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Anestesia em Revista mai-jun 2007 · Anestesia em revista - maio/junho, 2007 - 5 Editorial Sem destino, mas com rumo! to técnico e científico, que aliados a condutas éticas con-correm

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ExpedienteAnestesia em revista é

uma publicação daSociedade Brasileira de

AnestesiologiaDepartamento deAnestesiologia da

Associação Médica Brasileira

Rua Professor Alfredo Gomes, 36Botafogo - Rio de Janeiro - RJ

CEP: 22.251-080Tel.: (21) 2537-8100Fax: (21) 2537-8188

Conselho Editorial:

Ismar Lima CavalcantiJurandir Coan Turazzi

Carlos Eduardo Lopes NunesHenri Braustein

Luiz Antônio VaneJosé Mariano Soares de Moraes

Nádia Maria da Conceição Duarte

Diretor Responsável:

Nádia Maria da Conceição Duarte

Foto da capa:

SAETO

Programação Visual:

Ito Oliveira Lopes - 12516-DRT/RJWellington Luís Rocha Lopes

Equipe Editorial:

Marcelo MarinhoRodrigo Matos

Mercedes AzevedoJosé Bredariol JrMarcelo Sperle

Impressão e Acabamento:

MasterGraph

Tiragem:

8.000 exemplares

Distribuição gratuita

IMPORTANTE:

Cadastre seu e-mail na SBAVisite o site da SBA na Internet:

[email protected]

Publicidade/PropagandaR.V.Assessoria e Marketing Ltda.

Ronaldo Viana(21) 2571-4617 e 2570-6712

[email protected]

Nesta Edição

EditorialSem destino, mas com rumo! 5

SBA Responde 6

AtençãoDatas que não podemser esquecidas em 2007 8

Notícias da Tesouraria 9

Artigos CientíficosMártires da Anestesiologia 10Consulta Pré-Anestésica e Filosofia Clínica 15Emulção Lipídica 18

DivulgaçãoInstituto de Anestesia Regional 12XXXVIII Jornada do Brasil Central 14JASB 2007 21JOSULBRA 2007 22

Carta ao Editor 23

ArtigoVenha viver Natal, o 54º CBA lhe espera! 26

Novos Membros 29

DepoimentoA menina que roubou a morte 32

Calendário Científico 34

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4 - Anestesia em revista - maio/junho, 2007

PROVAS DA SBA2007

Prova Nacional para Médicos em Especialização em Centros de Ensino e Treinamento

08 de dezembro de 2007 - sábado(Horário de Brasília)

ME1 - 10:00 / 12:00 hME2 - 14:00 / 16:00 hME3 - 17:00 / 19:00 h

Local: Consulte sua Regional

Como efetuar a inscrição:

Redigir requerimento solicitando a inscrição, identificando a prova e o nome do requerente.(vide modelo portal SBA)

Informações Importantes:

1) Efetuar depósito bancário no valor da inscrição, cujo comprovante deverá ser encaminhando àSecretaria da SBA, pelo correio, juntamente com o requerimento de inscrição.

2) Esclarecemos que somente serão aceitas as inscrições cujos requerentes estejam devidamenteregularizados com a SBA e Regional.

3) Não serão efetuadas inscrições com pendências de documentos.

4) Observar os documentos necessários para efetivação da inscrição, no Regulamento da Prova.

5) NÃO SERÃO ACEITAS INSCRIÇÕES VIA FAX OU E-MAIL

6) Será exigida carta de confirmação de inscrição e documento de identidade, com foto atualizada, nodia da prova, no momento da identificação do candidato.

Dados para depósito:Favorecido: Sociedade Brasileira de AnestesiologiaBanco RealAgência 0826 Conta-Corrente 7805109-6Tel: (21) 2537-8100 (maiores esclarecimentos anotar nome do atendente)

Segundo Semestre Natal/RN

Provas: Novembro 2007 - durante o 54º CBATítulo Superior em Anestesiologia escrita e oralTítulo de Especialista em Anestesiologia escrita e oralCertificado de Atuação na Área de Dor escrita (análise curricular)

Data Limite para inscrições: 13 de agosto de 2007 - segunda-feiraValor Inscrição: R$ 428,00 (quatrocentos e vinte e oito reais)

Sociedade Brasileirade Anestesiologia

Rua Professor Alfredo Gomes, 36 - Botafogo - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 22.251-080Tel.: 55 - 21 - 2537-8100 - Fax: 55 - 21 - 2537-8188Portal: http://www.sba.com.br e-mail: [email protected] de Anestesiologia da Associação Médica Brasileira

ÚLTIMO AVISO

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Anestesia em revista - maio/junho, 2007 - 5

EditorialEditorial

Sem destino,mas com rumo!

to técnico e científico, que aliados a condutas éticas con-correm para que tratemos os nossos pacientes de for-ma correta e honesta. E este conhecimento nunca foi enunca será estático. A cada dia a ciência esmiúça cadavez mais o funcionamento dos diversos sistemas danatureza humana e nos oferece um sempre crescenteleque de opções de medidas preventivas e corretivas,de instrumentos para monitorização e varredura docorpo humano, com o qual podemos e devemos benefi-ciar aqueles a quem temos o dever de cuidar.

Por estudo e esforço, a nível individual ou insti-tucional, vemos o surgimento de diretrizes e algoritmosbaseados em evidências, realizados sob a regência dametodologia científica moderna. Estes pacotes de reco-mendações, longe de engessar as mãos e mentes dosprofissionais, funcionam como um referencial seguro,uma proposta de normatização de condutas da comu-nidade científica, a partir da qual uma reavaliação con-tínua de resultados pode nos encaminhar sempre parao rumo das decisões mais adequadas.

A garantia de que as mesmas recomendações de hojeserão as de amanhã, esta não temos; a garantia de queestes métodos e instrumentos de hoje nos fará singrar emdireção a um destino conhecido, de águas cristalinas eseguras, tampouco. Estas incertezas nos dá o pleno direi-to de questionar paradigmas e testar novas hipóteses,sempre à luz da Ciência. Porém, por nenhum motivo po-demos trapacear com o velho Hipócrates e nos escondersob o manto da preguiça e da ignorância, que fatalmentese refletirá em maus resultados no nosso digno trabalho.

Não saber sempre ao certo até onde chegará a nossanau, é condição inerente à própria vida. Aceitemos, por-tanto, a condição de sem destino, porém sem rumo jamais.

Dra. Nádia DuarteDiretora do Departamento

Administrativo da SBA

T emos vivido em um mundo onde as trans-formações ocorrem de forma muito mais rá-pida e drástica do que, muitas vezes, conse-

guimos acompanhar.A antiga era de equipamentos de um botão só

cedeu lugar à era de complexos painéis, de apare-lhos com multifunções, de intermináveis hardwares esoftwares.

O desdobramento tecnológico trouxe no seu bojo aincubadora de uma nova linguagem e novas posturas,de formas diferentes de relacionamento, de aquisição emanutenção de conhecimentos específicos ou gerais. Oaperfeiçoamento científico sofreu um processo ir-reversível de globalização, beneficiando a gregos,baianos e troianos.

Há somente algumas décadas atrás esperávamosaté quase dez anos pela tradução de um livro texto enos alegrávamos com as publicações de resumos dealguns deles, por parte de alguns iluminados, que ti-nham tido acesso ao original de forma mais precoce.Assinatura de periódicos estrangeiros era coisa paraalguns poucos, mais ousados e afortunados. A grandemaioria dos especialistas era atualizada pelos perió-dicos nacionais, felizmente de boa qualidade no Brasil,e pelos eventos científicos que freqüentavam, quandoouviam conferências de palestrantes, baseadas em es-petaculares experiências subjetivas.

A globalização transformou radicalmente este ce-nário. O acesso à informação nivelou o potencial detodos, abolindo as fronteiras geográficas e temporais.O novo livro texto é apenas mais uma entidade na nos-sa crescente biblioteca, cada vez mais virtual. Os gran-des portais nos brindam com zilhões de informações,oriundas de um universo de periódicos, fóruns,videoconferências, grupos de estudo e outros. A gran-de rede nos permite viajar, criar, interagir, pesquisar,acrescentar, namorar, e fazer praticamente tudo que onosso rol de verbos nos oferece.

O empoeirado argumento de falta de material e detempo para manter-se atualizado hoje não funcionamais. É, no mínimo, vergonhosa a idéia de um profissi-onal da medicina recusar-se a utilizar dos abundantese prazerosos recursos para atualização profissional. Édestes recursos que retiramos as principais ferramen-tas que usamos em nossa labuta diária, o conhecimen-

Céu da Barra da Tijuca/RJFoto: Nádia Duarte

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6 - Anestesia em revista - maio/junho, 2007

SBA RespondeSBA Responde Sociedade Brasileira de Anestesiologia

Número de anestesistaspor cirurgia

Quais cirurgias nessecitariamde dois anestesistas para melhorrealização das mesmas.

SBA Responde:

Dependendo das condições clí-nicas, ou mesmo, desafios técnicosna execução do ato anestésico oconcurso de um segundo anes-tesiologista sempre será benvindo,desde que ambos atuem de formaharmônica e complementar. Po-rém, do ponto de vista de remune-ração do segundo profissional, asInstruções Gerais específicas paraa anestesiologia da CBHPM prevêremuneração para os portes AN7 eAN8 ou naqueles nos quais seja uti-lizada circulação extracorpórea, ouprocedimentos de neonatologia ci-rúrgica, gastroplastia para obesi-dade mórbida e cirurgias com du-ração acima de 6 horas.

Dr. José Mariano Soares de MoraesDiretor Depto. Defesa Profissional da SBA

Mononeuropatia de NervoFemural

Sou anestesiologista e há 9 me-ses realizei uma raquianestesiapara histerectomia abdominal (in-cisão Pfannestill e afastador deBalfour). Punção única, atrau-mática. Após a cirurgia a pacienteapresentou paresia e parestesia emface antero-medial da coxa esquer-da e joelho esquerdo, melhorandoapós 40 dias (embora a pacientediga que ainda tem lesão-a mesmadeambula normalmente)A ele-troneuromiografia realizada após45 dias da cirurgia diagnosticouMONONEUROPATIA DE N. FER-MORAL ESQUERDO - NEURO-PRAXIA.

SBA Responde:

Durante punção do espaço su-bracnóideo na região lombar há

possibilidade de ocorrer traumade raízes nevosas, porém com umafreqüência baixa. Na eventualida-de do trauma radicular pela agu-lha de punção, o paciente referedor ou parestesia no momento damanipulação, e se ocorrer lesãoradicular esta se manifestará comsintomatologia na região referen-te ao território de inervação da-quela raiz. Outra possível causa deneuropatia periférica no pacientecirúrgico, deve-se a secção, com-pressão, tração de plexo ou nervoperiférico causadas por manobrasou posicionamentos de instru-mentais cirúrgicos. O caso emquestão trata-se de MONONEU-ROPATIA DE NERVO FEMURAL, eportanto, o que nos parece ser pro-veniente de lesão a nível mais pe-riférico, e portanto de origem ci-rúrgica.

Dr. José Mariano Soares de MoraesDiretor Depto. Defesa Profissional da SBA

Anestesia paraprocedimentos endoscópicos

Iniciarei um trabalho em umserviço de exames endoscópicos eum plano de saúde exige um docu-mento onde mostre a nessecidadede anestesista. O fato é que já ouvifalar que existe uma regulamenta-ção que proíbe o mesmo profissio-nal que está fazendo o exame deproceder a sedação. Vocês tem estaregulamentação? Ela existe? Osexames seriam de colonoscopia eeventualmente casos de endos-copia digestiva alta.

SBA Responde:

A RESOLUÇÃO 1.670/03 emseu parágrafo 2 art 2 estabelece:

O médico que realiza o proce-dimento não pode encarregar-seda administração de sedação pro-funda/analgesia, devendo isto ficara cargo de outro médico.

Dr. José Mariano Soares de MoraesDiretor Depto. Defesa Profissional da SBA

RESOLUÇÃO CFM 1.670/03(Publicada no D.O.U. 14 JUL

2003, SECAO I, pg. 78 )Sedação profunda só pode ser re-

alizada por médicos qualificados eem ambientes que ofereçam condi-ções seguras para sua realização, fi-cando os cuidados do paciente a car-go do médico que não esteja realizan-do o procedimento que exige sedação.

O Conselho Federal de Medicina,no uso das atribuições que lhe confe-re a Lei n° 3.268, de 30 de setembrode 1957, regulamentada pelo Decre-to nº 44.045, de 19 de julho de 1958, e,

CONSIDERANDO a importân-cia do ambiente e da qualificação dopessoal envolvido para a realizaçãode procedimentos diagnósticos eterapêuticos sob sedação ouanagelsia, com uso de medicamen-tos para o conforto, alívio da dor eabolição de reflexos indesejáveis;

CONSIDERANDO o uso dedrogas ou combinações de drogasque apresentam efeitos sobre o sis-tema nervoso, cardiovascular erespiratório;

CONSIDERANDO como pri-oritária a segurança do pacientedurante o procedimento e após suarealização;

CONSIDERANDO a necessi-dade de se criar normas que defi-nam os limites de segurança comrelação ao ambiente, qualificaçãodo pessoal, responsabilidades porequipamentos e drogas disponíveispara o tratamento de intercor-rências e efeitos adversos;

CONSIDERANDO o que dis-põem as Resoluções CFM nºs. 1.363/93 e 1.409/94;

CONSIDERANDO, finalmente,o decidido na Sessão Plenária de 13de junho de 2003,

RESOLVE:

Art.1° - Nos ambientes em quese praticam procedimentos sob“sedação consciente” ou níveismais profundos de sedação, devemestar disponíveis:

I. Equipamentos adequadospara a manutenção da via aéreapermeável, bem como a adminis-

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Anestesia em revista - maio/junho, 2007 - 7

tração de oxigênio em concentra-ção superior à da atmosfera;

II. Medicamentos para trata-mento de intercorrências e eventosadversos sobre os sistemas car-diovascular e respiratório;

III. Material para documentaçãocompleta do procedimento, deven-do ficar registrado o uso das medi-cações, suas doses e efeitos;

IV. Documentação com critériosde alta do paciente.

Parágrafo 1°- Deve-se dar aopaciente e ao acompanhante, ver-balmente e por escrito, instruçõesrelativas aos cuidados sobre o pe-ríodo pós-procedimento, bem co-mo informações para o atendimen-to de emergências eventuais.

Parágrafo 2°- Todos os docu-mentos devem ser assinados pelomédico responsável.

Art. 2°- O médico que realiza oprocedimento não pode encarre-gar-se simultaneamente da admi-nistração de sedação profunda/analgesia, devendo isto ficar a car-go de outro médico.

Art. 3° - Todas as unidades querealizarem procedimentos sobsedação profunda devem garantiros meios de transporte e hospitaisque disponham de recursos paraatender a intercorrências gravesque porventura possam acontecer.

Art. 4° - Os anexos I e II fazemparte da presente resolução.

Art. 5º - Esta resolução entra emvigor na data de sua publicação.

Brasília-DF, 13 de junho de 2003

EDSON DE OLIVEIRAANDRADE RUBENS DOS

SANTOS SILVAPresidente Secretário-Geral

ANEXO IDEFINIÇÃO E NÍVEIS DE

SEDAÇÃO

Sedação é um ato médico reali-zado mediante a utilização de me-dicamentos com o objetivo de pro-porcionar conforto ao paciente

para a realização de procedimen-tos médicos ou odontológicos. Sobdiferentes aspectos clínicos, podeser classificada em leve, moderadae profunda, abaixo definidas:

Sedação Leve é um estado obti-do com o uso de medicamentos emque o paciente responde ao coman-do verbal. A função cognitiva e acoordenação podem estar compro-metidas. As funções cardiovasculare respiratória não apresentamcomprometimento.

Sedação Moderada/Analgesia(“Sedação Consciente”) é um esta-do de depressão da consciência,obtido com o uso de medicamen-tos, no qual o paciente responde aoestímulo verbal isolado ou acom-panhado de estímulo tátil. Não sãonecessárias intervenções paramanter a via aérea permeável, aventilação espontânea é suficientee a função cardiovascular geral-mente é mantida adequada.

Sedação Profunda/Analgesia éuma depressão da consciênciainduzida por medicamentos, e nelao paciente dificilmente é desperta-do por comandos verbais, mas res-ponde a estímulos dolorosos. A ven-tilação espontânea pode estar com-prometida e ser insuficiente. Podeocorrer a necessidade de assistên-cia para a manutenção da via aé-rea permeável. A função cardio-vascular geralmente é mantida. Asrespostas são individuais.

Observação importante: As res-postas ao uso desses medicamen-tos são individuais e os níveis sãocontínuos, ocorrendo, com freqüên-cia, a transição entre eles. O médi-co que prescreve ou administra amedicação deve ter a habilidade derecuperar o paciente deste nível oumantê-lo e recuperá-lo de um esta-do de maior depressão das funçõescardiovascular e respiratória.

ANEXO IIEQUIPAMENTOS DE

EMERGÊNCIA E REANIMAÇÃO

Oxigênio· Sistema para fornecimento de

oxigênio a 100%· Sistema para aspirar secreções

Aspirador· Sondas para aspiração

· Máscaras faciais· Máscaras laríngeas

Manutenção das Vias Aéreas· Cânulas naso e orofaríngeas· Tubos endotraqueais· Laringoscópio com lâminas· Oxímetro de pulso com alarmes

Monitores· Monitor cárdiaco· Aparelho para medir pressão

arterial· Balão auto-inflável (Ambu)· Desfibrilador

Equipamentos paraReanimação e Medicamentos

· Drogas para a reanimação· Antagonistas: Naloxone, Flu-

mazenil· Impressos com protocolos para

reanimação (tipo ACLS)

Pequenos procedimentospediátricos

Em anestesias pediátrica de cur-ta duração(até 10 minutos), comoredução incruenta de fratura, dre-nagem de abscesso e pequenas su-turas realizados exclusivamentepor via inalatória(sedação), seguin-do todas as recomentações doCFM(1802/2006), porém sem ocateterismo de veia periférica con-figura erro técnico?

SBA Responde:

Com base na resolução 1802/2006 creio que a não punção de aces-so para realização de pequenos pro-cedimentos sob sedação inalatória,não configure erro técnico. Nãoexiste na referida resolução men-ção a estas técnicas anestésicas, quehabitualmente realizamos emanestesia pediátrica.

Porém sob o meu ponto de vistaparticular acredito que a não pun-ção de acesso para realização de qual-quer procedimento sob sedação con-figura negligência ou imprudência,considerando que a venóclise cons-titua uma medida de segurança.

Dra. Débora de Oliveira CuminoPresidente do Comitê de Anestesia

Pediátrica - SBA

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8 - Anestesia em revista - maio/junho, 2007

ATENÇÃODATAS QUE NÃO PODEM SER ESQUECIDAS EM 2007

DATA

De 10/08/2007Até 10/09/2007

10/08/2007

Até 20/09/2007

08/11/2007

11/11/200711:00 h

Até 13/08/2007

11/11/200711:00 h

11/11/2007

Até 13/08/2007

13/08/2007

Até 13/08/2007

11/09/2007

Até 13/09/2007

11/10/2007

10/11/2007até 12:00 h

11/11/2007até 10:00 h

11/11/200712:00 h

11/11/2007até 12:00 h

13/11/2007até 17:00 h

14/11/200712:00 h

14/11/2007até 12:00 h

ATIVIDADE

ELEIÇÕES DIRETORIA E CONSELHO FISCAL - SBA

Prazo para envio à secretaria da SBA de pedido de inscrição de chapa para eleição da Diretoria e Conselho Fiscal,conforme Regulamento próprio e modelo de solicitação, disponíveis no Portal da SBA.

Aguarde a Convocação para as Eleições.

Data limite para regularização SBA e Regional, para os associados ATIVOS e ATIVOS-REMIDOS, que desejarempar ticipar do processo eleitoral.

A Comissão Eleitoral enviará aos associados aptos a par ticiparem do processo eleitoral, material necessáriopara ao exercício do voto.

Data limite para recebimento dos votos pela Comissão Eleitoral, via postal, na caixa postal alugada em Natal/RN, exclusivamente para este fim.

Apuração dos votos recebidos pela Comissão Eleitoral.Proclamação dos resultados das eleições da Diretoria e Conselho Fiscal, pelo Presidente da Comissão Eleitoral.

ASSEMBLÉIA GERAL

Será encaminhada pela secretaria da SBA, Convocação para a Assembléia Geral.

Data e hora da realização da Assembléia Geral para eleição da Diretoria e Conselho Fiscal, aprovação das contase alterações Estatutárias.

Poderão participar da Assembléia Geral os membros ATIVOS e ATIVOS-REMIDOS, quites com a SBA e Regional, atéesta data.

ASSEMBLÉIA DE REPRESENTANTES

Será encaminhada pela secretariada SBA, Convocação para a Assembléia de Representantes.

Poderão participar da Assembléia de Representantes, como Representantes ou Suplentes, os membros ATIVOSe ATIVOS-REMIDOS, indicados por suas Regionais e que estiverem quites com a SBA e Regional até esta data.

Data limite para que as Regionais encaminhem à secretaria da SBA, listagem dos membros quites com aRegional, informando expressamente destinar-se ao cálculo do número de Representantes da AR. Esta listagemdeverá conter o nome, matrícula do associado e ano de quitação na Regional.Por segurança, deve ser mencionada a data de vencimento da anuidade da Regional.

Data limite para envio dos relatórios que irão compor o Boletim Agenda - Diretoria, Comissões, Comitês eConselhos.

A secretaria da SBA divulgará o número de Representantes de cada Regional para a Assembléia de Representantes.

Envio do Boletim Agenda para as Regionais, pela secretaria da SBA, pelo correio.

Entrega à secretaria da SBA, no CBA, pelos Presidentes das Regionais, da lista de Representantes e Suplentesde suas Regionais.

Os Presidentes de Regionais deverão retirar na secretaria da SBA, as credenciais e lista para assinaturas dosRepresentantes de suas bancadas.

Sessão de Instalação.

Antes do início da Sessão de Instalação da AR, os Presidentes de Regionais, deverão devolver ao SecretárioGeral da mesa, a lista de Representantes e Suplentes, devidamente assinada, juntamente com as credenciaisexcedentes, para que seja liberada a sua bancada. Neste ato, poderão ser solicitadas as substituições deRepresentantes por Suplentes.

Disponibilização do material da AR para os Presidentes, na secretaria da SBA no CBA.

Sessão de Ordem do Dia.

Até o início da Sessão de Ordem do Dia, os Presidentes de Regionais,que desejarem substituir Representes por Suplentes, poderão fazê-lo com o Primeiro Secretário da AR, desdeque o nome do Suplente , obrigatoriamente, conste da lista original assinada e entregue na Sessão de Instala-ção da AR.

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Anestesia em revista - maio/junho, 2007 - 9

Notícias da Tesouraria

O prazo para pagamento da anuidade da SBA/2007 venceu em 30/04/2007, assim sendo,após esta data os pagamentos poderão ser realizados com o acréscimo da taxa de readmissão.

Anuidade de Aspirante

R$ 224,00 = A partir de 01/05/2007: R$ 214,00 (duzentos e quatorze reais) + taxa dereadmissão de R$ 10,00 (dez reais) – à vista.

Anuidade de Ativo, Adjunto e CET

R$ 448,00 = A partir de 01/05/2007: R$ 428,00 (quatrocentos e vinte e oito reais) + taxa dereadmissão de R$ 20,00 (vinte reais) – à vista.

Os pagamentos deverão ser efetuados através de boleto bancário que poderá ser so-licitado à Tesouraria da SBA.

Anuidade de Estrangeiro: US$ 200,00 (duzentos dólares)

Notícias da Secretaria

Associados

Certifique-se que seus dados cadastrais estejam atualizados na SBA. Seu endereço eletrôni-co é de extrema importância para a agilidade no recebimento de notícias importantes.

Caso não esteja recebendo suas publicações informe-se junto à Secretaria da SBA se suamatrícula encontra-se bloqueada por devolução de correspondência pelo Correio.

Regionais

Utilize as informações contidas na área reservada às Regionais no Portal da SBA. Elas po-dem agilizar e esclarecer muitas dúvidas dessa Regional.

Responsáveis por CET

Observe atentamente os prazos para envio de propostas de Aspirante (90 dias do início doCET) e comunicação de término de Curso (60 dias da data prevista para o término).

Utilize as informações contidas na área reservada aos Responsáveis por CET no Portal daSBA. Elas podem esclarecer e agilizar muitas dúvidas existentes, assim como, poderá obterformulários necessários para o cumprimento de itens regulamentares.

Certifique-se que o pagamento da anuidade do CET foi efetuado no prazo regulamentar.

Informe aos seus médicos em especialização que a falta de pagamento da anuidade implicaem desligamento por débito e consequentemente o desligamento da condição de Aspirante.

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10 - Anestesia em revista - maio/junho, 2007

Artigo CientíficoArtigo Científico Sociedade Brasileira de Anestesiologia

gridade do paciente, mas também a sua.

Durante mais de um século os anestésicos inflamá-veis fizeram parte do pior pesadelo do anestesiologista.O primeiro relato de fogo devido a um agente anestési-co ocorreu em 1850, durante uma cirurgia facial emque foi utilizado o éter. Desde então, muitos casos defogo e explosões foram relatados, causados pelo éter,pelo acetileno, pelo etileno e pelo ciclopropano1. Rela-tos de morte e destruição se tornaram freqüentes de-pois que a prática de administrar o oxigênio, em vez doar, se tornou rotineira. Muitos incidentes não foramrelatados e os que foram publicados não traziam deta-lhes essenciais.

Os compêndios de anestesiologia do século passadoapresentavam capítulos especiais sobre explosão e fogodecorrentes destes anestésicos inalatórios, como este tex-to extraído de um livro da década de 502:

“Uma explosão anestésicaocorre devido à rápida combustãode vapores ou gases usualmentedetonados por faísca ou calor. Apresença de fogo ou explosão de-penderá da mistura de oxigênio adi-cionada ao gás inflamável. A inci-dência é provavelmente maior doque se supõe, pois se o paciente oustaff sofreram queimaduras gravesou morreram, será improvável queeste acidente seja relatado ou en-contrado em uma busca na litera-tura médica. Woodbridge (1939),nos Estados Unidos, estimou queexplosões ocorram entre 2 a 4 paracada 100.000 anestesias, e Pinson

(1930), relatou em torno de 100 casos de queimaduras ou explo-sões por éter a cada ano na Grã-bretanha.”

Com a exceção do clorofórmio e do trilene, todos osdemais anestésicos inalatórios eram potencialmente ex-plosivos.

Para que uma explosão ocorresse o gás que estavano sistema necessitava de uma fonte externa de calor,escape de gases entre as conexões de metal ou atravésdas válvulas expiratórias parcialmente ocluidas, es-pecialmente quando a respiração estava sendo assis-tida.

Mártires daAnestesiologia

s pioneiros da anestesiologia tiveram de apren-der a conviver com a possibilidade de umacomplicação que não envolvia somente a inte-O

Dr. Carlos RogérioDegrandi Oliveira,

TSA

Co-responsável peloCET/SBA da Santa

Casa de Santos;Membro da Comissão

Científica da SAESP;Membro da Comissãode Normas Técnicas e

Segurança emAnestesia da Socieda-

de Brasileira deAnestesiologia

(CNTSA/SBA)

Recorte de Jornal Chileno

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Anestesia em revista - maio/junho, 2007 - 11

O ciclopropano era considerado o gás mais perigo-so, não por ele causar mais danos que a mistura éter-oxigênio, mas porque a energia necessária para umafaísca para a sua ignição era muito menor que aquelarequerida para uma explosão com éter.

O perigo do uso de misturas explosivas com adiatermia, o cautério, os motores elétricos e os conta-tos metálicos poderiam ser evitados, mas a faísca porestática constituía uma das principais fontes de igni-ção.

Outras fontes de ignição eram os interruptores etomadas de força. Devido às propriedades físico-quí-micas do éter, ao longo dos anos as tomadas de forçadeixaram de ser instaladas próximas do piso, onde oeste gás ficava acumulado.

A morte de pacientes que sofreram danos devido auma explosão, não era sempre imediata, um interva-lo de algumas horas poderia decorrer até que os re-sultados do trauma fossem aparentes. Estes pacien-tes morriam por danos pulmonares, como observadoem inúmeros acidentes durante a segunda grandeguerra2. Os exames anatomopatológicosdestes pulmões mostravam hemorragiaintersticial difusa. Sangue podia ser en-contrado na traquéia e brônquios e quei-maduras superficiais da pele poderiamser visíveis.

Em 1953, após vários relatos e com afinalidade de prevenir futuros aciden-tes, a Sociedade Brasileira de Anestesio-logia organizou uma comissão que con-juntamente com a Associação Brasileirade Normas Técnicas (ABNT) elaboraramnormas para o manuseio de gases com-primidos medicinais3.

Um dos casos mais trágicos daanestesiologia mundial, ocorreu em 6 demaio de 1963 em Santiago do Chile. Umaexplosão provocada pelo ciclopropanovitimou no local e nos dias que se segui-ram, dois pacientes pediátricos, doisanestesiologistas e dois ortopedistas.Além das vitimas fatais e danos materi-ais, vários auxiliares desenvolveram se-qüelas que impossibilitaram o retorno asuas atividades normais4. Após esteevento o ciclopropano foi proibido noChile. Durante o XXIV CongressoLatinoamericano de Anestesiologia rea-lizado em 1997 naquela cidade, foram

feitas homenagens aos intitulados “Mártires de laAnestesiologia”.

Felizmente, há algumas décadas os agentes anes-tésicos inflamáveis deram lugar aos halogenados edeixaram de ser utilizados, passando a ter somenteinteresse histórico. No entanto, o fogo e a explosãode outras causas, como por exemplo: gases intesti-nais, agentes esterilizantes e durante a cirurgia alaser, entre outros, continuam a ser relatados.

Referências

01. MacDonald AG - A short history of fires and explosions causedby anaesthetic agents. Br J Anaesth, 1994;72(6):710-722.

02. Keating V - Explosion and fires due to anaesthetics. In:Anaesthetic accidents – The complications of general and regi-onal anaesthesia. Lloyd-Luke Ltd, London,1956:244-247.

03. Vieira ZEG – Gazes comprimidos medicinais. Anestesia – Bo-letim informativo mensal da Sociedade Brasileira de Aneste-siologia, 4(8);1953.

04. Leyton O – Treinta años despues – Homenaje al Dr. MarioTorres e a la Dra. Ana Maria Jurisic. Rev Chil Anestesia,1993;22:57-59.

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DivulgaçãoDivulgação

Após constatarmos que não ha-via modelos a copiar do exterior esim novos padrões a implementarno nosso país, entramos em conta-to com a empresa B. Braun,sabidamente voltada para aanestesia regional, onde foi discu-tido o projeto, chegando à conclu-são sobre a realização deWorkshops de anestesia regional.O primeiro evento foi realizado noRio e o segundo em Belo Horizonte,onde foram apresentados 50 vídeoscom diversas abordagens dosplexos braquial e lombossacro. Nofinal do evento fomos procuradospelos doutores Niwton Toledo e JoséRoberto Costa que queriam fazerum estágio conosco em nossas clí-nicas no Rio de Janeiro. Em doisanos consecutivos foram realizados22 workshops nas principais capi-tais do país, com o apoio logístico ecientífico das Sociedades Regionais.

O sucesso ativou o interessepor estágios com aulas práticas.Fizemos um projeto para o ensinoda anestesia regional totalmentepatrocinado pela empresa B.

Braun, quando se criou o Institutode Anestesia Regional. Drª EneidaMaria Vieira, do Serviço de Anes-tesiologia do Hospital de Base daFaculdade Regional de Medicina deSão José do Rio Preto, estava pre-sente no Workshop apresentadono Congresso do Hospital Sírio Li-banês. Na ocasião convidou um denós (Imbelloni) para ministrar umcurso de raquianestesia em seuhospital. Durante o curso, ficouinteressada no projeto e solicitou-nos a implantação em seu Hospi-tal. Durante 10 meses foram reali-zadas as negociações entre os in-teressados (B.Braun e Direção doHospital de Base) e finalmente foiassinado contrato para início dasatividades do IAR. Em agosto de2002 foram iniciadas as atividadesde ensino da anestesia regional,porém somente em 03 de maio de2003, foi inaugurado oficialmentecom a presença de quatro direto-res da Sociedade Brasileira deAnestesiologia (Dr. Esaú Maga-lhães-Presidente, Dr. Pedro ThadeuGalvão Viana-Vice-Presidente, Dr.Roberto Serra-Freire-Diretor Defe-

Hospital de Base de São José do Rio Preto, SP

Patrocínio B. Braun

Sociedade Brasileira de Anestesiologia

da Conceição, publicado recente-mente no Anestesia em Revista daSociedade Brasileira de Aneste-siologia, faz um apanhado geralda prática da anestesia regionalno Brasil. Ele menciona dois cen-tros onde há o ensino da anestesiaregional. Como um desses centroscitados foi o Instituto de Aneste-sia Regional (IAR), sentimo-noshonrados com a deferência e apro-veitamos a oportunidade pararelatar a história da criação desteinstituto e seu desempenho nosúltimos anos.

Théodore Monod disse que“uma utopia é um projeto realizá-vel que ainda não foi realizado”. Em2000, durante o Congresso Mundi-al de Anestesia Regional realizadoem Quebéc-Canadá, ao assistirmosuma teleconferência de um blo-queio do nervo isquiático realiza-do em Lyon na França e discutidocom a platéia, tivemos a idéia derealizar o mesmo no Brasil.

Drs. M. A. Gouveia,Eneida Maria Vieira eLuiz Eduardo Imbelloni

O artigo “Anestesia Regio-nal no Brasil: fatos e fa-lácia” do Prof. Mário José

Instituto de Anestesia Regional

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sa Profissional e Dr. Ismar LimaCavalcanti-Diretor Científico). ODiretor Científico proferiu umapalestra sobre o “Ensino da Anes-tesia Regional”.

Até o momento o IAR recebeu emtorno de 200 anestesiologistas depraticamente todos os estados bra-sileiros, além do Uruguai, da Argen-tina, do Equador, do Peru e de Ango-la. Durante a semana de treinamen-to são ensinados todos os tipos debloqueios regionais dos membrossuperior e inferior, os diversos tiposde raquianestesia e peridural, blo-queios para intubação acordado eaula de anatomia descritiva e nocadáver. Em média são realizados80 bloqueios diferentes durante asemana de treinamento. Nestesquatro anos de funcionamento fo-ram realizados 20 trabalhos cientí-

ficos publicados nas Revista Brasi-leira de Anestesiologia, PediatricAnesthesia, International JournalObstetric Anesthesia, ActaAnaesthesiologica Scandinavica,Canadian Journal Anaesthesia eDisease Colon Rectum.

Após o ensino da anestesia re-gional no Hospital de Base, estamosimplantando uma sala para o aten-dimento aos pacientes politrauma-tizados, onde um anestesiologistajá qualificado realizará bloqueiosperiféricos para alívio imediato dador. Está sendo apresentado umprojeto ao Corpo de Bombeiros doRio de Janeiro (no Rio de Janeiromais de 70% são anestesiologistas)para o ensino de bloqueios perifé-ricos que seriam realizados nos lo-cais dos acidentes ou mesmo nasambulâncias de transporte.

O IAR realiza 10 cursos duran-te cada ano, começando em marçoaté dezembro. As datas dos está-gios são publicadas durante o Con-gresso Brasileiro de Anestesiologiapara o ano seguinte.

O Instituto de Anestesia Regi-onal é fruto da parceria entre aempresa B.Braun e o Hospital deBase. A B.Braun, através de seuslogan “Sharing Expertise” e daAcademia Aesculap, incentiva,apóia e capacita profissionaisatravés de ensino e pesquisa. OHospital de Base de São José doRio Preto, entidade ligada à Fun-dação Faculdade de Medicina deSJRP com sua estrutura tem pos-sibilitado a implementação detrabalhos científicos e demons-trações de diversos tipos de blo-queios.

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Riscos Decorrentes da anestesia para oAnestesiologistaPalestrante: Dr. Luiz Antonio Vane - SP

DISCUSSÃO

Tema: Diretrizes atuais na reanimação cardiopulmonar:suporte básico e avançadoPalestrante: Dr. Dário Humberto de Paiva - GO

Sábado, 8 de setembro 2007

Tema: Organização de serviço de dor aguda e crônicaPalestrante: Dr. Maruan Omais - MS

DISCUSSÃO

Tema: Novas Tendências na Anestesia Obstétrica.Palestrante: Dr. Waston Vieira Silva - GO

DISCUSSÃO

COFFE - BREAK

Tema: Conscientização e cuidados com a via aérea emanestesia: Geral e RegionalPalestrante: Dr. Dário Humberto de Paiva - GO

DISCUSSÃO

Tema: O diferencial da anestesia nas especialidades.Coordenador: Sociedade de Anestesiologia do TO

O diferencial da anestesia nas especialidades. Plásti-ca: MamoplastiaPalestrante: Dr. Antonio Fernando Carneiro - GO

O diferencial da anestesia nas especialidades. Ortopé-dica: prótese de quadrilPalestrante: Dr. Antonio Fernando Carneiro - GO

O diferencial da anestesia nas especialidades. Cirurgi-as digestivas altas: lPalestrante: Dr. José Henrique Leal Araújo - DF

O diferencial da anestesia nas especialidades:Otorrinolaringologia:Palestrante: Dr. Clóvis Yoshiharu Aratani

DISCUSSÃO

ALMOÇO

Sexta-feira, 7 de setembro 2007

Abertura/Boas Vindas

Tema: Prevenção e Tratamento de Náuseas e Vômitos.O que há de novo?Palestrante: Dr. José Celso Rodrigues Cintra - TO

DISCUSSÃO

ALMOÇO

Tema: A Câmara Técnica de Dor e Cuidados paliativosdo Ministério da SaúdePalestrante: Dr. Onofre Alves Neto - GO

Tema: Modelos para ensino e treinamento em dor no BrasilPalestrante: Dr. Onofre Alves Neto - GO

DISCUSSÃO

Tema: Dor pós-operatóriaCoordenador: Dr. Onofre Alves Neto - GODor pós - operatório: Razão para tratá-la?Palestrante: Dr. Leonardo Teixeira Duarte Domingues - DFDor pós - operatório: Opções Terapêuticas DisponíveisPalestrante: Dr. Onofre Alves Neto - GODor pós - operatório: Riscos da dor pós-operatório nãotratada transformar-se em dor crônicaPalestrante: Dra. Ana Maria C. Bezerra Martins - MTDor pós - operatório: Perspectivas futuras do tratamen-to da dor pós-operatório.Palestrante: Dr. Fábio Vinicius Benevenuto Feltrin

DISCUSSÃO

COFFE –BREAK

Reposição Volêmica: Cristalóides versus ColóidesPalestrante: Dr. Luiz Antonio Vane - SP

DISCUSSÃO

Cefaléia pós punção acidental de dura-máter.Diagnóstico e TratamentoPalestrante: Dr. Antonio Fernando Carneiro - GO

DISCUSSÃO

XXXVIII Jornada do Brasil Central07 e 08 de setembro de 2007 - Palmas - TO

O Coração do Brasil Bate sem DorProgramação

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tes costumam procurar o médicoquando estão doentes e não quan-do estão saudáveis visando preve-nir alguma moléstia. A saúde paraalguns, é considerada um valor,mas para a grande maioria, só élembrada no momento em que foiperdida.

Partindo desta premissa, po-de-se sugerir que as pessoas pro-curam os médicos não por desejoe sim por necessidade. A necessi-dade da cura é o que leva um pa-ciente a procurar ajuda na medi-cina curativa, classificando as-sim, teoricamente, a medicina emuma categoria de serviços nãodesejados e sim, necessários.Quem se submete a uma cirur-gia, o faz por necessidade e nãopor um simples desejo. Podería-mos citar como exceção, cirurgi-as estéticas, porém mesmo nes-tas situações, o paciente subme-te-se à cirurgia por sentir queeste procedimento é necessáriopara seu embelezamento, poispode estar se sentindo “feio”, equem sabe, em sua visão de mun-do, até mesmo doente.

A partir da necessidade e da in-dicação de uma cirurgia, pacien-tes são encaminhados para umaconsulta pré-anestésica algunsdias antes da cirurgia, visandoavaliar o paciente, planejar a téc-

nica anestésica e fornecer explica-ções e instruções pertinentes. Emalguns casos, esta consulta prévianão pode ser realizada, acontecen-do o contato entre paciente eanestesiologista momentos antesda cirurgia.

Tendo concluído a pós gradu-ação em Filosofia Clinica, passeia fazer uso do aprendizado emminha prática a-nestésica, e gosta-ria de compartilharesta experiência, e,quem sabe, de algu-ma forma, contri-buir para uma me-lhoria na percep-ção dos aneste-siologistas, a res-peito da visão demundo do pacienteno contexto de umacirurgia iminente.

Anestesiologistassão médicos especia-listas, trabalhando em ambientesde alta precisão tecnológica, ondepequenas falhas podem ser fatais, epor isto, precisam estar atentos aosmínimos detalhes e em estado devigilância constante do paciente. Apreocupação com as alteraçõesemocionais decorrentes de todo oprocesso operatório, bem como otreinamento para lidar com estassituações, não são enfatizadas, oupelo menos, são colocadas em umplano secundário durante os três

anos de formação na especialida-de.

Desta maneira, no momento daconsulta pré-anestésica, vai acon-tecer uma interação entre um pa-ciente teoricamente ansioso,fragilizado que tem como AssuntoImediato a realização de uma cirur-gia não desejada, com um médicoanestesiologista focado para o ladotécnico anestésico-clinico, e, prova-velmente, com deficiências paratratar dos aspectos psicológicoscontextualizados nesta situação.

O que esperar desta consulta?

O desafio emoldurado é umaconsulta de quarenta e cinco minu-

tos onde além daavaliação médicapropriamente dita,seja desenvolvidauma interação posi-tiva entre anes-tesiologista e pacien-te, sejam visuali-sados os conflitosexistenciais relativosao contexto cirúrgicoe, se possível, a utili-zação de submodos(procedimentos clí-nicos utilizados emfilosofia clinica) ade-quados para auxilia-

lo em caso de necessidade.

Durante a anestesia propria-mente dita, o paciente estará in-consciente ou provavelmente se-dado. A consulta pré-anestésica,momento em que o paciente encon-tra-se desperto, é a oportunidadede se demonstrar respeito, aten-ção, empatia com o sofrimentoalheio e disponibilidade para au-xiliar num momento de vulne-rabilidade e dependência.

Artigo CientíficoArtigo Científico Sociedade Brasileira de Anestesiologia

Consulta Pré-Anestésicae Filosofia Clínica

Adaptação de palestra realizada no IX Encontro Nacional deFilosofia Clinica – São Paulo – Univ. São Camilo - 2007

A medicina no Brasil aindaé muito mais curativa doque preventiva. Pacien-

Dr. Ildo Meyer - RS

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Algum gracejo por parte dopaciente ou familiares não é umfato raro. “Este é o perigoso”, “Nãotenho medo da cirurgia, tenhomedo da anestesia”, “Não vai medeixar paralítico”, etc. O que fazernuma situação destas? Sair dandoexplicações? Em filosofia clinica,recomenda-se não fazer agenda-mento algum antes de se conhecero paciente e a família. Assim, a con-duta adequada seria a de simples-mente escutar o gracejo e deixarpara respondê-lo mais adiante, sefor o caso.

Após a apresentação usual, par-te-se para a colheita da anamnese.De preferência com o próprio paci-ente, e o bom senso vai indicar se énecessária a solicitação da retira-da de familiares e amigos do local.O paciente deve sentir-se confortá-vel e à vontade para falar.

Pensei muito em como inici-ar uma anamnese, de modo quepudesse deixar o paciente livrepara expressar suas angústias enão simplesmente dirigir a en-trevista para a área cl inico-anestésica. A pergunta que mepareceu mais apropriada parainiciar o diálogo foi: “Qual é o seuproblema?”

Tinha um pré-juizo formado deque a resposta óbvia seria a neces-sidade da realização de uma cirur-gia não desejada. Para minha sur-presa, este não foi o “problema” re-latado pela grande maioria. Situa-ções tais como: não tenho comquem deixar meu gatinho, não pos-so deixar a loja por muito tempo,não quero entrar sem roupa nasala de cirurgia, precisaria falarcom meu filho que está viajandoantes da cirurgia, não quero tirarminha prótese dentária, etc. pre-dominaram como resposta.

Os medos clássicos conhecidospelos anestesiologistas tais como

acordar durante o procedimento,sentir dor, náuseas, etc. tambémforam relatados, porém, o proble-ma, ou a angústia dos pacienteseram as situações do dia a dia queforam interrompidas e não a cirur-gia per si.

Em algumas situações, após apergunta inicial, o paciente ini-ciava uma crise de choro. O quefazer? Deixar chorar. É uma for-ma de esteticidade bruta, quetem uma duração limitada e porvezes se faz necessária. Atençãoé o que o paciente está solicitan-do, e o médico deve empenhar-se no sentido de fazer o pacienteperceber que seu trabalho na-quele momento é escutá-lo eauxiliá-lo. A prudência reco-menda aguardar que cesse a cri-se, quando o paciente deve reco-meçar a falar.

Uma segunda pergunta podeser necessária nesta situação: “Emque posso lhe ajudar?”, seguida deuma breve explicação da funçãodo anestesiologista. “Vou acompa-nhar seu procedimento cirúrgicoe ficar ao seu lado durante todo otempo da anestesia (importantefrisar isto), providenciar para quenão sinta dor no período pós ope-ratório e que possamos passar poresta situação da melhor maneirapossível e obter os melhores resul-tados possíveis.” Notem a seme-lhança de propósitos deste discur-so com o que propõe um filósofoclinico, um psicólogo ou um psi-quiatra a seus pacientes em con-sultório.

Antes de estudar filosofia cli-nica, ainda complementava estediscurso com a seguinte frase: “eque o sr(a) possa voltar para casao mais breve possível e retomarsuas atividades. Quem pode saberse é isto que o paciente deseja? Estasimples frase, colocada sem conhe-cer a história do paciente, pode

colocar em risco todo um relacio-namento médico-paciente.

Uma boa maneira de iniciar acolheita da história clinica é per-guntando a respeito de cirurgias eanestesias prévias. O ideal seriadeixar o paciente relatar sua expe-riência em cada um dos procedi-mentos realizados. Assim, semgrandes interferências, o pacientevai mostrando dados de sua per-sonalidade. Observa-se a estru-turação de raciocínio, as emoções,a postura, o linguajar, etc.

Alguns pacientes são muitoquestionadores (argumentação de-rivada em filosofia clinica), algunspesam os prós e contras da cirur-gia (esquema resolutivo em FC), al-guns já pesquisaram tudo na in-ternet (buscas em FC), alguns que-rem a descrição exata do que vaiacontecer (roteirizar em FC), algunssugerem condutas ao médico (ata-lhos em FC), alguns colocam tudonas mãos do médico e não queremsaber detalhes (em direção ao des-fecho em FC), alguns tem idéias préconcebidas a respeito da anestesia(pré-juizos em FC), etc.

As rotulações mencionadas sãomeramente didáticas e muito su-perficiais, mas servem para dar umaidéia de como pode ser colhida a Es-trutura de Pensamento de um paci-ente através de uma anamnese emque não se direcione nem se apressea conversa. E a partir do reconheci-mento , mesmo que superficial, decomo funciona a personalidade dopaciente, pode-se tentar auxilia-locom alguns procedimentos especí-ficos. Cabe ressaltar dois pontos im-portantes: a) um agendamento ouuma intervenção mal realizadapode ser tão fatal emocionalmenteao paciente quanto um descuido téc-nico anestésico; b) teóricamente, e naprática nem sempre, o tempo mé-dio de uma consulta é de 45 minu-tos, práticamente inviabilizando o

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desafio de uma abordagem emocio-nal mais profunda, mesmo que oanestesiologista possua treinamen-to para realizá-la.

Mas vamos adiante, e quemsabe consigamos alguma luz até ofinal da explanação.

Dependendo da situação, po-de-se lançar mão de um procedi-mento clinico chamado “Recons-trução”. A partir de um únicodado colhido na anamnese, pro-cura-se descobrir dados adjacen-tes da história do paciente queajudem a reconstruir a história deuma outra maneira. É preciso queo paciente seja suscetível a estetipo de reconstrução. Exempli-ficando: o paciente relata que naúltima anestesia teve uma sensa-ção muito ruim, pois vomitou de-mais no pós-operatório. A recons-trução se basearia na consulta dedados adjacentes ao procedimen-to anestésico, onde se buscassemsituações agradáveis a sereminseridas no contexto daquelaanestesia. A anestesia foi umacesareana? Com quantos Kg nas-ceu seu filho? Mamou logo quenasceu? Como foi o primeiro ba-nho? Sentiu muita dor?

Filmaram o procedimento? Seucompanheiro assistiu o parto? Apreocupação do médico seria in-serir elementos positivos naque-la anestesia, reconstruindo deuma maneira agradável aquelaexperiência. O cuidado extremo narealização deste procedimento éque uma inserção mal feita poderesultar em uma reconstruçãonum sentido mais desagradávelainda.

Pacientes costumam relatarmedo da anestesia, e, pode ser ten-tada a técnica de faze-los “per-cepcionar” este medo. Busca-sedetalhes deste medo através damontagem de uma cena onde o

mesmo possa ser palpado, per-cepcionado. Uma cena virtual,porém de preferência tridimen-sional, com cheiros, luzes, etc. Aonos aprofundarmos na questão,podemos descobrir que o medo serefere à escuridão, barulhos, ta-manho da injeção, etc. De possedestes dados, pode-se então intro-duzir elementos que darão maissegurança ao paciente no sentidode enfrentar os medos agora per-cepcionados.

O paciente, uma vez hospita-lizado, é afastado de seu conví-vio familiar, social e profissionale passa a conviver com situaçõesnovas. É neste momento que omesmo passa a ser dependente deum profissional que possa cuidá-lo e ao mesmo tempo ser um elo

de ligação entre as novas rotinase o mundo do qual foi afastado.

Em breve, teremos computado-res sofisticados, precisos e eficazes,capazes de calcular doses anestésicasde acordo com sua farmacocinéticae adequando-as baseado na monito-rização minimamente invasiva dossinais vitais. Todo este avanço tec-nológico e científico pode se tornarinócuo, pois estes mesmos aparelhosserão impessoais e assustadorespara os pacientes. Frios, surdos emudos. A quem caberá o papel hu-manizador? Quem será o elo de liga-ção? O anestesiologista, à enferma-gem, psicólogos, filósofos clínicos?Quem fará a diferença neste proces-so?

Dr. Ildo Meyer - TSAe-mail: [email protected]

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Emulsão LipídicaBala de prata (silver bullet) oumartelo dourado (golden hammer)?

caína, um “antídoto” despontacomo miraculoso na reversão do“envenenamento” produzido poreste anestésico local.

A publicação de um caso clíni-co1 no qual foi usado a emulsãolipídica, considerada a “bala deprata” (silver bullet), causou alvo-roço no mundo científico america-no a julgar pelas várias cartas queaparecem no último doAnesthesiology, março de 2007.

As opiniões exaradas pelo ve-nerando Daniel Moore e pelo res-peitável autor Rodolph de Jong, sechocam. O primeiro propugnapela adoção do algoritmo estabe-lecido no Advanced Cardic LifeSupport (ACLS), como suficientepara reverter a cardiotoxicidade,enquanto o outro propõe a retira-da, pura e simplesmente, da bupi-vacaína do arsenal terapêutico.

Dessas contradições pode-seinferir que a cardiotoxicidade dabupivacaína continua sendo umacomplicação catastrófica, apesardos conhecimentos acumuladosem 30 anos de exaustiva pesquisaabrangendo, desde a investigaçãode sua ação nos processos ener-géticos e metabólicos em nível ce-lular, passando pelas repercussõesna eletrofisiologia cardíaca, atémodelos animais que mimetizamo acidente em humanos. Mesmoassim, a bupivacaína é o anestési-co local de escolha nos centros aca-dêmicos americanos, superando autilização de agentes mais novos,ropivacaína e levobupivacaína.

Esta novidade veio através dooportuno questionário (survey)nacional elaborado pelo grupo daCarolina do Norte,EEUU2 .

Emulsão lipídica, de alimentoparenteral e veículo de anestésico,a pretenso componente do proto-colo da ACLS.

Através da pesquisa básica,Weinberg et al3,4, demonstraramque o colapso cardiovascular indu-zido pela bupivacaína é revertidopelo uso da emulsão lipídica a 20%, após a instituição das manobrasde reanimação em ratos e cães.

Devido ao sucesso desta solu-ção na reversão de parada cardía-ca resistente às manobras cardio-respiratórias em pacientes huma-nos1,5, o entusiasmo tomou contados clínicos.

Na verdade, a solução lipídicadeve contribuir mais para a tran-qüilidade e pseudo segurança dequantos fazem uso da bupivacaí-na. Até porque os defensores acre-ditam que a bala de prata (silverbullet) finalmente foi identificada,e como tal deva compor o algo-ritmo do ACLS. Em razão disso,sugerem que a emulsão lipídicadeva estar disponibilizada nas sa-las cirúrgicas, fazendo parte do kitde reanimação6.

O Intralipid R (emulsão lipídicaa 20%) é utilizado na alimentaçãoparenteral e na concentração10%,como veículo do propofol. Paraexplicar sua propriedade res-suscitadora, Wienberg et al 3,4,5

teorizam que a sobrecarga de mo-léculas da emulsão criariam umafase lipídica capaz de extrair asmoléculas de bupivacaína da fase

aquosa plasmática e dos tecidos,ou alternativamente, as moléculaslipídicas difundir-se-iam nos teci-dos, interagindo com abupiva-caína. A nosso ver é um processocinético muito demorado parauma reversão farmacodinâmicaemergencial, levando em conta agrande afinidade desse anestésicolocal para com os receptores car-díacos, e o tamanho da moléculade gordura. Também, deve-se con-siderar a agressividade sistêmicadeterminada pela sobrecarga delipídios no organismo combalido(hipóxia, acidose, alterações meta-bólicas,etc), vítima da intoxicação.

O Brasil no contexto da reani-mação do colapso cardiocircu-latório determinado pela bupi-vacaína.

Muito antes do Editorial deAlbright de 1979, preocupamo-nos com os efeitos dos anestési-cos locais no coração, e investi-gamos a lidocaína, bupivacaínae etidocaína no marca passoátrial de cobaia5. Baseamos-nosnos achados de Conduris7 que de-monstraram haver potencia-lização da cocaína na presença dadiminuição da concentração deNaCl no liquido de perfusão denervos periféricos. Dessas evi-dências, partimos para o racio-nal: aumentamos a concentraçãode NaCl da solução nutriente napreparação átrio isolado de co-baia, visando obter diminuiçãodos efeitos depressores cardía-cos. E nestas condições experi-mentais, houve, de fato, reduçãoda potência desses anestésicos nonó sino atrial. Deste modo, a“jabarização” do átrio de cobaia,(como jocosamente chamamosem analogia à técnica de conser-vação da carne), tornava os 3anestésicos menos potentes emreduzir os batimentos cardíacos8.

N a esteira do tema relacio-nado ao tratamento da in-toxicação pela bupiva-

Artigo CientíficoArtigo Científico Sociedade Brasileira de Anestesiologia

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Pari passo à estes achados,aconteceu “serindipiticamente” onascimento da NaCl hipertônica,quando Velasco na Santa Casa deMisericórdia de São Paulo obser-vou que a solução de NaCl, torna-da erroneamente hiperosmótica(7.5%) promovia resposta hemo-dinâmica eficaz nos pacientes sub-metidos à hemodiálise. A pesquisabásica referendou essa proprieda-de da solução de NaCl (2.400 mOs)no choque hemorrágico induzidoem cães9.

Logo, inferimos que esta propri-edade poderia ser valiosa na pre-venção e no tratamento da intoxi-cação pela bupivacaína, partindoda ilação entre o choque hemor-rágico e o choque cardiogênico pro-vocado pela bupivacaína. E estu-dos em cães intoxicados e tratadoscom o NaCl hipertônico, foram re-alizados10.

Os nossos resultados, contudo,mostraram-se conflitantes quan-to a eficácia deste tratamento. Se-guramente isto se deveu ao fato denão termos instituído a reanima-ção cardiorespiratória, como fize-ram os outros, em animais e noscasos clínicos nos quais a soluçãolipídica foi utilizada1,5. O trata-mento com NaCl hipertônico, po-rém, conferiu proteção aos efeitosdepressores da bupivacaína, emtodos os animais tratados. O“salgadão brasileiro” passou a serusado em nosso meio em situaçõesde colapso cardiocirculatório pro-vocados pela bupivacaína em pa-cientes humanos que recuperaramcom sucesso (comunicações confi-denciais).

Também o NaCl hipertônicoainda é empregado nos EEUUcomo medida emergencial nosresgates de pacientes politrau-matizados em estado de choquehemorrágico. Deste modo se ob-têm a estabilidade hemodinâmicaaté a chegada do paciente ao Hos-pital para a reposição de sangue,e medidas outras.

Enquanto isso, restávamosprosseguir na investigação dos efei-tos eletrofisiológicos cardíacos in-duzidos pela bupivacaína e o pa-pel da solução hipertônica nesteseventos. No laboratório do saudo-so Professor Benjamin Covino, naUniversidade de Harvard, Boston,EEUU, demonstramos que o au-mento da concentração de Na+ nolíquido nutriente da preparaçãofibras de Purkinje de coração decoelhos, impedia e revertia o au-mento da duração do potencial deação (APD) e a diminuição da ve-locidade máxima de despolari-zação (Vmax), responsáveis peloretardo da condução nestas fibrasquando intoxicadas com a bupi-vacaína11.

Em seqüência, no Instituto doCoração, (Incor) em São Paulo,Scalabrini et al,12 demonstraram aproteção da solução hipertônicasobre variáveis eletrofisiológicosinduzida pela bupivacaína emcães, referendando nossos acha-dos.

Dessas evidências, foi possívelteorizar sobre o mecanismo deação do “salgadão brasileiro” emtermos da participação do sódiocomo antagonista da bupivacaína.De uma maneira simplista, a en-trada deste íon na célula deve res-taurar o balanço eletroquímicoafetado pela ação do anestésico lo-cal sobre os canais de sódio. Acinética desta entrada deve serimediata no que é favorecida pelahipertonicidade. Estes mecanis-mos são factíveis, em oposição aosteorizados para explicar o milagreda “bala de prata” na remoção dabupivacaína que far-se-ia via aformação de uma fase lípidica,induzida pela emulsão. Por outrolado a alta osmolaridade da solu-ção, 2.400 mOs, joga um papelmarcante na transferência do lí-quido intersticial para a correntesangüínea, destarte restaurando ahemodinâmica, e assim facilitan-do a farmacocinética do agente.

A NaCl hipertônica, portantoagiria por duplo mecanismo: an-tagonismo que o íon Na+ per sepromove e o poder osmótico(2.400mOs), decorrente de sua al-ta concentração (7.5%).

Solução hipertônica de NaCl: a“prata da casa” ao invés da pre-tensa “bala de prata”.

A solução hipertônica de NaClé conquista nossa. Em lugar dametafórica “bala de prata”, deveser vista como o “antídoto” far-macológico da bupivacaína, a qualinjustamente vem recebendo apecha de “veneno”. Decerto, pornão ter sido corretamente in-dicada1, por superdosagem5 e ouinjeção não intencional em vasossangüíneos.

Todos os anestésicos locais me-recem este epíteto (veneno), mes-mo contrariando os conceitosfarmacológicos. Até a ropivacaína(sabidamente o menos cardio-tóxico dos agentes modernos) cau-sou assistolia refrataria que foi re-vertida com sucesso pela emulsãolipídica5.

Frente à essa controvérsia, res-tam-nos aproveitar os ensina-mentos extraídos das experiênci-as de outrem, e atentarmos para oque se segue:

1- O propofol, deve ser PROSCRI-TO definitivamente na situaçãode intoxicação com anestésicoslocais visando corrigir sinaisprodrômicos da intoxicação,como contratura muscular ouconvulsão, pois os efeitos car-diodepressores de ambos osfármacos se somam. Jamais eem tempo algum, o proporfoldeve ser usado, até mesmo emdesespero de causa, com vistasa um possível benefício quepossa advir de seu veículo(emulsão lipídica a 10 %),

2- As manobras de reanimaçãocardiorespiratórias devem serPRIORITÁRIAS E INSISTEN-TES, seguindo o algoritmo da

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20 - Anestesia em revista - maio/junho, 2007

ACLS, conforme Daniel Moorerecomenda;

3 - Enquanto, nada existe de novono cenário do desenvolvimen-to de anestésicos locais, a bupi-vacaína deve ser reservadapara indicações específicas e asdosagens devem ser criteriosas,bem como deve ser respeitadaa dose máxima recomendada12;

4 - A levobupivacaína e a misturaenantiomérica da bupivacaína,são comprovadamente menoscardiotóxica que a bupiva-caína14,15,16, vindo a se consti-tuir numa alternativa, emborapossam tornar-se venenosas,se erroneamente manuseadas;

5 - Acontecendo a intoxicação, a“prata da casa”, a soluçãohipertônica de NaCl, 7,5%, deveser considerada como o antído-to racional, posto que farma-cológico, quando os meios dereanimação cardiorespiratórioforem refratários;

6 - Finalmente, urge pesquisas bá-sicas que investiguem a solu-ção hipertônica e estabeleça oregime(doses, concentração,volume, etc) para a utilização.

Conclamamos os nossos diri-gentes, através da SBA e RBA, paraque dêem mais atenção a estes da-dos de realidade: superdosagem, eou intoxicação não intencional comQUALQUER anestésico local, di-vulgando exaustivamente as nor-mas padronizadas de reanimaçãoda ACLS. O fato de não termos ocostume de relatar casos clínicos,principalmente aqueles que resul-taram em insucesso, está prejudi-cando a ênfase que a complicaçãocatastrófica da bupivacaína mere-ce. E na falta de casuísta, o “statusquo” da conduta frente aos aciden-tes com a bupivacaína e outrosanestésicos locais, não pode seravaliado.

O Brasil tem idéias luminosasmas a credibilidade, por vezes, éobscurecida ou mal barateada. Daí

a importação não seletiva de tudoque é produzido no hemisférioNorte, mesmo que o produto naci-onal seja de melhor qualidade. Tra-dicionalmente, somos seguidoresda escola americana, porém o“Magister dixit”, (palavras dog-máticas com os quais os esco-lásticos da Idade Média ofereciam,como argumento sem réplica, a opi-nião do mestre Aristótelis), nãodeve ser irrestritamente aceitomormente em relação à emulsãolipídica, a “bala de prata” deles, queestá mais para o metafórico “mar-telo dourado” (golden hammer), notratamento da cardiotoxicidade deanestésicos locais.

A propósito do martelo doura-do:

“Quando a única ferramenta quevocê tem for um martelo,todas as

coisas parecem um prego”

Dra. Maria P.B. Simonetti, TSA [email protected]

Referências

1 - Rosenblatt MA et al:Successful use of20% lipid emulsion to resuscitate apacient after a presumed bupivacaine-related cardiac arrest. Anesthesiolgy,2006;105:217-218

2 - Corcoran W et al.Local anesthetic-induced cardiac toxicity:A survey ofcontemporary pratictice strategiesamong academic anesthesiologydepartments.Anesth Analg.2006;103:1322-1326

3 - Weinberg GL et al.Pretreatment orresuscitation with a lipid infusionshifts ter dose-response to bupi-vacaine-induced asystole in rats.Anesthesiology1998;88:1071-1075

4 - Weinberg GL et al.Lipid emulsioninfusion rescues dogs from bupi-vacaine-induced cardiac toxicity.Reg Anesth Pain Méd. 2003; 28:198-202

5 - Litz RJ et al.Successful resuscitationof a pacient with ropivacaine-inducedasystole after axillary plexus block

using lipid infusin. Anaesthesia, 2006;61: 800-801

6 - Weinberg GL.Lipid infusion resus-citation for local anesthetic toxi-city.Proof of clinical efficacy. Anes-thesiology. 2006; 105:7-8

7 - Simonetti MPB.Estudo comparativodos efeitos da lidocaína, bupivacaína eetidocaína em átrio direto isolado decobaia. Tese apresentada ao Depar-tamento de Fisiologia e Farmacologiado Instituto de Ciências Biomédicasda Universidade de São Paulo,1979.

8 - Conduris GA.Conduction block ofcocaine in sodium-deplet nerves withactivity maintained by lithium, hydra-zinium or guanidinium íons. J. Phar-macol Exp Ther,1963;141:253-355.

9 - Velasco IT et al.Hyperosmotic NaCland severe hemorrhagic shock.Am JPhysiol;1980;239:H664

10- Simonetti MPBS. Et al.Efeitos docloreto de sódio hipertônico sobre atoxicidade cardiovascular da bupi-vacaína.Rev Bras. Anestesiol. 1990;40:421-428

11- Simonetti MPBS.Hypertonic salinereverses bupivacaine-induced de-pressin of rabit Purkinje fiber des-polarization Vmax.Brazilian J Med BiolRes.1989;22:1393-1396

12- Scalabrini et al.Hypertonic NaClsolution prevents bupivacaine-inducedcardiovascular toxicity. Circ Shoc.1992; 36:231-237

13- Rosenberg PH et al.Maximun re-commended doses of local anes-thetics. A multi factorial concepts. RegAnesth Pain Med.2005; 30:553-566

14- Gristwood WR.Cardiac and CNStoxicity of levobupivacaine.Strenght ofevidence for advantage over bupi-vacaine. Drug Safety.2002;3:153-163

15- Simonetti MPBS et al Is it worthmanipuling the enantiomeric ratio ofbupivacaine to improve the efficacy ofthe neural block with reduced cardio-toxicidade?. Inter Monitor,1999;11(Suppl):198

16- Trachez MM et al. Motor nerveblokade potency and toxicity of non-racemic bupivacaine in rats. ActaAnaesthesiol Scand,2005;40:66-71

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Anestesia em revista - maio/junho, 2007 - 21

JASB 2007A Jornada do Sudeste Brasileiro de Aneste-

siologia desenvolveu-se em junho passado, naacolhedora cidade de Belo Horizonte.

Na abertura solene, a Regional prestou ho-menagem aos Drs. Ismar Lima Cavalcanti (RJ)e Gastão Fernandes Duval Neto (RS), outorgan-do-lhes o título de Membro Honorário daSAMG.

A programação científica foi muito elogia-da, com atividades marcantes, como o Fórum Dr. Tolomeu Artur Assunção Casali

(Presidente da SAMG e da JASB) e Dr.Mozart Ribeiro (Presidente de Honra da

JASB), entregam o título de MembroHonorário da SAMG aos Drs. Ismar Lima

Cavalcanti e Gastão Fernandes Duval Neto

No coquetel de abertura, Ismar Cavalcanti,Hugo Praxedes e Patrícia Cadecaro(do Laboratório Cristália),Ivone e Jurandir Turazzi

Em colóquio durante intervalo daprogramação científica, os Drs. Fábio

Soeiro (SP), Márcio Lacerda (RJ),Arnaldo Pinheiro Filho (CBA Natal),

Luciana Lima (PE), Sebastião MonteNeto (CBA Natal), Enis Donizetti (SP),

Célia Costa (PE) e Ronaldo Vinagre (RJ)

JASB 2007

sobre Cooperativismo e o Julgamento Simula-do de uma demanda médica. A vida associativafoi bastante movimentada, com reuniões da Di-retoria da SBA, do Conselho de Defesa Profissio-nal, da CET e CNTSA.

Em destaque no social, a belíssima festa paraos participantes na noite do sábado.

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22 - Anestesia em revista - maio/junho, 2007

Em momento de confraternização - Dr. Jurandir Turazzi e suaesposa Ivone e os Drs. Luiz Antonio Vane e Nádia Duarte

Na abertura da JOSULBRA, a Comissão Executiva do eventobrindou os aniversariantes do dia, que faziam parte da mesaDiretora, os Drs. Ismar Lima Cavalcanti e Gastão Duval Neto,com bolo e parabéns pra você cantado por cantora lírica, jun-tamente com a platéia

Da esquerda para direita Drs. Antonio Oliva Filho - Pres. MedCred, João Carlos G. Baracho - Vice-Pres. A. Méd. PR, Roberto Freire- CRM-PR, Ismar Cavalcanti - Pres. SBA, Gurinder M. S. Vasdev - Vice-Pres. SOAP, Débora Cumino - Pres. JOSULBRA

Drs. Gastão Duval Neto, K. Kuczkowski e Sebastião Monte Neto

JOSULBRA 2007

apitaneada pelos jovens talentosparanaenses – Dra. Débora Cumino(Presidente da JOSULBRA) e oDr. Clovis Corso (Presidente daRegional), a JOSULBRA 2007 foium verdadeiro sucesso científicoe associativo.

C

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Anestesia em revista - maio/junho, 2007 - 23

Carta ao EditorCarta ao Editor

ção 02/2007 – março/abril de Anes-tesia em Revista na seção Opinião,muito embora respeitando o pon-to de vista de tão importante e ati-vo membro da comunidade anes-tésica brasileira, encontro-me obri-gado por força de ensejar o con-traditório a expressar pensamen-to, se não inverso, pelo menos nãonegativo em relação à leitura emsala cirúrgica, principalmente emrazão dos motivos expostos pelocolega para condenação de tal ati-tude. Deixemos claro, de início, quequando defendo a leitura comojusta, não me refiro a textos recre-ativos de qualquer natureza, deeruditos a escatológicos. Trata-sede textos científicos ou não, maspertinentes à prática anestésica esuas relações com outras especia-lidades.

Quando se objeta o desvio daatenção dos cuidados com o paci-ente possivelmente causados pelaleitura há que ressalvar que não secogita a situação do anestesista decostas para os monitores e pacien-te, com os alarmes silenciados, ou-vindo uma música aprazível aosfones de ouvido, isolando-se doambiente e do procedimento emexecução e priorizando seu repastointelectual. Custa crer que um pro-fissional bem formado, conscientede suas responsabilidades, expe-riente e tecnicamente capaz – con-dição que deve ser básica para to-dos anestesistas em atividade –não consiga administrar seu pa-pel primordial de vigilância e açãojuntamente com a aquisição con-dicional de conhecimento. Prova-velmente a privação de sono, oslongos períodos de trabalho, oestresse causado por atritos sobe-jamente conhecidos com cirurgi-

ões, pacientes e hospitais, entreoutros fatores, sejam muito maisdeletérios não só a nossa capaci-dade de atenção, mas também dejulgamento e reação, do que a prá-tica da leitura contextualizada.Esta, ao menos, tem o mérito deaumentar nosso poder de atuarpositivamente para a melhora doambiente hospitalar, das relaçõesprofissionais e, principalmente,para o conforto e segurança dosnossos pacientes.

A possibilidade de demandapor parte dos pacientes pela di-minuição dos honorários parece-me mais um exercício teórico deraciocínio, criando-se uma situ-ação limite, do que um aconteci-mento plausível. Na relação mé-dico-paciente, ainda mais quan-do essa relação gira em torno deprocedimento anestésico-cirúr-gico, se existe dúvida sobre a qua-lidade do serviço prestado pordeterminado profissional, procu-ra-se outro. Não acredito que setroque segurança por abatimen-to de preço. Não acredito que seadmita um certo risco adicionalpor economia financeira. A esco-lha baseia-se na confiança nomédico e em que ele, segundo suaspeculiaridades, atinja o resulta-do desejado. Se a lógica do des-conto nos honorários doanestesista que lê na sala fossecorreta então tais descontos se-riam solicitados para compensaras conversas paralelas entre aequipe cirúrgica, anestesistas ecirculantes, pela utilização cadavez mais comum de aparelhos desom nas salas cirúrgicas, pelapresença e uso de ramais telefô-nicos e celulares durante os pro-cedimentos, pela infindáveltransmissão de recados ou porqualquer outro hábito que compretexto de descontrair o ambi-

ente, aliviar a tensão, agilizarcondutas ou simplesmente man-ter contato com o mundo exteri-or, trouxesse o risco da de-satenção. Não se quer aqui defen-der a prática desmedida dos cos-tumes citados, mas simplesmen-te colocar em perspectiva as ati-tudes corriqueiras observadasnas salas de operação e que sãojulgadas aceitáveis pelos profis-sionais da área.

Por fim, e mais importante porenglobar um grande número deconsiderações em relação ao pa-pel do anestesista, tanto no de-sempenho de sua função especí-fica quanto na manutenção doprestígio e respeito pela especia-lidade, vem à discussão a idéiada receptividade e entendimen-to do ato da leitura por parte dosprofissionais atuantes no centrocirúrgico. Em relação ao que po-dem pensar tais pessoas, minhaexperiência particular é bastan-te positiva e motivadora, sendocomuns manifestações de reco-nhecimento pela busca de apri-moramento e mesmo de interes-se pelo assunto em questão le-vando a desdobramentos, porvezes, bastante produtivos. Apreocupação pela imagem doanestesista é totalmente válida,porém as verdadeiras batalhasque seriam necessárias, em al-guns serviços, pela aquisição derespeito se dariam em outroscampos. Em primeiríssimo lugar,e isso nem se discute aqui tama-nha sua obviedade, vem sempreo esmero na execução técnica, ci-entífica e ética da anestesiologianos seus tempos pré, intra e pós-anestésico. Mas concomitante-mente a isso é imperioso atingira unidade de comportamento e aética entre os próprios anes-tesistas. Ouso mesmo acreditar

C om respeito ao artigo deautoria do Dr. Jose RobertoNociti publicado na edi-

Sociedade Brasileira de Anestesiologia

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que essa atitude, algumas vezes,possa ser mais perceptível eimpactante aos olhos de cirurgi-ões, enfermagem e pacientes. Oaspecto talvez mais nefasto deatitudes dos próprios aneste-siologista prejudiciais à classe éa luta para não “perder” os ci-rurgiões. Exemplo disso é a acei-tação da marcação de cirurgiaseletivas a qualquer dia e horário,obrigando à manutenção de todaa estrutura hospitalar e dos gru-pos de anestesia à disposição dasprioridades de qualquer nature-za dos colegas cirurgiões – comas suas implicações financeiras,logísticas, físicas e psicológicas.O que dizer então dos casos emque a técnica anestésica é prati-camente ditada pelo cirurgião ouocasiões em que determinadogrupo ou anestesista individual

compete com seus pares aceitan-do pagamentos inferiores ou pra-ticando a anestesia em condições,de qualquer modo, inadequadas?Esses acontecimentos, entre tan-tos outros possíveis que não seenquadram exatamente ou nãocabem nesse espaço, são exem-plos de má prática em diferentesgraus. Escondem, sob a ilusão deuma vantagem mercadológicamomentânea, um enfraqueci-mento contínuo da especialida-de da qual se dizia ser a mais or-ganizada e forte dentro da medi-cina. E isso se dá, tristemente,tanto pela permissão quanto pelaação direta dos anestesistas.

Assim, buscando incrementar adiscussão sobre leitura em sala ci-rúrgica através de opinião contrá-ria, chega-se a um plano muito maisamplo de reflexão sobre o cotidia-

no da especialidade, despontandodaí questões que exigem maior ur-gência e empenho para serem re-solvidas, de maneira a impedirmaior rarefação do papel da anes-tesiologia. Cabe aos anestesistasagir de forma a estabelecer para-digmas de atuação justos a todos,logicamente, mas também justos efavoráveis a nós mesmos, sob penade, senão o fizermos, virmos a tra-balhar cada vez mais e em situa-ções mais desconfortáveis, ganharcada vez menos e estarmos sujei-tos a pressões e questionamentosimpróprios dos que trabalham co-nosco e da coletividade. Torço porum futuro melhor.

Dr. Alexandre Pacchioni, TSA – SBA. Co-responsável

pelo CET do Hospital das Clínicasde Ribeirão Preto – USP.

CAF SBA – Solidários

Há um ano, por iniciativa própria, os fun-cionários da SBA fundaram o CAF SBA –Solidários (Centro de Artes dos Funcio-nários da SBA). O intuito deste Projeto éde propiciar uma maior união interna, emprol de um objetivo comum, auxiliando deforma solidária àqueles que são carentese deficientes de recursos para aquisiçãode alimentos, remédios, saúde, alegria ecarinho.O CAF-SBA organiza campanhas de arre-cadação de fraldas, leites, alimentos, rou-pas, brinquedos e calçados. Já fizeramdoação de R$ 785,00 para a aquisição deuma cadeira de transportes. Reciclam pa-pel, papelão e latinhas, para arrecadarfundos para a aquisição de matéria-pri-ma para a confecção de artesanatos queserão vendidos em Bazar Beneficente,cujo valor será revertido às Instituiçõesque já foram adotadas. Os próprios funci-onários confeccionam os artesanatos, nasede da SBA, fora do seu horário de ex-pediente (antes do expediente e no horá-rio do almoço). Atualmente estão cadas-trados como colaboradores voluntários doREPARTIR (Associação de apoio às crian-ças Hospital Municipal Jesus) e InstitutoBenjamin Constant (Instituição de Cegos).

Cada um fazendo a sua parte, o mundotornar-se-á melhor e mais justo!

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ções a expressão máxima da cultu-ra, praticidade e ciênciaanestesiológicas, anualmente pro-mulgada, pesquisada e vivenciadapor milhares de anestesiologistase/ou pesquisadoresque militam nestePaís-continente, o54º CongressoBrasileiro de Anes-tesiologia (54ºCBA). Desta feita,a temática escolhi-da pela SAERN epela Comissão Exe-cutiva responsávelpelo 54º CBA paraser a pedra angu-lar e o viés dos as-suntos (cerca demil temas...) a se-rem discutidos sobas mais diversasformas didáticas,foi “anestesia emextremos etários”.Em 1990, Natal foio palco do 37º CBA com participa-ção de 1550 colegas anes-tesiologistas com apresentação de189 temas-livres inscritos, sendo atemática básica proposta “anes-tesia na 3ª idade”. Naquela épocanão houve nenhum curso pré-con-

gresso; ainda não havia uso roti-neiro de agulhas de fino calibrepara anestesia raquídea, diprifusorcomputadorizado na opção pelaTIVA, nem monitorização maisabrangente com capnografia e BISpara avaliar a profundidadeanestésica; ainda não se falava da

importância da isomeria ou dosevoflurano... Hoje preparamoscom esmero e entusiasmo um con-gresso de alto nível para 5 dias de-dicados integralmente a um núme-ro triplo de participantes e convi-dados, além do maior teor científi-

co (cerca de 500 temas livres sãoaguardados...)

Na escolha do formato das ati-vidades científicas do CBA, opta-mos pela multiplicidade de méto-dos didáticos, visando facilitar oaprendizado em um tempo relati-vamente curto. A diversidade dos

assuntos permitiráabordagens diferen-tes tendo em vista aprofundidade cientí-fica e os avanços táti-cos e técnicos. As ins-crições dos cursos eworkshops serão fei-tas on-line, atravésdo site(www.cba2007.com.br)e estarão disponíveisapenas para os par-ticipantes já inscritosno congresso; os te-mas escolhidos são osque têm despertado amaior procura e inte-resse dos anestesio-logistas, de acordocom levantamentorealizado nos últimos

grandes eventos científicos do país.Os Congressos de Dor e Reanima-ção terão salas distintas, com rele-vância dos assuntos a serem abor-dados em função de especificidadedos temas em consonância com asua praticidade.

Venha viver Natal,o54º CBA

lhe espera!A cidade do Natal sediará de

10 a 14 novembro de 2007no seu Centro de Conven-

ArtigoArtigo Sociedade Brasileira de Anestesiologia

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Anestesia em revista - maio/junho, 2007 - 27

Independente das polêmicasteológicas sobre a origem da vida,o interesse maior da anestesiologiaé o bom e o adequado atendimentoao(à) paciente, desde a sua curtapassagem pelo útero materno (se-manas) até a idade máxima per-missível em função do nosso atualarcabouço orgânico (em torno dos120 anos). Assim, a maioria dosassuntos e das técnicas modernasa serem estudados e discutidos en-volverá a anestesia obstétrica, in-clusive a cirurgia intra-uterina;anestesia pediátrica, envolvendorecém-nato, lactente, escolar; anes-tesia geriátrica ou gerontológicamarcada pelas comorbidades,como também anestesia de cirur-gias correlatas na criança e no ido-so, como oftalmológica, cardio-lógica, ortopédica, urológica, on-cológica, plásticas, geral, trans-plantes, além do seu eventual aten-dimento em resgate ou na UTI.Além disso, haverá congressosconcomitantes para análise do tra-tamento multidisciplinar da doraguda ou crônica, como tambémpara atualização nos mais moder-nos métodos de ressuscitaçãocardiorespiratória.

Entendemos que o bom atendi-mento à criança começa com umaanestesia obstétrica de ponta ondeo anestesiologista participa ativa-mente na equipe cirúrgica lado alado com o obstetra, o neona-tologista e a enfermagem, garantin-do a melhor qualidade no atendi-mento à parturiente e ao recém-nascido. Atualmente, defeitos con-gênitos exigem atendimento anes-tésico-cirúrgico cada vez mais pre-coce (mielomeningocele, hidro-cefalia, hérnias, pé torto, etc ), quiçáaté com indicação de cirurgia intra-uterina sob anestesia geral. Serãodestacados o incremento e os bonsresultados de bloqueios anestésicosespinhais e analgesia pós-operató-ria na anestesia pediátrica.

Segundo o IBGE, o Brasil estáenvelhecendo rapidamente: a ida-

de média de 42 anos no início doséculo passado já atinge 72 anosnos dias de hoje; os atuais 9,1% dapopulação (15 milhões), tornar-se-ão 16% em 2030, já que a popula-ção cresce e envelhece de maneirageométrica e constante! Não sen-do objeto da anestesiologia atuarna medicina preventiva na buscade um sábio envelhecimento –movimentar-se sempre, comerpouco, amar no sentido amplo dapalavra e gerenciar o estresse –compete-lhe a obrigação de conhe-cer e acompanhar com profundi-dade as comorbidades no proces-so inexorável de envelhecer, bemcomo o estabelecimento de prog-nóstico nos diversos aspectos clí-nico-cirúrgicos em função do atoanestésico. Conhecimentos geron-tológicos e geriátricos facilitarão ainclusão do anestesiologista no roldos profissionais médicos com-promissados na redução do pro-cesso involutivo que a idade avan-çada promove. Identificar na visi-ta ou na consulta pré-anestésicafatores mórbidos agravantes co-mo os hormonais (hipotireoi-dismo, menopausa, andropausa),metabólicos (diabetes, dislipide-mias, obesidade), cardiovasculares(hipertensão, insuficiência coro-nariana, disritmias), respiratórios(resfriados, bronquite asmática,enfisema), osrteoarticulares (os-teoporose, artrose, artrite), neuro-lógicos (parkinson, insônia, de-mências), psiquiátricos (depres-são, estresse, fobias), oncológicos(próstata, mama), cinéticos (dis-função renal, cirrose, anemia), ocu-lares (glaucoma, catarata), dentreoutras morbidades concomitantes,sempre ajuda no estabelecimentode um risco cirúrgico pertinente.Aliás, rejuvenescer não é possível(o relógio biológico não retroage);sendo que a morte é uma das ver-dades absolutas, a única maneirade evitar a velhice e suas comor-bidades seria morrer cedo, o quenão é uma boa solução...

Como dizia o escritor latinoJuvenal “Mens sana in corpore sano”...Na busca de um corpo “sarado”,a situação geográfica de Natal ofe-rece oportunidade única parabusca e preservação da saúde,exercício na arte do bem vivernestes poucos dias de Congresso...Região tropical com o Deus solsempre à disposição para melho-rar os humores, mesmo os maislúgubres, pois neste clima privi-legiado daqui estamos respiran-do o ar mais puro da América la-tina, segundo a NASA. Praias ci-nematográficas com água a 23º Cconvidativa ao banho (massagemanalgésica sem ônus...); naturezaexuberante com paisagens para-disíacas como a exposta à contem-plação no por-do-sol sobre o rioPotengi, mirando-se da Pedra doRosário; comidas saborosas e va-riadas, um desafio ao mais refi-nado paladar, a não ser que tenhaalergia a camarão e à carne desol...; passeios nas dunas com ousem emoção; dança de forró “pé-de-serra”, danças de salão ou dis-coteca à noite. Tudo isto ajudaráa memorizar os novos conceitosestudados da técnica e táticaanestésicas, todos já amplamentediscutidos, seja nas salas de aula,seja nos temas livres e posters du-rante o congresso, pois todos oshotéis estão localizados na ViaCosteira onde a brisa do mar aju-dará a embalá-los em sono repa-rador e com sonhos (fase REM)para consolidação da memória ...uma verdadeira profilaxia da“síndrome de burn-out” do profissio-nal anestesiololgista.

Viva a beleza da cidade do Na-tal com intensidade que merece edesfrute a hospitalidade do(a)natalense na busca do seu mereci-do lazer.

Dr. Nilton do ValePresidente da Comissão

Científica do 54º CBA

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Anestesia em revista - maio/junho, 2007 - 29

Novos MembrosNovos Membros

ATIVOAdriana Muniz CordeiroAgnaldo Antonio Rodrigues FilhoAlessandro José Cavalcante SouzaAlex Davidson Biagioni PimentaAlexander Ferrari CocicovAlexandre Barbosa da SilvaÁley Newton Marinho AndradeAline Beatriz da Fonseca BarrosoAna Beatriz A. do NascimentoAna Carolina Cellet SimonatoAnderson FrançaAndré Luís Paulos de SáAngelo Manoel Grande CarstensAntonio Carlos Ferreira FilhoAntonio Jorge F. da Silva JúniorAretusa Chediak RoquimArlesson Andrião CaneppaAurélio YamadaBeatriz Cathala EsberardBeatriz Gonçalves MironBianca de Mattos PrezaBruno Ferreira MonteiroBruno Lorenzini FusariBruno Mendes CarmonaBruno Técio Lima MendesCarla Josefine B. de Lima RibeiroCarla Moreira Vommaro MendesCarlos Eduardo Veras BeltrãoCarlos Renato Prosdocimi CorrêaCarolina de Aguiar PaivaCarolina Mourão dos SantosChristian Michael MiklosCinthia Indelli AraújoCristhiane Aparecida de A. LeãoCristiane ReisCristiano Hahn EnglertDalmir Florêncio PedraDaniel Câmara de RezendeDaniela Cândido T. Dias PintoDaniela de Souza Araújo FernandesDanilo Bacchi R. Forti dos SantosDécio da Silva e SilvaDelier Gonçalves Rodrigues JúniorDenise Galvan BraffDiogo Medeiros BahiaEduardo Henrique Oliveira AlvesEduardo Jorge YamadaEduardo Motoyama AlmeidaErika Duailibe M. Fernandes

Evandro BellottoEverton Hideki HiragaFabiana Piovezan FrancoFabiana Ribeiro da Silva FagáFabiano BergamaschiFábio Augusto SchiavuzzoFábio Cadilhe de Almeida ChiaratoFábio Coelho BarrosoFernanda Miyoshi OdaFernando Henrique MaedaFlávia Helena dos SantosFlávia Loureiro GarciaGabrielle Pinto RebelloGeórgia de Holanda FreireGeorgio Garcia Morante ParraGraciana Zerbini de AraújoGraciela Maria Gera AbrãoGrazzielle Campos RosettiGustavo de Freitas BallarinHarison José de OliveiraHelena Queiroz CostaHelga Manarte Hanna MarinhoHeloisa Hideko Nakaghi KatoHenrique Mourão AlvimIolanda Cláudia Dias RodriguesJander de Moraes de AraujoJarbas Machado AlmeidaJoão Bosco Silveira FilhoJohnny de Geus JuniorJonas Elias LongoKaliandra Nery AbdallaKarina KohnLarissa Salles OttoboniLaura de Araujo LeiteLeonardo GraeverLeonardo Tadeu G. CamargoLuciana de Nazaré Lima da CruzLuciana Peixoto AlvimLuciana Pinheiro PadilhaLuciane Gomes Roberto de LimaLuis Alfredo Lopes Soares FilhoLuiz Ferrarezi NetoLuiz Gustavo Orlandi de SousaLuiz Marcelo Carreira dos SantosMacário José de Brito BezerraMarcel Rodrigues FerreiraMarcello de Souza SilvaMarcelo Forquevitz FerreiraMarcelo Luiz Souza PereiraMarcia Cristina Barbosa da Costa

Marcus Espeschit Arantes FilhoMariângela Melhem N. de AlmeidaMarilman Maciel BenícioMauricio Teruo Shimatai SazakiMonique Corrêa de Castro de SáPatrícia Aparecida MoreiraPatrick Augusto G. L. de OliveiraPaulo Magalhães G. RamacciottiPedro Anisio Soares NetoRaffael Pereira Cezar ZamperRenato Toledo MacielRenésio MarcksRicardo Corrêa GonzalesRicardo KawauraRocélia Santana AndradeRodolfo Silva De MartinoRodrigo Gonzalez FarathRodrigo Otávio Lami PereiraRodrigo Santos BiondiRodrigo Vasconcelos B. da SilvaRogério CavalheiroRonald de Albuquerque LimaRonaldo Antonio da SilvaRonaldo Silva NogueiraRosa Naccarato Teixeira LopesSabrina NicolaSamanta MaturanaSofia Meinberg PereiraTais Felix SzelesTelma Maria Carvalho da SilvaThaís Cristina TebaldiThiago Colletti Remond ManfrinTiago Gayer de AlencarUirá Ramos Cotrin PiresVanessa Alves Rodrigues SardetoVanessa Tavares NascimentoWiama da Costa JucáXênia Frinhani T. de Miranda

ADJUNTOAderson Eustáquio Barbosa AguiarAna Carla Cavalcante SilvaAna Paula Fonseca Braz FernandezAnibal Francisco M. ZegarraElson Antonio AthaydesEvandro José da Silva VittaFrederico Augusto Soares de LimaJária Pereira RicardoLuciana Paula Silva PiresMarcília Regina G. de Oliveira

Sociedade Brasileira de Anestesiologia

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Maxwellk da Silva MeloMichelle Reis de Lucena

ASPIRANTEAlessandra de Carvalho MinistroAlessandra Rezende FariaAlexandre Fabricio MartucciAlexandre Nunes CavalcanteAlexandre TakedaAlexandre Ximenes Ponte LimaAline Cristina Pantojo RodriguesAlisson Diorgens Amaral GondimAlisson Rodrigo R. Sillete de MeloAmanda Ambrósio da SilvaAna Carolina B. S. da SilveiraAna Carolina LemosAna Luíza André CiríacoAndré Hosoi RezendeAndré José Arrigoni GomesAndré Luiz Gonçalves MoreiraAndré Marques MansanoAndreia Barreto MainardiAndressa Corrêa dos SantosAnelize Cristina TorrichelleAníbal Costa FilhoAntonio Celso G. de S.Barros FilhoAntônio Fernandes de Souza LimaAntonio Lucas Binda JuniorAntonio Santo Biancardi JuniorArabela Lúcio Jacóme BrittoBianca Amado de MeloBianca Lindenberg Braga NobregaBianca Quadros AchcarBreno Leonardo de A. MendonçaBruno Emanuel Oliva GattoBruno Gusmão de OliveiraBruno Luis Silva de OliveiraBruno Netto FigueiredoBruno Ribeiro Alves da SilvaBruno Ricciardi SilveiraBruno VilanovaCairo Ferreira Aleixo de PaulaCamerine Domingues da SilvaCamila Bartholo Soccio de SouzaCamila Christo Fani BumacharCamila de Melo Matos LinsCarla Braga e SilvaCarlos Alberto MagnoCarlos Augusto Dias de FreitasCarlos Furtado MacedoCarlos Gustavo Silva KatayamaCarolina Baeta Neves D. FerreiraCarolina Nacevicius Sposito

Carolina Neves TavaresCarolina Silveira S. RodriguesCaroline ArroyoCeciliane da Silva FaresCecílio Faria LimaCejana Stephanie PiresCelso Augusto Martins ParraCésar Lopes GibaraCésar Tadao UtzumiChiara Scaglioni TessmerChristiane Leal TorreiroCintia Gomes da SilvaClayton Augusto de O. RibeiroCristiana Machado MoraesDaiana Ciléa H. NascimentoDaniel Adans WenzingerDaniel Daudt SantosDaniel Gioielli de CastilhoDaniel Guen NatsumedaDaniel LiusonDaniel Regis D AlbuquerqueDaniel SanchezDaniel Veloso Viana BomfimDaniela Cristine Morais da SilvaDaniela Pinho FerreiraDaniela RenziDaniele Alves de OliveiraDaniele Oliveira BarrosDante Moore Almeida LeiteDavidson Barbosa AssisDayene Baía SilvaDemócrito Ribeiro de Brito NetoDenise Tavares da SilvaDeyvid Santos da CruzDiana Pierre QuentalDilson Resende Buzatti FilhoDiogo Barros FagundesDiogo Bruno Pontes de OliveiraEdilson da Silva JúniorEdmilson Gomes de Oliveira FilhoEduardo Heidi FukusatoEduardo Langreca TeixeiraEduardo Rezende dos SantosEduardo Tanaka OtaniEline Elke F. Soares CavalcantiElio Ferreira de Oliveira JuniorEzequiel Calou Silva ThéFabio Andre Barbosa IvoFábio Gérson Sá Gabriel da SilvaFabíola Alencar VargasFabíola Prior CaltabelotiFabriccio MariniFabrício Chrystopher Yamamoto

Fabrício Portilho Silva MagalhãesFelipe Ribeiro da Silva CamargosFernanda Amado Bahia GamaFernanda Cristina Ilha AlgarveFernanda Lourenço FurigoFernanda Moraes RibeiroFernando Cassio de AndradeFernando Henrique dos S. P. SilvaFernando H. M.de C.ZylbersztejnFernando Souza NaniFernando Tatsumi OkanoFlávia Athayde Veloso MadureiraFlavio Seino da CostaFrancisco Jose Chiaradia DavolosFrederico Roriz BressanGabriela Cury ThiesenGabriela Mello dos SantosGastão de Mattos Muller NetoGermana Lopes do NascimentoGermano Pinheiro MedeirosGermara Lopes do NascimentoGilberto Murara da VeigaGilberto Orlando de A. Portela Jr.Glênio Bitencourt MizubutiGustavo Galhardo KappsGustavo Kleber KernGustavo Tonazio RamalhoHebert Nogueira DuarteHéctor Arturo Phillips Lopez JuniorHelga Bezerra Gomes da SilvaHellen Bedim BoninHenrique KozukiHilloa Rodrigues PereiraHumberto Olderige J. de SiqueiraHumberto Pires T. Jerônimo LeiteHumberto Sérgio de OliveiraIgor Neves Afonso CastroIgor Peixoto Rabelo NavesIsaac Adriano Cavalcante RibeiroIzabela Fortes LimaJemenes Henrique Lopes LimaJoão Alexandre Dias e SantosJoão Luiz Borges do ValeJoão Paulo Furtado MaduroJoão Victor Lopes DamascenoJoel Gianelli Paschoal FilhoJoni Shiguenori SaitoJosé Alex de Oliveira SouzaJosé Arnaldo Borges de CarvalhoJosé Gabriel Pavão BattagliniJose Luiz Dias NogueiraJosé Marcelo Campos de MenezesJosé Márcio Costa Marques Júnior

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Juan Carlos Melgarejo ArzuzaJuliana Cavalhieri SilveiraJuliana Pardo SardinhaJuliano Lopes SeguraKátia Ferreira de OliveiraKelly KomuroKiara Falcão MiclosLaelson Soares MoreiraLarissa de Oliveira Cortez PereiraLarissa Goveia MoreiraLarissa Marzullo MaiolinoLena Maria Mukai VerriLeonardo Henrique Cunha FerraroLeonardo Pimpão BlumeLeonardo Saraiva G. de OliveiraLetícia Bulhões GuimarãesLetícia Cunha da RosaLeticia Lunardi RochaLidia Strate BolfeLilian Marques NogueiraLívia Pereira Miranda PradoLorena Maria FonsecaLucas Cardoso de AndradeLucas Coutinho de Sá OliveiraLucas Perrone GomesLuciana de Souza Cota CarvalhoLuciana Sales de AraújoLuis Eduardo CunhaLuis Fernando Regis SimõesLuiz Felipe Clementi CharlesLuiz Henrique do Carmo JúniorLuiz Henrique Ide YamauchiLuiz Medeiros de Lima FilhoMaíla Fernanda Silva PardiMaira Lúcio Dornelas SoaresManuela Tatsuko SatakeMarcel de Oliveira CavalcantiMarcel Henrique RibeiroMarcello Nobrega G. de QueirogaMarcelo Henrique de S. OliveiraMarcelo Nicacio Santa CruzMarcelo PuppinMarcelo SimõesMarcelo Souza XavierMarcelo Waldir Mian HamajiMárcio França de QueirozMarcos Lopes Nalon de QueirozMarden Fernando Miranda Ramos

Maria Cecília GuimarãesMaria Inês Clemente PerestreloMaria Lucia SteulaMariana Elisa Pinto De LorenzoMariana Pace BoardmanMariana Scalia RodriguesMarina Cardoso MachadoMarina Zerwes VacaroMatheus Fécchio PinottiMelina Cristino de Menezes FrotaMichel LajnerMirella Nascimento de LimaMoana Florêncio PontesMonique C. Mattos de MesquitaMuriel GrandoNathalia Agostini TorresNelson Francisco de FreitasNewton Teixeira FrancoNorberto Chella JuniorOlívia Maria Silveira GuedesOmério Hauck da SilveiraPatrícia Dallago ChandohaPatricia Moreira de SousaPatrícia Reis IêredPaula Cristina Leitão de AssunçãoPaula Penido MartinsPaulo Lopes RiemmaPaulo Pinheiro AguiarPaulo Rodrigo de AbreuPedro Rocha NardelliPhilippe Albert PlanardPriscila Rivoli KiyoharaPriscilla Antunes de AlmeidaPriscilla de Souza LuzRachel de Oliveira GomesRachel do A. R.Araújo VieiralvesRafael A. Fusco A.CammarosanoRafael Barra de OliveiraRafael CechetRafael de Macedo CoelhoRafael Sandri HellúRafaela Olimpio RibeiroRenan Monteiro Olórtegui AlbanRenata Oliva RosaRenato da Costa XavierRenato de Figueiredo CisneRené Queiroga Barbosa

Ricardo Andrade AlexandrinoRicardo Carbonera BoschinRicardo Daniel Beneti dos ReisRicardo Turatti MirandaRoberta Assumpção CartafinaRodrigo Andraus da SilvaRodrigo Augusto Marques BezerraRodrigo dos Reis FerreiraRodrigo Emanuel FariaRodrigo M. dos Santos Laia FrancoRodrigo SuzukiRogério Augusto de QueirozRólison Gustavo Bravo LelisRoniclever MoroRosabela Fátima Pereira RibeiroSamara Vaz CarneiroSandra Zucchi de MoraesSang Ken KimSara Rocha BarreiraSílvio Ramalho de MoraesSimone Furukawa C. GasparTalita Oliveira Dias dos SantosTatiana de Souza RomeroTatiana Goldgaber BorgesTatiana Kumonda ShibataTatyanne Frique FerreiraThiago Alves RodriguesThiago Caetano PeixotoThiago Côrtes SampaioThiago Fonseca SchuchThiago Matos GomesThiago Nouer FredericoTiago Guimarães AndradeTiago MallmannTiciano Gonçalves de OliveiraTomaz Gonzales Passos EstrelaTúlio Faria AuricchioUlisses Pinto FerreiraValéria Guidotti Corrêa de OliveiraVictor Antonio Teixeira AlvesVictor Botecchia PassamaniVictor Emanuel Puppin PintoVinicius Laguardia de MouraVinicius Messias NogueiraVitto Bruce Salles Alves FernandesWilson de Oliveira Costa Jr.York Lopes de Oliveira Júnior

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32 - Anestesia em revista - maio/junho, 2007

DepoimentoDepoimento

te e rezei para que chegasse logo....rezei muito. Apesar de sentir o de-sânimo na face de algumas pesso-as que se encontravam na acade-mia, não pensei nenhum momen-to em desistir.

Em aproximadamente 20 minu-tos chegaram ao local o SAMU e aambulância do Hospital Especial,com médicos e paramédicos. O mé-dico da ambulância, já ciente doquadro, subiu as escadas da acade-mia com o desfribilador em mãos.Foi realizada desfibrilação cardía-ca, sem sucesso inicial. Simultanea-mente foi puncionada uma veia pe-riférica, administrada adrenalina erealizada nova desfibrilação, quan-do houve reversão do quadro, comretorno de pulso carotídeo. Realiza-mos entubação endotraqueal e ven-tilação com AMBU e oxigênio suple-mentar. Neste momento, acionamosum hospital privado a fim de deixarpreparada uma equipe de hemo-dinâmica. Sabia que não poderiamais interromper o meu trabalhode salvar aquele homem. Acompa-nhei-o na ambulância e, no trajetoao hospital, sempre de olho nosmonitores que me apontavam umasaturação de 98% e freqüência car-díaca de 80 a 90 bpm, vislumbrei aluz no final daquele túnel: meu pa-ciente finalmente retornava à cons-ciência, abria os olhos e iniciava osseus movimentos respiratórios deforma espontânea. Chegando aohospital, a equipe de hemodinâmicaestava pronta para recebe-lo e oeletrocardiograma evidenciou umenfarto agudo do miocárdio. Na salade hemodinâmica, foi diagnosticada

uma obstrução de 95% da artériadescendente anterior. Prontamentefoi realizada a angioplastia, com co-locação de “stent”.

Ao saber que duas horas apóso incidente o paciente encontrava-se “curado”, fiquei emocionada eagradeci a Deus a possibilidade deter ajudado aquele colega a conti-nuar a sua vida.

Vinte e quatro horas após oatendimento, encontrei-o na UTI,sentado, lendo uma revista, comose nada tivesse acontecido, excetopor uma forte dor muscular na re-gião torácica. Dores do meu ofício,pensei eu.

Para arrematar esta história, otal paciente também era um cole-ga de labuta na arte de curar, umresgatador de vidas, que continuade forma mais do que nunca bri-lhante na sua missão de dar vidaaos olhos dos seus pacientes. É umoftalmologista, que segue a trazerluz e alegria, onde antes havia tre-vas e tristeza.

De todas as lições que recebi davida, esta, sem dúvida, foi dasmais bonitas e enriquecedoras. Etenho somente a agradecer aobom Deus pela oportunidade queme deu de exercer e cumprir, comeficiência e zelo, o juramento quefiz na conclusão do meu cursomédico.

nordestino de 2007. Me sentia ex-tremamente cansada e estressadanaqueles dias em particular. Pedia uma colega que me substituíssenas cirurgias eletivas que terianaquele dia e resolvi iniciar o diarelaxando, com exercícios físicos.

Às 5:20 da manhã, estava cor-rendo na esteira da academia deginástica, quando uma colega obs-tetra, chamou-me a atenção, mos-trando que uma pessoa acabara decair ao chão. Sem demora, aban-donei o equipamento de ginásticae corri em sua direção para pres-tar os primeiros socorros. Aoexaminá-lo observei que encontra-va-se inconsciente, sem respiraçãoespontânea, com liberação de es-fíncter (urina) e sem pulso central.No mesmo instante iniciei as ma-nobras de reanimação juntamen-te com professores e outros médi-cos que se encontravam no local.Realizamos massagem cardíacaexterna e respiração boca a bocapor aproximadamente 20 minu-tos. Durante a reanimação solici-tei material de reanimação; no en-tanto, a academia não dispunha denenhum tipo de equipamento, nemum simples cilindro de O2 ou o es-sencial desfibrilador. Algumaspessoas que se encontravam nolocal sugeriram levá-lo ao hos-pital; no entanto, adverti que opaciente encontrava-se em para-da cardíaca, o que tornava inviávelo seu transporte naquele momen-to. Solicitei atendimento de resga-

A menina queroubou a morte

Renata Monteiro*

Sociedade Brasileira de Anestesiologia

E ra um dia chuvoso de mar-ço, literalmente as águas demarço fechando o verão

Este é um relato verídico de uma história de sucesso de reanimaçãocardiorrespiratória, ocorrida em Recife-PE, com a Dra. Renata Monteiro,anestesiologista do Instituo Materno Infantil Professor Fernando Figueira.

Nota da Editora

Renata MonteiroComunicação pessoal

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Anestesia em revista - maio/junho, 2007 - 33

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Calendário CientíficoCalendário Científico2007

AGOSTO02 A 04 – XXXII JORNADA DE ANESTESIOLOGIA DOESTADO DO RIO DE JANEIRO (JAERJ)I RIODOR - I JORNADA DE DOR DA SOCIEDADE DEANESTESIOLOGIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIROHOTEL GLÓRIA - RIO DE JANEIRO - RJ

24 A 25 – 13ª TEORIA E PRÁTICA DA ANESTESIA REGIO-NAL E CONTROLE DA DORSÃO PAULO - SP

31 A 01 DE SETEMBRO – JORNADA CEARENSE DE ANES-TESIOLOGIA – JOCANFORTALEZA - CE

SETEMBRO07 E 08 - 38a JORNADA DO BRASIL CENTRAL DE ANESTE-SIOLOGIAPALMAS / TOCANTIS

13 A 15 – XV JAEPE - JORNADA DE ANESTESIOLOGIA DOESTADO DE PERNAMBUCO - SUMMERVILLE BEACHRESORT NA PRAIA DE PORTO DE GALINHAS - RECIFE - PE

26 A 29 – CONGRESSO ARGENTINO DE ANESTESIOLO-GIASALTA - ARGENTINA

28 E 29 – JORBA – JORNADA BAHIANA DE ANESTESIOLO-GIASALVADOR - BA

OUTUBRO13 A 17 – ASA ANNUAL MEETINGSAN FRANCISCO - EUA

NOVEMBRO10 A 14 - 54º CONGRESSO BRASILEIRO DE ANESTESIOLO-GIANATAL / RN

20 A 24 – CONGRESSO CLASA 2007CANCUN - MEXICO

2008

MARÇO2 A 7 - 14TH WORLD CONGRESS OFANAESTHESIOLOGISTSCAPE TOWN – SOUTH AFRICAEMAIL: [email protected]: http://www.wca2008.com

Sociedade Brasileira de Anestesiologia

13 A 15 - XXXII - JORNADA NORTE-NORDESTE DE ANESTE-SIOLOGIAARACAJU / SE

NOVEMBRO15 A 19 - 55º CONGRESSO BRASILEIRO DE ANESTESIOLOGIASÃO PAULO / SP

2009

NOVEMBRO56º CONGRESSO BRASILEIRO DE ANESTESIOLOGIASALVADOR / BA

2010

NOVEMBRO57º CONGRESSO BRASILEIRO DE ANESTESIOLOGIAGRAMADO / RS

2011

NOVEMBRO58º CONGRESSO BRASILEIRO DE ANESTESIOLOGIAFORTALEZA / CE

2012

NOVEMBRO59º CONGRESSO BRASILEIRO DE ANESTESIOLOGIAA DEFINIR

2013

NOVEMBRO60º CONGRESSO BRASILEIRO DE ANESTESIOLOGIAARACAJU / SE

OBITUÁRIO

Nome Matr. Regional

Dr. Jorge de Almeida Bello 00307 SAESPDr. Paulo Cabral Bittencourt 00129 SAEPEDr. Sandro Dugnani 15672 SAESPDr. José Amilton Garcia Acosta 02394 SARGS

Manualde Fármacosem Anestesia

Você poderá fazer odownload do Manual deFarmácos em Anestesia parao seu Palm. Para tanto, sigaas instruções constantes doPortal da SBA.(www.sba.com.br)

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