Anlise crtica da msica Estudo Errado G. o Pensador
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Primeiro eixo: Escola Eu t aqui Pra qu? Ser que pra aprender?
Ou ser que pra aceitar, me acomodar e obedecer? Est claro para este
aluno qual a funo da Educao Escolar?; No momento atual, para qu
serve a escola? Sendo assim, a escola perder de significado social,
passando a ser um espao de encontros, - fao amigos, conheo gente de
brincadeira me d minha bola e deixa eu ir embora pro recreio
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A maioria das matrias que eles do eu acho intil. Em vo, pouco
interessantes; Decorei toda lio. No errei nenhuma questo No aprendi
nada de bom, mas tirei dez; Decoreba: esse o mtodo de ensino; Eles
me tratam como ameba e assim eu num raciocino. Primeiro eixo:
Escola: processo pedaggico
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O contedo apenas um meio que garantir no o conhecimento (vivo,
com sentido), mas o passaporte para o prximo ano letivo; A
aprendizagem passar a ser meio e no um fim em si mesma processo de
estranhamento. O saber passa a ser visto como um bem de consumo, ou
seja, s importante aqueles saberes que tem utilidade prtica; a
arte, a literatura, a poesia, a msica no cabem nessa lgica. O
conhecimento no visto com snteses histrica, mas como contedo vazio
de sentido e significado.
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Mtodo: tradicional Centro do professo pedaggico: o professor.
Esse deveria ter profundo conhecimento dos contedos a ser
transmitido. O aluno passivo foco na memorizao, no verbalismo e na
disciplina. A escola tradicional surge como instrumento para
converter os sditos em cidados, redimindo os homens de seu duplo
pecado histrico: a ignorncia, misria moral e a opresso, misria
poltica (SAVIANI, 2009).
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Sculo XX: a escola tradicional sofre um duro golpe A crena no
poder redentor da escola foi duramente abala com a primeira guerra
mundial; A guerra desmente a ideia de que a escola obrigatria e
gratuita viera para transformar a humanidade, para redimi-la da
ignorncia e opresso; A posse do alfabeto, da constituio e da
imprensa, da cincia e da moralidade no havia livrado os homens da
tirania, da desigualdade social e da explorao; Um novo modelo
deveria surgir. Rever os princpios e as prticas da educao a fim de
fazer da escola uma instituio a servio da paz e da democracia. Se a
escola no estava formando democratas isto se devia ao fato de ela
mesmas no ser democrtica. (Patto, 1999)
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Escola nova Sujeito do processo: aluno. Esse ativo (influncias
da Psicologia); Papel do professor: Estimulador e orientador da
aprendizagem cuja iniciativa caberia aos prprios alunos. Mudanas na
escola: do intelecto para o sentimento, do esforo para o interesse,
da disciplina para espontaneidade, do diretivismo para o
no-diretivismo; Segundo Saviani, a escola nova promoveu o
afrouxamento da disciplina e a secundarizao da transmisso de
conhecimentos, bem como o rebaixamento do nvel de educao destinada
s camadas populares. A escola nova nos fez enxergar esse mtodo como
cheio de vcio e nenhuma virtude. S a elite foi privilegiada com tal
escola.
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Segundo eixo: Famlia Mas meus pais s querem que eu "v pra
aula!" e "estude!" A diverso limitada e o meu pai no tem tempo pra
nada. A rua perigosa... Esse uma famlia da classe popular. Famlia
sonhada pela escola: Pais presentes na vida escolar dos filhos.
Letrados. Com tempo. Pacincia e amorosos. Sem problemas. Se assim
for, a escola realmente para todos? Para Rosely Sayo, essa escola
seria, assim, ideal, caso s existisse gente de classe mdia e alta
no pas. O problema que uma parcela enorme da populao escolar no
usufrui dessa conjuntura privilegiada.
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Qual seria o verdadeiro papel do professor na famlia do aluno?
O professor no tem papel na famlia do aluno, mas sim com o aluno.
Se esse papel com o aluno for esquecido, o professor acaba
investindo energia e tempo em algo para o que no tem competncia
profissional, e esvazia seu papel legtimo. (Sayo, 2012)
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Muitas vezes deparamos com uma criana- problema e descobrimos
que a causa maior est na famlia. Como resolver isso, se os pais
dificilmente tm tempo para dedicar vida do filho ou vir escola? A
escola tem a excelente chance de oferecer uma outra possibilidade a
essa criana, e ao fazer isso j est ajudando muito. Se for se
envolver com a famlia, perde essa chance. A famlia deu um grande
passo, ao colocar o filho na escola.
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O pai ou a me faz o que pode; eles tm sua vida, a escola no vai
conseguir mud-los. Em educao, ns trabalhamos com a possibilidade de
um futuro. Devemos pensar o tempo todo na criana, no aluno, e
lembrar que a escola o lugar da diversidade. Sempre haver pais que
participam mais e outros, menos. A escola tem a obrigao de
trabalhar com coletivo, se no ela ser s para um grupo muito
seleto.
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Como a escola pode estimular a participao das famlias nas lies
de casa dos filhos? Para a lio de casa ter sentido, indispensvel
que a criana consiga faz-la sozinha. Se ela precisar da ajuda dos
pais, a escola estar apostando na dependncia, e no na autonomia.
Mas os pais tambm tm seu papel. A criana no capaz de dar conta
sozinha de todas suas responsabilidades, prefere brincar a fazer
lio. Cabe aos pais estabelecer a hora de fazer a lio de casa,
ajudar na organizao, cobrar... Mas no seu papel sentar ao lado, ou
mesmo ajudar a fazer a lio.
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Que situaes podem ser criadas para que de fato as famlias
participem do processo pedaggico? O processo pedaggico da
competncia da escola. Os pais no tm curso para serem professores de
seus filhos. A parceria importante da famlia com a escola no
sentido de estimular a criana a se envolver ativamente na vida
escolar, a ter curiosidade por aprender e interpretar o mundo. Por
que o aluno vai para a escola? Com freqncia ele diz porque meu pai
manda, isto , no algo de seu interesse. Ento, cabe escola
transformar esse impulso em um gosto pelo saber e pela prpria
escola.
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Terceiro eixo: sociedade O sistema bota um monte de abobrinha
no programa. Mas pra aprender a ser um ingonorante (...) - O que
corrupo? Pra que serve um deputado? No me diga que o Brasil foi
descoberto por acaso!
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Terceiro eixo: sociedade Modo de produo capitalista. Contradio
entre trabalho e capital; Trabalho alienado; Lema: Consumo logo
existo Para Bauman, h um vnculo ntimo entre consumo e felicidade.
ao conquistar o objeto de desejo, o mercado se encarrega de
produzir novas necessidades e novo torna-se velho e sem brilho
rapidamente. Como algo que muda em uma velocidade estonteante pode
gerar felicidade? Ideal de vida: juventude eterna. Escola a servio
da reproduo da lgica do capital. Escola dualista.
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Polticas pblicas Encarem as crianas com mais seriedade, pois na
escola onde formamos nossa personalidade. Vocs tratam a educao como
um negcio onde a ganncia a explorao e a indiferena so scios; Quem
devia lucrar s prejudicado. Assim cs vo criar uma gerao de
revoltados.
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Metas do novo plano nacional de educao Meta 1: Universalizar,
at 2016, o atendimento escolar da populao de 4 e 5 anos, e ampliar,
at 2020, a oferta de educao infantil de forma a atender a 50% da
populao de at 3 anos. Meta 3: Universalizar, at 2016, o atendimento
escolar para toda a populao de 15 a 17 anos e elevar, at 2020, a
taxa lquida de matrculas no ensino mdio para 85%, nesta faixa
etria. Meta 6: Oferecer educao em tempo integral em 50% das escolas
pblicas de educao bsica.
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Meta 17: Valorizar o magistrio pblico da educao bsica a fim de
aproximar o rendimento mdio do profissional do magistrio com mais
de onze anos de escolaridade do rendimento mdio dos demais
profissionais com escolaridade equivalente. Meta 18: Assegurar, no
prazo de dois anos, a existncia de planos de carreira para os
profissionais do magistrio em todos os sistemas de ensino.
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Meta 20: Ampliar progressivamente o investimento pblico em
educao at atingir, no mnimo, o patamar de 7% do Produto Interno
Bruto (PIB) do pas.
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A marca da descontinuidade na poltica de educao atual se faz
presente na meta, sempre adiada, de eliminao do analfabetismo e
universalizao do ensino fundamental. O Brasil chegou ao final do
sculo XX sem resolver um problema que os principais pases
resolveram na virada do sculo XIX para o XX: a universalizao do
ensino fundamental, com a conseqente erradicao do analfabetismo.
Para enfrentar esse problema a Constituio de 1988 previu, nas
disposies transitrias, que o Poder Pblico nas suas trs instncias (a
Unio, os estados e os municpios) deveriam, pelos dez anos
seguintes, destinar 50% do oramento educacional para essa dupla
finalidade. Isso no foi feito.
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Quando esse prazo estava vencendo, o governo criou o FUNDEF com
prazo de mais dez anos para essa mesma finalidade; e a LDB, por sua
vez, instituiu a dcada da educao; seguiu-se a aprovao em 2001, do
Plano Nacional de Educao, que tambm se estenderia por dez anos. No
final de 2006, ao se esgotarem os dez anos do prazo do FUNDEF, foi
institudo o FUNDEB, com prazo de 14 anos, ou seja, at 2020. Agora,
quando mais da metade do tempo do PNE j passou, vem um novo Plano,
o Plano de Desenvolvimento da Educao (PDE) estabelecer um novo
prazo, desta vez de quinze anos, projetando a soluo do problema
para 2.022. Nesse diapaso, j podemos conjecturar sobre um novo
Plano que ser lanado em 2022 prevendo, quem sabe, mais 20 anos para
resolver o mesmo problema.
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Bauman, Z. (2001). Modernidade Lquida (Trad. Dentzien, P.). Rio
de Janeiro: Jorge Zahar Ed. (Original work published 2000) SAVIANI,
Dermeval, Educao brasileira: estrutura e sistema. 10 ed. Campinas,
Autores Associados, 2008. PATTO, M. H. S. A produo do fracasso
escolar: histrias de submisso e rebeldia. So Paulo: Casa do
Psiclogo, 1999. SAYO, R.; AQUINO, J, G. Em defesa da Escola.
Campinas, SP: papirus, 2004.