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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
GABRIEL FERNANDES DA SILVA
ANÁLISE DE VIABILIDADE DE UM
INVESTIMENTO LOGÍSTICO
CAMPINAS
2015
GABRIEL FERNANDES DA SILVA – R.A. 004201100044
ANÁLISE DE VIABILIDADE DE UM
INVESTIMENTO LOGÍSTICO
Monografia apresentada ao Curso de
Engenharia de Produção da Universidade São
Francisco, como requisito parcial para
obtenção do título de Bacharel em Engenharia
de Produção.
Orientador: Profº Dra. Élen Nara Carpim
Besteiro.
Campinas
2015
GABRIEL FERNANDES DA SILVA
ANÁLISE DE VIABILIDADE DE UM
INVESTIMENTO LOGÍSTICO
Monografia apresentada ao Curso de
Engenharia de Produção da Universidade São
Francisco, como requisito parcial para
obtenção do título de Bacharel em Engenharia
de Produção.
Data de aprovação: 18/11/2015
Banca Examinadora:
Profº. Dra. Élen Nara Carpim Besteiro (Orientador)
Universidade São Francisco
Profª. Dra. Yane Ribeiro de Oliveira Lobo (Examinadora)
Universidade São Francisco
Prof°. Ms. Mario Monteiro (Examinador)
Universidade São Francisco
ATA DE ARGUIÇÃO FINAL DA MONOGRAFIA DO ALUNO
GABRIEL FERNANDES DA SILVA
Aos 18 dias do mês de Novembro do ano de 2015, às 19 horas, nas dependências da
Universidade São Francisco, Campus Campinas, reuniu-se a Comissão da Banca
Examinadora, para avaliação da Monografia do Trabalho intitulado “ANÁLISE DE
VIABILDADE DE UM INVESTIMENTO LOGÍSTICO”, apresentada pelo aluno
GABRIEL FERNANDES DA SILVA, como exigência parcial para conclusão do curso de
graduação no Curso de Engenharia de Produção - Automação e Sistemas, da Universidade
São Francisco, Campus de Campinas. Os trabalhos foram instalados às 19 horas pelo Profº.
Dra. Élen Nara Carpim Besteiro, Orientador do candidato e Presidente da Banca
Examinadora, constituída pelos seguintes Professores: Profª. Dra. Yane Ribeiro de Oliveira
Lobo, da Universidade São Francisco, e pelo Prof. Dr. Mario Monteiro. A Banca
Examinadora tendo decidido aceitar a monografia, passou à Argüição Pública do candidato.
Encerrados os trabalhos às 19 horas, os examinadores, consideraram o candidato aprovado e
com média final 9,0 (nove). E, para constar, eu Profº. Dra. Élen Nara Carpim Besteiro, lavrei
a presente Ata, que assino juntamente com os demais membros da Banca Examinadora.
Campinas, 18 de Novembro de 2015.
__________________________________________
Profº. Dra. Élen Nara Carpim Besteiro
Orientador e Presidente
Universidade São Francisco
____________________________________________
Profª. Dra. Yane Ribeiro de Oliveira Lobo
Universidade São Francisco
__________________________________________
Prof. Dr. Mario Monteiro
Universidade São Francisco
“ Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre.
Paulo Freire “
RESUMO
Atualmente a situação econômica não se encontra nas melhores condições dos últimos
anos. Mediante a toda essa situação, a tomada de decisão passa a ser algo de muito valor
dentro das organizações e por isso, deve-se basear a tomada de decisão no máximo possível
em informações, cálculos e dados confiáveis. Uma boa análise de viabilidade financeira se faz
muito necessária. Em geral, existem várias formas de se realizar uma análise de viabilidade
financeira, porém análises como TIR, VPL, Fluxo de Caixa e Payback são as quatro e mais
importantes. Nesta pesquisa foi apresentada uma situação problema onde um operador
logístico deverá tomar uma decisão e fazer a análise de um grande investimento de construção
civil. Foi realizada uma pesquisa empírica junto às áreas da empresa GFS Logística. Os dados
foram coletados através de reuniões presenciais durante o primeiro semestre do ano de 2015.
As informações de custos e receitas foram atualizadas pelas das áreas responsáveis da GFS
Logística. Com os valores em mãos foram desenvolvidos os cálculos necessários para
conseguir concluir a viabilidade. Foi possível concluir que com os valores de receita
estipulados pela área de vendas da GFS Logística contra os custos apresentados pela área de
Facilities, obteve-se um fluxo de caixa positivo e um payback em curto prazo (12 meses).
Também foi possível analisar que os valores encontrados neste projeto eram relativamente
superiores às taxas mínimas de mercado, tornando-o assim o investimento saudável e viável.
Palavras-chave: Fluxo de Caixa; Investimentos; Payback; Viabilidade.
ABSTRACT
Currently the economic situation is not the best of recent years. By this whole
situation, decision making becomes something of much value within organizations and
therefore should be based decision making as much as possible on information, calculations
and reliable data. A good analysis of financial viability becomes very necessary. Generally,
there are several ways to perform an analysis of financial viability, however analysis as TIR,
VPL, cash flow and Payback are the four most important and. This research presented a
problem situation where a logistics operator must make a decision and make the analysis of a
large investment construction. An empirical research was conducted with the areas of GFS
Logística company. Data were collected through in-person meetings during the first half of
2015. The information costs and revenues have been updated through the areas responsible
for GFS Logística. With values in hand the necessary calculations were developed to be able
to complete the feasibility. It was concluded that with the revenue values stipulated by the
sales area GFS Logística against the costs presented by the Facilities area, we had a positive
cash flow and payback in the short term (12 months). It was also possible to analyze the
values found in this project were relatively higher than the minimum market rates, thus
making it healthy and viable investment.
Key words: Cash Flow; Investments; Payback; Viability.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Mapa Brasil. ............................................................................................ 28
Figura 2 – Layout do Armazém................................................................................. 30
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Lista de investimentos cotados ................................................................ 30
Tabela 2 – Lista Total de Investimentos ................................................................... 31
Tabela 3 – Fluxo de Caixa ........................................................................................ 33
Tabela 4 – Valor Presente Líquido ........................................................................... 34
Tabela 5 – Comparativo Ganho Financeiro .............................................................. 34
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 11
1.1 JUSTIFICATIVA ....................................................................................................................... 12
1.2 QUESTÃO DE PESQUISA .......................................................................................................... 12
1.3 OBJETIVOS ............................................................................................................................. 12
1.3.1 OBJETIVOS GERAIS ................................................................................................................ 12
1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................................................ 12
1.4 HIPÓTESE ............................................................................................................................... 13
2 REVISÃO DA LITERATURA ..................................................................................................... 14
2.1 ANÁLISE DE INVESTIMENTOS ................................................................................................ 14
2.1.1 FLUXO DE CAIXA ................................................................................................................... 16
2.1.2 MÉTODO DO VALOR PRESENTE LÍQUIDO - VPL .................................................................... 17
2.1.2.1 TAXA MÍNIMA DE ATRATIVIDADE - TMA ............................................................................. 19
2.1.3 TAXA INTERNA DE RETORNO - TIR ....................................................................................... 20
2.1.4 TEMPO DE RECUPERAÇÃO DO CAPITAL - PAYBACK ........................................................... 22
3 METODOLOGIA .......................................................................................................................... 25
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ................................................................................... 27
4.1 ESTUDO DE CASO ........................................................................................................................ 27
4.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS ........................................................................................................ 30
5 CONCLUSÃO ................................................................................................................................ 35
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................... 36
11
1 INTRODUÇÃO
Nos tempos atuais, com o mercado mais dinâmico e os consumidores mais bem
informados e, por consequência, mais exigentes, com opções crescentes de escolha e de
consumo em função da globalização e, do aumento da competição e da necessidade de
inovações por parte das empresas. Nesse cenário, a pressão por respostas mais rápidas e
adequadas tem aumentado no ambiente organizacional, exigindo maior eficácia no processo
decisório.
Entretanto, uma resposta rápida, mas mal estruturada, pode comprometer toda a
estratégia da empresa, afetando a sua sustentabilidade financeira. Diante desse cenário, a
engenharia econômica ganha ainda maior importância, pois é essencial para a gestão da
organização e fundamental como suporte à tomada de decisão e, portanto, matéria obrigatória
no currículo de qualquer executivo.
Mesmo diante o atual cenário econômico brasileiro, a disposição do investimento no
Brasil, devido à resposta da onda de expansão e descolamento da economia, levemente aponta
para expectativas de crescimento. A necessidade hoje, das organizações, de buscar tecnologia,
inovação e competitividade, induz os empresários a buscar recursos para financiar seus
projetos que trará vantagens competitivas.
Em empresas organizadas, o processo de decisão de investimento está formalizado na
política de investimento, que estabelece o procedimento de apresentação de uma proposta,
incluindo os níveis de aprovação de acordo com a estimativa de desembolso do investimento.
As leituras realizadas indicam que, devido à realidade do investimento no Brasil ser
levemente crescente e o esforço das empresas em investir ser constante, a análise de projetos
precisa ser cuidadosa para que gere resultados.
Considerando esse contexto, o intuito dessa pesquisa é oferecer um ferramental para
empreendedores e gestores, com o objetivo de orientar suas decisões de investimentos, visto
que, principalmente nas micro e pequenas empresas, muitas decisões ainda são tomadas por
impulso.
12
1.1 Justificativa
Esse trabalho justifica-se pela importância de se fazer um projeto de viabilidade
econômica antes de construir, adquirir, implantar, expandir ou modernizar qualquer tipo de
empreendimento.
Para que um empreendimento aconteça, verifica-se a necessidade de uma análise
criteriosa para uma possível implantação, logo, é necessário que o empresário tome a decisão
de investir baseando-se nos dados econômicos e financeiros que o projeto apresenta, bem
como atender o mercado que está situado.
1.2 Questão de Pesquisa
Diante do cenário apresentado, essa pesquisa tem o propósito de responder as
seguintes questões: Qual o melhor método de análise de viabilidade de projetos? Qual dos
métodos é o mais adequado para analisar a viabilidade de projetos: TIR, VPL, Payback ?
Essas são algumas das perguntas que todo empresário deverá fazer no momento de
análise dos projetos.
1.3 Objetivos
1.3.1 Objetivos Gerais
O objetivo geral desse trabalho é verificar a viabilidade econômica para a construção
de uma câmara refrigerada para armazenagem de paletes com produtos para saúde humana
utilizando os métodos de análise por projetos
1.3.2 Objetivos Específicos
Os objetivos específicos são:
Elaborar um fluxo de caixa do projeto.
Analisar indicadores financeiros: TIR, VPL, Payback
13
Apresentar uma conclusão de viabilidade do projeto.
1.4 Hipótese
Pode-se definir Engenharia Econômica como o estudo que compreende os métodos, as
técnicas e os princípios necessários para se tomar decisões entre alternativas de investimentos,
relativas à aquisição e à disposição de bens de capital, tanto de empresas, como de
particulares ou de entidades do governo, indicando a mais econômica. A teoria sobre a
viabilidade econômica de projetos apresenta benefícios da implantação dos métodos de
análise como: TIR – a partir do cálculo e avaliação deste indicador o gestor consegue
dimensionar se o investimento está sendo rentável ou não em comparação com outros
indicadores; VPL: com essa avaliação o gestor conseguirá avaliar o seu investimento está com
os valores condizentes e o Payback o gestor saberá por quanto tempo esse investimento será
rentável ou não.
14
2 REVISÃO DA LITERATURA
Neste capitulo apresenta-se o referencial teórico dessa pesquisa, tendo como objetivo
fundamentar o estudo proposto, embasando em nível de conhecimento a resolução do
problema de pesquisa.
2.1 Análise de Investimentos
Em geral, existe mais de uma maneira de analisar opções, para que sejam tomadas
decisões a respeito de investimento. A seguir, serão apresentadas as técnicas utilizadas para
seleção de projetos quando os mesmos são mutuamente excludentes (SOUZA, 1997).
Quando se usa a terminologia análise de investimentos, pretende-se estudar o
comportamento do empreendimento naquilo que é próprio dele, e o que o fará mais ou menos
atrativo, através das análises de indicadores de qualidade. Souza (2003) afirma que o
investimento constitui a troca de algo certo (recursos econômicos) por algo incerto (fluxos de
caixas a serem gerados pela aplicação do capital), e o comprometimento de dinheiro ou outros
recursos na expectativa de colher benefícios no futuro.
Conforme Lima Junior (1993) o empreendedor, ao investir para desenvolver
determinado investimento, perde liquidez, pois imobiliza seus recursos e insumos, no
ambiente do empreendimento, sendo assim, ele perde poder de compra nessa situação, porque
sua capacidade de troca na economia está limitada às características de liquidez do seu
portfólio de investimentos.
A comparação entre a perda liquidez de capital, e o ciclo de retorno é que leva aos
indicadores principais da análise de investimentos (LIMA JUNIOR, 1993). O autor enfatiza
ainda, que o empreendedor perde poder de compra, imobilizando-se no empreendimento
quando investe, para ganhar poder de compra no futuro, em montante maior, e cabe a ele,
analisar se os indicadores são os esperados para tal investimento. Para Galesne (2001) (citado
por SOUZA, 2003, p.68) “fazer um investimento consiste, para a empresa, em comprometer
capital, sob diversas formas, de modo durável, na esperança de manter ou melhorar sua
situação econômica”.
De acordo com Woiler e Mathias (2008) (citado por SOUZA, 2003, p.68) o projeto de
investimento é definido como o conjunto de informações internas e/ ou externas à empresa,
coletadas e processadas com o objetivo de analisar-se (e, eventualmente, implantar-se) uma
15
decisão de investimento. Nestas condições, o projeto não se confunde com as informações,
pois ele é entendido como sendo um modelo que, incorporando informações qualitativas e
quantitativas, procura simular as decisões de investir e suas implicações.
Para Souza (2003), existe uma associação direta entre o projeto de investimento e o
surgimento de uma oportunidade, ou percepção de necessidade da empresa, pois após a
visualização elabora-se o plano de viabilidade econômica, o planejamento e os insumos
necessários para avaliar a possibilidade apresentada.
Ressalta-se que o investimento pressupõe um conjunto de benefícios futuros, todavia
toda a decisão que reconfigura, ou redesenha, um novo processo para agregar valor mantém
uma parcela de risco, o próprio conceito de investimento definido por Souza (2003) carrega
esta incerteza inerente a cada empreendimento.
Segundo Casarotto Filho e Kopittke (2008) as decisões de investimento de um projeto
devem considerar:
Critérios econômicos: rentabilidade do investimento;
Critérios financeiros: disponibilidade de recursos;
Critérios imponderáveis: fatores não conversíveis em dinheiro.
Casarotto Filho e Kopittke (2008) sugerem como métodos de análise os seguintes
indicadores:
Fluxo de Caixa
Método do Valor Presente Líquido (VPL);
Método da Taxa Interna de Retorno (TIR);
Tempo de Recuperação do Capital (PAYBACK);
Segundo NBR 14653-4 (ABNT, 2002, p.11), “o resultado final das análises de
viabilidade econômica pode ser expresso sob a forma de taxas internas de retorno, valor
presente líquido, custo anual, períodos de recuperação (payback) e índices de lucratividade
(...)”.
Conforme Lima Junior (1993), os indicadores que refletem a qualidade dos
investimentos financeiros relacionados com o retorno, é o que levarão o empreendedor a se
orientar sobre investir ou não no empreendimento.
De acordo com Heineck, Barros Neto e Abreu (2008), é necessário analisar
objetivamente a viabilidade econômica de um empreendimento, empregando as técnicas
gerais de engenharia econômica, acrescidas das peculiaridades relativas do mercado.
16
2.1.1 Fluxo de Caixa
Para Motta e Calôba (2002) qualquer projeto que venha a ser proposto, hoje em dia,
quer seja, a uma empresa potencialmente interessada no mesmo, ou, ainda, a um órgão
possivelmente financiador do projeto, terá um estudo de viabilidade técnico-econômica a
respaldá-lo.
O fluxo de caixa é matemático é não diz respeito ao lucro e sim à quantidade de
dinheiro que entra e sai de um negócio em um determinado período, para que assim seja
possível saldar os compromissos assumidos nos prazos estipulados. Ou seja, nele se vêem o
quanto se pode investir no momento e então fazer previsões de quanto poderá investir no
futuro. Para Zdanowicz (1998, p.33) o fluxo de caixa é o instrumento que permite demonstrar
as operações financeiras que serão realizadas pelas empresas, facilitando a análise e a decisão
de comprometer os recursos financeiros, de relacionar o uso das linhas de créditos menos
onerosas, de determinar o quanto a organização dispõe de capital próprio, bem como utilizar
as disponibilidades da melhor forma possível.
Quintana (2009, p. 19) afirma que o controle do fluxo de caixa “ocorre a partir da
comparação entre o valor projetado e o realizado”. Desta forma, mais do que atingir
exatamente o valor projetado, o principal objetivo da empresa, ao elaborar o fluxo de caixa, é
identificar os motivos das variações entre o que foi projetado e efetivamente realizado, para
que assim exista uma contribuição efetiva para o processo de gestão financeira.
Nas empresas de pequeno porte, devido à simplicidade de sua estrutura e sem
departamentos e funções bem definidas, o fluxo de caixa tende a ser a principal fonte
instrumentalizada que terá forte contribuição ao empreendedor nos efeitos das decisões
tomadas quanto a todas as operações financeiras que alterem diretamente o caixa da empresa,
como por exemplo: prazo de pagamento; descontos aos clientes.
Pode também gerar necessidade de captação de recursos para pagamento das
obrigações e, dependendo da disponibilidade da empresa, pode implicar na inocorrência de
despesas financeiras. E isso deve ser considerado custos da operação, ao se calcular, os preços
praticados para vendas a prazo. A contribuição do fluxo de caixa, para entendimento destas
decisões, é fundamental, já que, nas pequenas empresas, as decisões geralmente são
concentradas pelo próprio empreendedor. Outro motivo para o controle dos fluxos de pequena
empresa é a escassez de caixa, fator que pode levar a empresa a fracassar independente de
estar obtendo lucro.
17
A construção do fluxo de caixa de um projeto de investimento deve ser realizada para
que o projeto possa ser analisado com vistas a tomada de decisão sobre a implantação ou não.
O fluxo de caixa é implantado mediante estimação dos valores de entradas e saídas de
recursos financeiros. Em alguns casos, a venda dos produtos referente ao projeto de
investimento considerado pode interferir nas vendas de outros produtos comercializados pela
empresa (SOUZA, 2003, p.125).
De acordo com a NBR 14653-4 (ABNT, 2002, p.4), “fluxo de caixa é a série de
receitas, custos e despesas de um empreendimento ao longo de um determinado período.”
Vieira (2005) afirma que a análise de fluxo de caixa gerado pelas operações é uma das etapas
mais relevantes para o estudo do fluxo de caixa da empresa. Isso acontece porque a falta de
consistência na geração de caixa a partir de sua atividade fim obriga a organização a se
financiar através da captação de recursos dos acionistas, e da obtenção de recursos das
instituições financeiras, ou seja, o seu custo de operação é maximizado, podendo suprimir os
retornos planejados no projeto de investimento.
O autor tem o entendimento de que os movimentos de recursos e capitais que forma o
fluxo de caixa das empresas são decorrentes: atividade operacional, distribuição, atividades de
investimento e financiamento.
Assim, entende-se a projeção de fluxo de caixa como sendo um instrumento para
auxiliar na análise de projetos, pois planifica e da forma as expectativas do novo negócio a ser
implantado.
2.1.2 Método do Valor Presente Líquido - VPL
O critério do valor presente líquido (VPL) fornece indicação a respeito do potencial de
criação de valor de um investimento em relação a uma taxa mínima de atratividade (TMA),
que na prática é a qual taxa o investidor pode aplicar seus recursos de forma garantida e
segura (Brasil, 2002). Se o valor presente líquido for maior que zero, significa que o
investimento deve fornecer um valor adicional ao investidor, após devolver o capital
empregado e remunerar todos os agentes financeiros do investimento (o próprio investidor e
os credores). Em suma, VPL positivo significa valor extra para o investidor, e assim deverá
ser aceito, quando analisado para somente um projeto. Em caso de vários projetos, quando
comparado a um menos positivo, a zero ou a um negativo, deverá este ser aceito e
abandonado os outros.
18
O VPL, na prática, é calculado gerando a soma de uma série de fluxos de caixa, desde
a data zero até a data final do projeto ou projetos em questão. Deve-se salientar que o VPL
deve ser somente empregado para projetos de horizontes iguais, devendo-se utilizar de
metodologias de equivalência para projetos de horizontes diferentes.
Para Casarotto Filho e Kopittke (2008) o VPL é descrito, algebricamente, como o
somatório dos fluxos de caixa descontados do projeto em análise. Como temos que considerar
o valor do dinheiro no tempo, não se pode somar diretamente os fluxos de caixa envolvidos
sem antes ajustá-los a uma taxa de desconto. Escolhe-se a opção que apresenta melhor valor
presente líquido. A taxa utilizada para desconto do fluxo (trazer para o valor presente) é a taxa
mínima de retorno.
Conforme Hirschfeld (1989), o método do valor presente líquido, tem como finalidade
determinar um valor no instante considerado inicial, a partir de um fluxo de caixa formado de
uma série de receitas e dispêndios.
Segundo Silva (2007), o VPL de um projeto de investimento é igual à diferença entre
o valor presente das entradas líquidas de caixa, associadas ao projeto e o investimento inicial
necessário, com o desconto dos fluxos de caixa feito a uma taxa “i” definida pela empresa.
Ross, Westerfield, Jaffe (2002) atribuem a superioridade do VPL a três atributos:
O VPL usa fluxo de caixa: os fluxos de caixa de um projeto podem ser
utilizados para outras finalidades na empresa. Em contraste os lucros
contábeis são uma figura artificial, embora sejam úteis não devem ser
usados na análise de investimento, pois geram fluxos de caixa.
O VPL usa todos os fluxos de caixa do projeto: outros enfoques
ignoram o fluxo de caixa além de certa data;
O VPL desconta os fluxos de caixa corretamente: demais indicadores
podem ignorar o valor do dinheiro no tempo, quando se relacionam
com fluxos de caixa;
Motta e Calôba (2002) conceituam o VPL como a soma algébrica de todos os fluxos
de caixa descontados para o instante presente (t = 0), a uma dada taxa de juros (i).
VPL = FC0
+ FC1
+ FC2
+ FC3
+ .
.. +
FCn
(1+i)0 (1+i)1 (1+i)2 (1+i)3 (1+i)n
19
Onde:
FC0, FC1, FC2, FC3, FCn: representam os retornos gerados, o valor da
entradas do fluxo de caixa;
i: taxa, concebe o que a empresa espera do investimento, ou seja, a taxa
mínima de atratividade do investimento, a fim de avaliar se as entradas
proporcionam um VPL positivo.
Heineck, Barros Neto e Abreu (2008) destacam com as principais vantagens do VPL:
É uma medida absoluta de valor;
Evidencia uma noção do risco envolvido;
Considera o valor do dinheiro no tempo;
É consistente com o objetivo das organizações;
Considera todos os fluxos de caixa envolvidos.
Heineck, Barros Neto e Abreu (2008) citam como desvantagem do VPL a
impossibilidade de comparação em termos de taxa.
Assim o VPL é um indicador que exterioriza se as projeções de entradas líquidas de
caixa (FC) fornecerão retorno positivo sobre a taxa mínima de atratividade, dimensionada no
tempo, ou seja, desconta-se dos termos de caixa a taxa mínima que a empresa espera aferir no
investimento, sendo positivos, os fluxos de caixa apresenta o mínimo de rendimento
planejado.
Heineck, Barros Neto e Abreu (2008) afirmam que o VPL é o método mais robusto
para o processo de análise de investimentos, dado que não apresenta nenhuma restrição
significativa de utilização.
Desta forma, será adotado como método principal da análise de investimentos o VPL,
sendo que os outros métodos serviram de forma acessória, de apoio para a tomada de decisão,
como também para algum critério de desempate.
2.1.2.1 Taxa Mínima de Atratividade - TMA
Ao se analisar uma proposta de investimento, deve-se considerar o fato de estar
perdendo a oportunidade de registrar retornos com a aplicação do mesmo capital em outros
projetos. A nova proposta para ser atrativa deve render, no mínimo, a taxa de juros
20
equivalente à rentabilidade das aplicações correntes e de pouco risco. Segundo Casarotto
Filho e Kopittke (2008) esta é, portanto, a taxa mínima de atratividade.
A NBR 14653-4 (ABNT, 2002) refere-se à taxa mínima de atratividade como sendo a
taxa de desconto do fluxo de caixa, compatível com a natureza e características do
empreendimento, bem como com a expectativa mínima de emulação do empreendedor, em
face de suas carteiras de ativos.
Conforme Casarotto Filho e Kopittke (2008) para pessoas físicas, no Brasil, é comum
a taxa mínima de atratividade ser igual à rentabilidade da caderneta de poupança. Na verdade
é um benchmark para as opções de investimentos sobre a premissa de que “a alternativa
idealizada deve ter retorno semelhante ao valor apurado pelo índice de referência”. Para
empresas, o parâmetro é relativo ao seu grau de penetração no mercado e maturidade.
2.1.3 Taxa Interna de Retorno - TIR
A taxa interna de Retorno (TIR) faz com que o VPL de um projeto seja igual à zero.
Representa o ponto de reversão da decisão de investir. Projetos com taxas de descontos (taxa
mínima de atratividade) superiores à TIR devem se rejeitados. Projetos cujos valores de taxa
de desconto são inferiores aos seus valores de TIR devem ser aceitos (Brasil, 2002).
A apuração da TIR é feita de maneira iterativa ou por métodos de interpolação. As
planilhas eletrônicas e calculadoras financeiras possuem funções pré programadas, capazes de
fazer tais iterações.
Conforme Newnan e Lavelle (2000), a taxa interna de retorno é definida como a taxa
de juros paga sobre o saldo devedor de um empréstimo, de tal forma que o esquema de
pagamento reduza a zero esse saldo quando se faz o pagamento. Newnan e Lavelle (2000)
referindo-se em investimentos definem a taxa interna de retorno como a taxa de juros ganho
sobre o investimento não recuperado, de tal forma que o esquema de pagamento reduza a zero
o investimento não recuperado no final da vida do investimento.
A NBR 14653-4 (ABNT, 2002), refere-se a TIR, como sendo a taxa de juros que anula
o fluxo de caixa descontado de um investimento
Para Souza (2003), a taxa interna de retorno (TIR) representa a taxa que devolve o
valor presente das entradas de caixa, associadas ao projeto, igual ao investimento inicial. A
taxa interna de retorno é a taxa de desconto que anula o valor atual líquido do projeto de
investimento. O critério de decisão, utilizando este método de análise, dá-se em decorrência
dos projetos de investimento que apresentarem maior taxa.
21
Zero = FC0
+ FC1
+ FC2
+ FC3
+ .
.. +
FCn
(1+TIR)0 (1+TIR)1 (1+TIR)2 (1+TIR)3 (1+TIR)n
Onde:
FC0, FC1, FC2, FC3, FCn: representam os retornos gerados, o valor da
entradas do fluxo de caixa;
TIR: taxa interna de retorno.
A TIR segue a mesma lógica matemática do VPL, entretanto busca igualar as entradas
líquidas à zero, descontando, então, a taxa interna de retorno projetada para o investimento em
destaque.
Casarotto Filho e Kopittke (2008) afirmam que o método TIR requer o cálculo da taxa
que zera os valores presentes dos fluxos de caixa das alternativas.
Lima Junior (1993) refere-se à taxa de retorno, como uma medida de alavancagem de
poder de compra oferecida pelo empreendimento ao empreendedor, considerando os
investimentos e os retornos, no prazo em que se dão os ganhos.
Conforme Hirschfeld (1989) a taxa interna de retorno representa percentual referente
ao ganho recebido em devolução, comparado adequadamente com a quantia investida.
Motta e Calôba (2002) informam que a TIR é um índice relativo que mede a
rentabilidade do investimento por unidade de tempo, necessitando para isso que haja receitas
envolvidas, assim como investimentos.
Desta forma os investimentos em que a TIR for maior que TMA são considerados
rentáveis, portanto passíveis de análise, o inverso torna o projeto inviável perante a margem
de ganho pretendida, logo, descartável para averiguações.
Segundo Motta e Calôba (2002) a taxa de retorno isoladamente não é uma medida de
atratividade do investimento, assim sendo, não pode ser usada diretamente como critério de
seleção ou ordenação entre as oportunidades de investimento. Na verdade se avalia a
alternativa a partir de um padrão definido, não considerando então os demais enfoques, o que
pode distorcer critérios tanto econômicos como estratégicos do negócio.
Ross, Westerfield, Jaffe (2002) discorrendo sobre a simplicidade da relação da TIR,
VPL e TMA dimensionam que não é tão simples optar por investimentos considerando a
aceitação ou não, apenas sob o prisma da TIR, pois ela não considera a escala, pode-se ter
uma TIR menor, mas um VPL maior que justifica o investimento. Desta forma desenvolvesse
22
o conceito da TIR incremental, caracterizada pela avaliação do investimento adicional
resultante da escolha do projeto maior sobre o menor.
Conforme Heineck, Barros Neto e Abreu (2008) os critérios de aceitação da TIR são:
São aceitos investimentos com a taxa interna de retorno maior ou igual
ao custo de oportunidade;
São aceitos financiamentos com a taxa interna de retorno menor ou
igual ao custo de oportunidade.
O autor enfatiza ainda que a TIR não é um bom critério de classificação, dado que em
comparações de projeto há possibilidade de ocorrência de situações onde o projeto de maior
TIR tenha menor VPL. Neste caso, a melhor alternativa é o VPL, que representa uma medida
absoluta de valor em moeda (R$). A TIR é mais bem utilizada como critério para auxiliar o
VPL na tomada de decisão.
Heineck, Barros Neto e Abreu (2008) destacam duas vantagens pelo método da TIR:
Medida relativa de valor permitindo a comparação com outras taxa;
Bom critério de aceitação.
Como desvantagens da TIR o autor apresenta:
Se o projeto for de investimento é um; se for de financiamento é outro.
Não é um bom critério de classificação, dado que em comparações de
projeto há possibilidade de ocorrência de situações onde o projeto de
maio TIR tenha menor VPL. Neste caso, a melhor alternativa é o VPL,
que representa uma medida absoluta de valor em moeda (R$). A TIR é
melhor utilizada como critério para auxiliar o VPL na tomada de
decisão.
Há situações onde se encontram múltiplas taxas internas de retorno.
Neste caso a TIR não tem significado. Deve-se utilizar o VPL para
tomada de decisão;
Também há situações onde não se obtém nenhuma taxa interna de
retorno. Novamente devemos recorrer ao VPL.
2.1.4 Tempo de Recuperação do Capital - PAYBACK
Segundo Silva, Ferreira, Pazzini e Abrantes (2007) o método de avaliação financeira
mais simples é o tempo de retorno do investimento (payback), que consiste na quantificação
23
do tempo necessário para que o dispêndio de capital (valor do investimento) seja recuperado
através dos benefícios líquidos (fluxo do caixa) gerados pelo empreendimento.
Payback = Valor do Investimento
Valor dos Fluxos de Caixa
Casarotto Filho e Kopittke (2008) entendem que esta metodologia não leva em
consideração a vida do investimento, e pode ter sua aplicação dificultada quando o
investimento inicial se der por mais de um ano, ou quando os projetos comparados tiverem
investimentos iniciais diferentes. Assim percebe-se a deficiência quanto à relação de
equivalência entre os fluxos do investimento.
“O Payback, ou payout, é utilizado como referência para julgar a
atratividade relativa das opções de investimento. Deve se interpretado com reservas,
apenas como um indicador, não servindo para seleção entre as alternativas de
investimento” (MOTTA e CALÔBA, 2002, p. 96).
Ross, Westerfield, Jaffe (2002) afirmam que o período de payback não é equivalente
ao critério do VPL, é conceitualmente incorreto, não considera os fluxos de caixa, entretanto
pela simplicidade é utilizado como filtro para numerosas decisões de investimento de pequeno
porte. Indicam atenção para não ser iludido com o raciocínio financeiro falho, porém
maximizam algumas propriedades desejáveis do ponto de vista do controle e da gestão, e a
possibilidade da empresa avaliar a qualidade e habilidade do administrador.
O método do payback mede o tempo necessário para se ter de volta o capital investido,
considerando-se a mudança de valor do dinheiro no tempo (efeito do custo de capital). O
método também é conhecido como payback descontado.
Seu valor fornece indicativo do risco do investimento, ou seja, quanto maior for o
payback mais tempo será necessário para se obter o capital investido de volta e, portanto,
maior é seu risco. Por outro lado, projetos de payback pequenos são menos arriscados, uma
vez que se projeta um período menor de recuperação do capital investido e assim fica menos
suscetível às flutuações e riscos do mercado. Existe também, outra metodologia de payback,
denominada payback simples, cuja metodologia payback descontado tem como princípio. O
payback simples é uma metodologia menos desenvolvida que o payback descontado, porém
mede de uma forma menos precisa o tempo de retorno da capital investido. Essa metodologia
24
é utilizada apenas para tomada de decisões a priori e sem grandes consequências, ou seja, só
para efeito de conhecimento ou para nortear uma decisão (SILVA, 1997).
A NBR 14653-4 (ABNT, 2002), define o payback como sendo o período no qual os
resultados líquidos acumulados da operação do empreendimento equivalem aos
investimentos.
25
3 METODOLOGIA
A metodologia a ser utilizada tem por finalidade demonstrar os procedimentos
necessários para que os objetivos ao qual essa pesquisa se propõe sejam alcançados.
Assim, conhecendo e compreendendo os acontecimentos, podem-se prever
consequências a determinados fenômenos. É através da pesquisa que se estuda os fenômenos.
Pesquisa segundo Gil (1988:15) “... o procedimento racional e sistemático que tem como
objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos.”.
A prática da ciência acontece, em regra com a aplicação do método de pesquisa. Para
Miguel (2012), a quanto a abordagem, as pesquisas podem ser classificadas em:
Pesquisas quantitativas:
Os conceitos da hipótese devem ser mensuráveis e verificados. Transformação
de conceitos em medidas;
Demonstrar relação de causa-efeito na hipótese;
A pesquisa deve dirigir-se para conclusões que possam ser generalizadas além
dos limites restritos da pesquisa;
A pesquisa deve ser capaz de ser replicada.
Pesquisa qualitativa:
O pesquisador analisa os fatos sob a ótica do membro interno da organização;
A pesquisa procura uma profunda compreensão do contexto da situação;
A pesquisa destaca a ordem dos fatos no decorrer do tempo;
Foco da pesquisa é mais desestruturado, flexível;
A pesquisa normalmente adota mais de uma fonte de dados.
Quanto ao tipo, Filippini (1997), divide a pesquisa categorias:
Survey – uso de instrumento de coleta de dados único (em geral um questionário),
aplicado a amostras de grande tamanho, com o uso de técnicas de amostragem e análise e
inferência estatística.
Estudo de caso – análise aprofundada de um ou mais objetos (casos), com o uso de
múltiplos instrumentos de coleta de dados e presença da interação entre pesquisador e objeto
de pesquisa.
26
Modelagem – uso de técnicas matemáticas para descrever o funcionamento de um
sistema ou de parte de um sistema produtivo.
Simulação – uso de técnicas computacionais para simular o funcionamento de
sistemas produtivos a partir de modelos matemáticos.
Estudo de campo – outros métodos de pesquisa (principalmente de abordagem
qualitativa) ou presença de dados de campo, sem estruturação formal do método de pesquisa.
Experimento – estudo da relação causal entre duas variáveis de um sistema sob
condições controladas pelo pesquisador.
Teórico/conceitual – discussões conceituais a partir da literatura, revisões
bibliográficas e modelagens conceituais.
A pesquisa a ser realizada tem caráter exploratório uma vez que, conforme Medeiros
(1996:33) “visa fornecer informações sobre o objetivo da pesquisa, elaborando respostas aos
questionamentos.”.
Na pesquisa em desenvolvimento, serão utilizados materiais bibliográficos já
publicados, ou seja, será uma pesquisa bibliográfica, que segundo Lakatos e Marconi
(1986:45), “trata-se de levantamento de toda a bibliografia já publicada, em forma de livros,
revistas, publicações avulsas e imprensa escrita.”.
O estudo que segue será embasado no conhecimento cientifico que tem por objetivo
principal, a explicação da realidade através da observação dos fatos e a formulação de teorias
fundamentadas através de pesquisa cientifica. E será apresentado em forma de monografia,
que de acordo com Salomon (1999:253), “se caracteriza pela especificação, ou seja, a redução
da abordagem a um só assunto, a um só problema”.
Tratando-se de uma monografia, Lakatos e Marconi (1990:205) definem monografia
como “... um estudo sobre um tema específico ou particular, com suficiente valor
representativo e que obedece a rigorosa metodologia. Portanto investiga determinado assunto
não só em profundidade, mas também em todos os seus ângulos e aspectos, dependendo dos
fins a que se refere.”.
Desta forma o trabalho será realizado com o suporte teórico em pesquisas
bibliográficas relativas ao assunto em questão. Serão observados diversos autores, de forma a
esclarecer o tema propostos e sua importância como ferramenta de apoio à tomada de decisão.
27
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
4.1 Estudo de Caso
4.1.1. A Empresa
A GFS Logística é um Operador Logístico que tem como excelência o
desenvolvimento de projetos baseados no conceito Tailor Made (soluções customizadas para
cada oportunidade e cliente). Desde a sua fundação em 1998, com a primeira experiência no
segmento logístico através da armazenagem de produtos em frigoríficos, a GFS Logística
carrega e aplica efetivamente soluções inteligentes e customizadas para seus clientes atuais e
futuros clientes, uma vez que se compreende que um processo de terceirização logística é
muito pautado no tema confiança. Ou seja, quanto mais customizada uma solução for, mais
confortável e seguro o cliente estará para a sua tomada de decisão.
A atuação da GFS é muito forte nos segmentos de Saúde Animal e Humana
(medicamentos em geral), Nutrição, Bens de Consumo e Serviços Bancários. Ela presta
inúmeros serviços no universo da logística nacional, que se estendem desde o momento em
que a mercadoria foi produzida nacionalmente ou nacionalizada (após a importação) até a
entrega no destinatário final, podendo este ser uma fábrica, um distribuidor, um comércio,
varejo ou o consumidor final. Atualmente, a empresa é parceira de mais de 125 clientes no
Brasil, possibilitando um vasto e amplo campo de experiência para explorar as melhores
práticas de mercado.
Historicamente a GFS apresenta taxas de crescimento acima dos 20% ao ano, fruto
este de uma estratégia 100% voltada ao cliente, visando atende-lo não somente no curto, mas
também em médio e longo prazo.
A empresa está presente em 14 estados brasileiros conforme Figura 1, através de 47
unidades. Estas podem ser utilizadas também como unidades dos nossos clientes (abertura de
uma unidade fiscal dentro das instalações da empresa).
28
Figura 1 – Mapa Brasil.
Fonte: Dados da Pesquisa.
Contam com um time de 3.137 colaboradores especializados e capacitados
tecnicamente para atender as mais diversas demandas que o mercado logístico exige.
Como principal acionista, a GFS conta com a Tarpon Investimentos (Fundo de
Private Equity) com aproximadamente 62% das ações da empresa. A Tarpon é um dos cinco
maiores fundos de investimento privado no país, administrando uma carteira de
aproximadamente R$ 8 bilhões. O Restante das ações é dividido entre os Fundadores e
Presidentes do Conselho da Empresa.
4.1.2 Estado Atual
Atualmente a GFS Logística possui um armazém climatizado com temperatura
controlada entre 15ºC e 25ºC que está totalmente ocupado com produtos de outros clientes no
segmento de saúde humana.
Neste armazém é possível encontrar vários tipos de produtos como vacinas, cartelas de
remédios e capsulas. Estes produtos são armazenados e controlados pelo Agencia Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA), pois os mesmos irão direto deste armazém para as farmácias
brasileiras e consequentemente a comercialização para o publico.
Existe um sistema de controle e acompanhamento dos produtos muito rigoroso por
parte da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Entre os critérios que são
controlados e acompanhados, estão entre eles:
29
Temperatura do local (15°C a 25°C);
Umidade do local;
Controle de Pragas e Insetos do local;
Limpeza e Higienização do local;
Controle de Manuseio dos produtos;
Este tipo de armazém (atendendo as regradas da Agencia Nacional de Vigilância
Sanitária) é muito difícil de ser encontrado hoje no território brasileiro e por este motivo a
concorrência entre as empresas farmacêuticas acaba sendo acirrada.
Uma empresa farmacêutica de grande porte no Brasil procurou a GFS Logística
solicitando uma área de aproximadamente 1.000 metros quadrados para realizar a
armazenagem de produtos farmacêuticos destinados a venda ao publico e com o intuito de
realizar um pagamento de parcela mensal por esta locação de espaço. O projeto foi elaborado
pela GPS para se verificar a viabilidade econômica da construção da área, bem como analise
da forma de recebimento.
4.1.3 Análise do problema
Diante do cenário apresentado acima a GFS Logística tem pela frente um projeto para
desenvolver para a construção de um novo armazém climatizado, atendendo a demanda
solicitada pelo cliente e depois de realizado o projeto desta construção, uma análise financeira
de viabilidade financeira deste investimento deverá ser realizada, pois a GFS Logística irá
investir um grande valor neste projeto para então receber um valor do cliente mensalmente
pela locação deste espaço.
Dentre os itens que devem ser levados em consideração nesta análise podem ser
citados o Payback , VPL, TIR entre outros.
Existe também uma análise deste investimento que vai um pouco além da matemática
e dos cálculos, que é o interesse mercadológico do GFS Logística em fazer investimento. A
pergunta que se deve fazer é de qual a real necessidade da construção deste armazém e quão
estratégico é este cliente para a empresa.
Em seguida poderá ser conferido os macros números de custos que foram levantados
neste projeto por uma equipe de Facilities especializada na construção deste tipo de armazém
30
e em seguida a análise de viabilidade do projeto levando em consideração o custo levantado
contra a receita proposta.
4.2 Análise dos Resultados
Abaixo segue o layout que foi desenvolvido pela equipe de Facilities para o armazém:
Figura 2 – Layout do Armazém.
Fonte: Dados da Pesquisa.
Juntamente com o layout, foram identificados outros pontos que necessitavam de
adequações civis conforme tabela abaixo:
Tabela 1 - Lista de investimentos cotados
Itens de adequações de área e investimentos do projeto
Isopainel 200mm Gaiola para empilhadeira
Equipamento de Climatização Placas de identificação de rádio frequência
Batedores do tipo Guard Rail Niveladores de doca hidráulicos
Plataforma de Instalações Telas de Segregação
Sistema Sitrad de Controle Computadores com Windows e Office
Portas Frigoríficas Relógio de ponto
Cortinas de Ar Antenas, e suporte de rádio freqüência
Geradores Circuito fechado de televisão (CFTV)
31
Chuveiro Lava Olhos Investimentos de adequação a norma
regulamentadora nº 10
Bebedouros Mobília de escritório e vestiário
Estruturas Porta Paletes Pintura e demarcações de piso
Ar condicionado Adequações de segurança
Placas de identificação Empilhadeiras e Equipamentos de
Movimentação
Fonte: Dados da Pesquisa.
Ao final de todos os trabalhos foram levantados os números finais de investimento
para a construção/adequação do armazém solicitado pelo cliente.
Abaixo segue uma lista compacta e resumida com macro números dos investimentos e
o valor total:
Tabela 2 – Lista Total de Investimentos
LISTA TOTAL DE INVESTIMENTOS
ITEM DESCRIÇÃO QUANTIDADE UNIDADE UNITÁRIO VALOR TOTAL
1 ISOPAINEL 200mm 2697 M² R$ 150,00
R$ 386.750,00
2 EQUIPAMENTO DE REFRIGERAÇÃO (PLUG IN) 3 EQUIPAMENTO R$ 70.000,00
R$ 210.000,00
3 ABRIGO PARA OS EQUIPAMENTOS DE REFRIGERAÇÃO 1 SERVIÇO R$ 18.000,00
R$ 18.000,00
4 BATEDORES TIPO GUARD RAIL 85 M/L R$ 129,00
R$ 10.965,00
5 ELÉTRICA PARA INSTALAÇÃO DOS MOTORES 1 SERVIÇO R$ 25.000,00
R$ 25.000,00
6 FRETE DE ENTREGA DOS EQUIPAMENTOS 2 SERVIÇO R$ 4.000,00
R$ 8.000,00
7 FRETE DE ENTREGA DOS PAINÉIS 2 SERVIÇO R$ 4.000,00
R$ 8.000,00
8 ART DE INSTALAÇÃO DOS PAINÉIS 1 SERVIÇO R$ 3.000,00
R$ 3.000,00
9 ART DE INSTALAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE FRIO 1 SERVIÇO R$ 3.000,00
R$ 3.000,00
10 ILUMINAÇÃO 30 PEÇA R$ 300,00
R$ 9.000,00
11 ELÉTRICA DA ILUMINAÇÃO 1 MATERIAL R$ 20.000,00
R$ 20.000,00
12 MO PARA INSTALAÇÃO DAS LUMINÁRIAS 1 SERVIÇO R$ 9.500,00
R$ 9.500,00
13 PLATAFORMA PARA INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM GERAL (1 MÊS) 2 EQUIPAMENTO R$ 9.000,00
R$ 18.000,00
14 FRETE DAS PLATAFORMAS 2 SERVIÇO R$ 1.200,00
R$ 2.400,00
15 SITRAD 1 SERVIÇO R$ 6.000,00 R$ 6.000,00
16 ISOLAÇÃO DAS COLUNAS COM ISOPAINEL DE 200mm 480 M² R$ 150,00
R$ 72.000,00
17 PORTA FRIGORÍFICA 3X5m 1 PEÇA R$ 5.000,00 R$ 5.000,00
18 CORTINA DE AR 1 EQUIPAMENTO R$ 4.000,00
R$ 4.000,00
32
19 GERADOR 350KVA 1 EQUIPAMENTO R$ 323.222,00 R$ 323.222,00
20 BASE PARA O GERADOR 1 SERVIÇO R$ 4.000,00 R$ 4.000,00
21 INSTALAÇÃO ELÉTRICA DO GERADOR 1 SERVIÇO R$ 19.000,00 R$ 19.000,00
22 ELÉTRICA PARA CORTINA DE AR E RESISTÊNCIA DA PORTA 1 SERVIÇO R$ 3.000,00 R$ 3.000,00
23 ELÉTRICA PARA OS CARREGADORES 1 MATERIAL R$ 3.200,00
R$ 3.200,00
24 PAINEL DOS CARREGADORES 1 SERVIÇO R$ 2.800,00
R$ 2.800,00
25 EXAUSTOR PARA SALA DE BATERIAS 1 EQUIPAMENTO R$ 900,00
R$ 900,00
26 ELÉTRICA PARA O EXAUSTOR 1 SERVIÇO R$ 1.200,00
R$ 1.200,00
27 ALVENARIA PARA INSTALAÇÃO DO EXAUSTOR 1 SERVIÇO R$ 500,00
R$ 500,00
28 ILUMINAÇÃO 4 PEÇA R$ 300,00
R$ 1.200,00
29 ELÉTRICA/INSTALAÇÃO PARA ILUMINAÇÃO 1 SERVIÇO R$ 2.800,00
R$ 2.800,00
30 CHUVEIRO LAVA OLHOS 1 PEÇA R$ 1.300,00
R$ 1.300,00
31 BEBEDOURO 1 PEÇA R$ 900,00
R$ 900,00
32 PINTURA DE PISO ONDE FICARÁ A BATERIA 16 M² R$ 30,00
R$ 480,00
33 HIDRAULICA PARA O CHUEVEIRO LAVA OLHOS E BEBEDOURO 1 SERVIÇO R$ 1.600,00 R$ 1.600,00
34 ELÉTRICA PARA AS MESAS 1 SERVIÇO R$ 8.000,00
R$ 8.000,00
35 AR CONDICIONADO 9000BTU 2 EQUIPAMENTO R$ 2.000,00
R$ 4.000,00
36 ELÉTRICA PARA O AR CONDICIONADO 1 SERVIÇO R$ 2.500,00
R$ 2.500,00
37 HIDRÁULICA PARA UM BEBEDOURO 1 SERVIÇO R$ 2.000,00
R$ 2.000,00
38 SISTEMA DE ANTENAS PARA RÁDIO FREQUÊNCIA 1 SERVIÇO R$ 17.352,40
R$ 17.352,40
39 NOBREAK 1300VA 2 EQUIPAMENTO R$ 600,00
R$ 1.200,00
40 NOBREAK 2500VA 2 EQUIPAMENTO R$ 1.200,00
R$ 2.400,00
41 ESTABILIZADOR 5 EQUIPAMENTO R$ 75,00
R$ 375,00
42 Switch HP 2 EQUIPAMENTO R$ 1.800,00
R$ 3.600,00
43 Infra estrutura ADM 1 EQUIPAMENTO R$ 30.000,00
R$ 30.000,00
44 INSTALAÇÃO DE LINK 1 EQUIPAMENTO R$ 4.600,00
R$ 4.600,00
45 SERVIDORES 1 EQUIPAMENTO R$ 3.000,00
R$ 3.000,00
46 PLATAFORMA PARA 1 MÊS 1 EQUIPAMENTO R$ 6.000,00
R$ 6.000,00
47 FRETE DA PLATAFORMA 1 SERVIÇO R$ 2.000,00
R$ 2.000,00
48 INSTALAÇÃO DE TELEFONIA E RAMAIS 1 SERVIÇO R$ 26.000,00
R$ 26.000,00
TOTAL
R$ 1.297.744,40
Fonte: Dados da Pesquisa.
33
Com os valores do investimento definidos e cotados, a equipe de princing da GFS
Logística realizou uma pesquisa de mercado e definiu um valor a ser cobrado mensalmente ao
cliente por todo o investimento realizado e a disponibilidade/viabilização do mesmo avaliando
sempre as políticas de rentabilidade da GFS Logística. O valor definido a ser cobrado do
cliente como receita para a GFS Logística foi de R$ 201.350,00.
A partir deste momento têm-se todos os valores para que seja possível o
desenvolvimento do fluxo de caixa dos 60 meses de contrato com este cliente.
Abaixo na Tabela 3, pode-se conferir o valor fixo de receita (valor cobrado do cliente)
e dois tipos de custos, sendo estes:
CUSTOS SERVIÇO: Valores de energia elétrica, mão de obra, aluguel,
limpeza e outros custos fixos do local;
CUSTOS INVESTIMENTO: Valor do investimento feito para realização da
obra sendo este dividido entre valores pagos a vista nos primeiros meses da
obra e outros valores pagos ao banco por empréstimo com juros e
depreciados mensalmente;
CUSTO TOTAL: Soma dos dois valores dentro do mês.
Tabela 3 – Fluxo de Caixa
MÊS 1 MÊS 2 MÊS 3 MÊS 4 MÊS 5 MÊS 6 MÊS 60
RECEITA LIQUIDA R$ 201.350,00
R$ 201.350,00
R$ 201.350,00
R$ 201.350,00
R$ 201.350,00
R$ 201.350,00 ...
R$ 201.350,00
CUSTOS SERVIÇO R$ 110.392,49
R$ 110.392,49
R$ 110.392,49
R$ 110.392,49
R$ 110.392,49
R$ 110.392,49 ...
R$ 110.392,49
CUSTOS INVESTIMENTO R$ 567.030,96
R$ 314.040,02
R$ 314.040,02
R$ 314.040,02
R$ 29.695,76
R$ 29.695,76 ...
R$ 29.695,76
CUSTOS TOTAL R$ 677.423,45
R$ 424.432,51
R$ 424.432,51
R$ 424.432,51
R$ 140.088,26
R$ 140.088,26 ...
R$ 140.088,26
SALDO -R$ 476.073,45
-R$ 223.082,51
-R$ 223.082,51
-R$ 223.082,51
R$ 61.261,74
R$ 61.261,74 ...
R$ 61.261,74
Fonte: Dados da Pesquisa.
Já com este fluxo de caixa pode-se perceber que se têm um resultado negativo nos
primeiros quatro meses e após um resultado fixo e positivo de R$ 61.261,74.
Continuando as análises dos indicadores, agora se calcula o VPL (valor presente
líquido), onde se relaciona os valores encontrados no fluxo de caixa com uma taxa mínima de
atratividade (TMA) fornecida pela área de finanças da GFS Logística.
Abaixo segue Tabela 4 com a memória de calculo desenvolvida:
34
Tabela 4 – Valor Presente Líquido
MÊS 1 MÊS 2 MÊS 3 MÊS 4 MÊS 5 MÊS 6 MÊS 60
Saldo -R$ 476.073,45 -R$ 223.082,51 -R$ 223.082,51 -R$ 223.082,51 R$ 61.261,74 R$ 61.261,74 ... R$ 61.261,74
Exponencial 1
2
3
4
5
6
... 60
Fórmula 1,02
1,03
1,05
1,06
1,08
1,09
... 2,44
VPL Mensal -R$ 469.037,88 -R$ 216.537,66 -R$ 213.337,60 -R$ 210.184,82 R$ 56.866,84 R$ 56.026,45 ... R$ 25.074,18
Fonte: Dados da Pesquisa.
Esse resultado significa que, embora exista um ganho financeiro de R$2.285.336,46
(Total de receitas menos o investimento), o valor presente desse fluxo de caixa futuro vale
R$1.067.279,52. Sendo assim, pode-se chegar à conclusão que o investimento é mais rentável
comparado às taxas de atratividade mínima (TMA).
Tabela 5 – Comparativo Ganho Financeiro
GANHO FINANCEIRO PROJETO R$ 2.285.336,46
VPL TOTAL R$ 1.067.279,52
Fonte: Dados da Pesquisa.
O terceiro indicador financeiro para essa análise será o TIR (taxa interna de retorno).
O calculo deste indicador objetiva trazer o valor financeiro total do VPL encontrado
anteriormente e compara-lo com a TMA para então apontar a rentabilidade do projeto. Este
indicador representa o ponto de reversão da decisão de investir. Como já comentado
anteriormente projetos com taxas de descontos (taxa mínima de atratividade) superiores à TIR
devem se rejeitados e projetos cujos valores de taxa de desconto são inferiores aos seus
valores de TIR devem ser aceitos.
Aplicando as fórmulas de TIR nos fluxos de caixa do projeto obteve-se uma taxa de
2,97% deixando assim o investimento totalmente viável tendo em vista que a taxa de
atratividade (expectativa) da GFS Logística é 1,5%.
35
5 CONCLUSÃO
Conforme observado ao decorrer da pesquisa, a utilização de metodologias de análise
de investimento é uma atividade extremamente dependente de variáveis muito incertas e na
maioria das vezes, imprevisíveis. Com isso, a dificuldade encontrada para se obter uma opção
ideal de investimento é muito grande. Porém, se utilizada de forma correta, as metodologias
tratadas neste estudo norteia o investidor para se obter uma opção mais próxima da ideal,
dentro da medida do previsível.
A utilização da metodologia e das teorias, em si, é trivial. Entretanto, a obtenção dos
parâmetros a serem utilizados nas mesmas não possui o mesmo caráter, pois tais informações
são extraídas de análises macro econômicas e políticas para o período a se investir e isso não
é, de longe, tarefa simples. A utilização de informações de terceiros, como corretores,
boletins, e outras fontes, são de suma importância para a conclusão final a respeito dos
investimentos a serem realizados, uma vez que quanto maior a gama de informações na qual a
conclusão será embasada melhor confiabilidade se trará para análise de viabilidade do projeto.
Dado ao grau de dificuldade e ao alto nível de incerteza do mercado, os iniciantes da
área devem passar por uma capacitação ou formação das áreas econômicas e administrativas,
a fim de se gerir com mais consciência e efetividade sua carteira de investimentos, caso
contrário, a probabilidade do investidor perder dinheiro é grande. Por outro lado, investir
somente em poupança significa na grande parte das vezes “perder dinheiro”, já que o dinheiro
parado na poupança poderia estar rendendo mais, em outro tipo de investimento. Em outras
palavras, o custo de oportunidade da poupança é bem alto.
Nesse estudo foi verificada a viabilidade financeira de um operador logístico. Foram
aplicadas e realizadas as análises de TIR, VPL, Fluxo de Caixa e Payback para verificar a
viabilidade da construção de um novo armazém. A análise apresentou um fluxo de caixa
positivo, com um payback de curto prazo e uma taxa de atratividade maior que a estipulado
pela empresa.
Espera-se que a metodologia de Análise de Investimentos proposta possa servir como
um guia de iniciação aos interessados em investir seus excedentes. A metodologia, também,
proporciona aos interessados o conhecimento básico das principais técnicas de investimento
existentes, podendo ser um primeiro passo para que possam se aprofundar no tema.
36
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SOUZA, Alceu, CLEMENTE, Ademir. Decisões financeiras e análise de
investimentos. 2. ed. São Paulo, Atlas, 1997.
LIMA JUNIOR, João da Rocha. Decidir sobre Investimentos no Setor da
Construção Civil. 1998, 74 p. Boletim Técnico da Escola Politécnica da USP, Departamento
de Engenharia de Construção Civil. São Paulo, 1998.
SOUZA, Acilon B. Projetos de Investimento de Capital: Elaboração, Análise e
Tomada de Decisão. São Paulo: Atlas, 2003.
CASAROTTO FILHO, Nelson C.; KOPITTKE, Bruno H. Análise de Investimentos.
10 ed. São Paulo: Atlas, 2008
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Avaliação de bens parte
4: Empreendimentos. NBR 14653-4. Rio de Janeiro, 2002. 16 p.
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