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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC
LÍVIA BEZERRA BUENO DE AMORIM
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS CURSOS DE MEDICINA VETERINÁRIA COM DESEMPENHO DE ALTA
PERFOMANCE E INSATISFATÓRIOS NO ENADE
MACEIÓ-AL 2017/2
LÍVIA BEZERRA BUENO DE AMORIM
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS CURSOS DE
MEDICINA VETERINÁRIA COM DESEMPENHO DE ALTA
PERFOMANCE E INSATISFATÓRIOS NO ENADE
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como
requisito final para conclusão do curso de Medicina
Veterinária do Centro Universitário Cesmac, sob a
orientação da Professora Ma. Cláudia Alessandra
Alves de Oliveira e Co-orientação da Dra. Ana Lydia
Vasco de Albuquerque Peixoto.
MACEIÓ-AL 2017/2
BIBLIOTECA CENTRAL CESMAC
A524a Amorim, Lívia Bezerra Bueno de
Análise comparativa entre os cursos de medicina veterinária com
desempenho de alta performance e insatisfatórios
no ENADE /.-- Maceió , 2017.
26 f.: il.
TCC (Graduação em Medicina Veterinária) - Centro Universitário
CESMAC, Maceió, AL, 2017.
Orientadora: Cláudia Alessandra Alves de Oliveira.
1. SINAES. 2. Educação superior. 3. Qualidade. 4. Desempenho. I. Oliveira, Cláudia Alessandra Alves de.
II. Título.
CDU: 619:378
LÍVIA BEZERRA BUENO DE AMORIM
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS CURSOS DE
MEDICINA VETERINÁRIA COM DESEMPENHO DE ALTA
PERFOMANCE E INSATISFATÓRIOS NO ENADE
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como
requisito final para conclusão do curso de Medicina
Veterinária do Centro Universitário Cesmac, sob a
orientação da Professora Ma. Cláudia Alessandra
Alves de Oliveira e Coorientação da Dra. Ana Lydia
Vasco de Albuquerque Peixoto.
APROVADO EM: 08/08/2017
Orientadora – Profa. Ma. Cláudia Alessandra Alves de Oliveira
BANCA EXAMINADORA
Profa. Ma. Alice Cristina Oliveira Azevedo
Profa. Ma. Gilsan Aparecida de Oliveira
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, sem o qual nada disso seria possível. Aos meus pais por,
mais uma vez, permitirem a realização de um sonho. Ao meu marido pelo apoio e
compreensão das ausências durante o curso. Aos meus irmãos pelo incentivo
contínuo.
Agradeço aos professores pelo conhecimento passado, sobretudo a minha
professora e orientadora Dra. Ana Lydia Vasco de Albuquerque Peixoto, pela
paciência, compreensão, motivação e conhecimento passado, durante o curso e na
realização desse trabalho. E também a professora Ma. Cláudia Alessandra Alves de
Oliveira, por ter aceitado ser minha orientadora no último momento.
Aos amigos, em especial Alesandra Alves Amaral, Danielle Pinto Monte e
Edvânia Grayce Romeiro Melo dos Santos que tornaram-se minhas amigas, não só
da graduação, mas para toda a vida.
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS CURSOS DE MEDICINA VETERINÁRIA COM DESEMPENHO DE ALTA PERFORMANCE E INSATISFATÓRIOS NO
ENADE COMPARATIVE ANALYSIS BETWEEN VETERINARY MEDICINE COURSES WITH HIGH PERFORMANCE AND UNSATISFACTORY PERFORMANCE IN
ENADE
Lívia Bezerra Bueno de Amorim Graduanda do curso de Medicina Veterinária
[email protected] Cláudia Alessandra Alves de Oliveira
Mestra em Medicina Veterinária [email protected]
Ana Lydia Vasco de Albuquerque Peixoto Doutora em Medicina Veterinária [email protected]
RESUMO Com o intuito de fiscalizar a qualidade das Instituições de Ensino Superior o Governo institui em 2004 o Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (SINAES), o qual avalia três eixos: instituição, curso e estudante. O último é avaliado através do Exame Nacional de Desempenho do Estudante (ENADE) que avalia o desempenho do estudante no processo de formação acadêmica em relação aos conteúdos programáticos e questões de atualidade. A presente pesquisa visou relacionar o desempenho nas provas do ENADE do curso de medicina veterinária com desempenho insatisfatório (Conceito 1 e 2) com os cursos de alta performance (Conceito 5) ao longo dos ciclos SINAES, no sentido de comparar o desempenho efetivo ao longo das edições do ENADE. Consistiu em uma pesquisa quantitativa, utilizou-se os dados oficiais fornecidos pelo Ministério da Educação e calculou-se a Diferença de Desempenho entre os ciclos avaliativos e a taxa de variação de desempenho entre os ciclos. Foi observado que a diferença obtida entre a instituição de Conceito 1 e 2 e a de Conceito 5, na prova de Componente Específico em relação à média Brasil é, em média, de 10 pontos. Uma instituição com Conceito 5, não significa qualidade plena. Os gestores acadêmicos devem observar os resultados obtidos para detectar os pontos positivos e negativos de sua instituição e realizar os ajustes didáticos-pedagógicos, afim de melhorar a qualidade do profissional de medicina veterinária.
PALAVRAS-CHAVE: SINAES. Educação Superior. Qualidade. Desempenho. ABSTRACT With the purpose of supervising the quality of Higher Education Institutions, the Government established in 2004 the National System of Evaluation of Higher Education (SINAES), which evaluates three axes: institution, course and student. The latter is evaluated through the National Student Performance Examination (ENADE) which assesses student performance in the academic training process in relation to programmatic content and current issues. The present research aimed to relate the performance in the ENADE tests of the veterinary medicine course with poor performance (Concept 1 and 2) with the high performance courses (Concept 5) throughout the SINAES cycles, in order to compare the effective performance over the course Of ENADE issues. It consisted of a quantitative research, the official data provided by the Ministry of Education wasused and the Performance Difference between the evaluative cycles and the rate of variation of performance between the cycles was calculated. It was observed that the difference between Concept 1 and 2 and Concept 5, in the Specific Component test in relation to the Brazil average, is on average 10 points. An institution with Concept 5 does not mean full quality. Academic managers should observe the results obtained to detect the positive and negative points of their institution and make the didactic-pedagogical adjustments in order to improve the quality of the veterinary medicine professional.
KEYWORDS: SINAES. College education. Quality. Performance.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 6 2 METODOLOGIA .................................................................................................... 8 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 9 4 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 19 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 20
6
1 INTRODUÇÃO
Na sociedade contemporânea, sobretudo com o processo de globalização, o
conhecimento tornou-se fator determinante tanto para o avanço do profissional
individualmente, como para o desenvolvimento sustentável das nações (LOMBAS;
SOBRAL, 2016). Nesse cenário de globalização, a educação superior é fator
determinante no processo de transformação social, uma vez que possui relação
complexa com os sistemas econômico, político e social (SANTOS; PETIT; SOUSA,
2016). Tendo a universidade papel crucial para a formação de profissionais
qualificados que irão influenciar no desenvolvimento econômico e social de uma
cidade, estado ou país (FAVA-DE-MORAES, 2000).
A qualidade do ensino superior brasileiro é avaliada desde dos anos 70 com a
criação da avaliação realizada pela CAPES (Comissão de Aperfeiçoamento de
Pessoal do Nível Superior) nos cursos de mestrado e doutorado. Em 1983, houve a
instituição do Programa de Avaliação da Reforma Universitária – PARU, mas foi
desativado no ano seguinte. No início dos anos 90 institui-se o Programa de Avaliação
Institucional das Universidades Brasileiras – PAIUB (VERHINE; DANTAS, 2006). Em
1996, houve a instituição do Exame Nacional de Cursos (ENC), mais conhecido pelo
nome de Provão, o qual consistia na aplicação de provas aos alunos concluintes do
curso avaliado (BITTENCOURT; CASARTELLI; RODRIGUES, 2009).
Após sofrer inúmeras críticas tanto por parte dos estudantes quanto dos
professores (BITTENCOURT; CASARTELLI; RODRIGUES, 2009), o Ministério da
Educação (MEC) criou, em 2004, o Sistema Nacional de Avaliação da Educação
Superior (SINAES), instituído pela lei 10.861 de abril de 2004. Diante deste cenário,
cada vez mais a sociedade, juntamente com o Governo, tem se preocupado com a
qualidade da educação oferecida pelas Instituições de Ensino Superior (IES).
Segundo esse sistema, três são os pilares de avaliação: a avaliação
institucional, avaliação de cursos e a avaliação do desempenho discente (BARBOSA;
FREIRE; CRISÓSTOMO, 2011). A avaliação institucional, feita pela Comissão Própria
de Avaliação (CPA), busca levantar indicadores sobre as condições de oferta da
educação superior, subsidiando a tomada de decisão dos gestores institucionais.
Além da avaliação conduzida pela CPA, são realizadas avaliações externas – curso e
institucional – para atualização dos atos autorizativos, essas avaliações ocorrem
decorrentes de visita in loco realizada por profissionais do Instituto Nacional de
7
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) (BRASIL, 2016; BRITO,
2008).
O corpo discente é avaliado pela realização do Exame Nacional de
Desempenho dos Estudantes (ENADE). De acordo com a Portaria Normativa n.º
40/2007 em seu art. 33-D informa que o ENADE “aferirá o desempenho dos
estudantes em relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes
curriculares do respectivo curso de graduação e as habilidades e competências
adquiridas em sua formação”.
A prova questiona acerca do conteúdo previsto nas diretrizes curriculares,
avalia se o egresso desenvolveu competências e habilidades necessárias a sua
formação, através de questões contextualizadas em situações-problema, estudo de
caso, simulações, interpretação de texto, imagens, gráficos, tabelas; além de avaliar
se o egresso está atualizado em conhecimentos gerais (GONTIJO, 2014; TUMOLO,
2010).
A avaliação ocorre trienalmente e são avaliados todos os alunos concluintes de
cada curso (BRASIL, 2007; BRASIL, 2016). O estudante também deve responder a
um questionário socioeconômico e cultural e outro acerca da percepção da prova.
Trata-se de um componente curricular obrigatório, sendo registrado no histórico
escolar do estudante (BRASIL, 2004). O conceito ENADE é expresso em uma escala
de 1 a 5, sendo os conceitos 1 e 2 insatisfatórios e o conceito 5 o considerado de alta
performance (BRASIL, 2008).
Uma das finalidades do SINAES é a melhoria da qualidade da educação
superior (BRASIL, 2004). Entretanto, o sentido de qualidade na educação tem um
caráter polissêmico, já que devem ser observadas várias dimensões: corpo docente,
estrutura física, gestão, entre outras (FERRER, 1999 apud BURLAMAQUI, 2008). Na
busca dessa qualidade, a ferramenta que se utiliza é a avaliação, conforme preconiza
a Constituição Federal no seu art. 209 e a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) em seu
art.9º (TENÓRIO; ANDRADE, 2009), a qual é expressa através de dados
quantitativos, os indicadores de qualidade.
O ENADE avalia uma dessas dimensões, o corpo discente. Resultando em um
indicador de qualidade, o conceito ENADE. O conceito 5, por exemplo, é dado à IES
que obteve melhor nota naquele ciclo, não significando que ela obteve noventa ou
cem por cento de aproveitamento, mas que naquele momento a maior nota foi dela.
Logo, o conceito obtido não expressa tão fielmente a realidade.
8
A presente pesquisa procurou relacionar o desempenho nas provas do ENADE
do curso de medicina veterinária com desempenho insatisfatório (Conceito 1 e 2) com
os cursos de alta performance (Conceito 5) ao longo dos ciclos SINAES, no sentido
de comparar o desempenho efetivo ao longo das edições do ENADE.
2 METODOLOGIA
Foi realizada uma pesquisa quantitativa, em que os dados foram coletados
através de pesquisa bibliográfica e documental. Segundo Gil (2008), a pesquisa
bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído
principalmente de livros e artigos científicos. Complementa ainda que a pesquisa
documental se vale de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico,
ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa.
Neste trabalho foram utilizados relatórios do Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), relacionados aos resultados do
ENADE nos anos de 2004, 2007, 2010 e 2013, dos cursos de Medicina Veterinária
com conceito insatisfatório e das consideradas de alta performance.
Foram levados em consideração indicadores como: resultados obtidos pelo
desempenho discente nas edições do ENADE 2004-2013, conceito ENADE
(contínuo/faixa), média das provas de Formação Geral e Componente Específico,
além dos dados do questionário socioeconômico referentes a origem de formação,
escolaridade dos pais, perfil dos alunos, desempenho na prova de Formação Geral e
Componente Específico dos concluintes e percepção acerca do grau de dificuldade
das provas.
Para melhor compreensão no que tange à gestão dos indicadores advindos do
ENADE, optou-se por calcular a Diferença de Desempenho entre os ciclos avaliativos
(números absolutos), considerando o resultado recente (x) e o anterior (y) e a taxa de
variação de desempenho entre os ciclos (dados percentuais), a saber:
(I) Diferença de Desempenho (DD) = Resultado obtido 1 (x) – Resultado
obtido 2 (y)
(II) Taxa de Variação de desempenho = DD/Resultado obtido 2 (y) * 100
9
Os dados levantados foram consolidados em quadros e tabelas e analisados a
partir de estatística descritiva simples.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Desde de 2004, o número de IES no Brasil só tem aumentado, em 2015 foi que
ocorreu uma redução no importe de 2% no quantitativo de IES, da mesma forma, o
número de cursos também tem aumentado gradativamente (Tabela 1). Este aumento
no número de IES ocorreu devido a globalização, exigência de qualificação
profissional, processos de urbanização, dentre outros (DIAS SOBRINHO, 2010).
Tabela 1 – Quantidade de IES e cursos de graduação no Brasil.
Ano Número de IES Número de cursos
2004 2.013 18.644 2007 2.281 23.488 2010 2.378 28.577 2013 2.391 32.049 2015 2.364 33.501
Fonte: Sinopses estatísticas da educação superior – graduação, anos 2004, 2007, 2010, 2013 e 2015.
Dentre esses cursos, encontram-se os cursos de medicina veterinária que
foram avaliados no ENADE e obtiveram conceito 1 ou 2 em 2004 correspondente a 1
curso de um universo de 113 (0,88 %); em 2007, foram 47 cursos, do total de 139
(33,81%); em 2010, foram 43 do total de 160 cursos (26,87%), já em 2013, foram 29
de um universo de 153 (18,95%). Enquanto que os que obtiveram conceito 5 no
ENADE corresponderam, em 2004, a 18 de um total de 113 cursos (15,92%); em
2007, apenas 6, do total de 139 cursos (4,31%); em 2010, foram 9 do total de 160
cursos (5,62%), já em 2013, de um universo de 153, apenas 20 cursos (13,07%), como
pode ser observado na tabela 2.
10
Tabela 2 – Quantitativo de cursos de Medicina Veterinária nas diversas edições ENADE.
CONCEITO /ANO 2004 2007 2010 2013
Sem Conceito 28
(24,77%) 35
(25,17%) 30
(18,75%) 0
(0,00%)
1 1
(0,88%) 6
(4,31%) 9
(5,62%) 3
(1,96%)
2 0
(0,00%) 41
(29,49%) 34
(21,25%) 26
(16,99%)
3 14
(12,38%) 30
(21,58%) 48
(30,00%) 57
(37,25%)
4 52
(46,01%) 21
(15,10%) 30
(18,75%) 47
(30,71%)
5 18
(15,92%) 6
(4,31%) 9
(5,62%) 20
(13,07%)
TOTAL DE CURSOS 113 139 160 153
Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos relatórios de área divulgados pelo Inep.
Para a presente pesquisa, utilizou-se os cursos que obtiveram conceitos
insatisfatórios (1 e 2) e de alta performance (5) nos 4 ciclos ENADE consecutivos
(Tabela 3). De um universo de 53 cursos participantes dos 4 ciclos ENADE que
obtiveram conceito 5, apenas 2 cursos, ou seja 3,77% mantiveram este conceito nos
4 ciclos. E, dos 120 cursos com conceito insatisfatório, apenas 2 (0,013%),
continuaram com este conceito, o que pode demonstrar que a grande maioria dos
cursos conseguiram melhorar ou foram encerrados.
Tabela 3 – Cursos que obtiveram conceitos insatisfatórios e de excelência nas edições ENADE.
INSTITUIÇÃO REGIÃO 2004 2007 2010 2013
INSTITUIÇÃO 1 Sudeste SC 1 1 2 INSTITUIÇÃO 2 Norte SC 2 2 1 INSTITUIÇÃO 3 Sudeste 5 5 5 5 INSTITUIÇÃO 4 Sudeste 5 5 5 5
Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos relatórios de área divulgados pelo Inep.
Analisando as médias obtidas pelas IES insatisfatórias observou-se em
Formação Geral, a maior de 50,4 e a menor de 36,6; em Componente Específico, 41,1
e 37,1, respectivamente. Já dentre as IES de alta performance a maior foi 72,0 e a
menor média foi 51,6 em Formação Geral; em Componente Específico, 67,9 e 52,6,
respectivamente (Tabela 4). Observa-se que apesar da maior média ter sido 72,0 e
ter obtido conceito 5, em uma escala de 1 a 10, ela não equivale ao 10, mas a um 7.
O qual não corresponde a uma nota máxima, mas a uma nota mediana. Na realidade
o conceito ENADE é relativo, avaliando o desempenho do curso em relação aos
demais cursos participantes daquele ciclo (SCAGLIONE; COSTA, 2011).
11
Segundo Tam (2001) apud Marchelli (2007, p. 360), os indicadores de
qualidade permitem que a avaliação da educação superior seja realizada através do
comparativo entres as instituições, sendo expressos em valores quantitativos, com
objetividade o que facilita comparações.
Observou-se ainda, que, na sua maioria, as melhores médias, tanto das
insatisfatórias, quanto as de alta performance, foram em Formação Geral.
Demonstrando um egresso que conhece os assuntos da atualidade mas, nem tanto
os assuntos técnicos do curso. O que não é de todo o mal, já que a formação do
profissional que é esperada, ultrapassa o conhecimento de habilidades e
competências profissionais, atingindo a formação de cidadãos críticos que se
posicionem frente à realidade social em que estão inseridos (DIAS SOBRINHO, 2010).
Tabela 4 – Médias nas provas de Formação Geral e Componente Específico e média geral obtidas
pelas IES pesquisadas e do Brasil. INSTITUIÇÃO
ANO MÉDIA
FORMAÇÃO GERAL
MÉDIA COMPONENTE ESPECÍFICO
MÉDIA GERAL
INS
AT
ISF
AT
ÓR
IAS
Instituição 1
2004 - - - 2007 43,0 40,6 41,2 2010 36,6 37,8 37,5 2013 40,6 37,1 38,0
Instituição 2
2004 - - - 2007 50,4 39,0 41,9 2010 40,5 41,1 41,0 2013 38,8 33,7 35,0
AL
TA
PE
RF
OR
MA
NC
E
Instituição 3
2004 56,7 58,6 58,2 2007 72,0 63,8 65,8 2010 60,5 56,0 57,1 2013 56,3 56,7 56,6
Instituição 4
2004 60,6 58,7 59,1 2007 69,9 67,9 68,4 2010 57,5 57,2 57,3 2013 51,6 52,6 52,4
Brasil
2004 42,7 41,9 42,1 2007 54,1 50,8 51,6 2010 47,9 48,6 48,4 2013 48,0 44,4 45,3
Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos relatórios de área divulgados pelo Inep.
Ao analisar o desempenho dos cursos de Medicina Veterinária brasileiros na
prova de Formação Geral, observou-se que de 2004-2007 houve uma variação
positiva, crescente. Já em 2007-2010 houve uma variação negativa, a nota foi inferior
ao ciclo anterior, voltando a subir no ciclo seguinte. Ao comparar os resultados entre
12
os ciclos avaliativos, pôde-se observar que os dados não mantêm comportamento
uniforme, mas com melhor desempenho nas questões de Formação Geral. Foi
possível identificar que o melhor desempenho foi no ano de 2007, seguindo-se de um
platô nos anos posteriores. Esses resultados levantam a reflexão quanto ao perfil dos
concluintes em Medicina Veterinária no Brasil, considerando que apesar o cenário
relativo às taxas da variação entre os ciclos avaliativos demonstrarem a necessidade
de reflexão e ação que possam contribuir para a melhoria dos resultados, por
conseguinte, a expressão da qualidade do curso a partir do desempenho discente
(Tabela 5). É válido ponderar que os resultados analisados não repercutem apenas
perfil dos concluintes participantes acerca do processo de formação, haja visto que
diversos fatores estão envolvidos, a saber: aspectos cognitivos, práticas significativas
de aprendizagem (tempo de estudo, uso de bibliografias especializadas, articulação
entre ensino, pesquisa e extensão, estilo de prova, tempo de realização da prova etc.).
Importante destacar ainda, que a prova do ENADE é constituída por questões
que exigem competências gerais (comunicação verbal e não-verbal, linguagem,
atualidades, raciocínio lógico etc.) e específicas (abordagem de temas técnico-
específicos da formação necessários à atuação no mundo do trabalho
contemporâneo) que devem ser construídas por meio de estratégias metodológico-
avaliativas que privilegiem a aprendizagem significativa (TUMOLO, 2010)
Ao longo das edições do ENADE, observou-se que os cursos com conceito
insatisfatório tiveram desempenho médio descendente, apesar das notas terem se
mantido no mesmo patamar, há uma taxa de variação negativa contínua entre os
ciclos avaliativos, tanto na prova de Formação Geral, quanto na prova de Componente
Específico e na média geral, com destaque o resultado obtido na Formação Geral
referente ao ano de 2007 (Tabela 6). Esse resultado pode ser explicado pelo não
desenvolvimento da capacidade necessária para a leitura e interpretação de textos,
desde a educação básica, e que não foi resolvido pelo ensino superior. Além do mais,
a organização didático-pedagógica do curso pode não estar em consonância com as
Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) previstas para o curso de Medicina
Veterinária, com ênfase aos conteúdos necessários à formação, estratégias
metodológico-avaliativas, articulação teoria-prática e oportunidades de ampliação da
formação (oferta de monitoria, atividades de pesquisa e extensão etc.). A IES deve
privilegiar uma aprendizagem significativa, em que o discente é autor do seu
aprendizado, segundo Saint-Onge (1999) “para que aprender signifique construir seu
13
próprio saber, é preciso pensar. Aprender é pensar, fazer operações por meio das
informações.”
Entre os anos de 2004-2007, observou-se o aumento no desempenho médio
dos estudantes dos cursos de Medicina Veterinária com conceito de excelência, com
ênfase nas questões de Formação Geral. Entre os anos subsequentes, observou-se
desempenho descendente, com ênfase nas questões de Formação Geral. Na prova
de Componente Específico também houve ascensão no desempenho no ano de 2007,
voltando a decair nos anos seguintes. Já na média geral em todos os comparativos
de ciclos houve uma redução no desempenho efetivo. A maior variação positiva
observada foi na prova de Formação Geral de 2007 em relação à 2004, na qual houve
um aumento de 20,7% e a maior variação negativa foi, também, na prova de Formação
Geral no ano de 2010 em relação a 2007, uma redução na nota de 16,8% (Tabela 7).
Ao comparar o desempenho médio dos estudantes dos cursos com conceito
insatisfatório e de excelência, observou-se que a diferença é bastante significativa,
sempre acima dos 40% de variação, chegando na prova de Componente Específico
do ano de 2007 a atingir a variação na ordem de 65,58%. Ao comparar os resultados
obtidos pelos cursos estudados na pesquisa em tela com a média do Brasil, observou-
se que as questões de Componente Específico apresentaram rendimento oscilante
entre os ciclos avaliativos, em ambos os casos, a qual representa 75% da nota final
do ENADE, tendo oscilado em média 10 pontos acima e 10 pontos abaixo da média
Brasil, o que é pouca diferença para classificar as IES pesquisadas em conceito
insatisfatório ou de excelência (Tabela 8).
Não foi encontrado na literatura trabalho que tivesse a comparação do
desempenho dos estudantes nas provas de Formação Geral e Componente
Específico e a comparação entre IES de excelência e insatisfatórias, bem como a
comparação entre os ciclos avaliativos. Apesar de ser uma comparação realizada
entre grupos diferentes de discentes, provas com questões e abordagens diferentes,
são dados que devem ser observados pelos gestores acadêmicos, pois, eles podem
ser úteis numa perspectiva pedagógica do que pode ser melhorado no curso, tendo
em vistas as DCN e sua relação com as Portarias que normatizam o ENADE,
primando cada vez mais pela formação de cidadãos/profissionais preparados para
atuar na realidade social e profissional na qual estão inseridos.
14
Tabela 5 – Desempenho médio dos cursos de Medicina Veterinária brasileiros nas edições do ENADE.
NOTA BRUTA MÉDIA BRASIL
CICLOS AVALIATIVOS 2007-2004 2010-2007 2013-2010 2013-2004
2004 2007 2010 2013 DD1 %
VARIAÇÃO DD2 % VARIAÇÃO DD3 % VARIAÇÃO DD4 % VARIAÇÃO
FG 42,7 54,1 47,9 48,0 11,4 26,7 -6,2 -11,5 0,1 0,2 5,30 12,41 CE 41,9 50,8 48,6 44,4 8,9 21,2 -2,2 -4,3 -4,2 -8,6 2,50 5,97 MG 42,1 51,6 48,4 45,3 9,5 22,6 -3,2 -6,2 -3,1 -6,4 3,20 7,60
FG: Prova de Formação Geral CE: Prova de Componente Específico MG: Média Geral DD: Diferença de Desempenho % Variação: Taxa de variação de desempenho Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos relatórios de área divulgados pelo Inep.
Tabela 6 – Desempenho médio dos cursos de Medicina Veterinária com conceito insatisfatórios nas edições do ENADE.
NOTA
BRUTA 2007 2010 2013
2010-2007 2013-2010 2013-2007
DD % VARIAÇÃO DD % VARIAÇÃO DD % VARIAÇÃO
FG 46,7 38,6 39,7 -8,2 -17,5 1,2 3,0 -7,0 -15,0
CE 39,8 39,5 35,4 -0,3 -0,9 -4,1 -10,3 -4,4 -11,1
MG 41,6 39,3 36,5 -2,3 -5,5 -2,8 -7,0 -5,1 -12,2
FG: Prova de Formação Geral CE: Prova de Componente Específico MG: Média Geral DD: Diferença de Desempenho % Variação: Taxa de variação de desempenho Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos relatórios de área divulgados pelo Inep.
Tabela 7 – Desempenho médio dos cursos de Medicina Veterinária com conceito de excelência nas edições do ENADE.
NOTA
BRUTA 2004 2007 2010 2013
2007-2004 2010-2007 2013-2010 2013-2004
DD % VARIAÇÃO DD % VARIAÇÃO DD % VARIAÇÃO DD %
VARIAÇÃO
FG 58,8 71,0 59,0 53,9 12,2 20,7 -12,0 -16,8 -5,1 -8,6 -4,9 -8,3
CE 58,7 65,9 56,6 54,6 7,2 12,3 -9,2 -14,0 -2 -3,5 -4,1 -6,9
MG 58,7 67,1 57,2 54,5 8,5 14,4 -9,9 -14,8 -2,7 -4,7 -4,2 -7,1
FG: Prova de Formação Geral CE: Prova de Componente Específico MG: Média Geral DD: Diferença de Desempenho % Variação: Taxa de variação de desempenho
15
Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos relatórios de área divulgados pelo Inep. Tabela 8 – Desempenho médio dos cursos de Medicina Veterinária com conceito insatisfatório e de excelência nas edições do ENADE.
NOTA BRUTA
2007 2010 2013
BRASIL INS EXC DD %
VARIAÇÃO BRASIL INS EXC DD
% VARIAÇÃO
BRASIL INS EXC DD %
VARIAÇÃO
FG 54,1 46,70 71,00 24,30 52,03 47,90 38,60 59,00 20,40 52,85 48,00 39,70 53,9 14,20 35,70
CE 50,8 39,80 65,90 26,10 65,58 48,60 39,50 56,60 17,10 43,29 44,40 35,40 54,6 19,20 54,20
MG 51,6 41,60 67,10 25,50 61,30 48,40 39,30 57,20 17,90 45,55 45,30 36,50 54,5 18,00 49,30
FG: Prova de Formação Geral CE: Prova de Conhecimentos específicos MG: Média Geral DD: Diferença de Desempenho % Variação: Taxa de variação de desempenho Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos relatórios de área divulgados pelo Inep.
16
Ao término da prova, os participantes devem responder a um questionário
acerca da percepção da prova. As respostas obtidas nos dois grupos foram similares,
o grau de dificuldade das provas foi médio, o tempo para responder a prova foi
adequado, os enunciados estavam claros e objetivos, que estudaram e aprenderam
muito desses conteúdos, realizaram a prova entre duas e três horas, e a dificuldade
que tiveram na prova foi a forma diferente de abordagem de conteúdo e a outra
resposta dada foi a falta de motivação para fazer a prova (Quadro 1). Este padrão de
resposta corrobora com a pesquisa apresentada por Gontijo (2014) no curso de
pedagogia.
Diante deste quadro surge o questionamento: se a percepção da prova foi igual,
o que justifica a obtenção de resultados tão diferentes? Sobretudo nas IES
insatisfatórias, pode ter ocorrido do discente não ter em mente a importância da sua
participação nesse processo, levando-o a responder de qualquer jeito as perguntas,
não retratando a realidade. Ou, realmente, ele acreditar que fez uma boa prova
quando, na realidade, não fez, demonstrando que ele não tem consciência do
processo de aprendizagem, no qual ele deve ser o principal agente.
Quadro 1 – Percepção acerca da prova dos estudantes concluintes participantes do ENADE.
PERCEPÇÃO ACERCA DA PROVA
INSATISFATÓRIAS ALTA PERFORMANCE
Grau de dificuldade das provas
Médio Médio
Tempo destinado à resolução
Adequada Adequada
Enunciados apresentam-se claros e objetivos?
Sim, a maioria Sim, a maioria
Maior dificuldade ao responder à prova?
Forma diferente de abordagem de conteúdo
Forma diferente de abordagem de conteúdo /
falta de motivação para fazer a prova
Observações que influenciaram o seu
desempenho?
Estudou e aprendeu muito desses conteúdos
Estudou e aprendeu muito desses conteúdos
Tempo de conclusão da prova
Entre duas e três horas Entre duas e três horas
Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos relatórios de área divulgados pelo Inep.
Ao se inscreverem no ENADE, os discentes são convocados a responderem
on line a um questionário socioeconômico para, então, terem acesso ao local da prova.
Dentre os questionamentos relevantes à presente pesquisa constatou que tanto nas
IES insatisfatórias, quanto nas de alta performance houve uma congruência nas
respostas, excetuando-se o nível de escolaridade dos pais, conforme quadro 2.
17
Quadro 2 – Perfil socioeconômico dos discentes concluintes participantes.
INSTITUIÇÃO PERGUNTAS
INSATISFATÓRIAS ALTA PERFORMANCE
Estado civil Solteiro (a) Solteiro(a)
Exerce atividade remunerada Não trabalho e os gastos são financiados pela família
Não trabalho e os gastos são financiados pela família
Grau de escolaridade dos pais
Nenhuma / Ensino Fundamental – 1ª a 4ª série
Ensino Superior
Escola que cursou o ensino médio
Todo em escola privada (particular)/maior parte
Todo em escola privada (particular)
Quantos livros leu no presente ano
Um ou dois / Dois Um ou dois
Frequência de utilização da biblioteca
Utilizo com razoável frequência
Utilizo com razoável frequência
Horas dedicadas aos estudos
Uma a duas / Uma a três. Um a três / três a cinco / quatro a sete
Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos relatórios de área divulgados pelo Inep.
Para os gestores de políticas públicas, o nível de escolaridade dos pais é a
principal variável que influencia no desempenho do estudante (BRITO, 2008a). Na
presente pesquisa constatou-se que os discentes com melhor desempenho, os pais
possuem nível superior, enquanto que os outros, os pais ou não possuem
escolaridade ou só cursaram o ensino fundamental.
Segundo Sato (2010) quanto maior o grau de instrução dos pais, maior é o
incentivo à leitura e à escrita, concedendo subsídios para um melhor desempenho
acadêmico e valorizando o papel da instituição educacional. Além do mais, segundo
Barros (2006) apud Reis e Ramos (2011), quando os pais possuem um grau de
instrução maior a renda econômica da família tende a ser melhor, o que permite um
maior investimento na educação dos filhos, além de terem condições de ajudá-los nas
tarefas. Obviamente, tem-se que levar em conta, o papel do indivíduo neste processo
de aprendizagem.
Sampaio e Guimarães (2009) entendem que a educação dos pais serve como
motivação para o estudo, ampliando o acesso à informação e sendo referencial para
obtenção de um maior nível educacional.
Tendo em vista os resultados obtidos na presente pesquisa, este pode ser um
fator que auxiliou no resultado obtido no ENADE, uma vez que poderiam não ter tanto
estímulo em casa para se dedicar aos estudos.
Em ambos os grupos de IES observou-se que os discentes são solteiros e não
trabalham o que seria favorável para um bom desempenho no ENADE. Além do mais,
18
em ambos, os discentes são oriundos de escola privada, teoricamente superior ao
ensino da escola pública.
Quanto ao uso da biblioteca, ambos responderam que utilizam com razoável
frequência, o que poderia justificar o resultado insatisfatório, mas não, o de alta
performance. O fato de não utilizarem tanto a biblioteca de suas IES, não significa
dizer que eles não estejam em busca de conhecimento. Atualmente, o Brasil conta
com 198 milhões de smartphones (CAPELAS, 2017), através do qual é possível fazer
pesquisas na internet de qualquer lugar que a pessoa se encontre. Na sociedade da
informação e do conhecimento, é possível construir conhecimento em qualquer lugar
e hora, por meio de processos informais, bastando estar conectado (COUTINHO;
LISBÔA, 2011).
19
4 CONCLUSÃO
Os cursos que obtiveram conceito ENADE 1 e 5 não são maioria no universo
dos cursos avaliados, e a quantia diminuiu mais ainda quando buscou-se os cursos
que mantiveram o conceito nos quatro ciclos avaliativos ENADE.
Ser Conceito 5, não necessariamente representa ter excelência na formação
do egresso, representa apenas que naquele contexto obteve melhor desempenho
quando comparado aos demais.
Entretanto, deve-se destacar que entre os cursos que obtiveram Conceito 1
(insatisfatório), apenas dois permaneceram com esse padrão de comportamento, o
que denota a necessidade de maior investimento da gestão acadêmica afim de
reverter esse resultado, além de ações mais efetivas por parte dos órgãos públicos no
que tange à supervisão do funcionamento de instituições de ensino com esse perfil.
Os resultados obtidos no ENADE devem servir de “termômetro” para que os
gestores observem os pontos positivos e negativos em sua instituição e realizem os
ajustes didáticos-pedagógicos necessários, afim de formar profissionais de Medicina
Veterinária que atendam ao mercado de trabalho.
20
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21
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