Análise Dos Principais Poemas Do Livro

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  • 8/20/2019 Análise Dos Principais Poemas Do Livro

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    Análise dos principais poemas do livro

    "Sentimento do Mundo" - Aqui o poeta nos revela sua limitação e impotênciaperante o mundo ("tenho apenas duas mãos/ e o sentimento do mundo"),mas se declara "cheio de escravos" "Sentimento do mundo" pode serentendido tam!m como um poema so!re o pr#prio $a%er literário ("minhaslem!ranças escorrem"), onde os poemas ("escravos") sur&em como armas("havia uma &uerra/ e era necessário/ tra%er $o&o e alimento") resultantesdo "sentimento do mundo" do qual o poeta se conscienti%a a partir dessao!ra 'rummond revela neste poema uma visão de mundo etremamentepessimista, com um amanhecer "mais noite que a noite"

    "on*dência do +ta!irano" - A alienação e o sentimento de dispersão queaparecem no primeiro poema do livro ("Sinto-me disperso,/anterior a$ronteiras") são vistas como consequências do isolamento &eo&rá*co e

    social de um eu marcado pela decadência ("ive ouro, tive &ado, tive$a%endas/o.e sou $uncionário p!lico") "on*dência do +ta!irano" se$undamenta em uma srie de ant0teses ("vontade de amar" versus "há!itode so$rer", etc), em um impasse potico entre o coletivo ("$erro nascalçadas") e o individual ("$erro nas almas") A dor do poeta não apenascausada pela saudade da terra natal, mas tam!m pelo destino do pa0s, quese moderni%ava e esquecia cidades como +ta!ira, que "apenas uma$oto&ra*a na parede"

    "1oema da 2ecessidade" - as inquietaç3es e preocupaç3es impostas pelo

    ritmo $rentico da vida moderna são representados um atrás do outro pormeio de repetiç3es (aná$ora) As necessidades que nos são impostas (lerisso, acreditar naquilo, $a%er aquilo outro) contrastam com as necessidadesmais !ásicas e verdadeiras do homem4 "5 preciso viver com os homens/preciso não assassiná-los" A necessidade de a&ir de acordo com os padr3ese reprimir o e&o es!arra no dese.o 0ntimo

    "6 6perário no Mar" - poema em prosa cu.as ima&ens rompem a !arreira doreal $undamentando-se em !ases surrealistas 6 operário, *&ura ideali%ada

    do movimento socialista, aparece como um risto ("A&ora está caminhandono mar"), mas seu corpo não santo ("aparentemente !anal") e não hánenhuma coisa que o a.ude a passar pelas tur!ulências ("não ve.o rodasnem hlices no seu corpo") do cotidiano 6 poeta deia claro que há umadi$erença entre o tra!alho !raçal do operário e o tra!alho (talve% c7modo)do $a%er potico ao di%er4 "'aqui a um minuto será noite e estaremosirremediavelmente separados pelas circunst8ncias atmos$ricas, eu emterra *rme, ele no meio do mar" Mas há um sorriso que li&a os dois e aesperança de que no $uturo o eu-potico consi&a compreender o operário

    "anção do 9erço" - neste poema o poeta transmite atravs de uma ir7nicaamar&ura a mensa&em de que o $uturo .á está marcado desde o !erço4 o

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    amor, a carne, a vida, os !ei.os ou mesmo o mundo não têm import8ncianum conteto de lucro imediato que a sociedade de consumo imp3e 6use.a, as relaç3es humanas não possuem si&ni*cado dentro de um estilo devida !aseado nos valores passa&eiros da sociedade moderna

    "9olero de :avel" - este poema tem como mote "9olero", a o!ra mais$amosa do compositor e pianista $rancês Maurice :avel (;-;?@=) :avelcomp7s essa msica como um simples eerc0cio de orquestração, sendoconstru0da em um ritmo invariável e numa melodia uni$orme e repetitiva Anica sensação de mudança que temos se dá por uma mudança naintensidade dos instrumentos em determinadas partes da msica ssascaracter0sticas da o!ra aparecem no poema de 'rummond atravs dere$erências como "espiral de dese.o", "in*nita, in*nitamente" e "c0rculoardente" 6 poema &anha si&ni*cado atravs do contraste entre uma "almacativa e o!cecada", e um "areo o!.eto" sta alma, que por não tocar

     .amais seu o!.eto de dese.o (por isso "areo"), está presa num c0rculoin*nito de "dese.o e melancolia" Assim, "nossa vida" está presa nesse"c0rculo ardente" do dese.o, numa dança in*nita, onde os tam!ores servempara a!a$ar a verdade de que o +mperador (o "dese.o", ou aquele que imp3eo o!.eto de dese.o) na realidade está morto

    "Ba 1ossession du Monde" - Ceor&es 'uhamel $oi um escritor $rancês quedurante a dcada de ;?@D e ;?ED via.ou pelo mundo divul&ando a l0n&ua ea cultura $rancesa, alm da ideia de construir uma civili%ação mais !aseada

    no "coração humano" do que no avanço tecnol#&ico endo isso em mente,podemos pensar que este poema trata de quest3es como as qualidades datica num mundo dene&rido por um avanço tcnico-econ7micome&aloman0aco e as relaç3es secretas que li&am o dese.o, o &o%o (o!tençãodo o!.eto de dese.o) e o "sentimento do mundo", uma ve% que apersona&em do poema desdenha da "erudita dissertação cient0*ca" aopre$erir pedir a $ruta amarela en&raçada ("ce cocasse $ruit .aune")

    "Mãos 'adas" - este, que um dos mais em!lemáticos poemas de'rummond, tem como eio central o $a%er potico e sua relação com o

    mundo, seu compromisso com o outro 6 poeta deia claro seu novosentimento e a direção que sua poesia irá tomar ao declarar que não será "opoeta de um mundo caduco", ou se.a, alienado da realidade presente ("6presente a minha matria") m!ora seus companheiros este.am tristes ecalados, nutrem esperanças de dias melhores e o poeta se solidari%a comeles

    "'entaduras 'uplas" - tido como um dos poemas do indiv0duo maisetraordinários $eitos por 'rummond, "'entaduras 'uplas" trata de umtema que percorre toda a hist#ria da poesia4 o envelhecer Aqui, o "eu" sequestiona e questiona a vida de modo mais universal, não isolado eindividualista como nos livros anteriores 6 poema quase todo composto

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    nem versos pentass0la!os, em uma construção r0tmica onde uma palavrapua a outra Seu *nal resume em uma metá$ora ir7nica o apetite dotempo4 "masti&ando lestas/e indi$erentes/a carne da vidaF"

    "le&ia ;?@

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    Sentimento do mundo

    6 poema inicial do livro apresenta al&um que se vê impotente, pequeno,disperso, $rente aos acontecimentos que virão Sur&em ima&ens de uma

    &uerra em que o autor, pessimista, s# vê a morte como destinoKale ressaltar, desde .á, o conteto hist#rico da o!ra la $oi pu!licada em;?ED, quando, mal sa0do da 1rimeira Cuerra Mundial, o mundo entrava emum novo conGito Apesar de essa se&unda &rande &uerra ter seu $oco nauropa, ela tinha &rande inGuência nos destinos do 9rasil, que vivia so! aditadura de Cetlio Kar&as L o stado 2ovo al ditadura ocorrera paraimpedir um suposto &olpe comunista

    on*dência do ita!irano

    6 autor relata lem!ranças de sua pequena cidade natal, +ta!ira, de ondeteriam ori&em al&uns traços de sua personalidade, de seu isolamento

    á nesse poema uma metá$ora relativa ao $erro, principal rique%a de +ta!ira,que estaria tanto nas ruas da cidade, quanto nas almas dos moradores4 $rioe *rme, triste e or&ulhoso

    1or *m o poeta eprime dor pelas mem#rias daquele lu&ar, que a&ora representado por al&uns o!.etos e uma $oto&ra*a que mantm em suaparede

    1oema da necessidade

    ste poema tem repetido no in0cio de cada verso as palavras 5 precisoNO,e se&uem-se a elas as mais diversas necessidades humanas4relacionamentos, reli&ião, *nanças, estudosN 5 como se autor sentisse opeso de marteladas a cada nova necessidade eprimida, cada co!rançarece!ida

    Ao *nal, com ironia, ressalta que ao mesmo tempo em que proi!ido oassassinato, tam!m se anuncia o *m do mundo L lem!rando novamente,isso $oi escrito em poca de &uerra mundial

    anção da Moça-Iantasma de 9elo-ori%onte

    Canha vo%, nesta poesia, a lenda ur!ana, recorrente em várias cidades, damulher-$antasma que morre antes de se entre&ar ao seu amante

    6 tom de lamento, $rustração por não ter reali%ado o amor que a&ora sedestina a outras moças

    ncerrando seu discurso a moça-$antasma se di% consolada, pois .á havia

    dito o que precisava di%er, e a&ora poderia distanciar-se ainda mais doshomens

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     riste%a do +mprio

    Kia.ando no tempo, para a poca do +mprio, o autor descreve ocomportamento da elite econ7mica !rasileira, alheia Hs quest3es sociais,

    preocupada apenas em manter seus privil&ios e !uscar al&um pra%er quepreencha suas vidas en$adonhas

    1or trás dessa retomada hist#rica há uma visão pessimista de que, apesardos avanços da modernidade, aquela elite continuava a mesma, com amesma postura pol0tica

    6 operário no mar

    scrito na $orma de prosa, com ima&ens surrealistas, este poema relata odistanciamento entre o autor (um artista, intelectual) e a *&ura de umoperário (s0m!olo maior da classe tra!alhadora) al distanciamento não s# $0sico (um na terra, outro no mar) como tam!m ideal (o operário real di$erente do que aparece nos contos, nos dramas)

    Menino chorando na noite

    6 poeta ouve um menino chorando numa noite silenciosa, rece!endo umacolher com um remdio l0quido, que escorre pelo canto de sua !oca 1areceno mundo s# eistir aquele menino, e o *o oleoso que escorre de sua !ocatam!m escorre pelas ruas da cidade

    A ima&em da noite remete H poca hist#rica vivida, de escuridão,pessimismo 'a mesma $orma que para o menino havia um remdio, queescorria de sua !oca, talve% houvesse outro remdio para o mundo4 a&uerra, que $a%ia escorrer pelas ruas o san&ue

    Morro da 9a!il7nia

    6 t0tulo deste poema re$ere-se a uma re&ião do :io de Janeiro que, sendoum morro, povoado pelas classes mais !aias da sociedade 2um !reve

    hist#rico, re&istrado que antes o morro $ora ocupado por soldados (láhavia um $orte)

    2ovamente em am!iente noturno, o poema relata, por um lado, vo%es deterror que descem do morro e, por outro lado, sons de instrumentosmusicais que tam!m vêm do morro, como uma &entile%a

    á que se o!servar um paralelo, portanto, com a orre de 9a!el, local emque, se&undo a 90!lia, ori&inaram-se as di$erentes l0n&uas da humanidade4as vo%es do Morro da 9a!il7nia tam!m sur&iam em diversas lin&ua&ens

    on&resso +nternacional do Medo

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    Mer&ulhado de ve% no sentimento do mundoO, o poeta identi*ca o medocomo sensação predominante em todas povos do &lo!o4 um medo queocorre em todos os lu&ares, medo que acompanha os homens at a suamorte L a qual, ironicamente, tam!m temida L , ou mesmo depois damorte4 o medo seria tanto que $aria nascer uma Gor amarela no tmulo dos

    medrosos (amarelo uma cor relacionada H covardia)'essa $orma, identi*ca-se uma cr0tica a uma sociedade se torna re$m domedo4 ela teme tanto os ditadores, quanto os democratas, não se decidepor nada e aca!a cedendo ao que lhe &arantir mais se&urançaistoricamente, *ca evidente a import8ncia do tal medo em apoio a &olpesde estado, tão $requentes naquela poca

    6s mortos de so!recasaca

    6 poema cita um ál!um de $oto&ra*as muito anti&o onde os homens aindavestiam so!recasacas (roupa antiquada, .á na poca) Ali estava re&istradoo passado do qual todos %om!avam Pm verme teria ro0do o ál!um L talqual roem as carnes Mas mesmo que o material tenha se des$eito, a vidaque estava representada nas $otos persistia nos costumes e na mem#ria da$am0lia

    As heranças $amiliares e a relação entre mortos e vivos são temasconstantes nos poemas de 'rummond

    9rinde no .u0%o *nal

    5 $eita uma cr0tica ao assassinatoO da poesia dos livros, reali%ado pelospoetas acadêmicosO, ao mesmo tempo em que se elo&ia os poetaspopulares, cu.a poesia invade os anncios comerciais de eliires(medicamentos) ou da Bi&ht (empresa de ener&ia eltrica)

    1rivil&io do mar

    6 poeta se coloca na posição da !ur&uesia !rasileira, que o!serva o marsentindo-se se&ura, em seus &randes prdios de concreto

     al descrição, porm, carre&a uma ironia devido ao mar .á não ser sin7nimode se&urança, uma ve% que o mundo estava H !eira de um conGito armado'essa $orma tecida uma cr0tica H sociedade que parece estar alienada darealidade &lo!al

    +nocentes do Be!lon

    Mais uma ve% há uma cr0tica Hqueles que, mer&ulhados em seu universo

    pessoal, no qual têm um con$ortável status material (Be!lon um !airro

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    no!re), i&noram a situação social ao seu redor 6 poeta os chama,ironicamente, de inocentesO

    anção do !erço

    6 autor $a% um prenncio pessimista Hs novas &eraç3es, indicando que amecani%ação da vida e a !anali%ação do corpo são processos que levarão aum mundo onde o amor não terá import8ncia

    +ndecisão do Mier

    ste um poema-piadaO, em que o autor relata a a&oniaO dos moradoresdo Mier (su!r!io carioca) em ter de escolher entre dois cinemas vi%inhos,am!os propa&ando serem um melhor que o outro

    5 levantada a questão eistencialista da necessidade da escolha e, porconse&uinte, da sensação de que sempre que uma escolha $eita, al&o seperde, deia de ser eperimentado L da0 a an&stiaO da decisão

    9olero de :avel

    A msica-t0tulo do poema uma composição caracteri%ada pela repetiçãode um mesmo tema, sempre num mesmo ritmo, mas cada ve% com maisintensidade tam!m so!re isso que $ala o poema, em uma perspectivaeistencialista4 os dese.os nos prendem a uma eterna !usca que parece

    se&uir por uma tra.et#ria em espiral4 nos aproimamos do que queremos,mas nunca che&ados lá

    Ba possession du monde

    6 autor comenta que enquanto muitos visitantes da sua cidade $a%iamvariados passeios, Cero&es 'uhamel, um estudioso $rancês, se contentouem *car no quintal de seu vi%inho o!servando um mamoeiro e, ao *nal,pediu aquela $ruta amarela en&raçadaO (ce cocasse $ruit .aune) al $atoocorrera, ainda, durante uma erudita e cient0*ca conversa

    om esta ironia o poema en$ati%a a distinção entre os êitos que a ciência ea erudição nos proporciona e os pra%eres que podemos ter ao atendersimples dese.os, como o de retirar uma $ruta do p, sendo que estes ltimosdese.os mostram-se mais poderosos

    6de no cinquentenário do poeta !rasileiro

    2este elo&io a Manuel 9andeira, que completava cinquenta anos de idadenaquela oportunidade, 'rummond tam!m discorre so!re o papel e a

    import8ncia do poeta na vida de seus leitores

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    6s om!ros suportam o mundo

    6 poeta descreve um mundo que não há mais espanto, não há mais amor,nem sentimentos4 tudo racionali%ado e mecani%ado sta realidade, noentanto, pouco pesa so! seus om!ros, .á que sua vida ordena que eleprossi&a, ainda que velho e solitário

    Mais uma ve% *ca claro o clima de desilusão que ronda o livro, numa pocade &uerra iminente e sem esperanças de pa%

    Mãos dadas

    2este poema são colocados, de $orma epl0cita, os interesses desse poetale não dese.a $alar do passado nem do $uturo, não dese.a cantar romancesnem devaneios Sua o!ra !aseia-se no tempo presente, ele dese.a estar demãos dadas com a realidade, apenas

    'entaduras duplas

    1or meio da ima&em de al&um que vai perdendo os dentes para usardentaduras, o poeta eplora o tema do envelhecimento com melancolia ehumor4 o tempo nos tra% perdas, mas necessário sa!er lidar com elas

    :evelação do su!r!io

    Kia.ando de trem, o poeta o!serva pela .anela a passa&em pelo su!r!io dacidade, que se personi*ca4 sentindo medo de não ter suas lu%es o!servadas,o su!r!io se condensa, luta, rea&e Mas na sequência sur&e o campo,s0m!olo do atraso do pa0s, onde a noite não tem as lu%es do su!r!io, masapenas a triste%a do 9rasilO

    A noite dissolve os homens

    6 poema tem três estro$es com ideias !em de*nidas4 primeiramente há aima&em da noite, da &uerra, do so$rimentoQ em se&uida ideali%a-se a aurora,a poss0vel vit#ria dos homens unidos por uma vida melhorQ e ao *nal opoeta rea*rma sua esperança na aurora, que nascerá &raças aos es$orçosdaqueles que então se sacri*cavam L a luta não seria em vão

    Madri&al l&u!re

    Madri&al uma composição potica delicada, terna, o que contrasta com o

    ad.etivo que &anha no t0tulo deste poema4 l&u!re, ou se.a, som!rio,$ne!re sta aparente contradição se&ue em seus versos4 $eito um

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    chamado a uma princesa, uma don%ela, que isolada em sua casa, distra0da,não perce!e os horrores que ocorrem pelas ruas, as mortes, o san&ueescorrendo

    5 poss0vel interpretar esta tal princesaO como um s0m!olo da !ur&uesia,que vive em seu mundo particular e não dá atenção Hs quest3es sociaiseternas :epete-se, portanto a temática presente nos poemas 1rivil&io domar e +nocentes do Be!lon

    Bem!rança de um mundo anti&o

    6 poeta epressa o desencanto de seu mundo atual por meio da lem!rançade um mundo harm7nico, ale&re, !elo, mas que, se&undo ele, não eistemais

    le&ia ;?@<

    sta ele&ia L poesia triste, melanc#lica L descreve a rotina de al&um quecumpre seus compromissos mecanicamente, a&e apenas para satis$a%er asnecessidades !ásicas, e aceita o mundo como ele por não conse&uir,so%inho, mudá-lo, sente-se pequeno +mportante notar que ;?@< um anoantes do in0cio da Se&unda Cuerra Mundial e um ano ap#s o sur&imento dostado 2ovo no 9rasil, a ditadura de Cetlio Kar&as

    Mundo &rande

    6 poeta revela que ener&a o mundo muito maior que seu coração 1or issosente necessidade de se epor em .ornais e livros4 suas dores não ca!emapenas em seu coração, ele precisa compartilhá-las

    le tam!m sa!e que al&umas pessoas, sem suportar este enorme mundoem seus peitos, pre$erem i&norá-lo, ima&inar outras realidades Ainda há, no*nal do poema, a esperança que seu coração cresça, eploda, at $a%ersur&ir uma nova vida, um novo mundo

    2oturno H .anela do apartamento

    6 poeta o!serva o mundo da .anela de seu apartamento, um silenciosocu!o de trevaO L este cu!o pode descrever o interior do apartamento, mastam!m o interior do pr#prio poeta, va%io de lem!ranças e de prop#sitosheio de quest3es, sem che&ar a respostas, resta a triste%a personi*cadano $arol da ilha :asa, distante, na escuridão da noite, no mar

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