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AJES – FACULDADE DE CIÉNCIAS CONTÁBEIS E ADMINISTRAÇÃO
DO VALE DO JURUENA
ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO EM ASSISTÊNCIA SOCIAL
GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: POLITICAS PÚBLICAS DE ENFRENTAMENTO
E ATENÇÃO A GRAVIDEZ NA ADOLESCENCIA NO MUNICPIO DE COLIDER-MT
Francisca Oliveira Silva
Orientadora: MS. Cynthia Cândida Corrêa
COLIDER/2013
2
AJES – FACULDADE DE CIÉNCIAS CONTÁBEIS E ADMINISTRAÇÃO
DO VALE DO JURUENA
ESPECIALIZAÇÃO: EM GESTÃO EM ASSISTÊNCIA SOCIAL
GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: POLITICAS PÚBLICAS DE ENFRENTAMENTO
E ATENÇÃO A GRAVIDEZ NA ADOLESCENCIA NO MUNICPIO DE COLIDER-MT
Francisca Oliveira Silva
Orientadora: MS. Cynthia Cândida Corrêa
“Trabalho apresentado como exigência
parcial para a obtenção do título de
Especialização em Gestão em Assistência
Social.”
COLIDER/2013
3
AGRADECIMENTOS
A Deus, autor da Vida.
A Ajes, Faculdades do Vale do Juruena, por essa oportunidade ensino.
Ao meu esposo Manoel e minhas amigas, e familiar entusiasta incansável e
admirador de meu esforço, pelas horas que deixei de dedicar a eles em detrimento
ao estudo, por sua paciência, pelo apoio incondicional e pelo amor e a todos minha
família.
Aos professores da Ajes, e aos meus colegas de curso e a todos que de alguma
forma contribuíram para a realização deste.
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus familiares, todo o meu reconhecimento, gratidão e imenso amor.
5
RESUMO
O propósito desta pesquisa qualitativa foi de investigar os fatores que influenciam a gravidez na adolescência existem muitas informações sobre os métodos contraceptivos as adolescentes entre 12 e 19 anos sendo entrevistadas 10 que faz pré- natal na unidade básica de saúde. Após a coleta de dados teoricamente concluímos que as adolescentes possuem conhecimento dos métodos contraceptivos e que adquiriram este conhecimento através de televisão escolas amigo e que existia pouco dialogo no contexto familiar devido vergonha foi detectado também que as adolescentes podem sofre influencia do grupo social em que estão inseridas apesar da mesma não reconhecer que são influenciadas. Conclui-se que deve haver um papel mais eficaz dos pais em orientar sexualmente seus filhos, eles devem conversar sobre sexo com seus filhos sem restrições e esclarecer todas as duvida que seus filhos tenham, caso contrário acaba não se prevenindo de maneira correta e contribuem desta forma por aumentarem os índices de gravidez na adolescência.
Palavras-chave: Adolescência, Gravidez, políticas publicas.
6
SUMARIO
INTRODUÇÃO.............................................................................................................7
CAPITULO I - REFERENCIAL TEORICO.................................................................10
1.1 ADOLESCENCIA.................................................................................................10
1.2 O CONTEXTO EM QUE SE INSEREM OS PROGRMAS SOCIO
EDUCATIVOS..................................................................................................11
1.3 A ORIENTAÇÃO SEXUAL NA ESCOLA.............................................................13
1.4 APOIOS FAMILIARES.........................................................................................15
1.5 ADOLECENCIA E DIREITO ...............................................................................16
1.6 A ATUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NA PREVENÇÃO PROGRAMAS
PROJETOS DIRECONADO PARA GRAVIDEZ NA ADOLESCENCIA............ 18
CAPITULO II - METODOLOGIA...............................................................................23
2.1 ANALISE DA REALIDADE LOCAL......................................................................24
2.2 AMOSTRA E POPULAÇÃO.................................................................................24
2.3 ANÁLISES DOS DADOS.....................................................................................24
CAPITULO III - ANALISE DISCUSSÃO DOS DADOS............................................26
CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................28
REFERENCIAS..........................................................................................................30
APENDICE.................................................................................................................32
7
INTRODUÇÃO
Denomina-se gravidez na adolescência a gestação ocorrida em jovens de
até 19 anos que se encontram, portanto, em pleno desenvolvimento dessa fase da
vida a adolescência. A gravidez de uma adolescente em geral não foi planejada nem
desejada e acontece em meio a relacionamentos sem estabilidade, no Brasil os
números são alarmantes.
Percebe-se que a gravidez na adolescência esta se tornando cada vez mais
comum, os jovens estão ingressando cada vez mais cedo, a sua vida sexual. Os
maiores problemas que a gravidez na adolescência acarreta são problemas
emocionais, sociais e principalmente familiares. Sabe-se que a adolescência já é
uma fase complexa da vida, além dos hormônios que nessa etapa afloram causando
as mais diversas mudanças no adolescente, outros assuntos preocupam e
permeiam as mentes dos jovens: escola, vestibular, profissão entre outras (YAZILE,
2006, p. 36).
Do ponto de vista do mundo adulto, a adolescência é caracterizada por uma
fase da vida em que o adolescente é um ser em desenvolvimento e em conflito, pois
atravessa uma crise que se origina, basicamente, em mudanças corporais, fatores
pessoais e conflitos familiares, sendo considerado maduro ou adulto quando bem
adaptado à estrutura da sociedade (BECKER, 1993). Entre 12 e 19 anos, o que
segundo Mandú (2000); Becker (1993) é um número considerável de adolescentes
grávidas em nosso país. A gravidez na adolescência figura como grave problema
que atinge parcelas crescentes da população brasileira.
A relação entre esta e o abandono da escola, com as óbvias consequências
para o futuro destas adolescentes e de seus filhos, é verificada a cada dia em nosso
país, não sendo diferente no Bairro Bom Jesus em Colíder, onde figura um alto
índice de adolescentes grávidas. Uma intervenção, que tem por objetivo especial
dar atenção à questão das adolescentes grávidas na faixa etária de 12 a 19 anos,
que moram no Bairro Bom Jesus, para isso se faz necessário um monitoramento
através de serviço de assistência que atuará em parceria com Centro de Referência
de Assistência Social – CRAS. Composta, pela disponibilização de profissionais da
8
área de Serviço Social e integração de outros profissionais da área da saúde,
educação. Para entendermos gênero da gravidez na adolescência devem-se
averiguar os fatores predisponentes, como: liberdade de expressão, informações
vinculada nos meios de comunicação desconhecimentos de métodos contraceptivos,
baixa autonomia no núcleo familiar, falta de dialogo com os pais falta de opção de
lazer. A desinformação e a fragilidade da educação sexual são também questões
problemáticas.
Tem sido tarefa difícil esclarecer a causa de existir tantas adolescentes
grávidas, e seu crescente número a cada ano. Segundo Armando Correia (2004) de
um lado, alguns profissionais apontam para a falta de informação, de outro, a
questão centra-se numa busca pela identidade por parte dos adolescentes.
Diante disso, definiu-se como objetivo geral: Identificar as possíveis causas
do alto índice de gravidez precoce no Bairro bom.
Com a justificativa avaliação em conjunto com toda equipe envolvida foi
possível identificar que a concretização da pesquisa poderá ameniza a incidência de
novos casos de gravidez na adolescência, mas para isso é necessário à
participação, não somente das adolescentes, mas de seus familiares.
Sendo assim, avalia-se que a realização desta pesquisa vai ser um grande
desafio, pois busca prevenir a ocorrência de gestações na adolescência intervindo
junto ao adolescente de modo a oferecer subsídios para que essas adolescentes
dessa fase compreendam as ações desenvolvidas, sensibilize-se e mude seu
comportamento.
A gravidez na adolescência vem se tornando cada vez mais um problema
de saúde pública no Brasil, em razão do aumento de sua incidência. Estamos
assistindo meninas, que não são mais crianças e nem adultas, ou seja, em pleno
processo de transformação, prestes a serem mães, o que as leva a repensar suas
vidas e o seu novo papel como mãe.
Este trabalho está estruturado em capítulos assim distribuídos: Iniciando
com a introdução, relatando como será o trabalho. No primeiro capitulo trazendo o
referencial teórico sobre o serviço social e as tendências históricas e teórico-
metodológicos. Contendo se assim os pontos a seguir a adolescência e suas
mudanças, e os aspectos históricos e culturais acerca da gravidez na adolescência.
9
O segundo capítulo traz a metodologia utilizada na elaboração do trabalho.
Enquanto que no terceiro capitulo condiz com a analise e discussão de dados. No
encerramento as considerações finais e as referencias bibliográficas.
10
CAPITULO I
REFENCIAL TEORICO
1.1 ADOLESCÊNCIA
De acordo com a organização mundial de saúde – OMS (2000), a
adolescência é definida, cronologicamente como um período compreendido entre 10
e 19 anos. A adolescência está interligada a fatores biológicos, sociais e culturais a
complexidade do tema sexualidade na adolescência e justificada pelas diversões
fatores casuais que podem este presente e comprometer o bem-estar do jovem o
descobrimento do corpo a omissão da família- escola sobre assuntos pertinente a
adolescência, o pouco envolvimento dos serviços públicos o bombeamento ativo ao
qual estão expostos pela mídia com propagandas apelando ao sexo fazem como
que os jovens iniciem precocemente sua atividade sexual não cônscia das
implicações de sua vida sexualmente ativa. (MOREIRA, VIANA, QUEIROZ JORJE.
2007).
A adolescência caracteriza-se por um período de descoberta do mundo, dos
grupos de amigos, de uma vida social mais ampla, assim a gravidez pode vir a
interromper, na adolescente, esse processo de desenvolvimento próprio da idade,
fazendo-a assumir responsabilidades e papeis de adulta antes da hora, já que
dentro em pouco se verá obrigada a dedicar-se aos cuidados maternos, o prejuízo
neste caso é duplo, pois eles não vivenciam uma adolescência plena e nem são
adultos capazes. A adolescência é também uma fase em que a personalidade da
jovem está se formando e por isso mesmo, é naturalmente instável. Pois é
fundamental que a mãe seja uma referência para a formação da personalidade de
seu bebê, os transtornos psíquicos da mãe poderão vir a afetar a criança.
Ao engravidar a jovem tem de enfrentar tanto o processo de transformação
da adolescência como os da gestação, nesta face representa uma sobrecarga de
esforços físicos e psicológico tão grande que para ser bem suportada necessita
apoiar-se num claro desejo de tornar-se mãe, mas geralmente não é o que
11
acontecem, as jovens se assustam e angustiam-se ao constatar que lhes aconteceu
algo imprevisto e indesejado. Só este fato torna necessário que seja alvo de
cuidados matérias e médicos apropriados de solidariedade humana o amparo afetivo
especial, a questão é que na maioria dos casos essas condições também não
existem.
Muitas vezes a dificuldade de contar o fato para a família ou até mesmo
constatar a gravidez faz com que as adolescentes iniciem o pré-natal tardiamente, o
que possibilita a ocorrência de complicações e aumento do risco de terem bebês
prematuros e de baixo peso, além disso, não é raro acontecer, em sequência, uma
segunda gravidez indesejada na jovem mãe, dai pode se perceber a importância de
se fazer um pré-natal para poder obter orientações seguras.
Como a cidade de Colíder - MT não está distante desta realidade, onde
podemos perceber que a gravidez ocorre em adolescentes com menos idade,
contendo assim uma problemática. E neste contexto o que esta levando a escassez
de serviços públicos com atendimentos específicos para adolescentes no município
de Colíder.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) registram
percentuais diferentes nos vários estados da federação, mas o percentual de
nascidos vivos em mulheres menor de 20 anos e 21,6% para todo o Brasil, ou seja,
uma em cada 05 gestante.
1.2 O CONTEXTO EM QUE SE INSEREM OS PROGRAMAS SOCIO-EDUCATIVOS
Os programas de saúde e educação publica que visam prevenir situações de
riscos psicossociais para a parcela excluída da sociedade. Nestes programas a
primazia e a construção da cidadania e igualdade de direito abrindo espaço a
distribuição de renda através do acesso a saúde e educação (ESTEVES, 2003).
Neste contexto, com vista a fortalecer a implantação do (SUS) Sistema
Único de Saúde é criação programa de atenção a saúde primaria cuja função é
reestruturar com atendimento as comunidades com atendimento direto a população.
12
Neste ínterim, foi viabilizados programas de (ESF) Saúde Estratégia Familiar
tomando como referencia o programa de Agentes de saúdes-(PACS) Importante
estratégia no aprimoramento e na consolidação do sistema Único de saúde a partir
da reorientação da assistência ambulatorial e domiciliar e hoje compreendido com
estratégia transitória para o programa saúde familiar. cujas prerrogativas mais direita
é dirigidas a ações preventivo-educativas, em especial a saúde Materna Infantil
(ANDRADE ET AL, 2006).
Como ocorre quase concomitantemente, o PACS e o ESF parecem
complementar uma interação mais ampla a saúde da população (PROSAD)
Programa de saúde do Adolescente tem como proposta a criação de estratégias que
pudesse prevenir situações de riscos e que os jovens estão sujeitas e a recuperação
das aquelas que já se encontra em risco psicossocial e o PACS e ESF surgem com
a perspectiva de alterar a dinâmica da saúde básica para dar maior ênfase à família
e a seu contexto social- inserindo o adolescente nas diversas dimensões, com
assistência integral com atendimento multiprofissional. (ALMEIDA, 2001). Neste
contexto, com vista a fortalecer a implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) é
criado o programa de atenção a saúde primaria cuja a função é reestruturar com
atendimento as comunidades com atendimento direto a população. Neste ínterim, foi
viabilizados programas de (ESF) Estratégia Saúde Familiar, tomando como
referencia o programa de Agentes de saúdes- PACS cujas prerrogativas mais direita
é dirigidas a ações preventivas/educativas, em especial a saúde Materno Infantil
(ANDRADE ET AL, 2006).
Como ocorre quase concomitantemente, o PACS e a Estratégia Saúde da
Família (ESF) parecem complementar uma interação mais ampla a saúde da
população O PROSAD tem como proposta a criação de estratégias que pudesse
prevenir situações de riscos e que os jovens estão sujeitas e a recuperação da
aquela que já se encontra em risco psicossocial e o (PACS) programa de agentes de
saúde e (ESF) Estratégia Saúde da Família surgem com a perspectiva de alterar
adinâmica da saúde básica para dar maior ênfase à família e a seu contexto social-
inserindo o adolescente.
13
1.3 A ORIENTAÇÃO SEXUAL NA ESCOLA
Hoje em dia, o tema Sexualidade e Saúde Reprodutiva tem muito mais
visibilidade do que há alguns anos atrás. Haja vista a variedade de publicações e
programas para adolescentes que são veiculados pelos diferentes meios de
comunicação, destacando esses temas. Nota-se um forte empenho para cobrir a
audiência de 32 milhões de jovens em todo o país.
Tanto que, mesmo que a escola não se anime a falar sobre esses assuntos,
são vários os espaços nos quais já é possível, para as camadas jovens, não só ouvir
especialistas falando, mas se discutir de igual para igual sobre os diferentes
aspectos da sexualidade e da afetividade, tanto no plano biológico como também
sobre as sensações, as emoções e os conflitos que existem num relacionamento;
sobre contracepção; sobre a prevenção das DST/AIDS; sobre a necessidade de se
adquirir habilidade para se tomar decisões acertadas e para resistir à pressão do
grupo; sobre como a mídia trata a sexualidade; sobre as diferenças entre os gêneros
feminino e masculino; sobre os sentimentos presentes na paternidade; sobre como o
preconceito afeta a autoestima das pessoas.
Nos anos de 1997 e 1998, as escolas receberam como sugestão uma nova
proposta de trabalho educativo: os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino
Fundamental, elaborados pelo Ministério da Educação, em substituição ao currículo
mínimo em vigor, podendo ser de grande utilidade para a implantação de conteúdos
de Orientação Sexual nas escolas. Esta nova proposta definiu quatro princípios
norteadores para todos os conteúdos: dignidade da pessoa humana, igualdade de
direitos, participação e corresponsabilidade pela vida social.
A Orientação Sexual entra nessa proposta dentro dos temas chamados
transversais às disciplinas, ou seja, questões relacionadas à Saúde, Meio Ambiente,
Ética, Pluralidade Cultural, Trabalho e Consumo e Orientação Sexual deverão ser
tratados a qualquer momento, mesmo em aulas de outras disciplinas. Não existe
obrigatoriedade em executar esta proposta, mas sem dúvida se trata de uma base
legal para incluir temas como sexualidade e saúde reprodutiva no contexto
educacional. Isto se justifica ainda mais na realidade atual, em que a situação de
14
vulnerabilidade da população jovem é amplamente conhecida e carente de ações
preventivas.
No âmbito do Ministério da Saúde, foi criado o PROSAD/Programa de Saúde
do Adolescente, oficializado em 05 de outubro de 1988. As bases de ação do
PROSAD estabelecem que “o programa de saúde do adolescente deverá ser
executado dentro do princípio da integralidade das ações de saúde, da necessária
multidisciplinaridade no trato dessas questões e na integração intersetorial e
interinstitucional dos órgãos envolvidos, respeitando-se as diretrizes do Sistema
Único de Saúde (SUS) apontada na Constituição Brasileira” (Artilha e Calazans,
1998).
Um fato importante a ser destacado é que em julho de 1997, a Coordenação
de Saúde do Adolescente do Ministério da Saúde realizou uma reunião de caráter
multidisciplinar com profissionais de serviços e (ONGs,) Organização não
governamental com o objetivo de traçar diretrizes para a redução do problema da
gravidez na adolescência. Esse documento foi recentemente discutido em Fortaleza
no Seminário para Elaboração de Diretrizes e Ações em Sexualidade, Prevenção de
DST/AIDS e Uso Indevido de Drogas para Crianças e Adolescentes no Período de
1998 a 2002”, promovido pelo PN/DST/AIDS do Ministério da Saúde, e no Rio de
Janeiro, no Seminário Gravidez na Adolescência, promovido pelo Programa Saúde
na Adolescência do Ministério da Saúde e Associação Saúde da Família. O
documento sofreu uma ampliação temática e está sendo revisto e reformulado,
diante das novas críticas e sugestões.
É preciso considerar que não há dúvidas quanto ao benefício de se incluir
temas como sexualidade e saúde reprodutiva no contexto educacional, pois é um
meio competente para divulgar informações consistentes e de qualidade,
contribuindo dessa forma na prevenção das DST/AIDS e questões associadas à
gravidez na adolescência. Isto se justifica ainda mais no momento atual, em que a
situação de vulnerabilidade da população jovem é amplamente conhecida e carente
de ações preventivas.
A gravidez na adolescência, em nosso contexto sociocultural, tem sido vista
e tratada como uma questão exclusiva do universo feminino. Podemos detectar isto
ao identificar como são poucas as agendas que relatam experiências de pais
adolescentes. Pouco sabe dessa realidade, a não ser que, via de regra, nessa
15
história, o menino é um personagem com pouca presença e voz e com parco poder
de decisão.
Relatórios, diagnósticos, jornais, revistas e programas de televisão vêm
destacando o tema da gravidez na adolescência com fatos e números, tentando
denunciar e dar visibilidade ao aumento de meninas grávidas em todo o país.
Incluem, nessas matérias, fatores que apontam os riscos físicos de uma gravidez
precoce, os riscos psíquicos dessa experiência, os prejuízos sociais para a jovem
mãe, principalmente centrados no afastamento da vida escolar e no abandono dos
projetos futuros.
Raramente, focalizam experiências nas quais havia o desejo de
maternidade e de paternidade, ou seja, situações em que adolescentes decidiram ter
filhos e cuidarem de suas vidas.
1.4 APOIOS FAMILIARES
Considerando que a família se define como um celeiro de importante
magnitude no cotidiano de uma adolescente e que quando presente, acolhendo com
afeto segundo Glênia apud Goldini (2004) em seus estudos acrescentam que seio
familiar é um promissor de oportunidades e, perspectiva de vida para seus membros
que organizados ao redor de um conjunto de relações e reprodução que reage por
uma estrutura de poder e fortes componentes ideológicos e efetivos fazendo com
que a família persista e se reproduza em uma espécie de espaço de conflitos
cooperativo.
Segundo Melo (1993) quando a base familiar não e tão receptiva, a
adolescente enfrenta uma situação apavorante, ressaltando para a jovem grávida, a
confirmação da gravidez, o enfrentamento do fato em si a avaliação interior psico-
emocional de aceitar ou não sua condição de gestante é, em sua totalidade, um
processo solitário.
A assistência familiar é fundamental para as adolescentes que estão em
busca de uma nova interação entre o poder e o afeto. Constata-se que a maioria das
16
jovens tem o apoio da família, porem tem relatos que revelam a resistência de
alguns familiares ao saberem da gravidez.
A reação da família varia da agressão á superproteção que geralmente,
priva a adolescente da responsabilidade e do conhecimento necessário para lidar
com tal impasse, o conformismo da família se baseia na familiaridade de situação
anteriormente vivida.
Vale ressaltar que dos problemas enfrentados diante de uma gravidez na
adolescência, um dos que mais afeta e agrava a situação é a rejeição das famílias.
Ainda é comum ver pais que abandonam seus filhos nesse momento tão difícil,
quando deveriam propiciar toda atenção e assistência. Há que se pensar que esse
não é o momento de castigar, pelo menos não dessa forma, o filho ou filha. Enfim,
existem ainda outras situações em que pais adotam como a solução, sendo o
casamento.
Embora hoje haja poucos e apenas nas regiões interioranas os casos de
casamentos forçados com o objetivo de reparar o mal cometido, os casamentos de
improviso, acertados entre as famílias ainda é bastante recorrente.
Os adolescentes, nessa situação, são, normalmente, meros observadores e
em geral não se opõem a decisão tomada pelos pais. Isso acontece tanto pela
inexperiência quanto pela culpa que carregam ou ainda por pura falta de condições
de apontar melhor solução. O agravante dessa situação são os conflitos de depois
do casamento, que na maioria das vezes acabam em separação, causando uma
situação estressante não só para os pais, mas também para o bebe.
1.5 ADOLECENCIA E DIREITO
Em 1990, passou a vigorar o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA,
que define que todas as crianças e adolescentes têm direito à proteção integral, e
que são sujeitos com direitos especiais porque são pessoas em processo de
desenvolvimento. A ECA determina que o atendimento das necessidades e dos
direitos das crianças (até 12 anos) e adolescentes (de 12 a 18 anos) seja prioridade
absoluta das políticas públicas do país.
17
Notadamente, o Brasil possui uma das legislações mais avançadas do
mundo no que tange à Doutrina da Proteção Integral de Crianças e Adolescentes. O
Estatuto da Criança e do Adolescente tem sido um valioso instrumento na criação de
condições jurídicas para mudanças tanto na formulação de políticas públicas, como
para o exercício de advocacia para infância e adolescência, respaldando a
organização e o funcionamento de instituições que atuam na área.
Alguns pontos, no entanto, deixam margem para indagações: existem
fatores que envolvem a saúde reprodutiva de adolescentes, que vão além da
situação de maternidade (que está explicitamente protegida pela ECA). Nesse
aspecto, existe a necessidade de se inserir ações preventivas dentro de uma
perspectiva de gênero e discutir com os/as jovens os cuidados com a saúde
reprodutiva e desenvolvimento de atitudes saudáveis em relação à sexualidade.
Inclui-se o conhecimento dos métodos contraceptivos, planejamento familiar, sexo-
seguro, prevenção das DST/AIDS, incluindo o adolescente masculino como figura
fundamental nessa discussão.
Neste sentido, reforçamos a importância da IV Conferência de População e
Desenvolvimento, realizada no Cairo em setembro de 1994, na qual a adolescência
recebeu destaque especial no parágrafo E do Capítulo VII, do texto Direito.
As questões de saúde sexual e reprodutiva dos/as adolescentes, incluindo a
gravidez, o aborto sem segurança, as DST e a AIDS deverão ser resolvidas por
meio de:
− encorajamento de um comportamento reprodutivo e sexual responsável e
saudável, incluindo a abstinência voluntária e a disponibilidade de serviços e
aconselhamento adequado especificamente destinados a esse grupo etário;
− os países devem garantir que os programas e atitudes dos agentes de
medicina não limitem o acesso dos/as adolescentes aos serviços e
informações de que necessitam. Estes serviços devem salvaguardar o direito
dos/as adolescentes à privacidade, confidencialidade, respeito e
consentimento expresso, ao mesmo tempo em que se respeitam os valores
culturais e as crenças religiosas, bem como os direitos, deveres e
responsabilidades dos pais;
18
− os países devem proteger e promover o direito dos/as adolescentes à
educação, informação e cuidados de saúde reprodutiva e reduzir
consideravelmente o número de casos de gravidez na adolescência;
− os governos, em colaboração com as ONGs, poderiam estabelecer
mecanismos apropriados para responder às necessidades especiais dos/as
adolescentes.
O texto deste parágrafo foi assinado pela maioria dos países presentes
naquela conferência, inclusive o Brasil, ficando claro que os esforços nos trabalhos
com Sexualidade, Gênero e Prevenção das DST/AIDS são mundiais e que cabe a
cada um/a de nós contribuir para que eles aconteçam.
1.6 A ATUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NA PREVENÇÃO, PROGRAMAS E
PROJETOS DIRECIONADO PARA AGRAVIDEZ NA ADOLESCENCIA.
Nos últimos tempos a sociedade tem passado por intensa transformação no
que se refere o desenvolvimento moral, e social e educacional, principalmente para
os jovens. Em decorrência das mudanças a cerco do comportamento dos
adolescentes frente a questão sexual e a preocupação decorrente, da gravidez
precoce profissionais de várias áreas tem sentido a necessidade de mobilização e
prevenção.
O profissional de serviço social tem plena aptidão no enfrentamento dessas
questões sociais, através do olhar critico do amplo estudo a cerco da família e suas
relações sociais no contexto histórico discutindo em relação aos problemas
enfrentados pelos adolescentes segundo Boza, Ferreira e Barbosa (2010, p.154) o
assistente social é capazes de identificar as problemática analisa-los e propor saídas
as mudanças físicas e emocionais relacionadas ao adolescentes a forma de ver e
encarar o mundo que o cerca, a cirra a curiosidade a busca por prazer e de
preencher as lacunas emocionais, principalmente pela pratica do sexo porem, sem
compromisso e orientação acaba sendo forte pesadelos segundo Silva (2009 p.06).
Quando a família não consegue cumprir suas funções sociais aparece ás
demandas para o serviço social atuar através das intermediações frente a essa
19
questão proporcionando qualidade dinâmica nos projetos conforme as necessidades
estabelecidas pelo olhar criticam e da realidade inserida em cada caso onde o foco é
a motivação dos adolescentes frente a realidade da gravidez a importância da
continuidade da vida social, familiar e dos estudos e dos planos para o futuro bem
como o bem estar durante a gestação e do bebê.
A sim como a importância em ressaltar a prevenção sexual de interativo
dinâmico e de acordo com a linguagem dos adolescentes frisando a construção do
caráter emocional e familiar dos jovens em relação ao conflito pela sociedade
moderna.
Na trajetória histórica do serviço social, podemos identificar várias correntes
que discutem a questão da sua instrumentalidade, ou seja, a concepção e
desenvolvimento. Segundo Guerra (2000) no que diz respeito á sua funcionalidade
ao projeto reformista da burguesia a sua particularidade (aspectos instrumental-
operativo) e como mediação que permite a passagem das analises universais ás
singularidades da intervenção profissional em razão da própria natureza o serviço
social se constitui como profissão no momento histórico em que os setores
dominantes da sociedade.
Estado começa a intervir de forma continua nas consequências da questão
social através das políticas sociais. Segundo Carvalho Yamamoto (2005) os seres
humanos são seres essencialmente social, ou seja, vivem em sociedade e essa
sociedade é uma totalidade.
Nenhuma situação pode ser considerada em sua singularidade, senão core
o risco de se perder de vista a dimensão a da singularidade e a da universalidade
por isso e necessário que o assistente social tenha um conhecimento teórico
profundo sobre as relações sociais. Expressar os objetivos que se quer alcançar não
significa que eles necessariamente serão alcançados.
Nunca podemos perder de vista que qualquer ação uma esta condicionada
ao momento histórico em que é desenvolvida ao momento a realidade social é
complexa heterogênea e os impactos de qualquer intervenção dependem de fatores
que são extremos a quem quer que seja inclusive ao serviço social.
Como analisa Yamamoto (1995), mas é importante ressaltar que,
independente do instrumento que se utiliza a dimensão ética política deve ser
20
constantemente refletida e conforme toda reflexão de Guerra, é a da manutenção e
reprodução da ordem burguesa com vista ao controle e reprodução dos segmentos
pertencentes a classe trabalhadora se o nosso modus operandi não estiver em
sintonia com o projeto ético-politico que, hoje defende o serviço social podemos cair
nas teias do conservadorismo e do tecnicismo, tão presente na historia da nossa
profissão.
A inserção do serviço social na escola deve contribuir para ações que
tornarem a educação como uma pratica de inclusão social, de formação da
cidadania dos sujeitos sociais tanto na escola como no serviço social segundo
Amara (1997) diz que educadores e assistentes sociais compartilham desafios
semelhantes na escola tem-se a necessidade sociais de fazer algo em torno dos
problemas sociais que repercutem e implica de forma negativa no desempenho do
aluno e leva o educador pedagógico a recorrer ao assistente social.
É de extrema importância que o profissional do serviço social inserido na
escola saiba trabalhar com programas visando a prevenção e não dispensar o seu
tempo com efervescência dos problemas sociais.
Na escola o assistente social dever ser o profissional que precisa se
preocupar encontro da educação com a realidade social do aluno o vinculo
estabelecido entre o serviço social e a educação remota a década dos anos 1930
sendo incentivos nos anos 1990 praticas social que na educação se constituem,
soberania, como área de conhecimento voltado para a emancipação política social e
emocional dos indivíduos uma vez que possibilita a construção e a socialização de
conhecimentos que certamente contribuíram para transformá-los em cidadãos
consciente de seus direitos assim sendo a ação profissional do assistente social na
operacionalização deste objetos terá grande valia pois poderá colaborar junto aos
educadores para pensar a escolas como espaços privilegiados de acolhimentos e
incentivos a reflexões e ações sobre a dimissão social.
Apresenta dos assistentes sociais nas escolas expressas uma tendência de
compreensão da própria educação em uma dimensão mais integral, envolvendo os
processos sócios institucionais e as relações social familiar e comunitária que funda
uma educação cidadã articuladora de diferente dimensão da social como
constitutivas de novas formas de sociabilidade humana. Nas (quais o acesso aos
direitos social e crucial (ALMEIDA, Ney Luiz Teixeira 2000)).
21
A contribuição do assistente social na educação consiste em identificar fator
social cultural que determine os processos relacionando ao campo educacionais
como evasão escolar, baixo rendimento escolar comportamento agressivo gravidez
indesejada atitude que constitui questões de expressivas complexidades de que
precisam necessariamente de intervenção conjunta por diferentes profissional que
seja educadores, assistentes sociais psicólogos. Com ajuda da família da sociedade
civil possibilitando o cumprimento da missão da educação de oferecer qualidades de
ensino para a formação de cidadania.
Deste modo, o objetivo do assistente social na educação é identificar as
demandas sociais presentes nas relações sociais que incluem o cotidiano e suas
demandas existentes entre sociedade e família partindo das necessidades de
garantir os direitos previstos constitucionalmente aos educadores conforme o
parecer jurídico 22 de outubro de 2000, do conselho federal de serviço social
(CFESS). Dentro desta realidade de implantar o serviço social do dentro das
instituições de ensino e Dida como respostas para mimetizar as tensões sociais
como umas importantes intervenções junto aos alunos com ações direitos sociais,
alternativas de êxito frentes aos programas e projetos sociais oferecidas a criança e
ao adolescente com perfil para tal a lei da decodificação e encaminhamento a rede
social das diversas demandas sociais que atualmente é desconhecido da equipe
escolar hoje, principalmente as publicas contam com umas péssimas condições de
vida sendo frutos da estrutura social vigente.
Dentro de um mundo globalizado e forma ampla e holística frente ás
transformações sociais desafiadoras. Dentre essas necessidade de trabalho
profissional encontra-se a luta pela a inserção do assistente social na esfera
educacional de acordo com os projetos com os projetos de lei numero 3.688 de 05
de julho de 2005. Segundo Elenir de Melo Silva Lopes (2006) cabe salientar que a
inserção do serviço social na educação contribuíram na garantia da democratização
do acesso do cidadão á educação na qualidade do ensino e no desenvolvimento
cultural do individuo na escala sua função social na proteção de direitos a criança e
adolescentes e trabalhando com as facetas da questão social dentro das escolas
públicas.
A práxis profissional assistente social não se limita a necessidade. Focal,
mas na dimensão da política de educação sua atuação dependerá da
22
intersetorialidade dos outras políticas. Os programas de saúde e educação publica
que visam prevenir situações de riscos psicossociais para a parcela excluída da
sociedade. Nestes programas a primazia e a construção da cidadania e igualdade
de direito abrindo espaço a distribuição de renda através do acesso a saúde e
educação (ESTEVES, 2003).
O profissional de serviço social tem plena aptidão no enfrentamento dessas
questões sociais, através do olhar critico do amplo estudo a cerco da família e suas
relações sociais no contexto histórico discutindo em relação aos problemas
enfrentados pelos adolescentes. Segundo Boza, Ferreira e Barbosa (2010, p.154) o
assistente social é capazes de identificar a problemática analisa-los e propor saídas
as mudanças físicas e emocionais relacionadas ao adolescentes a forma de ver e
encarar o mundo que o cerca, a cirra a curiosidade a busca por prazer e de
preencher as lacunas emocionais, principalmente pela pratica do sexo porem, sem
compromisso e orientação acaba sendo forte pesadelos segundo Silva (2009,p.06) e
nas diversas dimensões, com assistência integral com atendimento multiprofissional
(ALMEIDA,2001).
23
CAPÍTULO II
METODOLOGIA
Através de pesquisa Qualitativa utilizando uma amostra de 10 adolescentes,
grávidas que faz acompanhamento e pré-natal na unidade Estratégia Saúde da
Familiar (ESF). Do Bairro bom Jesus, Com faixa etária entre de 12 a 19 anos de
idade que fazem pré-natal no posto de saúde. Foram entrevistadas dez (10)
Na pesquisa realizada foi utilizada uma abordagem quantitativa, no qual tem
por finalidade analisar dados pela quantidade, ou seja, por números, e também uma
qualitativa que tinha como objetivo analisar os aspectos mais relacionados com uma
gravidez na adolescência.
Foram utilizados documentos tais com fichas do (SIAB,) Sistema de
Informação Atenção Básica o diagnóstico situacional elaborado, nesse período, faz-
se uma observação referente aos cuidados prestados pela equipe da Estratégia
saúde familiares.
Estudo na seleção de artigo publicado em revista e com base de dados
nacionais – SCIELO, livros e manuais. Temática fortalecer o trabalho da equipe da
Estratégia Saúde da família objetivando estabelecer novas estratégias de
abordagem ao adolescente. Entrevistas feitas com questões abertas baseado no
estudo dos aspectos psicossociais relacionados à gravidez nesse grupo de
adolescentes, destacando-se o enfoque psicanalítico da questão e suas implicações
na análise de suas motivações, desejos e fantasias. Leitura informativa e literária
relacionado ao tema. Através do levantamento dos dados existentes no posto de
Saúde Bom Jesus identificar padrão socioeconômico, estrutura familiar, histórico.
2.1 ANALISE DA REALIDADE LOCAL
Colíder é uma cidade que fica localizada na região norte do estado de mato
grosso com uma população de quase 31 mil habitante.
24
E conta com uma cobertura de 80% dos programas estratégia saúde da
família no em estudo o Bom Jesus foi implantado em 2010 e sua área de
abrangência compreende o bairro bom Jesus,
Diante desta situação evidencia-se também, a evasão escolar o trabalho
precoce e desestruturação no ambiente familiar. Na estratégia saúde da Família a
gravidez de adolescentes de 12 e 19 anos é uma realidade, sendo motivo de
preocupação dentre da equipe.
2.2 AMOSTRA E POPULAÇÃO
Foram entrevistadas 10 jovens grávidas adolescentes existe uma diferença
entre jovem e adolescente de baixa renda, moradoras do Bairro Bom Jesus. Com
faixa etária entre 12 e 19 anos. Tendo uma população de amostragem probabilística
do Bairro Bom Jesus com 10 adolescentes grávidas do município na cidade, no
entanto no desenvolver da pesquisa só foi possível entrevistar10 colocar roteiro da
entrevista em apêndice 10 devido à dificuldade de localização e disponibilidade das
mesmas. Vale ressaltar que para se identificar o perfil das adolescentes grávidas
contou-se com a participação da Equipe de Saúde da Família do Bairro Bom Jesus,
que através do programa de pré-natal forneceu as informações.
2.3 ANÁLISES DOS DADOS
Minayo (2000), também observa que buscar uma aproximação da realidade
social, através do método em questão significa considerar dois níveis de
interpretação inter-relacionados. O primeiro nível refere-se ao campo das
destinações fundamentais (o contexto sócio Histórico) e o segundo nível diz respeito
Ao encontro com os atos empíricos (o sentimento empregado nas palavras).
Para a autora, o primeiro nível deve ser definido na fase exploratória da pesquisa, o
que foi efetuado com as formulações do marco teórico fundamental de investigação
sobre: adolescência, sexualidade, identidade, significado da gravidez na
adolescência. No segundo nível, é preciso realizar aspectos que apresenta uma
25
significação particular e um papel evidenciado do todo, ou seja, partir das
comunicações individuais através das entrevistas semiestruturadas.
Portanto, para uma melhor inferência dos dados coletados, dos indicadores,
sejam eles qualitativos ou quantitativos, dos conhecimentos relativos às condições
de produção e recepção de mensagens, optou-se pela expressão mais comumente
usada para representar o tratamento dos dados de uma pesquisa qualitativa.
26
CAPITULO III
APRESENTAÇÃO DISCUSSÕES DOS DADOS
Em cada uma das adolescentes gravidas entrevistadas foi indispensável
conhecer um pouco da historia de vida de cada uma delas, como idade, renda
familiar, estado civil, quantos filhos tem, se tem liberdade de conversar sobre sexo
com os familiares, aonde receberam orientação sexual, qual o grau de escolaridade
delas e dos pais, se moram com os pais, se já usaram métodos contraceptivos, se
trabalham ou se trabalhavam antes da gravidez, se a família esta apoiando, se elas
têm a consciência da importância do pré-natal, como ficará a situação logo após a
chegada do bebê, e se havia se arrependido de ter engravidado tão jovem.
Com relação à idade das 10 adolescentes grávidas entrevistadas três (03)
tem 17 anos, duas (02) com 14 anos, duas (02) 15 anos, uma (01) tem 16 e duas
(02) com 18 anos.
ADOLESCENTES GRÁVIDAS
30%
20%20%
10%
20%
17 ANOS 14 ANOS 15 ANOS 16 ANOS 18 ANOS
Gráfico 1: Referente á idade gestacional das adolescentes Fonte: Dados
da pesquisa empíca
30
27
Quanto ao estado civil das adolescentes ficou possível constatar que 70%
são solteiras e vivem com os pais, pois o pai do bebê quando soube da gravidez não
assumiram, 7% vivem amasiadas com o pai da criança, cuja idade dos pais varia de
16 a 22 anos, e 10% vivem somente com a mãe, pois os pais são separados, e
quando indagadas sobre a relação com o pai da criança, disseram que aguardam
melhores condições de vida para morarem juntos, e também referentes à quantidade
de filhos, quatro das adolescentes entrevistadas estão na segunda gestação, às
outras seis na primeira.
Quanto à orientação sexual recebida pela família ou pela escola, observou-
se que, 87% das adolescentes encontram-se sem orientações no que diz respeito à
sua vida sexual e como exercê-la com segurança. Tendo amostragem probabilística
com 10 adolescentes grávidas do município no momento, registrados na unidade
saúde da família no municipal, de Colíder/MT entanto, no desenvolver da pesquisa
só foi possível entrevistar 10 grávidas devido à dificuldade de localização e
disponibilidade das mesmas.
Vale ressaltar que para se identificar o perfil das adolescentes grávidas
contou-se principalmente com a participação da Equipe de Saúde da Família da
unidade de saúde, que por meio do programa de pré-natal forneceu as informações.
28
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao realizar este trabalho, foi possível verificar que a gravidez na adolescência
traz sérias implicações biológicas, familiares, e econômicas, além das sociais, que
atingem o indivíduo isoladamente e a sociedade como um todo, limitando ou mesmo
adiando as possibilidades de desenvolvimento e engajamento dessas jovens no
contexto social.
Pode-se concluir que, o contexto familiar pode ter relação direta com a
ocorrência da gravidez, visto que a família exerce uma influencia muito forte no
processo de amadurecimento da sexualidade dos adolescentes, pode-se constatar a
ausência de diálogos nas famílias e isso decorre, muitas vezes, da vergonha que as
mães, ainda, sentem em tratar com suas filhas a respeitos de assuntos relacionados
sobre a sexualidade, por sua vez as adolescentes também evitam falar sobre o
assunto com sua família, apresentando assim dificuldades em assumir sua vida
sexual, ficando cada vez mais exposta a uma gravidez precoce.
As principais consequências de uma gravidez precoce refletem-se no campo
psicossocial dessas adolescentes, pois as mesmas não estão preparadas para
assumir as responsabilidades da maternidade, tanto no campo afetivo, no
psicológico e na estrutura socioeconômicas, e isso gera mais problemas sociais.
Vale destacar que a gravidez entre adolescente é um problema serio, e que precisa
um compromisso serio entre todos, para que se não erradicar possa pelo menos
diminuir o alto índice de gravidez em adolescentes.
Com base nas informações coletadas, sugere-se uma maior atenção aos
programas de prevenção da gravidez na adolescência, tais como a educação
sexual, junto à família, à escola através da criação de um programa de orientação
sexual; intensificar campanhas educativas e fortalecer, orientar e cobrar o
fornecimento de métodos contraceptivos suficientes para atendimento da demanda.
Na tentativa de minimizar esses índices que crescem cada vez mais e
atingem diretamente a sociedade na qual estamos inseridos. Os dados nos mostram
que cada vez mais os adolescentes estão iniciando suas vidas sexualmente ativas
mais cedo, o que demanda que comecemos a trabalhá-los a respeito dos riscos que
29
essas relações, se forem realizadas de forma impensada e sem responsabilidade
poderão trazer para suas vidas. Neste sentido, Almeida (2000) afirma que o
profissional de serviço Social não pode deixar de pensar esta realidade, sob pena de
perder não somente um possível campo de trabalho, mas a possibilidade de
contribuir para o enfrentamento de um grave problema social.
Quanto aos objetivos proposto, foram alcançados cerca de 90%, Diante das
informações coletadas conclui-se que as possíveis causas do alto índice de gravidez
na adolescência no Bairro Bom Jesus são variadas, dentre elas se destacam baixa
renda, falta de informações, quanto ao uso de métodos contraceptivos ou uso
inadequado deles, também não é difícil perceber que, quanto menor a escolaridade,
maior o risco de gravidez na adolescência.
Em suma, ao final deste trabalho, essa experiência contribui e muito com a
minha formação profissional na área de Serviço Social, pois como diz Yamamoto
(1999), um dos maiores desafios que o assistente social vive atualmente é
desenvolver sua capacidade de entender a realidade e criar propostas de trabalhos
criativas de serem capazes de preservar e efetivar direitos a partir das demandas
que surgem diariamente.
30
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ROTEIRO DE ENTRVISTA
1. Qual a idade?
2. Localização?
3. Você faz pré-natal no posto de saúde do Bom Jesus?
4. Quanto consulta Você já fez?
5. Já fez de ultrassom e outros tipos de exames?
6. Tem mais filhos?
7. Quantos filhos?
8. Quantos anos você tem?
9. Estado civil?
10. Você estuda?
11. já foi à escola alguma vez?
12. Mora com seus pais?
13. participa de palestras sobre pré-natal no posto de Saúde?
14. Você planejou essa gravidez, ou veio sem planejar?
15. Seus pais não te orientaram?
16. Você nunca ouviu falar sobre métodos contraceptivos? E se ela conhece?
Quais são os utilizados?