", "O prazer de estar ociosa", "Saudação á Bandeira" ecentenas de outras historias, além de bellos jogos, fazem parte da primorosaparte lithographica do maravilhoso Almanach d'0 Tico-Tico para 1921.

Tudo o que enumeramos é apenas uma parte do que conterá o Alma-nach d'0 Tico-Tico para 1921, que constituirá, estamos certos, não só peloprimor da sua confecção, como pela variedade de assumptos do seu texto OÚNICO PRESENTE DE FESTAS DE NATAL PARA AS CREANÇAS 1

Como sempre acontece, não obstante o augmento suecessivo que damosannualmente ás edições, o Almanach d'0 Tico-Tico esgota-se nos primeirosdias de venda. Convém, por isso, que os pedidos sejam feitos com bastanteantecedência, acompanhados da respectiva importância em vale postal oucarta registrada oom valor, á Sociedade Anonyma O Malho, Rua do Ouvi-dor 164 — Capital Federal.

PREÇO 4S000 — PELO CORREIO 4Í500

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il»iiiiiiiiiiiih.l.ii.ltiiiiiuiiniiiuiuilumii.iiii'iiiiiiiiii.iii,iiiiimi__yiuurihn di Oliveira; 2) Alindio Cunha, de Pernambuco; 3) Lucia Neves; 4) menino Ruy; 5) sentados.da esquerda:ose dos Santos,Nair 1'anda c Ademar tsnalde Nascimento e Mario Albert; de pé, da esquerda: Manoel Ucliôa, Débora0/,'jes e Alberto da Silva; 6) Claudionor José Barrocas; 7) Nini, filha adoptiva do Dr. Arthur Ferreira; 8) Sylvinhowmaraes Barreto; 9) João Arruda Lima _ Benedicto Martins da Silva, de Boituva; 10) Alvarosinho e Juquinha, filhos do

Dr. Álvaro Paes de Barros.C>4<>*0.-<>i<>.{_c»<x<>+<>^^

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GALERIA D' O TICO-TICO

Nossos amiguinhos: i ) Enaura filha do Sr, .liceu de Andrade, de Maceió; 2) Waldemar, filho do Dr. Francisco Garcia, deAtibaia; 3) Nelson, neto do coronel Clemente P. Queiroz; 4) Nair Gomes da Sitia; 5) Plavio, fillio do Dr. Ivo dc nquino,de Piorianopolis; 6) Arlindo Bezerra da Silva; 7) Humberto, filho do Sr. José M. Silva, de Joinville; 8) Gustavo, filho

do Dr. Joaquim Montenegro; <j)*Cid Couto. •

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FIGURAS E FACTOS DENOSSA HISTORIA D. PEDRO II E VICTOR HUGO

D. Pedro II era uma figttra inter.ssan-_{. te. Além de ser um dos monarchas mais

i honestos do mundo, talvez tivesse sido o1 que rtíais protegesse a intelligencia. Um' homem de talento merecia do nosso im-' perador as mais indeléveis distincções.' Durante o longo tempo do seu governo,

Pedro II viveu cercado dos mais brilhan-', tes vultos da intellectuaüdade brasileira

, e se correspondia com os granries nomes¦ da Europa.

Vale a pena, nesta columna reservada

-4. _S_H '"' ^^'"' -_____-_-__ üa4 ¦:'*£$% I

Pedro II.

Y ás cousas da nossa historia, contar o epi-A sódio que se deu com o nosso velho impe-4. rador e Victor Hugo.^ Pedro II tinha pelo grande escriptor

? francez uma grande admiração. Aos seus

_ íntimos o monarcha dizia que um dosseus maiores desejos era conhqcer empessoa o autor dos Miseráveis.

Em 1877 D. Pedro foi a Europa emviagem de recreio. Ao chegar a Paris oseu primeiro cuidado foi visitar Victor

Hugo. A visita deu-se no dia 23 de Maiodaquelle anno.

Como sabem os meninos, D. Pedro ti-nha a grande virtude de esquecer que eraimperador. Foi talvez o monarcha maissimples e bonanchão do mundo.

A visita feita ao escriptor francez nãopodia ter um tom de mais encantadorasimplicidade. Pedro II faz-se annunciar.Victor Hugo recebe-o. Conversam comodois velhos amigos.

Sobre a mesa do escriptor o soberanovê o celebre livro A arte de ser avô, queVictor Hugo acaba de publicar.

D. Pedro mostra desejos de possuir olivro. Hugo apanha o volume e molha apenna.Que ides escrever ? pergunta o im-perador.

k- Dois nomes apenas : o vosso e omeu, responde o autor dos Miseráveis.

Era o que eu vos queria pedir, dizD. Pedro.

E Hugo escreve esta dedicatória singe-lissima : A D, Pedro de Alcântara —.Victor Hugo. {

O monarcha folheia o livro e fala: •Eu desejava .possuir um dos nos-os

desenhos.Com muito prazer, responde o es-

criptor, offerecendo-lhe um desenho ali ámão.

D. Pedro vae se tornando mais intimo.Cinco minutos depois pergunta :

A que horas, jantaes ?A's oito horas, responde o dono da

casa.Pois qualquer dia virei jantar com-

VOSCO. 1Sereis bemvindo.

E continuam a palestra, na mais encan-tadora intimidade.

Eu tenho um grande desejo, diz de-pois o imperador. ... ,,.,

Qual? --«IPSer apresentado a MUe. Joanna.

Joanna era a neta de Victor Hugo, queelle havia celebrisado no seu livro A artede ser avô.

Hugo chama a neta. A pequena entra.EUe faz a apresentação :

Joanna, apre;ento-te o imperador doBrasil.

A pequena olha espantada D. Pedro je diz.Mas elle não está vestido de rei.

Pedro II tem um certo embaraço com a,observação da creança. Mas é tuflo obra <de um instante, porque Joanna lhe salta ¦ao pescoço e abraça-o violentamente. <

Entra depois George, outro neto de JHugo. Vera falar com D. Pedro e este tacaricia-lhe os cabellos. (

Dias depois, entrando Victor Hugo emcasa para jantar, encontra o imperador. '

Venho jantar con.va.co, diz, e trago |um dos meus velhos amigos, o visconde,de Bom Retiro.

E mettendo a mão no bolso tirou a suapho.íographia, offerecer.do-a ao e.criptor.

4,r$_k^«S^-.'__? Éf_H ^_ .\C\\\i._.

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Victor Hugo.

O-IrO-_o*..o4*.O;o4*O

Seguiu-se o jantar, de uma intimidaderara.

A' sobremesa Hugo saudou D. Pedro, j.que respondeu. Depois ficaram, como A.dois velhos camaradas, conversando ámesa. Só á meia noite Peviro Ií se reti-rou. Quem narra a visita com essas minu-cias é o próprio Victor Hugo, no seu Dia-ríe.. Por ahi se vê que nenhum outro mo-narcha foi creatura mai_, simples que onosso velho imperador.

--_><=> ? *._-<_W-

O tinteiro e a penna(APÓLOGO)

Eram uma vez um tinteiro e uma pen-na. Viviam juntos, a penna por cima eo tinteiro por baixo.

Nâo havia um dia que não tivessemuma resinga. O tinteiro tinha lá, o seuorgulho, a penna entendia que era su-perior ao tinteiro.

Pertenciam os dois a um escriptor defama. E por isso julgavam-se grandesfiguras na vida. A penna, essa levou asua vaidade a ponto de não dar ao tin-teiro a confiança de dar-lhe bons diasou boas noites. O tinteiro vingava-sepondo fiapos no bico da penna, fiaposque borravam as composições do es-criptor.

Um dia em que o tinteiro se excedeuna vingança dos fiapos, a penna zan-gou-se e falou-lhe:A tua vingança ê porca. Realmen-

?> te de ti nao era de esperar Benão isso.Q-E's uma creatura inferior e só inferior.- mente te podes vingar.E és superior a mim ? — pergun-tou o tinteiro.Evidentemente. Se nio fosse eu o

nosso dono n&o escreveria.O mesmo digo eu. | 1

E' porque não te conheces. A pen-na sempre foi superior ao tinteiro.

Mas sem o tinteiro a penna nãopôde passar.Sim, serve-se delle como de umcriado. O teu papel é secundário.

Não sei por que.E' fácil comprehei-deres. Eu, apenna, represento um symbolo. Nin-guem: diz o "tinteiro de um escriptor",mas toda a gente diz a "penna do es-criptor". Não ouves a expressão — aquelleescriptor é unia "penna maravilhosa"?Já ouviste alguém dizer — o escriptortal é um "maravilhoso tinteiro"? Donosso dono jã alguma vez ouviste di-zer que elle seja um tinteiro brilhante?Nunca. No emtanto, todo o mundo affir-ma que elle é uma penna maravilhosa.Quem é a penna delle? Eu. Sou, portan-to, um sêr superior e a tua inferioridadeé patente. Sirvo-me de ti como o com-merciante se serve do seu caixeiro, co.mo o pintor se serve dos seus pincéis.Ninguém irá dluer que o pincel do pin-tor ê que é o pintor.

O tinteiro calou-se. Quem o visse as-sim calado suppunha que elle se deixa-ra convencer pelas palavras da pennae que acabara por considerar-se inferior,como a companheira dizia.

E, num gesto Inesperado enguliu toda

a tinta do seu bojo. A penna metteu obico para molhar-se. Entrou secca esecca sahiu. E isso se repetiu duas, tres,cinco vezes.

Dá-me tinta para escrever, disse apenna.

O tinteiro nãoDá-me tinta, insistiu a pe

vês que sem ella não posso escrever "íO tinteiro falou :

Onde está a tua superioridade quenão podes trabalhar sem que eu te aju-de?! Escreve sósinha, anda, tu que éso symbolo, tu que és a "brilhante", a"maravilhosa".

Nesse momento o escriptor, vendo apenna sem tinta, imprestável, atirou-aao chão desesperado. — V. C.

deu resposta. *jj*insistiu a penna. Não _>

!

OVOS RACHADOSQuerem os meninos evitar que um ovo

rachado se esvasie na água fervendo, quan-do se o quer cozer ? E' facilimo. Basta quese esfregue a racha com limão.

Feito isto pôde sem receio mergulhar oovo na água fervendo, collocando-o devagar com uma colher para não fazernova racha.

• C>^<H<>-K>.-0-K><H-<>{<*^-<>+04<>-^^

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£o*o:o o TIC0-TICO o-K>H<>-K>4<>4-c>H-c>+<>'fr<^^ .

0 FEROZ CAÇADOR DE FERAS '•

A origem das rosas brancas(LENDA EVANGÉLICA)

O . t. : : • .: ti :.-. ........ . e v, . lher do vestimentas sombrias compre-4" hendeu tudo. Aperta com amor e terrorA Coberto de poeira, caminhando com seu filho contra o peito.,£ difficuldade, apoiando-se a um grande Neste momento, a infortunada samari-A bordão de viagem, um homem, joven tana sahe de seu profundo torpor, e seY ainda, apparece na curva do caminho. adeanta para a. mulher e para a crean-^ Contém pelas rédeas um jumento de Qa estreitamente abraçadas.itada sobre essa _ Mulher, não se approxime, não se

approxime. O mar arrebatou meu filho,

<MONOLOGO) Y,(Bnira como se fosse caçar : espingarda rem punho, •cartucheira, bolsa a tira-

collo, etc.)Imaginem os senhoresQue eu sou doido pela caçaiN5o ha nada que me façaNesta vida mais pratzer.Ha quem goste de outras cousas-,. „Bo jogo, vinho ou da mesa;Mas eu... é áquella. certeza:¦f modesta cavalgadura, uma mulher en-<) volta em roupagens sombrias sustenta meu unico filho! Nao se approxime, elle "osto da caça e mais nada,

.j. em seus braços uma creança adormecida, poderia matar o teu. Porém não é qualquer caça;1 Ella se inclina e diz alguma palavras. rjm doutor da lei passava. ^ão * oaoinha, é cação !Os viajantes abandonam a estrada e se Uma samáritana I murmura elle Caça grande como leão,dirigem para um arvoredo de laranjeiras cora desprezo Elephante ou hyena ou ursoe S,e. PaIm(;iras' E so

"lhe obscurece a face. í_ °"tros <lue tae3 bicharocoa

Estendem seus corpos esfalfados so- A creança se desembaraça docemente 1>e fazer medo aos meninos,bre um tapete de fina relva, á sombra dos abraços da mulher de vestimentas £ aos caçadores mofinosdas arvores odonferas, e acalentados pe- sombrias. Inclina-se sobre o pequeno °-ue se assustam sem motivaIo canto dos pássaros adormecem... cadáver. Sopra sobre elle três vezes se- ^ têm medo aas aranhas.

Y ' i lu ' "J ' ¦'. ' *.•" •¦•.•¦«• V* euidas, e, segurando-o pela mio, resti- Ça p la ,mim' Quanto maiorA Súbito, um grito dilacerante ecoou. Os tue-o cheio de vida á sua mSe A ca«a é melhor, melhor!- risos cessaram, lá adeante, na praia. A Espantada, a multidão recua. E deve ser bem feroe..multidão açcorre apresasda. Num transporte de uma alegria sem Ter muitas garras e derites;Uma mulher uma samáritana, com os igual a mae d0 rt.suscitado cae de joe- I>o contrario nâo me atiroolhos desvairados, .03 braços estendidos, ^03 A lhe disparar um tirodiriye-se para deante do mar. Elia so:u- _' Q. ¦ mu]her! ó mãe!... Quem és, Nem mesmo de polv'ra'secca;ça, desanimada: pois?... Abençoada sejas!... Abençoado fols na0 s<d que graça tem— Meu filho, meu filho! BeJaj t(!U £ilhoi.._ Bernaventurada, tuas Í""-Be caÇar Passarinhos

.??._?5?25ÍL_r .,mer'?u.Lhou nas ondas' entranhas!... Dize-me teu nome... para 5 outros iguaes insectinhos,que eu o repita sem cessar para louvara Deus !

E a mulher de roupagens sombrias íi-xou o céo, c, juntando as mãos:Sou Maria.

Maria! E's verdadeiramente a Es-trella do mar. a Soberana da vida e da Ter Pontaria certeira,morte... Devo-te meu filho... Tu não Atirar d'esta maneira:

Como te agradecer (Leva a arma d cara)E, arrancando um tufo de bellas rosas Pum ! Sem perder um tiro sõperfumadas, a samáritana as offerece Mesmo até pela culatra;Do contrario é uma desgraça:

Suas pesquluas são vans.Um marinheiro lhe suecede, e, mais

feliz, agarra um corpo inanimado.Depõe a creança aos pés da mãe in-

sensível. Com um olhar fixo, ella con-templa este pequeno ser sem movimento,inerte, seu filho...

... E debaixo das 'laranjeiras, li som-bra das arvores adoriferas, a creança mo desprezasteadormecida nos braços da mulher de

.;-, roupagens sombrias despertou:Vamos, diz ella a sua mãe.A mulher levantou-se e se dirigiu

creança sorri.Vamos — repete ella docemete.

A mulher levantou-se, e se dirigiupraia. Desvia-se a multidão com-

movida de piedade. E á vista d'esta mãoe da creança, da creança morta, a mu-

Cuja pelle ê sem valor,Não serve nem p'ra chinellas;Sõ se devem caçar feras.Crocodilos ou pantheras,Como eu faço quasi sempre.Mas para isso 6 preciso

Maria.Dos olhos humidos da Virgem uma la-

grima cahiu sobre as corollas purpuri-nas, e as rosas se tornaram brancas !...

O caçador vira caçaE é caçado pela fera!..

--C*^

MAXIME DU IBOIIIS(Tradueçâo do Joaquim P. Monteiro).*0<Cy— .

AS HOOOA5Querem tirar nodoas de tinta, sem es-

O ÁLCOOL E AS FERAS

E' raro o tiro que eu perco 1Atiro, ás vezes, p'ra aqui...Vou "matar o bicho" ali...A bala faz ricocheteQuando vê que eu me enganei,*Volta atraz, mata outro bicho,Apenas pelo caprichoDe não ser bala perdida.

(fausa)

O álcool, tão nocivo á saúde., é aprecia- Vou contar uma aventura.tragar o mais delicado panno de cor? At- do ,pelo homem e detestado pelas "feras. °-ue commigo se passou,tençao: Faz-se uma pasta grossa de mos- Detestado, póde-se dizer que reoelhdo. Foi hoje- e Ja se e*™1'™*

tarda que se applica sobre a nodoa. Vinte

(Pousa)

O caso por toda parte.Ja foram feitas nesse sentido varias ex- Amanheci com vontadeperiencias. Uma das ultimas rcalisou-se De caçar e disse assir[ e quatro horas depois limpa-se com uma'esponja

humedecida em água fria. Feito em p^-My, nos Estados Unidos com as ¦" Vamos aIi a° "Jardim-[listo nao haverá mais vestígio de tmta. fcras pertencentes á

~" menageriè" Bar- I" T*

caga s% ac;hara- ,As nodoas de tinta na roupa branca ti- mim e Bailey.ram-se pondo-se um pouco de sebo der-

2 retido na nodoa; depois lava-se a peça.* A tinta e a gordura sahirão conjunta- Não podem fazer idéa :...

Sobre a relva, pelo chãoEstava deitado um leão!...-Dormia, talvez sonhando,Quem sabe?... Mas acordou

meiiagenePuz umas balas "no honibro"

Deram-lhes cerveja, vinhos e licores,mis- E- calmamente, parti.turadas uns com água e outros com as- J,ma8:'n™ 0„Ql,e. e," "í1

Quando na "praia" cheguei!.,mente.

•:•Aos sabbados, há uma leitura que de

tão interessa-te e variada se tornou indis-pensavel : — é a d'"0 Malho", a mais

^ bem feita e preferida das revistas illus-tradas da semana.

,QÜAINTOS SOMOS ?

mulheres paia cada homem.

íS0Iooll?Y09

Abru a bocca... mostra o dente...¦>Olha p'ra mim bem de frente.Eu, firme, "sustento a nota",Levei a arma á cara e... bumbalAtiro com tanto geito,Que lhe furo o olho direito IA fera fica furiosa,Recua um pouco e, outra ve*,Quer se atirar contra mim;

Ha um século, atraz a população do glo- sucar, para ver se ellas acceitavam as be- E eu outra vez faço assim-A>bo terrestre foi calculada em 682 milhões bidas. Carrego minha pistola,t de habitantes. Em 1870 houve quem a cal- Os tigres, os elephantes, as hyenas não £Pa mostrar que nãÒ'°iui lfrd»,».culasse em um milhar e 308 milhões. Em stipportaram os licores. Alguns sorveram Acertei-lhe no olho esquerdo!

1908 novos cálculos foram feitos e assen- mn lraK° e "ã° quizeram mais. ° bicho cego... de raiva,tou-se a população da terra em um milhar O urso pardo e o rhinoceronte é que se No^TresTauma

'volta °lh°S'e 700 milhões. portaram mal. Um rugido enorme solta.

Calcula-se que haja no globo 988 a 990 Beberain valentemente, gostosamente. K erguendo a cauda dispara,O urso principalmente. Bebeu tanto, em- ^°

"ontrarT "dl" °^T,núabriagou-se tanto que deu um trabalhão üiíva-me £s"costasC o6 íeáo— dos diabos aos empregados em o conter. Pensando vir contra mim I

Poste em uma só fileira as estantes do -—1 ^©r^lma^splre^61"Museu Uritanmco preencheriam uma ex- Cata-pum !... Nfio acertei'tensão de cincoenta e dois kilometros. Í5C Pudéssemos perfurar a crosta da (Soe e volta logo)_______________ terra até a profundidade de uns quatro Depois do caso contado

~ kilometros, alcançaríamos o ponto onde DeBCu)Pem ter me enganado !..,,.\ Na China dão-se casos de um réo sen- a água não pôde existir senão em estado ^Recife—IX—980)'. tenciado á morte comprar um substituto, de vapor. E< wakderleyí OK>+0+0+0-K> 0*0*Ol<^*0-l<>-hO*0*0-l<>*0*0*0*0'>0*^^

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<>4<>'rO-rO»fO-X>*0*0*0 .•0*0*0+0*OrO40^04<HO-rO+0+OK>^0*0*0 0 T I C 0-T ICO <>K>vO*

=30- * 'PORQUE A GIRAFA E'ALTA E O BHUiOCE-

ROSITE BAIXO A forma dos animaes lê_«.

QUE SAO AS COR-OVAS DO CAMELLO

:&Z

Todos vocês conhecem a girafa, esse ani-mal de lonyo pescoço e altas pernas, que fazas delicias dos freqüentadores dos jardinszoológicos, mas ignoram porque é elle altoassim. Vamos dizer : No principio do mun-do a girafa não tinha a fôrma que hoje tem.Foram as necessidades da existência quelhe deram a extnanha forma que hoje pos-sue — as patas deanteirus mais altas queas de traz e o pescoço extremamente longo.A girafa alimenta-se em geral quasi cxc'.u-sivamente dos brotos de uma arvore cha-nip__a espinho de camello, cuja ramagem sedesenvolve a cerca de cinco metros de ai-tura. No sul da África, onde existem as gi-rafas, ha grandes extensões cobertas dessasarvores.

No verão, que é ahi muito intenso, toda avegetação secca; só esses brotos se conser-

. ^áfSí'ii__í»*'.•_." :_i'_ SsJSt... _ _.*T "^"^^ -^_R_S_T_r^ *^

J|Eã?V_.'tn' ¦'¦ /_¦ _'_f«___ #~ _ ' _a_r*.v ¦ A

O elephante.

voram nos dias de fartura, afim de gai'antir sua existência nos dias de fome.O javali e o urso, por exemplo, que são

obrigados a jejuar quasi todo o inverno,aceumulam durante o verão grande cama-da de gordura sob a pelle. Essa gordura,depois, sustenta-lhes o organismo por muitotempo, embora passem muitos dias sem co-nier.

O camello tem que supportar, na região Aque habita, nao só a falta de alimentos Xicomo a falta d'ag'_a. Mas, como sua vida Àidepende também da rapidez de sua murcha, Ya Natureza não o quiz carregar de gor- Tjdura, para não o tornar pesado e, portan- ySo, vagaroso. Então todo o deposito de gor- T,duna necessária para que e!le resista 0:muitos dias de fome accumula-se em duas •!-corcovas sobre seu hombro. Uma das pro- A

A girafa.

vam e são a alimentação única cias girafas.A girafa, porém, tem ainda outras parti-cularidades interessantes que vocSs preci-sam conhecer : seu immenso pescoço temapenas sete ossos como o pescoço do ho-mem, ao p.sso que os outros animaes dePescoço muito menor têm sua ossatura mui-to maior. Por exemplo, o avestruz tem 16ossos, o cysne 20.

coco menor numero de ossos do quê o ho-mem é a pre_'ui_a.

Mas, uma cousa curiosa: na bocea, de ap-parencia tão pequena, a. girafa oceultauma lingua de quasi meio metro de compri-mento.

Outro animal da África muito pescoçudoé a ga.zella, que assim se tem transformadopor motivos idênticos aos da girafa — ne-cessidade de procurar alimentos no cimo dasarvores.

Já com o rhinoceronte dá-se o contrario:baixo, pesado e dotado de vista muito fra-ca, ê obrigado a procurar alimento no chãoe quando o calor secca todas as arvores temque desenterrar raizes para comer. Desen-terra-as com o focinho, e esse exercício, emmuitos séculos, fez com que seu focinho seendurecesse e crescesse uma e ás vezesduas especlees de chifres sobre o nariz. Orhinoceronte da África tem dois desses chi-fres e o da Ásia um sô. O chifre do rhinoce-ronte, differente bastante do dos outros ani-mães, não só pela eollocação como porque éum prolongamento dos ossos da cabeça, temsuas raizes na pelie grossa do lábio su-

Dos quadrúpedes o único que tem no p?s- perior. E' evidente que foi formado, já sevê que em muitos séculos, pelo caliejamentodo lábio superior, á força de fuçar na terra.

Outro animal absolutamente único em suaespécie é o elephante, do qual já por variasvezes temos falado. Com seu corpo enor-me, sua grande cabeça, suas immensnsorelhas, sua pequenina cauda ridícula, a suatromba é um polongamento do nariz combi-nado com o lábio superior e elle respirapela extremidade d'essa tromba. Que ne-cessidade teria assim deformado, com ocorrer dos tempos, o elephante?

Além1 de lábio e nariz, a tromba serve-lhe também como braço ou garra. Com ellao animal alcança os rames mais altos, maistenros das arvores ou arranca essas mes-mas arvores para devorar-lhes a.s raizes.

O camello também se alimenta de arvo-res, e qualquer lhe serve, por mais dura eespinhosa que seja. Mas sua singuiarida-de não está na maneira de obter aumentose sim na de aproveital-os para sua marra-tenção. Suas corcovas não têm osso; sãoduas bolas de gordura e cartilagem, que for-mam uma espécie de reserva de força parao organismo. Essa circumstancia, admiremvocês que nos lêem, é uma das mais curió-sas manifestações da natureza em suaprevidência e sabedoria. Quasi todos os ani-mães que, pel_s condições do logur em quevivem, estão snjeitos a passar dias e diassem comer, são dotados pela natureza dasingular faculdade de conservar em seucorpo uma parte alimentícia dç> que de-A gazella.

*~..:s j^Bf^r^^A^WC;"O rhitioceronte.

vas d'essa verdade ê que fi medida que p__-sa privações, o camello vae perdendo o vo-lume das corcovas.

Em todos os animaes, estão vendo vocês,a natureza approximou a fôrma e o as-pecto á necessidade da existência.

-<C-*-> ? -s_^_v-XiYÍ

camello.

Como se limpa um cobertor de lã Os relógios foram inventados em Nu- logo que ella começa a abrir. Ha todaMergulha-se o cobertor num banho de S^S/ríü^0™" mZTÍs r£th

^"S ^íem água, as rosas duram muito mais tem-

po do que não sendo colhidas. E mais:apanhada a rosa pôde depois disso abrir

o

sabão com crystaes de soda; esfrega-se-odepois fortemente com uma escova meiodura e bate-se com o batedor. Depois pas-sa-se em água limpa e deixa-se enxugarsem torcer, passa-se depois em enxofree termina-se penteando o cobertor paralevantar o pello.

chamados: " Ovos de Nuremberg'

AS ROSASMuita gente pensa que é preferível dei-

xar morrer as rosas na roseira a colhel-asquando se abrem. E' um erro. No mo-

_, mento em que as rosas abrem, no mo-,•..,_ mento de seu maior fulgor é que ellas«-atia clingivelI Zeppehn custa de 15c a roubam mais seiva á roseira.co"tos de réis. O que se deve fazer é colher as rosas bres, qu já se não sabem os seus nomes.

«>rO^*o.<M-00*040^.0rO*0.rO.^^

iikiís botões. *

Os gatos têm trinta dentes equarenta e dois. +

Hoje em dia ha tantos homens ceie-

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ro+otfo o TIC 0-T ICO o+o*o*o*oi*>*<>*o*o*rO*o<<*<>^t Gtrtittü-tittírCrhúúiitiirktitiiíit Gl;-&ü-b-&ii-ttftúi:trt<rCrkii-k-t!trb-k èes e mandado para Santa Helena o

0-_jgigk__li<3-Ld_¦ dos g2__-_,€_<£S homens

íEDISOHa creatura mais distrahida do mundo

.Edison, o inventor do gramophone e detantos outros apparelhos1, é lima das fi-guras mais interessantes do mundo.

Não é só a sua generalidade que o tor-na celebre, é também a sua dstracção.Talvez não haja no mundo um homemmais distrahido do que Edison.

Basta lembrar o facto do seu casa-mento.

Edison, depois de ser o gande nomeque é, casou-se. Todo o homem que secasa, ao menos no dia do casamento, étodo attenções para a sua noiva. A dis-

Edison.tracção de Edison fizeram-n'o ser de uniadescoríezia innominavel para a sua esposa.

Conta-se o caso da seguinte maneira.Após o casamento, Edison tinha de re-tirar-se com a sua mulher para uma novaresidência. Seguiu com a esposa e os con-vidados para a estação de estrada de fer-ro. Mas, na estação, o extraordinário in-ventor lembrou-se de que não havia deixadoem ordem umas certas e tantas cousas noseu laboratório. Pediu licença para lá che-gar. Era tim pulinho.

Mas, chegando ao laboratório, Edisonse esqueceu completamente da esposa, dos

convidados e do casamento. Diante dasretortas, dos appareihos poz-se a traba-ihar. •

Os convidados esperaram, a mulher es-perou e nada do grande Edison voltar.Só muito mais tarde a noiva foi pro-cural-o no laboratório. Lá estava elle tra-balhando, sem se lembrar de que se ha-via casado.

Mas não foi essa a tmica distracção deEdison.

Como se sabe, ha nos Estados Unidosuma companhia que explora os inventosdo extraordinário homem de scier.cia. To-dos os annos, num certo dia, a compa-nhia offerece um banquete a Edison e aosseus auxiliares.

Num certo anno, o directór do labora-torio preveniu-o mais de dez vezes.

— O banquete começa ás 5; fareis abarba, vest'reis o trajo adequado e, ás4 e meia, virei buscar-vos.

Não era possivel o inventor esquecer-se.Mas quando o automóvel do directór che-gou ao laboratório, Edison, que se haviadistrahido nos seus trabalhos, desenhavatranquillamente no seu atelier, mettidonum casacão sujo. Foi o _:abo. Mas nãohavia tempo a perder. E foi com esseestranho vestuário que o directór fel-o su-bir no automóvel e o conduziu ao ban-quiete. A' chegada de Edison no salão,te dos os convivas soltaram gargalhadas.A sua figura era relmente ridicula.

O numero de distracções de Edison écolossal. Daria para um grande volume.

Uma das ultimas é a seguinte, que sedeu em West-Orange, onde mora o ma-ravilhoso electricista:

Tendo sahido um dia para distrahir-seum pouco dos seus fatigantes trabalhos,não quiz Edison perder tempo e levoucomsigo uma carta para pôr no Coreio.

Chegado, porém, a uma das caixas doCorreio, em logar de collocar no buracoa carta, poz os ooulos e /evou cc(msigooutra vez a carta e a caixa de óculos..Ao chegar a West-Orange, para recome-çar os seus trabalhos, foi que deu pelafalta do séculos.

-*_--_> •> <_><_>-

üm grande homem entre floresOnde está Napoleão f

Não existe ninguém entre vocês que^ n5o conheça, pelo menos de nome, çssegrande imperador.

NapoleSo Bonaparte nasceu em Ajac-cio, na Ilha de Corsega, em 1769, ena. osegundo filho de Charles Bonaparte eLoetltla líamolino.

Tendo esludado na escola de Brlenne,, ahi concluiu elle a sua educação militar.¦i Em 1796 começou a sua gloria, com aX. memorável campanha da Itália, assigna-

y lada pelas vlctorlas de Montenotte Mil-,T leslmo, Moudonl, Castigllono, Codi, Ar-*'cole, Rivoll, etc.' • Emquanto combatia, Napodeüo, gran-. de entre os grandes, não se esqueceu do, programma quo havia traçado e u par

idos despotismos attrlbuldos a .elle, como, o restabelecimento da escravidão e da, execuçUo do duque d'Enghien, encon-tram-se medidas muito louváveis, como:'o código civil, o novo systema flnan-' celro, o Banco de França e a Universl-'.dade.

Primeiro cônsul e depois Imperador,• líapoleão procurara o maior numero de

victorias possíveis para a sua pátria eentão encetou contra a Europa uma sé.rie de campanhas memoráveis, como Aus-terlltz, Iena, Elad, Friedland, Eckmül,Wagram. Mas todo o homem, meus me-nlnos, tem na vida uma época de felici-dade; se d'essa se souber aproveitar seráfelita sempre, ao contrario a sorte ha devaclllar.

Em 1812 a estrella do grande impe-rador começou a empallidecer quandoappareceu a campanha da Rússia, naotendo elle ainda terminado a de Hcs-panha.

Depois das batalhas de Lutzen e Ban-tzen, NapoleSo podia ter qssignado umapaz honrosa; porém não quiz acceitaras condições que lhe offerecla o Con-gresso de Pragu. e foi vencido em Lei-pzig (1813) pelos Aluados, que lnva-cllram a França. NapoleSo retirou-se en-tao para a ilha de Elba (20 de Abril de1814).

Alguns mezes dcpol3 abandonou elleessa ilha, embarcando para Paris, ondechegou a 20 de Março, dando então o"Acto Addlcionai" ás constituições lm-pcrlaes.

A Europa, porém, tendo-se colligado,vlctorlosa em Waterloo, Invadiu de no-vo a França, onde foi preso pelos ingle.

grande Imperador, que ahi falleceu, de-pois de um horrível captiveiro, em 1321, 4-victima das maiores atrocidades por par- Ate dos seus detentores. A

Ora, como era prohibida a venda das Aphotographias do Imperador, o povo, Yquerendo render-lhe uma merecida ho-

Ii$%

Imenagem, começou a fabricar "bouquets"de flores onde, entre 03 recortes das fo-lhas, se via Napoleão.

E' um desses ramos que offerecemosaos nossos amiguinhos, para que nos di-gam onde se encontra o Imperador.

"O TICO-TICO" OFFERECE AOS SEUSLEITORES ENTRADAS DE CINEMAOs nossos Innumeros leitores da zona

suburbana desta capital estão de para-bens. Por uma feliz combinação com oSr. Manoel Coelho Brandão, o esforçadoproprietário do "Cine Meyer" — primo-roso e confortável cinematographo daAvenida Amaro Cavalcanti n. 25, na es- 'tação do Meyer — esta redacção publicaabaixo um coupon que dará entrada auma creança até 8 annos, na elegtmte"matinée" de domingo próximo. 10 deOutubro. Na "matinée", que terá inicioás 14 horas e terminará ás 17 112, serãoexhibidas peças de enredo infantil e deinteressantes fitas nunca vistas nestacapital.

Eis o "coupon":

CINC MEYERAvenida Amaro Cavalcanti 25-Mcyi-r

Este "coupon" dá direito A entra-da de nma creança, até 8 annos, na

_ matinée de domingo, 10 de Outubro. ertfl'V-------V-WUV-WV^-WW«WWl

No intuito de proporcionar aos seusleitores attractivos e momentos de ale-gria, "O Tico-Tico", accedendo ao gentilofferecimento do Sr. Manoel Gomes daCosta, proprietário do "Cinema Boule-Vard" nesta capital, torna hoje a publi-car um "coupon", que dará entrada auma creança até 10 annos, nas sessõesde hoje ou de depois de amanhã, sexta,feira, do "Cinema Boulevard".

O "Cinema Boulevard" cxhibe hoje edepois de amanhã esplendidos "filmí".Eis o "coupon":

,--A-%l-^-J_^-^J^-_fl_VLV\__rv^-V^f^^%lv,v_CINEMA BOULEVARD

BOULEVARD 2S DE SETEMBRO 103Eate "coupon" d A direito A entrada

de uma creançn até IO r,ii«_», naasessões de hoje ou de depola deamanhA 0-10-020

Um camello tem força dupla da de um'boi.

'í CH<>-K> *<H<> _<><>!<>-K>^^

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Uma festa no céo

Deuslembrou-se umdia dedar umsaráo nosseus pa-ços azu-es.

Convidou todas as virtudes, mas só asvirtudes: cavalheiros nenhum; damas só-mente. Vieram muitas virtudes, grandese pequenas; as pequenas eram mais af fa-veis e cortezes do que as grandes; mastodas pareciam satisfeitas e conversavampolidamente, como deve acontecer entrepessoas intimas e apparentadas.

De repente-o Padre Eterno notou duas1 bellas damas, que pareciam desconheci-'das uma da outra. O .dono da casa pegou, uma pela mão e approximoa-a da com-, panheira.' ¦— Eis aqui a beneficência, disse elle,' apresentando-a á ingratidão.> As duas virtudes ficaram indizivelmen-1 te pasmadas; -desde que o inundo é mun-'do, era a primeira vez que se viam.

Logo que findou a festividade, a ce-1 lestial orchestra dos anjos entoou sau-' dosa harmonia, emquanto os convidados| celebravam as ccremonias do estylo, com, respeito e etiquetas devidos á corte em-, Pyrea, indicando cada uma .das virtudes,»ao separar-se, o logar em que podiam ser

(CONTO POLACO)encontradas; e, assim, disse a Fé que asua morada era nas almas grandes e noscorações firmes; a Caridade declarou queno seio das pessoas amantes da benefi-cencia, sua irmã gêmea; a Honra, que aprocurassem nos feitos dos bravos, no co-ração das virgens, na fronte do homemde bem, da mulher honesta; a Esperança,que estava em todos os logares por ondenão houver passado o seu maior inimigo— o Desengano; a Abnegação, onde nãoexiste o interesse; a Consciência, na ai-cova e habitação da sua prima carnal —a Fé; etc, etc.; e, assim por diante, cadavirtude fazia a sua despedida, declarandoás outras onde a deviam encontrar; masnotava-se que uma das virtudes, triste esuccumbida, conservava-se de cabeça bai-xa, com os olhos banhados em lagrimas,encolhida silenciosamente, a um canto,sem se resolver a sahir com as outras —era a Vergonha.

Perguntaram: — O que fazes ? A festaterminou e convém que os covivas se re-tirem.

Dá-me um abraço, fallou-lhe a Hon-ra, e dize-me onde te posso encontrar.

Ah! exclamou a Vergonha, a razãodo meu abatimento e tristeza é muito jus-ta, porque vejo as minhas amigas se se-pararem e designarem as suas moradas,emquanto que só posso assegurar a vocês,com profunda dor, que quem me perdeuuma vez nunca mais me encontrará...

A Princeza de Rothenturr, que era a Xcrestara mais orgulhosa de Vienna, ficoudesesperada e jurou vingar-se.

Annos depois, Adelina Patti voltou aVienna. Já se tinha divorciado do BarãoDe Kuon e, na grande cidade austriaca,chegou em companhia do celebre tenor Y'Nicolini. A

A Princeza de Rothenturr mandou-lhe jko segoiinte bilhete :' 0,"A Princeza de Rothenturr convida a TSenhorita Nicolina para cantar esta noite Yem sua casa, estando disposta a compen- £>sal-a do modo que fôr exigdo."

O tenor Nicolini leu o bilhete instil-tuoso e mandou desafiar o marido da í"princeza. Não se realisou o duello. O yprincipe disse que não se batia com umsimples cantor.

Consta que o Imperador, sabendo dofacto, fez com que a orgulhosa princezaapresentasse desculpas á Rainha do Canto.

PARA RECITAR NAS SALAS

¦^_<i. »> <Í><^y-

ANECDOTAS CELEBRES't Sabem os meninos'quem

foi Voltaire?, Um dos maiores es-i eriptores da França.1 Poi também um dos| homens mais espiri-, tuosos do seu tempo.. Voltaire tinha um¦ criado, rapaz fiel,' muito bom, mas des-| leixado e preguiçoso.| Um dia o escriptor ia.sahir.

— José, disse elle' ao criado, traz-me as'botinas.

O criado trouxe-as. Voltaire zangou-se.¦— Com effeito, esqueceste outra vez

I de engraxal-as.¦— Como choveu esta noite e as ruas

\ estão cheias de lama, logo que o senhorisahir ficarão as botinas sujas de novo.

Voltaire calou-se. Vestiu-se e caminhou[para a porta da rua.

O criado chama-o:¦ — Patrão, onde está a chave?' '— Que chave?, — A da dispensa, para tirar a comida, do almoço.

autor do Germinal, Roma, o Dinheiro, oTrabalho, etc, etc.

Um dia appareceu no jornal Gaulois,publicado em folhetim, um romance deZola, com o titulo de Pot-Bouille. Nesseromance havia uma personagem com onome de Duverdy. Em Paris havia umconselheiro chamado Duverdy.

O conselheiro chamou Zola aos tribu-naes para impedir que elle usasse de seunome no folhetim.

Zola defendeu-se dizendo que Duverdyera um nome commum na França e quenão tivera intenção alguma de alludir aoconselheiro. Mesmo assim foi con-demnado.

O romancista não protestou. Pagou ascustas do processo e declarou pelo jor-nal que o nome de Duverdy seria daquel-le momento em diante substituido porTres Estrellas.

Qiuerem saber o menino o que aconte-ceu? Desse dia em diante ficou conhe-cido pelo conselheiro Tres Estrellas.

* . *Adelina Patti, a grande actriz cantora,

casou-se com o Barão de Kuon, escudeirode Napoleão III. IniSo representar noRing Theater, de Vienna, recebeu o con-

— Para que queres almoçar? Duas ho- vite da nobre Princeza de Rothenturr, con-¦ras depois terás fome de novo. Não vale' a pena.( Desde aquelle dia José não se esqueceu.mais de engraxar as'botas.

vidando-a a ir cantar em seu palácio,numa grande festa. O convite, porém, erafeito á Baroneza De»Kuon e não a Ade-lina Patti.

A insigne artista, chocada, respondeuao emissário:

Dizei a quem vos manda que Ade-Emilio Zola, vocês conhecem, não é ver-dade? E' 0 grande romancista francez, lina Patti não canta senão no theatro' ^*0*<>^<yi^^c^c>*0*0*04<>*0*0*^ '

A FIANDEIRAMinha velha, fia, fia;Itetorce o fuso no ar !Como branca nuvemzinha,Vae por cima da cestinhaEste alyodâo a voar 1...Oh ! como é linda a casinhaDa Fiandeira titia. !...Minha velha, fia, fia,Itetorce o fuso no ar I

Surge o sol, canta o colleiroSeu doce e brando cantar.Fiandeira, minha velha,No ôco do pão d'abelha,Que zuinzum, que barulhar ISobe da lenha a centelha,Accendcu-se o lume, é dia;Minha velha, fia, fia,Itetorce o fuso no ar !

Surge o sol, corre a jangada,Na tona d'agua do mia-.Vem alegre o jangadeiro,Saudando ao longe o coqueiro,Sua cabana, seu lar.A tarrafa no terreiroAbre agora á brisa fria;Minha velha, fia, fia.;Retorce o fuso no ar I

Quem me dera a tua lida,Os teus sonhos, teu rezar !Pobre velha de minh'alrr.fl,Que doce, que doce calmaNão deve ter teu scismar !Aqui a mente se acalmaComo a brisa em noite estia.Minha velha, fia, fia;Retorce o fuso no ar 1

Toca o sino, vão 3, missa ;"Quem ha de as resae tirar" ?"__' titia, a fiandeira,

Das canções a tiradeina.",Dizem todos a gritar.K a velha canta a primeiraQue cantar ninguém sabia..,Minha velha, fita., fia;Retorce o fuso no ar I

Depois das "Ave Maria"Buscam-na todos no lar.Tem ella tanta memória,Que repete toda a histeriaD'01inda e de Calabar !"A velhinha é nossa gloria" —Dizem todos no outro dia....Minha velha, fia, fia :Retorce o fuso no ar I

E a. boa velha trabalha,Fia, fia, sem parar ;Teme a Deus, vive contente,E' livre como a torrente,Quer pobre a vida acabar.Oh ! quão feliz fona a genteTendo a velhinha por gula !..-.Minha velha, foi-se o dia.Suspende o fuso no ar 1

I_adi3I.au Netto

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Creanças, moços e velhcs

precisam tomarBromil

As (osses das creanças, as bronenites, ã cõvrjttcluclic encontram no Bromil o remédio ideal.O Bromil não contem substancias nocivas e issopermitte o seu emprego salutar contra as tossesdas creanças.

Os homens em quafquer edade, em qualquerphase da vida, estão sempre na imminencia de vira precisar do Bron.il.

As doenças pulmonares não respeitam as eda-des. Não se apiedam da infância, parece que se re-gosijam quando vencem tim organismo em plenamocidade, a velhice não as commove.

O Bromil é a garantia dos pulmões, porque eo flagello das tosses. Creanças, moços e velhosencontram nelle a defeza infalliveJ contra »<• do-enças do peito.

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Res u liada do Concurso n. 1531Soluclonlstn* : Sylvio Rocha, Zulmira

Rozzante, Jacques Francisco Laender,João Baptista Ramos, Adyr Ribas, Gusto-

0 lio Vidigal, Vanda Menezes, Doralice Pin-A to Moreira, Oswaldo Sodré da Costa, Sei-

Pião Lucas de Oliveira, Maria de Lour-des Lima, Nelson Gonçalves Ferraz. Ire-ue de Azevedo Santos, Confucio Barbalho,Sylvia de Moraes Moreira. Nestor Lucasde Oliveira. Gilda Esmeralda Terra.Octa-vio Althemira, Olinda Borges de Gusmão,Adelina Lemos, Luiz Correia da Silva.Zuleika Nair de Castro, Maria Isabel An-drade Abreu. Evalodette Dantas Couto,Maria do Ro3ario, Hilda da Silva, SylviaTeixeira. Maria do Carmo Soufca, Florade Azevedo, Geraldo Augusto de Abreu,

•J. Geraldo da Cunha Siqueira, Arabella R.A Mattos. Maria Alves Wilson de Oliveira,J. Cândido da Cunha Júnior, Antônio Amo-À rim, Hilda Guimarães Niépe da Silva,

Honorina da Câmara Silva, Otto de Frei-T tas, Carlos Frazâo, Edna Perdigão Sil-

veira, Trajano Drummond dos Reis, LuizT de Mello, Paulo Alvim da Silva, Eugenia\> F. Castro, Hilda Pedroza, Esther Siquei-

Sra, Adelaide Rabello Albano, Vera Alves

da Rocha. Julia Xavier Brltto, Imar Ama-ral, Jayme Ramos da Fonseca Lessa,Rka de Carvalho Amaral, Ivan Amaral,Oswaldo Vallegas Monteiro, Haydéa Vai-legas Monteiro, Maria Isabel Rego, Ira-coma Vidal. Henaldo de Araújo, Brazili-no eje Carvalho. Nair de Carvalho, Alva-ro José Teixeira, Hélio Costa. AntheroRoma de Oliveira, Amélia Fernandes,Edgard Benicio da Silva, Manoel SalvaTerra. Walter de Araújo, Irene BorrilhaRodrigues, Luiz G. de Magalhães, CéliaLeães, Elita Castilho, Antônio de Olivei-ra, Sylvia df Carvalho Ribeiro, Firminode Amaral, Jenny Vidal, Elmiro Aboab,Pedro Leopoldo, Newton de Menezes, Jo-sé, Luiz Pereira, José da Silveira Rosen-burg, Enny Peixoto Martins, Juracy deAraújo Silva, Odette Campello, MirabelMuniz Snyth, Augusto Lemos, TheophiloLisboa, Carmen dos Santos, Newton Sea-bra, Zilahy Gonçalves, Sylvia L. Moreno,Lery Plinio dos Santos, Mauro Mendes

??• de Andrade, Maria Magdalena, Silva Le-na, Luifc Felippe de Azevedo Silva, Ira-cema Seara, Ary Cardoso de Assumpçâo,Luiz Felippe dos Santos, Jurema Sibiri-

ca, Mario Ferreira Cardoso Pires, Anto-nio G. Bartls, Lourival Moura, NormaMaria da Costa, Leontina Fortes, Athlan-tido Borba Cortes, Cyro Silva, João Gui-lherme Jacob, Luiz Monteiro, José Mi-guel Reseck, Helena de Magalhães,Christiano Barbosa da Silva, Álvaro daSilva Bittencourt, Darcy de Britto Fon-seca, Waldemar de Carvalho, Rubens dosSantos, Maria do Carmo de Vasconcel-Ios, Odette de Amorim, Romoaldinho Ca-valcante, Maria da Conceição Saraiva,Firmo Moraes, Eduardo Urpia Frimo,Zulmira Loureiro Leite, Ide Soares Li-ma Netto, José Maria Freitas, Zachariade Mello, Julieta Oliveira, Cláudio Men-des Adão, Joaquim Reis Ribeiro, JoséBrasil Porto dos Santos, Maryza LopesMagalhães, Luiz Eduardo Dulce, MarcilioVianna Freire, Newton Pinto de Araújo,Byron Oliveira, Dagmar Campos de Oli-veira e Souza, Aldo Schramm Cachoeira,Victor Pereira de Castro, Junio Marsiaj,Diva Moraes. Lourdes Werneck. AvanyRodrigues, Maria da Gloria Barcellos,Luzia Hippolyto. Zuleika Maggoly, Verade Gusmão Lobo, Lucas de Castro Lima,Margarida Conceição, Gilson Lima Be-zerra, Carlos M. da Silva. Manoel .Toa-quim Fernandes de Barros, Cândido Col-laço Leão, João Freire Ribeiro, LeonorQueiroz, Áurea de Oliveira Bernardes,José Eduardo Cabral, Eduardo Corrêa dlSilva Júnior, Antonia de Oliva Velloso,Lygia Guimarães Barbosa, Herval Dantasda Silva Porto, Genny França e Leite,Heitor Dantas da Silva Couto. E. L. Oli-veira, Henrique Ernesto Greve, José Ma-do3ino Pacheco, Walter de Souza, ÁureaBarbosa, Francisca de Oliveira Braga,Francisco Ferreira de Assi3 Fonseca, He-lena Villar, Maria de Carvalho Amaral.Heitor de Carvalho, Maria Luiza TeixeiraSoares, Laurentina Silva, Germaine Yvet-te Cattaneo, Maria Juracy Pimenta, Nel-son F. de Queiroz, Maria da Gloria Sil-va, Claudino Damasceno, Reginaldo Pe-reira de Araújo, Sylvio Silva, JustinoBammam das Neves, Lividalva da SilvaCruz, Manoel de Chassin Drummond, An-tonio Javme Fróes da Cruz, José F. Ro-sa da Silva, Dolores de Alvarenga, Ma-ria Apparecida Gamboa, Carlos AugustoVieira, Juvenal Lucas de Oliveira, EdyMercer Guimarães, Victor Rodrigues, Ed-mundo de Mello, Nair Bittencourt, JoséCarlos Martins, Amélia Gomes de Castro,Maria Veridiana de Carvalho Uchôa, Jo-sé Antônio Pacheco Filho, Ignacia Pedro-so Lima, Zenaide Barros, Leny Galhardo.Edmundo C. Cardoso, Helena Maria Pe-tra de Barros, Victor da Cunha Mora, Ma-rio Vianna, Joaquim Coelho, Nena Salda-nha Reuter, Fernado Lynch, Flora Deo-

linda Mendes de Hollanda, Nelly Frôesde Oliveira, Romarina L. Corrêa, Caru-so de Vasconcellos, Enoch Luiz de Lima,Llzia de Freitas e Castro, Huri Menezesde Albuquerque Gondim, Edith Tavaresde Almeida, Elza Corrêa, Maria Justinada Cunha, Pedro Ramalho Magalhães,Maria Lucas Cezar, Maria Rocha Dias,Galba Almeida Mattos, Lavinia TavaresHonorata, Alynthes Freitas, Lilo de Oli-veira, Argemiro Florencio de Albuquer-que, Nicolau de Maia, Jahyr de Mello Li-ma, Waldemar Gonçalves, Marina Heloi-sa Xavier, Lourival Câmara, Alice Mariade Oliveira Roxo, Franklin Alves deCarvalho, Fericles de Faria Mello Car-valho. Isa Luz, Francisoi Bassis Monsor-ro. Ruthenio C. Cunha Ribeiro, AlfredoBarroso Rabello, Alfredo Amaral Fontou-ra. Clarisse Carvalho de Azevedo. Editar-do G. Braz, Josepha Ramos, FranciscoRomeu, Lanha Guedes de Góes Cavalcan-ti, Maria Pia dos Santos Guedes Pereira,Aydée Bezerra Pinheiro, Joanna da SilvaFurquim, Nair Bergman, Dario Galvão deQueiroz, José Antônio Portella, NayldeQueiroz Mendes Velloso, Armia Nasci-mento Coutinho, Victor Marianno Alves,Isnard de Albuquerque Câmara, Manoelde Moura Silveira, Judith Lobo Braga,João Paulo Moreira Temporal, José No-bre Mendes, Fernando Jayme P. Seixas,Henrique Chenaud, Antônio Botelho Car-doso, Aida Dutra, Alayde, Bandeira Sil-va. Hugo Benedicto de Oliveira, MarinaReis Jardim, Renato Chercht Piccuini,Arina Nogueira, Francisco Ferreira deAssis, José dos Reis Nogueira, GeraldoBaptista Nunes, Hilda Rosa Pinto, Jura-cy Gabi, Marieta Pereira da Silva, Sa-moel da Silva Dunby, Luiz Cavallero,Oswaldo Diniz da Silva, Helena BuryConseur. Rosalina Ramos, Myriam Leo-nardo Pereira, Joaquim Ramos, MariaThereza Olyntho, Maria Horstman, JoséCaetano de Vasconcellos, Cacilda Bem-join, Maria José Marques, Paulo BarbosaRabrel, Norival da Senz Carneiro. Marci-lio da Costa Guimarães, Alda Costa, Bea-trteinha Falcão, Consuelo Gonçalves. Al-varo Mattos, Joaquim Mendes e Almeida.Clara Rocha, Nilo Marques, Elzira deMattos, Antônio José Medeiros, JacksonPinto da Cruz, Maria Trindade, Isabel B.de Castro, Luiz Gonzaga de Albuquer-que, Benedicto Pacheco, Eliza Botelho,José Antônio Marinho Júnior; EuridesBaptista Cordeiro, Manoel Laguna, Al-fredo Rodrigues de Souza. Nelson Perei-ra de Castro,, Ery Furtado Bandeira,Laura Marques de Gusmão, Jayme Stan-zione Madruga.

FOI O SEGUINTE O RESULTADO FI-NAL DO CONCURSO:

1» premio:NADYR PASTOR

de 9 annos de idade e moradora â ruaItacurussâ n. 28, Tijuca, nesta capital.

2" premio :HUGO BENEDICTO DE OLIVEIRA

de 8 annos de idade e morador & Ave-nida Anna Costa n. 474, em Santos, Es-tado "üe S. Paulo.

A Saúde das CreançasPara que as Creanças sedesenvolvam de um modosão e normal, é prudenteque se lhes reforce o orga-nismo com um preparadotônico de beneficio indis-cutivel. Tal é, segundo otestemunho de milhares depães, a legitima

Emulsão de Scott I*C *<>*0*<>*0*0<>K>*0*<>I<>*^

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Resultado do Concurso N. 1.838RESPOSTAS CERTAS i

1"—Pinho -Linho2"—Boto-Bota3"—Douro-Lcuro-Touro4"—Fumar-Mar6*—Independência do Brasil.

Araújo, Enir de Castro, Newton Serqueira droso, Abigail Coutinho de Moraes, Emlde Mello. Paulo S. de Miranda, Marina Ha do Valle, Sylvia Lobo Simões, ZeLeitão, Sebastião Gomes de Oliveira, Er-melinda de Jeus Ramos Herminia SeabraIsmaelina Dias Braga, José Rodrigues

Solucionistas — Nelson Bastos, Hermoge-neo Monteiro, Junio Marsiaj, Enéas Arro-chellas de Miranda Corrêa, Aifredo Fer-

•> reina, de Albuquerque, Thomé de Oliveira0 Filho, Sllviüa Miranda de Souza, Haro'1-

, do Vannier, Azayde .lanffrete Leal, RuthCorrêa, Aslrofildo Ribeiro Saloya, OttoPflultzgraff, Homero J|f>sé Lobo, Maria1 José Pereira, Maria da Costa, Delmar dosSantos, Hernani Vieira Lima, Oscar Pe-

1 reira Braga, Maria Apparecida Neiva, Ma-rilia Cardoso, Aracy O. Reilly de Souza,

1 Alvoro de Oliveira, Arthur Armando Cae-. tano, Roas A. Amaral, Alfredo Rodrigues, de Souza, Maria de Lourdes, Lúcia Sam-, paio, Joaquim Gomes de Castro, Irene Ra-mos, Mauro de Andrade, Gilla do Amaral.1 José Caetano de Vasconcelos, Ninita Nu-nes Alves, Luizangelica Meyer, Elza La-go, Carlos Le Chataignie;.-, Murillo Vaz da

' Silva, Zezilda dos Reis Leal, Boanerges M., de Macedo, Dulce Corrêa Chagas, Ornar

Barbosa, Wilson de Oliveira, Maria Lui-, za Paiva, Waldemar Montolvão Gfardec,

X Maria Beatriz Vianna Freire, Maria Trin-ti.ide, J. O. Brandão, Dalmia Reis de Aze-

T vedo, Beatrizinha Falcão, Rubem Neves,Q Zilda Ramos Maia Helvécio Monte, Júlio

de Campos Lemos, Oswaldo Prendes, Joséà Frederico Marques José Pinto Duarte Al-X meida Cardoso, Juracy Pillar, Anna EstherA Oliveira Lopes, Miguel A. Faraz, André do

Amorim, Odysséa Fernandes de Castro,X Ruth G. Costa, Maria. Cresta Mendes Mo-y raes, Maria de Oliveira Bastos, Manoel¦jj" Fernandes de Araújo Jorge, Sebastião Mi-O ra Guimarães Carolina da Costa Silva, Ma-

rilda Carvalho Pereira, Anacy Alves Car-A valho, Rogério dos Santos, Eu^alia Nunes.% Antunes, Zuleilca Coutinho Maigre Fig'uei-A redo, Luiz G. Magalhães, Augusto Braga,

Nize de S. Geraldo Caldas, Rubem Frnn-Ã ca, Gilson Lima B?zerra, Mula José de

Carvalho, Jusil Carlberg de Plácido e Sil-1 va.Zilka Bittencourt Paiva.Alarico Tavares,Hebe Nathanson, Minervl Bridi, MaritiaDias Leal, Vera Rodrigues Costa, SyivioRocha, Francisco Sacardl, Sérgio Peixoto,Elias Dolianti, Odette Pinto, Marina M.Barros. Vidya de Castro, Heitor de Luccio,

[ Sophia Gomes de Oliveira, Dulce Guima-rães, Dulce de Andrade Rumbelsperger,Damasco Alves O. Filho Lila Carneiro, Jo-sé Rocha, Diva Vaz Corrêa, Oswado Vai-

O legas Monteiro, Marina Valle, Mucio deX Honkis, Ery Furtado Bandeira, Maria deA Lourdes Monteiro Rocha, Edgard PintoY, Borges Annita Copoa. Mario Cardoso Pi-

res, José Caldeira, Celeste Gtomes, AntarPadilha da Silva Gonçalves, Nicoláo Pa-lumbo, Frederico Brito Netto, Elclra No-vaes, Angela de Couto Farta., Umbella deOliveira, Carolina Ferreira Brandão, Elza'Santos Barroso, Jeronymo Lopes Pacheco*j" Nüton Valles'as da Silva, Orestes Xavier

O de Brito Filho, Nair de Oliveira, Danilo?;? Neves Maia, Luiz M. Portilho, Jorge A.

Bérepger da Silva, Octncilio de Avelari Drummond, Adhemar Guedes, Albertina

Amaral da Silva, Zuleika Camisâo FialhoMilton Limas, F!ora de Azevedo e Mello',Darcy da Veigii Xavier, Lúcia Garcia Or-dlne, Luiz do Mel'o, Renato Cerohi Piccini-' ni, Anna César, Paulo Tavares Drummond,

, Clodonlrio Nascimento da Fonseca, Yolan-da Mattos, Theodomlro G. de Souza, He-lena Pinto, Hélio Vianna, Maria Antonlef-ta de Moraes Dli-is, Antônio Ladislau deOliveira, Hélio Behring, Vanda Arantes

naide Cordeiro Dias, Antônio Padula,FOI PREMIADA A CONCTJRRENTE :

ELCIttA NOVAESde 10 annos de idade e residente â ruaInconfidentes n. 925, em Bello Horizon-

Ferreira, Mario Masello, Germaine Yvet-te Oattanéo,Maria Helena Vianna de LimaDarcy Corrêa de Sá, Albino de Lima,"Milton Coelho de Souza Pereira, João de te- estado de Minas Geraes.Mattos Lopes, Maria de Lourdes Araújo CONCURSO N. 1.546Lima, Oiivia Doring, Regina Smith Sil- para os estados próximos e destaveira, Maurício Teixeira de Castro, He- capitai.loisa Rocha, Aristotelina dos Santos, An- PeríJMmfas:dré Fcliciano Ferreira do Andrade, Fau- Ia—Com B sou gostosaIo Barbosa Rokel, Luiz Duarte Silveira,Maria Auxiliadora Corrêa de Paula, Joa-quim Leite, Emilia de Oliveira Lima,Raul Rufino Bruno, José Carlos Martins,Mario de Castro Vianna de Barros, Au-zenda Duarte Torres, Yeddina JuracyChouin Pinheiro, Ducem Eulalio ArmandoNery Hayne, Nely Guimarães .de Aguiar,Edgard Cãmpello Macedo, Ruy Guima-rães Santos, Beatriz Borghi de Maga-lha.es, Myrka M. Barbosa, Odette O. La-curt, Hugo Cãmpello, Antônio C. Junior,Altamiro Diniz, Helena de Azevedo, An-tonio Cunha, Campos Moreira, LeonardoLimoeiro von Hart, Celina de AtsevedoPacca, Draga Poeta, Antonietta Bolo-gna, Angra Prado, Maria Isabel Campos

Com G estou em festa .Com M guardo roupa ,E com S estou nas casas. ,

(2 syllabas)Olavo de Castro

2"—Ella guarda dinheiro 'Elle é animal útil. <

(2 syllabas)Conceição Campos

3"—Sou paiz da America do Sul, masse a inicial me trocarem ficarei nome demulher.

(4 syllabas)Henrique Vaz Corrêa

í"—Qual é o sobrenome que também éarvore frutífera ?

(3 syllabas) ,Moacyr Telles de Siqueira

5«—Qual é o nome de homem que tam-Batalha, Alice Oliveira, Esther Neves,Elisa Botelho, Hermelita Soares, Hilda bem ê participio presente de um verbo »Rosa Pinto, Maria Antonia Campos, Ma- (3 syllabas)ria Castex Cabral, Álvaro Bandeira, Odette de AlmeidaLeonor Passos Queiroz, Isabel Gyrão eís organisado o novo e fácil concursoLins Wanderley, Luiz Santos Carneiro, ac perguntas, que não offerecerão difficul-Imar Amaral, João Baptista da Silva dades aos nossos leitores. As soluçõesFilho, OKvia de Mello, Joaquim Men- devem ser enviadas a e3ta redacção acom-des e Almeida, Vertula Nunes Rabello, panhadas da declaração de idade e resi-Maria Auxiliadora Monteiro, Dalva Fróes dencia, assignatura do próprio punho e doda Cruz, Ary Amaral, Dilermando da vale que vae publicado a seguir e que temRocha Baptista, Nidhaz Coutinho, Ivette o numero 1.546.Missick Guimarães, Ivan Carvalho Ama- Para este concurso, que será encerradoral, Paulo Rios Castellões, Lydinha La- no dia 21 do corrente, daremos como pre-ge, Moacyr P. Teixeira, Augusto Peracio mio, por sorte, uma maravilhosa sur-Junior, Ella Siâo, Fernando José de Cas- presa.tro, Maria Cecília R. de Magalhães, Ma-noela Ribeiro de Almeida, Ernani Mo-raes Coelho, Edmundo Barros Leite, Jo- _. v -,_ .™ . _._._-sé César Mattos, Laura Coutinho Pe- V ^\% WolP^^^r YÍ\Kj\reira, Nair da Luz, Zilah Odilj" Amaral, \_£\£{_/£>. ffl? O CO/NOJÍ7SO

/Yü/*\tRQEloah de Almeida, Glaphyra Dias, LuizJardim, Marina Heloisa Xavier, AcyrSantos, Àmaury Benevenuto dc Lima,Maria de Carvalho Amaral, Jandyra Pe-

CONCURSO N. 1.547PARA OS LEITORES DESTA CAPITAL B DE TODOS OS ESTADOS

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O nosso concurso de hoje é dos mais fa- n. 1.547. Qceis e Interessantes. Qualquer dos solucio- Para este concurso, que será encerrado Xnistas que souber ler decifra 1-o-á, bastando no dia 15 do Novembro, distribuiremos por Apára isso, formar com as lettras acima sorte dois lindos prêmios. Ynome de uma publicação que está anciosa- amente esperada por todos as creanças do /^^^^^^^Tlê^íT^^^,PAO/Jil

Conseguindo isto, enviem as soluções (§k^S^^?í^\re^^^^~L^i ir»<l„íesta redacção, acompanhada das declarações I^VíW^n\jJÍ>_. CQC,-v>*uí*í'iO:do idade c residência, assignatura. do pro- MB=J-_i^ra,iyjjí>^ JJL-^""^prlo punho do ooncurrente c ainda o vale >&»„ ]^^*%..,Áíiigr. 1 KJ« .que vae publicado a seguir e que tem ^^±£^ nturtaey ¦ w-« •

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Um remédio idealpara os meninos¦JlWir—l IMIlIflUIMIIIllllll ¦!¦ ¦¦¦MrMirMirMMIIIlMMWWTT

Os meninos pallidos, magros, tristes, fracos, de crescimentotardio encontrarão no TRIPHOL um remedjo ideal para trans-formal-os em corados, gordos, fortes, de bôa memória e alegres.

E' o melhor tônico para as creanças em todas as idades.Fácil de tomar — não tem mão gosto.

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A CABRA E O PORCO O TICO-TICO¦———____—, ' , ¦'¦ .«• —-—¦ ' ¦'¦-fc.'-í.?. " ~ ¦ ¦. ••- ¦¦-'y^^v .-'- -"'¦-.¦¦

—Porque choras compadre? disse a cabra ao porco, quese lavava em lagrimas. —Imagina que estou condemnadoPara o próximo Natal, daqui a três dias.

'—Olhe ! Coma uma boa dose de cocos de Indayassú.E assim foi. Quando o fazendeiro visitou o chiqueiro en-controu o poroo na pelle e osso e achou que seria...

i'>i "¦ •-'¦-'¦¦"¦•'•¦•' • Hi\ i| iv^w^ff*-^^ •••-,, ^\^mt...melhor pôr o suino para repaMo de tvma onça queelle possuía na fazenda. O porco, sabendo dessa nova reso-'ução, appellou novamente para a cabra. Compadre, o teuconselho...

.-.. realmente não foi mal aproveitado, mas... vou paraos dentes da onça !

—'Não chores, finge-te de morto ! Assim fez o porco,deitou-se; quando vieram buscal-o para...

...a onça acharam-n'o morto e receio-sos de que o mal fosse contagioso para ao»Ça puzeram-n'o...

... fora para os urubus. O porco salvou-se numa taboinha. Em paga dosse bene-f icio a...

...cabra foi substituir o porco nos den-tes-da onça.

Pobre conselheira I

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UNIA «GATADA» iO TICO-TICO

U Jujuba, eiue ficara de castigo em casei por ter quebrado a piteira de Carrapicho. amarrou 4 cauda do Mimi, umpachorremto gato preto, um pé dos sapatos da cozinheira. O hieha.no sahiu a correr pela rua e dentro de pouco tempo todaa, garotada da vizinhança . .

...o perseguia aos grilos e ás pedradas. Miando desesperadamente, sem encontrar porta ou janella por onde pudesseescapar aos garoto:-, o Minei viu de longe um pregador de cartazes e, de um salto,metteu-se dentro do balde de somma,

O homem dos cartazes, i|ue por um triz n&o fora dc ventas ao chão, voltou-se para a peemenaela e dispunha-s« apregar-lhe um formidável sabão.,.

MÊÈÉL...quando Mimi, s. <iidinik>-s« denir.) do balde de gomnia. teu escorregar a escada, levando ao chfto o pobre homem e

mijando de gomma ok maIv.idoi< (.troto*.