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Amuletos e Talismãs - Para Você Entender e Fazer (1998) por Lourivaldo Perez Baçan Esta edição A Casa do Mago das Letras Copyright © 1998 L P B Edições Versão para RocketEdition eBooksBrasil.com AMULETOS E TALISMÃS PARA VOCÊ ENTENDER E FAZER

Amuletos e Talismãs

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Amuletos e Talismãs

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Amuletos e Talisms - Para Voc Entender e Fazer (1998) por Lourivaldo Perez BaanEsta edioA Casa do Mago das LetrasCopyright 1998L P B EdiesVerso para RocketEditioneBooksBrasil.com

AMULETOS E TALISMS

PARA VOC ENTENDER E FAZERLourivaldo Perez Baan

NDICE

Amuletos & TalismsQuestes Sempre IntrigantesAmuletos ou TalismsAmuletos e Talisms Pelo Mundo e Pela HistriaElementos de Amuletos e TalismsTecidosNmerosLetrasCoresMadeiraMetaisPedras PreciosasSmbolos ColetivosMontando Amuleto e TalismsLinguagem dos Amuletos e TalismsDe Volta ao Comeo...

AMULETOS & TALISMS

Afirma-se que o homem primitivo, dada a sua ignorncia e a sua mente ainda em incio de evoluo, atribua tudo que ocorria em sua vida a manifestaes de entidades invisveis, espritos maus e foras alm da sua compreenso.

Com o tempo, esses responsveis por venturas e desventuras do homem foram sendo personificados e classificados, surgindo seres das mais diversas esferas, desde anjos e demnios at misturas de animais e homens e animais com mltiplos atributos de diversos, como o centauro e as bestas, com cabea de guia, corpo de leo, cauda de pavo, pernas de boi, patas de tigre, s para se dar um exemplo bem simples.

No entanto, da mesma forma como foram criando essas entidades, foram cultuando pessoas que entendiam esses fenmenos todos e que tinham certa ascendncia sobre eles. Surgiram os xams, os magos, os feiticeiros, os sacerdotes e outros sbios, que sempre tinham como dar aos seus semelhantes algum meio de defesa ou de contato com esse mundo misterioso que cercava o homem comum.

Enquanto no se criava uma linguagem escrita, essa comunicao era feita por smbolos, como muitos encontrados em cavernas ainda hoje e que despertam a ateno dos estudiosos, que tentam em vo penetrar no conhecimento de uma linguagem simblica que j se desfez h muito tempo.

Chamados de amuletos ou talisms, essa forma de manter sobre controle foras desconhecidas foi se generalizando, atingindo seu auge no perodo chamado Idade das Trevas ou Idade Mdia, quando se percebeu que a religio podia ser um instrumento de poder e no mais de ajuda ao homem, degenerando-se num grande comrcio e desvirtuando todos os princpios pelos quais fora criada.

Nesse perodo, impondo-se de forma violenta, criando doutrinas de submisso da mulher, do pecado, do Deus punitivo, do Cu, do Inferno e do Purgatrio, locais para os quais detinham o monoplio de ingresso, tanto que se davam ao luxo de vender ingressos para o cu, as chamadas indulgncias, a religio atacou violentamente tudo que pudesse ser um obstculo a seu desenvolvimento como nova fora, paralela ao Estado e, muitas vezes, acima dele.

Magos, feiticeiros, alquimistas, bruxos, xams e outros foram perseguidos e mortos cruelmente. Seus livros, anotaes e conhecimentos foram recolhidos aos mosteiros, quando no incinerados em praa pblica para mostrar o domnio da nova ordem que se impunha.

Um cabedal enorme de informaes foi destrudo com isso, acabando com informaes e conhecimentos que datavam de milnios da existncia do homem, da mesma forma como ocorreu nas Amricas, com a cultura e a civilizao dos povos conquistados.

Uma ligao com o passado foi rompida e, ao longo de alguns sculos, afastada das pesquisas e prticas, pois se constituam pecado e crime punidos com a morte.

Ainda assim, arriscando-se sempre, essas pessoas que sempre representaram o elo de ligao deste mundo com os planos superiores, continuaram seu trabalho, legando posteridade uma plida imagem dessas informaes importantssimas para o homem, hoje, entender sua origem e seu papel neste planeta.

Dentro desse conhecimento, o mais intrigante e o mais praticado sempre foi o dos amuletos e talisms, presentes em toda a histria do homem, at os tempos atuais.

QUESTES SEMPRE INTRIGANTES

Antes de nos aprofundarmos no assunto, vamos recuar ao princpio de tudo. "Afirma-se que o homem primitivo, dada a sua ignorncia..."

Ser?

Que ignorncia era essa que lhes permitia deter conhecimentos que hoje mal arranhamos e que lhes dava privilgios como o de manter contato com o prprio Criador?

O que significam ordens como estas?

No fareis deuses de prata ao meu lado, nem deuses de ouro para vs..."

Tambm faro uma arca de madeira de accia... De ouro puro a cobrirs e fars uma bordadura de ouro ao redor... Fundirs para ela quatro argolas de ouro... varais de madeira de accia... E pors na arca o Testemunho que eu te darei..."

Fars tambm um propiciatrio (vaso sagrado)... Fars dois querubins de ouro... Os querubins estendero suas asas por cima, cobrindo o propiciatrio..."

Tambm fars a mesa..."

Fars tambm um candelabro..."

E as ordens se seguem muito detalhadamente, com um objetivo especfico:

"Ali virei a ti,... falarei contigo acerca de tudo o que eu te ordenar para os filhos de Israel."

Salvos do Egito e guiados por Moiss, esse mesmo povo, to logo percebeu que o seu lder se demorava no Monte Sinai, rapidamente tratou de confeccionar um bezerro de ouro para "adorar". Tanto que Aro determinou, ao edificar um altar: "Amanh ser festa ao SENHOR." No dia seguinte, ofereceram holocaustos, conforme o prprio Criador lhes ensinara, trouxeram "ofertas pacficas", comeram, beberam e se divertiram mas essa aparentemente inocente ao custou a vida a muitos deles.

Que poder tinha esse bezerro de ouro? Teria sido apenas a desobedincia a causadora de tamanho e cruel massacre que se seguiu descida de Moiss do monte?

Mais frente, ainda no Livro do xodos, temos:

"Lavra duas tbuas de pedra como as primeiras; e euescreverei nelas as mesmas palavras que estavam escritas nas primeiras tbuas..."

Ao cumprir isso, Moiss faz uma aliana com Deus, que lhe determina:

"... derrubareis os seus altares (dos moradores da terra),quebrareis as suas colunas e cortareis os seus postes-dolos (?) para que no faas aliana com os moradores da terra: no suceda que em se prostituindo eles com os deuses, e lhes sacrificando, algum te convide, e coma dos seus sacrifcios e tomes mulheres das suas filhas para os teus filhos, e suas filhas prostituindo-se com seus deuses, faam que tambm os teus filhos se prostituam com seus deuses. No fars para ti deuses fundidos."

A questo que se coloca agora, no entanto, saber se essas ordens foram dadas mesmo pelo Criador ou se foram includas convenientemente, nesse perodo negro da Histria, quando se implantou o monoplio, e a ditadura de uma s religio. O que diz realmente o texto original? Quem so esses deuses cujo contato deveria ser evitado? E por qu?

Analisando-se hoje as chamadas Simpatias Populares, no encontramos correspondncia em passagens como a seguinte?

... um deles tomar dela um punhado de flor de farinha da oferta de manjares com seu azeite, e todo o incenso que est sobre a oferta dos manjares; ento acender sobre o altar como poro memorial de aroma agradvel ao Senhor..."

E ver coisa semelhante nos rituais de contato com os Anjos Mensageiros, prtica que est ressurgindo hoje, mas que foi totalmente abolida durante esse perodo da Histria da Humanidade.

Todo o Livro de Levtico traz instrues detalhadas de prticas para preparar e purificar o homem para o contato e convivncia com Deus. Especifica como deve ser o candelabro, sobre as trombetas de prata, as borlas das vestes, entre outros.

Os telogos tm explicaes convincentes para essas questes to absurdas e herticas, mas a questo central ainda permanece. Quem eram os outros deuses?

Que eram as colunas?

O que representavam postes-dolos?

Desviando-nos um pouco agora, qual o significado dos desenhos encontrados nas cavernas dos dogons, um povo primitivo que vive no Mali, antigo Sudo francs?

Desenhos que representavam os nommosou deuses vindo do espao (ou moradores do espao, aqui no sentido de plano superior?).Em sua ignorncia (?) primitiva, como pde esse povo, ainda hoje incivilizado, ter tido contato com seres considerados deuses? Teria sido isso um privilgio apenas deles, comofoi para os israelitas terem tido a exclusividade da proteo divina que, inclusive, autorizou e deu condies de que os demais povos fossem exterminados? Como se percebe, o assunto cercado de muitas perguntas sem respostas definitivas. Aqueles conhecimentos, que foram destrudos, ou ocultados hoje nos fazem muita falta para tentarmos um entendimento mais profundo e mais convincente da natureza de nossos contatos com a divindade ou com os chamados planos superiores onde, por unanimidade, parecem residir e se manifestar todos os seres considerados superiores, em todas as culturas.

De tudo isso, podemos, aps essas breves elucubraes, pelo menos chegar a uma concluso: o que os magos, bruxos, feiticeiros, alquimistas e xams faziam tinha uma razo de ser. O contato com seres superiores se processava atravs da disposio de elementos contidos nas "colunas", "postes-dolos", combinaes como as da "Arca da Aliana", da disposio do templo, das roupas, leos, candelabros, tbuas e tudo o mais, conforme foi citado na Bblia.

Essa comunicao se processava por meio de smbolos, que iam desde o tipo da madeira a ser utilizada, at a roupa a ser vestida nesse momento. Podemos acrescentar, tambm, que se processava atravs de elementos grficos como aqueles encontrados na chamada Pedra de San Martin, nas proximidades de Madri, na Espanha, que guarda certa semelhana com as inscries encontradas nas "tbuas" de argila de Glozel, uma cidadezinha no interior da Frana?

Ou como aquelas encontradas na Pedra de Diamantina, cidade do mesmo nome em Minas Gerais, no muito diferentes das que aparecem na Pedra do Poeta, encontrada no interior do Cear, numa cidadezinha chamada Massap, pelo poeta Jos Alcides Pinto, durante uma escavao em sua prpria casa.

E j que entramos no terreno frtil da Arqueologia, qual o objetivo das figuras gigantescas de Nazca, dezenas delas, encontradas no Sul do Pe-ru, somente distinguidas quando olhadas do alto? Quem as fez, a quem eram dirigidas se s podiam ser vistas do alto (espao ou plano superior) e, finalmente, qual o objetivo de tudo aquilo?

Muitas hipteses j foram levantadas a respeito de tudo isso, indo das mais ingnuas at as mais complexas. Passamos pelas teorias de que a Bblia simblica apenas e no histrica, de que histrica, de que representa a palavra de Deus (de um deus) que buscava a hegemonia entre outros deuses, ditada aos homens por inspirao divina, de que surgimos de um experincia gentica com extraterrestres ou do cruzamento proibido dos "filhos dos deuses" com as "filhas dos homens". Ou dos homens em geral com os deuses.

De tudo isso, o que nos interessa especificamente que, antigamente, atravs de segredos e conhecimentos perdidos ou destrudos, o homem conseguia entrar em contato com seres dos planos superiores, atravs de elementos especficos e especialmente preparados, muitos dos quais ditados por esses mesmos seres.

Sem muito esforo, ento, podemos assimilar o conceito bsico dos amuletos e talisms: contato com o plano superior, no necessariamente o Cu ou o Paraso, nem um lugar acima, mas um mundo vibrando em outra dimenso prxima da nossa e superior em conhecimento e elevao espiritual. Contato esse que visa a obteno de algum favor especial, proteo, defesa, sorte, ajuda, etc.

Da mesma forma, acreditando nesses planos superiores, somos levados naturalmente a admitir a existncia de planos inferiores, igualmente interessados em ajudar, mas em retardar tambm a nossa elevao espiritual aos planos superiores.

Importante deixar bem claro que, em momento algum pretendemos semear dvidas a respeito da crena na Bblia e do dogma da f que uma das mais poderosas que cerca o Livro Sagrado, pois, em nosso entendimento, a mesma f que abre caminho para o sucesso tanto das Simpatias Populares como do contato com os Anjos Mensageiros..

Como interessados no entendimento e no resgate de um conhecimento que nos foi tomado e negado, pretendemos retomar um caminho h muito interrompido, ainda que a custa de tentativas e erros. Queremos, acima de tudo, a verdade que nos foi negada.

No podemos, no momento em que caminhamos para o fim do milnio e percebemos que uma crise espiritual muito grande, ainda maior que a crise econmica, ameaa a Humanidade, deixar de colocar nosso esprito e nossa inquietao no trabalho de levantar hipteses e buscar respostas para a compreenso do que nos espera no ano 2000.

Respostas que, acreditamos, encontram-se nos planos superiores, onde vibra uma ordem diferente da nossa, mais espiritual e menos apegada matria, onde a linguagem dos smbolos, por ser exata e dispensar o conhecimento das mais diversas lnguas, utilizada.

Smbolos que podem ser projetados de mente para mente, sem a necessidade de palavras, numa linguagem universal a todas as raas.

Uma guia voando livre no cu ser sempre uma guia livre no cu, ainda que, ao ser descrita, isso tenha as formas mais diferentes nas diversas lnguas do mundo.

Assim deve ser nosso contato com esses planos que nos cercam.

AMULETOS OU TALISMS

A confuso entre esses dois termos freqente e muitas vezes um at utilizado como sinnimo do outro. Muito embora na etimologia da palavra, conforme consta dos dicionrios, considere dessa forma, para as Artes Mgicas, no entanto, ambos podem ter semelhanas na maneira de preparar, mas so completamente diferentes nos objetivos, a saber:

Amuleto: objetos, figuras ou sinais com poderes mgicos para afastar desgraas e malefcios e expulsar foras do mal.Talism: objeto de formas e dimenses variadas, com poderes para realizar sonhos e desejos e obter auxlio superior.

Quando ao, tanto um como outro podem ser feitos para uma ao contnua, no caso de proteo contra o mau-olhado, por exemplo, ou para uma tarefa especfica, perdendo a razo de ser aps ter sido obtido o que se pretendia.

Em sua constituio, so empregados hoje todo tipo de material presente na natureza, sendo que mesmo aquilo que surge de novo tambm logo incorporado. Na antigidade, o homem empregava tudo ao seu alcance e dentro de seu conhecimento. Tanto podia ser a palma da mo ensangentada espalmada na parede de uma caverna, marcando o momento de uma caada feliz e guardando o anseio de sua repetio, sempre que necessrio.

Smbolos hoje indecifrveis se constituram, no passado, a linguagem mais comum com os planos superiores, na elaborao dos amuletos e talisms. O conhecimento que restou desse perodo hoje incompleto, mas permite, assim mesmo, uma reconstruo, ainda que precria, daquela linguagem.

Ao acreditarem que, comendo o corao de seus inimigos mortos, os selvagens incorporavam a sua coragem, nada mais estavam fazendo que, alm de honrar o inimigo valente, recorrer a um talism poderoso, segundo a crena e os costumes deles. O mesmo acontecia quando matavam um animal e corriam abrir-lhes a boca para sugar seu ltimo alento ou o esprito de sua fora ou bravura.

De onde vinham esses conhecimentos? a pergunta que constantemente repetimos.

Muitos dos materiais utilizados na elaborao dos amuletos e talisms acabaram configurando uma linguagem universal. Nisso se inclui as figuras geomtricas, os glifos, que representam os planetas, objetos em geral, materiais como a madeira, os metais, ervas, plantas, rvores, letras, nmeros e inscries.

Pode-se constatar isso hoje facilmente, observando as pessoas que passam por ns a todo momento. Nos veculos, rosrios, fitinhas e bonequinhos pendurados no retrovisor interno pedem (e obtm) um tipo especfico de proteo. Figas, ps de coelho, galhinhos de arruda, todos so exemplos simples de amuletos e talisms, que podem ser desde uma folha cada de uma rvore at um elaborado totem nativo (seriam esses os postes-dolos?).

No entanto, sempre nos objetos simblicos que os amuletos e talisms vo encontrar seu potencial mximo.

As figuras geomtricas se prestam muito bem a isso, assim como letras, nmeros, cores, pedras preciosas e objetos de metal.

Um crculo desenhado em vermelho na parede diante da qual pessoas tentam resolver um problema pode promover uma espcie de transe onde, algumas com maior ou menor facilidade, encontraro a soluo quase que ao mesmo tempo.

Uma casa, onde reina a discrdia, de repente muda todo o seu astral, aps a colocao de um cristal transparente, dentro de um copo de gua, posto acima das cabeas dos moradores, sobre um suporte de madeira. Periodicamente uma vela ser acesa ao lado do cristal, a gua ser mantida no nvel e oportunamente um punhadinho de sal grosso ser jogado l dentro.

Um ctico dir que tudo isso no passa de pura besteira e s nos resta concordar com ele, porque discutir com um ctico jogar prolas aos porcos. O componente bsico de todo esse processo a f "que remove montanhas", no a f dos "homens de pouca f",

Quem tem um mnimo de noo sobre alquimia e Artes Mgicas saber que:

Cristal: elemento purificador produzido na natureza, purificado pelo fogo e pelas altas temperaturas. Assimila correntes e fludos negativos, agindo como um filtro e neutralizando-as, medida em que absorve e irradia energias positivas da natureza. Mais eficiente quanto mais puro e transparente.

Copo: objeto de vidro transparente, que permite o fluxo de energias positivas, em formato circular (fluxo contnuo).

gua: elemento condutor de energias. D origem vida.

Sal grosso: na forma de cristal puro, absorve energias negativas. Ao se dissolver, faz com que elas sejam consumidas no processo.

Vela: libera o fogo, elemento purificador por excelncia.

Temos ento uma explicao resumida do amuleto, usado para afastar as foras negativas que provocavam a desarmonia. Ele tanto pode permanecer ali indefinidamente ou retirado quando o problema tiver terminado.

Um amuleto muito comum, encontrado em muitas casas, num quadrinho simples pendurado na parede, que diz:

*LARDOCELAR*Aparentemente ingnuo e simples, estas inscries encerram um mantra "AHOHEHAH", num formato que lembra dois tringulos com a mesma base, trs letra sobre quatro sobre trs, formando:

3+4+3=10=1

Como se sabe, em Numerologia, o 1 o smbolo da unidade indivisvel, como deve ser o Lar, na concepo de qualquer pessoa de mediano conhecimento.

Os tringulos, figuras msticas por excelncia, quando elaborados com a mesma base, apontam em direes opostas, unindo o material, no plano inferior, ao espiritual, no plano superior, estabelecendo o equilbrio. Ao mesmo tempo, serve como um canalizador (antena apontada para o alto) e um funil (voltado para baixo), por onde as energias do plano superior fluem para dentro do lar.

Essa mesma configuao surge sobrepondo-se o 3 ao 4 e ao 3, ou tringulo sobre o quadrado e sobre o tringulo, sendo os lados superior e inferior do quadrado bases para os tringulos, da mesma forma como acima descrito.

O mantra utilizando os sons "AH-OH-EH-AH" harmoniza-se com o tringulo, pois o AH o som do plano espiritual do homem. O "OH" representa autoridade e amor (figura paterna), o "EH" o som da vida e proteo (figura materna). Nesse disposio, figura paterna e materna absorvem as energias do plano espiritual, processam-nas e fazem-nas fluir para dentro do lar (filhos).

A mesma expresso, escrita em outra lngua, como o ingls, por exemplo, (HOME-SWEET-HOME) produz o seguinte mantra: "OHM-IH-OHM". O primeiro o mantra da dualidade (espirito e matria), o segundo o mantra do que absorve e cria (pai e me=filhos) e fechando com o mantra da dualidade novamente, no mesmo principio exposto acima.

Como surgiu isso? Como algum percebeu essa ligao entre sons e energias positivas, por exemplo?

H uma forma muito prtica de entender como essa vibrao dos sons se processa. Por que no Xoror e Chitozinho? Ou Leonardo e Leandro? Ou Ralph e Christian?

Alguma coisa teria mudado na vida desses artistas se seus nomes tivessem uma outra vibrao? Um outro mantra?

Por que, ento, Jorge Ben mudou para Jorge Benjor? E Sandra S para Sandra de S?

AMULETOS E TALISMS PELO MUNDO E PELA HISTRIA

Muitas das obras de arte hoje existentes nos museus, tidas como primitivas, se analisadas criteriosamente, revelam, pelos pontos em comum, o objetivo de fundo mstico, tendo sido, outrora, um amuleto ou um talism.

As tapearias nrdicas, os monumentos megalticos, as inscries egpcias, as pinturas astecas, longe de serem apenas manifestaes culturais, tinham um sentido muito mais abrangente e especfico, que era o de buscar manter contato com planos superiores, repetindo ou imitando experincias que tiveram sucesso ou atendendo ordens superiores, como aquelas recebidas por Moiss.

A grande parte dessas "obras de arte", com inscries e smbolos at o momento indecifrados, permanecem como a lembrana mais viva e marcante do conhecimento perdido pelo homem.

Conhecimento que poderia responder questes como as da Pedra de Palenque, encontrada no fundo de uma pirmide, no Mxico, em 1952, que apresenta um dos maiores painis de smbolos e inscries, indecifrados at hoje, possibilitando as mais fantsticas e hipteses sobre seu contedo e objetivos.

Qualquer estudioso das Artes Mgicas ou das Cincias Esotricas se desespera ao perceber que as respostas todas se encontram na prpria Pedra, nos seus desenhos e arabescos intrincados, nas suas imagens, na figura humana que nela a- parece, como um astronauta em sua nave, segundo a viso de alguns, como um deus em seu trono, segundo outros.

Quer queiram ou no admitir os cticos, trata-se de um amuleto, sem sombra de dvida. Amuleto como a espiral dos dogons, figura presente em todas as culturas e parte importante de amuletos e talisms, principalmente nas chamadas mandalas.

Freqentando um museu, observando todos aqueles quadros de altas autoridades, de pessoas influentes, de reis, nobres, prncipes da Igreja e gente que influenciou sua poca e deixou marcas na Histria, vamos perceber, no pescoo deles, pendurados inocentemente, vistosos medalhes, ou anis riqussimos em seus dedos.

Simples enfeites? Vaidade? Ou smbolos do poder, com o objetivo de dar e manter esse mesmo poder?

Medalhes e moedas, em formato circular, lembrando as espirais primitivas, as mandalas que surgiram posteriormente, exibindo elementos que s vezes fixavam uma imagem presente na memria popular.

Qual teria sido o objetivo da moeda romana, contendo a figura da loba, amamentando dois recm-nascidos.

Seria apenas a de transformar em imagem a lenda da criao de Roma? Mas a questo surge naturalmente: por que a loba? O que representaria esse animal, como smbolo, nas mentes daquele povo, h milnios atrs? Qual o sentido oculto atrs da imagem? Qual o objetivo que norteou a elaborao da moeda. Se fosse somente o de instrumentalizar pagamentos, sendo feita de metal nobre, por que a incluso da imagem, se esta nada acrescenta ao valor da moeda nem ao peso do metal, este sim o verdadeiro valor contido nela?

Um outro exemplo de linguagem simblica fantstica, que at hoje desafia a inteligncia e a sensibilidade de muitos est contida nas cartas do baralho Tar. Embora existam hoje dezenas de variaes e desenhos, todos conservam, indistintamente, os nomes das cartas e os smbolos bsicos de cada uma. As mais antigas, principal- mente do perodo anterior Idade Mdia, trazem smbolos que at hoje no foram ainda devida- mente interpretados. Mesmo assim, nada impede que pessoas sensitivas consigam ler e interpretar essa linguagem simblica.

Graas a uma sensibilidade j provada cientificamente, essas pessoas conseguem captar o segredo desses smbolos, fazendo a sua traduo imediata, muitas vezes sem perceber como isso se processa.

Aos mortais comuns no resta nem ao menos a praticidade de um dicionrio onde consultar e descobrir o significado desses smbolos. Smbolos que com freqncia aparecem em amuletos e talisms pelo mundo todo. No exemplo apresentado, o da carta O Mago, percebemos smbolos como o nmero 8 deitado, acima da cabea do mago. Esse o smbolo do Esprito Santo. Em sua cintura, nota-se o cinto em forma de serpente devorando a prpria cauda, smbolo da eternidade. Como um Mago de verdade, ele tem uma vara de condo na mo direita, erguida na direo do cu (plano superior). A mo esquerda aponta para baixo (plano inferior). Sobre a mesa (de madeira macia, com certeza), os smbolos dos naipes do baralho, a taa (copas), o basto (paus), a moeda (ouros) e a espada (espadas). Cobrindo o Mago e a seus ps, plantas, onde se destacam visivelmente os lrios.

Cada um desses elementos tem um significado, assim como suas presenas em determinada ordem se constituem uma mensagem, hoje perdida definitivamente ou balbuciada apenas pelos Mestres que tentam recuperar o que se perdeu.

Um trgico exemplo de amuleto, destinado a estabelecer uma nova ordem na face da Terra, ainda hoje abominado pelas pessoas de paz e de humanidade foi a famosa Cruz Sustica, suja simples viso at hoje aterroriza muita gente.

Na Europa, no sculo XIX, principalmente na Frana, circularam algumas verses de talisms utilizados por personagens tidos como envolvidos com o demnio. Eram talisms que facilitavam o acesso ao Prncipe das Trevas e que, entre outras coisas, podiam tornar invisveis imediatamente seus possuidores.

Passa a ser mais importante e muito mais interessante agora apresentarmos os conhecimentos j resgatados e os j compilados a respeito do assunto, de uma forma simplificada para que o leitor tenha, ao final, um Manual Prtico de entendimento e elaborao de Amuletos e Talisms.

ELEMENTOS DE AMULETOS E TALISMS

Conforme j foi afirmado antes, praticamente todos os materiais existentes na face da Terra se prestam elaborao de amuletos e talisms. Nem todos, porm, destinados a obter auxlio atravs dos planos superiores, como o caso dos amuletos para garantir a presena de foras demonacas, mostrados no captulo anterior.

A ndole de quem prepara um amuleto fundamental para decidir se vai buscar ajuda acima ou abaixo de nosso plano espiritual. O que nos parece uma estupidez descer na escala espiritual, em busca de uma ajuda que, seguramente, vai atrasar em muito a evoluo espiritual de algum, quando ela pode buscar a mesma ajuda num plano superior.

Por que recorrer aos demnios, se os Anjos Mensageiros esto a nossa disposio?

Dito isso, retornemos questo dos elementos que entram na elaborao de um amuleto, lembrando que materiais como o plstico, ossos e o alumnio, por exemplo, no se prestam elaborao de amuletos e talisms na chamada Magia Branca.

A questo simples: o plstico tem sua origem no petrleo, que nada mais que o caldo da decomposio de animais e vegetais ao longo de milnios, comprimidos pela presso das camadas terrestres. Os ossos, pelo fato de terem sua origem em seres vivos, a maior parte deles sacrificados. Admite-se, porm, que sejam usados ossos de animais que morreram naturalmente, em amuletos que visem canalizar parte da energia emanada por esse animal, quando em vida. Isto porque os ossos contm a histria de vida desse animal. Se foi bravo, dar peso ao amuleto ou ao talism. Se foi um animal covarde, porm, isso tambm influir. A precauo em no utiliz-los se justifica, porque nem sempre ser possvel determinar, atravs dos ossos apenas, qual a natureza daquele animal, quando vivo.

Outro elemento no recomendvel o alumnio, o falso metal, de falso brilho, segundo os alquimistas. No encontrado puro em estado natural, mas formado pela mistura de outros componentes e obtido atravs de complicados processos.

TECIDOS

Todos os tecidos utilizados na elaborao de amuletos e talisms devem ser naturais, como o algodo, a seda, o feltro e o veludo, desde que no entrem componentes sintticos em sua elaborao. O linho, o rami, o cnhamo e outros se prestam da mesma forma, mas importante observar bem a etiqueta e se certificar de que est comprando um produto natural.

Fibras sintticas so, em sua maioria, derivadas do plstico e do petrleo, o que pode tornar ineficaz seu amuleto ou seu talism e, ao que pode ser pior, desvirtuar sua ao.

Todos esses tecidos naturais so vendidos da maneira como foram produzidos, passando por pessoas e mquinas at chegarem a nossas mos. Por isso, assim como todos os elementos que entram na composio de um amuleto, exceto quando expressamente recomendado, necessrio pass-los por um processo de purificao muito simples, mas absolutamente necessrio.

O tecido poder ser usado num painel, numa cortina, numa roupa, num tapete, num bracelete, numa fita para ser usada no pulso ou na testa, num leno, num saquinho para guardar outros elementos, numa fronha para o travesseiro, enfim, de todos os modos possveis de serem utilizados como amuletos ou como talisms.

A Purificao do Tecido

O processo simples. Deixe o tecido aberto ou enrolado, mas sem dobras sob gua corrente por sete minutos, depois coloque-o de molho numa vasilha de gata, ferro, madeira ou vidro (jamais alumnio ou plstico), junte um punhado (sua mo cheia) de sal grosso e misture com a gua. Deixe por vinte e quatro horas. Aps esse prazo, volte a enxagu-la sob gua corrente por mais sete minutos e deixe o resto do dia ao sol.

O processo se completar de forma satisfatria se voc iniciar a purificao do tecido logo aps o nascer do sol de um dia, para que, no pr-do-sol do dia seguinte, ele esteja concludo.

Em alguns casos no ser necessrio passar o tecido a ferro. Em outros, que defendam da confeco de alguma pea, isso ser exigido. Fica a seu critrio.

Caso o pano tenha de ser cortado para a elaborao do seu amuleto ou do seu talism, limpe sua tesoura com lcool e depois passe um pano molhado em salmoura nas lminas. No deixe vestgios de leo que possa manchar o tecido, inutilizando-o para o objetivo proposto.

Agulhas e outros materiais que sero usados devero passar pelo mesmo processo. As agulhas purificam-se rapidamente se colocadas num copo de gua com sal grosso e levadas ao sol por sete minutos, depois enxaguada em gua corrente. O mesmo processo deve ser seguido com a linha. Se for o caso, mergulhe o carretel ou retrs no copo de gua com sal grosso e deixe ao sol pelos sete minutos. Retire depois e deixe de novo ao sol at secar.

Sobras do tecido que foi utilizado para elaborar um amuleto ou um talism devem ser imediatamente incinerados e jamais ousados para outros fins.

Ao elaborar um saquinho para conter outros elementos, voc pode cortar o tecido num formado circular, com as medidas necessrias para o objetivo proposto, depois simplesmente alinhavar um cordo ou uma linha mais grossa nas bordas, puxando e fechando. O prprio cordo j servir se suporte para o amuleto ou o talism ser levado ao pescoo ou pendurado onde for determinado.

A outra maneira cortar dois quadrados e sobrep-los, alinhavando-os sempre com linha da mesma cor do tecido. Alinhave trs lados, indo e vindo at a linha terminar. Vire do avesso, coloque dentro os elementos necessrios, faa o acabamento dobrando as pontas para dentro e volte a alinhavar, indo e vindo com a linha at que ela termine. Jamais d ns ou trance a linha, a no ser que isso seja expressamente recomendado.

Todo amuleto ou talism, no importa sua natureza, ao ou objetivo, quando no em uso devem ser guardados em caixas ou recipientes de madeira, longe das vistas de terceiros. Devem ser manuseados apenas pelos seus proprietrios, uma vez que o toque de uma outra pessoa vai exigir que todo o processo de purificao seja refeito, o que nem sempre ser possvel.

NMEROS

Os nmeros a serem utilizados nos amuletos e talisms sero sempre os algarismos de 1 a 0 e sero escolhidos conforme a sua simbologia e seu objetivo dentro de um amuleto. Antes de um exemplo prtico, vejamos quais so as simbologias mais comuns desses nmeros:

1 - Smbolo do homem, do poder flico(pai), do princpio, da revelao, do ponto de partida, da unificao, do Ser Absoluto, da divindade, de Deus e da razo.

2 - Smbolo feminino, da oposio, do conflito, da reflexo, do equilbrio, das ameaas, da dualidade em todos os sentidos, do poder gerador (me), dos extremos que se atraem e dos que se completam.

3 - o nmero universal por excelncia, simbolizando a ordem universal: Deus, cosmos e homem. Simboliza a trade em todos os sentidos e situaes.

4 - Smbolo do quadrado, da cruz, da natureza, da religiosidade, do fim, dos animais, das sadas e das alternativas.

5 - Smbolo da unio, das npcias, da harmonia e do equilbrio, dos sentidos, do centro, da transformao (passagem de um para outro estado), da lavoura, da infncia, da perfeio e do bom augrio.

6 - Smbolo da criatura e do criador, da criao, do bem e do mal, do antagonismo, do misticismo, do pecado, do cu (fsico) e da prosperidade.

7 - Smbolo das ordens em geral, da vida eterna, de um ciclo completo, da mudana, da renovao positiva, do tempo, do espao e do movimento.

8 - Simboliza o equilbrio csmico, as direes, o mundo intermedirio, a totalizao, as foras fecundadores masculina e feminina juntando-se, a ordem, o sagrado, a vitria dos justos e a punio dos mpios. Deitado significa o Esprito Santo e o infinito.

9 - Simboliza o ritual, a gestao, a busca bem sucedida, o fim de um trabalho, uma recompensa, os Anjos, os planos superiores, o Cu (espiritual), o amor, a noite, o fim e o princpio juntos e a universalidade.

Exemplos Prticos:

Supondo-se que algum pretendesse fazer um amuleto para afastar a inveja de algum. O uso do nmero 8 (oito) lhe garantiria a vitria dos justos e a punio dos mpios. Poderia usar tambm o nmero 3 (trs) buscando a proteo de Deus.

Um casal, desejando ter filhos, poderiam fazer um talism com o lenol de sua cama. A presena do nmero 9 (nove) no talism simbolizaria a gestao to esperada.

Algum se empenhou muito num trabalho e quer ter certeza de que ser bem sucedido e ter seu esforo reconhecido. Para isso, poder elaborar um talism onde a presena do nmero 9 (nove) garantiria o fim do trabalho com sucesso e a esperada recompensa.

LETRAS

Em amuletos e talisms no so usadas as letras do nosso alfabeto porque, conforme j foi dito, nessa prtica emprega-se uma linguagem simblica universal.

Assim, ao invs das nossas letras comuns, vamos empregar caracteres de conhecimento universal, como o alfabeto grego, o alfabeto hebraico, o alfabeto rnico (de grande poder) ou a escrita alqumica, comum em todo o mundo e originalmente indicada.

No se usam palavras nos amuletos e talisms, mas apenas as letras iniciais. Assim, para exprimir um pedido de perdo, ser utilizada a letra P, na forma correspondente ao alfabeto escolhido por quem elabora o talism.

Exemplos Prticos:

Algum pretende fazer um amuleto para afastar a inveja de seus concorrentes e prosperar comercialmente, ele que trabalha no ramo de Roupas. Seu amuleto poder conter o nmero 6 (seis), juntamente com a letra R, no alfabeto escolhido, simbolizando roupas. Da mesma forma, ele poderia usar qualquer uma outra letra, se quisesse constar seu nome. Ou o nome do concorrente invejoso. Como veremos mais frente, na preparao do amuleto ou do talism que so definidos os objetivos e ao deles.

O que voc deve fazer definir em que alfabeto far seus amuletos e talisms, adotando-a a partir dai e evitando ficar mudando de uma para outra.

CORES

Basicamente, as cores so utilizadas em amuletos e talisms de acordo com o signo da pessoa que faz ou para quem ela destinada. Supondo-se que algum faz um amuleto na forma de um boneco, para afastar as maledicncias da vida de algum, usar um pano na cor do signo daquela pessoa. Se for para ela mesmo, usar a cor do seu signo.

Nmeros, letras, inscries e outros elementos devero obedecer, via de regra, a cor do signo, a no ser que seja necessrio uma cor especfica num determinado elemento, o que ser decidido no momento da montagem do seu amuleto ou do seu talism e da sua consagrao (definio do objetivo ou ao).

As cores obedecero, portanto, a seguinte regra geral:

RIES - VermelhoTOURO - VerdeGMEOS - AmareloCNCER - BrancoLEO - LaranjaVIRGEM - VioletaLIBRA - RosaESCORPIO - MarromSAGITRIO - PrpuraCAPRICRNIO - AzulAQURIO - NegroPEIXES - Anil

Cores Como Mensagens

Eventualmente, ao invs do uso de uma letra no seu amuleto ou no seu talism, voc pode pr um outro smbolo, dando a ele uma cor especfica, conforme a Simbologia Mgica das Cores.

Essa simbologia, conhecida desde a mais remota antigidade, sempre esteve presente desde as imagens nas cavernas at as modernas obras de arte, indicando um conhecimento que, muito embora perdido, em algum ponto da Histria da Humanidade, ainda se mantm na memria dos homens, possivelmente como parte do chamado Inconsciente Coletivo ou Memria Ancestral.

Uma rosa vermelha, includa num talism com o objetivo de atrair algum, estar indicando que o que se deseja uma forte ligao de carter sexual, pois se a rosa simboliza o amor, o vermelho simboliza o desejo sexual.

Restringindo essa simbologia apenas s cores dos signos, conforme j especificado, vejamos algumas das simbologias dessas cores.

Amarelo: Alegria, cimes excessivos, esquecimento, convencimento, encantamento, confiana desmedida, conforto espiritual.

Anil: mudanas, impulsos do corao, depresso, ambio, resgate da dignidade e alvio para sofrimento espiritual.

Azul: Compreenso, sinceridade, religiosidade, devoo, pacincia, sade fsica, restaurao da verdade, tranqilidade fsica e mental.

Branco: Ausncia, presena, princpio e fim, encerramento, pureza, paz, viagem, medo ou susto, vtima, elevao espiritual.

Laranja: atrao, gentileza, adaptao, estmulo, coragem, auge, confiana.

Marrom: inteligncia, magnetismo, vivacidade, luxo, orgulho, fidelidade a compromissos, dever.

Negro: impulso, bondade, tenso, aperfeioamento, etapa a ser superada, incio de evoluo, ponto de partida, perdo.

Prpura: justia, duplicidade ou dualidade, dvida, alegria e simpatia, conhecimento, desconfiana, conselho, orientao, liderana, responsabilidade.

Rosa: arte, ambientes de luxo, trabalho com a terra, festas, comrcio, beleza.

Verde: finanas, crescimento espiritual ou intelectual, caridade, fora, sorte, gerao.

Vermelho: fora, paixo, desejo sexual, perigo, sade, vigor, religiosidade, vontade.

As cores intermedirias e toda a gama de cores do espectro tm, cada uma, seu significado e podem ser utilizadas em amuletos e talisms, s que num grau muito elevado, por iniciados que j caminharam pelos Arcos e pisaram as Plataformas do Saber. Em resumo, englobam segredos muito bem guardados, muitos dos quais de posse de apenas quatro Mestres Iluminados, localizados na direo dos quatro pontos cardeais, a partir da Base do Conhecimento, ou a Grande Pirmide.

Dentro dos objetivos deste manual, de instrumentalizar o leitor para amuletos e talisms de uso cotidiano, o conhecimento que se apresente mais do que suficiente.

No pretendemos que nenhuma pessoa no preparada tente prticas mais aprofundadas, como aquelas que trabalham diretamente com os Elementos, com a Natureza e com os Planos Altssimos.

Dentro do desejo de cada um de aperfeioamento contnuo, tudo isso vir no devido tempo, desde que a vontade de conhecer e de progredir nessa senda seja manifestada.

No Plano Superior seu desejo ser ouvido, entendido e atendido. Os livros certos, as lies perfeitas e os conselhos exatos viro como num "passe de mgica".

MADEIRA

Em Magia Branca admite-se a utilizao apenas da madeira macia, seja no tampo da mesa que suportar um altar, seja na caixa de madeira que guardar o amuleto ou talism quando no estiver em uso ou mesmo quando esse elemento tenha de ser includo como parte de um sortilgio.

Compensados, aglomerados, revestimentos como a frmica, por exemplo, no so aceitos, pois so neutros e nenhuma fora agregam prtica que se esteja levando a efeito.

Em ltimo caso, quando no houver disponibilidade do material na forma desejada para a guarda de um amuleto ou montagem de um altar, a soluo embrulhar ou forrar o que se tiver mo com um papel preto.

Se o amuleto ou o talism exige a participao de um pedao de madeira, o ideal sempre ser um pedao de um galho seco, cortado de forma a se obter uma fatia circular.

Em momento algum a madeira poder estar verde, ser lixada, pintada, envernizada ou tratada de qualquer outra forma, a no ser se expressamente recomendada.

Jamais cortar uma rvore ou um galho ainda verde para a montagem de um amuleto ou talism. Usar sempre aquelas que tenham secado por causas naturais ou galhos arrancados pelo vento ou raio.

METAIS

Seria necessrio um tratado de Alquimia para explorar todas as potencialidades dos metais, na elaborao de amuletos, talisms ou qualquer outro sortilgio dentro da Magia Branca.

Como se busca a praticidade, da mesma forma como foi com as cores, usaremos os metais conforme o signo da pessoa que a faz ou daquela para quem o amuleto ou talism for destinado.

Inicialmente, vejamos quais so os metais que so regidos pelos signos zodiacais:

RIES - FerroTOURO - CobreGMEOS - MercrioCNCER - PrataLEO - OuroVIRGEM - NquelBALANA - BronzeESCORPIO - BismutoSAGITRIO - EstanhoCAPRICRNIO - ChumboAQURIO - ZincoPEIXES - Platina

A Alquimia Antiga, em sua busca pela pedra filosofal, que transformaria tudo em ouro, estabelecia que a regncia de cada signo determinava um poder especfico a cada um dos metais. Por isso, por muito tempo eles foram utilizados dentro dessa orientao.

Alquimistas modernos, no entanto, principalmente aqueles que realizaram seus trabalhos a partir da segunda metade do sculo passado, descobriram, no a pedra filosofal, mas o metal filosofal por excelncia, ou seja: aquele que poderia substituir qualquer um dos outros metais em Magia Branca, sem prejuzo dos resultados e, em muitos casos acrescentando um poder ainda maior.

Esse metal foi o ao, cujo processo de produo somente foi desenvolvido a partir de 1856, na Inglaterra. Observou-se, ento, que sua utilizao podia substituir tambm alguns elementos dos amuletos e talisms comuns.

Se um amuleto, por exemplo, exigisse a incluso de uma miniatura de ncora, em ouro, esse elemento podia ser substitudo simplesmente por um prego ou grampo de ao, o que revolucionou e tornou a Magia Branca mais acessvel a seus praticantes.

Assim, dentro do processo de simplificar essa prtica, julgamos que no ser necessrio nos alongarmos neste elemento, os Metais, pois ele se completa somente com a utilizao do Ao, a menos que seja expressamente recomendado a utilizao de um metal nico, sem alternativas.

A Purificao

Considerando todas as influncias que o ao passa, por exemplo, at se transformar no produto final, necessrio que seja passado por um processo de purificao para poder ser carregado com a energia correta no momento da consagrao do amuleto ou talism.

Para isso, basta que o objeto seja deixado enterrado por no mais do que uma hora e no menos do que sete minutos, em terreno ligeiramente mido.

Aps isso, dever ser lavado em gua corrente e esfregado ligeiramente com sal grosso. Aps ser enxaguado, deve ser posto para secar ao sol, sobre um pano branco, no se esquecendo que em todo o momento se dever utilizar tecido natural e jamais tecido sinttico, a no ser que isso seja previsto nas instrues a respeito do assunto.

Amuletos e talisms que forem feitos para serem usados ao pescoo poder utilizar correntes ou cordes de ouro e prata, inclusive os folheados, mas jamais de alumnio. Cordes de materiais naturais, como algodo, rami, juta, sisal e outros podem tambm ser utilizados e, muitas vezes, so preferveis aos de metal folheado. Correntes e cordes de ao inoxidvel so muito mais fortes at do que o ouro.

Em todos eles, porm, importante observar que as pontas se encontrem, formando um crculo, por onde as energias circularo, da mesma forma como circula o sangue, no corpo humano, sendo bombeado pelo corao.

O amuleto ou talism proporcionam essa corrente contnua de energia que faz com que nossos espritos vibrem na freqncia do plano superior que desejamos atingir com essa prtica.

PEDRAS PRECIOSAS

Entre as diversas ordens que Moiss recebeu do Senhor, houve a de preparar as vestes dos sacerdotes, que deveriam ter, no peitoril, engastadas em ouro, as seguintes pedras, nesta ordem:

Srdio(calcednia), topzio, carbnculo, esmeralda, safira, diamante, jacinto, gata, ametista, berilo, nix e jaspe. Estas doze pedras sempre foram consideradas, portanto, pela Alquimia e pela Magia Branca como representantes dos signos, na ordem como foram apresentadas em xodos 39.

Novamente nos damos ao trabalho de levantar a questo para aqueles que julgam que amuletos e talisms no tm sentido e nada significam ou alteram na ordem das coisas.

Se assim fosse, porque ordens to especficas foram dadas a Moiss? H um sentido nessa disposio e nessa preocupao em que os detalhes sejam cumpridos risca?

Na montagem dos amuletos e talisms, muito embora durante muito tempo se tivesse utilizado a pedra da cada signo, percebeu-se, principalmente nos estudos realizados a partir da adoo do ao como metal filosofal, que o cristal branco se prestava ao mesmo papel, substituindo as pedras dos signos.

Quando maior a pureza do cristal, maior ser seu poder de armazenar energia. So raros, hoje em dia, os amuletos e talisms que no utilizem o cristal branco que, em muitos casos, por si s j se constitui um amuleto ou um talism, assim como o ao, determinadas inscries ou figuras.

Admite-se, porm, que o uso do cristal seja associado cor do signo, mas no foram relatadas significativas diferenas entre estes e o cristal branco.

Purificao:

A purificao de um cristal para ser utilizada exige que algumas etapas sejam observadas e cumpridas rigorosamente, para que a pedra possa estar pronta para receber e analisar todas as energias necessrias ao que dela ser exigida.

Neste caso, especificamente, ser exigido que a purificao se processe pelos quatro Elementos: o fogo, a terra, o ar e a gua. Para chegar purificao, h um perodo de preparao que deve ser iniciado no terceiro dia da Lua Cheia.

Nesse dia, antes do nascer do sol, o cristal ser passado pela chama de uma vela, obedecendo os movimentos em relao aos quatro pontos cardeais, iniciando-se esses movimentos com o cristal se movendo na direo do Norte e retornando para o Sul. Indo para o Leste e retornando para o Oeste. Repetir por sete vezes ou Viagens do Cristal.

Feito isso, ele dever ser enterrado num local ligeiramente mido, antes do sol nascer e ficar ali at o pr-do-sol.

Retir-lo e deix-lo ao ar livre de molho num copo ou numa vasilha de vidro transparente, com gua e sal grosso cobrindo-o. Ali ele dever ficar por toda a noite.

No dia seguinte, antes do nascer do sol, lav-lo em gua corrente, esfregando sal marinho em toda a volta dele, depois enxug-lo com um pano branco limpo e lev-lo ao sol embrulhado no mesmo pano. Pr sobre um suporte de madeira e abrir o pano para que o sol ilumine o cristal.

A partir desse momento, o cristal no dever mais ser tocado pelas mos nuas de mais ningum, at o momento da sua consagrao. Se isso ocorrer, todo o processo ter de ser refeito.

Aps o resto do dia ao sol, ele ser retirado, embrulhado no pano branco e guardado numa caixa ou recipiente de madeira, at o momento do uso.

Mensalmente, sempre no terceiro dia da Lua Cheia, exponha seu amuleto ou talism ao luar.

SMBOLOS COLETIVOS

H smbolos que, conforme se observou em todo o mundo, acabaram ganhando uma simbologia universal, entendida em todas as lnguas e, por isso, freqentemente so utilizados nos amuletos e nos talisms. Seu uso parece estar consolidado no inconsciente do homem em qualquer parte do mundo e, seguramente, parte da Memria Ancestral.

Sua utilizao em Magia Branca se processa atravs de desenhos que no precisam ser fiis nos mnimos detalhes, mas o suficiente se lembrarem sem sombra de dvidas o objeto pretendido. Esses desenhos, salvo indicao em contrrio, devero ser sempre traados com lpis ou grafite, no tendo sentido o uso de xerox ou cpias por qualquer outro meio, muito menos o recorte tirado de uma revista.

Na falta do desenho, uma miniatura em metal do objeto ter o mesmo efeito, desde que o metal utilizado no seja o alumnio.

So os seguintes os Smbolos Coletivos mais utilizados nos amuletos e talisms modernamente.

Abelha: imortalidade, riqueza, criatividade, renascimento, pureza, piedade, prudncia.

guia:respeito, reconhecimento, progresso, coragem, dignidade, pai, presena divina.

Amndoa: virgindade, o que desperta, felicidade no casamento, reconhecimento, aprovao, garantia de sucesso em novos empreendimentos.

ncora: estabilidade, esperana de salvao, proteo fsica, assuntos ligados ao mar.

Aranha:destino, mutao, clarividncia, sorte em negcios ou com dinheiro.

Arco-ris: ligao do cu com a terra, elevao espiritual, sucesso, viagem.

Arroz: felicidade, fecundidade, fertilidade, proliferao, unio familiar.

rvore: reencarnao, equilbrio do material com o espiritual, xito nos empreendimentos, progresso, felicidade.

Ave: desejo de afirmao e de elevao, viagens favorecidas e protegidas.

Bigorna: o feminino, a terra, amizades, fora fsica, resistncia a mudanas.

Borboleta: imortalidade, renascimento, a alma, o riso, prazer, harmonia no lar.

Caduceu: sade, conhecimento, compreenso, eloquncia, comrcio (o caduceu o basto de Hermes, smbolo universal da medicina).

Co: proteo, intermediao, fidelidade, forte ajuda em todos os tipos de empreendimentos.

Carneiro: criatividade, fertilidade masculina, virilidade, fora fsica, deciso, teimosia.

Castelo: entendimento, sabedoria, iluminao espiritual, proteo no comrcio e pessoal.

Chave: vida, conhecimento, sabedoria, liberdade, novas oportunidades, escolha feliz, mudana de emprego ou de casa.

Coelho: renascimento, juventude, inspirao, sorte, empreendimentos novos.

Cogumelo: misticismo, sabedoria oculta, a lua, sucesso comercial, felicidade com a pessoa amada.

Concha: nascimento, regenerao, a mulher, felicidade conjugal, prosperidade.

Cobras: poder e domnio, ascenso social, proteo, progresso pessoal.

Corao: ntimo de uma pessoa, fonte dos sentimentos, amor, proteo superior.

Cornos: natureza, sobrenatural, fecundidade, a figura masculina, a traio.

Cornucpia: abundncia, homem e mulher unidos, fertilidade, fecundidade, sorte.

Coroa de louros: sucesso, xito absoluto, realizao mxima, superando os limites da vida e da morte.

Crescente: a mulher receptiva, a virgem, sucesso pessoal, novos empreendimentos comerciais.

Cruz: proteo em todos os sentidos, unies favorecidas, muito esforo antes do reconhecimento.

Cruz ansada: vida, energia criadora, sabedoria, elevao espiritual, proteo, conhecimento, abundncia, poder.

Dente: sorte em jogos, especulao bem sucedida, amor, fora, valor, vitria pela combatividade ou pelo esprito aguerrido.

Drago: fora criadora, a natureza, contra a m-sorte, sucesso material.

Escaravelho: sol, vida, renovao, recuperao, ajuda divina, proteo contra todo o mal, sade, virilidade, fora.

Espada: predomnio da justia, coragem, liberdade, o masculino, proteo contra o mal, empreendimentos comerciais.

Espiga: criatividade, abundncia, sucesso material, fertilidade, gerao, natureza.

Fnix: novas oportunidades, renovao, ressurgimento, reerguimento, entusiasmo.

Ferradura: proteo do lar, a mulher.

Fivela: elevao moral, sucesso pessoal, proteo superior, domnio da situao.

Flores: concluso de um acordo, manifestao da vida e da beleza

Folha: prosperidade no comrcio, convalescena, renovao, esperana.

Formiga: sucesso em planos materiais, promoo no trabalho, virtude, esforo recompensado.

Fruta: colheita do que foi plantado, desejos menores, sucesso pela persistncia.

Gafanhoto: riqueza na agricultura, abundncia, alvio, relaxamento.

Gato: fertilidade, harmonia e felicidade no casamento, vida, consagrao.

Golfinho: proteo em viagens por gua, espiritualidade, salvao, orientao, definio de rumo.

Grifo: proteo contra agresses fsicas, fora, elevao moral, triunfo sobre inimigos mesquinhos.

bis: proteo fsica, elevao espiritual.

Joaninha: sucesso e ganhos financeiros, fecundidade, produo em alta.

Lagarto: sabedoria, iluminao divina, problemas de vista, boa sorte contra o mau-olhado.

Lanterna: abre e ilumina caminhos, proteo, fora espiritual, ajuda na dvida.

Leo: poderoso protetor, sade, lei, justia, poder, auxlio superior, coragem.

Leque: autoridade, proteo, segurana, poder, manifestao da vida.

Lrio: iluminao, sade, felicidade, riqueza.

Ltus: fim das preocupaes, serenidade, perfeio, evoluo, revelao.

Machado: ajuda divina, conselho, ajuda, superao de obstculos.

Mo: proteo contra o mal, amizade, compreenso do mundo e das coisas em geral, fora, beneficncia.

Martelo: obstculos vencidos, inimigos derrotados, negcios e ambies favorecidas.

Mocho: sucesso nos estudos, conhecimento, sabedoria.

Morcego: Boa sorte, longevidade, felicidade, educao, funes pblicas.

Navio: empreendimento seguro, progresso material, habilidade para conduzir o prprio destino.

Olho: proteo contra o mal, viso esclarecida, sade, vigor, iluminao, sabedoria.

Ouroborus: equilbrio, auto-suficincia, perfeio, fora, harmonia, regenerao (serpente engolindo a prpria cauda).

Ovo Csmico: protetor de alto poder, sade, fertilidade, renascimento.

Pavo: amor duradouro, renovao, sol, sade, longevidade.

Peixe: abundncia, felicidade no lar e na famlia, finanas estabilizadas, fertilidade, o inconsciente.

Pena: boa sorte, percia, verdade, conhecimento, habilidade, a alma em sua jornada.

Pinha: abundncia, poder, riqueza e sade.

Pomba: amor romntico, felicidade, alma, paz.

Raio: negcios concretizados, rivais superados, energia, criatividade, sagrado.

Roseta: prova de amor, sucesso, afeio, realizao, paixo, prosperidade (rosa).

Sapo: convalescena, afeto verdadeiro, gerao, fertilidade, transformao. Serpente: proteo sade, fora vital, criatividade, conhecimento.

Seta: fora, autoridade, poder flico, proteo contra inimigos e falsos amigos.

Sino: ajuda dos anjos, adorao, fertilidade, casamento feliz.

Tartaruga: amor perfeito, sorte, longevidade, o corpo humano.

Tocha: iluminao, prosperidade, criatividade, fecundidade, a verdade.

Trevo: sorte, sendo: uma folha, simboliza sucesso e reconhecimento; duas folhas, fim dos problemas materiais; trs folhas, sade favorecida; quatro folhas, amor e espiritualidade.

Unicrnio: proteo no amor, segurana na escolha, justia divina, pureza.

Uraeus: protetor contra o mal, expulsa demnios, afasta pessoas de m ndole, destri foras e fludos negativos (o olho que tudo v egpcio).

Uva: paz, juventude, sabedoria, fertilidade, sacrifcio.

Yin-Yang: proteo contra o mal e todas as suas manifestaes.

A lista poderia ser estendida para algumas centenas de smbolos, mas para as situaes comuns do cotidiano o leitor j dispe de um bom conjunto.

Antes de continuarmos e abordarmos um estgio mais elevado dos amuletos e talisms, bem como de sua consagrao, acreditamos j ter material suficiente para comearmos a elabor-los. Esse trabalho prtico permitir ao leitor a perfeita identificao com os princpios que regem a elaborao de amuletos e talisms.

MONTANDO AMULETOS E TALISMS

Antes de montarmos nossa primeira pea, importante acrescentar alguns sinais, importantes na elaborao de nossos sortilgios. So os chamados glifos, ou sinais que representam os planetas do Zodaco. A presena desses glifos de suma importncia na elaborao de amuletos e talisms e devem ser desenhados com todo o capricho.

Como se ver logo em seguida, so sinais simples, que no oferecem maiores dificuldades, mas so responsveis pela harmonia, bem como pelo direcionamento da ao em si.

Sua falta pode tornar incuo todo o trabalho. Marcam o signo de quem elabora ou da pessoa a quem destinado, conforme especificado posteriormente na consagrao.

Podem ser encontrados em qualquer manual de astrologia e so universalmente reconhecidos.

SOL LeoLUA CncerVNUS Touro, Libra,MARTE ries, EscorpioMERCRIO Gmeos, VirgemJPITER Sagitrio, PeixesSATURNO Capricrnio, Aqurio

Amuleto 1

Vamos iniciar montando um amuleto simples. Suponhamos que voc ganhou de seus familiares uma viagem Europa, mas est um pouco preocupado(a) porque nunca antes havia viajado to longe. Alm disso, h algum que demonstrou uma inveja muito grande em relao a esse presente que voc ganhou.

Diversas poderiam ser a forma desse amuleto para proteg-la na viagem e, ao mesmo tempo, afastar a m-sorte que poderia ser provocada pela inveja dessa pessoa. Voc poderia montar um amuleto na forma de uma pulseira de tecido, de uma bolsinha para ser levada ao pescoo ou de um saquinho para ir na sua bolsa ou num de seus bolsos. Poderia, tambm, escolher apenas um objeto para lhe dar essa proteo. Vejamos os elementos do Amuleto 1:

Hiptese A:1. Tecido da cor de seu signo, devidamente purificado ou pedao de madeira, preso a uma corrente de ao inoxidvel, como um chaveiro.

2. Nmero um se voc for do sexo masculino ou 2, se feminino, seguido do nmero 8, para garantir a proteo.

Uma sugesto simples e prtica seria um leno para ser levado ao pescoo, na cor de seu signo, de algodo, seda ou outro tecido natural purificado, tendo no centro o seu nmero (1 ou 2) e nos quatro cantos o nmero 8. Voc poderia, tambm, usar o nmero 8 deitado acima do seu nmero.

Hiptese B:1. Tecido como na primeira hiptese;

2. Ao invs do nmero, a letra "S " do alfabeto alqumico, simbolizando a palavra sorte para a sua viagem, escrita com tinta branca, simbolizando viagem e princpio e fim.

Hiptese C:Vamos elaborar agora um amuleto mais completo, mas no to complexo:

1. Uma bolsa de tecido na cor do signo;

2. Uma folha de papel na cor do signo;

3. O glifo do seu signo desenhado em branco(proteo para viagens), seguido do nmero 1 ou 2, conforme seu sexo, encimado pelo nmero 8 deitado.

4. Abaixo do nmero, a letra "S", na escrita alqumica, com tinta branca;

Dobrar o papel, coloc-lo dentro da bolsa e lev-la consigo na viagem. Um prego de ao ou um cristal branco completariam. Os dois juntos tornariam esse amuleto poderosssimo.

Hiptese D:Voc poderia usar tambm apenas a bolsa ou o saquinho, onde bordaria seu nmero e a letra do pedido, pondo dentro um prego de ao e um cristal branco, devidamente purificados.

Hiptese E:Dentro do mesmo saquinho voc pode colocar um papel, desenhado conforme descrito na Hiptese C, acrescentando abaixo de tudo o desenho de uma mo (proteo contra o mal: a inveja), um morcego (boa sorte) e a cruz (proteo em todos os sentidos).

Hiptese F:Uma cruz de madeira ou do metal mais adequado, conforme seu signo ou de ao inoxidvel (sem a figura do Cristo crucificado), devidamente consagrada, simbolizando proteo em todos os sentidos, presa por uma corrente adequada, conforme recomendado anteriormente.

A cada uma das hipteses apresentadas, smbolos e elementos podem ser acrescentados, visando aumentar o poder do seu amuleto. No se preocupa se algumas coisas no ficarem muito claras a princpio, mas quando falarmos na consagrao as dvidas sero dissipadas.

Amuleto 2:

Suponhamos um homem do signo de Capricrnio, que tem um estabelecimento comercial e que, ultimamente, tem perdido os clientes, tem tido problemas com seus empregados, com maus pagadores, apesar de todo o seu esforo e de seu trabalho.

Hiptese A:Resolve fazer uma promoo de vendas e, para isso, manda confeccionar uma grande faixa para ser posta diante de sua loja.

Precavidamente ele inclui nela o glifo do seu signo, as letras do seu pedido, a cor adequada, o nmero indicado e um smbolo coletivo, sem esquecer de que o tecido, de fibras naturais, passasse pelo processo de purificao.

Sua faixa ficou assim:

1 3(2) HOJE, GRANDE LIQUIDAO!4 5

Onde temos:

1. Glifo do signo dele.2. Letras em Azul (Capricrnio) sobre tecido, com fundo verde (finanas).3. Nmero dele: sexo masculino, seguido do nmero 6 (da prosperidade) ou do nmero 9 (a busca bem-sucedida, o fim de um trabalho, uma recompensa) ou at os dois juntos, como no smbolo de Cncer.4. Equivalente nossa letra "S" no alfabeto alqumico, simbolizando SUCESSO.5. Desenho de uma Aranha, que simboliza a sorte nos negcios.

Devidamente consagrada, essa faixa, enquanto permanecer diante da loja dele, certamente atrair novos clientes, bem como trar de volta os que se afastaram.

Hiptese B:Esse mesmo comerciante poder montar um amuleto muito forte, pegando uma base de madeira e sobre ela cravando parcialmente um prego ou um cravo de ao, pondo junto um cristal e, ao lado, uma espiga de trigo ou de milho.

Hiptese C:Criar uma campanha publicitria onde uma joaninha fosse associada ao nome da sua empresa.

Hiptese D:Mudar sua logomarca, incluindo a figura de um Raio, na cor de seu signo ou vermelho, cor da fora.

Acreditamos que estes exemplos j so o suficiente para que o leitor e a leitora percebam as enorme possibilidades dos amuletos e como seus elementos podem ser combinados.

s vezes, um elemento isolado j o bastante. Conforme a gravidade da situao ou a inteno do desejo, quando mais elementos reforadores forem acrescentados, mais poderoso se tornar o amuleto, desempenhando seu papel de afastar tudo que for negativo de sua vida, substituindo pelo que existe de mais positivo.

Vejamos agora como preparar um talism, lembrando sempre que a sua funo a de realizar sonhos e desejos, atravs do auxlio divino, angelical ou dos planos superiores de um modo geral.

Importante lembrar tambm que todo o nosso trabalho se baseia em princpios da Magia Branca e da Alquimia Universal, ambas derivadas do que conhecido nos meios esotricos como a Base do Conhecimento.

importante que o leitor e a leitora procurem se familiarizar com esses termos, pois cedo ou tarde, em sua sede de conhecimento, encontraro os Caminhos que levam aos Prticos e, a partir da, Revelao.

No esta vendida nas imagens da televiso, mas naquela que todos sabemos que reside e existe latente em nossos coraes, esperando apenas o chamado de um Mestre para se manifestar e se mostrar em todo o seu esplendor. Nossa recomendao a de que no tenha pressa, porque no precisa haver pressa.

O que nos pertence est reservado e, no momento certo, tomaremos posse desse conhecimento que, apesar de nos ter sido ocultado e negado, estamos conseguindo resgatar, graas sensibilidade de pessoas que colocam a verdade e o conhecimento acima de qualquer interesse.

Assim h de ser e assim ser.

Talism 1:

Maria, do signo de Escorpio, tem o desejo de conquistar Jos, do signo de Touros, por quem tem uma paixo avassaladora. Para isso ela vai preparar um talism, para ser usado na conquista e depois esquecido.

Hiptese A:Num saquinho marrom (cor de seu signo), preparado conforme j foi recomendado, ela colocar um pedao de papel branco, com os glifos do seu signo mais o de Jos. Poder un-los com a letra alqumica correspondente ao "P", de paixo, ou o nmero 5, smbolo da unio. Poder cercar tudo com um crculo vermelho, cor da paixo.

Para finalizar, acrescentar um prego de ao e um cristal branco, ambos purificados, para energizar ao mximo seu talism. Aps a consagrao, levar consigo esse talism, quando for conversar com o Jos. Fatalmente ele ser envolvido por ela.

Hiptese B:Maria poder, tambm, inscrever qualquer um dos exemplos acima numa fita marrom e prend-la no pulso esquerdo (lado do corao), quando for falar com Jos. Poder fazer o mesmo num leno e lev-lo ao pescoo ou enrolado em sua bolsa. Poder dobrar em 4 partes, mas ter de repetir os desenhos nessas partes, de forma que o talism no seja quebrado por uma dobra.

Hiptese C:Poder levar, preso a uma corrente de ouro ou prata, um pingente com um dente de animal feroz (lembrem-se, antes das precaues a tomar no caso de amuletos e talisms com restos de animais).

Hiptese D:Levar uma rosa (roseta) vermelha, quando for falar com Jos. Quando mais aberta estiver essa rosa, mais declarada ser sua fora e mais direta a sua mensagem.

Acreditamos que ficaram bem claros os princpios que regem a elaborao dos amuletos e talisms, no uso da simbologia contida em cada elemento, escolhido livremente para comp-los.

O que de suma importncia, agora, tratarmos da consagrao dos amuletos e talisms, momento mgico, de sublime e forte contato com os planos superiores, j que em momento algum aqui trataremos de amuletos e talisms ligados Magia Negra.

No momento da consagrao que a f se tornar o poderoso instrumento que abrir as portas (Prticos) para o contato espiritual com os planos superiores, esses cuja misso nos guiar, iluminar, instruir e amparar.

A CONSAGRAO

Para a realizao da consagrao de seu amuleto ou talism, necessrio entender que o ritual que ser descrito, bem simplificado e fcil de ser seguido, nada tem de exagerado nem de ridculo.

Os rituais so parte importante de nossas vidas e muitos deles so realizados sem que ao menos percebamos o que est sendo feito, desde o simples ato de se preparar para o dia, levantando-se da cama, indo ao banheiro, vestindo-se, arrumando-se, passando pelos rituais das refeies, onde cada um serve o seu prato dentro de um ritual prprio, at o momento de ir dormir.

Nesse meio tempo, quando vamos falar com um superior, adotamos um ritual. Ao falar com um amigo, a mesma coisa. Quando nos aproximamos da pessoa amada tambm cumprimos etapas de um ritual.

Assim, encare com naturalidade o que vai ser feito e, principalmente, com muito respeito e muita f.

Antes de prosseguirmos, um ltimo dado necessrio acrescentar aos anteriores. Cada planeta e cada signo do Zodaco tm, a proteg-los e a servir de intermediador e mensageiro entre os nascidos sobre sua influncia e os planos superiores, um chamado Anjo Mensageiro.

So os seguinte, conforme os planetas e signos:

Sol (Leo) - MIGUELLua (Cncer) - GABRIELVnus (Touro e Libra) - HANIELMarte (ries e Escorpio) - CAMAELJpiter (Sagitrio e Peixes) - ZACHIELMercrio (Gmeos e Virgem) - RAPHAELSaturno (Capricrnio e Aqurio) - KASSIEL

Cada um desses Anjos possui um sinal grfico, que como sua assinatura, e que dever ser desenhado ou bordado na toalha do altar usado para a consagrao, podendo ser usada, para isso, a letra inicial maiscula de cada nome.

O ALTAR:

preciso, antes de mais nada, que o altar destinado consagrao de seus amuletos e talisms pode e dever ser usado para suas preces dirias, para sua conversa com seu anjo, para pr o santo de sua devoo, enfim, para ser o local da casa onde voc poder entrar em contato com o plano superior sempre que necessrio.

A BaseA base do altar ser sempre de madeira macia, podendo ser feita de tbuas secas alinhadas lado a lado ou de uma pea s de madeira. preciso que se diga, no entanto, que os altares feitos sobre uma pea s, circular, fatiada do tronco de uma rvore ser sempre muito mais poderoso do que o de tbuas, apesar de um outro se prestarem muito bem ao seu objetivo.

Conforme j foi esclarecido, se no houver possibilidade de ter esse tipo de base, forre a existente com um pedao de papel preto. Sobre essa base, que no pode ser lixada, pintada nem envernizada, coloque uma toalha, veia com a cor correspondente ao seu signo. Alguns detalhes devero ser providenciados agora: a pintura ou o bordado com tinta ou linha branca, nessa toalha, dos smbolos do seu signo, do seu nmero, da sua letra, dentro da escrita que decidir utilizar e, finalmente, o sinal grfico correspondente assinatura do Anjo do seu signo, tudo isso dentro de uma disposio conforme segue e mostrada na fig.1, de uma mulher chamada Maria, do signo de Peixes, cujo Anjo Zachiel:

(1)- Smbolo do signo;(2)- Seu nmero;(3)- Sua letra (inicial do seu primeiro nome);(4)- Sinal do Anjo.

(fig. 1)

Importante ter em mente que essa toalha j dever ter sido purificada, bem como a tinta, o pincel, a caneta, o lpis de cor, a linha ou a agulha que forem utilizadas para gravar os sinais nela.

Podemos acrescentar agora mais algumas formas de purificao, pois nem sempre os meios j explicados podero ser usados. Uma folha de papel, por exemplo, para ser posta no seu altar, ter de passar por uma purificao. Lav-la em gua corrente, pass-la sobre a chama de uma vela ou enterr-la num local mido s ir destru-la. Assim, conhecimento mais algumas formas de purificao voc poder fazer a sua escolha de forma a no danificar o elemento que estiver sendo usado.

Purificao pelo Elemento Fogo:Passar sobre uma chama, deixar exposto ao sol do meio-dia, sobre uma base de pedra ou de madeira, nunca menos do que sete minutos, projetar o reflexo do sol, atravs de um espelho, direto sobre o objeto por pelo menos sete minutos ou deixar em contato direto com a chama. A luz da Lua Cheia, no seu terceiro dia, tambm se prestar a isso. Acender quatro velas, pondo-as em cruz ao redor do objeto.

Purificao pelo Elemento gua:Lavar sob uma torneira, esfregando sal marinho, deixar numa correnteza de rio ou sob uma cachoeira por no menos do que sete minutos ou deixar que pelo menos sete ondas do mar passem sobre o objeto. Deixar no sereno por toda uma noite. Pondo num recipiente de vidro transparente, com ou sem tampa e cobrindo com sal grosso.

Purificao pelo Elemento Terra:Enterrar num local mido, deixar direto sobre a terra, cercando com pedras, pr dentro de uma caixa de madeira cheia de terra e fechar. Depois de pelo menos sete minutos, retirar. Pr dentro de uma caixa de madeira, juntamente com um cristal branco purificado, mas sem que os dois objetos se toquem. Deixar pelo mesmo tempo acima recomendado.

Purificao pelo Elemento Ar:Deixar o objeto sobre uma base de madeira, vidro ou ao para que receba a fumaa de incenso do signo. Segur-lo em meio a uma ventania, virando-se na direo dos quatro pontos cardeais, iniciando pelo lado em que nasce o sol.Purificao Mista:As quatro formas acima podem ser combinadas, de maneira a dar um grau de pureza ainda maior ao elemento que est sendo preparado. Um exemplo lavar um cristal em gua corrente com sal grosso, depois enterr-lo em um local mido. Lav-lo de novo com gua corrente e p-lo num copo com gua e sal grosso, deixando ao sol por um dia e sob o luar por uma noite. Envolv-lo com fumaa de incenso, enquanto isso.

Elementos do Altar

Para a continuao das instrues, ser necessrio que voc divida a base do seu altar, redonda ou quadrada, de forma que, no centro, tenhamos um quadrado ou um crculo proporcional ao tamanho da base e que dever ser delimitado com tinta ou bordado.

Ser nesse local que voc colocar seu amuleto, depois de pronto, para a purificao final e a consagrao.

Alguns outros elementos precisam ser acrescentados ao seu altar. Sobre os smbolos do seu signo e do seu nmero, coloque castiais simples, com velas da cor do signo. Na falta de castiais, voc pode usar um pires branco ou transparente, sem maiores problemas. Se o castial for de metal, verificar se no alumnio. Se for, no usar.

No centro e ao alto, voc pode pr a imagem do santo de sua devoo ou, se quiser, um suporte para incenso. Ao adquirir incenso, procure aquele indicado para o seu signo.

Sobre os smbolos de sua letra e de seu Anjo, coloque castiais ou pires com velas coloridas, sendo que essas cores devero ser aquelas Cores com Mensagens, conforme apresentamos alguns captulos atrs. Sua escolha dever ser feita conforme o objetivo que voc pretenda dar ao seu amuleto ou ao seu talism.

No centro, na rea delimitada, coloque todos os elementos que sero utilizados sendo que, at esse momento, depois da purificao, nada pode ter sido tocado diretamente, isto , com as mos nuas.

No canto superior esquerdo da rea delimitada, colocar uma vela branca em um castial ou um pires. No canto superior direito, um copo com gua. No canto inferior esquerdo, colocar um pires branco ou transparente com terra. No canto inferior direito, um suporte com um incenso neutro. Tudo isso, frise-se, deve ter sido previamente purificado, inclusive a caixa de fsforos que sero usados para acender as velas, um fsforo para cada vela.

Na parte de baixo do altar, entre a sua letra e o sinal do seu Anjo, colocar uma Bblia aberta em Eclesiastes 3.1-8.

Com isso, completa-se a preparao do altar para ser realizado o ritual de consagrao de seu amuleto ou talism.

O AMBIENTE

O local onde ser realizado o ritual deve ser tranqilo e o horrio tambm, de preferncia quando as outras pessoas da casa no estiverem ou noite, aps todos terem ido dormir. De qualquer forma, o importante que voc possa realizar o ritual todo sem ser interrompido(a).

Se quiser pr msica, faa-o, mas posicione o aparelho de forma que as caixas de som no fiquem direcionadas para o altar, mas lateralmente em relao a ele. O tipo de aparelho que for usar tambm importante, pois uma vez iniciado o ritual, no haver como interromp-lo para ir mudar o disco ou o lado da fita. Os aparelhos de Compact Disk permitem que um mesmo disco seja repetido indefinidamente.

A msica escolhida precisa ser suave, sem altos e baixos, mas no montona. Msica clssica, popular, nova era, regional, folclrica, todas so vlidas, principalmente se emitirem boas vibraes e isso voc mede gostando ou no dela. De qualquer forma, essa msica no deve alterar significativamente seu estado de esprito.

Para realizar seu ritual, tome antes um banho completo, de corpo inteiro e no seque o corpo com toalha. Deixe que a gua seque por si mesmo. Os cabelos podem ficar midos, mas no gotejantes.

Aps o banho, se quiser usar um perfume e isso lhe der prazer o fizer com que se sinta bem, faa-o. Jias e adereos em geral devem ser evitados. A roupa deve ser leve e confortvel, se possvel toda branca ou mesclada com a cor de seu signo. Os ps devem estar descalos.

Quando estiver pronto(a) para iniciar o ritual, v para junto do altar, feche os olhos por instantes, concentrando-se no que vai fazer, depois respire profundamente pelo nariz, expirando pela boca, at sentir-se leve at sentir o corpo bem leve e relaxado. Abra os olhos, ento, e inicie seu ritual.

O RITUAL

Abertura:A)- Ler lenta e pausadamente o texto de Eclesiastes, conforme recomendado.

B)- Acender as velas, comeando pelas da parte de cima do altar, depois da parte de baixo e, por fim, a do centro. Esperar at que a chama de cada uma delas se firme. Usar um fsforo para cada vela. No usar isqueiro de espcie nenhuma.

C)- Dizer, lenta e pausadamente:

" Aqui nada se faz presente, mas se abre;nada se aproxima, mas se comunica;nada se promete, mas se pede;nada se d, mas se oferece;nada se exige, mas se alcana,porque tempo de colher o que foi plantado,de sarar o que adoeceu,de alegrar-se e abraar-se,de abrir o corao e falar.Porque agora tempo de paz! "Inteno:Dizer agora, em voz calma, lenta e pausadamente, o que objetivo do amuleto ou talism.

Exemplo: Estou preparando este amuleto para que ele afasta os fludos negativos e as foras malficas que vm perturbando minha vida familiar, causando-me problemas com meu esposo e com meus filhos.

Em seguida, comece a definir os elementos de seu amuleto ou talism, esclarecendo cada um deles.

Exemplo:

Este nmero 2, simbolizando minha pessoa... Este nmero 4, simbolizando as sadas... Este nmero 8, simbolizando minha famlia... Esta letra "X" que trao, simboliza... Uso a cor amarela porque... Estes gros de arroz, smbolo da unio familiar...

Especifique bem cada um dos elementos do seu amuleto ou talism, pois mesmo que erre na escolha de um smbolo ou de uma cor, por exemplo, na consagrao prevalecer, basicamente, o que voc determinar.

Erros grosseiros podem, no entanto, desvirtuar todo o seu trabalho, por isso importante observar as etapas e os smbolos. Voc pode at elaborar um roteiro prvio e deix-lo sobre a Bblia para no se esquecer dos detalhes.

Escreva, desenhe, costure, pinte, borde, faa o que for necessrio para que, ao final da inteno, seu amuleto ou talism esteja pronto para ser usado. Quando isso acontecer, coloque-o no centro do altar novamente.

Consagrao:Se for um amuleto:Ler Eclesiastes 4, 4.

Se for um talism:Ler Eclesiastes 4, 9-11.

Obs: As citaes bblicas so baseadas na traduo de Joo Ferreira de Almeida.

Encerramento:Feito isso, o amuleto ou talism dever ficar em seu lugar at que a ltima das velas tenha queimado. Aps isso, apanhe-o e pode comear a us-lo. No se esquea de que, quando no estiver em uso, seu amuleto ou seu talism dever ser guardado sozinho numa caixa de madeira.

Voc pode desmanchar o altar aps o trmino da consagrao ou deix-lo ali, para cultuar o santo de sua devoo ou para suas conversas dirias com seu Anjo.

Para isso, retire os restos de vela e lave os pires ou castiais em gua corrente, esfregando sal grosso. No enxugar. Traz-los de volta molhados. Substituir o copo de gua, o pires de terra e o incenso.

A partir da, voc ter em seu poder um amuleto ou um talism preparado para entrar em sintonia direto com os planos superiores, atravs de seu mensageiro.

Cuide dele com cuidado, no permitindo que outras pessoas o toquem, o que provocaria a perda de todo o seu trabalho e exigira que todo o processo fosse refeito.

Sempre que for possvel, deixe eu amuleto ao sol ou sob o luar da Lua Cheia, principalmente se ele contiver um cristal.

LINGUAGENS DOS AMULETOS E TALISMS

Acreditamos que, at aqui, a linguagem dos amuletos e talisms j foi muito bem assimilada por voc, habilitando(a) a elabor-los para o seu dia, tanto para si quanto para seus amigos e parentes.

Linguagens Avanadas:Alm da linguagem simblica apresentada, h outras, baseadas no Alfabeto Cabalstico, cujo acesso s pode ser permitido aos iniciados. Apesar disso, Magos da nova gerao tm pesquisado e concludo que todo alfabeto vlido para a comunicao com o Plano Superior, pois a sapincia e o entendimento desse Plano est acima de detalhes to prosaicos quanto a nossa linguagem.

Trata-se de uma concluso ainda um tanto polmica, que tm suscitado debates acirrados entre os defensores desta ou daquela corrente.

Particularmente, se nos deixarmos guiar pelo conhecimento, chegaremos a essa concluso tambm. Somos crianas balbuciando diante dos outros Planos e, com um sorriso de bondade e compreenso, eles lem muito mais nossos coraes e espritos do que a nossa linguagem.

O sentido est expresso no momento em que consagramos nosso amuleto ou nosso talism. Naquele momento, a mensagem fica gravada e assim percebida e entendida.

Baseados nesse princpio, como no podemos avanar num estudo do Alfabeto Cabalstico, temos duas outras alternativas, a Linguagem das Letras do Alfabeto e a Linguagem dos Nmeros. Tanto uma como outra podem simplificar a elaborao de amuletos e talisms, no exigindo nada mais do que um pedao de papel ou tecido branco, um lpis da cor do signo e os Quadrados Mgicos, traados em cartolina ou madeira, de forma a permitir a rpida montagem da mensagem.

Aparentemente complexo, esse mtodo exige apenas um pouco de prtica e familiarizao. Aps isso, voc perceber que se torna muito mais fcil trabalhar com ele, no se esquecendo nunca que todo material posto sobre o altar ter de ser purificado antes.

A Linguagem das Letras do Alfabeto

O Quadrado Mgico das Letras

Obs: A Letra "w" considerada, para sua utilizao no Quadrado Mgico das Letras, conforme seu som. Se soar como "V" ou "U", ser classificada numa dessas formas.

Para usar o Quadrado Mgico das Letras, basta que voc o tenha traado conforme j foi dito, um papel branco transparente e a mensagem que deseja para o seu sortilgio.

Suponhamos que algum queria pr a seguinte mensagem no seu amuleto ou talism: Mrio, meu amor, volte para mim! Para transformar essa mensagem num sinal, basta colocar o papel transparente sobre o Quadrado e, com o auxlio de uma rgua ou mesmo a mo livre, traar uma linha unindo as letras da mensagem, desprezando a pontuao e a acentuao. Iniciaria na letra "M", subiria at a letra "A", desceria ao "R" e assim por diante. Quando duas letras se repetem em seguida, avana-se para a letra seguinte.

No exemplo da mensagem acima, o sinal resultante seria o da fig. 1, composto pela passagem da linha em todas as letras que formavam a mensagem. Esse sinal, para surtir efeito, teria apenas de ser consagrado, juntamente com os demais elementos.

O Quadrado Mgico das Letras se presta, sem dificuldade alguma, a qualquer mensagem, por mais longa que seja. Uma declarao de amor pode ser feita no canto de um papel de carta e ser mandada para uma pessoa, funcionando como um poderoso talism para reforar os dizeres da prpria carta.

A Linguagem dos NmerosBaseada no mesmo princpio da linguagem anterior, a dos nmeros procura ser um resumo csmico das mensagens e se presta melhor, inclusive, para mensagens mais longas. Para isso, preciso entender o princpio das redues, tambm muito simples para quem j tem algum conhecimento de Numerologia e mesmo para quem est se iniciando no assunto.

Admite-se que as letras correspondem a algarismos. Dentro da Numerologia, esses algarismos vo de 1 a 9. Assim, cada letra corresponderia ao seguinte nmero, conforme quadro abaixo:

1 2 3 4 5 6 7 8 9

A B C D E F G H I

J K L M N O P Q R

S T U V W X Y Z

Caso voc v reduzir apenas uma palavra, procure o nmero correspondente a cada letra. Suponhamos a palavra amor. Teramos:

A (1) M ( 4) O (6) R (9) = 1 + 4 + 6 + 9= 20

O resultado (20) seria reduzido pela soma de seus algarismos (2+0) a apenas 2. Esse o nmero correspondente a essa palavra. Para entender melhor o prprio significado dela, consulte as explicaes sobre a simbologia dos nmeros num dos captulos anteriores.

Supondo-se, agora, que a mensagem fosse maior, cada palavra seria reduzida a um nmero e esses nmeros seriam levados ao Quadrado Mgico dos Nmeros para transformao da mensagem num sinal.

Vamos usar a mesma mensagem da linguagem anterior: Mrio, meu amor, volte para mim. Cada palavra vai resultar num nmero e teremos:

Mrio (2) meu (3) amor (2) volte (2) para (9) mim (8)

Vamos aplicar, agora, esses nmeros sobre o Quadrado Mgico dos Nmeros:

6 1 8

7 5 3

2 9 4

Aqui preciso fazer uma pausa para acrescentar um pequeno detalhe. Quando voc for usar um Quadrado Mgico de Nmeros, voc ter que sintoniz-lo a voc. Para isso, com ele copiado numa cartolina da cor do seu signo, espete uma agulha no centro do nmero 5 e gire o quadrado da direita para a esquerda, com os olhos fechados, durante algum tempo, at sentir vontade de parar. Quando isso ocorrer, sempre de olhos fechados, acerte a posio do quadrado para que sua base fique alinhada e abra os olhos. A partir de ento, sempre que for usar o quadrado, ter que ser numa das disposies abaixo:

8 3 4 4 9 2 2 7 6 6 1 8

1 5 9 3 5 7 9 5 1 7 5 3

6 7 2 8 1 6 4 3 8 2 9 4

Isto se torna importante para que seu sinal seja o mais personalizado possvel, funcionando como uma antena para voc. Se observar nos telhados as disposies desses dispositivos, ver que, muitas vezes, no apontam para as mesmas direes.

Os sinais resultantes do uso do Quadrado, na posio correta para voc, ter o mesmo efeito. As disposies mudam de posio, mas a configurao continua a mesma, isto , a linguagem continua sendo universal.

Retornando agora a nossa mensagem inicial, com os nmeros 2, 3, 2, 2, 9, 8, verifique qual foi a configurao

O mesmo princpio poderia ser aplicado em relao a todos os pargrafos de uma carta, passando cada um deles a ser simbolizado por um nmero.

DE VOLTA AO COMEO...

Sem querermos aborrecer voc, antes de concluirmos nosso Manual e antes que voc leia estas observaes, guisa de concluso, pedimos que voc retorne ao incio do livro, at o captulo Amuletos e Talisms pelo Mundo e pela Histria.

Abstraindo-se de todo e qualquer preconceito, de toda e qualquer opinio formada, no lhe parece que h uma certa semelhana entre as instrues recebidas por Moiss e aquelas que foram aqui apresentadas, todas objetivando que um trabalho fosse realizado da forma correta?

No percebeu tambm alguma semelhana entre as inscries encontradas na Pedra de San Martin, na do Poeta, na de Diamantina e nas tbuas de Glozel, com aquelas escritas do Alfabeto Alqumico e Rnico?

Todas aquelas antigas inscries, lembrando bonecos, rodas, animais, aves, ferramentas, armas e outras, encontradas em "painis" nas cavernas e paredes rochosas pelo mundo todo, desde os dogons, no Sudo, at as da Espanha, no parecem ter a forma de um amuleto ou de um talism?

E no lhe desperta curiosidade saber um pouco mais sobre aquele perodo em que os deuses e os anjos caminhavam pela face da Terra?

Nem sobre a linguagem que os homens usavam para manter esse contato sempre freqente, pois careciam de conhecimentos, de orientao e de ajuda?

No lhe parece agora, ao fim do nosso manual, que essa linguagem dos amuletos e talisms tem sentido?

Que possvel ter acesso aos Planos Superiores?

Que no estamos sozinhos?

Pense nisso na prxima vez que acender uma vela...

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Novembro - 1999