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ANÁLISE MULTI-TEMPORAL DE CENAS DO SATÉLITE QUICKBIRD USANDO UM
NOVO PARADIGMA PARA A CLASSIFICAÇÃO DE IMAGENS E
INFERÊNCIAS ESPACIAISEstudo de caso: Bairros Belvedere e Buritis,
Belo Horizonte, MG
Dr. Hermann Johann Heinrich Kux Eduardo Henrique Geraldi Araujo, MSc.
Divisão de Sensoriamento Remoto, INPE
São José dos Campos, Junho 2007
Imposição de um modelo econômico e especulativo.
Motivação
Desenvolvime nto inadequado em áreas com grande potencial urbano;
A constatação de mau uso das áreas urbanas:
IntroduçãoSensoriamento Remoto
Administrar ambientes urbanos envolve procedimentos de monitoramento e modelagem que requerem uma base de informações confiáveis;
O uso das técnicas de sensoriamento remoto auxilia na obtenção de informações sobre o uso do solo e na elaboração de um diagnóstico que subsidia o planejamento e a solução de problemas;
Disponibilidade de sensores com alta resolução espacial;
Métodos de classificação usando um novo paradigma: orientado a objetos;
Inferências espaciais com a interação de dados de diversas origens e formatos, usando SIG.
Detalhamento dos objetos
Introdução
Avaliar o uso de técnicas de processamento digital de imagens de alta resolução espacial e de métodos de inferência espacial de áreas urbanas, destacando suas características, especificidades e limitações, de modo a auxiliar no diagnóstico e na produção de informações sobre a cidade, contribuindo para o planejamento urbano.
Objetivo
Objetivos específicos
Em duas áreas-testes, bairros Belvedere e Buritis,:
Testou-se a eficiência de métodos de correção geométrica de imagens do satélite Quickbird;
Avaliou-se a precisão dos resultados da ortorretificação de imagens Quickbird tipo ORStandard aplicando o modelo rigoroso com o uso de pontos de controle terrestres adquiridos por GPS (Global Positioning System) em modo diferencial;
Avaliou-se o desempenho da classificação orientada à objetos no mapeamento da cobertura do solo urbano;
Avaliou-se a integração de informações extraídas de imagens Quickbird e de outras fontes em um SIG na geração de novas informações que subsidiem o planejamento urbano .
Área de estudo - Belvedere
Área de estudo - Belvedere
Área residencial unifamiliar.
Área residencial multi-familiar e
comercial.
Área de estudo - Buritis
Área de estudo - Buritis
Poluição visual - fundações
Grande declividade
Área de estudo - Geologia
Plano de xistosidade das camadas coincidentes com a inclinação da encosta
Área de estudo - Geologia
Corte com risco ao Deslizamento
Corte sem risco
Mergulho das camadas
45o Risco à escavação
Corte NW-SE
Procedimentos metodológicos
Definição da área de estudo
Aquisição das imagens Quickbird
Exigências;
Relevância;
Pertinência.
Imagem 2004
Imagem 2002
Buritis Belvedere
Definição da área de estudo
Especificações do satélite Quickbird
Lançamento: 18.10.2001 Vida útil: > 5 anos Órbita: 97,2º sol-síncrona Duração da órbita: 93,5 minutos Largura da faixa imageada: 16,5 Km (nadir), 20,8 Km (off-nadir) Tempo de revisita: 1 – 3,5 dias conforme a latitude Resolução espacial: Pancromático – 61 cm nadir, 72 cm a 25º Multiespectral - 2,44 m nadir, 2,88 m a 25º Resolução radiométrica: 11 bits, 2048 níveis de cinza Bandas: Pancromática: 0,45 – 0,90 µm Azul: 0,45 - 0,52 µm Verde: 0,52 - 0,60 µm Vermelho: 0,63 - 0,69 µm IV próximo: 0,76 - 0,90 µm
Procedimentos metodológicos
Definição da área de estudo
Correção geométrica
Curvas de nível
MDE
Trabalho de campo
Pontos D-GPS
Ortoimagens
Avaliação da precisão
Correção geométrica
Informações adquiridas
Informações geradas
Procedimentos metodológicosCorreção geométrica - MDE
Procedimentos metodológicosCorreção geométrica – pontos D-GPS (campo)
Feições em ambas imagens
Coleta de coordenadas por GPS em modo Diferencial
Procedimentos metodológicos
Definição da área de estudo
Correção geométrica
Imagens classificadas
Avaliação:
Kappa;
Estabilidade.
Cadastro editado
Ortoimagens editadas
Definição das classes;
Segmentação multi-resolução;
Rede hierárquica;
Regras de pertinência;
Avaliação
Classificação
Informações geradas
Classificação orientada a objetos
Procedimentos metodológicosClassificação – Definição das classes
Procedimentos metodológicosClassificação – Definição das classes
Classes Composição 3,2,1 - RGB Composição 4,3,2 - RGB Características de
interesse
Asfalto Auxílio do cadastro.
BrancosAlto valor de brilho. Não
discernimento dos materiais constituintes.
Coberturas CinzasImpermeáveis. Coberturas
de grandes edifícios. Muitas variações.
Procedimentos metodológicosClassificação – Definição das classes
Flare Nível de quantização próximo a 2048.
Piscina Alta resposta no azul. Em alguns casos, no verde.
Solo Exposto
Terreno modificado (terraplanagem). Sem
presença de vegetação. Resposta no vermelho.
SombraBaixo brilho. Proximidade
de altos edifícios e vegetação arbórea.
Procedimentos metodológicosClassificação – Definição das classes
Telha cerâmica
Bordas lineares. Padronizado conforme legislação. Geometria variável. Resposta no
vermelho.
Vegetação Arbórea
Alta resposta no infravermelho próximo. Textura provocada pelas
diferentes alturas das árvores (sombra).
Vegetação Rasteira
Alta resposta no infravermelho próximo. Uniforme. Presença de resposta do vermelho
(solo).
Procedimentos metodológicosClassificação – Segmentação multi-resolução
Nível 2
Nível de interesse para a classificação;
Alvos priorizados = edificações;
Nível intermediário;
Interfere nas demais segmentações;
É influenciada pelo layer temático
Nível 3
Interesse em objetos relativos à quadras e ruas;
Baseada na forma do cadastro utilizado;
Auxilia na hierarquia e regras de pertinência;
Geração de super-objetos.
Nível 1 Geração de objetos menores que os de interesse;
Propicia a utilização de outras regras: textura;
Auxilia na hierarquia.
Procedimentos metodológicosClassificação – Regras de pertinência
Estabilidade
Um objeto pertence a mais de uma classe com maior ou menor grau(lógica Fuzzy);
Neste caso, é importante avaliar a estabilidade de uma classe observando os diferentes graus de pertinência dos objetos classificados;
Matriz de confusão
Índice Kappa;
Erro do produtor e usuário;
Índices de Hellden e Short (otimista e pessimista);
Exatidão global
Legislação
Risco Geológico
Geotecnia
Procedimentos metodológicos
Definição da área de estudo
Correção geométrica
Geologia
Imagens classificadas
Inferências espaciais
Informações geradas
Classificação orientada a objetos
Informações adquiridas
Preparação dos dados
Prejuízos à população
Áreas críticas
Edificações irregulares
Deslizamento de encostas
Expansão urbana
Inferências espaciais
Correção geométrica
Procedimentos metodológicosInferências espaciais – Preparação dos dados
Mapa geológico
Mapa de risco geológico
Mapa da legislação
Mapa de declividade
Mapa de orientação de vertentes
Adaptado e do mapa geológico de Belo Horizonte;
Simplificado;
Visita em campo.
Editado a partir do original em formato digital;
Adaptado a partir dos mapas da LEIPUOS;
Gerado a partir do MDE;
Interesse nos intervalos limitados por lei.
Gerado a partir do MDE;
Interesse nas vertentes com orientações para SE
Procedimentos metodológicosInferências espaciais – Expansão urbana
Imagem classificada 2004Imagem classificada 2002
Matemática de bandas
Aumento de impermeabilização
Informações geradas
Procedimentos metodológicosInferências espaciais – Deslizamento de encostas
Vertentes
Declividade
Inferência Espacial
Geologia
Informações geradas
Informações adquiridas
Deslizamento de encostas
Procedimentos metodológicosInferências espaciais – Deslizamento de encostas
Legislação
Declividade
Inferência Espacial Booleana
Classificações
Informações geradas
Deslizamento de encostas
Procedimentos metodológicosInferências espaciais – Áreas Críticas
Erosão
Escorregamento
Inferência Espacial Booleana
Escavação
Informações geradas
Informações adquiridas
Áreas Críticas
Procedimentos metodológicosInferências espaciais – Prejuízos à população
Declividade
LEIPUOS
Inferência Espacial - AHP
Informações geradas
Informações adquiridas
Prejuízos à população
Classificações
Áreas Críticas
Riscos geológicos associados
Zoneamento permissivo
Áreas disponíveis
para edificação
Agravamento do risco
geológico e legislação
Resultados e DiscussãoCorreção Geométrica - Testes
+ +
+
Deslocamento = 27,72m Deslocamento = 2,79m Deslocamento = 1,22m
Imagem original:
Sem correção
Imagem corrigida:
RPC + DEM curvas
Imagem corrigida:
RPC + DEM curvas + GCP
Resultados e DiscussãoCorreção Geométrica – Ortorretificação (rigoroso)
RMS = 1,05mRMS = 21,87m
Imagem sem correção - 2002 Imagem corrigida - 2002
Resultados e DiscussãoCorreção Geométrica – Ortorretificação (rigoroso)
RMS = 0,86mRMS = 14,48m
Imagem sem correção - 2004 Imagem corrigida - 2004
Resultados e DiscussãoClassificação – Rede hierárquica
NÍVEL 2 Não vegetação
AsfaltoSombra Não sombra
Alto brilho Não alto brilho
FlareBrancos Vermelhos Não vermelhos
Solo exposto Telha cerâmica Azuis
PiscinaCoberturas (cinza)
Vegetação
Rasteira Arbórea
Resultados e DiscussãoClassificação – Rede hierárquica
NÍVEL 3 Fora da áreaQuadras Ruas
NÍVEL 1 Azul (n1) Não azul (n1)
Telha de barro
NÍVEL 2
Resultados e DiscussãoClassificação – Imagem do bairro Belvedere (2004)
Resultados e DiscussãoClassificação – Imagem do bairro Buritis (2004)
Vermelho
Resultados e DiscussãoClassificação – Análise de estabilidade
Resultados e DiscussãoClassificação – Imagem do bairro Buritis (2002)
Resultados e DiscussãoClassificação – Análise de estabilidade
Resultados e DiscussãoInferências – Expansão urbana (2002-2004)
Áreas das classes de cobertura do solo – m2
Classes Buritis 2002 Buritis 2004 Belvedere 2002 Belvedere 2004
Asfalto 122242,68 134768,53 169990,93 166739,05
Brancos 45323,28 52157,16 52663,32 30020,40
Coberturas (cinza) 412826,79 444673,83 203189,77 274347,02
Flare 2331,36 631,80 93,60 611.64
Piscina 471,60 626,76 2994,12 4590,00
Sombra 58006,08 92256,48 42384,60 52450,56
Solo exposto 125866,09 88027,56 242991,73 182394,73
Telha barro 9463,32 4576,32 87817,32 99083,88
Vegetação Arbórea 430268,43 501247,48 199428,85 179812,81
Vegetação Rasteira 551191,36 437422,71 165793,33 181056,25
Total classificados 1757990,99 1756388,63 1170494,70 1167347,572004 - 2002 1602,36 -3147,13Total impermeável 589856,07 636175,84 513661,34 570190,352004 - 2002 46319,77 56529,01Total vegetação 981459,79 938670,19 365222,18 360869,062004 - 2002 -42789,60 -4353,12
Resultados e DiscussãoInferências – Expansão urbana (2002-2004)
Resultados e DiscussãoInferências – Risco ao deslizamento de encostas
AltoMédioBaixoNulo
Belvedere
Buritis
Resultados e DiscussãoInferências – Ocupação irregular
Resultados e DiscussãoInferências – Áreas críticas
Área Crítica 1Área Crítica 2Área Crítica 3
Legenda:
Resultados e DiscussãoInferências – Áreas críticas
BaixaVulnerabilidade
Alta
Buritis
Belvedere
Conclusões
Um MDT com boa qualidade é essencial para a análise multi-temporal em imagens de alta resolução;
O D-GPS forneceu coordenadas com precisão adequada aos objetivos do trabalho e auxiliaram nos bons resultados;
Análises multi-temporais requerem cuidado na escolha das feições dos pontos de controle e teste;
Imagens com elevados ângulos de visada lateral e/ou de regiões com grande variação e amplitude altimétrica devem ser corrigidas por modelos rigorosos;
Embora menos preciso, o modelo racional polinomial (RPC) se mostrou eficiente se usado com GPS e um MDT adequado;
Os resultados da correção pelo modelo rigoroso confirmam aqueles encontrados em outros estudos;
A correção geométrica foi essencial para a realização do trabalho.
Correções geométricas
Conclusões
O Layer temático do cadastro foi bastante útil na segmentação e essencial na definição da classe “Asfalto”;
A segmentação multi-resolução foi fundamental para a elaboração da rede hierárquica e das regras de pertinência;
• A hierarquia estabelecida pôde ser usada nas quatro classificações;
As regras devem ser editadas ou alteradas para cada imagem;
A opção em favorecer hierarquicamente as classes com maior facilidade de mapeamento permitiu boa avaliação geral das classificações;
Elevados ângulos de visada lateral prejudicam a classificação;
Classificação orientada a objetos
Conclusões
A análise de expansão urbana permitiu comprovar o crescimento dos 2 bairros estudados entre 2002 e 2004;
A classe “Sombra” é importante nas análises de expansão urbana;
Classes com maior confusão precisaram ser generalizadas para se realizar as análises multi-temporais;
A análise numérica permitiu maior precisão mas deve-se considerar os erros de cada processo ;
Os procedimentos de inferência espacial demonstraram a eficácia de se reunir dados de diferentes fontes em um ambiente único;
Os resultados indicaram a necessidade de se manter uma boa base de dados, atualizada e confiável;
Neste estudo, foi possível mapear áreas com tendências de crescimento e risco geológico além de auxiliar na regulamentação urbana;
Inferências espaciais
Obrigado pela sua atenção !