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1 Interações fármaco-receptor A ocupação de um receptor por uma molécula de um fármaco pode ou não resultar em ativação do receptor. A ativação se refere à capacidade da molécula ligada de afetar o receptor de modo a desencadear uma resposta tecidual. Ligação do fármaco ao receptor e desencadeamento de uma resposta são fases distintas. Os fármacos que agem sobre os receptores podem ser AGONISTAS E ANTAGONISTAS Os agonistas são substâncias que se ligam ao receptor e são capazes de promover a sua ativação, produzindo então uma resposta biológica. Os antagonistas se ligam aos receptores, mas não são capazes de promover a sua ativação e induzir uma resposta biológica.

Agonistas e antagonistas

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Interações fármaco-receptor

A ocupação de um receptor por uma molécula de um fármaco pode ou não resultar em ativação do receptor. A ativação se

refere à capacidade da molécula ligada de afetar o receptor de modo a desencadear uma resposta tecidual.

Ligação do fármaco ao receptor e desencadeamento de uma

resposta são fases distintas.

Os fármacos que agem sobre os receptores podem ser AGONISTAS E ANTAGONISTAS

Os agonistas são substâncias que se ligam ao receptor e são capazes de promover a sua ativação, produzindo então uma

resposta biológica.

Os antagonistas se ligam aos receptores, mas não são capazes de promover a sua ativação e induzir uma resposta biológica.

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A afinidade é a tendência do fármaco de se ligar aos receptores. A afinidade não está relacionada com a capacidade deste

fármaco em ativar receptores para produzir um efeito biológico.

Eficácia intrínseca é a capacidade de uma vez o fármaco ligado ao receptor, dar início às alterações que provocam os efeitos.

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A eficácia intrínseca dos antagonistas é igual a zero. Os agonistas plenos são capazes de produzir efeitos máximos, pois possuem alta eficácia intrínseca (eficácia intrínseca igual a um) Os agonistas parciais são capazes de produzir efeitos submáximos pois possuem eficácia intrínseca intermediária (entre zero e um) Os agonistas inversos são capazes de produzir efeitos contrátios aos produzidos por agonistas (eficácia intrínseca menor que um).

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Dois fármacos podem competir pela ligação com o mesmo receptor. Quando isso ocorre podemos classificar este antagonismo como sendo:

� Antagonismo competitivo reversível � Antagonismo competitivo irreversível (também chamado de

antagonismo não competitivo)

Tipos de antagonismo

Antagonismo competitivo reversível Ocorre desvio paralelo da curva de log da concentração/efeito para a direita sem que ocorra qualquer redução na resposta máxima. Pode ser revertido aumentando-se a concentração do agonista no sistema.

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Antagonismo competitivo irreversível (ou não competitivo) O antagonista se liga ao receptor se dissociando muito lentamente. Ocorre uma diminuição do efeito máximo.

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Curvas de concentração-resposta do agonista

As curvas concentração-efeito ou dose-resposta permitem a estimativa da resposta máxima passível de ser produzida pela substância (Emax), bem como a concentração ou dose necessária para produzir 50% da resposta máxima (CE50 ou DE50).

Curvas concentração-resposta para um fármaco

Os valores de CE50 e DE50 são parâmetro úteis para se comparar a POTÊNCIA de dois fármacos.

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Um fármaco será mais potente que outro fármaco se ele consegue com concentrações menores produzir o mesmo efeito farmacológico. O conceito de EFICÁCIA está relacionado com a capacidade de um fármaco de produzir um efeito máximo. Um fármaco será mais eficaz quanto maior o efeito máximo produzido por ele.