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Foto: GPL DP/GST/DPS Dezembro/2016 Análise da mortalidade ocorrida por acidentes de trânsito em agosto e setembro de 2016

Análise da mortalidade ocorrida por acidentes de … 1 - Análise dos dados 1.1 - O número de acidentes fatais e o número de mortos O banco de dados de mortos apresenta o número

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Foto: GPL

DP/GST/DPS

Dezembro/2016

Análise da mortalidade ocorrida por acidentes de

trânsito em agosto e setembro de 2016

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Sumário

Introdução ............................................................................................................... 5

1 - Análise dos dados ................................................................................................ 7

1.1 - O número de acidentes fatais e o número de mortos .............................................. 7

1.2 – Tipos de Veículos envolvidos ................................................................................. 8

1.3 - Mortes por tipo de vítima ...................................................................................... 9

1.3.1 - Pedestres e atropelamentos ........................................................................ 9

1.3.1.1- Quanto aos veículos envolvidos em atropelamentos ..................................... 9

1.3.1.2 - Quanto ao perfil das vítimas pedestres ...................................................... 11

1.3.1.3 - Quanto aos horários e dias da semana de ocorrência dos atropelamentos .. 12

1.3.2 - Acidentes envolvendo Motociclistas .......................................................... 14

1.3.2.1 - Quanto a tipologia dos acidentes envolvendo motocicletas .................... 14

1.3.2.2 - Quanto ao perfil das vítimas de acidentes com motocicletas ...................... 15

1.3.2.3 - Quanto aos horários e dias da semana de ocorrência de acidentes com

motocicletas ........................................................................................................... 16

1.4 – Acidentes Fatais e histórico de infrações dos veículos envolvidos em acidentes

fatais em Agosto ............................................................................................................ 17

1.4.1 - Histórico de infrações Ônibus ..................................................................... 18

1.4.2 - Histórico de infrações Motocicletas .................................................................. 19

1.4.3 - Histórico de infrações Autos ............................................................................. 19

1.5 - Locais dos Acidentes ............................................................................................ 20

1.5.1 - Locais dos acidentes noturnos x iluminação................................................ 22

1.6 - Detalhes dos acidentes encontrados nos Boletins de Ocorrência ........................... 23

1.6.1- Acidentes fatais com ônibus – Fatos complementares extraídos dos Boletins de

Ocorrência ................................................................................................................. 24

1.6.2- Acidentes fatais com motocicletas – Fatos complementares extraídos dos Boletins

de Ocorrência ............................................................................................................. 25

1.6.3- Acidentes fatais com autos – Fatos complementares extraídos dos Boletins de

Ocorrência ................................................................................................................. 26

1.7 - Dados dos relatórios de Investigação de acidentes fatais ...................................... 27

Considerações Finais .............................................................................................. 28

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Introdução

Devido ao aumento do número de mortes decorrentes de acidentes de trânsito no bimestre de

agosto e setembro de 2016, conforme dados demonstrados no gráfico 1, sobretudo o de vítimas

de atropelamentos fatais, analisamos detalhadamente as informações disponíveis no Banco de

Mortes em Acidentes de Trânsito desse bimestre, seus respectivos Boletins de Ocorrência (BOs),

os Relatórios de Investigação de Acidentes Fatais (RIFs), Informações de Acidentes Trânsito

(IATs) e Boletins de Atividades de Campo (BACs) disponíveis, para buscar informações que

detalhem os acidentes e vítimas, bem como os fatores contribuintes para esta elevação na série

histórica de fatalidades, mais acentuada em agosto do que em setembro, e que mudou a

tendência da curva que estava em contínuo decréscimo até o mês de julho de 2016, conforme

pode ser visto no gráfico 2.

Gráfico 1

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6

Gráfico 2

Os fatores contribuintes se compõem para a ocorrência dos acidentes, nunca sendo apenas um

deles a causa isolada e única.

Levantar os principais fatores contribuintes para os acidentes fatais ocorridos, estejam eles na

via, no homem ou no veículo, fornece indícios das correções a serem feitas através de medidas

de engenharia, fiscalização e educação, para mitigar os problemas e avançar na redução dos

acidentes.

A seguir, este trabalho aborda dados disponíveis sobre o perfil das vítimas e dos condutores

envolvidos, das condições do acidente (horário, dia da semana) e informações complementares

relevantes, na busca da identificação dos principais fatores contribuintes para os acidentes em

análise.

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1 - Análise dos dados

1.1 - O número de acidentes fatais e o número de mortos

O banco de dados de mortos apresenta o número de vítimas que morreram nestes dois meses,

independentemente da data do acidente. Em agosto, foram registradas 90 mortes e em

setembro 82.

Para demonstrar a relação entre a data do acidente e a data da morte, em agosto de 2016, até

a data da elaboração deste relatório, as 90 mortes foram geradas por 86 acidentes e 3 destes

acidentes vitimaram mais de uma pessoa, sendo 2 acidentes com 2 mortes e 1 com três mortes.

Das 90 mortes, 77 (85,6%) delas foram decorrentes de acidentes ocorridos efetivamente no mês

de agosto. As outras 13 (14,4%) são vítimas de acidentes ocorridos em meses anteriores que

vieram a óbito em agosto. Em setembro, 62 acidentes geradores de mortes, que correspondem

a 86%, ocorreram no mesmo mês e 10 ocorreram nos meses anteriores.

Gráfico 3 Gráfico 4

Cabe destacar que algumas das vítimas contabilizadas morreram em período maior que trinta

dias após o acidente, fato que diverge das recomendações da OMS para composição dos índices

de mortos no trânsito. Embora a informação seja relevante para os processos internos de

tomada de decisões, mantendo maior precisão sobre o número de mortos decorrentes de

acidente de trânsito, a divulgação de índice em parâmetros divergentes dos estipulados como

regra pode deformar as comparações entre São Paulo e os demais municípios do país e do

mundo.

34%

33%

78%

7385%

Mês de ocorrencia dos acidentes que geraram as mortes de agosto/2016

maio

junho

julho

agosto

11%

23%

23%

57%

6286%

Mês de ocorrencia dos acidentes que geraram as mortes de setembro/2016

abriljunhojulhoagostosetembro

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Outro dado que merece ser ressaltado diz respeito ao número de mortos cujos acidentes

ocorreram nos trechos das rodovias estaduais e federais dentro do município, locais em que a

CET não tem jurisdição. Verificamos que este número contribui significativamente com o

grande número de mortos registrado no município. No mês de agosto foram 8 mortos nas

rodovias. Em setembro este número se repetiu. Apenas para ilustrar a importância da análise

destes números, em um único acidente ocorrido na Rodovia Raposo Tavares foram vitimadas 4

pessoas. No ano de 2015 foram 57 acidentes que totalizaram 69 mortos. Considerando que em

2014 foram 49 acidentes com 50 mortos nas rodovias, parece estar havendo uma tendência de

alta que precisa de intervenção dos gestores responsáveis.

1.2 – Tipos de Veículos envolvidos

A análise dos dados referentes ao mês de agosto permitiu separar por modelos os veículos

envolvidos nos acidentes fatais.

Grupo Automóveis = 31 Grupo Ônibus = 19 Grupo Moto = 34

A verificação dos modelos, a partir das placas dos veículos envolvidos mostra que, em relação

aos 19 ônibus, a divisão se dá entre 5 articulados, 5 microônibus e 9 ônibus urbanos padrão.

Quanto ao uso, 01 foi identificado como transporte escolar, 1 como de viagem, 5 em nome de

particulares (podem ser de cooperativas), 03 intermunicipais e 09 de concessionárias de serviço

de transporte público. Quanto aos automóveis, 9 (21%) eram caminhonetas ou utilitários.

1

2

4

5

5

7

9

9

9

30

31

0 5 10 15 20 25 30 35

Caminhonete

Bicicletas

Motonetas

Microônibus

Ônibus Articulado

Caminhões

Caminhonetas / Utilitários

Ônibus Urbano

Sem Informação

Motocicletas

Automóveis

Tipos de Veículos envolvidos em Acidentes Fatais

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1.3 - Mortes por tipo de vítima

Analisando mais detalhadamente os números disponíveis de agosto, podemos observar o

aumento de 104% do número de pedestres e de 52,6% do número de motociclistas em óbito

com relação ao mês de julho de 2016. Abaixo, analisaremos as informações referentes a estes

dois usuários

Gráfico 5

1.3.1 - Pedestres e atropelamentos

1.3.1.1- Quanto aos veículos envolvidos em atropelamentos

Se identificarmos os veículos atropelantes, podemos observar que em agosto, 66% dos

atropelamentos fatais ocorreram por ônibus e automóveis. Em setembro este número subiu

para 72% com aumento significativo dos automóveis nos atropelamentos.

Gráfico 6 Gráfico 7

2319 21

3

47

29

12

2

35

27

19

10

10

20

30

40

50

Pedestres Motociclistas Mot / Pass Ciclista

Mortos em decorrência de acidentes de transito por tipo de vítimaJul a Set 2016

jul ago set

1334%

1232%

821%

513%

Espécies de Veículos Atropelantes Agosto 2016

Ônibus Auto Moto Caminhão

620%

1552%

621%

27%

Espécies de Veículos Atropelantes Setembro/2016

Ônibus Auto Moto Caminhão

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Se levarmos em conta a proporção da frota de ambos os veículos envolvidos, que os ônibus

circulam apenas por parcela das vias do município e ainda, a diferença da massa destas duas

espécies, cabe nos preocupar primeiramente com os números relacionados ao ônibus. Como

foram relatados ainda acidentes fatais em que o usuário do ônibus caiu em decorrência de

freada e de manobra brusca, podemos inferir que a velocidade praticada pode ser superior ao

regulamentado, ou ainda que a velocidade regulamentada não esteja adequada para

garantirmos padrões de segurança que evitem fatalidades.

Nota: Para os gráficos 8 e 9 não foram consideradas as diferença de quilometragem rodada por cada uma das frotas, pois o dado

não está disponível. O exercício busca mostrar apenas a relação entre a frota e o número de acidentes por tipo de veículo.

Percebe-se que os ônibus e caminhões foram preponderantes para a alta dos atropelamentos

fatais em agosto.

Como não temos o tamanho dos ônibus envolvidos nos acidentes, cabe a pergunta sobre qual

tem sido o impacto dos ônibus articulados e biarticulados em circulação no meio urbano e sua

interação com os usuários mais vulneráveis. Sabemos que os principais fatores geradores de

lesões num acidente são a velocidade e a massa. Cabe a investigação, que pode indicar que

0,02 0,06

0,73

0,08

0

0,2

0,4

0,6

0,8

auto moto ônibus caminhão

Atropelamentos FATAIS por 10.000 veículos, por tipo de veículo - Setembro

Gráfico 9

0,02 0,08

1,58

0,21

0

0,5

1

1,5

2

auto moto ônibus caminhão

Atropelamentos FATAIS por 10.000 veículos, por tipo de veículo - Agosto

Gráfico 8

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para o veículo de maior massa, talvez sejam necessárias medidas mais restritivas de

velocidade.

Destaques da leitura dos Boletins de Ocorrência:

Em algumas leituras dos Boletins de Ocorrência identificamos que os condutores, tanto de

automóveis quanto de ônibus, alegaram que não tiveram tempo de frear. Tal fato pode ser

causado pelo excesso de velocidade veicular. Pode ainda ser causado pela distração do pedestre

que avança sobre a via repentinamente.

1.3.1.2 - Quanto ao perfil das vítimas pedestres

Considerando a idade das vítimas podemos observar que, proporcionalmente, a população

idosa é a parcela mais afetada pelos atropelamentos fatais, tanto por ônibus quanto por

automóveis. A fragilidade do idoso diante do impacto do veículo que o atropela leva,

indubitavelmente, a grandes índices de fatalidade neste tipo de acidente. Estes dados são mais

evidentes ainda no mês de setembro de 2016. A investigação da dinâmica dos acidentes pode

nos levar a identificar a necessidade de implementação de melhorias de segurança e conforto

nas travessias existentes e ainda o aumento do número destas travessias, contemplando locais

de concentração desta parcela da população que ainda não são atendidos por este tipo de

sinalização.

Gráfico 10

5

6

1

5

6

2

0

1

2

3

4

5

6

7

60 - + 30 - 59 18 - 29

Idade das Vítimas - ago/2016 Atropelamentos por Autos e Ônibus

atropelamentos por autos atropelamentos por ônibus

Linear (atropelamentos por autos)

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Gráfico 11

1.3.1.3 - Quanto aos horários e dias da semana de ocorrência dos atropelamentos

Com relação ao horário dos atropelamentos, chama a atenção o grande número de pessoas

atropeladas no período da madrugada: 13 em agosto e 8 em setembro, totalizando 27,6% dos

atropelamentos ocorridos neste bimestre. Se considerarmos o número reduzido de pessoas nas

ruas neste horário, este índice é preocupante.

Gráfico 12

76

1

4

2

00

2

4

6

8

10

60 - + 30 - 59 18 - 29

Idade das Vítimas - set/2016Atropelamentos por Autos e Ônibus

atropelamentos por autos atropelamentos por ônibus

Linear (atropelamentos por autos)

13 13

910

89

6

9

0

2

4

6

8

10

12

14

madrugada manhã tarde noite

Horários dos Atropelamentos

Agosto Setembro27,6%

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A noite e madrugada, usualmente, as condições de iluminação tem papel importante na

ocorrência de atropelamentos, pois pedestres trajando roupas escuras dificilmente são

percebidos. Também, o tráfego mais livre propicia maior possibilidade de desenvolvimento de

velocidades inadequadas, dificultando a frenagem em emergências. Outro fator a ser

considerado é o sono, que pode afetar a qualquer um dos usuários da via, diminuindo sua

atenção e aumentando riscos.

Gráfico 13

A tendência de maior número de vítimas de atropelamentos às sextas e nos fins de semana

segue o padrão já encontrado na cidade e reflete os períodos de maior uso de álcool em

atividades recreativas da população.

É importante que se possa investigar a incidência de condutores e pedestres afetados pelo uso

de drogas, lícitas e ilícitas, envolvidos neste tipo de acidente, visando o embasamento de ações

educativas e de fiscalização voltadas a esse problema.

2

4

5

4

9

12

8

4 4

5

3

5

8

3

0

2

4

6

8

10

12

14

segu

nd

a-fe

ira

terç

a-fe

ira

qu

arta

-fe

ira

qu

inta

-fe

ira

sext

a-fe

ira

sáb

ado

do

min

go

Atropelamentos dia da semana

Agosto Setembro

59,2%

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1.3.2 - Acidentes envolvendo Motociclistas

1.3.2.1 - Quanto a tipologia dos acidentes envolvendo motocicletas

Dos acidentes envolvendo motocicletas que vitimaram fatalmente pessoas entre agosto e

setembro de 2016, ocorreram 23 colisões, 19 choques, 14 atropelamentos e 9 quedas. Na leitura

dos Boletins de Ocorrência, pudemos identificar motociclistas que se acidentaram em fuga,

motociclistas sem capacete, sem habilitação e envolvidos com veículos produto de roubo e

furto.

A facilidade de manobra encontrada ao pilotar uma motocicleta, o tamanho da moto, o menor

espaço necessário para passagem, a dificuldade de fiscalização e a própria cultura do uso da

moto para deslocamentos mais rápidos e ágeis induzem o piloto de moto a dirigir entre

automóveis, mesmo quando estes estão em movimento, transitar pela contramão de direção,

pois isso geralmente não impede o trânsito no sentido oposto e ainda permite que o motociclista

se posicione à frente dos demais veículos na espera semafórica, e a transitar em velocidades

superiores às permitidas. A incidência destas infrações pode, muitas vezes, resultar em

acidentes entre veículos e a atropelamentos. A grande incidência de acidentes envolvendo

menores de idade, obviamente não habilitados, entre os condutores e entre os passageiros é

surpreendente. Para exemplificar, em setembro, dos 33 acidentes fatais envolvendo

motocicletas, em 5 (15%) havia a presença de menores e ocorreram à noite ou de madrugada.

Tudo isso, somado à exposição inerente do corpo do condutor a outros objetos e veículos, leva

aos números de fatalidades observados e que apresentaram tendência de alta neste bimestre.

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1.3.2.2 - Quanto ao perfil das vítimas de acidentes com motocicletas

Gráfico 14

Gráfico 15

Com relação aos acidentes entre veículos, o número de fatalidades se apresenta maior entre

os mais jovens. A maior ousadia, a falta de experiência na condução de motocicletas e de outras

espécies de veículos podem ser fatores que colaborem para a incidência de acidentes com este

veículo. O condutor de moto que não tem experiência como condutor de automóvel, por

exemplo, não sabe identificar facilmente quais os pontos cegos e as dificuldades de

1315

53

00

5

10

15

20

60 - + 30 - 59 18 - 29

Idade das Vítimas Motos ago/2016

acidentes entre veículos atropelamentos

Linear (acidentes entre veículos) Linear (atropelamentos)

12

10

32

1

0

5

10

15

60 - + 30 - 59 18 - 29

Idade das Vítimas Motos set/2016

acidentes entre veículos atropelamentos

Linear (acidentes entre veículos) Linear (atropelamentos)

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manobrabilidade na condução deste último. Com isso, o condutor da moto expõe-se ao risco

muitas vezes sem consciência da periculosidade das suas ações.

A tendência no caso dos atropelamentos por motocicletas segue similar à dos atropelamentos

por autos e ônibus, ou seja, há grande incidência de mortos entre os pedestres idosos. Com este

fato podemos aqui destacar a situação em que pessoas são atropeladas por motos que circulam

entre os veículos, principalmente quando estes estão parados e o pedestre se sente à vontade

para realizar a travessia da via fora do tempo e local específico, ignorando a aproximação das

motocicletas.

Cabe investigar o uso de drogas, lícitas e ilícitas entre os condutores de motos, a percepção que

os motociclistas têm com relação ao risco que se expõe diante do seu modo de dirigir, e a

verificação da efetividade da fiscalização. Cabe ainda avaliar como a legislação vigente contribui

para o atual comportamento dos motociclistas, ao não proibir a circulação entre faixas, e

trabalhar junto ao DENATRAN para mudar o cenário que se mostra muito preocupante com

relação ao futuro destes condutores.

1.3.2.3 - Quanto aos horários e dias da semana de ocorrência de acidentes com motocicletas

Com relação ao horário dos acidentes fatais, chama a atenção o grande número de motociclistas

acidentados no período da noite e madrugada: 19 na madrugada e 21 no período da noite,

totalizando 59,6% dos acidentes envolvendo motocicletas, ocorridos neste bimestre.

Considerando o número reduzido de pessoas nas ruas nestes horários, este índice é relevante.

6

9

5

1413

67 7

0

2

4

6

8

10

12

14

16

madrugada manhã tarde noite

Acidentes com Motos - Horários

Agosto Setembro28,35% 31,34%

Gráfico 16

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O gráfico abaixo mostra a tendência de maior número de vítimas de acidentes fatais envolvendo

motos às quartas-feiras e nos fins de semana, sendo que este último período concentra quase

39% dos acidentes.

1.4 – Acidentes Fatais e histórico de infrações dos veículos envolvidos em acidentes

fatais em Agosto

Foi realizado levantamento no histórico de infrações dos veículos envolvidos nos acidentes fatais

no mês de agosto 2016. Essa análise considerou as infrações pertinentes à segurança

(descartadas autuações de rodízio, estacionamento, circulação restrita) ocorridas no período de

tempo em que o veículo pertenceu ao mesmo proprietário da data da ocorrência do acidente.

Na análise a seguir, os veículos foram agrupados por espécie, com especial destaque aos que

mais se envolveram em acidentes fatais.

Gráfico 17

4

6

8

2

3

5

6

5

2

7

2 2

8

7

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9se

gun

da-

feir

a

terç

a-fe

ira

qu

arta

-fe

ira

qu

inta

-fe

ira

sext

a-fe

ira

sáb

ado

do

min

go

Acidentes com Motos - Dia da Semana

Agosto Setembro

22,38% 38,8%

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1.4.1 - Histórico de infrações Ônibus

Dos 19 ônibus identificados envolvidos em acidentes fatais no mês de agosto, 8 (42%) foram

multados por não identificação do condutor (multa NIC). Isso pode indicar a necessidade de uma

ação formal da SMT junto aos concessionários de serviços de transporte público no sentido de

que tais empresas regularizem as indicações dos motoristas infratores para que possam

responder por suas ações. Complementarmente, as empresas podem, ao identificar seus

condutores reincidentes, realizar com eles trabalhos de reciclagem antes que cheguem ao ponto

de perderem suas CNHs.

No que tange às infrações pertinentes à segurança, o histórico dos ônibus envolvidos em

acidentes fatais em agosto é o demonstrado no gráfico 18.

Gráfico 18

A informação de que 84% dos ônibus envolvidos tinham autuações por excesso de velocidade

mais uma vez destaca a importância do controle efetivo das velocidades praticadas no meio

urbano, em especial a dos veículos de grande porte em interação com pedestres e veículos de

pequeno porte.

16 (84%)

13 (68%)

2 (10%)

4 (21%)

1 (5%)

8 (42%)

4 (21%)

2 (10%)1 (5%)

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Excesso develocidade

Avanço desemáforovermelho

Deixar deusar cinto de

segurança

Dirigirutilizando

celular

Não darpreferênciaao pedestre

Parar sobrefaixa de

pedestres

Não sinalizarmudança de

faixa

Parar naárea de

cruzamento

Estacionarsobre faixade pedestre

Histórico de autuações dos Onibus envolvidos em acidentes fatais em agosto 2016

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1.4.2 - Histórico de infrações Motocicletas

Dentre as 35 motocicletas envolvidas em acidentes fatais em agosto de 2016, foram

identificadas 27. Sobre estas 27 motocicletas, o histórico de autuações mais uma vez

apresenta como principal elemento o excesso de velocidade (55% das motocicletas autuadas)

seguido pelo avanço de semáforo vermelho (18,5%). Lembrando que a fiscalização de

motocicletas é bastante dificultado por suas características (fuga do laço detector, posição e

tamanho das placas que dificultam a leitura pelos agentes, etc...)

Gráfico 19

1.4.3 - Histórico de infrações Autos

Em relação aos autos envolvidos nos acidentes fatais em agosto, além das autuações por excesso

de velocidade (62%) e avanço de semáforo vermelho (21,8%), também destacam-se a falta de

uso do cinto de segurança (28%) e as conversões proibidas (18%)

15 (55%)

5(18.5%)

1 (4%) 1 (4%)2 (7%)

4 (15%)

2 (7%)1 (4%)

3 (11%)

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Excesso develocidade

Avanço desemáforovermelho

Dirigirutilizando

celular

Não sinalizarmudança de

faixa

Dirigir nacontramao

Não UtilizarCapacete

Efetuarconversãoproibida

Dirigir comfaróis

apagados

Nenhumaautuação

Histórico de autuações das motos envolvidas em acidentes fatais em agosto 2016

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Gráfico 20

1.5 - Locais dos Acidentes

Ao levantarmos os locais dos acidentes ocorridos neste bimestre, identificamos a reincidência

de alguns corredores que fazem parte do rol de avenidas com maior número de mortos em

2015.

20 (62,5%)

7 (21,8%)

3 (9%)1 (3%)

3 (9%)2 (6%)

6(18%)

9 (28%)

2 (6%)

0

5

10

15

20

25

Excesso develocidade

Avanço desemáforovermelho

Dirigirutilizando

celular

Nãosinalizarmudançade faixa

Dirigir nacontramao

Transitarsobre

marcas decanalização

Efetuarconversãoproibida

Não usarcinto de

segurança

Nenhumaautuação

Histórico de autuações das motos envolvidas em acidentes fatais em agosto 2016

Endereço Agosto 2016 Setembro 2016

Posição no ranking 2015 Mortos Acidentes Mortos Acidentes

Av. Sen. Teotônio Vilela 1 1 5 4 5°

Av. Interlagos 2 2 4 3 14°

Estrada de Itapecerica 2 2 2 2 10°

Av. Guido Caloi 0 0 1 1 34°

Marginal Tietê 4 3 1 1 1º

Marginal Pinheiros 1 1 1 1 2°

Av. Águia de Haia 0 0 1 1 42°

Av. São Miguel 1 1 1 1 37°

Av. Gov. Carvalho Pinto 0 0 1 1 21°

Av. Celso Garcia 1 1 1 1 19°

Av. Raimundo P. Magalhães 0 0 1 1 11°

Estrada do M'Boi Mirim 2 2 5 1 6°

Av. Cantídio Sampaio 0 0 1 1 31°

Av. Brig. Faria Lima 1 1 1 1 43°

Av. Dona Belmira Marin 0 0 1 1 8°

Estrada do Alvarenga 0 0 1 1 38°

Av. Washington Luis 0 0 1 1 9°

Av. Mal Tito 2 2 0 0 15°

Av. Alcântara Machado 2 2 0 0 18°

Av. Atlântica 1 1 0 0 7°

Av. Jacu Pêssego 1 1 0 0 4°

Av. Eng. Armando de A. Pereira 2 1 0 0 33°

Av. Guarapiranga 1 1 0 0 47°

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Dos 10 primeiros corredores, 8 deles apresentam pelo menos uma vítima fatal entre os meses

de agosto e setembro de 2016, totalizando 28 mortes ocorridas em 22 acidentes. Na Av.

Interlagos, 16ª Avenida com maior número de mortos em 2015, apenas nestes dois meses

ocorreram 6 mortes decorrentes de 5 acidentes. Na Estrada do M’Boi Mirim, neste bimestre,

morreram 7 pessoas e na Av. Sen. Teotônio Vilela, neste mesmo período, ocorreram 6 mortes

causadas por acidentes de trânsito. Das demais vias apresentadas, entre as 11ª e a 50ª vias com

maior número de acidentes em 2015, ocorreram novas mortes nestes dois meses em 13

avenidas. Outras 2 que não faziam parte desta lista, já apresentam 2 mortes em cada um destes

meses.

Tal informação nos leva a crer que as medidas adotadas nestas avenidas podem não estar sendo

suficientes para que elas deixem de fazer parte desta lista. Nota-se que a maioria dos locais faz

parte do sistema viário principal da periferia da cidade, local onde historicamente existe grande

demanda da população por sinalização e fiscalização e onde a fiscalização é menos intensiva,

levando à possibilidade da ocorrência de maior desrespeito à legislação e aos limites de

velocidade.

Gráfico 21

1314

5

7

45

1514

6

10

3

6

89

12

18

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

CN LE MB NO OE SE SO SU

Vítimas Mortas por GETAgosto e Setembro / 2016

agosto setembro

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Se compararmos os dados de mortos em agosto com os de setembro de 2016 podemos verificar

que nas GETs CN, LE, MB, NO e SO houve redução do número de mortes, enquanto nas GETs OE,

SE e SU houve aumento. A variação, portanto, não ocorreu de maneira uniforme na cidade.

1.5.1 - Locais dos acidentes noturnos x iluminação

Um levantamento feito pela área operacional a partir da lista de 52 locais onde ocorreram

acidentes fatais a noite ou madrugada no mês de agosto apresentou o seguinte resultado:

Gráfico 22

Nos 8 locais onde a iluminação foi considerada insuficiente para os pedestres, ocorreram 5

atropelamentos fatais, 2 choques e 1 colisão.

Iluminação Pública inexistente

4%

Imuninação insuficiente para

condutor7%

Iluminação insuficiente para o

pedestre18%

Iluminação suficiente71%

Locais onde ocorreram acidentes fatais em agosto entre 18h:00 e 05h:59

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1.6 - Detalhes dos acidentes encontrados nos Boletins de Ocorrência

Com a leitura dos Boletins de Ocorrência, alguns acidentes chamam a atenção por características

peculiares.

Em setembro, 15 mortes ou seja 18,3% das mortes foram causadas por apenas 5

acidentes. Destes acidentes, quatro ocorreram no período da madrugada e vitimaram

jovens entre 16 e 26 anos. Todos estes acidentes ocorreram no fim de semana entre

sexta-feira e domingo. Um destes acidentes, com quatro vítimas fatais, ocorreu na

Rodovia Raposo Tavares, durante a fuga de seus ocupantes que roubaram o veículo

acidentado. Dos ocupantes mortos, 3 eram menores de idade e um tinha 18 anos.

Em acidente ocorrido na estrada do M’Boi Mirim, o veículo capotou e levou seus 5

ocupantes a óbito no local.

Na Av. Interlagos, o veículo se chocou contra poste de concreto. Segundo relatado no

BO, testemunhas afirmaram que após ultrapassagem em alta velocidade ou veículo se

desgovernou ao passar por desnível na pista e chocou-se contra o poste. Dois de seus

ocupantes faleceram no local.

Na Av. Sen. Teotônio Vilela, o motociclista desviou da lombada pela lateral, vindo a se

desequilibrar e cair. O condutor e o passageiro usavam o capacete que se soltou na

queda expondo suas cabeças. Testemunhas afirmaram que o motociclista acabara de

passar por equipamento eletrônico de fiscalização de velocidade e o passageiro tinha

ocultado a placa com a mão.

No acidente ocorrido na R. Tristão de Alencar Araripe Jr, após a colisão lateral entre 2

autos, um pedestre que foi a óbito, foi colhido e prensado a um caminhão.

A severidade destes acidentes e o horário de sua ocorrência nos levam a crer que estas

fatalidades ocorreram com veículos que se deslocavam em alta velocidade.

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1.6.1- Acidentes fatais com ônibus – Fatos complementares extraídos dos Boletins de

Ocorrência

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1.6.2- Acidentes fatais com motocicletas – Fatos complementares extraídos dos Boletins de

Ocorrência

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1.6.3- Acidentes fatais com autos – Fatos complementares extraídos dos Boletins de

Ocorrência

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1.7 - Dados dos relatórios de Investigação de acidentes fatais

Da análise dos 15 Relatórios de Investigação de Acidentes Fatais (RIF) disponíveis, de acidentes

ocorridos no mês de Agosto/2016, que resultaram em 21 mortes (23% do total de 90 mortos

naquele mês), destacam-se:

Em 4 dos 15 acidentes investigados (26,7%), a chuva foi mencionada;

Em 4 dos 15 acidentes (26,7%) foi citada a VIA (Engenharia) como fator determinante

para o acidente (falta de barreira de concreto, falta de grupos focais de pedestres, pista

fresada e falta de superelevação em curva);

Em 15 dos 15 acidentes foi atribuído o Fator Humano como causa contribuinte para

acidente;

Dentro do Fator Humano, destacou-se fortemente a ocorrência de excesso de

velocidade veicular (7 em 15 acidentes – 47%) como fator determinante para a

ocorrência do acidente.

Da análise dos 06 Relatórios de Investigação de Acidentes Fatais (RIF) disponíveis, de acidentes

ocorridos no mês de Setembro/2016, que resultaram em 11 mortes (13,4% do total de 82

mortos naquele mês), destacam-se:

Em 1 dos 6 acidentes investigados (16,6%), a chuva foi mencionada;

Em 2 dos 6 acidentes (33%) foi citada a VIA (Engenharia) como fator determinante para

o acidente (falta de sinalização vertical de regulamentação, falta de barreira New

Jersey);

Em 6 dos 6 acidentes foi atribuído o Fator Humano como causa contribuinte para o

acidente;

Dentro do Fator Humano, destacou-se fortemente a ocorrência de excesso de

velocidade veicular (3 em 6 acidentes – 50%) como fator determinante para a

ocorrência do acidente.

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Considerações Finais

Pedestres e motociclistas continuam a ser o principal foco na busca pela redução de mortes em

acidentes de trânsito e foram os mais vitimados nos meses em questão.

Dentre os pedestres, destacam-se os idosos, por sua fragilidade e alto índice de mortalidade nos

acidentes estudados.

Dentre os motociclistas, destacam-se os jovens, lançando mais uma vez a questão sobre a falta

de experiência dos condutores, seu processo de formação e a legislação vigente que disciplina

a condução de motocicletas.

Dentre os veículos envolvidos em atropelamentos, é destacada a elevada participação dos

ônibus, levando à discussão sobre a relação entre massa e velocidade e à qual a velocidade mais

adequada para a circulação de tais veículos de grande porte no meio urbano adensado.

Após a análise da documentação apresentada, identificamos alguns possíveis fatores

contribuintes que se repetem em vários dos acidentes fatais.

Como exemplo, temos o uso de álcool e drogas entre condutores e pedestres, prática de

velocidades inadequadas, dificuldade de visibilidade por chuva ou por falta de luminosidade

natural ou iluminação pública, além de registros de alguma deficiência de sinalização ou ainda

sem defensas ou barreiras protetoras.

Muito embora não haja registros nos boletins de ocorrência analisados neste trabalho, sobre o

uso de celulares, tanto da parte de motoristas quanto de pedestres, é notório o aumento do uso

de tais dispositivos em nossa sociedade. Como exemplo do problema a ser enfrentado, segundo

o Prof. José Roberto de Souza Dias, Doutor em Ciências Humanas e Mestre em História

Econômica, estudos internacionais indicam que o risco de acidente é aumentado pelo uso de

celulares durante a condução, numa proporção entre 3,8 vezes (com o uso de dispositivos

“bluetooth”) e 4.9 vezes (entre os motoristas que usam o celular normal) em relação ao risco a

que estão sujeitos todos os motoristas na prática normal da condução. Ou seja, tal fato não pode

ser ignorado nas ações futuras para o aumento da segurança na cidade de São Paulo.

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A continuidade das análises, com vistorias em campo e desenvolvimento de soluções de

engenharia para aumento da segurança das vias, que possam inclusive diminuir gravidade das

consequências de eventuais erros por parte dos usuários, é premente para diminuição da

ocorrência de acidentes fatais e continuidade da redução dos índices buscada pela

municipalidade.

À CET cabe intensificar e expandir suas ações para melhorar as condições de segurança e buscar

incessantemente trazer a zero o número de mortes dos diversos usuários da via.

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Companhia de Engenharia de Tráfego

Presidência

Jilmar Augustinho Tatto

Diretoria de Planejamento, Projetos e Educação no Trânsito

Tadeu Leite Duarte

Gerência de Segurança no Trânsito

Rosângela Garreta G. C. Pinto

Departamento de Projetos de Segurança

Francisco Alexandre F. T. Pires

Equipe Técnica

Alexandra Panontin Morgilli

Brasilio da Silva Motta

Margarida Maria Lourenço Cruz Sandra A. Lopes Telma Theodoro Estagiária Juliana Valentim