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Anais da
Semana de Pedagogia da UEM ISSN Online: 2316-9435
XXII Semana de Pedagogia
X Encontro de Pesquisa em Educação
05 a 08 de Julho de 2016
Universidade Estadual de Maringá, 05 a 08 de julho de 2016.
RELATO DAS AÇÕES REALIZADAS NA DISCIPLINA DE ESTÁGIO
SUPERVISIONADO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
ROCHA, Carla Parise
SOUZA, Andressa Mariano de
MORAES, Silvia Pereira Gonzaga de
Universidade Estadual de Maringá
Formação de Professores e Intervenção Pedagógica
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo apresentar as vivências realizadas nas disciplinas de
Formação e Ação Docente e de Estágio Supervisionado dos Anos Inicias do Ensino
Fundamental. Esse relato representa a sistematização dos estudos e as ações teórico-práticas
desenvolvidas no Estágio, a qual nos possibilitou ampliar os conhecimentos sobre a prática
pedagógica.
Os conteúdos que foram trabalhados no decorrer das disciplinas são de suma
importância para formação acadêmica dos futuros pedagogos, porque proporcionam a
articulação entre a prática e a teoria, ou seja, na formação podemos compreender as teorias
que fundamentam a nossas ações no estágio e na prática – no desenvolvimento do estágio –
aprendemos sobre o cotidiano da instituição de ensino, podendo assim, aprofundar o que foi
trabalhado em sala de aula na universidade.
O presente trabalho está organizado em três tópicos, que buscam relatar as ações
realizadas no decorrer das duas disciplinas, mencionadas anteriormente. O primeiro, busca
apresentar os estudos realizados, os referenciais teóricos que sustentam as ações práticas. No
segundo tópico trataremos da experiência de estágio nos anos iniciais do Ensino Fundamental,
destacando as etapas principais: observação participativa, elaboração do planejamento e a
intervenção pedagógica. Para finalizar, trazemos as considerações finais em que abordaremos
as questões essenciais sobre os trabalhos desenvolvidos e ressaltaremos as contribuições dos
componentes curriculares Formação e Ação Docente e Estágio Supervisionado Curricular
para o processo formativo.
2 Universidade Estadual de Maringá, 05 a 08 de julho de 2016.
TRABALHOS DESENVOLVIDOS NA DISCIPLINA FORMAÇÃO E AÇÃO
DOCENTE E O ESTÁGIO SUPERVISIONADO NAS ANOS INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL
Durante o ano de 2015 as disciplinas de Formação e Ação Docente e a de Estágio
Supervisionado nas Anos Iniciais do Ensino Fundamental, foram ministradas de forma
articulada, pois uma necessita da outra, assim para se ter a prática é preciso da teoria, e vice-
versa. Estudamos alguns textos nesse primeiro semestre como o de Sforni (2010), a autora
relata que a escola tem a função de formar o aluno para a cidadania, e para isso é necessário
incluir no processo de ensino e aprendizagem dos educandos valores e normas, para prepará-
lo para uma suposta realidade histórico-social.
Um outro texto abordado, foi do autor Dermeval Saviani (1984) “Sobre a natureza e
especificidade da educação”. Apresenta um papel muito importante da escola, como o de
consistir na socialização do saber sistematizado, ou seja, a instituição de ensino deve mediar o
conhecimento sistematizado e elaborado, e não só um conhecimento espontâneo do senso
comum para o aluno. O professor deve considerar o conhecimento prévio de seus alunos, para
que assim possa mediar o saber sistematizado. Assim formará no educando um cidadão crítico
e ativo na sociedade.
Com os estudos do primeiro semestre, compreendemos sobre o conceito de escola,
educação e de ensino e aprendizagem dos educandos. Essa prática foi muito importante para
nós, porque esses textos demostraram, como é realidade do ambiente escolar, fazendo com
que os acadêmicos se preparam para atuar em uma sala de aula.
O segundo semestre estudamos outros autores na disciplina Formação e Ação
Docente, e guias como o Teórico e o alfabetizador que nos auxiliaram na nossa prática do
estágio. Entendemos como prática de ensino, a ação das escolas de ensinar aos educandos os
conhecimentos, e quem será o mediador disso é o professor. Com base no texto de Moraes
(2008) explica que o professor é como um organizador da atividade de ensino.
A atividade de ensino consiste no núcleo do trabalho do professor,
tendo em vista que os conceitos científicos não são apropriados
diretamente pelos alunos, necessitando da mediação do professor.
Neste sentido, a organização do ensino, por meio das atividades de
ensino, consiste na maneira pela qual o professor organiza sua
intervenção junto ao aluno. A atividade de aprendizagem constitui-se
na atividade principal do aluno em idade escolar. Para entender o
professor como organizador da atividade de ensino, é importante ter
claro que as atividades de ensino e de aprendizagem são articuladas
entre si; cabe ao professor organizar o ensino na forma de atividades,
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que serão desencadeadoras de atividades de aprendizagem para o
aluno[...] (MORAES, 2008, p. 3).
Podemos observar que o professor tem um papel importante no ensino e aprendizagem
da criança, visto que ele levará as atividades que serão ensinadas de acordo com sua
organização e de seu aluno, essas atividades devem ser articuladas, ou seja, uma necessita da
outra para ser elaborada.
Diante dos estudos realizados na disciplina de Formação e Ação Docente, podemos
conhecer o aluno do qual teríamos contato saber, qual o período que ele está vivendo e sua
atividade dominante. Como diz Leontiev (1978) a respeito do desenvolvimento do psiquismo
humano, o que o determina é a vida da criança. Dessa forma cabe a nós professores
proporcionarmos um conhecimento que seja sistematizado e bem elaborado, para que assim
possamos desenvolver no aluno seu processo de ensino e aprendizagem.
O que determina diretamente o desenvolvimento do psiquismo da criança é a
sua própria vida, o desenvolvimento dos processos reais desta vida, por
outras palavras, o desenvolvimento desta atividade, tanto exterior como
interior. E o desenvolvimento desta atividade depende por sua vez das
condições em que ela vive (LEONTIEV, 1978, p.310).
No texto de Leontiev (1978) foi importante para compreender quem é o estudante do
Ensino Fundamental, qual é sua atividade dominante. O referido autor apresenta que existem
três atividades dominantes no curso do desenvolvimento humano são eles: o jogo, estudo e
trabalho. O jogo ocorre na idade pré-escolar da criança, sua atividade dominante é o jogo, ou
seja, jogar com a imaginação com o lúdico. O estudo ocorre na idade escolar da criança, e por
fim o trabalho que ocorre na sua adolescência e a dominação é o trabalho e o estudo.
Segundo Leontiev (1978), o que determina o desenvolvimento de uma criança é a sua
própria vida, o que acontece nos processos reais, se dá pelo meio interior e exterior. Partindo
desses pressupostos o desenvolvimento que a criança tem é a partir das condições de vida
dela.
[...] O mesmo é dizer, no estudo do desenvolvimento do psiquismo da
criança devemos partir da análise do desenvolvimento de sua
atividade tal como ela se organiza nas condições concretas da sua
vida. Só uma démarche1 permite determinar a parte das condições de
vida exteriores da criança e das disposições que ela possui. Partindo
da análise do conteúdo da atividade que se desenvolve na própria
criança, só está démarche permite compreender o papel primordial da
1 De acordo com o dicionário Michaelis online, démarche tem o significado de: modo de andar, atitude,
comportamento. Tentativas de se obter alguma coisa, diligência, procedimento.
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educação que age justamente sobre a atividade da criança, sobre suas
relações com a realidade e determina o seu psiquismo, a sua
consciência (LEONTIEV, 1978, p. 310).
O meio em que a criança vive, influência muito seu desenvolvimento, seja no
ambiente escolar, com a mediação do professor no processo de ensino e aprendizagem, ou em
suas casas, eles estarão desenvolvendo o seu psiquismo, a sua consciência.
De acordo com Leontiev (1978), a criança passa por estágios no seu desenvolvimento
psíquico, que se caracteriza com as relações que a criança tem com a sua realidade, elas são
dominantes em uma etapa e determinadas por uma atividade dominante.
Nesta atividade, existe a passagem de um estágio para outro, essa relação domina a
criança com seu espaço na realidade. São três características que determina a atividade
dominante na criança.
Primeiro: a criança tem como atividade dominante para seu desenvolvimento o jogo,
que aparece na idade pré-escolar, para a criança o jogo será como uma atividade lúdica, que
usa a imaginação, ela começa o seu processo de ensino e aprendizagem jogando.
Segundo: a criança está em transição da idade pré-escolar para a idade escolar, ou seja,
ela ainda não tem o pensamento que a sua atividade dominante mudou, e passou do jogo para
uma outra atividade, o estudo.
Terceiro: A criança está entrando no período da adolescência, determina que esse
estágio sua atividade dominante será o estudo e trabalho produtivo, está ligada a sua vida
social que são acessíveis para elas.
Observamos que a criança passa pelo seu processo de desenvolvimento psíquico por
três fazes de atividades, e isso é imprescindível para elas. E para lidar com os alunos dentro da
sala de aula, o professor tem que saber desse desenvolvimento, e ter o conhecimento para
organizar as atividades de acordo com cada característica citada acima, assim sempre
mantendo a articulação entre elas.
DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO:
O Estágio Supervisionado dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental foi realizado em
uma escola estadual do município de Maringá. Iniciamos o estágio realizando uma entrevista
com a pedagoga responsável pela escola, que nos informou que a instituição foi fundada em
1974 e é composta pelo diretor, equipe pedagógica, secretaria, professores e demais
funcionários, todos dispostos para oferecer uma educação de qualidade para seus alunos. O
5 Universidade Estadual de Maringá, 05 a 08 de julho de 2016.
colégio atende turmas dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, Ensino Fundamental e
Ensino Médio, entre outros projetos relacionados a educação.
O estágio que realizamos nessa instituição de ensino, foi dividido em quatro etapas
sendo elas: observação participativa; elaboração do planejamento e intervenção e reflexão
sobre a experiência de estágio. Realizamos essas ações na turma do 3° ano B do Ensino
Fundamental.
A seguir apresentaremos os quatro itens, em quatro subitens, ressaltando a importância
de cada ato e como se desenvolveu ao longo desses processos.
A OBSERVAÇÃO PARTICIPATIVA
A observação participativa ocorreu em três segundas-feiras, com o objetivo de
conhecermos a turma e a prática pedagógica da professora da sala na qual iriamos atuar. Neste
dia os alunos tinham aula de Geografia, Português ou Matemática, com duas professoras
diferentes uma específica para a disciplina de geografia e a professora regente da turma.
Para realizarmos a observação participativa deveríamos analisar alguns itens sobre o
comportamento da turma e a prática pedagógica da professora regente como, por exemplo:
como a professora articula os conceitos espontâneos dos estudantes com os conceitos
científicos; quais atividades mais comuns; como trabalha com os erros dos estudantes; quais
relações são estabelecidas entre as diferentes áreas do saber; os escolares participam da aula e
como o professor trabalha com os estudantes com os diferentes níveis de aprendizagem.
Podemos relatar com base nas nossas observações que os alunos são muito
participativos, perguntando, relatando fatos relacionados ao conteúdo estudado e a professora
conseguia relacionar esses comentários com os conceitos que estavam estudando, desta forma
o docente incentiva a participação e o interesse dos alunos na sua aula. As atividades mais
comuns que as professoras realizavam eram questionários relacionados ao conteúdo,
problemas de matemática e interpretação de texto. Quando os alunos erravam alguma
atividade ou conceito os docentes corrigiam indicando a resposta certa ou a maneira correta
de escrever ou de realizar determinada atividade. Um exemplo de atividade que podemos
expor é da disciplina de Geografia, quando os alunos estavam aprendendo serviços públicos e
outra da disciplina de matemática do qual os alunos preenchem uma tabela realizando a
operação de adição.
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Foto 1: atividades proposta aos alunos pela professora da sala.
As professoras sempre orientavam os alunos que encontravam maior dificuldade em
realizar determinas atividades, alguns trabalhos que ela planeja para a turma eram feitos em
dupla para que assim os alunos possam ajudar um ao outro. Observamos que poucos alunos
encontravam dificuldades na leitura, na escrita e em resolver situações problemas,
acreditamos que isso ocorre porque todos os discentes são participativos e realizam as
atividades com o auxílio da professora.
Nossa participação na observação foi em alguns momentos orientar e auxiliar os
alunos quando surgiam dúvidas ao realizar os exercícios propostos pela professora, como
também observar o trabalho pedagógico da professora. Analisamos que as professoras
planejavam a sua prática pedagógica, traziam para seus alunos conteúdos sistematizados e
coerentes.
ELABORAÇÃO DO PLANEJAMENTO
Após o período de observação tivemos um tempo para realizarmos a elaboração do
nosso planejamento. Deveríamos planejar quatro dias de intervenção para trabalhar com as
disciplinas de Matemática, Língua Portuguesa, Geografia, Ciências e História. Os conteúdos
escolhidos para planejarmos foi divisão, o gênero autobiografia, movimentos sociais,
empobrecimento do solo e poluição do solo e homem e o trabalho.
A estrutura do planejamento continha conteúdos que iríamos trabalhar com os alunos,
objetivos gerais e específicos de cada conteúdo e encaminhamento metodológico do qual
deveríamos descrever com detalhes todas as ações que iriamos realizar os discentes como:
textos que iriamos passar, atividades, atividades práticas entre outros. Destacamos que não
encontramos dificuldades na elaboração do planejamento.
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O ato de planejamento, consideramos em alguns aspectos difíceis porque alguns
conteúdos, como o dos movimentos sociais, encontramos dificuldades em selecionar materiais
adequados para explicar essa temática às crianças, planejar atividades diferentes do que eles
faziam diariamente, como fazer com que a criança construa um posicionamento sobre esse
conteúdo. De início tínhamos planejados textos que explicassem esse conteúdo e depois
atividades de interpretação desses textos, dessa forma o aluno iria fazer um processo
mecânico de ler e responder questões, e isto seria maçante para os mesmos.
Acreditamos que esse conteúdo é muito complexo para trabalhar com os alunos dessa
série, ficamos preocupadas em saber se os alunos iriam entender o conteúdo da forma que
estávamos planejando e se iriamos conseguir explicar de maneira coerente e fácil para o
entendimento dos estudantes Os encontros de orientações que aconteciam com a nossa
professora de estágio, foram fundamentais porque entendemos a importância de iniciar o
conteúdo com uma situação desencadeadora de aprendizagem, porque assim iriamos
questionar os alunos, trazer exemplos que fazem parte do seu meio social, para que assim ele
se interesse pelo assunto e fique mais claro de entender o conteúdo.
É importante destacar que a atividade dominante das crianças que iriamos lecionar era
a atividade estudo. Segundo Moraes (2008) o professor deve criar a necessidade no aluno de
se apropriar dos conhecimentos teóricos. Dessa forma a autora destaca a importância da
situação desencadeadora de aprendizagem “A situação desencadeadora de aprendizagem deve
contemplar a gênese do conceito, ou seja, a sua essência. Desta forma, ela deve ser composta
por um problema de aprendizagem, e não um problema prático.
Na disciplina de Ciências também encontramos dificuldades no aspecto de relacionar
com a disciplina de história, porque não compreendemos como poderíamos relacionar os dois
conteúdos com alguma situação do cotidiano dos alunos. Porém após orientações da
professora, para relacionarmos e citarmos o acontecido na cidade de Mariana2, ficou mais
claro de compreender como iriamos trabalhar com esses conceitos com as crianças.
Na disciplina de Língua Portuguesa trabalhamos autobiografia relacionado ao
conteúdo de geografia, desta forma a professora nos orientou a levarmos uma autobiografia de
um dos ativistas sociais do Movimento Social dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST). O
mesmo texto já tinha sido trabalhado na aula anterior para introduzir o conteúdo da disciplina
de geografia.
2 O fato que aconteceu foi o rompimento da barragem que comportava os rejeitos da mineração realizada nessa
região.
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Assim planejamos cada aula escolhendo atividades e conceitos que fazem parte do
meio social do qual a criança está inserida, para que assim possa ficar mais claro para ela os
novos conteúdos como também que ela possa participar com seus comentários e relatos sobre
os assuntos que iriamos trabalhar com elas.
INTERVENÇÃO: O PLANEJAMENTO EM AÇÃO
No término da elaboração do planejamento realizamos nossa intervenção que teve
duração de quatro dias. Organizamos da seguinte forma: dois dias dedicamos para a disciplina
de Geografia e Língua Portuguesa, um dia para Matemática e Ciências e um dia para História
e Ciências. Procuramos trabalhar no mesmo dia as disciplinas estavam relacionas entre si.
A nossa maior preocupação era o conteúdo dos movimentos sociais, iniciamos com
ele. Observamos que conforme iriamos explicando o conteúdo aos alunos eles compreendiam
e davam retorno para nós, sempre questionando, querendo saber mais sobre o assunto.
Iniciamos o conteúdo lendo para eles uma autobiografia de um dos participantes do
movimento do MST, do qual trabalhamos também na disciplina de Língua Portuguesa.
Foto 2: Aula de geografia abordando o tema movimentos sociais.
Um fato que nos marcou acredito que seja quando começamos a explicar o que seria
uma autobiografia, uma aluna interrompeu e disse “professora o texto que trabalhamos na
aula anterior é uma autobiografia”, ficamos impressionadas com a atitude da aluna de ter feito
a relação dos conteúdos de imediato. Após solicitamos que os alunos construíssem sua própria
autobiografia o que eles gostaram muito de fazer. Posteriormente os alunos confeccionaram
uma moldura para colar seu texto.
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Foto 3: Elaboração da moldura para o texto da autobiografia.
Durante nossa intervenção na aula de Geografia observamos que os alunos estavam
compreendendo o assunto movimentos sociais, e quando retomamos o conteúdo no outro dia
para eles sabiam nós dizer todos os conceitos trabalhados na aula anterior. Acreditamos que
foi um momento gratificante de dever cumprido.
Para trabalhar o conteúdo tipos de solo e poluição do solo, trabalhamos um texto que
explicasse cada tipo, como também levamos os tipos de solo e os alunos preencheram uma
tabela do qual teriam que colar o solo no lugar correspondente. Os alunos gostaram muito
dessa atividade porque além de trabalharem a teoria eles puderam conhecer os solos e
manipulá-los.
Foto 4: Atividade de identificar os tipos de solos.
Na disciplina de matemática trabalhamos divisão com os alunos, preparamos materiais
concretos para que eles pudessem realizar algumas situações problemas. Durante nossa
observação não presenciamos uma aula do qual a professora trabalhasse a divisão, assim
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cometemos um equívoco de trabalhar a divisão com dois números na chave, porém as
crianças não sabiam resolver as operações. Observamos que alguns alunos se destacavam e
conseguiam realizar as contas com facilidade. Intervimos e resolvemos os exercícios com os
alunos.
Foto 5: Aula de matemática trabalhando o conteúdo divisão.
Acreditamos que diante das dificuldades conseguimos explorar e transmitir todos os
conteúdos que nos foram solicitados, assim cumprimos todas as ações do planejamento. Em
relação aos alunos, eles participaram e evidenciaram o processo de apropriação conceitual,
visto que tivemos retorno favorável, na forma de participação dos alunos no desenvolvimento
das tarefas. Destacamos o que nos possa ter atrapalhado, seja a nossa falta de prática de
controlar os alunos em momento de dispersão nas atividades, mas com essa vivência já
podemos ter como experiência o que se passa no cotidiano dos alunos na sala de aula.
Após o período de intervenção nos encontramos com a nossa professora e relatamos os
fatos mais pertinentes sobre o nosso ato de planejar e a intervenção, como também saber o
que a professora tinha pontuado sobre o nosso desempenho nessas duas funções.
Relatamos o fato que ocorreu na disciplina de matemática, do qual a professora propôs
que elaborássemos junto com ela uma intervenção para trabalharmos a turma, para que assim
possamos trabalhar corretamente com eles a divisão com dois números na chave.
Acreditamos que esse momento é essencial esse momento pós intervenção, para
podermos relatar o que aconteceu e ouvir da professora um retorno da nossa ação, como
também discutir pontos que devem ser modificados na nossa prática pedagógica.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Estágio Supervisionado nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental é muito
importante para nossa formação, porque nos proporcionam executar as teorias que
aprendemos em sala e colocar em prática nas intervenções realizadas no âmbito escolar que
foram os estágios.
Os textos estudados em sala serviram como base para elaboração do nosso
planejamento e deste relatório, por serem autores do campo da educação, ficou mais fácil à
compreensão de como é a realidade dentro do ambiente escolar, dando auxílio nas escolhas
das atividades e também nos ajudou na organização da sala de aula.
Nesse sentido nossa ação como estagiarias nos permite perceber o quão importante é a
prática dos estágios, pois nos possibilita as vivências e experiências dentro do espaço do
Ensino Fundamental. Para que o estágio ocorra de forma organizada e coerente é preciso unir
a teoria com a prática, porque sem a fundamentação teórica, o profissional não tem o
conhecimento que fundamenta o seu planejamento, à elaboração das suas atividades,
dificultando assim o seu trabalho.
Em nossos estágios no ensino fundamental observamos que para que tenham o
desenvolvimento da criança é preciso da intervenção do professor, por que ele transmitirá o
conhecimento para a criança por meio das atividades que sejam criativas, que chamem a
atenção dos alunos, fugindo do cotidiano. Assim isso ocorre pela mediação do educador para
que os alunos desenvolvam a sua parte psíquica, ou seja, os educandos não adquirem esse
conhecimento por meio de experiências espontâneas, e sim por conhecimento sistematizado.
É importante ressaltar que nessa intervenção trabalhamos com a situação
desencadeadora de aprendizagem do qual não sabíamos como colocá-la em prática e qual a
sua importância na vida escolar dos nossos alunos. Cabe destacar também a importância do
professor conhecer qual atividade de estudo seu aluno está passando, para que assim ele possa
organizar sua pratica proporcionando um ensino de qualidade ao mesmo, como também
ajudar o seu aluno a se desenvolver na atividade dominante que é o estudo.
Com o estágio e a intervenção observamos diversos professores que proporcionam a
nós uma reflexão e decidir qual profissional desejamos ser após a graduação, um professor
que contribui para o processo de ensino e aprendizagem do aluno, auxiliando em suas
dificuldades e necessidades, que entenda os períodos dos quais seus alunos estejam passando
e possa ajuda-los a se desenvolver.
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Concluímos que para proporcionar uma educação adequada aos alunos dos Anos
Iniciais do Ensino Fundamental é preciso que o acadêmico se empenhe na graduação, porque
ao se formar e atuar como profissional nesta área, o mesmo adquiriu todos os conhecimentos
necessários e realizou algumas práticas para orientar o seu trabalho. As vivências que tivemos
do cotidiano do ambiente escolar e de suma importância, porque quando iremos atuar já
sabemos como são os encaminhamentos dessa área e quais as dificuldades os professores
encontram.
REFERÊNCIAS
SFORNI, M. S. de F. Perspectivas de formação, definição de objetivos, conteúdos e
metodologia de ensino: aportes da abordagem histórico-cultural. In: PARANÁ, Secretaria de
Estado da Educação. Organização do trabalho pedagógico. Caderno Temático.
Curitiba: 2010. p. 97 – 111.Disponível em:
http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/caderno_tematico_otp.pdf
SAVIANI, D. Sobre a Natureza e Especificidade da Educação: Natureza e Especificidade
da Educação. Brasília: Inep, 1984. 6 p.
LEONTIEV, A. Desenvolvimento do psiquismo. Lisboa, Livros Horizonte, 1978. p. 303-333.
MORAES, Silvia Pereira Gonzaga de. A RELAÇÃO ENTRE ATIVIDADE DE ENSINO,
ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM E AVALIAÇÃO. São Paulo: 2008. Reescrito por
Paula Tamires Moya em 2013.
MICHAELIS. Dicionário online. Disponível em:
http://michaelis.uol.com.br/escolar/frances/definicao/frances-portugues/demarche_16305.html