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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS AVANÇADAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO
CURSO DE BIBLIOTECONOMIA
FLÁVIO HENRIQUE RIBEIRO MAIA
ANÁLISE DE COMUNIDADES VIRTUAIS VOLTADAS PARA CONCURSOS NA
ÁREA DE BIBLIOTECONOMIA E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO
NATAL/RN
2014
FLÁVIO HENRIQUE RIBEIRO MAIA
ANÁLISE DE COMUNIDADES VIRTUAIS VOLTADAS PARA CONCURSOS NA
ÁREA DE BIBLIOTECONOMIA E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO
Monografia apresentada ao curso de Biblioteconomia do Centro Social de Ciências Aplicadas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para a conclusão do curso.
Orientadora: Profª Dra. Andréa Vasconcelos Carvalho.
NATAL – RN
2014
Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / Biblioteca Setorial do CCSA
Maia, Flávio Henrique Ribeiro.
Análise de Comunidades Virtuais voltadas para concursos na área de Biblioteconomia
e Ciência da Informação / Flávio Henrique Ribeiro Maia. – Natal, RN, 2014.
53f. : il.
Orientadora: Profª. Dra. Andréa Vasconcelos Carvalho
Monografia (Graduação em Biblioteconomia) – Universidade Federal do Rio Grande
do Norte. Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Departamento de Ciência da Informação.
1. Web 2.0 – Monografia. 2. Comunidades Virtuais – Monografia. 3. Concurso Público -
Monografia. 4. Biblioteconomia - Monografia. I. Carvalho, Andréa Vasconcelos. II.
Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título. CDU 02(079)
RN/BS/CCSA CDU 376-056.262
FLÁVIO HENRIQUE RIBEIRO MAIA
ANÁLISE DE COMUNIDADES VIRTUAIS VOLTADAS PARA CONCURSOS NA
ÁREA DE BIBLIOTECONOMIA E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO
Monografia apresentada ao curso de Biblioteconomia do Centro Social de Ciências Aplicadas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para a conclusão do curso.
Aprovada em ____/____/____.
BANCA EXAMINADORA
Profª Dra. Andréa Vasconcelos Carvalho
Orientadora – UFRN
Profa. Ma. Jacqueline Araújo Cunha
Examinadora - UFRN
Profª Dra. Eliane Ferreira da Silva
Examinadora - UFRN
NATAL – RN
2014
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, por mais uma vez me da força pra recomeçar e tornar
possível todos os meus sonhos.
Agradeço à minha mãe que sempre me amou, apoiou e acreditou em cada
escolha feita por mim.
Agradeço a minha família pelo apoio e amor.
Agradeço a minha professora Andréa Carvalho, que me orientou, ouviu e
estimulou todas às vezes que necessitei; por acreditar que sempre é possível dar o
melhor de si. Com você é possível sempre aprender lições na academia e na vida.
Agradeço a todos os professores do Departamento de Ciência da
Informação, em especial Jacqueline Cunha, Luciana Moreira e Eliane Ferreira.
Agradeço às Bibliotecárias Lucia Fontenelle, Eliane Araújo e Shirley
Carvalho, por sempre estarem dispostas a me ajudar no meu aprendizado
profissional.
A todos os colegas de curso em especial a Aline, Adriana, Rayssa, Thaize,
Jonatas, Francinilma e Keltom que fizeram com que esses anos fossem mais
divertidos, especiais e inesquecíveis.
Obrigado!
“Diferente dos livros, na vida a gente não pode voltar na melhor parte”. Clarissa Corrêa
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Comparativo entre três gerações da Web. .............................................. 15
Quadro 2 - Informantes da pesquisa ......................................................................... 15
Quadro 3 – Razão para considerar as comunidades eficazes na disseminação da
informação................................................................................................................. 41
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Perfil de utilização ..................................................................................... 21
Figura 2 - Página Inicial da comunidade Biblioteconomia para concursos ................ 25
Figura 3 - Página inicial da comunidade Questões de Biblioteconomia para
Concursos ................................................................................................................. 26
Figura 4 - Gráfico do número de respostas diárias ................................................... 28
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Faixa etária dos entrevistados ................................................................. 31
Gráfico 2 - Nível de escolaridade .............................................................................. 31
Gráfico 3 -Tempo de preparação para concursos públicos na área de
Biblioteconomia e Ciência da Informação . ............................................................... 33
Gráfico 4 - Comunidades que os membros participam ............................................. 34
Gráfico 5 - Tempo que utilizam a comunidade .......................................................... 35
Gráfico 6 - Frequência que o membro visita a comunidade ...................................... 36
Gráfico 7 - Frequência que compartilha material na comunidade ............................. 37
Gráfico 8 - Material que mais atende a necessidade dos membros .......................... 38
Gráfico 9 - Nível de ajuda das comunidades no processo de preparação ................ 39
Gráfico 10 - Considera que as comunidades servem como canal eficaz na
disseminação da informação na área. ....................................................................... 40
RESUMO
Na Web 2.0 os usuários se comunicam e interagem de forma direta, produzindo e
compartilhando informações das mais diversas. Dentre os recursos da Web 2.0,
destacam-se as comunidades virtuais e seu uso por pessoas que se preparam para
concursos públicos Biblioteconomia e Ciência da Informação. Após abordar uma
breve caracterização da Web 2.0 e das comunidades virtuais, discute-se o
comportamento informacional do usuário na Web 2.0. Objetiva-se, de modo geral,
analisar a importância das redes sociais no processo de preparação para concursos
públicos na área de Biblioteconomia e Ciência da Informação. De modo específico,
objetiva-se: a) conhecer qual perfil dos usuários destas comunidades; b) identificar a
contribuição das comunidades virtuais do Facebook, Questões de Biblioteconomia
para Concursos e Biblioteconomia para Concurso, para quem se prepara para os
certames na área de Biblioteconomia; c) verificar como se comportam os usuários
dentro desse espaço virtual em busca da informação. Nos procedimentos
metodológicos apresenta descrição das comunidades Questões de Biblioteconomia
para Concursos e Biblioteconomia disponíveis na rede social Facebook,. Apresenta
os principais resultados obtidos com coleta de dados. Conclui que as comunidades
virtuais estudadas contribuem para a preparação para concursos públicos na área
de Biblioteconomia, sendo necessário ampliar a participação ativa dos membros
para um melhor aproveitamento desse espaço.
Palavras-chave: Web 2.0. Comunidades Virtuais. Facebook. Concurso Público.
Biblioteconomia
ABSTRACT
On Web 2.0, users communicate and interact directly, producing and sharing various
information. Among the resources of Web 2.0, stand out virtual communities and its
use by people who prepare for public cargos in Biblioteconomy and Information
Science. After approaching a brief characterization of Web 2.0 and of virtual
communities, the informational behavior of its user is discussed. Generally speaking,
it is aimed to analyze the importance of social networks on the process of preparation
for civil service exams in the areas of Biblioteconomy and Information Science.
Specifically aims: a) to know the user’s profile in those groups; b) identify the
contribution of Facebook’s communities, ‘’Questões de Biblioteconomia para
Concursos’’ and ‘’Biblioteconomia para Concursos’’, for those who prepare to the
Biblioteconomy area; c) oversee how such users behave in this virtual space while
searching for information. On methodological procedures it presents descriptions of
‘‘Questões de Biblioteconomia para Concursos’’ and ‘‘Biblioteconomia para
Concurso” communities, available on the social network, Facebook. It also shows
primer results obtained from datum collection. It concludes that the virtual groups
studied do contribute to exam preparation for public cargos in the Biblioteconomy
area, however being necessary the amplification of active participation of members in
order to improve usage of the space.
Key-words: Web 2.0. Virtual Communities. Facebook. Civil Service Exam.
Biblioteconomy.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10
2 WEB 2.0 E REDES SOCIAIS ................................................................................. 13
2.1 COMUNIDADES VIRTUAIS ................................................................................ 15
3 ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO USUÁRIO NA WEB 2.0 .......................... 18
3.1 COMPOSIÇÃO DE CONCEITO .......................................................................... 18
3.2 COMPORTAMENTO DO USUÁRIO NA WEB 2.0 .............................................. 19
4 DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS ............................... 22
4.1 DESCRIÇÃO DO CAMPO DE OBSERVAÇÃO ................................................... 22
4.2 A REDE SOCIAL FACEBOOK ............................................................................ 22
4.3 CARACTERIZAÇÃO DAS COMUNIDADES VIRTUAIS ANALISADAS .............. 24
4.4 INTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ............................................................ 26
4.5 PROCEDIMENTOS DE APLICAÇÃO DO INSTRUMENTO DE COLETA DE
DADOS ..................................................................................................................... 27
4.6 PROCEDIMENTO DE ANALÍSE DOS DADOS ................................................... 28
4.7 CARACTERIZAÇÃO DOS SUJEITOS DA PESQUISA ....................................... 30
5 ANALÍSE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .................................................... 34
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 43
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 44
APÊNDICE - Questionário....................................................................................... 48
10
1 INTRODUÇÃO
A comunicação é um processo inerente às relações sociais. Diante das
várias transformações sofridas no decorrer dos séculos, diferentes maneiras de
comunicação foram criadas, sobretudo advindas das grandes transformações
tecnológicas. Essas mudanças trouxeram significativas contribuições que refletem
em vários setores da sociedade.
A informação na sociedade se transformou em um produto que possui seu
próprio valor. Ela é consumida cada vez mais de maneira instantânea, sobretudo
como reflexo da globalização e a popularização da internet. Frente a essas
transformações foi desencadeada uma explosão quantitativa de informações,
acelerando a quantidade de informações disponíveis em circulação resultando em
um novo panorama no ambiente virtual.
A evolução da Web possibilita a criação de espaços cada vez mais
interativos, permitindo que seus usuários acessem ambientes hipertextuais. E, com
a chegada da Web 2.0 ou Web Social, emerge uma nova concepção da Internet.
A Web 2.0 surge num ciberespaço marcado pela democracia, em que seus
usuários se comunicam e interagem de forma direta, compartilhando informações
das mais diversas. Nos últimos anos ocorreu uma explosão na propagação das
redes sociais na internet. Esse fenômeno propiciou uma comunicação mais veloz e
abrangente, na qual pessoas que estejam em espaços geográficos distintos,
pudessem compartilhar e intercambiar informações de maneira rápida. Os usuários
participantes destas redes estão em constante troca de informação com outros
usuários – o que gera uma interatividade – auxiliando a comunicação, troca de
informações e o compartilhamento dos conhecimentos difundidos por todo o mundo.
Dentro desse contexto de Web 2.0 encontramos uma série de ferramentas,
das mais diversas, que se propõem a dinamizar o intercâmbio de conhecimento e
ligar pessoas. Neste processo de troca de informações surge a oportunidade dos
próprios usuários serem atores a frente da produção publicada como também
colaborarem com conhecimentos já construídos. Inúmeros serviços são
disponibilizados na rede com objetivo de atender a necessidade e interesse do
usuário que utiliza o ciberespaço. Seja no meio acadêmico ou no dia a dia é possível
encontrar uma ferramenta no universo da Web 2.0 capaz de dinamizar o
11
conhecimento, agregando valor e disseminando informações para os mais variados
usuários.
As redes sociais destacam-se por ser um canal onde a informação é
propagada de forma rápida, possui um alto potencial para colaboração, estabelece
ideias e trocas de informações. Esses atributos fazem delas um ambiente de grande
importância para difundir o conhecimento. Cada vez mais as redes sociais são
utilizadas para os mais diversos fins, propagando ideais e conhecimento. No campo
da Ciência da Informação não é diferente, as redes sociais são utilizadas como uma
ferramenta que agrega valor e oferece oportunidade de interação aos seus usuários.
Na sociedade informacional, não somente a biblioteca física é responsável
pela disseminação da informação. Com as novas tecnologias, ela surge em novos
formatos – biblioteca digital e virtual – e junto a outros instrumentos ligados aos
espaços virtuais se interligam com o propósito de gerir e disseminar a informação
nos mais diversos âmbitos. É perceptível o papel de inclusão das redes sociais
buscando, dentre tantas coisas, aproximar pessoas que tem ou partilham interesses
semelhantes.
Assim, o objetivo geral deste trabalho é analisar a importância das redes
sociais no processo de preparação para concursos públicos na área de
Biblioteconomia. De maneira específica, objetiva-se: a) Conhecer qual perfil dos
usuários destas comunidades; b) Identificar a contribuição das comunidades
Questões de Biblioteconomia para Concurso e Biblioteconomia para Concursos para
os usuários que se preparam para concurso público na área de biblioteconomia; c)
Verificar como se comportam os usuários dentro desse espaço virtual em busca da
informação. A justificativa para realização desse estudo consiste no interesse
pessoal de pesquisar sobre as redes sociais e em abordar uma perspectiva pouco
explorada: a contribuição das redes sociais no processo de preparação para
concursos públicos na área de Biblioteconomia.
Referentes aos procedimentos metodológicos foram realizadas pesquisas
bibliográficas em materiais impressos e digitais para dar o devido embasamento
teórico para realização da pesquisa e construção da monografia.
Em seguida, foi realizada uma análise das comunidades voltadas para a
área de concursos em Biblioteconomia existentes no site de relacionamento
Facebook. Foi aplicado um questionário desenvolvido online através da ferramenta
Google Drive aos usuários das comunidades selecionadas, com o intuito de
12
conhecer o usuário que utiliza essas comunidades e quais as contribuições desse
serviço para os que buscam se preparar para concurso público.
Esta monografia encontra-se estruturada em seis capítulos. Após a
introdução, é abordado um pouco do histórico da Web 2.0 e também das Redes
Sociais, tendo como foco o Facebook. O terceiro capítulo trata do estudo do
comportamento do usuário na Web 2.0. No quarto capítulo são apresentados os
procedimentos metodológicos, o universo da pesquisa, os procedimentos de coleta
de dados e onde e como são caracterizadas as comunidades que foram analisadas.
No quinto capítulo são apresentados e discutidos os resultados obtidos através da
aplicação do questionário. E por último, no sexto capítulo, encontram-se as
considerações finais.
13
2 WEB 2.0 E REDES SOCIAIS
O termo Web ganhou destaque por ser a primeira geração de Internet que
tinha como principal característica, abranger grande quantidade de informações.
Dentre essas informações, destacou-se como primeiro serviço web distribuído de
maneira ampla no papel de veiculador de informações.
No primeiro momento, o usuário se destaca como sendo um mero leitor ou
espectador de páginas visitadas, estando inapto para editar o conteúdo
informacional digital; caracterizando assim uma postura de passividade em tal
processo. De acordo com Meirelles e Moura (2007, p. 12),
Os usuários ou interatores, anteriormente denominados “navegantes” (internautas) da Web 1.0, transformaram-se em usuários (stricto sensu) de serviços on-line que, atualmente, podem dispensar a instalação de aplicativos nos micro – computadores. Podendo perceber, desse modo na Web 2.0 há ocorrência de modificações no papel do usuário, que passará a interagir selecionar e controlar as informações de forma a ampliar o seu papel de agente atuante.
Com a evolução da web foi possível a criação de espaços cada vez mais
interativos, esses espaços são caraterizados por permitir que os usuários pudessem
modificar conteúdo e criar ambientes hipertextuais. Surge então uma nova
concepção da Web chamada de Web 2.0 ou Web social.
De acordo Curty (2008, p. 56), termo Web 2.0 surge em 2004 durante uma
sessão de brainstorming realizada pela empresa americana do setor de
comunicação O´Reilly Media. Os membros Tim O´Reilly e Dale Dougherty foram os
responsáveis pela propagação, dando forma ao termo e fazendo com que ele fosse
amplamente utilizado. A difusão do termo começou a ocorrer desde 2004 com a
realização da primeira edição da Web 2.0 Summit, conferência que reúne os líderes
da indústria da internet. A publicação do artigo “What is web 2.0 ? Design patter and
business models for the next generation of softwares” - outro fator marcante na
propagação do conceito da Web 2.0 – teve o propósito de esclarecer o significado
do termo em face de diversas interpretações existentes.
A Web 2.0 pode ser entendida como um avanço da Web 1.0, como uma
nova versão da Web. Na primeira, seus programadores polarizavam a tecnologia
responsável por conectar os usuários, enquanto que na segunda, seria uma forma
oposta, onde são as pessoas que se conectam através da tecnologia. Dessa
14
maneira, podemos entender que o termo Web. 2.0 busca nomear uma fase na qual
a tecnologia deixa de assumir uma posição principal para tornar-se pano de fundo e
um elemento coadjuvante de um processo voltado para as manifestações coletivas.
A Web 2.0 é voltada para o usuário e uma Web de comunicação
multisensitiva, pois está envolvida num espaço mais interativo. A sua arquitetura é
mais participativa e democrática, o que transforma a comunicação desse espaço,
pois deixa de ser algo unidirecional dando lugar a uma comunicação multidirecional,
na qual todos produzem e recebem informações. Sob esse contexto, os usuários
assumem um papel de protagonistas, pois utilizam as tecnologias disponíveis para
estabelecer uma cultura de participação social sem fronteiras. No entanto, Blattmann
e Silva (2007, p. 198) acreditam que:
A web 2.0 pode ser considerada uma nova concepção, pois passa agora a ser descentralizada e na qual o sujeito torna-se um ser ativo e participante sobre a criação, seleção e troca de conteúdo postado em um determinado site por meio de plataformas abertas. Nesses ambientes, os arquivos ficam disponíveis on-line, e podem ser acessados em qualquer lugar e momento, ou seja, não existe a necessidade de ser gravado em um determinado computador os registros de uma produção ou alteração na estrutura de um texto. As alterações são realizadas automaticamente na própria Web.
Sob essa perspectiva percebe-se que a Web 2.0 é mais social, pelo fato de
envolver mais pessoas e ao mesmo tempo ser mais colaborativa, pois todos
participantes são produtores e disseminadores em potencial, o que vem a ser um
fator de enriquecimento desse espaço que deixa de centrar na tecnologia para dar
mais importância às pessoas, conteúdo e acesso.
Segundo Carvalho, Alcoforado e Santos (2013, p. 64) constatamos que:
A Web 2.0 apresenta um conjunto de novas possibilidades e valores relacionado ao acesso, uso, compartilhamento e produção de informação, o que gera impactos na relação de indivíduos com a informação e a comunicação, produzindo novos comportamentos informacionais.
Sendo assim, percebemos o caráter da Web 2.0 no sentido de ser uma
plataforma colaborativa, advinda da transformação da web tradicional. É nesse
ambiente que usuários buscam cada vez mais interagir através dos mais variados
canais existentes. É perceptível como principal característica desse espaço um
usuário mais ativo, que passa a ser o principal produtor e receptor das informações.
Um fator de extrema importância nesse processo é a presença de uma inteligência
15
coletiva, sendo assim a participação e colaboração dos usuários agregam valor para
essa plataforma. Dentre alguns principais recursos presentes no ambiente da Web
2.0 estão: redes sociais, blogs, tags, wikis, youtube, RSS, etc.
Alguns blogs e textos científicos que tratam de temas do universo online já
dão destaque a versão Web 3.0 também denominada Web semântica. Para Curty
(2008) “é conceituada como uma extensão da Web atual em que se busca atribuir à
informação significado definido de forma a interagir computadores e pessoas”.
No quadro abaixo é possível observar a transformação da geração Web de
acordo com período, serviços oferecidos e características pertinentes a cada uma
das gerações.
Quadro 1 - Comparativo entre três gerações da Web.
Evolução Período Serviços/Recursos Características
Web 1.0 1990 -
2000
Portais, mecanismos de buscas
websites, base de dados
Publicação na Web controlada por
poucos, complicadas e tecnologias de
alto custos
Web 2.0 2000 -
2010
Blogs, Wikis, RSS, Conexões via
celular, Redes sociais, Bookmarks,
mensagens instantâneas
Publicação na Web disponível para
muitos, maior amplitude e acesso à
conexão
Web. 3.0 2005 -
2020
Mash ups, busca semântica, Second
Life e avatares, tesauros e taxonomia
Integração uniforme, projeção da
persona Onipresença/Ubiquidade
Virtual
Fonte: Dutra (2007 apud CURTY, 2008).
2. 1 COMUNIDADES VIRTUAIS
As “novas” tecnologias de comunicação e informação atuam reformulando
os espaços e também a estrutura da sociedade. Essas mudanças são capazes de
refletir no tempo, espaço e as relações de várias partes da sociedade. Os sites de
relacionamento ou redes sociais são ambientes que tem como objetivo reunir
pessoas, os membros – usuários que se inscrevem e criam seus perfis – transitam
por esse espaço virtual trocando informações, partilhando materiais nos mais
diversos formatos virtuais. Cada rede possui suas regras próprias, que moldam o
comportamento dos seus usuários e definem a forma de interação mais eficiente.
Muitas delas incluem seus próprios mecanismos de busca e são fechadas de modo
que o conteúdo só pode ser encontrado por membros. As comunidades virtuais
16
também chamadas de redes sociais podem ser caracterizadas de acordo com
Carvalho (2007, p. 66), como:
agrupamentos de pessoas que se reúnem em função de suas afinidades e utilizam o ciberespaço como meio para intercambiar e difundir suas ideias, estabelecer relações sociais, realizar atividades conjuntas e lograr objetivos comuns. Oferecem o ambiente e suas ferramentas necessárias para que seus usuários interajam, de modo espontâneo e democrático, e se gere, armazene e difunda a informação associada aos processos de comunicação.
Uma comunidade virtual organiza-se sobre uma base de afinidade por
intermédio de sistemas de comunicação. Seus membros estão reunidos pelos
mesmos interesses, afinidades e problemas. É importante destacar o caráter
aglutinador de pessoas com interesses em comum das redes sociais. Nesse espaço
a distância deixa de ser um obstáculo. De acordo com Teixeira Filho (2002, p. 43)
“apesar de não presentes, em uma comunidade virtual as pessoas encontram
muitos elementos humanos de uma interação normal: paixões, ideias, apoio,
solidariedade, conflitos, ódio, amizades, etc.”. Essa virtualização das comunidades
de interesse representam para alguns o sabor de contracultura, de cultura nômade e
faz surgir um novo meio de interações sociais.
Um dos primeiros autores a utilizar o termo comunidade virtual foi Rheingold
(1995, apud RECUERO, 2009, p.20), que a define como:
São agregados sociais que surgem da Rede, quando uma determinada quantidade suficiente de gente leva a diante essas discussões públicas durante um tempo suficiente com suficientes sentimentos humanos, para
formar redes de relações pessoais no ciberespaço.
As conexões em uma rede social são constituídas de laços sociais que são
formados através das interações sociais entre os atores desse ciberespaço; a
matéria-prima das relações e dos laços sociais são o resultado dessa interação.
Segundo Recuero (2009), a interação no ciberespaço pode ser
compreendida como uma maneira de conectar atores e de demonstrar que tipo de
relação eles possuem, estas pode ser diretamente relacionada aos laços sociais. A
participação em comunidades virtuais é um estímulo à formação de inteligências
coletivas, onde os indivíduos recorrem à troca de informações e conhecimentos.
Para o antropólogo francês, especialista no universo virtual Lévy (2002), uma
comunidade virtual, quando convenientemente organizada, representa uma
17
importante riqueza em termos de conhecimentos distribuídos. Representam o papel
de filtros inteligentes que nos ajudam a filtrar o excesso de informação.
Diz Lévy (2002, apud COSTA, 2008, p. 44), “Uma rede de pessoas
interessadas pelos mesmos temas é não só mais eficiente do que qualquer
mecanismo de busca.” A possibilidade de integração e simpatia dentro da
cibercultura é algo marcante e distinto em nossa história. Nesse espaço é possível
encontrar zonas de proximidades: pessoas compartilham ideias, conhecimentos e
informações sobre seus problemas, dificuldades e carências.
De acordo com Teixeira (2002), a comunicação via Internet e as
comunidades virtuais são uma forma de comunicação “muitos-para-muitos”,
enquanto o telefone é “um - para- um” e os meios de comunicação clássicos –
televisão, jornais e revistas – são “um- para- muitos”. A Internet se populariza como
comunicação “muitos-para-muitos” trazendo uma transformação radical na mídia.
Fazendo com que não somente as pessoas, mas também os demais meios de
comunicação se adaptem à Internet.
Segundo Teixeira Filho (2002, p. 50):
O ciberespaço oferece instrumentos de construção cooperativa de um contexto comum em grupos numerosos e geograficamente dispersos. A comunicação não é apenas uma difusão ou transporte de mensagens, mas uma interação no meio de uma situação com a qual cada um contribui para modificar ou estabilizar.
Nesse contexto coletivo, que podemos dizer que é uma espécie de ligação
viva que funciona como uma memória, ou consciência comum, o ponto principal das
comunidades virtuais é a partilha e reinterpretação dos participantes. Abaixo
podemos ver listados seis benefícios básicos de uma comunidade virtual, extraídos
da obra de Teixeira Filho (2002): reduz os custos de comunicação entre os membros
da organização; aumenta a produtividade na solução de problemas; favorece a
criação de memória organizacional; favorece o processo de inovação de produtos e
processos; facilita a cooperação entre os membros da organização; facilita o
compartilhamento de conhecimentos.
18
3 ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO USUÁRIO NA WEB 2.0
Neste capítulo é abordado o comportamento informacional, seu conceito e
também como o usuário da Web 2.0 se interage dentro desse ambiente.
3.1 COMPOSIÇÃO DE CONCEITOS
Ao analisar sobre necessidade e uso da informação em leituras correntes da
área, percebe-se uma evolução no enfoque dos estudos, partindo de uma visão
limitada para uma mais ampla, tanto no que se refere a conceitos quanto a
metodologias.
Figueiredo (1994) compreende estudos de usuários como as investigações
realizadas para conhecer as necessidades de informação dos usuários ou avaliar o
atendimento das necessidades de informação pelas bibliotecas, centros de
informações ou serviços de informações.
Wilson (1999) após várias análises sobre o tema amplia sua ideia, de
maneira mais abrangente inserindo-o no campo do comportamento humano e
denominando “comportamento informacional”. Esse tipo de ação está voltado às
atividades de busca, uso e transferência de informações nas quais um indivíduo se
empenha para satisfazer suas necessidades informacionais.
Em um artigo publicado em 2000, Wilson (2000 apud GASQUE, 2010, p. 22)
propõe quatro definições que estão relacionadas ao comportamento informacional,
sendo elas:
Comportamento informacional: a totalidade do comportamento humano em relação ao uso de fontes e canais de informações, incluindo a busca da informação passiva ou ativa. Comportamento de busca da informação: a atividade ou ação de buscar informação em consequência da necessidade de atingir um objetivo. Comportamento de pesquisa de informação: O nível micro do comportamento, em que o indivíduo interage com os sistemas de informação de todos os tipos. Comportamento do uso da informação: constitui o conjunto dos atos físicos e mentais e envolve a incorporação da nova informação aos conhecimentos prévios do indivíduo.
Em concordância com as ideias desenvolvidas por Wilson (2000) estudiosos
como Pettigrew, Fidel e Bruce (2001 apud GASQUE, 2010, p. 22) entendem
“comportamento informacional” como sendo as atividades que envolvem as
19
necessidades de sujeitos e de como buscam, utilizam e transportam a informação
em diversos contextos. Dentro de suas investigações sobre o tema esses estudiosos
- Pettigrew, Fidel e Bruce - identificaram três abordagens; a) Cognitiva – examina o
comportamento do sujeito a partir do conhecimento, convicções e crenças que
medeiam as percepções do mundo; b) Social – baseada nos significados e valores
que os indivíduos atribuem aos vários contextos; c) Multifacetada – integra múltiplas
opiniões para compreensão do comportamento informacional.
De acordo com Wilson (2000 apud MARTÍNES; SILVEIRA; ODDONE, 2007,
p. 121), “Comportamento Informacional é todo comportamento humano relacionado
às fontes e canais de informação, incluindo a busca ativa e passiva de informação e
uso da informação”. Sendo assim, é possível perceber que este processo está ligado
à necessidade informacional do usuário relacionado ao uso das fontes pertinentes
na sua busca.
Ainda levando em consideração comportamento dos usuários podemos
supor que dentre eles, à área profissional do usuário, as características das
informações que desejam encontrar e as fontes consultadas são alguns diversos
fatores que influenciam nesse comportamento.
3.2 COMPORTAMENTO DO USUÁRIO NA WEB 2.0
A facilidade de acesso e uso dos recursos da Web 2.0 estimula a interação
entre pessoas, tornando cada vez mais trivial o ato de criação, seleção e
propagação de conteúdo, causando assim, um impacto no comportamento
informacional de uma grande massa de usuários.
No âmbito da Web 2.0 os usuários têm novas possibilidades de manifestar
um comportamento informacional ativo no processo de geração e troca de
informação. De acordo com Blattmann e Silva (2007, p. 198). “[...] o sujeito torna-se
um ser ativo e participante sobre a criação, seleção e troca do conteúdo postado em
um determinado site por meio de plataformas abertas.”
Diante desse processo de construção de informação no âmbito da web 2.0
podemos dar destaque ao papel do usuário com um protagonismo assumido por ele
próprio nesse processo; levando em conta sua capacidade de gerar, selecionar,
organizar, recomendar e alterar conteúdos constantemente. Tendo em vista as
20
características citadas podemos classificá-los como usuários ativos que criam,
selecionam e disseminam conteúdo para que outros tenham acesso.
Foi a partir desse comportamento ativo em relação à Web 2.0 que Pisani e
Piotet (2010 apud CARVALHO; ALCOFORADO; SANTOS, 2013,) observaram e
sugeriram o conceito de web atores; esses sujeitos que compreendem a web e a
utilizam dela de maneira bidirecional, recebendo e difundindo conteúdo e ao, mesmo
tempo, assumindo papel de consumidos/criadores; leitores/descritores; ouvintes/
gravadores; expectadores/produtores. Dessa maneira, os usuários passam a se
envolver na administração e organização da informação, atributo esse até então
designado a especialistas. Outra característica nesse processo é armazenarem e
compartilharem suas produções através das ferramentas 2.0 e se ajudarem
mutuamente a se localizarem nesse oceano de informações.
A maneira de interagir entre os usuários e conteúdo a partir dos recursos
Web 2.0 tem apresentado reflexo em vários setores da vida e na realização de
diversas atividades. Mudanças essas que modificam a maneira como as pessoas
estudam, trabalham, relacionam-se, compram, divertem-se etc. Essas experiências
coletivas de compartilhamento de informações e conhecimento estabelecem um
importante método de processamento do conhecimento.
Embora, atualmente, a participação nos recursos da Web 2.0 seja algo
crescente, o comportamento dos usuários das comunidades virtuais,
especificamente, como criadores ainda é algo limitado, podemos ver isso através do
estudo “The 90-9-1 Rule for Participation Inequality in Social Media and Online
Communities”. Segundo Jakob Nielsen (2006), os usuários de comunidades online
seguem um principio de desigualdade, isso implica dizer que a participação segue
uma regra de 90-9-1. Essa participação é representada através de uma pirâmide
(figura 1), na qual no seu topo se encontram os “criadores”, no meio estão os
“editores” e na sua base os “observadores” ou “leitores”.
90% constituem a audiência, são pessoas que observam e apenas leem, mas não contribuem de maneira ativa na comunidade. 9% são editores, essas contribuem algumas vezes modificando ou adicionando texto a um artigo já produzido. 1% são usuários criadores e responsáveis pela maior parte das contribuições. Frequentemente essas pessoas estão conduzindo um vasto percentual, novos comentários e atividades no site.
21
Figura - 1: Perfil de utilização
Fonte: Adaptado de Nielsem (2006)
22
4 DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS
Esta pesquisa teve início com a realização de pesquisa bibliográfica sobre
Web 2.0 e Comportamento Informacional do Usuário. Assim, foram explorados
artigos científicos, periódicos e endereços eletrônicos que tratassem dessa temática,
visando com isso, consolidar o embasamento teórico do trabalho.
Além disso, em função dos objetivos da pesquisa foram visitadas e
analisadas as comunidades do Facebook – Questões de Concurso em
Biblioteconomia e Biblioteconomia para Concursos – que são ambientes voltados
para quem busca apoio para a preparação para concursos públicos. Com isso, foi
possível conhecer o ambiente virtual e os conteúdos e serviços oferecidos por tais
comunidades, o que resultou ser de grande utilidade para a elaboração do
instrumento de coleta de dados.
O instrumento de coleta de dados utilizado foi um questionário online, criado
através do pacote de aplicativo Google Docs. Este questionário foi de extrema
importância para investigação do trabalho, pois ao ser postado dentro das duas
comunidades, simultaneamente, possibilitou estabelecer contato com bibliotecários e
estudantes de biblioteconomia dos mais distintos lugares do país sobre sua
participação nas comunidades estudadas, rompendo assim a barreira da distância.
4.1 DESCRIÇÃO DO CAMPO DE OBSERVAÇÃO
Este capítulo tem o propósito de descrever brevemente, o campo de
observação, ou seja, as ferramentas da Web 2.0 e as comunidades da rede social
Facebook, voltadas para preparação de concurso público na área, que foram
selecionadas na coleta e análise da pesquisa.
4.2 A REDE SOCIAL FACEBOOK
Neste tópico será abordado uma breve contextualização da rede social
Facebook na qual estão inseridas as duas comunidades virtuais pesquisadas.
A rede social baseada na Web 2.0, Facebook é um software social que
utiliza a rede mundial de computadores para comunicação on line e seu uso
estende-se em diversos domínios: social, político, econômico ou educacional. Para
23
que essa interação ocorra, faz-se necessário a criação de um perfil, a busca de lista
de contato de outros usuários para que após concluídas estas etapas os usuários
possam interagir.
O Facebook funciona através de perfis e comunidades. Em cada perfil é
possível acrescentar módulos e aplicativos (jogos, ferramentas etc.). Atualmente, ele
é responsável por diversas mudanças na forma como os usuários se comportam em
espaços virtuais. Sem dúvida é responsável por disseminar os mais diversos
conteúdos numa velocidade muito grande; ajudando pessoas e organizações a
promoverem ideias, produtos, compartilhar conhecimentos e discuti-los como
também organizar movimentos sociais.
O Facebook oferece uma vasta lista de ferramentas e aplicações que permitem aos utilizadores comunicar e partilhar informações (adicionar fotografias, vídeos, comentários, ligações, enviar mensagens interação com outros websites, dispositivos móveis, aplicação de e-mail, RSS feeds e outras tecnologias), bem como controlar quem pode ter acesso à informação específica ou realizar determinadas acções. (EDUCASE, 2007 apud PATRÍCIO; GONÇALVES, 2014, p.7).
Segundo Telles (2011), A origem do Facebook remonta a outubro de 2003,
quando o estudante de Harvard, Mark Zuckerberg, invadiu o banco de imagens de
nove casas da universidade, e com esse banco de dados criou o Facemash — um
site que permitia que os alunos comparassem duas fotografias de identidade para
selecionar a mais atrativa. Nas primeiras 4 horas on-line o site gerou 450 visitas e 22
mil cliques em fotos. Após a visibilidade que ganhou com o Facemash, Zuckerberg
junto com seus amigos Eduardo Serverin, Dustin Moskovitz e Chris Hughes ciaram o
Facebook, uma rede social que começou como um site exclusivo para estudantes de
Haravard e que continham o e-mail @havard, até então exclusivo para alunos e
funcionários de Havard. Com 24 horas no ar, o Facebook teve algo em torno de
12.500 mil inscritos. Finalmente, a partir de 11 de Setembro de 2006, qualquer
pessoa com um endereço de e-mail poderia se inscrever.
O Facebook é a maior rede social do mundo, e vem crescendo muito no
Brasil nas classes A e B, mas, desde sua tradução para o português em 2008 tem
atraído um montante representativo das classes C, D e E. Ocupa mais de 97% do
tempo gasto pelos usuários brasileiros na Internet. Em 2012 o Facebook foi rede
social mais acessada pelos internautas brasileiros ,com 15 anos ou mais, que usam
laptop ou computador em casa ou no ambiente de trabalho, segundo a pesquisa da
24
comScore - é uma empresa dos EUA de análise da internet que fornece a grandes
empresas, agências e publicidades do mundo.
Segundo comScore (2012), uma observação mais detalhada dos visitantes
do Facebook revelou que as mulheres passam em média mais tempo no site – 5,3
horas em comparação às 4,1 horas dos homens – acompanhando a tendência
mundial de um maior envolvimento das mulheres nas redes sociais. Usuários de 25
a 34 anos formam a maior parte da audiência do Facebook, 30,6% da audiência
total, enquanto os de 15 a 24 anos passam em média mais tempo no site, com 6,2
horas por usuário em dezembro de 2011.
Alguns dados de destaque quanto ao Facebook são: 100 milhões de
usuários ativos (25 % do total) utilizam a rede por meio de plataformas móveis ao
menos uma vez no mês de 200 milhões dos usuários em atividade já
experimentaram acessar o Facebook em dispositivos móveis pelo menos uma vez.
Esses usuários demonstram o dobro de engajamento do que aqueles que utilizam
pelo computador.
4.3 CARACTERIZAÇÃO DAS COMUNIDADES VIRTUAIS ANALISADAS
As comunidades analisadas neste trabalho tem em comum, o propósito de
difundir conhecimentos pertinentes ao universo dos concursos públicos voltados
para profissional de biblioteconomia, abrangendo o âmbito federal e estadual. Os
conteúdos compartilhados pelos usuários vão de resoluções de questões
comentadas, a artigos científicos, editais de concursos dentre outras informações
diversas, porém todas pertinentes à área, e voltadas para concursos. Nesse
ambiente, o membro da comunidade também tem oportunidade de tirar dúvidas de
uma determinada questão postada. Sendo assim, após apresentada a dúvidas,
outros membros se manifestam apontando a resolução e sanando assim as
possíveis dúvidas apresentadas. Assim, tais comunidades tornam-se um ambiente
que além de ser colaborativo é enriquecedor no processo de construção do
conhecimento.
Neste sentido, a seguir são caracterizadas as duas comunidades virtuais do
Facebook que serão analisadas neste estudo: Biblioteconomia para concursos e
Questões de Biblioteconomia para Concursos.
25
Quais os usuários da Web 2.0 tem oportunidade de se manifestar como
atores principais e ativos, responsáveis pela publicação e manutenção dos
conteúdos voltados para concurso na área de Biblioteconomia e Ciência da
Informação, contribuindo para a disseminação da informação e atingindo pessoas
em vários locais do país e do mundo.
Biblioteconomia para Concursos – é um grupo fechado, voltado para
temas relacionados na área de Biblioteconomia e Ciência da informação. Ela possui
2.495 membros cadastrados (dados referentes à data de 11 de novembro de 2014).
Não há registro de quando a comunidade foi criada, porém um dos arquivos mais
antigos para download consta a data de 02 de outubro de 2012. Também não
especifica quem é seu administrador; porém quem aceita à adesão dos membros ao
grupo é uma usuária chamada Ingrid Fabiana.
Figura 2 - Página Inicial da comunidade Biblioteconomia para Concurso
Fonte: Facebook (2014)
Questões de Biblioteconomia para Concurso – é um espaço dedicado
aos concurseiros e profissionais da Biblioteconomia que disponibiliza exercícios,
comentários e elucidação de dúvidas a partir de questões de bancas e assuntos
referentes às provas, diferentes todos os dias. Atualmente possui 3.356 membros
(número de membros em 10 de Novembro 2014). A comunidade também não
mostra quem é seu administrador, porém é possível ver que mais de duas pessoas
tem autorização para aceitar membros.
26
Figura 3 - Página inicial da comunidade Questões de Biblioteconomia para Concursos
Fonte: Facebook (2014)
Dentro dessa perspectiva, é importante ressaltar, a troca de conhecimento
gerada nesse ambiente de caráter altamente colaborativo. Usuários se mobilizam a
favor de um objetivo em comum, no intuito de promover informações e
conhecimento dos mais vastos, pertinentes aos concurso sem Biblioteconomia e
Ciência da Informação.
4.4 INTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
O instrumento de coleta de dados utilizado foi um questionário. Esta escolha
deve ao fato de corresponder os propósitos do estudo e por apresentar
características compatíveis com este tipo de estudo. Dentre outras características, o
questionário pode ser respondido online, a qualquer hora, basta apenas ter acesso à
rede e não necessita da presença do pesquisador.
A utilização dessa técnica de coleta de dados apresenta várias vantagens.
De acordo com Cunha (1982) exemplos dessas vantagens são: o fato de ser um
método rápido em termos de tempo; baixo custo; permite atingir uma grande
população dispersa; dá maior grau de liberdade e tempo ao respondente; dá a
possibilidade de serem menores as distorções. As questões fechadas e subjetivas
permitem a obtenção de dados muitas vezes mais objetivos e mais superficiais
enquanto os dados mais detalhados podem ser obtidos com as questões abertas. A
elaboração do questionário contemplou o uso de perguntas de múltipla escolha
combinadas com perguntas abertas. Dentre as vantagens no uso desse modelo de
27
questionário podemos citar: Economia de tempo, e evitar deslocamento para aplicá-
lo e obtenção de grande número de dados; engloba uma maior área geográfica; não
há influência do entrevistador, o que resulta num risco mínimo de haver distorções.
No momento de enviar o questionário, sobretudo o online, deve-se ter a
atenção de fazer uma breve explanação, explicando, para que o entrevistado se
sinta atraído e convencido para respondê-lo. Lakatos e Marconi (2003, p. 78)
declaram que:
Junto com o questionário deve-se enviar uma nota ou carta explicando a natureza da pesquisa, sua importância e necessidade de obter respostas, tentando despertar o interesse do recebedor, sentido que ele preencha e devolva o questionário dentro do prazo razoável.
Sendo assim, ao realizar essa apresentação é importante deixar
transparecer consideração para com o entrevistado, despertando nele o interesse
pela pesquisa e a disponibilidade de colaborar respondendo o questionário.
4.5 PROCEDIMENTOS DE APLICAÇÃO DO INSTRUMENTO DE COLETA DE
DADOS
O questionário online foi pré-definido com o propósito de obter informações
sobre o comportamento dos membros das comunidades selecionadas. Sendo assim,
foi em duas partes: caracterização do usuário e caracterização do comportamento
informacional. Em sua composição foram apresentadas 19 questões sendo 17
objetivas e duas questões abertas.
O link que dava acesso ao questionário foi disponibilizado através das
comunidades estudadas. O período estabelecido para que os membros das
comunidades pudessem participar, respondendo o questionário, foi de 31 de outubro
de 2014 até 16 de novembro de 2014, totalizando 17 dias. Foram enviados 36
questionários respondidos.
Quanto ao período que o questionário estava aberto para respostas, nas
comunidades, foi identificada uma oscilação quanto ao número de respostas diárias.
Fenômeno esse que pode estar atrelado ao primeiro momento que o questionário foi
disponibilizado nas comunidades e nas datas nas quais foi republicada nas
comunidades. É possível visualizar essa oscilação representada na figura abaixo.
28
Figura 4 - Gráfico número de respostas diárias
Fonte: Adaptado de Google Docs (2014).
4.6 PROCEDIMENTO DE ANALÍSE DOS DADOS
A tabulação dos dados foi realizada de forma manual, levando em conta que
o número de entrevistados foi relativamente pequeno. Aos dados obtidos mediante a
respostas das questões fechadas foram analisadas a partir do uso de princípios de
estatística descritiva, apresentando-se gráficos pra facilitar a visibilidade. Os dados
foram analisados, após tabulados, levando em consideração que as respostas
produzidas deram alicerce para as possíveis conclusões dessa investigação.
No que se refere ás respostas dadas ás questões abertas, foram
estabelecidas categorias agrupando as respostas semelhantes e permitir a análise.
A ferramenta Google Docs atribui um número ao informante de acordo com
a ordem da resposta ao questionário. Com base nessa numeração apresenta-se o
quadro abaixo no qual se identifica cada um dos informantes que respondeu à
questão aberta e a justificativa apresentada à questão: “Você considera que as
comunidades servem como canal eficaz na disseminação da informação sobre
concursos na área de Biblioteconomia e Ciência da Informação? Justifique”.
29
Quadro 2 - Informantes da pesquisa
Info
rman
te
Sexo Faixa Etária Escolaridade
Exerc
e a
pro
fissão
1 Feminino 17 a 24 anos Graduação incompleta Não
2 Feminino 35 a 44 anos Graduação completa Não
3 Feminino 17 a 24 anos Graduação completa Não
4 Masculino 25 a 34 anos Graduação completa Sim
5 Feminino 35 a 44 anos Graduação completa Não
6 Feminino 17 a 24 anos Graduação completa Não
7 Feminino 25 a 34 anos Graduação incompleta Não
8 Feminino 35 a 44 anos Graduação completa Não
9 Feminino 25 a 34 anos Graduação incompleta Não
10 Feminino 35 a 44 anos Especialização completa Sim
11 Feminino 35 a 44 anos Especialização incompleta Não
12 Feminino 25 a 34 anos Mestrado completo Não
13 Feminino 25 a 34 anos Especialização incompleta Sim
14 Masculino 25 a 34 anos Especialização completa Sim
15 Masculino 25 a 34 anos Especialização incompleta Não
16 Feminino 25 a 34 anos Especialização completa Não
17 Masculino 25 a 34 anos Graduação completa Sim
18 Feminino 17 a 24 anos Graduação completa Sim
19 Feminino 35 a 44 anos Graduação completa Não
20 Feminino 45 a 55 anos Graduação incompleta Não
21 Feminino 17 a 24 anos Graduação incompleta Está-gio
22 Masculino 17 a 24 anos Graduação completa Não
23 Feminino 25 a 34 anos Especialização incompleta Não
24 Masculino 35 a 44 anos Graduação completa Não
25 Feminino 35 a 44 anos Graduação incompleta Não
26 Masculino 17 a 24 anos Graduação completa Sim
27 Feminino 25 a 34 anos Graduação incompleta Não
28 Feminino 35 a 44 anos Graduação completa Não
29 Feminino 17 a 24 anos Graduação incompleta Não
30 Feminino 35 a 44 anos Especialização incompleta Não
31 Feminino 35 a 44 anos Graduação completa Não
32 Masculino 35 a 44 anos Especialização completa Não
33 Feminino 35 a 44 anos Graduação completa Não
34 Masculino 25 a 34 anos Graduação incompleta
35 Feminino 25 a 34 anos Graduação incompleta Não
36 Feminino 35 a 44 anos Graduação completa Sim
Fonte: Elaboração Própria (2014)
30
4.7 CARACTERIZAÇÃO DOS SUJEITOS DA PESQUISA
Os sujeitos da pesquisa são os membros (bibliotecários e estudantes de
Biblioteconomia), que utilizam as comunidades Biblioteconomia para Concurso e
Questões de Biblioteconomia para Concurso como fonte de informação na
preparação para concursos públicos. Estes membros estão distribuídos em vários
estados do país.
A primeira parte do questionário buscou caracterizar o perfil dos usuários
das comunidades analisadas. Neste sentido, no que se refere ao sexo, observa-se
que dentre os 36 respondentes, 27 são do sexo feminino (equivalente a 75%),
enquanto nove são do sexo masculino (representando 25% dos informantes),
ficando clara a predominância do sexo feminino. Este resultado já era esperado,
levando em consideração o fato da predominância do sexo feminino na profissão.
Este dado coincide com o estudo realizado por Carvalho, Alcorado e Santos (2013),
em que predominou um percentual de 70,7% do sexo feminino, enquanto 29,2% são
do sexo masculino entre os estudantes universitários de Biblioteconomia. Entretanto,
este cenário vem mudando, pois vários homens tem buscado a profissão de
bibliotecário nos últimos anos.
A faixa etária que predominou entre os informantes foi de 35 a 44 anos, que
foram 14 respondentes (equivalendo a 39%). Em segundo lugar estão 13
entrevistados na faixa de 25 a 34 anos (representando 36%), abaixo encontramos
08 entrevistados de 17 a 24 anos (são 22%); finalizando de 45 a 55 anos apenas 01
entrevistado está nesta faixa etária, que representa 3%. Foi disponibilizada a
alternativa faixa etária acima de 56 anos, porém nenhum dos informantes se
enquadrou. A predominância de usuários jovens provavelmente contribui para que
eles tenham mais familiaridade com as tecnologias digitais e, especialmente, com as
comunidades virtuais.
31
Gráfico 1 - Faixa etária dos entrevistados
Fonte: Elaboração própria (2014)
Dos usuários que responderam a pesquisa, 16 (44%) deles possuem
graduação completa; e dentre esse número, cinco (14%) possuem especialização
completa, enquanto quatro (11%) possuem incompleta. Apenas um (3%) possui
mestrado e nenhum deles possui doutorado. Um fato interessante é que 10 deles
(28%) possuem graduação incompleta, e mesmo ainda estando cursando o
bacharelado em Biblioteconomia já fazem parte das comunidades para concursos
públicos e se preparam para os certames. É possível visualizar os dados citados, no
gráfico abaixo:
Gráfico 2 - Nível de escolaridade
Fonte: Elaboração própria (2014)
22%
36%
39%
3%
17 a 24 anos
25 a 34 anos
35 a 44 anos
45 a 55 anos
44%
28%
14%
11% 3%
Graduação completa
Graduação Incompleta
Especialização Completa
Especialização Incompleta
Mestrado
32
Observa-se também que, dos bibliotecários formados apenas uma parte
deles buscaram se especializar, adquirir outros conhecimentos após a graduação. O
que hoje é um fator decisivo para qualquer profissional. Os bibliotecários necessitam
de certas competências para poder desempenhar seu papel na sociedade e no
mercado de trabalho. E sua constante especialização é um diferencial para quem
busca ter êxito na carreira, seja em organizações públicas ou privadas, seja para
desempenhar com mais segurança sua profissão ou como critério de desempate e
pontuação num exame de seleção.
Os membros das comunidades que responderam ao questionário são das
mais diversas partes do país. Percebemos essa diversidade de estados no momento
que respondem em que universidade concluiu/cursa o sua graduação. Dentro das
respostas encontramos: três informantes da Universidade de Brasília, três
Universidade de São Paulo, dois da Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
dois da Universidade Federal de São Carlos, dois da Universidade Federal de
Sergipe, dois informantes da Universidade Federal Fluminense e os demais
procedem, cada um, das seguintes universidades: Universidade Federal da Paraíba,
Universidade Federal da Amazonas, Universidade Federal de Minas Gerais,
Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Universidade Federal de Santa
Catarina, Universidade Federal de Goiás, Universidade Federal da Bahia,
Faculdades Integradas Coração de Jesus, e Centro Universitário Assunção.
Mais uma vez é interessante ressaltar o poder de encurtar as distâncias das
comunidades virtuais; percebemos que os bibliotecários formados e futuros
bibliotecários de 14 instituições de ensino do país, que cursaram ou estão cursando
graduação em Biblioteconomia, estão interligados em uma rede onde é possível
disseminar/intercambiar uma gama de conhecimentos adquiridos. Como afirma
Lévy (2002 apud COSTA, 2008, p. 47), as comunidades virtuais são uma nova forma
de se fazer sociedade. Essa nova forma é rizomática, transitória, depreendida de
tempo e espaço, baseada muito mais na cooperação e nas trocas objetivas do que
na permanência dos laços. O uso das redes sociais digitais foi responsável pela
fluidez desse processo.
Quando questionados sobre se exerciam a profissão de bibliotecário e há
quanto tempo, apenas 17 entrevistados responderam. Um dado curioso já que foram
informantes 36 membros. Dos que responderam sim, sete deles trabalham na área
com a variante de quatro meses a 15 anos. Apenas dois estão estagiando na área,
33
enquanto outros oito não trabalham na área. Um número alto, prevalecendo sobre
quem trabalha na área.
Sabemos que nos últimos anos o número de concursos públicos que
oferecem vagas para o bacharel em Biblioteconomia vem aumentando, em grande
medida pela criação de vários cargos para Bibliotecário, devido à criação e
expansão dos Institutos Federais e das Universidades Federais. Outra importante
perspectiva de ampliação do mercado de trabalho na área se apresenta com apoio
da lei 12.244 de Maio de 2010 que dispõe sobre a universalização das bibliotecas
nas instituições de ensino públicas e privadas do país, o que demandará a
contratação de bibliotecários.
Para muitos bibliotecários é uma meta a ser atingida: trabalhar como
bibliotecário no serviço público, ter estabilidade e muitas vezes ser remunerado de
maneira mais satisfatória que no setor privado. No entanto, conseguir atingir esse
objetivo exige esforço dos bibliotecários que se preparam para isso. Muitas vezes
esse processo de preparação dura anos para que se consiga atingir com êxito o
objetivo definido. Logo abaixo, veremos o gráfico que corresponde ao tempo que os
membros da comunidade se preparam para concursos.
Gráfico 3 - Tempo de preparação para concursos públicos na área de Biblioteconomia e Ciência da informação.
Fonte: Elaboração própria (2014).
Menos de 06 meses
06 meses.
Mais de 01 ano
Mais de 02 anos
Mais de 03 anos
Mais de 04 anos
Acima de 05 anos
10
3
12
8
1 1 1
34
5 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Na investigação buscamos caracterizar o comportamento informacional dos
membros das comunidades. Sob esse contexto é importante conhecer a qual das
duas comunidades, ou ambas, os membros fazem parte. Nas respostas recebidas
78% (28 usuários) fazem parte de ambas – Biblioteconomia para Concurso e
Questões de Biblioteconomia para Concursos. Um percentual de 22% (oito deles)
utiliza Biblioteconomia para Concurso e nenhum deles faz parte, apenas da
comunidade Questões de Biblioteconomia para Concursos.
Gráfico 4 - Comunidades que os membros participam
Fonte: Elaboração própria (2014)
O usuário pode se identificar com uma comunidade pelos mais diversos
motivos. Ao serem questionados sobre qual comunidade mais utiliza no processo de
preparação para concursos na área, 61% (22) disseram utilizar mais a comunidade
Biblioteconomia para Concurso, enquanto os 39% (14) usam mais Questões de
Biblioteconomia para Concursos.
No gráfico apresentado abaixo, mostra há quanto tempo os membros
utilizam a comunidade, levando em consideração que eles responderam de acordo
com a comunidade citada acima que mais utilizava.
0% 22%
78%
0%
Questões de Biblioteconomia para concursos
Biblioteconomia para Concurso
Ambas
35
Gráfico 5 - Tempo que utilizam a comunidade
Fonte: Elaboração própria (2014).
É interessante observar que o período de tempo que sobressaiu foi “Entre 06
e 12 meses”, com 53% (19 membros) e logo após aparece “Menos de 06 meses”,
com 25% (nove membros). “Entre 12 e 18 meses” aparece em terceiro lugar com a
porcentagem de 19 % (sete membros) e “Acima de 24 meses” com 3% (um
membro); Um dado que nos chama atenção nesse gráfico é que no período “Entre
18 e 24 meses”, nenhum dos membros assinalou. No entanto é interessante
ressaltar que não há registros que mostrem quando a comunidade foi criada.
No quesito frequência em que o membro visita a comunidade, 36% (13
membros) visitam “semanalmente”; enquanto 31% (11 membros) “não tem
periodicidade definida” para suas visitas na comunidade. Dentre os respondentes
19% (sete deles) visitam diariamente. Entre as visitas que ocorrem “várias vezes por
semana” e “varias vezes ao dia” houve um empate de 6%, (dois deles), ou seja, dois
informantes indicaram cada uma destas alternativas a alternativa alternativas. Um
membro assinalou “mensalmente”, o que corresponde a 3%. A alternativa
“Quinzenalmente” não foi assinalada por nenhum dos informantes. No próximo
gráfico podemos visualizar as respostas dos entrevistados.
25%
53%
19% 0%
3%
Menos de 06 meses
Entre 06 e 12 meses
Entre 12 e 18 meses
Entre 18 e 24 meses
Acima de 24 meses
36
Gráfico 6 - Frequência que o membro visita a comunidade
Fonte: Elaboração própria (2014).
A periodicidade de publicações do conteúdo é de extrema importância no
ambiente virtual, local esse, onde a informação circula de maneira efêmera e em
grande escala. Sob esse aspecto, os informantes definiram os conteúdos das
comunidades como: 47% (17 deles) consideram os conteúdos atualizados e 47%
(17 deles) consideram regulares; ocorrendo então um empate de opiniões. Já 6%
(dois membros) acreditam que os conteúdos não são atualizados.
Sabemos da importância de compartilhar, uma comunidade, onde para que
a informação esteja em constante movimento, se faz necessário que haja membros
para alimentar e interagir com tais conteúdos. Estes membros são os responsáveis
pela disseminação da informação dentro desse ambiente. Sendo assim percebemos
que o número de membros que contribuem compartilhando materiais nas
comunidades é pouco, pois apenas 3% (um membro) dos respondentes tem esse
hábito de compartilhar materiais. É um fato curioso já que a intenção desse espaço é
compartilhar informações, então se deduz que quanto mais membros compartilham,
mais rico de informações esse espaço se torna. Na alternativa “nunca” compartilham
materiais, percebemos que foi assinalada por 44% (16 membros). Em “raramente”
tivemos um percentual de 39% (14 membros), já em “às vezes” o percentual é de
14% (cinco membros). A opção, “frequentemente”, não foi assinalada por nenhum
dos informantes. Com isso confirmamos o princípio da participação desigual
proposto por Nielsen (2006), que afirma que a quase totalidade dos membros dentro
6%
19%
36%
6%
3%
31%
Várias vezes ao dia
Diariamente
Semanalmente
Várias vezes por semana
Quinzenalmente
Mensalmente
Sem frequência definida
37
das comunidades virtuais são apenas observadores e muito poucos são os
criadores.
Gráfico 7 - Frequência que compartilha material na comunidade
Fonte: Elaboração própria (2014).
Assim como compartilhar materiais, comentar os posts é algo que torna o
espaço dinâmico e contribui para tirar dúvidas dos que utilizam as comunidades. Já
que o espaço é rico por abranger profissionais da área e estudantes de todo o Brasil.
Quando questionados sobre o hábito de comentar os posts apenas 10 deles (28%)
faz disso um hábito; Não conseguimos, porém, detectar o porquê desse déficit.
Talvez envolva questões pessoais como falta de tempo ou mesmo timidez de se
expor dentro da comunidade. Os entrevistados que assinalaram a resposta “não”
totalizaram 26 (72%), um número bastante alto como mencionado anteriormente, já
que comentar, questionar e sanar dúvidas são tarefas que dinamizam esse espaço.
As comunidades investigadas tem como objetivo disseminar informações
pertinentes aos processos seletivos na área de Biblioteconomia e Ciência da
informação. No entando, sua natureza é de servir como um facilitador para os que
buscam variadas informações na área. Sendo assim, é interessante que disponha
da maior quantidade de materiais como: questões de concursos comentadas, editais
de concursos, provas dos mais váriados institutos, comentários sobre questões
resolvidas, artigos científicos e etc. Essa gama de material que está reunida em um
só espaço sana muitas vezes dúvidas e enriquece o comenhecimento de quem está
no preocesso de preparação para um certame. No próximo gráfico veremos quais os
44%
39%
14% 0% 3%
Nunca
Raramente
Ás vezes
Frequentemente
Sempre
38
tipos de materiais que mais atendem as necessidades dos membros das
comunidades que responderam a pesquisa.
Gráfico 8 - Material que mais atende a necessidade dos membros
Fonte: Elaboração própria (2014)
Observamos que apesar de outros materiais sobre a área serem postados
dentro da comunidade os conteúdos que mais satisfazem as necessidades dos
membros são especificamente as questões de concursos (32% assinalaram esta
resposta) e as provas de concursos anteriores (31%). Editais de concursos também
aparecem em um percentual significativo (22%) dentro das respostas dadas pelos
entrevistados.
Por entender que essas comunidades agem como um facilitador no
processo de preparação para os concursos, perguntamos ao entrevistado qual seria
o nível de ajuda; numa escala montada de 1 (representando a nota mais baixa) e 5
(a mais alta), 47% marcaram o número 3 como resposta, o que representada um
certo equilibrio na escala. Aconteceu um empate entre a númeração 2 e 4 da escala,
pois os dois quisitos tiveram o percentual de 19% como resposta; 11% marcaram
número 5 na escala e apenas 3% marcaram o número 1 na escala. Isso desperta
uma reflexão, na qual talvez seja necessário que as comunidades sejam
complementadas por outras fontes. Como pode ser visualizado no grafico abaixo.
32%
31%
14%
22% 0% 0%
1% 0% Questões de concursos
Provas de concursos anteriores
Artigos Científicos
Editais de concursos
Reportagens diversas na área
Comentários sobre questões resolvidas
Outros
39
Gráfico 9 - Nível de ajuda das comunidades no processo de preparação
Fonte: Elaboração própria (2014)
Em seguida foi questionado se os membros da comunidade indicavam as
comunidades para outros bibliotecários ou estudantes de Biblioteconomia que
estavam no mesmo processo de preparação para concursos. Um percentual de 69%
dizem indicar o uso delas, enquanto 31% não costumam indica-las. Aqui fica
perceptivel que um percentual alto de membros se preocupam em fazer a
disseminação de mais um “serviço de informação” para seus colegas, o que
possivelmente indica que consideram as comunidades como fontes relevantes para
a preparação para concursos.
Ao serem questionados de forma aberta sobre considerar as comunidades
como canais eficazes na disseminação da informação sobre concursos na área de
Biblioteconomia e Ciência da informação, tivemos uma unanimidade nas respostas.
Os 35 membros dessas comunidades que responderam o questionário indicaram
que sim, enquanto apenas 2 acreditam que não, e apenas um respondeu depende.
3%
19%
47%
19%
11%
1 2 3 4 5
40
Gráfico 10 - Considera que as comunidades servem como canal eficaz na disseminação da informação na área
Fonte: Elaboração própria (2014).
Após responder esta pergunta, foi solicitado que os informantes
justificassem suas respostas. A troca de informações dinâmica e o englobamento de
profissionais de todo o país, fazem das comunidades uma ferramenta rica na
contrução e troca de conhecimento. Nas palavras do informante número dois (2014)
“É bastante gratificante ter voluntários e amigos profissionais que se preocupam com
os outros, fazendo destes canais, verdadeiros suportes para uma ajuda eficaz na
preparação de concursos públicos na área.”
Reafirmamos um pensamento apresentado no trabalho, que de acordo com
Lévy (2002), “Uma rede de pessoas interessadas pelos mesmos temas é mais
eficiente do que qualquer mecanismo de busca.”
O informante de número oito (2014) afirma:
Considero relevante o uso que fazem das comunidades para disseminar informação acerca de concursos públicos na área da Biblioteconomia e Ciência da Informação, pois são poucos ou inexistentes os cursos preparatórios de concursos públicos na área da Biblioteconomia e estas comunidades têm contribuído bastante para o conhecimento e aprimoramento de questões que sempre são abordadas nas provas.
É possível ver o papel dessa ferramenta que veio junto com a Web 2.0, de
trazer benefícios para os usuários que tem o objetivo de intercambiar informações.
No entanto, as comunidades têm o poder de compartilha ou dar acesso a
91%
6% 3%
0%
Sim
Não
Depende
41
informações que poderiam não estar disponíveis ou de difícil acesso em outras
fontes de informação.
No quadro abaixo é possível visualizar a justificativa que os informantes
apresentam para a resposta “Sim” a pergunta: “Você considera que as comunidades
servem como canal eficaz na disseminação da informação sobre concursos na área
de Biblioteconomia e Ciência da Informação? Justifique.”
Quadro 3 – Razão para considerar as comunidades eficazes na disseminação da informação
Informante(s) Justificativa Frequência %
1,4,6, 8,10 12,13, 21,28,32, 33, 34
Contribui para divulgação da informação 12 22
2, 5, 8, 12, 34 Oferece informação selecionada 5 9
1,10,13, 17, 18, Oferece suporte eficaz 5 9
4, 8, 18 Disponibiliza conteúdo atualizado 3 6
4, 27 Motiva os participantes 2 4
2,6, 7, 18, 21, 28 Favorece a interação entre concurseiros 6 11
17, 18, 22, 26, 27 Facilita o esclarecimento de dúvidas 5 9
6, 7, Oportuniza o intercambio de materiais 2 4
17 Propicia a discussão de questões 1 2
11, 25 Ajuda na formação 2 4
6,7, 13, 28 Contribui para a preparação de quem não pode participar de cursos presenciais
4 7
12, 19, 30 Mantém profissionais atualizados 3 6
4,17, 21, 32 Une profissionais da área 4 7
Fonte: Elaboração própria (2014)
Do total de respondentes desta questão, apenas dois indicaram que não
consideram que as comunidades servem como canal eficaz na disseminação da
informação sobre concursos na área de Biblioteconomia e Ciência da Informação,
enquanto um disse que esta eficácia depende. Dentre os que responderam “Não”, o
informante de número nove justificou: “...o conteúdo das postagens, em sua maioria,
é sobre o universo biblioteconômico como um todo, não sendo direcionado
especificamente e unicamente aos concursos públicos da área”. O informante 14
acredita que as comunidades tenham pouca eficácia. Por último, o informante de
42
número três respondeu que a eficácia destas comunidades depende do que se
busca.
Na última pergunta do questionário, uma questão aberta, foi solicitado que
os respondentes que desejassem apresentassem sugestões para melhorias das
comunidades. Dos 36 informantes, apenas 15 deles disseram sim e contribuíram,
seis disseram não querer contribuir. Dentro dessas sugestões feitas estavam:
a) Juntar em documento no formato pdf uma seleção de questões com
comentários dos participantes;
b) Mais atualizações de questões que estão sendo cobradas;
c) Projetos na área de biblioteca escolar, parcerias com empresas, mercado de
trabalho, congressos, etc.
d) Focar não apenas em concursos federais, mas também, das prefeituras e
estados.
e) Fazer revisão de conteúdos mais técnicos;
f) Dar mais dicas sobre as provas das melhores bancas do país;
g) Elaborar resumos para melhorar o estudo;
h) Ter mais debate e discussões sobre assuntos e questões de concurso
público;
i) Justificar e discutir as respostas.
j) postagens exclusivas sobre concursos públicos.
As sugestões servem como um canal de aproximação de quem oferece um
serviço ou um produto, tentando com elas melhorar e atender as necessidades dos
usuários. É interessante obsevar que as sugestões apresentadas são pertinentes
aos propósitos das comunidades. Acatar estas sugestões talvez pudesse trazer mais
satisfação para o membro que utiliza as comunidades.
Considerando os resultados obtidos na pesquisa podemos perceber que as
comunidades hoje, tem um papel diferenciado e importante na preparação do
profissional que visa obter sucesso em um concurso público da área.
43
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
As ferramentas colaborativas da Web 2.0 proporcionam para seus usuários
uma importante contribuição nos mais variados campos. O Facebook surge nesse
espaço trazendo um ambiente cada vez mais integrado, fazendo do seu usuário um
ator principal nesse processo de troca de informações e conteúdo.
As comunidades do Facebook na área de Biblioteconomia e Ciência da
Informação que foram estudadas nessa investigação trazem benefícios
diferenciados para os profissionais (ou futuros profissionais) de Biblioteconomia que
se preparam para concorrer a uma vaga no serviço público. Sabendo que essa
preparação exige esforço e tempo, cada vez mais a interação desses profissionais
dentro de um ciberespaço, faz com que informações transitem dos mais variados
lugares do país e de maneira rápida. Esse canal é um grande suporte para aqueles
que não têm possibilidade de fazer um dos pouquíssimos cursos existentes na área,
para preparação para concursos.
Por serem comunidades específicas, isso gera um filtro, fazendo com que a
informação chegue de maneira mais rápida possível as mãos de quem a busca,
fazendo com que seu usuário ganhe com isso no fator tempo.
Considera-se que os objetivos gerais e específicos desse trabalho foram
alcançados com êxito, pois se pode constatar com essa pesquisa que as
comunidades, Biblioteconomia para Concurso e Questões de Biblioteconomia para
Concursos, têm o seu mérito como agente facilitador no processo de preparação
para concursos, sendo esse o objetivo geral desse trabalho. Foi possível também,
conhecer qual o perfil dos usuários que utilizam desse recurso da Web 2.0 para
difundir conhecimento e como se comportam dentro desse ambiente. É interessante
observar que embora estejam espalhados por todo o país existe um dialogo entre
eles através da rede, sendo esta uma grande vantagem desse serviço de
informação.
Porém, foi observado que a falta de contribuição quanto aos
compartilhamentos de materiais e postagens, ainda é um entrave no enriquecimento
mútuo dos participantes das comunidades. Uma motivação para futuramente dar
continuidade a essa pesquisa, seria analisar os motivos que fazem com que um
número mínimo de usuários compartilhe informações dentro das comunidades; quais
44
as limitações que fazem com que a informação seja mais observada que editada ou
produzida.
Assim como as bibliotecas físicas e virtuais, as comunidades voltadas para
construir e discutir conhecimentos necessitam ser alimentadas. Consequentemente,
faz se necessário maior participação ativa dos usuários, pois as comunidades
necessitam de ajuda mútua para cumprir o seu papel de propagar informações e
conteúdos. Desta forma, quanto mais participação houver, maior será a eficácia e a
completeza da informação disponível.
45
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46
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47
Web 2.0: participação e vigilância na era da comunicação distribuída. Rio de
Janeiro: Mauad X, 2008.
48
APÊNDICE - Questionário Avaliação de comunidades do Facebook voltadas para concurso público na área de Biblioteconomia e Ciência da Informação Os dados coletados serão utilizados para elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do discente Flávio Maia - estudante do curso de Biblioteconomia da UFRN - sob a orientação da Prof.ª Dr.ª Andréa Vasconcelos Carvalho. I. CARACTERIZAÇÃO DO USUÁRIO 1. Sexo:
o Masculino o Feminino
2. Faixa Etária:
o 17 a 24 anos o 25 a 34 anos o 35 a 44 anos o 45 a 55 anos o Acima de 56 anos.
3. Grau de escolaridade:
o Graduação completa o Graduação incompleta o Especialização completa o Especialização incompleta o Mestrado completo o Mestrado incompleto o Doutorado completo o Doutorado incompleto
4. Em qual Instituição de ensino cursou ou cursa Biblioteconomia? 5. Exerce a profissão de bibliotecário no momento? (Caso sua resposta seja sim, por favor escreva abaixo há quanto tempo trabalha na área) 6. Há quanto tempo se prepara para concursos públicos?
o Menos de 06 meses. o 06 meses. o Mais de 01 ano. o Mais de 02 anos. o Mais de 03 anos. o Mais de 04 anos. o Acima de 05 anos.
II. CARACTERIZAÇÃO DO COMPORTAMENTO INFORMACIONAL 7. De qual comunidade você faz parte?
49
o Questões de Biblioteconomia para Concursos o Biblioteconomia para Concurso o Ambas
8. Caso você participe de ambas comunidades, indique a que utiliza mais.
o Questões de Biblioteconomia para Concursos o Biblioteconomia para Concurso
9. Há quanto tempo utiliza a comunidade?
o Menos de 06 meses. o Entre 06 e 12 meses. o Entre 12 e 18 meses. o Entre 18 e 24 meses. o Acima de 24 meses.
10. Com que frequências visita a comunidade?
o Várias vezes ao dia o Diariamente o Semanalmente o Várias vezes por semana o Quinzenalmente o Mensalmente o Sem periodicidade definida
11. Você considera o conteúdo da comunidade atualizado? o Sim. o Não. o Regular
12. Em que nível se encontra a periodicidade das publicações da comunidade: o Bom o Regular o Ruim
13. Costuma comentar os posts da comunidade?
o Sim. o Não.
14. Costuma compartilhar materiais na comunidade:
o Nunca o Raramente o Ás vezes o Frequentamente o Sempre
15. Que Tipo de material compartilhado mais atendem suas necessidades?
o Questões de concursos. o Provas de concursos anteriores. o Artigos científicos. o Editais de concursos. o Reportagens diversas na área de concursos em Biblioteconomia. o Comentários sobre questões resolvidas.
50
o Outros. o Não compartilha.
16. Indique o nível de ajuda da comunidade no processo de preparação para concursos. (Marque 1 para nota mais baixa e 5 para a mais alta)
o 1 o 2 o 3 o 4 o 5
17. Costuma indicar a comunidade a outros bibliotecários que estudam para concurso?
o Sim. o Não.
18. Você considera que as comunidades servem como canal eficaz na disseminação da informação sobre concursos na área de Biblioteconomia e Ciência da Informação?Justifique. 19. Você gostaria de apresentar alguma sugestão para melhorar a comunidade?