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ANEXO B
B.1. INFLUÊNCIA DA VELOCIDADE ROTACIONAL
A variação da velocidade rotacional do disco não apresentou alterações significativas
sobre o comportamento das curvas de força de atrito entre 60 e 150 rpm quando analisadas em
relação ao número de voltas do disco ou ciclo. Na figura B.1 são mostrados um gráfico com os
valores medidos e o outro com as curvas médias por 30 pontos. A Transição inicia-se em um
número de ciclos muito próximo entre os ensaios mesmo com velocidades de rotação diferentes.
Ou seja, para que aconteça o fenômeno é necessário um período de ativação. Entretanto, pode-se
perceber pelo gráfico de curvas médias que apenas nos ensaios com n = 60 rpm o período de
Transição foi completado para esse número escolhido de ciclos do experimento, indicando a
influência da velocidade de rotação no processo. Observa-se também que existe a tendência de se
encontrar a Transição com um menor número de ciclos quando se utilizam maiores velocidades
de rotação. Para reduzir a margem de erro dos ensaios da fase experimental II, as velocidades de
rotação foram limitadas nos ensaios entre 50 e 100 rpm.
155
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
Número de voltas do disco
Força de Atrito (N)
n = 60 rpm
n = 75 rpm
n = 100 rpm
n = 120 rpm
n = 150 rpm
Material de Ensaio: Aço 0,4 % C de baixa
liga
Indentador: Rubi TC-25 D250
Vt = 0,19 m/s; W = 1,0 N;
Fluido: A seco
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
Número de revoluções do disco
Força de Atrito (N)
50 por. Méd. Móv. (n = 60 rpm)
50 por. Méd. Móv. (n = 75 rpm)
50 por. Méd. Móv. (n = 100 rpm)
50 por. Méd. Móv. (n = 120 rpm)
50 por. Méd. Móv. (n = 150 rpm)
Material de Ensaio: Aço 0,4 % C de baixa liga
Indentador: Rubi TC-25 D250
Vt = 0,19 m/s; Carga: W = 1,0 N;
Fluido: A seco
Figura B.1 – Influência da velocidade rotacional na força de atrito no Aço 0,4 % C de baixa liga
Superfícies obtidas nos ensaios de variação da velocidade de rotação estão representadas
na Figura B.2. Estas estão ordenadas segundo o comportamento no final da curva do estágio de
156
Transição das curvas de força de atrito, ou seja, a seqüência desde a superfície que apresentou em
seu comportamento final o início de Transição até a superfície que ultrapassou esse estágio
(respectivamente, ensaios com velocidade de rotação de n = 150, 100, 120, 75 e 60 rpm). Vale
lembrar que para esses 5 ensaios foi utilizado o mesmo número de ciclos (1500 voltas do disco).
Pela análise da Figura B.2 pode-se notar que, da maneira como foram ordenadas, são
encontradas superfícies cada vez mais oxidadas à medida que se avança na Transição. Além
disso, com as ampliações de no máximo 1000 vezes, em nenhuma das superfícies foi verificada a
presença de trincas.
157
Figura B.2 – Superfícies dos ensaios de variação da velocidade rotacional
n = 150 rpm
n = 100 rpm
n = 120 rpm
n = 75 rpm
n = 60 rpm
158
B.2. INFLUÊNCIA DA CARGA NORMAL E DOS ÂNGULOS DE ATAQUE
Os ensaios preliminares de riscamento com a variação dos ângulos de ataque dos
indentadores de rubi 25º, 45º e 60º não demonstraram efeitos tão claros sobre o comportamento
das curvas de força de atrito (Figura B.3). Ocorreram normalmente reduções nos valores quando
se utilizaram os maiores ângulos como era esperado, mas esse efeito foi mais visível
principalmente quando se utilizaram as maiores cargas normais. Entretanto, vale ressaltar que
para o indentador de 60o foram observadas as maiores oscilações das forças de atrito de todos os
ensaios, provavelmente decorrentes de sua menor rigidez e que devem facilitar a ocorrência de
lascamentos. Uma análise mais adequada desses comportamentos de variação do ângulo de
ataque ficou prejudicada devido à variação dos diâmetros na ponta dos indentadores.
As influências na variação das cargas normais nos ensaios de riscamento com
indentadores de rubi confirmaram as expectativas de aumento das forças de atrito com o aumento
das cargas. Observa-se também a tendência de que com maiores cargas e menores ângulos de
ataque ocorra o terceiro estágio da variação da curva de atrito com menores números de ciclos.
159
RUBI TC-25 D250; Vt = 0,16 m/s
0
0,2
0,4
0,6
0,8
0 100 200 300 400 500 600
Número de voltas do disco
Força de Atrito (N)
W = 0,5 N
W = 1,0 N
RUBI TC-45 D370; Vt = 0,16 m/s
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
0 100 200 300 400 500 600
Número de voltas do disco
Força de Atrito (N)
W = 0,2 N
W = 0,5 N
W = 1,0 N
RUBI TC-60 D280; Vt 0,16 m/s
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
0 100 200 300 400 500 600
Número de voltas do disco
Força de Atrito (N)
W = 0,2 N
W = 0,5 N
W = 1,0 N
Figura B.3 – Influência da carga normal e dos ângulos de ataque dos indentadores de rubi.