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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ANÁLISE E PLANEJAMENTO DE MANUTENÇÃO DE COZINHAS HOSPITALARES FRANCISCA PATRÍCIA DA SILVA ORIENTADOR: PROF. Dr. JOÃO CARLOS ARANTES COSTA JÚNIOR NATAL RN 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ANÁLISE E PLANEJAMENTO DE MANUTENÇÃO DE

COZINHAS HOSPITALARES

FRANCISCA PATRÍCIA DA SILVA

ORIENTADOR: PROF. Dr. JOÃO CARLOS ARANTES COSTA JÚNIOR

NATAL – RN

2018

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FRANCISCA PATRÍCIA DA SILVA

ANÁLISE E PLANEJAMENTO DE MANUTENÇÃO DE

COZINHAS HOSPITALARES

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado a Universidade Federal do Rio

Grande do Norte como requisito parcial

para a obtenção do título de Engenheira

Mecânica, sob orientação do Prof. Dr. João

Carlos Arantes Costa Júnior.

NATAL – RN

2018

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AGRADECIMENTOS

Aos meus pais e irmãos pela compreensão e apoio incondicional.

Aos meus amigos pela torcida e expectativa.

A toda equipe do Setor de Infraestrutura Física e aos profissionais da cozinha do

Hospital Universitário Onofre Lopes por me receberem com carinho e atenção.

A Profª. Drª. Synara Lucien de Lima Cavalcanti pelas orientações e apoio.

A Escola de Ciências e Tecnologia, em especial aos professores, que muito

contribuíram para minha formação acadêmica.

Ao Curso de Engenharia Mecânica pela formação acadêmica.

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RESUMO

Historicamente, as atividades de manutenção são caracterizadas como um problema

dentro das organizações. Porém, esta visão tem sofrido mudanças positivas ao longo dos

anos e tem levado a um reconhecimento da manutenção como função estratégica nas

empresas. Baseado na evolução prática da manutenção, o presente trabalho refere-se aos

conceitos gerais de manutenção aplicados a cozinhas hospitalares que ainda utilizam a

manutenção corretiva como principal meio para gerenciar seus equipamentos.

Contempla a fase de questionamento acerca do melhor tipo de manutenção aplicável a

cozinhas industriais, fase de levantamento de dados e análise das ordens de serviços,

fase de organização de tarefas de manutenção e elaboração de um plano de manutenção

flexível que melhor viabiliza o funcionamento de cozinhas hospitalares. Nesta linha de

pensamento, este trabalho discorre sobre as principais abordagens relacionadas com

gestão de manutenção, construção de indicadores e planos de controle, disponíveis na

literatura. Com isso, o trabalho buscou desenvolver um plano de manutenção eficaz para

cozinhas hospitalares, sobretudo para a cozinha industrial do Hospital Universitário

Onofre Lopes (HUOL). Os resultados oriundos das ordens de serviços emitidas pelo

Setor de Infraestrutura Física do HUOL mostraram que o tipo de manutenção aplicado

atualmente caminha para um cenário desfavorável e necessita de pontos de melhorias

para alcançar uma gestão de manutenção mais eficaz e econômica.

Palavras-chave: Gestão de Manutenção, Cozinhas Hospitalares, Planejamento da

Manutenção.

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ABSTRACT

Historically, maintenance activities are characterized as a problem within the

organizations. However, this view has undergone positive changes over the years and

has led to a recognition of maintenance as strategic function in enterprises. Based on

practice of maintenance, the present work refers to general maintenance concepts

applied to hospital kitchens that still use the corrective maintenance as primary means to

manage their equipment. It Includes phase of questioning about the best type of

maintenance apply to industrial kitchens, the stage of data collection and analysis of

service orders, the organization phase of maintenance tasks and draw up a flexible

maintenance plan which best enables the functioning of hospital kitchens. In this line of

thought, this paper discusses the main approaches related to maintenance management,

construction of indicators and control plans, available in the literature. With that, the

study sought to develop an effective maintenance plan for hospital kitchens, especially

for industrial kitchen at the University Hospital Onofre Lopes (HUOL). The results

from the service orders issued by the Physical Infrastructure Sector HUOL showed that

the type of maintenance applied currently walks for an unfavorable scenario and need

improvements to achieve points maintenance management more effective and

economical.

Keywords: Maintenance Management, Hospital Kitchens, Maintenance Planning.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 8

1.1 Caracterização do campo de pesquisa................................................................... 8

1.2 Justificativa............................................................................................................. 9

1.3 Objetivos................................................................................................................... 9

2 DESENVOLVIMENTO......................................................................................... 11

2.1 Fundamentação Teórica....................................................................................... 11

2.1.1 Breve Histórico da Manutenção......................................................................... 11

2.1.2 Tipos de Manutenção.......................................................................................... 12

2.1.3 Gestão de Manutenção........................................................................................ 15

2.1.4 Plano de Controle da Manutenção (PCM).......................................................... 17

2.1.5 Indicadores de Manutenção................................................................................ 19

2.1.6 Terceirização da Manutenção..................................................................................... 21

3 METODOLOGIA................................................................................................... 23

3.1 Análise e Interpretação dos Dados....................................................................... 23

3.2 Plano Preventivo de Manutenção......................................................................... 28

4 CONSIDERAÇÃOS FINAIS................................................................................. 32

REFERÊNCIAS...................................................................................................... 33

ANEXOS.................................................................................................................. 35

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1 INTRODUÇÃO

As mudanças e evoluções tecnológicas dos últimos anos, sobretudo na área de

saúde, fizeram a gestão tecnológica dos equipamentos e instalações assumir cada vez

mais importância diante dos problemas enfrentados por estas Instituições para

preservação de seus ativos operacionais, com qualidade, segurança, disponibilidade e

custos compatíveis.

Hospitais são instituições complexas que devem estar apta a trabalhar

continuamente. A equipe de serviço de manutenção depende da complexidade de cada

instituição e da sua magnitude para realizar seus serviços. Dentre suas funções está a

segurança hospitalar e seu serviço está relacionado à eficiência operacional.

Diante disso, prever e detectar falhas ou defeitos podem coibir interrupções e

gastos desnecessários. Além disso, permite um funcionamento adequado dos diversos

setores do hospital, o que reflete no atendimento fornecido aos pacientes que dependem

do adequado funcionamento das instalações e equipamentos.

A manutenção, vista como função estratégica, responde diretamente pela

disponibilidade e confiabilidade dos ativos físicos e qualidade dos produtos finais.

Entender o tipo de manutenção adequada para a organização é garantir a otimização dos

processos, possibilitando expansão dos serviços do hospital.

1.1 Caracterização do Campo de Pesquisa

A presente pesquisa foi realizada junto ao Setor de Infraestrutura Física da

Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) - Hospital Universitário Onofre

Lopes (HUOL), localizado na Av. Nilo Peçanha, 620, Petrópolis – Natal/RN, 59012-

300, Rio Grande do Norte.

Inaugurado em 12 de setembro de 1909, com o nome de "Hospital de Caridade

Juvino Barreto", o hospital foi instalado em uma antiga casa de veraneio em que,

inicialmente, só funcionavam 18 leitos. O médico Januário Cicco, sozinho, administrava

e prestava assistência aos doentes que ali estavam internados.

Em 1935, o hospital passou a ser chamado de "Hospital Miguel Couto". E em

1955, foi criada a Faculdade de Medicina, tornando-se o Hospital campo das práticas

para todos os cursos da área de saúde. Em 1960, o Hospital assume a personalidade de

Hospital-Escola, integrando-se à UFRN e passando a ser chamado de "Hospital das

Clínicas". Com a federalização ficou assegurada sua manutenção, através do Ministério

da Educação, nas funções de Ensino, Pesquisa e Extensão.

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O Hospital Universitário Onofre Lopes é um hospital de médio porte que atende

pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e é certificado como hospital de ensino,

estando integrado à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

O hospital provê serviços nas áreas de urgência, medicina diagnóstica por

imagem e tratamentos em diversas modalidades. Para desempenhar suas atividades, o

hospital conta com um grande parque tecnológico, de excelente qualidade que

possibilita bom tratamento aos pacientes, além de proporcionar aprendizado para

futuros profissionais da área da saúde. O HUOL contempla equipamentos de alta

tecnologia de diagnóstico por imagem e análise clínica, por exemplo.

1.2 Justificativa

O alto nível de exigência presente nos serviços hospitalares, bem como a oferta

ininterrupta de tais serviços, torna o setor de manutenção dessas instituições um dos

mais importantes em atuação. Sabendo disso, a proposta desse trabalho é justificada

pela grande gama de oportunidades que permeiam o setor de manutenção, haja vista que

a gestão estratégica do mesmo ainda é pouco praticada no Brasil.

Muitas empresas, assim como a instituição aqui tratada, possuem pouco ou

nenhum controle de suas atividades e utilizam, majoritariamente, a manutenção

corretiva, ao acaso do tempo. Existem demandas importantes por sistemas de

manutenção mais eficientes e economicamente mais viáveis que podem otimizar os

serviços prestados a população.

Somado a isso, existe uma grande motivação por parte da autora em se

aprofundar nesse tema, tendo em vista a grande necessidade de discutir manutenção no

Brasil.

1.3 Objetivos

O Hospital Universitário Onofre Lopes ainda concentra suas atividades de

tratamento dos equipamentos na manutenção corretiva. Este fato toma muito tempo de

suas atividades diárias, uma vez que os serviços executados são feitos a partir de

solicitações.

Além disso, a abundância da manutenção corretiva leva a uma

ineficiente gestão de recursos. As principais consequências são a maior

indisponibilidade de equipamentos operando satisfatoriamente, altos índices de quebras

e/ou falhas, gestão ineficiente de recursos humanos e monetários. A manutenção

preventiva se encontra em estágio inicial e ainda não tem uma rotina ideal nos setores.

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Daqui surge a necessidade de realizar um plano de prevenção de falhas, que sirva como

uma linha orientadora dos trabalhos na manutenção preventiva.

Assim, o objetivo principal desse trabalho é elaborar e sugerir um plano de

ação de manutenção preventiva, especificamente, para a cozinha hospitalares. Porém,

esse plano de ação é flexível e pode ser utilizado em outros setores.

Para dar suporte ao objetivo principal é necessário:

Realizar uma fundamentação teórica bem embasada sobre as concepções

de manutenção conhecendo suas diferenças, vantagens e desvantagens;

Identificar e catalogar os gastos com manutenção corretiva no setor em

estudo;

Indicar uma possível contenção de custos com a implantação da

manutenção preventiva.

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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Fundamentação Teórica

Segundo a norma NBR 5462 (1994), a manutenção é definida da seguinte

maneira:

“Combinação de todas as ações técnicas e administrativas, incluindo as de

supervisão, destinadas a manter ou recolocar um item em um estado no qual possa

desempenhar uma função requerida”.

Dessa forma, é possível entender a manutenção como o conjunto de cuidados

técnicos indispensáveis ao funcionamento regular e permanente de máquinas,

equipamentos, ferramentas e instalações. Estes cuidados envolvem a conservação, a

adequação, a restauração, a substituição e a prevenção.

2.1.1 Breve Histórico da Manutenção

Vários autores identificam diferentes estágios na evolução do papel da

manutenção ao longo do tempo. Porém, de modo geral, as perspectivas convergem.

Moubray (1997) distingue três gerações na evolução da manutenção (Figura 01):

1ª Geração: Período com início na Era Industrial até a Segunda Guerra Mundial.

Nesta época a manutenção dava seus primeiros passos, uma vez que as empresas

reparavam ou substituíam equipamentos apenas em casos de avarias

(manutenção corretiva);

2ª Geração: No início da década de 1950, aumentou-se a valorização dos

equipamentos em virtude da automatização de processos. Custos elevados e

equipamentos parados por longos períodos culminaram na ideia de que tais

quebras poderiam ser evitadas. Inicia-se, então, o conceito de manutenção

preventiva;

3ª Geração: Posterior à década de 1970, surgem ferramentas de gerenciamento,

tais como, a filosofia just-in-time que exigia uma melhora na gestão de recursos.

Níveis reduzidos de stock faziam com que um equipamento inoperante

resultasse em elevadas perdas. A partir daqui a Manutenção desenvolveu-se

progressivamente no sentido da prevenção, ou seja, garantindo que os

equipamentos correriam riscos mínimos de falha (Manutenção Preditiva).

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Figura 01. Expectativas sobre manutenção ao longo dos anos

2.1.2 Tipos de Manutenção

Os tipos de manutenção são definidos pela forma como é realizada a intervenção

no sistema. Neste trabalho, serão descritos seis tipos de manutenção considerados como

os principais por diferentes autores. São eles: Manutenção Corretiva (programada e não

programada), Manutenção Preventiva, Manutenção Preditiva, Manutenção Detectiva e

Engenharia de Manutenção (KARDEC & NASCIF, 2009).

Manutenção Corretiva

É a forma mais primária e simples de manutenção, ou seja, significa deixar as

instalações operando até ocorrer à quebra (SLACK et al, 2002). Este tipo de

manutenção se subdivide em dois, a manutenção não programada e a programada.

Segundo Otani & Machado (2008), a manutenção corretiva não programada

caracteriza-se pela correção da falha sempre após a quebra, sem planejamento anterior.

Como consequência apresenta custos elevados e baixa confiabilidade. Já a manutenção

corretiva programada é caracterizada pela preparação da manutenção. Como ocorre um

planejamento da manutenção, esta se torna mais barata, mais segura e mais rápida.

Manutenção Preventiva

Destaca-se por manter o nível dos equipamentos, programando intervenções

periódicas a fim de reduzir as deteriorações dos mesmos. O principal objetivo desse tipo

de manutenção é eliminar ou reduzir as probabilidades de falhas por manutenção

(limpeza, lubrificação, substituição e verificação) das instalações em intervalos de

tempo pré-planejados (SLACK et al, 2002). Uma característica importante deste tipo de

manutenção é que a inspeção ou intervenção no equipamento é feita periodicamente

mesmo que ele não problemas.

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Manutenção Preditiva

O propósito desse tipo de manutenção é a prevenção de falhas nos equipamentos

ou sistemas por meio de monitoramento de alguns parâmetros de desempenho. Essa

prática contribui para uma operação contínua do maquinário pelo maior tempo possível,

uma vez que define o instante correto de realizar a intervenção. A manutenção preditiva

vem se tornando mais popular na indústria conforme o conhecimento tecnológico

evolui.

Para Almeida (2007) este tipo de manutenção melhora a produtividade, a

qualidade do produto, o lucro e a efetividade global de nossas plantas industriais de

manufatura e de produção.

Manutenção Detectiva

Tem como objetivo identificar falhas ocultas, não perceptíveis ao pessoal da

operação, garantindo a confiabilidade do processo e, consequentemente, bons resultados

(KARDEC & NASCIF, 2009). Quando o nível de automação das indústrias é elevado

ou o processo não admite falhas, a manutenção detectiva é especialmente importante.

Engenharia de Manutenção

A engenharia de manutenção estabelece mudanças na rotina das atividades e

configura-se como uma política de melhoria contínua.

Tem como objetivos procurar causas básicas, modificar situações permanentes

de mau desempenho, deixar de conviver com problemas crônicos, melhorar padrões e

sistemáticas, desenvolver a manutenibilidade, dar feedback ao projeto, interferir

tecnicamente nas compras. Além disso, aplica técnicas modernas, nivelado com a

manutenção de primeiro mundo (KARDEC & NASCIF, 2009).

As figuras a seguir mostram qual o papel da engenharia de manutenção em

relação aos outros tipos citados aqui (Figura 02), a melhoria de resultados à medida que

se evolui dentre os tipos de manutenção (Figura 03) e como são investidos os recursos

em manutenção no Brasil (Figura 04).

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Figura 02. Tipos de Manutenção

Fonte: Adaptado de Kardec & Nascif, 2009

Figura 03. Evolução dos resultados entre os tipos de manutenção

Figura 04. Aplicação dos Recursos na Manutenção

Fonte: Abraman (Associação Brasileira de Manutenção), 2013

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2.1.3 Gestão de Manutenção

O aumento da complexidade dos sistemas e equipamentos trouxe a

necessidade de estratégias eficazes que pudessem conduzir ao aumento da

disponibilidade dos equipamentos e à melhoria contínua, garantindo sempre custos

mínimos.

Rodrigues (2000) relata duas das principais abordagens aplicadas na Gestão de

Manutenção: Reliability Centered Maintenance (RCM) e o Total Productive

Maintenance (TPM).

Reliability Centered Maintenance (RCM)

A filosofia RCM (Manutenção Centrada em Confiabilidade) baseia-se na

aplicação integrada de manutenção preventiva, realização de testes e inspeções

preditivas, manutenção reativa e proativa. Seu principal objetivo é certificar que o

sistema cumpre com os requisitos designados, com a confiabilidade e disponibilidade

definidas, ao custo mínimo. Portanto, tem como principio aperfeiçoar o custo/eficácia

da manutenção de modo a integrar alta confiabilidade e disponibilidade adequada de

equipamentos (PINTO, 2002).

RCM busca respostas para as seguintes questões:

1. O que faz o sistema e qual sua função?

2. Quais as falhas funcionais que podem ocorrer?

3. Quais as consequências previsíveis para o caso de ocorrência dessas falhas?

4. Qual a importância de cada falha?

5. O que pode ser feito para prevenir as falhas?

6. Qual a função de risco associada a cada de tipo de falha?

7. O que fazer caso não se encontre a medida de melhoria adequada?

O RCM gera um alto nível de informação que permite as empresas melhorar seu

desempenho operacional aumentar a vida útil dos equipamentos, melhorar a tomada de

decisão a respeito das manutenções e a segurança (SOUZA & LIMA, 2003).

A Figura 05 mostra um modelo de decisão e análise RCM proposto pela NASA.

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Figura 05. Modelo de análise RCM

Fonte: Adaptado de NASA

Total Productive Maintenance (TPM)

O modelo da Manutenção Produtiva Total foi desenvolvido no Japão, na década

de 1970, por Seiici Nakajima. Foi largamente utilizado pelos seus bons resultados,

sendo um dos responsáveis pelo crescimento econômico da indústria japonesa naquela

época.

O foco do programa está em maximizar o rendimento operacional dos ativos por

meio de operação dos mesmos e no envolvimento de toda a escala organizacional para

atingir tal objetivo. Dessa forma, o TPM exige compromisso voltado para o resultado.

Antes de uma política de manutenção, é uma filosofia de trabalho, com forte

dependência de envolvimento dos mais diferentes níveis da organização (SUZUKI,

1994).

Apresentando uma visão mais sistemática do processo, o TPM apresenta-se com

objetivos bem definidos:

1. Eliminar desperdícios;

2. Obter o melhor desempenho dos equipamentos;

3. Reduzir as paralisações da produção por quebra ou intervenções;

4. Redefinir o perfil de conhecimento e habilidades dos recursos humanos;

5. Modificar a sistemática de trabalho;

6. Melhorar o ambiente de trabalho.

Para atingir tais objetivos, o modelo considera o conceito do ciclo de vida dos

equipamentos e baseia-se em oito pilares (BORRIS, 2006). Este modelo pode ser

visualizado na Figura 06.

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Figura 06. Pilares TPM

Fonte: Adaptado de Borris, 2006

2.1.4 Plano e Controle da Manutenção (PCM)

Considerado o núcleo estratégico do setor de manutenção, o PCM traça

estratégias que garantem a disponibilidade e confiabilidade dos ativos sendo uma

ferramenta de importância fundamental no processo de tomada de decisão.

Para que a gestão de manutenção seja eficaz, algumas atividades devem ser

consideradas como premissas básicas:

1. Determinar um programa de trabalho de manutenção preventiva, ao longo

do ano;

2. Atender aos pedidos de modificação e melhoria dos equipamentos;

3. Atender as paralisações e serviços de emergência.

A Figura 07 mostra como se dá a atuação do PCM, considerando que a maioria

dos serviços é originada dos planos de inspeção, manutenção preditiva e manutenção

preventiva e cuja responsabilidade é da Engenharia de Manutenção.

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Figura 07. Processos PCM

Fonte: Adaptado de Dorigo, 2013

Para que o PCM possa ser implantado é fundamental a estruturação de um

Sistema de Planejamento e Controle, que pode ser manual ou informatizado (Figura 08).

Porém, independente do tipo de sistema, o PCM deve identificar com clareza

(KARDEC & NASCIF, 2009):

Que serviços serão feitos;

Quando os serviços serão feitos;

Que recursos serão necessários para a execução dos serviços;

Quanto tempo será gasto em cada serviço;

Quais serão os custos de cada serviço, o custo unitário e o global;

Que materiais serão aplicados;

Que máquinas, dispositivos e ferramentas serão necessárias.

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Figura 08. Etapas do PCM em detalhes

Fonte: Adaptado de Dorigo, 2013

2.1.5 Indicadores de Manutenção

Os indicadores de manutenção são um conjunto de informações que

buscam mensurar e otimizar o funcionamento dos processo, a fim de aumentar a

eficiência e a produtividade de uma empresa. Comumente chamados de KPIs, Key

Performance Indicators, os indicadores de manutenção propõe modelos que ajudam a

prevenir e a lidar com os problemas mais diversos que possam existir dentro de uma

organização. A figura abaixo mostra quais os principais indicadores de desempenho

utilizados no Brasil (Figura 09).

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Figura 09. Principais indicadores de desempenho utilizados no Brasil

Fonte: Abraman (Associação Brasileira de Manutenção), 2009

Alguns indicadores representados na figura acima são considerados indicadores

chaves para o processo de manutenção (KARDEC & NASCIF, 2009). São eles:

Disponibilidade

É o principal indicador da manutenção, uma vez que está ligado ao resultado.

Ligados a este indicador estão MTBF, Mean time between failures, (tempo médio entre

falhas) e o MTTR, Mean time to repair, (tempo médio para reparo).

Custo de Manutenção

É composto pelas seguintes valores: Custo de mão de obra (CMO), Custo de

materiais (CMT), Custo de serviços de terceiros (CSE) e Outros custos (OC). Logo, o

custo total de manutenção é CMO + CMT + CSE + OC.

Custo de Manutenção / Imobilizado

É um indicador utilizado mundialmente. Imobilizado é o valor da planta

industrial, incluindo terreno, edificações, ativos, sistemas e é denominado no Brasil de

ERV-Estimated.

Custo de Manutenção / Faturamento Bruto

É todo montante faturado pela empresa antes de descontados impostos e taxas.

Custo de Manutenção / Custo Operacional

Formado pelas despesas relacionadas a operação de uma empresa ou a operação

de uma planta industrial. Pode ser calculado como total diário, mensal, anual ou custo

sobre uma unidade produzida.

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Backlog

Carga de trabalho futura, ou seja, refere-se ao volume de serviços em carteira,

normalmente medido em homens-hora necessários para realiza-los. Este controle é

importante, pois indica a capacidade de atendimento da manutenção.

Retrabalho

Define a qualidade de execução dos serviços de manutenção. É calculado pela

relação entre serviços que apresentaram retrabalho por total de serviços executados.

2.1.6 Terceirização da Manutenção

Conceitualmente, terceirização é a transferência de um determinado serviço para

outra empresa. No Brasil esta prática cresceu vertiginosamente nas ultimas décadas. As

causas para o aumento da terceirização têm relação com a diminuição dos custos com

funcionários (PENA, 2018).

As figuras a seguir mostram a situação da terceirização dos serviços de

manutenção no Brasil em relação ao conceito dos serviços contratados (Figura 10) e aos

critérios de contratação (Figura 11).

Figura 10. Conceito dos serviços contratados

Fonte: Abraman (Associação Brasileira de Manutenção), 2013

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Figura 11. Critérios para contratação de serviços pelas empresas

Fonte: Abraman (Associação Brasileira de Manutenção), 2013

Na Figura 10 é possível notar que os conceitos “Bom” e “Muito bom”

representam, aproximadamente, 60% das opiniões das empresas contratantes. Já na

Figura 11 mostra que “Qualidade e Preço” continuam sendo os fatores mais importantes

para as empresas quando da contratação de serviços.

Diante desses dados, é sugestivo afirmar que as empresas brasileiras que buscam

terceirizar os serviços de manutenção estão preocupadas, não apenas em contratar uma

empresa que apresente um preço competitivo, mas também estão buscando qualidade

em tal serviço.

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3 METODOLOGIA

Inicialmente foi escolhido o local em que a pesquisa seria realizada. Diante da

necessidade e da ausência de um plano de manutenção para cozinhas industriais, a

cozinha do HUOL foi o setor alvo.

Decidido o setor, o passo seguinte foi visitar a cozinha para iniciar o catálogo de

todos os equipamentos presentes no local. Cada visita feita a cozinha, a nutricionista

responsável disponibilizava um técnico em nutrição para sanar possíveis dúvidas acerca

dos equipamentos, além de registrar a visita em livro de ocorrências. Concomitante a

isso, foi feito o levantamento dos dados contidos em todas as ordens de serviços (OS)

referentes à cozinha, compreendidos entre os anos de 2015 e 2017.

Com os dados das OS’s organizados em planilhas e os equipamentos

catalogados, o próximo passo foi analisar as informações obtidas e fazer um pequeno

estudo de viabilidade que avaliou qual o melhor tipo de manutenção para a cozinha

diante da realidade existente.

3.1 Análise e Interpretação dos Dados

Como resultado das visitas feitas a cozinha foi elaborado um catálogo de

equipamentos para auxilio durante as manutenções. A Tabela 01 mostra os

equipamentos presentes da cozinha industrial do HUOL, bem como suas especificações

técnicas. Existem 28 itens diferentes e um total de 93 equipamentos.

Tabela 01. Lista de equipamentos da cozinha

Itens Descrição

do Equipamento Atributos Individuais Quantitativo

01 Balança 150 kg

• TIPO: Comercial

• MARCA: BALMAK

• DESCRIÇÃO COMPLEMENTAR:

Balança comercial com variação de

pesagem máxima de 150 kg e mínima de

1 kg. Div. 50 g.

01

02 Balança de Precisão

• TIPO: BS300A

• DESCRIÇÃO COMPLEMENTAR:

Balança de precisão com variação de

pesagem máxima de 3000g e mínima de

0,1g.

01

03 Balcão Térmico • MARCA: SATIERF 05

04 Batedeira Industrial (12

L)

• TIPO: Industrial

• MARCA: GASTROMAQ

• MODELO: BP12

• CAPACIDADE: 12 LITROS

• POTÊNCIA: ⅓ CV

01

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24

05 Bebedouro

• TIPO: Galão

• MARCA: ESMALTEC

• VOLTAGEM: 220 V

• DESCRICAO COMPLEMENTAR:

Bebedouro de coluna com compressor

para garrafão de até 20 litros. Gás R134A.

• TIPO: Galão

• MARCA: KARINA

• VOLTAGEM: 220 V

• DESCRICAO COMPLEMENTAR:

Bebedouro de coluna com compressor

para garrafão de até 20 litros. Gás R134A.

05

06 Cafeteira Profissional

• TIPO: Profissional

• MARCA: CONSERCAF

• MODELO: MLC102

• CAPACIDADE: 22 LITROS (ÁGUA).

5 LITROS+5 LITROS (CAFÉ+LEITE)

• VOLTAGEM: 220 V – 60 Hz

• POTÊNCIA: 1700 W - 7,4 A

01

07 Carrinho Caçamba

(Metálico/Fibra) - 05

08 Carrinho Plataforma

(1, 2, 3 Planos) - 10

09 Coifa De Exaustão Para

Cozinha Industrial - 04

10 Cortador De Frios - 01

11 Descascador De

Alimentos

• TIPO: Industrial

• MARCA: BECKER 01

12 Desfiador de Carne

• TIPO: Industrial

• MARCA: G. PANIZ DC 10

• CAPACIDADE: 10 kg por processo

• VOLTAGEM: Bivolt

• POTÊNCIA: 1300 W

01

13 Exaustor De Parede - 05

14 Extrator de Suco

• TIPO EXTRATOR: Industrial

• MARCA: VITALEX

• ESTRUTURA: AÇO INOX

• VOLTAGEM: 220 V

• MOTOR 1/4 HP

03

15 Fatiador de Frios • MARCA: SKYMSEN 01

16 Fogão Industrial - 04

17 Forno Industrial

(Elétrico/Gás)

• MARCA: VENÂNCIO

• DESCRICAO COMPLEMENTAR:

Forno combinado elétrico

com capacidade para 3 GNS

1/1X65mm

04

18 Forno Microondas

• MARCA: LG

• MARCA: ELETROLUX

• MARCA: DAKO

• MARCA: BRASTEMP

• CAPACIDADE: Mínima de 30

LITROS.

07

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25

19 Freezer

• TIPO: Horizontal

• MARCA: FRILUX

• CAPACIDADE: 530 LITROS

• VOLTAGEM: 220 V

• DESCRIÇÃO COMPLEMENTAR:

Possui duas tampas e chaves, dreno

frontal, gabinete interno em aço

galvanizado.

• TIPO: Vertical

• MARCA: FRILUX

• CAPACIDADE: 480 LITROS

• DESCRIÇÃO COMPLEMENTAR:

Porta de vidro antiembaçante, sistema

frost free.

09

20 Liquidificador Industrial

20 L – 30 L

• TIPO LIQUIDIFICADOR: Industrial

• MARCA: JL COLOMBO

• ESTRUTURA: INOX

• VOLTAGEM: 220 V

• CAPACIDADE: 30 LITROS

• POTENCIA: 1,5 CV.

• TIPO LIQUIDIFICADOR: Industrial

• MARCA: JLCOLOMBO

• ESTRUTURA: AÇO INOXIDAVEL

• VOLTAGEM: 220 V

• CAPACIDADE: 20 LITROS

• POTENCIA: 1,2 CV

05

21 Liquidificador Industrial

2 L– 4 L

• TIPO LIQUIDIFICADOR: Industrial

• MARCA: JL COLOMBO

• ESTRUTURA: AÇO INOXIDÁVEL

• VOLTAGEM: 220 V

• CAPACIDADE: 4 LITROS

• POTENCIA: 0,5 CV

• DESCRICAO COMPLEMENTAR:

Base em polietileno de alto impacto isenta

de vazamento, sem suporte basculante,

tipo 304.

• TIPO LIQUIDIFICADOR: Doméstico

• MARCA: BRITANIA

• VOLTAGEM: 220 V

• CAPACIDADE: 2 LITROS

05

22 Máquina de Gelo • MARCA: BENMAK 01

23 Máquina De Lavar

Louças

• MARCA: NETTER

• MODELO: NT 200 D

• CAPACIDADE: 720 PRATOS POR

HORA

• VOLTAGEM: 220 V

• POTÊNCIA: 1 CV (LAVAGEM). 0,33

CV (ENXAGUE).

• MARCA: NETTER

• MODELO: NT 300

• CAPACIDADE: 60 GAVETAS POR

HORA

• VOLTAGEM: 220 V

• POTÊNCIA: 2 CV (LAVAGEM). 0,5

CV (ENXAGUE).

03

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26

24 Moedor De Carne Elétrico • MARCA: METVISA 01

25 Pass-Through

• MARCA: REFRIMATE

• ESTRUTURA: INOX

• DESCRIÇÃO COMPLEMENTAR:

Estufa vertical tipo pass-through para

cozinha industrial, revestimento externo

em aço inoxidável aisi 18 e revestimento

interno em alumínio estuco, porta com

dobradiça pivotante.

• MARCA: FRILUX

• TEMPERATURA: +1ºC a +7ºC

• DESCRIÇÃO COMPLEMENTAR:

Pass through frio, refrigeração com ar

forçado com serpentina aletada,

controlador eletrônico digital.

• MARCA: FRILUX

• TEMPERATURA: +40ºC a +80ºC

• DESCRIÇÃO COMPLEMENTAR:

Pass through quente, aquecimento com

resistência blindada, controlador

eletrônico digital.

04

26 Picador de Alimentos

• MARCA: FAK

• DESCRIÇÃO TÉCNICA: Corpo e cabo

em alumínio fundido. Facas em aço inox

10 mm

03

27 Preparador E Amaciador

De Carne • MARCA: METVISA 01

28 Processador De

Alimentos • MARCA: SKYMSEN 01

Das ordens de serviços foram extraídos dados referentes àqueles equipamentos

com maior frequência de quebras ou falhas, além daqueles em que o custo do reparo são

os mais onerosos. As ordens de serviços contem dados como valor pago pela mão de

obra, valor pago pelas peças, caso tenham sido substituídas, quais serviços foram

realizados e informações acerca dos contratados e da contratante (Anexo 01).

A Tabela 02 mostra os valores investidos em manutenção corretiva dos

principais equipamentos da cozinha entre 2015 e 2017.

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27

Tabela 02. Valores investidos em manutenção

Equipamentos 2015 2016 2017

Valor investido em reparos

Balcão Térmico R$ 2.446,00 R$ 1.611,00 R$ 2.852,50

Carros de transporte R$ 882,50 R$ 3.062,40 R$ 11.327,75

Coifas - R$ 1.232,67 R$ 4.930,68

Fogão Industrial R$ 2.435,00 R$ 846,00 R$ 1.192,00

Forno R$ 397,29 R$ 4.025,14 R$ 1.422,28

Lava-louças - R$ 7.899,44 R$ 6.590,38

Pass Through R$ 349,00 R$ 1.087,50 R$ 4.988,17

Outros R$ 185,00 R$ 1.056,75 -

TOTAL R$ 6.694,79 R$ 20.820,90 R$ 33.303,76

Figura 12. Representação dos valores investidos em manutenção ao longo dos anos

Figura 13. Valores investidos em cada ano

R$ -

R$ 2.000,00

R$ 4.000,00

R$ 6.000,00

R$ 8.000,00

R$ 10.000,00

R$ 12.000,00

Valor investido ao longo dos anos

2015

2016

2017

R$ 33.303,76

R$ 20.820,90

R$ 6.694,79

2017

2016

2015

Investimento em cada ano

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28

Analisando as Figuras 12 e 13 é possível notar, claramente, que a manutenção

corretiva praticada tornou-se bastante onerosa para o Setor de Infraestrutura Física do

HUOL. Pensando nisso, adotar práticas de manutenção preventiva passou a ser urgente

no setor.

3.2 Plano Preventivo de Manutenção

A fim de desenvolver um cronograma e um projeto de manutenção preventiva

para cozinhas industriais, foi adotada uma matriz de criticidade como método de

classificação de informações que separa os equipamentos de maior importância ou

impacto. Também foi analisada a frequência com que os equipamentos apresentavam

falha ou quebra para que fosse possível uma definição precisa da periodicidade das

manutenções.

Os equipamentos foram orientados por classes como segue abaixo:

Classe A: máquinas e equipamentos com prioridade alta. São aqueles

equipamentos que ao apresentarem quebra ou falha provocam paralisação ou

queda de qualidade dos serviços, acidente grave, problemas de contaminação ao

meio ambiente, atraso nas demandas, reclamações de funcionários e pessoas que

usufruem do serviço e a alternativa de curto prazo é bastante desgastante para os

funcionários que operam tais equipamentos;

Classe B: máquinas e equipamentos com prioridade média. São os equipamentos

que ao apresentarem quebra ou falha provocam possíveis perdas de qualidade

dos serviços, acidente apenas com danos materiais, possíveis atrasos nas

demandas e a alternativa é imediata;

Classe C: máquinas e equipamentos com prioridade baixa. São os equipamentos

que ao apresentarem quebra ou falha não interferem na qualidade dos serviços,

não provocam quaisquer acidentes, não interfere na linha de produção e as

alternativas são imediatas.

A tabela abaixo mostra como foi classificado cada equipamento da cozinha

industrial do HUOL e uma sugestão de como deve atuar a Manutenção.

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29

Tabela 03. Equipamentos separados por classes

Classes Equipamentos Manutenção

Classe A

Balcão Térmico

Fogão Industrial

Forno Industrial

Freezer

Máquina de Lavar Louças

Pass Through

Deve contemplar

manutenção preventiva e

corretiva, análise de

falhas e definir

melhorias

Classe B

Carrinho Caçamba

Carrinho Plataforma

Coifas

Cortador de frios

Desfiador e moedor de carnes

Descascador de alimentos

Exaustor de parede

Liquidificadores

Máquina de Gelo

Deve contemplar

manutenção preventiva e

corretiva

Classe C

Balanças

Batedeira

Bebedouro

Cafeteira

Extrator de suco

Microondas

Deve contemplar

manutenção preventiva

Em relação à frequência com que os equipamentos apresentaram quebras ou

falhas, os dados contidos nas ordens de serviços apontam para a seguinte periodicidade

de chamados (Tabela 04).

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30

Tabela 04. Periodicidade de chamados abertos ao longo dos anos

2015

Equipamento Frequência

de Reparos

Freq. Chamados

(média em meses)

Total de

reparos (ano)

Quantitativo

Total de Reparos

Carros 2 2 24

106 reparos

Balcão térmico 6 1 72

Fogão industrial 8 − 8

Forno 1 − 1

Pass through 1 − 1

2016

Carros 7 2 42

236 reparos

Balcão térmico 8 2 48

Cafeteira 1 − 1

Coifas 1 − 1

Fogão industrial 5 2 30

Forno 6 2 36

Lava louças 7 3 28

Moedor de carne 1 − 1

Pass through 4 1 48

Picador de legumes 1 − 1

2017

Carros 8 3 32

171 reparos

Balcão térmico 8 2 48

Coifas 1 − 1

Fogão industrial 1 − 1

Forno 4 6 8

Lava louças 5 4 15

Pass through 11 2 66

Deste modo, foi possível perceber que, em média, a cada dois meses, foi aberto

um chamado para a maioria dos equipamentos. Assim, podemos estabelecer um período

ótimo para realização das manutenções preventivas.

Para dar início a construção do plano de manutenção preventiva foi utilizada a

ferramenta 5W2H (what, why, where, when, who, how e how much) em conjunto com a

realização de inspeções periódicas, de modo a detectar com antecedência quaisquer

anomalias nos equipamentos, orientar a periodicidade e o tipo de intervenção. O

resultado da inspeção é registrado em relatório próprio, indicando o estado do

equipamento e a necessidade ou não de se fazer intervenção no mesmo (Anexo 02).

A partir do relatório de inspeção é feito o planejamento obtendo como resultado

um plano contendo o passo a passo para realizar a manutenção. Para a cozinha industrial

do HUOL optou-se por realizar intervenções não sistemáticas. Neste caso, é necessário

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31

ser feito a inspeção primeiramente para conhecer o estado do equipamento, a

necessidade e o tipo de intervenção.

O plano de manutenção deve conter a relação dos equipamentos, componentes

avaliados, procedimentos, codificação, periodicidade, previsão de ocorrências, técnico

responsável, engenheiro responsável e quaisquer outras informações úteis ao plano

(Anexo 03). Aliado ao plano de manutenção é importante a construção de um

cronograma para direcionamento das datas das manutenções (Anexo 04).

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32

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo principal deste trabalho foi elaborar um Plano de Manutenção

Preventiva para cozinhas hospitalares e teve como objeto de estudo a cozinha industrial

do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL). Neste estudo foi possível visualizar

as vantagens de um ambiente de trabalho motivador, baseado no raciocínio, elaborado

com informações controladas com a finalidade de se obter maior produtividade e

eficiência, reduzir custos (materiais e de mão de obra), gerar maior confiabilidade,

minimizar o número de quebras, aumentar a vida útil dos equipamentos e reduzir o

número de intervenções.

Para tanto, fica clara a necessidade de uma mudança na forma de planejar e

realizar a manutenção da cozinha industrial do HUOL. Em relação ao planejamento, é

preciso traçar linhas de ação comum quanto às mudanças necessárias e viáveis para que

a aplicação do plano de manutenção tenha desdobramentos positivos. A aplicação do

plano de manutenção poderá propiciar ganho, não somente ao Setor de Infraestrutura

Física, como também a toda Instituição.

O método sugerido neste trabalho traz óbvias vantagens na sua aplicação. A

análise de criticidade pode evidenciar a percentagem de avarias nos equipamentos e

perceber quais os que apresentam maior número de ocorrências. A realização de um

relatório de inspeção pode evitar que haja um número superior de solicitações ou

chamados sobre execuções feitas, além de possibilitar a implementação de um plano de

manutenção preventiva eficaz e com custo menor do que o praticado atualmente.

Por fim, pode se considerar que o estudo se deparou com uma manutenção falha,

onerosa, com eficiência aquém da requerida por uma cozinha hospitalar e com questões

organizacionais de processos e estoques que precisam ser resolvidos para que toda a

ação de manutenção funcione adequadamente.

Este trabalho sugere uma forma inicial de melhorar o funcionamento da cozinha

industrial do HUOL mediante elaboração e aplicação de um plano de manutenção

preventiva. Enxerga também uma possibilidade de elaborar um banco de dados para

futuras intervenções ou aplicação de outros tipos de manutenção.

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33

REFERÊNCIAS

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Indústria em Foco. n. 1, 2007.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5462:

Confiabilidade e mantenabilidade. Rio de Janeiro, p. 06. 1994.

BORRIS, S. Total Productive Maintenance. New York: McGraw Hill, 2006.

DORIGO, L. C. Planejamento e Controle da Manutenção (PCM), Parte 01. 2013.

Disponível em www.tecem.com.br

KARDEC, A.; NASCIF, J. Manutenção: Função Estratégica. 3ª Ed. Rio de Janeiro:

Qualitymark, 2009.

MOUBRAY, J. Reliability-centered Maintenance. 2ª ed. Amsterdam: Elsevier

Butterworth-Heinemann, RCM II Reliability-centered maintenance, 1999.

NASA. Reliability Centered Maintenance Guide For Facilities and Collateral

Equipment, 2000.

OTANI, M.; MACHADO, W. V. A proposta de desenvolvimento de gestão da

manutenção industrial na busca da excelência ou classe mundial. Revista Gestão

Industrial. Vol.4, n.2, 2008.

PENA, R. F. A. Terceirização e Trabalho. Brasil Escola. Disponível em

<https://brasilescola.uol.com.br/geografia/terceirizacao-trabalho.htm>. Acesso em 28 de

novembro de 2018.

PINTO, C. V. Organização e Gestão da Manutenção. 2ª ed. Lisboa: Monitor, 2002.

RODRIGUES, R. S. Manutenção Centrada na Confiabilidade: Aplicação do

Método. Universidade Federal de Itajubá, Minas Gerais, 2000. (Dissertação de

Mestrado).

SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da Produção. São

Paulo: Atlas, 2002.

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34

SOUZA, S. S.; LIMA, C. R. C. Manutenção Centrada em Confiabilidade como

Ferramenta Estratégica. In: XXIII Encontro Nac. de Eng. de Produção, 2003, Ouro

Preto – MG.

SUZUKI, T. TPM in Process Industries. 1ª. ed. New York: Productivity Press, 1994.

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35

ANEXOS

Anexo 01: Modelo de Ordem de Serviço utilizada no HUOL

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36

Anexo 02: Modelo de Relatório de Inspeção

RELATÓRIO DE INSPEÇÃO

Equipamento: Código: Data:

Responsável: Nº do tombo:

Itens a serem verificados Valor Padrão Valor Medido Obs.

M

E

C

Â

N

I

C

A

E

L

É

T

R

I

C

A

L

U

B

R

I

F

I

C

A

Ç

Ã

O

Necessidade de intervenção ou substituição:

Elaborado por: Visto por:

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37

Anexo 03: Modelo de Plano de Manutenção Preventiva

Sistema Serviço Period. Equipe Responsável Recursos Tempo Custos

BALCÃO TÉRMICO

Resistências

2M

Peças, Ferramentas, Materiais,

Consumíveis

Unidade:

Total:

Controlador de

Temperatura

Termostato

Registro de

Esferas

FOGÃO INDUSTRIAL

Válvulas

3M

Peças, Ferramentas, Materiais,

Consumíveis

Unidade:

Total:

Mangueiras

Registros

Joelhos

Niple

T

Injetor

Entradas de ar

FORNO INDUSTRIAL

Usina de chamas

4M

Peças, Ferramentas, Materiais,

Consumíveis

Unidade:

Total:

Sub base prog. de

chamas

Programador de

chamas

Chicote do

programador

Isolador

Cerâmico

Pinças sensor de

chamas

Injetor com

roscas

Vela de ignição

Ignitor de chamas

com abas

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38

Temporizador

Minicontador

tripolar

Placa eletrônica

mod. reversão

FREEZER

Termostato

6M

Peças, Ferramentas, Materiais,

Consumíveis

Unidade:

Total:

Válvulas

Filtros

Resistências

Fusível

Protetor Térmico

Borracha de

vedação

LAVA-LOUÇAS

Resistências

2M

Peças, Ferramentas, Materiais,

Consumíveis

Unidade:

Total:

Termostato

Placa eletrônica

painel

Cestos de

resíduos

Filtro de bomba

Bomba 1/2CV

Bomba 2CV

Válvulas

PASS THROUGH

Resistências

3M

Peças, Ferramentas, Materiais,

Consumíveis

Unidade:

Total:

Suporte de

resistência

Microventilador

Filtro Secador

Gás Suva

Controlador de

temperatura

Micromotor 1/40

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39

CARROS DE TRANSPORTE

Rodízio fixo

1M

Peças, Ferramentas, Materiais,

Consumíveis

Unidade:

Total: Rodízio giratório

Rodas

COIFAS

Filtros

1A

Tampas

Telas filtrantes

Kit tubo exaustão

Exaustor

Legenda: 1M (mensal), 2M (bimestral), 3M (trimestral), 4M (quadrimestral), 6M (semestral), 1A (anual).

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Anexo 04: Cronograma anual de manutenção preventiva

Sistema Serviço Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

BALCÃO TÉRMICO

Resistências Inspeção e verificação nos componentes

do sistema quanto ao funcionamento

ótimo de cada um deles e quanto a

necessidade de substituição e reparos.

x x x x x x

Contr. de Temp. x x

Termostato x x x x x x

Reg. de Esferas x

FOGÃO INDUSTRIAL

Válvulas

Inspeção visual, detecção de vazamentos,

integridade dos componentes, registros e

conexões, realizar limpeza quando

necessário.

x

Mangueiras x

Registros x

Joelhos x x x

Niple x x x

T x

Injetor x x x x

Entradas de ar x x x

FORNO INDUSTRIAL

Usina de chamas

Inspeção visual, detecção de vazamentos,

integridade e regulagem dos

componentes e conexões.

x x x

Sub base prog. de

chamas x

Prog. de chamas x

Chicote do prog. x x

Isolador Cerâmico x

Pinças sensor de

chamas x x x

Injetor com roscas x x x

Vela de ignição x

Ignitor de chamas com

abas x

Temporizador x

Minicont. tripolar x

Placa eletrônica mod.

reversão x

FREEZER

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Termostato

Inspeção, limpeza e substituição de peças

se necessário.

x

Válvulas x x

Filtros x x

Resistências x x

Fusível x x

Protetor Térmico x

Borr. de vedação x x

LAVA-LOUÇAS

Resistências

Inspeção visual, detecção de vazamentos,

integridade, regulagem dos componentes

e conexões. Atentar para ruídos e

vibrações anormais.

x x x

Termostato x

Placa eletr. painel x x

Cestos de resíduos x x x

Filtro de bomba x x

Bomba 1/2CV x

Bomba 2CV x

Válvulas x

PASS THROUGH

Resistências

Inspeção, limpeza e substituição de peças

se necessário.

x x x x

Sup. de resistência x

Microventilador x

Filtro Secador x x

Gás Suva x x x x

Control. de temp. x x

Micromotor 1/40 x

CARROS DE TRANSPORTE

Rodízio fixo Inspeção, substituição de peças,

lubrificação e ajustes.

x x x x x x

Rodízio giratório x x x x x x x x x x x x

Rodas x x x x

COIFAS

Filtros

Inspecionar sistema de exaustão.

x

Tampas x

Telas filtrantes x

Kit tubo exaustão x

Exaustor x

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