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Giselle Reis Antunes, Carina Mariane Stolz e Angela Borges Masuero
ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DO EQUIPAMENTO UTILIZADO NO ENSAIO DE
RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA À TRAÇÃO
1 – Introdução
Análise da influência do equipamento utilizado no ensaio de resistência de aderência à tração
A arquitetura da capital do Rio Grande do Sul, no Brasil, divide sua atenção entre a preservação do seu patrimônio histórico e a renovação de sua paisagem urbana com exemplares significativos de arquitetura contemporânea Porto Alegre abriga mais de 1,4 milhões de habitantes
Mercado Público /Crédito:Alfonso Abraham
1.1 – Introdução
Análise da influência do equipamento utilizado no ensaio de resistência de aderência à tração
O ensaio de resistência de aderência, é um dos principais parâmetros, largamente utilizado no controle tecnológico do desempenho de revestimentos de argamassa, nacional e internacionalmente
No Brasil, o ensaio é normalizado pela NBR 13528/2010.
1 – Introdução
Análise da influência do equipamento utilizado no ensaio de resistência de aderência à tração
Características do ensaio:
Aceito no meio técnico;
Complexidade e grande quantidade de fatores envolvidos no mecanismo de aderência de revestimentos de argamassa;
Variações decorrentes do próprio método de ensaio;
Alta variabilidade nos resultados.
1.2 – Objetivos
Geral
Analisar o uso de um equipamento mecânico, equivalente a um braço de alavanca;
Analisar o uso de aderímetros digitais fornecidos por fabricantes distintos;
Verificar a influência da espessura das argamassas de revestimento (2cm e 4cm) nos resultados dos ensaios de resistência de aderência à tração.
Específicos:
Verificar a influência de três equipamentos distintos nos resultados de resistência de aderência à tração de revestimentos de argamassa aplicados sobre prismas de concreto, devidamente preparados com chapisco rolado.
Análise da influência do equipamento utilizado no ensaio de resistência de aderência à tração
2 – Metodologia
Limpeza
Preparação da base:
Escovação Aplicação do
chapisco
Análise da influência do equipamento utilizado no ensaio de resistência de aderência à tração
2 – Metodologia
Ajuste do gabarito para controle da
espessura do revestimento
Lançamento da argamassa através da caixa de queda
Moldagem do revestimento de argamassa:
Adensamento da argamassa
Análise da influência do equipamento utilizado no ensaio de resistência de aderência à tração
Preparação dos corpos-deprova:
Executaram-se os cortes referentes aos pontos de arrancamento em cada uma das placas,
Os pontos foram espaçados 5 cm entre si e aprofundados 5 mm além do substrato, com uma serra copo diamantada 60 mm.
2 – Metodologia
Análise da influência do equipamento utilizado no ensaio de resistência de aderência à tração
2 – Metodologia
Equipamento 1
Ensaio de resistência de aderência à tração:
Braço de alavanca (aproximadamente 50 cm),
Carregamento é manual, precisa estar bem nivelado e livre choque.
Apresenta elevado risco de acidentes, já que as rupturas dos CP's se dão de forma brusca podendo atingir o operador de forma inesperada, além da possibilidade de danificar CP's que estão logo abaixo do que está sendo ensaiado.
Análise da influência do equipamento utilizado no ensaio de resistência de aderência à tração
2 – Metodologia Ensaio de resistência de aderência à tração:
Equipamento com massa em torno de 12 kg é de difícil manuseio,
Dificulta a operação de ensaios, especialmente na vertical, e pode e levar à ruptura prematura dos corpos-de-prova por esforços indesejáveis de cisalhamento ou flexão no instante do posicionamento do equipamento para realização dos ensaios
Equipamento 2
Análise da influência do equipamento utilizado no ensaio de resistência de aderência à tração
2 – Metodologia Ensaio de resistência de aderência à tração:
Aparelho de fácil uso,
Permite colocar o aquisidor de dados sobre algum apoio estável próximo a região de ensaio,
Se opera apenas o aparato aplicador de carga, que é leve e ligado ao aquisidor através de um cabo.
Equipamento 3
Análise da influência do equipamento utilizado no ensaio de resistência de aderência à tração
3 – Resultados Tabela 1 – Resultados de Rad para emboço de 20mm de espessura
Resistência de Aderência à Tração (Rad) para a Espessura de 20 mm
Aparelho 1 Aparelho 2 Aparelho 3
Rad
(MPa)
Forma de ruptura (%) Rad
(MPa)
Forma de ruptura (%) Rad
(MPa)
Forma de ruptura (%)
Chap Interface
Chap/arg
Arg Chap Interface
Chap/arg
Arg Chap Interface
Chap/arg
Arg
0,10 100 0,23 100 0,26 100
0,16 60 40 0,33 100 0,58 100
0,28 100 0,28 100 0,28 100
0,00 100 0,23 100 0,36 100
0,36 100 0,29 100 0,54 100
0,22 100 0,23 100 0,61 100
0,21 100 0,09 100 0,29 100
0,18 100 0,28 100 0,59 100
0,12 100 0,21 100 0,26 100
0,00 100 0,29 100 0,29 100
0,22 100 0,30 100 0,20 100
0,14 100 0,24 100 0,49 100
DP
(MPa):
0,105 Média: 0,17 DP
(MPa):
0,061 Média: 0,25 DP
(MPa):
0,145 Média: 0,40
CV (%): 62,7 CV (%): 24,6 CV (%): 35,8
Análise da influência do equipamento utilizado no ensaio de resistência de aderência à tração
3 – Resultados Tabela 2 – Resultados de Rad para emboço de 40mm de espessura
Resistência de Aderência à Tração (Rad) para a Espessura de 40 mm
Aparelho 1 Aparelho 2 Aparelho 3
Rad
(MPa)
Forma de ruptura (%) Rad
(MPa)
Forma de ruptura (%) Rad
(MPa)
Forma de ruptura (%)
Chap Interface
Chap/arg
Arg Chap Interface
Chap/arg
Arg Chap Interface
Chap/arg
Arg
0,31 100 0,25 100 0,39 100
0,19 100 0,41 100 0,69 100
0,20 100 0,36 100 0,44 100
0,12 100 0,10 100 0,48 100
0,13 100 0,23 100 0,47 100
0,00 100 0,31 100 0,71 100
0,09 100 0,14 100 0,19 100
0,21 100 0,26 100 0,41 100
0,12 100 0,06 100 0,22 100
0,18 100 0,10 100 0,43 100
0,31 100 0,23 100 0,71 100
0,33 100 0,00 100 0,35 100
DP
(MPa):
0,100 Média: 0,18 DP
(MPa):
0,100 Média: 0,18 DP
(MPa):
0,172 Média: 0,46
CV (%): 54,3 CV (%): 61,2 CV (%): 37,7
Análise da influência do equipamento utilizado no ensaio de resistência de aderência à tração
3 – Resultados Tabela 3 – ANOVA fatorial dos resultados de Rad
SQ GDL MQ F Fator p Significativo
Equipamento 0,847213 2 0,423607 28,7829 0,000000 Sim
Espessura (mm) 0,003808 1 0,003808 0,2587 0,612710 Não
Equipamento*Espessura
(mm)
0,018181 2 0,009091 0,6177 0,542331 Não
Erro 0,956626 65 0,014717
Análise da influência do equipamento utilizado no ensaio de resistência de aderência à tração
3 – Resultados
Espessura (mm) 20 Espessura (mm) 40
1 2 3
Equipamento
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
Ra
d (
MP
a)
Análise da influência do equipamento utilizado no ensaio de resistência de aderência à tração
4 – Conclusões O tipo de equipamento exerce influência, estatisticamente
significativa, sobre os resultados de resistência de aderência à tração, sendo que o equipamento 3 foi o que apresentou resultados mais discrepantes em relação aos demais, possivelmente relacionados a menor variação dos resultados obtidos, decorrente do seu fácil manuseio;
Para este programa experimental, a espessura do revestimento não exerceu influência relevante sobre os resultados de resistência de aderência à tração obtidos, sendo que esta variável pode ter sido mascarada pelo alto coeficiente de variação dos resultados obtidos;
Análise da influência do equipamento utilizado no ensaio de resistência de aderência à tração
4 – Conclusões Os autores concluem que mais estudos devem ser realizados
para que se confirme a real influência dos diferentes equipamentos disponíveis no mercado para a realização de ensaios de resistência de aderência à tração, sendo que um adequado entendimento à respeito do funcionamento destes é essencial para a adequada interpretação dos resultados obtidos.
Análise da influência do equipamento utilizado no ensaio de resistência de aderência à tração
5 – Referências Bibliográficas [1] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 15258: Argamassa
para revestimento de paredes e tetos - Determinação da resistência potencial de aderência à tração. Rio de Janeiro, 2004.
[2] CINCOTTO, M. A.; SILVA, M. A. C.; CASCUDO, H. C. Argamassas de revestimento: características, propriedades e métodos de ensaio. Boletim Técnico: BT/PCC/68. São Paulo: EPUSP, 1995, 118p.
[3] GONÇALVES, S. R. de C. Variabilidade e Fatores de Dispersão da Resistência de Aderência nos Revestimentos em Argamassa – Estudo de Caso. 2004. 148 p. Dissertação (Mestrado) - Departamento de Engenharia Civil, Universidade de Brasília, Brasília, 2004.
[4] COSTA, E. B.C.; CARASEK, H. Influência dos parâmetros de ensaio na determinação da resistência de aderência de revestimentos de argamassa. Revista Ambiente Construído, Artigo. São Paulo, ed. v.9, 2009, p. 17-36. Disponível em:< http://seer.ufrgs.br/ambienteconstruido/article/view/9480/7077>. Acesso em: 08 de fevereiro de 2011.
Análise da influência do equipamento utilizado no ensaio de resistência de aderência à tração
5 – Referências Bibliográficas [5] COSTA, E.; CARASEK, H.; CASCUDO, O.; ALMEIDA, S. Avaliação do
método de ensaio brasileiro para medida da resistência de aderência à tracção de revestimentos de argamassa. In: 2º CONGRESSO PORTUGUÊS DE ARGAMASSAS E ETICS, 2007, São Paulo. Anais... 2º.: 2007: Lisboa. p. 169-186. Disponível em:< http://www.apfac.pt/co ngresso2007/comunicacoes/Paper%2057_07 .pdf >. Acesso em: 08 de fevereiro de 2011.
[6] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13749: Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas - Especificação. Rio de Janeiro, 1996.
[7] _________. NBR 13528: Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas - Determinação da resistência de aderência à tração. Rio de Janeiro, 2010.
[8] RUDUIT, F. R. Contribuição ao estudo da aderência de revestimentos de argamassa e chapiscos em substrato de concreto. 2009. 175 p. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2009.
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