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Ministério da Igreja

Administração e Liderança

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Ministério da Igreja

IBADEP Instituto Bíblico da Assembléia de Deus - Ensino e pesquisa

IBADEP - Instituto Bíblico da Assembléia de Deus - Ensino e Pesquisa

Av. Brasil, S/N° - Eletrosul - Cx. Postal 248 85980-000 - Guaíra - PR

Fone/Fax: (44) 3642-2581 / 3642-6961 / 3642-5431 E-mail: íbadep a ibadep.com

Site: www.ibadep.com

Aluno(a):............................................................................

DIGITALIZAÇÃO

IBADEP

ESDRAS DIGITAL E PASTOR DIGITAL

AEADEPAR - Associação Educacional das Assembléias de Deus no Estado do Paraná

IBADEP - Ins ti tuto Bíbl ico das Assemblé ias de Deus no Estado do Paraná

Av. Brasil , S/N° - Eletrosul - Cx. Postal 248 85980-000 - Guaíra - PR

Fone/Fax: (44) 3642-2581 / 3642-6961 / 3642-5431 E-mail: [email protected]

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Administração e Liderança

Pesquisado e adaptado pela Equipe Redatorial para Curso exclus ivo do 1BADEP - Insti tuto Bíblico das Igrejas Evangélicas Assembléias de Deus do Estado do Paraná.

Com auxílio de adaptação e esboço de vários ensinadores.

4a Edição - Abril/2005

Todos os direitos reservados ao IBADEP

Diretorias

C I E A D E P

Pr. José Pimentel de Carvalho - Presidente de HonraPr. José Alves da Silva - PresidentePr. Israel Sodré - Io Vice-PresidentePr. Moisés Lacour - 2o Vice-PresidentePr. Ival Theodoro da Silva - Io SecretárioPr. Carlos Soares - 2o SecretárioPr. Simão Bilek - I o TesoureiroPr. Mirislan Douglas Scheffel - 2o Tesoureiro

A E A D E P A R - C o n se lh o D e l i b e r a t i v o

Pr. José Alves da Silva - PresidentePr. Ival Teodoro da Silva - RelatorPr. Israel Sodré - MembroPr. Moisés Lacour - MembroPr. Carlos Soares - MembroPr. Simão Bilek - MembroPr. Mirislan Douglas Scheffel - MembroPr. Daniel Sales Acioli - MembroPr. Jamerson Xavier de Souza - Membro

A E A D E P A R - C o n se lh o de A d m i n i s t r a ç ã o

Pr. Perci Fontoura - PresidentePr. Robson José Brito - Vice-PresidenteEv. Gilmar Antonio de Andrade - Io SecretárioEv. Gessé da Silva dos Santos - 2o SecretárioPr. José Polini - I o TesoureiroEv. Darlan Nylton Scheffel - 2o Tesoureiro

I B A D E P

Pr. Hércules Carvalho Denobi - Coord. Administrativo Pr. José Carlos Teodoro Delfino - Coord. Financeiro

Cremos

1) Em um só Deus, eternamente subsistente em trêspessoas: O Pai, Filho e o Espíri to Santo. (Dt 6.4; Mt 28.19; Mc 12.29).

2) Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regrainfalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão (2Tm 3.14-17).

3) Na concepção virginal de Jesus, em sua mortevicária e expiatória, em sua ressurreição corporal dentre os mortos e sua ascensão vitoriosa aos céus (Is 7.14; Rm 8.34 e At 1.9).

4) Na pecaminos idade do homem que o desti tuiu daglória de Deus, e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatór ia e redentora de Jesus Cristo é que pode res taurá-lo a Deus (Rm 3.23 e At 3.19).

5) Na necessidade absoluta do novo nascimento pela féem Cristo e pelo poder atuante do Espíri to Santo e da Palavra de Deus, para tornar o homem digno do Reino dos Céus (Jo 3.3-8).

6) No perdão dos pecados, na salvação presente eperfeita e na eterna jus ti f icação da alma recebidos gra tuitamente de Deus pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor (At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26 e Hb 7.25; 5.9).

7) No batismo bíblico efe tuado por imersão do corpointeiro uma só vez em águas, em nome do Pai, do Filho e do Espíri to Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm 6.1-6 e Cl 2 . 12).

8) Na necessidade e na possibi l idade que temos deviver vida santa mediante a obra exp ia tória e redentora de Jesus no Calvário, através do poder regenerador, insp irador e santi f icador do Espíri to Santo, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas do poder de Cristo (Hb 9.14 e lP d1.15).

9) No batismo bíblico no Espíri to Santo que nos é dadopor Deus mediante a intercessão de Cristo, com a evidência inicial de falar em outras l ínguas, conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4; 10.44-46; 19.1-7).

10) Na atual idade dos dons espiri tuais dis tr ibuídos peloEspíri to Santo à Igreja para sua edificação, conforme a sua soberana vontade ( IC o 12.1-12).

11) Na Segunda Vinda premilenial de Cristo, em duasfases dist intas. Pr imeira - invisível ao mundo, para arrebatar a sua Igreja fiel da terra, antes da Grande Tribulação; segunda - visível e corporal , com sua Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos ( lT s 4.16. 17; ICo 15.51- 54; Ap 20.4; Zc 14.5; Jd 14).

12) Que todos os cr istãos comparecerão ante o Tr ibunalde Cristo, para receber recompensa dos seus feitos em favor da causa de Cristo na terra (2Co 5.10).

13) No ju ízo vindouro que recompensará os fiéis e condenará os infiéis (Ap 20.11-15).

14) E na vida eterna de gozo e felic idade para os fiéis ede tr isteza e tormento para os infiéis (Mt 25.46).

Metodologia de Estudo

Para obter um bom aproveitamento, o aluno deve estar consciente do porquê da sua dedicação de tempo e esforço no afã de galgar um degrau a mais em sua formação.

Lembre-se que você é o autor de sua história e que é necessár io atualizar-se. Desenvolva sua capacidade de raciocínio e de solução de problemas, bem como se integre na problemática atual , para que possa vir a ser um elemento útil a si mesmo e à Igreja em que está inserido.

Consciente desta realidade, não apenas acumule conteúdos visando preparar-se para provas ou trabalhos por fazer. Tente seguir o roteiro sugerido abaixo e comprove os resultados:

1. Devocional:

a) Faça uma oração de agradecimento a Deus pela sua salvação e por proporcionar-lhe a oportunidade de estudar a sua Palavra, para assim ganhar almas para o Reino de Deus;

b) Com a sua humildade e oração, Deus irá i luminar e di recionar suas faculdades mentais através do Espíri to vSanto, desvendando mistérios contidos em sua Palavra;

c) Para melhor aproveitamento do estudo, temos que ser organizados, ler com precisão as lições, medi tar com atenção os conteúdos.

2. Local de estudo:Você precisa dispor de um lugar próprio para

estudar em casa. Ele deve ser:

a) Bem arejado e com boa i luminação (de preferência , que a luz venha da esquerda);

b) Isolado da circulação de pessoas;

c) Longe de sons de rádio, televisão e conversas.

Disposição:Tudo o que fazemos por opção alcança bons

resultados. Por isso adquira o hábito de estudar voluntariamente , sem imposições . Conscientize-se da importância dos itens abaixo:

a) Estabelecer um horário de estudo extraclasse, dividindo-se entre as disciplinas do currículo (dispense mais tempo às matérias em que t iver maior dif iculdade);

b) Reservar, d iariamente , a lgum tempo para descanso e lazer. Assim, quando estudar, estará desligado de outras atividades;

c) Concentrar-se no que está fazendo;

d) Adotar uma corre ta postura (sentar-se à mesa, tronco ereto), para evita r o cansaço físico;

e) Não passar para outra lição antes de dominar bem o que estiver estudando;

f) Não abusar das capacidades físicas e mentais. Quando perceber que está cansado e o estudo não alcança mais um bom rendimento , faça uma pausa para descansar.

Aproveitamento das aulas:Cada disciplina apresenta característ icas

próprias, envolvendo diferentes comportamentos: raciocínio, analogia, interpre tação, aplicação ou simplesmente habil idades motoras. Todas, no

entanto, exigem sua participação ativa. Paraalcançar melhor aproveitamento, procure:

a) Colaborar para a manutenção da discipl ina na sala-de-aula;

b) Participar a tivamente das aulas, dando colaborações espontâneas e perguntando quando algo não lhe ficar bem claro;

c) Anotar as observações complementares do monitor em caderno apropriado.

d) Anotar datas de provas ou entrega de trabalhos.

Estudo extraclasse:Observando as dicas dos itens 1 e 2, você deve:

a) Fazer dia riamente as tarefas propostas;

b) Rever os conteúdos do dia;

c) Preparar as aulas da semana seguinte. Se constatar alguma dúvida, anote-a, e apresenta ao monitor na aula seguinte. Procure não deixar suas dúvidas se acumulem.

d) Materiais que poderão ajudá-lo:

■ Mais que uma versão ou tradução da Bíblia Sagrada;

■ Atlas Bíblico;

■ Dic ionár io Bíblico;

■ Encic lopédia Bíblica;

■ Livros de Histórias Gerais e Bíblicas; •

■ Um bom dicionário de Português;

■ Livros e aposti las que tratem do mesmo assunto.

e) Se o estudo for em grupo, tenha sempre em mente:

■ A necessidade de dar a sua colaboração pessoal;

* O direito de todos os in tegrantes opinarem.

Como obter melhor aproveitamento em avaliações:

a) Revise toda a matéria antes da avaliação;

b) Permaneça calmo e seguro (você estudou!);

c) Concentre-se no que está fazendo;

d) Não tenha pressa;

e) Leia a tentamente todas as questões;

f) Resolva primeiro as questões mais acessíveis;

g) Havendo tempo, revise tudo antes de entregar a prova.

Bom Desempenho!

Currículo de Matérias

> Educação Geral03 Histór ia da Igreja 09 Educação Cristã n/03 Geografia B í b l i c a ' /

> Ministér io da IgrejaCU Ética Cristã / Teologia do Obreiro 09 Homilética / H erm enêu t ica 1̂ -/09 Família Cristã ^03 Adminis tração Eclesiás tica s /

> Teologia ,09 B i b l i o l o g i a x /CQ A Trindade03 Anjos, Homem, Pecado e Salvação 03 Heresiologia J 03 Eclesiologia / Miss iologia

> Bíblia03 Pentateuco CQ Livros Históricos 03 Livros Poéticos 03 Profetas Maiores 03 Profetas Menores03 Os Evangelhos / Atos 09 Epístolas Paulinas / Gerais d Apocalipse / Escatologia

Abreviaturas

a.C. - antes de Cristo.ARA - Almeida Revis ta e Atualizada ARC - Almeida Revista e Corrida AT - Antigo Tes tamento BV - Bíblia VivaBLH - Bíblia na Linguagem de Hojec. - Cerca de, aproximadamente , cap. - capítulo; caps. - capítulos, cf. - confere, compare.d.C. - depois de Cristo.e.g. - por exemplo.Fig. - Figurado.fig. - f igurado; f iguradamente, gr. - grego hb. - hebraicoi.e. - isto é.IBB - Imprensa Bíblica Brasileira Km - Símbolo de quilometro lit. - literal, l i teralmente.LXX - Septuagin ta (versão grega do AntigoTestamento)m - Símbolo de metro.MSS - manuscri tosNT - Novo TestamentoNVI - Nova Versão Internacionalp. - página.ref. - referência; refs. - referênciasss. - e os seguintes (isto é, os versículos consecutivosde um capí tu lo até o seu final. Por exemplo: IPe 2.1ss,significa IPe 2.1-25).séc. - século (s).v. - versículo; vv. - versículos.ver - veja

síndice

Lição 1 - A Ig re ja ................................................................. 15

Lição 2 - Organização da Ig r e ja ........................................ 41

Lição 3 - A Administração da I g r e j a .............................. 67

Lição 4 - 0 L í d e r ...................................................................99

Lição 5 - A L i d e r a n ç a .................................................... 125

Referências B ib l io g rá f ica s ............................................ 151

Lição 1A Igreja

Na linguagem comum, o vocábulo Igreja tem um significado muito amplo. É aplicado ao edi fíc io em que se realiza o culto cristão; a uma congregação de adoradores crentes; a um estabelecimento religioso; a de terminado t ipo de ordem eclesiástica; ao con junto de todos os crentes em Cristo, e a um grupo local de discípulos cristãos associados num pacto com propósitos religiosos. Este últ imo significado é o comumente encontrado no Novo Testamento.

O vocábulo 7 ‘igrej l u / - ^ n i - d j í palavra g r e g a i ekklesicr j que significa j^chamado para fo ragi) uek”

para fora, e “k les is” , chamado. Entre os gregos, o termo designava um grupo de pessoas dotadas do privi légio e c idadania incumbidos de certas funções públicas adminis tra tivas importantes, convocado, ou chamado para fora, dentre a massa comum do povo.

No Novo Testamento, a “Ekk les ia” é um grupo de pessoas chamadas e separadas da multidão comum, em virtude de uma vocação divina, escolhida para serem santas, investidas nos privilégios e incumbidas dos deveres de cidadania no reino de Cristo. Conforme o NT, uma Igreja cristã é um grupo de pessoas div inamente chamadas e separadas do mundo, batizadas sob prof issão de sua fé em Cristo,

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unidas em aliança para o culto e o serviço cristão, sob suprema autoridade de Cristo, cuja Palavra é sua única lei e regra de vida em todas as questões de fé e prática religiosa.

A Igreja é a representante de Deus na terra; é o corpo de Cristo e o meio através do qual Ele se expressa ao mundo. É o único órgão de redenção que Deus tem no mundo.

A Igreja é um organismo divino (o Corpo de Cristo) em meio a ambiente estranho.

O que é, ou não é a Igreja!■ A Igreja não é um edifício material - hierosulos',■ A Igreja não é uma denominação;■ A Igreja é o fundamento de Cristo (Mt 16.18);■ A Igreja não é um empreendimento nacionalista;■ A Igreja é o povo de Deus dentro da raça humana

(G1 3.28);■ A Igreja não é a continuação do juda ísmo (Mt

9.16);■ A Igreja é o vinho da nova aliança em novos

o d re s1;■ A Igreja não é o reino de Deus. “O reino de Deus

é mais amplo que a Igreja e envolvem o universo, as hos tes2 angelicais bem como os santos do Antigo Tes tam ento” ;

" A Igreja não é um plano parentético de Deus;■ A Igreja é o fruto da vontade de Deus (Ef 1.2-11);" A Igreja é o eterno propósi to de Deus (Rm 8.26-

30); propósito de Deus define-se assim:• Defin ido em vista (Ef 3.11).

1 Saco fei to de pele e des t inado ao t ranspor te de l íquidos ;2 Tropa ; exérc i to .

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• No grego pro t i th em a i : colocar diante de;expor; pr incipalmente para ser contemplado (Ef 3.11).

■ A Igreja é o mistério de Deus (Dt 29.29);* A Igre ja é a Nação Santa ( IPe 2.9);■ As e tn ia s1 na raça humana, judeus, gentios, e a

Igreja de Deus;■ A Igreja é uma fraternidade (Koynonia ).

P ro p ó s i to de Deus p a r a com a I g r e ja .Em Efésios 3.10,11 diz: “Para que agora,

pela igreja, a multi forme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus, segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor” .

O propósito de Deus com a Igreja é sem dúvida, a pregação do Evangelho a toda criatura ao redor do mundo. Ela é a grande agência do reino de Deus aqui na Terra; é incumbida de levar os pecadores a Cristo. E a depositária da importante mensagem que este mundo jamais ouviu.

A I g r e j a Universa l .E o conjunto de todos os salvos em todas as

épocas e lugares. É a Igreja de Cristo independe de denominação, número de membros ou abrangência territorial.

Falando no sentido denominacional dizemos que há denominações com poucos membros da Igreja Universal , porque vivem como não salvos. Ser membro da Igreja Universal não quer dizer somente ser membro

1 Po p u la ç ã o ou grupo social que ap resen ta re la t iva ho m og e n e id a d e cul tura l e l ingüís t ica, com par t i lh and o h is tór ia e o r igem comuns.

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de uma Igreja local; nem se é membro dessa Igreja por tocar ou cantar no coro ou por fazer qualquer outro serviço, mas para isso é preciso ser nova criatura, uma criatura nascida de novo; caso contrário, não subirá com o Senhor na sua vinda. Se não nascer de novo e viver de acordo com os ensinos bíblicos não é membro da Igreja de Cristo no sentido real.

A salvação não é privi légio de nenhuma denominação; alguns pre tens iosamente afirmam, mas estão enganados! Jesus não fundou nenhuma denominação, o que ele fundou e inaugurou no dia de Pentecostes foi a sua Igreja, verdadeira, imaculada e comprada por seu sangue derramado na cruz. A Verdadeira Igreja de Cristo é aquela que o serve em novidade de vida e pauta o viver cristão pelos ensinos sagrados.

> Aspectos dentro do conceito de Igreja Universal:■ Igreja Inv is íve l : São os fiéis no Senhor, aqueles

que estão dentro da Igreja visível.■ Igreja O rgan ism o: Como organismo, é uma

comunidade de crentes unidos em Cristo pelo Espíri to Santo; dotada de dons e minis térios para aper fe içoamento dos santos (Ef 4.11-16); a Igreja organismo precede a Igreja organização.

■ Igreja M il i tan te : É a comunidade cris tã que peregrina em direção ao descanso eterno, revestida pela armadura de Deus para vencer o inferno (Mt 16.18). Esta luta contra as hostes do maligno, contra o pecado, que é comprometida com a pregação do Evangelho de Cristo, a f im de promover a salvação dos pecadores. Representada por todas as igrejas locais: ministros, membros, que guardam a unidade do Espíri to Santo pelo vínculo da paz (Ef 4.3-16).

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■ Igreja Triunfante: É o grupo incontável de cristãos que estão nos céus, arrebatada pelo Seu Senhor e Salvador Jesus Cristo, é a Igreja livre da ação do pecado, reinando com Cristo, é a mesma Igreja Universal do mundo inteiro, agora unida com Cristo nas Bodas do Cordeiro, depois de trocar a espada pela palma da vitória, as lágrimas pelos cânticos, e a cruz pela coroa.

■ Aspecto Inclusivo da Igreja : A Igreja écomposta de pessoas de todas as raças, tribos, línguas e nações!

A Igreja Local.Representa uma parte pequena da Igreja

Universal . É formada pelo conjunto de salvos por Cristo de um determinado local, cidade, distrito ou munic ípio.

Dentro do aspecto geral a Igreja é um grupo unido no mesmo propósito e fé, um corpo cooperando com outros de semelhante natureza.

Um estudo do Novo Testamento demonst ra c laramente que a Igreja local tem uma importância super la t iva1. A Igreja local é uma célula viva do corpo de Cristo, atuando na comunidade onde está situada. Não devemos l imitar este conceito à reunião dos crentes no prédio da Igreja.

A Igreja Primitiva se reunia para a adoração e edificação, em diversos lugares, nas sinagogas, em edifícios públicos ou domicíl ios particulares. Portanto, não estavam reunidos em um único lugar; os crentes mantinham suu condição de sal da terra e testemunhas de Cris to na sociedade em que viviam.

1 Que expr im e uma qua l id ade em grau mui to al to, ou no mais al to grau.

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A Igreja local é uma expressão do corpo de Cristo na comunidade onde habita, e é também o representante de Deus para evangelizar e testif icar aos pecadores nessa região em particular. E necessário que haja uma Igreja estabelec ida que possa expressar a vontade e os propósitos de Deus, comple tando sua missão no mundo. Não se pode considerar comple ta a obra de evangelismo, conquanto não haja igrejas estabelecidas.

A Missão da Igreja

Qual o propós ito de Deus ao mante r a Igreja no Mundo? Qual sua final idade ou missão? A Bíblia ensina que a Igreja está no mundo para uma missão tríplice:

p (1) Adoração (glor ificação ao nome de Deus).A Igreja é um precioso tesouro de Deus na

qual Ele se deleita. A adoração é preciosa para Deus. Eis a missão da Igreja: adorar e glorificar a Deus em espíri to e em verdade (At 13.13).

0 (2) Edificação (aperfe içoamento, fortalecimento, crescimento dos salvos).

Esta é uma missão qua l i ta t iva1 que a Igreja tem para consigo mesma. O ensino é a sa lvaguarda2 dos que são ganhos para Cristo. Atendendo às necessidades do membro e, desta maneira, fortalecendo e edificando a Igreja (Ef 3.14-21; 4.11- 16; G1 4.19,20; Jo 17.15-23; IPe 3.15; 2Pe 3.18).

1 Que expr ime ou de te r mi na a(s) qual idade(s ) .2 Pro te ção e garan t ia (de d ire i to , de l ibe rdade , de segu rança) con cedid as por au t o r id a d e ou inst i tuição a um ind iv íduo , a uma co le t iv idade , a um es tatuto.

fi (3) Evangel ização (testemunho).É anunciar o Evangelho e o seu poder,

aumentando o número de salvos (At 1.8; Mt 28.18-20; Lc 24.47). É evidente que a Igreja deve dar o máximo de impulso à parte evangelís t ica de sua missão. Ganhar almas é a maior missão da Igreja, não é, todavia a única. Todo o bom trabalho de evangelização deve ter em mente a preservação dos frutos e a t ransformação desses frutos em ganhadores de almas. A melhor forma para isso, é a edificação, organização de igrejas responsáveis, isto é, igrejas que continuem a evangelização (At 19.10).

Paulo demorou-se dois anos em Éfeso e todos os da Ásia ouviram o Evangelho, o que possibil i tou, poster iormente , João escrever as cartas às sete igrejas da Ásia.

Aspecto Exclusivo da Igreja

Os componentes de uma Igreja viva e bíblicadeverão:

* Ter conhecimento ortodoxo, vivo e exper imenta l de Seu salvador, acompanhado de verdadeira convicção de pecado e sede de salvação, sem confiar em seus próprios méritos e obras para salvar-se;

■ Ter fé, e deve ser caracter izada por uma entrega total a Cristo e f irme crença no que a Bíblia revela;

■ Ter sua ação, conduta e frutos p au tad o s1 de verdadeira regeneração (Mt 7.20; G1 5.22).

1 R is cado com t r aços para lelos . Re la c io na do , a r ro lado .

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Governo Eclesiástico

Este é, sem dúvida, assunto de grande importância, e deve ser tratado à luz da Bíblia. A falta de conhecimento do modo de exercer o governo da Igreja tem trazido sérios problemas, tanto a ela como aos seus pastores.

Há ministros que copiam formas de governo mundanas para, através delas, governarem a Igreja de Deus, isso nunca poderá dar bons resultados. A única forma para dirigir e governar a Igreja está na Bíblia, a Palavra de Deus.

Jesus é o único legis lador para a Igreja - não resta dúvida de que Cristo é o cabeça da Igreja: não só no sentido de Igreja Universal , mais também no de igrejas locais.

Pela ressurreição, Ele foi const i tuído cabeça da Igreja que é o Seu corpo: a cabeça é a parte superior do corpo e é ela que governa. Assim é Cristo em re lação à Igreja (Ef 1.22; 4.15; 5.23; Cl 1.18; 2.10), por isso Ele é também o único legislador para a Igreja. A ninguém cabe o direito de criar doutrinas, leis e dogmas que não este jam claramente explícitas na Bíblia.

> O governo da Igreja não é:■ Democracia - governo do povo (onde são

colocados e t irados os governantes, e os elege por meio de votos, através de propaganda, muitas vezes desonesta);

■ Ditadura - onde apenas um homem faz e desfaz tudo que quer, mas a Igreja de Cristo quem dirige é sua cabeça, que é Cristo.

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> O governo da Igreja é:

* Teocrát ico - isto é, governo de Deus, onde o poder e as leis emanam de Deus: o ensino é de Deus, a doutrina é de Deus e o seu código é a Bíblia, a Palavra de Deus. Os minis tros são eleitos por Deus e são dados à Igreja por Deus. Algumas igrejas se jactam de terem o seu governo baseado no sistema democrát ico, mas nós damos graças a Deus pelo governo teocrático.

> Governo da Igreja na terra.Na terra, Deus usa os seus minis tros, o qual

escolhe e capacita com dons e os dá à Igreja, para governá-la. Tudo feito através de Cristo, o cabeça da Igreja. Os minis tros operam com o poder e na direção do Espíri to Santo, que é o guia no governo da Igreja. Na lis^a dos dons minister ia is está escri to que Deus pôs governo na Igreja ( I C o 12.28; Rm 12.8). O governo da igreja na terra é executado pelo corpo de ministros.

Uma igreja cristã é uma sociedade com vida coletiva, organizada de conformidade com algum plano definido, adaptado a algum propósito estabelecido, que ela propõe realizar. Por conseguinte, conta com seus oficiais e ordenanças, suas leis e regulamentos, apropriados para a adminis tração de seu governo e para o cumprimento de seus propósitos.

Exis tem três formas especiais e largamente diferentes de governo eclesiástico, que tem obtido prevalência nas comunidades cristãs através dos séculos passados, e que cont inua sendo mantida com diferentes graus de sucesso, cada uma das quais reivindicando ser a fo rma original e primitiva.

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Formas de Governo

Episcopal ou Prelática.Forma em que o poder de governar descansa

nas mãos de prelados ou bispos diocesanos, e no clero mais alto; tal como sucede nas igrejas romanas, grega, anglicana, e na maior parte das igrejas orientais. Os defensores desta forma de governo declaram que Cristo, como o cabeça da Igreja, tenha confiado o contro le da Igreja na terra a uma ordem de oficiais chamados bispos que seriam os sucessores dos apóstolos. É a s i lhue ta1 mais antiga de governo de Igreja local. Episcopal vem do termo grego “ep iskopos”, que significa “superv isor” , a tradução mais freqüente desse termo é “bispo” ou “super in tendente” .

Presbiteriana ou Oligárquica .Forma em que o poder de governar reside nas

assembléias, sínodos, presbitérios e sessões; é o que sucede na Igreja escocesa, luterana, e nas várias igrejas presbiter ianas . Esse sistema tem um controle menos central izado que o modelo episcopal confia na l iderança de representação. Seus escolhidos (geralmente escolhidos por eleição) para ser representantes diante da Igreja l ideram nas atividades normais da vida cristã (adoração, doutrina e adminis tração). O perfil presbi ter iano de consti tuição ecles iás tica deriva seu nome do ministério bíblico presbu teros (presbítero, ancião). Normalmente na forma de governo presbiter iana, a Igreja é regida por níveis.

1 D e senh o repre sen ta t ivo do perfi l de uma pessoa ou obje to , segundo os con tor nos que a sua so mb ra pro jeta .

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Congregacional ou Independente . f<\ 3Como o próprio nome sugere seu enfoque de

autoridade recai sobre a congregação, sobre o próprio corpo local de crentes. Nesta forma de governo a entidade pratica o auto-governo, pois cada Igreja individual e local admin is tra seu próprio governo mediante a voz da maioria de seus membros; é o que acontece entre os batistas, os congregacionais , os independentes, e alguns outros grupos evangél icos . Esse sistema é o que dá mais autoridade para os membros comuns da Igreja. É o que mais se aproxima da democrac ia pura.

Neander, destacado historiador, diz a respeito do período primitivo: “As igrejas eramensinadas a se governarem por si mesm as” . “Os irmãos escolhiam seus própr ios oficiais dentre seu própr io número” . “No tocante à eleição de oficiais eclesiásticos, o princípio antigo continuou sendo seguido: o consentimento . da comunidade eranecessário para a va lidade de qualquer eleição semelhante, e cada membro t inha a l iberdade de oferecer razões por sua opos ição” .

Moshiem diz a respeito do primeiro século: “Naqueles tempos primitivos , cada Igreja cris tã era composta do povo, dos oficiais pres identes , e dos assistentes ou diáconos. Essas devem ser as partes componentes de cada sociedade. A voz principal pertencia ao povo, ou seja, a todo o grupo de c r i s tãos” . “O povo reunido, por conseguinte , elegia seus própr ios governantes e m est res” . A respeito do segundo século, ele acrescenta: “Um presidente, ou bispo, pres ide sobre cada Igreja. Ele era criado pelo voto comum do povo” . “Durante uma grande parte desse século, todas as igrejas continuaram sendo como no princípio , independentes umas das outras, cada Igreja era uma

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espécie de pequena república independente, governando-se por suas próprias leis, baixadas , ou pelo menos aprovadas pelo povo” .

Questionário

■ Assinale com “X” as al ternativas corretas

1. “Ekk les ia”, deriva-se de uma pa lavra gregaa)IÃ1 Que significa “chamados para fo ra”b)l I Que significa “chamados para den tro”c)l | Que significa “chamados de fo ra”d)| I Que significa “chamados de den tro”

2. A missão tríplice da Igreja aqui no mundo éa)| I Adoção, edificação e evangelizaçãob ) 0 Adoração, edificação e evangelizaçãoc)| | Adoção, dedicação e evangelizaçãod)l I Adoração, dedicação e ju ízo ,

3. Forma de governo onde a autoridade recai sobre a congregação, sobre o próprio corpo local de crentesa)l I Episcopal ou preláticob)| I Presbiteriano ou oligárquicoc)l I Episcopal e oligárquicod ) 0 Congregacional ou independente

■ Marque “C ” para Certo e “E ” para Errado

4. |£l A Igreja é o fundamento de Cristo, o reino de Deus, um plano parentético do Pai

5 . E Igreja militante é a comunidade cristã que peregrina em direção ao descanso eterno, revestida pela armadura de Deus para vencer o inferno

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Corpo Eclesial

O padrão bíblico para escolha dos presbíteros e diáconos nos foi dado pelo apóstolo Paulo em IT imóteo 3.1-13. Havia presbíteros e d iáconos na Igreja de Fil ipos, conforme Fil ipenses 1.1. O apóstolo Paulo instruiu a Tito que const i tuísse presbí teros na Igreja de Creta (Tt 1.5; Cf. At 20.17-35).

O corpo eclesial consti tui basicamente de dois ofícios:

(1) Pastor, Ministro, Ancião, Presbítero, Bispo.Os vocábulos acima são empregados para

designar o mesmo ofício, pois significam of ic ia lmente o mesmo (At 20.17,28; lTm 3.1; Tt 1.5-7).

A palavra “presbitér io” é empregada para designar o conjunto ou o corpo de pastores e de presbíteros que cooperam no governo da Igreja. Deve haver um corpo de presbíteros na Igreja local , pois as Escrituras se referem ã existência de presbí teros ou anciãos nas igrejas. Atos 14.23 diz assim: “E,promovendo-lhes em cada Igreja a ele ição de presbíteros, depois de orar com je juns , os encomendaram ao Senhor em que haviam cr ido” .

Tiago 5.14,15 instrui que quando alguém adoece alguém, chamem os presbíteros da Igreja para ungir com óleo.

Paulo escreveu a Timóteo: “e devem ser considerados merecedores de dobrada honra os presbíteros que pres idem bem, com especia lidade os que se afadigam na palavra e no ensino” ( l T m 5.17). A Tito, o apóstolo recomendou igualmente: “ ... para que... em cada cidade, consti tu ísse presbíteros, conforme te p rescrev i” (Tt 1.5). De Mileto, Paulo

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mandou chamar os presbíteros da Igreja de Éfeso (At20.17). Por essas passagens , há abundantes precedentes bíblicos que autorizam a exis tênc ia de presbíteros na Igreja. Também se poderá ver, pelo exame das Escrituras, que o presbítero é um obreiro que exerce um minis tério do Evangelho.

Pedro escreveu: “Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles.. . pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós... Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a im arcesc íve l1 coroa de glória” ( IP e 5.1-4). Não há dúvida que Pedro foi pregador e apóstolo da mais alta ordem. Ele instruía aos ministros que cuidassem do rebanho. Também afirmou ser ele mesmo um “presbí tero” que exortava os outros presbíteros. Assim sendo, concluímos que um presbítero ou um ancião exerce um ministério.

Quando João escreveu a segunda e terceira epístolas, a si mesmo designou-se de “presbítero” ,(2Jo 1; 3Jo 1). Com referência aos presbíteros, em Atos11.30; 15.2,4,6,22,23; - 16.4; 20.17,28 e 21.18, epart icula rmente nos trechos de Tito 1.5,7, é evidente que os vocábulos “presbítero” (ancião) e “b ispo” (supervisor) são sinônimos, e que ambos se referem a homens consagrados, a líderes oficiais das igrejas. Parece claro que a palavra “presb í tero” se refere ao homem em sua exper iência espiri tual , e que o termo “bispo” a seu cuidado.

A conclusão a que se pode chegar, baseada nos parágrafos acima, portanto, é a seguinte: nas igrejas cristãs primitivas havia plura lidade de presbíteros ou anciãos. Noutras palavras, cada Igreja t inha certo número de homens consagrados que servia

1 Que não murcha . Incor rupt íve l , ina l te rável .

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como pastores. Nos dias dos apóstolos Paulo e Pedro, o Novo Tes tamento ainda não estava completo, pelo que não havia também padrões fixos a seguir, através dos quais fossem resolvidas todas as questões. A Igreja de Cristo estava passando pelo processo de recebei' a revelação total da parte de Deus. A fim de salvaguardar a verdade e resguardá-la das “ in terpretações part iculares” (ver 2Pe 1.20), foi plano de Deus que houvesse, em cada agrupamento evangélico, um corpo de homens dirigidos pelo Espíri to Santo, que pudessem comparar entre si suas impressões divinas, defin indo junto o pensamento e a mente de Deus no tocante à Sua verdade re la tiva às igrejas.

Igualmente, nesse período format ivo, a questão de alguém ser um pastor era algo in te iramente novo para todos, havendo necessidade do surgimento e aperfeiçoamento de muitos obreiros dessa categoria, mediante padrão de vida conveniente.

Através da associação uns com os outros, comparti lhavam eles o ministério das igrejas primitivas, e estavam assim capaci tados a observar as práticas uns dos outros, aprendendo mutuamente da exper iênc ia coletiva. Isso desenvolveu com p res teza1 aqueles l íderes das igrejas que, indubitavelmente , foram capazes de assumir maiores responsabil idades , como a tarefa de estabelecer novas igrejas e treinar novos presbíteros ou anciãos.

Mas, que havia certa dis t inção nas fileiras desses presbíteros parece ficar entendido em IT im óteo 5.17, onde lemos que alguns laboravam na Palavra e no ensino. Isso indicaria que esses t inham uma capacidade maior, enquanto que outros eram menos capacitados. Alguns talvez se ocupassem no cuidado dos pobres , na

1 Lig e i reza , p ront idã o . Ra pi dez , agi l idade .

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música ou na visi tação pessoal e funções pastorais semelhantes. Esses homens eram apoiados e estimados pela Igreja, conforme IT imóteo 5.17,18, onde a T imóteo é relembrado que o obreiro é digno do seu salário.

Igualmente os presbíteros ou anciãos podem servir em outras funções espiri tua is, até mesmo como responsáveis por congregações ou igrejas, estando capacitados a exercerem eventualmente o minis tério de pastor.

(2) Diáconos.Os primeiros diáconos foram escolhidos

pelos crentes, segundo está regis trado em Atos 6.1-7, para a tender aos interesses temporais da Igreja. Diácono significa “ministro ou servo” .

Participação do Membro no Governo da Igreja

Não resta dúvida de que os membros devem part ic ipar do governo da Igreja. Mesmo sendo uma teocracia, como já foi dito, a Igreja não pode deixar de ter a participação, embora relativa, dos que a elapertencem. A relação de partic ipação do povo nogoverno da Igreja deve ser operado pelo menos em três sentidos:

(1) Cooperando. A fim que os governantes tenham condições de desempenhar as suas funções sem embaraço. Essa cooperação é extensa e começa com a contribuição com os dízimos e as ofertas, a fim de que não venha faltar onecessário à manutenção da obra em todas as suas áreas de ação, desde o sustento dos obreiros à construção de templos e amanutenção do patrimônio.

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(2) Apoiando as Decisões. Apoiando as decisões e de terminações do ministér io que da parte de Deus lhe são recomendadas, cumprindo tudo com alegria, especia lmente no sentido da conservação da doutrina, como podemos observar faziam os irmãos na igreja primitiva (At 15.28-31).

(3) Reconhecendo que provém de Deus. OMinistér io da Igreja é dado por Deus e é uma vocação celes tial ; não se trata de prof issão de caráter social , de um emprego, embora tenham os ministros direito a sustento. Por isso devem ser obedecidos com alegria (Hb 13.17). Não havendo obediência, a partic ipação perde o sentido e a razão de ser.

Filiação

O ingresso na Igreja Universal é pela exper iênc ia de salvação e não pelo batismo em água. Todavia, tornar-se membro da organização, da Igreja local , através do batismo em água, que nada mais é do que o testemunho público e externo da decisão de continuar seguindo a Jesus, identif icando-se com Ele e com o Seu povo na terra.

Formas de tornar-se membro.Na era apostól ica, quando havia apenas “um

só Senhor, uma só fé, um só bati smo” , e não exist iam denominações com suas divergências, o batismo do convertido por si, o const i tuía membro da Igreja, outorgando-lhe imedia tamente , todos os direitos e privilégios de membro em plena comunhão. Nesse sentido, “o batismo era a porta de entrada na Igreja local” .

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Atualmente , a si tuação é diferente; e ainda que as igrejas desejem receber novos membros, são precavidas e caute losas para receberem pessoas que não vivam em conformidade com os padrões bíblicos.

> Assim, se aceita um membro na Igreja:

1) Pelo batismo (Mt 28.19; At 2.38).É necessário que seja devidamente casado

( IC o 7.2,10,11; Hb 13.4) ou solteiro, e que tenha exper imentado a salvação pela fé em Jesus.

2) Por carta de transferência.Quando expedida por Igreja da mesma fé e

ordem.

3) Por aclamação.Aplica-se a várias si tuações. Todas, porém,

exigem que a Igreja que receberá o membro já o tenha observado e considerado posit ivo o seu modo de viver. Pessoas recebidas de outros grupos rel igiosos devem ser observadas cuidadosamente , a fim de descobrirem se defendem doutrinas contrárias às doutrinas bíblicas que esposamos.

Deve haver entendimento bem definido acerca do sustento da Igreja, pelo membro a ser recebido, pois é possível que não se sinta responsável, quanto aos díz imos e ache que outros é que devem levar a carga financeira da obra.

O candidato deve estar ciente das normas de santidade. Deve o pastor instruir os novos membros nas verdades essenciais para o desenvolv imento da Igreja; e somente os que estão plenamente doutrinados poderão ser admitidos como membros.

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> A Igreja poderá receber, também, por aclamação:

a) Membros de organizações genuinamente evangélicas.

b) Membros de igrejas que não dão carta de transferência.

c) Membros cujos documentos foram extraviados.

> Além do que prescreve o estatuto , deve o membro:

» a) Consagrar-se;

a b) Aprender a levar as almas a Cristo;

c) Honrar, respeitar, sustenta r a obra com díz imos ; A

d) Assist ir aos cultos;

e) Votar nas várias reuniões;

f) Participar da Ceia;

g) Visitar e ser visi tado; ^

h) Tomar parte nas a tividades da Igreja; <■

i) Ser separado, eventualmente , para obreiro local.

> Perigos a serem evitados:

a) Pensar o pastor somente no número de membros;

b) Pensar demais em apoio financeiro ou social;

(c) Ter na Igreja, como membros, pessoas que não ) querem se compromete r com o bom exemplo; /

d) Ter na Igreja, como membros, pessoas que crêem K em doutrinas diferentes;

c) Aceitar como membros pessoas que se separaram ^ bruscamente de suas igrejas originais.

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Cartas

Recom endação .Deve ser expedida apenas a membros em

comunhão com a Igreja e que farão uma viagem temporária a um ou mais lugares. A validade da primeira apresentação é de 30 dias. Caso o membro vá permanecer em lugar fixo, mais de 3 meses , o ideal é levar carta de mudança.

M udan ça .A carta de mudança é legada1 a membros em

comunhão com a Igreja e que este jam transfer indo residência para outra localidade onde exis ta Igreja da mesma organização.

Declaração .No caso de um membro querer transferir -se

para uma Igreja aceita como evangél ica, mas que não seja da mesma fé e ordem, podemos dar-lhe uma declaração, d izendo que foi membro da Igreja de tanto a tanto, sendo, agora, desligado do rol de membros a pedido.

A presentação .Entre congregações de um mesmo campo ou

município pode-se dar uma carta de apresentação. Pode ainda ser usada para pessoas que, de passagem ou mudança, são apenas congregados e não membros. Em todos os casos ver também questão de prazo, destino, portador.

Antes de receber qualquer pessoa de outra Igreja, é bom consultar o pastor ou responsável de sua

1 R epas sada , passada .

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Igreja, procurando saber, se, na verdade, não expede qualquer documento para pessoas que mudam de organização, ou se a pessoa não está documentada por outros motivos. O tra tamento de qualquer destes casos deve ser feito com sabedoria.

As cartas de mudança ou recomendaçãopodem ser revogadas1 em qualquer ocasião, antes de serem usadas, se, no entender da Igreja, houvermotivos suficientes para tal ação, conformedisposi t ivos es ta tu tá r ios2.

A Disciplina na Igreja

A discipl ina é uma benção, e umanecessidade na Igreja (At 5.1-11; 2Ts 3.6-14; ^ n T >

(J 6 . 17JJT^ ICo 5). Jesus falou sobre "a disciplina (Mt 18.15-17). Deus é um Deus de ordem. Como um pai disciplina seus filhos na famíl ia (Hb 12.5-11), assim deve haver disciplina na Igreja.

Apesar da Igreja não ter condição de obrigar a consciência do membro, ela tem de ju lgar sobre a observação dos ensinos bíblicos e cristãos por parte dos que a ela pertencem.

Sem dúvida um dos fundamentos da Igreja é a disciplina. Nenhuma ins ti tuição tem condições de atingir os seus objetivos se os membros não obedecerem às disciplinas.

> Para ensinar é preciso antes aprender. ^Daí surge à necessidade do obreiro

freqüentar regularmente as Escolas Bíblicas, ler bons l ivros e estudar a Bíblia, para ser um obreiro aprovado.

1 Tor na r nulo, sem efe i to; fazer que de ixe de vigorar ; anular , inva lidar , revocar .2 R el a t i vo a, ou con t id o em es ta tu to(s ) .

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O objetivo da disciplina visa tanto preparar bons crentes como bons obreiros.

Pela leitura das epístolas de Paulo, nota-se que ele se dedicava mais ao ensino que à pregação, e até mesmo as suas mensagens eram saturadas de ensino.

Salomão, por exemplo, maior sábio do seu tempo, porque recebeu sua sabedoria dire tamente de Deus, repartiu-a com todos os seus, e quando foi visi tado pela rainha de Sabá, o que mais a impressionou foi jus tamente a disciplina dos servidores de Salomão ( lR s 10.4,5).

A disciplina pelo ensino é mais ef iciente que a correção. Assim, se o pastor deseja ver uma Igreja bem disciplinada, a regra áurea é: “Manda estas coisas e ensina-as” ( lT m 4.11).

> Propósito da disciplina.Principal objetivo da disciplina é transformar

vidas e formar caracteres. O exemplo é um fator impor tante na disciplina. O que ensina precisa primeiramente disciplinar-se a si mesmo, a fim de dar o exemplo. Quem ensina, precisa viver o que fala.

Jesus fez uso desse método de ensino, e foi isso que garantiu a sua autoridade. Ele censurou os mestres fariseus porque ensinavam, mas não praticavam. Por isso mesmo não t inham autoridade! “Não se deve considerar a disciplina com caráter negativo, como castigo por parte da Igre ja” . A disciplina tem caráter positivo:

■ Corrigir uma má situação (2Co 7.9); >■ Restaurar o caído (G1 6.1; Mt 6.14,15);■ Manter o bom testemunho da Igreja ( lT m 3.7);■ Advertir os demais membros para que não se

' descuidem ( IC o 5.6,7);

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■ Apelar à consciência do ofensor para que pense sobre sua conduta.

> Motivos para disciplina.

■ Conduta desordenada ou desaprovada pela P a l a v r a \ y de Deus (2Ts 3.11-15);

■ Imoral idade ( I C o 5); n/

■ Espíri to contencioso, divisor (Rm 16.17,18; 2Co ’ 13.1; lT m 3.15,20);

■ Propagação de falsas doutrinas, heresias (Tt 3.10,11);

■ Fil iação à organização ou Igreja incompatível com o crist ianismo.

> Métodos do procedimento na disciplina que Jesus ^ ensinou em Mateus 18.15-18.

■ N" medida do possível , deve-se tratar o problema ^ entre as pessoas afetadas.

■ Duas ou três testemunhas, v /

■ Não se arrependendo o ofensor, ou se o caso, / tomar proporções e chegar ao conhecimento de muitos, deve-se levar a Igreja.

■ Caso se recuse humildemente a reconhecer sua falta, e a pedir perdão, deve o ofensor ser j desligado do rol de membros (Mt 18.18; 2Ts 3.14; ^ IC o 5.11). Arrependendo-se , que seja perdoado,se a falta não for tal que exija desl igamento imediato.

■ Se o caso for de flagrante escândalo para a Igreja, J ao ser comprovado, deve ser imediatamente desligado, tudo, porém com justiça.

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> Casos especiais de disciplina aplicada por muitos.

Casos de perdão para pessoas que exercem cargos na igreja ou liderança.Ex: Regente de coral ao se ar repender deve voltar imedia tamente a exercer a função? E necessár io um tempo de prova, no qual a pessoa tem de demonst rar arrependimento.

Precisa-se dar tempo para que a Igreja veja o arrependimento e restabeleça a confiança. Nunca se deve faci l i tar tanto a ponto de se pensar que o pecado é coisa tão simples que a Igreja nem sequer se incomoda.

> Atitude do pastor frente ao procedimento dedisciplina do membro.

■ Deve ministrá-la com espíri to de humildade e de amor (G1 6.1);

■ A disciplina não é um castigo, ela visa redimir e restaurar;

■ Tudo o que tem espíri to de represá l ia1 ou revanche é carnal e dificulta a submissão da pessoa;

* O bom pastor dá a vida e deve estar ansioso pela volta da ovelha que se perdeu.

■ A disciplina deve ser aplicada imparcialmente;

■ A disciplina nunca deve se transformar em arma nas mãos do pastor ou dirigente, como meio de impor a sua própr ia vontade: Nada há mais reprovável que amedrontar membros com disciplina para colocá-los na linha. Além do mais, pastor não é ditador. E, sim, um guia e exemplo do redil ( IP e 5.1-3).

1 De sfor ra , v ingança , desp ique , des forço , re ta l iação .

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Questionário

■ Assinale com “X ” as a lternativas corretas

6. Foram escolhidos pelos crentes (segundo At 6.1-7), para atender aos interesses temporais da Igrejaa) 13 Os primeiros diáconosb)| I Os primeiros anciãosc)l I Os primeiros presbíterosd)| I Os primeiros pastores

7. O ingresso na Igreja Universala)l I É pelo batismo em águab ) 0 É pela exper iência de salvaçãoc)l I E pelo batismo no Espíri to Santod)l I E pelo cadastro no rol de membros

8. Quanto aos perigos a serem evitados pelo pastor, é incerto dizer quea)| I Não deve ele somente pensar no número de

membrosb)l I Deve nao pensar demais em apoio financeiro

ou socialc ) @ Deve aceitar como membros pessoas que se

separaram bruscamente de suas igrejas originaisd)l I Não deve ter na Igreja, como membros,

pessoas que crêem em doutrinas diferentes

■ Marque “C ” para Certo e “E ” para Errado

9.|fc| A carta de apresentação é passada aos membros que estejam transferindo para outra localidade

10.[£] O que ensina precisa primeiramente disciplinar- se a si mesmo, a f im de dar o exemplo

Lição 2O rganização da Igreja

A organização da Igreja local é apresentada, em sentido figurado, na descrição que o apóstolo Paulo faz de Cristo de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado, pelo auxíl io de toda junta , segundo a j u s t a cooperação de cada parte, efe tua o seu própr io aumento para a edificação de si mesmo em amor” (Ef 4.16; 2.21). Trata-se s implesmente da integração de cada junta e parte formando uma unidade, a f im de que, como conjunto completo, tudo funcione com vida, eficiência e harmonia.

> Os objetivos da organização eclesiástica.O propósito da organização da Igreja é

tríplice.sDj z J Em primeiro lugar, tem que moldar-se à

natureza de Deus. O Senhor Deus é muito ordeiro. Seu grande universo celestial movimenta -se com tal precisão que poss ib il i ta aos ast rônomos preverem o momento exato dos eclipses, o aparec imento dos cometas e outros fenômenos celestes.

Deus ins truiu os fi lhos de Israe! a se locomoverem em de terminadas formações, atendendo condições de precedência, es tabe lecendo a posição exata de cada tribo no acampamento , em relação ao labernáculo que ficava no centro.

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Quando Cristo multipl icou os pães para os cinco mil homens, ordenou que todos se assentassem em grupos de cem e de cinqüenta (Mc 6.39,40). O próprio corpo humano é obra de Suas mãos, sendo uma maravilha de precisão e organização.

A sincronização das batidas cardíacas com a função respiratória dos pulmões; o processo digestivo e sua relação com o sistema nervoso e com todas as partes do corpo se ajustam na mais perfeita ordem e cooperação, funcionando automática einvoluntariamente , tudo posto em movimento pela mão do habi l idoso Criador.

Poderia alguém duvidar da sabedoria de Deus em tão bem organizar e correlacionar a Igreja, que é o corpo de Seu próprio Filho, com a mais exata precisão? Certamente está em perfe ita harmonia com o plano e os métodos de Deus, que a Sua Igreja, a mais selecionada de toda a criação, tenha pelo menos o m e s m j grau de harmonia e unidade, no seu modo de ser, como qualquer outra obra.

Em segundo lugar, o propósito de organização da Igreja local visa a prover o máximo de ef iciência. Uma tu rb a1 de dez mil pessoas poderia ser derro tada por cem soldados, mediante ordem e formação técnica de ação. Do mesmo modo, a Igreja local , perfeitamente unida e onde cada qual ocupa o seu devido lugar (Mc 3.34), pode real izar muito mais para Deus do que uma grande e desorganizada massa de crentes.

Há muito trabalho a ser feito por este mundo afora. Obviamente faz parte do bom senso alguém se preparar para a realização dessa tarefa da maneira mais eficiente possível.

1 M ul t id ão em desordem. Mui tas pes soas reunidas ; povo.

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Em terceiro lugar, o fim co l im ado1 por essa organização da Igreja local é assegurar a p rob idade2 em sua adminis tração, j á que um pequeno grupo poderá monopolizar a posse e os privi légios legais, se a Igreja local não for devidamente organizada. Pode ocorrer alguma parc ialidade na dis tribuição das tarefas do ministério e das a tividades da assembléia. Não havendo registros nem qualquer sistema de controle, poderá ocorrer in jus tiça no a tendimento aos membros como, por exemplo, nos casos de visitação.

> Organização composta de regenerados.'Yv - V\ Ao pensar-se sobre a organização de uma

Igreja local , p ressupõe-se a existência de um grupo de pessoas realmente nascidas de novo. Esse é o único material com que se pode levantar a Igreja local , pois não há outro fundamento além daquele que já foi posto, a saber, Jesus Cris to ( I C o 3.11).

A Igreja compõe-se daqueles que pertencem ao reino espiri tual (Mt 18.3; Jo 3.3). Qualquer outro material que não seja almas nascidas do alto, será como madeira, feno e palha, que será consumido pelo fogo, naquele dia ( I C o 3.12,13). Quão insensato é o pastor que edifica com material perecível.

> Argumentos a favor do rol de membros.Contando com o bom material, como já

definimos, o pastor pode lançar-se tranqüilo na organização de uma Igreja local. O simples fato de conseguir uma aglomeração de pessoas para pres tar culto não significa que esteja edificando uma Igreja. Deve haver ato de ins ti tuir e pôr em ordem a Igreja.

O primeiro passo em direção a tornar a Igreja

1 Mira do , v i sado, obse rv ado .2 In te g r id ade de car á t e r ; ho nr ad ez , pundonor .

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local em um organismo vivo, é reconhecer certo número de membros , havendo fortes razões para a formulação de um rol de membros. Em primeiro lugar, a necessidade instintiva de cada crente é de pertencer a um lar espiri tual . Tal como a pessoa deseja possuir um iar e ali viver, assim também as novas criaturas em Cristo anelam por pertencer a uma Igreja que considerem como sua.

Em qualquer obra organizada, há certa condição de estabil idade que natura lmente atrai o povo, que não se arriscaria a associar-se a algo transitório. A fim de atender a essa necessidade e de contar com um lugar onde os crentes possam sentir-se em casa, dando- lhes a satisfação de “pertencer” a essa casa, é m is te r1 criar uma organização composta de seus próprios membros.

Outro motivo pelo qual deve haver um arrolamento definido de membros, é que isto é bíblico. Nos dias dos apóstolos e da Igreja Pr imitiva , consta que “ ... dos restantes, ninguém ousava ajuntar-se a eles; porém o povo lhes tr ibutava grande admiração. E crescia mais e mais a multidão de crentes, tanto homens como mulheres, agregados ao Senhor” (At 5.13,14). Dá a entender que havia um arrolamento bem como uma dist inta l inha de demarcação entre os discípulos e os infiéis. Por isso deve exis t i r o rol de membros, que evita promiscuidade3 e confusão.

Pode-se perceber c laramente , em bom número de passagens, que se fazia a contagem dos membros , e disso havia registros. No dia de Pentecostes os irmãos eram 120 (At 1.15). Quase três

1 Pr ec iso , nece ssá r io ; u rgente.2 L e v ant am ent o , inventár io, lista.3 Qu a l id ade de promísc uo ; mistura d eso rd en ad a e confusa. Diz- se de pes soa que se ent rega sexua lme nte com fac i l idade .

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mil foram acrescentados à Igreja naquele dia (At 2.41). Mais tarde o número aumentou para cerca de cinco mil (At 4.4).

As inscrições que concernem à disciplina deixam claro que havia uma nít ida l inha de separação - o lado em que se encontravam os membros e o outro, onde permaneciam aqueles que não podiam part ic ipar da comunhão ( ICo 5.12,13). O apóstolo Paulo recomendou que a congregação em Corinto excluísse de seu rol aquela pessoa iníqua. Aqui temos uma s ituação dos que es tavam “den tro” e dos que estavam “fora” , o que é possível somente com um rol de membros. O próprio Senhor ins truiu que, após os passos preliminares apropr iados em direção à reconci l iação, se o irmão se mostrasse irreconcil iável, dever ia ser reputado como gentio e publicano (Mt18.17). Isso o poria fora do p á l io 1 da comunidade, requerendo que começasse tudo de novo se desejasse yoltar a fazer parte da mesma.

Essa exigência também revela a vontade de Jesus, no sentido de que haja definição exata sobre a si tuação dos crentes. Tito 3.10 ordena a rejeição do herege após a primeira e segunda advertência. Como poderia haver a rejeição se não houvesse pelo menos um grupo definido do qual pudesse ser excluído? Veja também 2Tessa lonicenses 3.6,14,15.

Existe ainda uma outra razão em favor do rol de membros. E lógico do ponto de vista de qualquer empreendimento. Quando pessoas crentes f reqüentam uma Igreja e fazem invest imentos nela como seu lar espiri tual , adquirem por ela um interesse maior. Caso o templo seja de propriedade de alguém (do pastor, por exemplo), e esse alguém mais tarde o vende e muda-se

1 Manto, capa.

para outra cidade, então os que t iverem colaborado ali sentirão que de uma hora para outra se viram desabrigados, e como negar que tais sentimentos são perfe itamente jus tos?

Dar aos crentes o direito de voto no controle da propriedade da Igreja parece elementar. Igualmente, supondo que a alguém seja dado o direito de votar, só por se achar presente a uma reunião de membros, equivaleria a dar a est ranhos , ou àqueles que raramente freqüentam a Igreja e que não deviam constar do rol, o direito de controla rem as propr iedades da Igreja tanto quanto os membros ativos, os quais são fiéis em sua freqüência e que ali realmente têm feito invest imentos. Isso seria uma injus tiça e ocasionaria protestos jus tos . Ora, ambas as possibi l idades são evitadas mediante o simples expediente de haver um rol de membros, e em que a posse da propr iedade tenha sido feita em nome da Igreja.

Isso não é apenas sensato e eminentemente justo, mas também desfruta de apoio bíblico que confirma esse princípio. Em Romanos 12.17 aconselha que façamos coisas direitas e honestas perante todos os homens. E 2Coríntios 8.21 nos recomenda: “ ... pois o que nos preocupa é procedermos honestamente , não só perante o Senhor, como também diante dos hom ens” .

> Normas para tornar-se membro.Antes que possa ser de te rminada e

reconhecida uma lista de membros da Igreja, é necessário resolver a questão das exigências mediante as quais serão aceitos os membros.

A questão da aceitação ou rejeição de membros, ou seu desl igamento definit ivo, não pode ficar a critério pessoal do pastor ou de seus auxil iares diretos. Deve haver uma norma escri ta, baseada na

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Palavra de Deus, mediante a qual se chegue a decisões imparciais.

Na jus t iça secular aplicam-se as regras sem olharem pessoas; e por que não proceder do mesmo modo em nosso meio? Só pode haver confiança e satisfação entre o povo, quando há um entendimento quanto às qualif icações de candidatos a membros. Mas, se as regras forem meramente “suben tend idas” , darão ensejo a muitos desentendimentos . Nada melhor do que dispor de um documento definido, sempre imparcial , jamais inf luenciável pelos argumentos , e que possa pres tar tranqüilamente o v e red ic to1 adequado a cada questão em debate.

É mister, portanto, que haja um claro en tendimento sobre o que está envolv ido nas questões, e que isso seja registrado em linguagem simples e concisa2, sendo então aprovado pelo voto voluntário dos membros da Igreja, ou pelos membros oficiais que são por ela responsável. Isso porá fim a toda argumentação e contribuirá para a adminis tração harmoniosa das at ividades da Igreja.

A exper iênc ia vital do novo nascimento é imprescindível para que alguém se torne membro deuma__Igreja local (2Co 5.17). Mas, deveríamoscontentar-nos apenas com a mera conf issão de fé e a reci tação da sentença: “Creio em Jesus Cristo como Filho de D eus?” .

Mui tos são os grupos que se têm associado à base de tão insufic iente fundamento. E tudo indica que nessescrebaj ihos há muitos não j re g e n e rad o sy Deveria haver algo de mais específico em matéria de exigências para que alguém se tornasse membro. O Senhor nos ordena nestes termos: “Por isso, re tira i-vos do meio

1 Ju ízo p ro n u n c ia d o em qua lq ue r matéria.2 Suc in to , re sumido . Prec iso , exato.

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deles, separa i-vos . . .” (2Co 6.17). E Ele também nos instruiu~~como segue: “Sede santos, porque eu sou san to” ( IPe 1.16). Diz-nos ainda que “Se a lguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele” ( l J o 2.15). E tãmbem: “ Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por estas coisas (certos pecados citados nos versículos 3 à 5) vem a ira de Deus sobre os fi lhos da desobediência" (Ef 5.6).

Que devemos fazer em face dessas Escrituras? Haveríamos de aceitar em nossas igrejas, como membros, aqueles que demonst rarem amor ao mundo? Se a ira de Deus repousa sobre os tais e se de maneira âTgTímã~éntrárao no reino (G1 5.19-21), que direito temos nós de aceita-los na Igreja? Que coerência haveria nis to?

Da parte de todo candidato a membro, deveria haver a declaração definida acerca da renúncia ao pecado e às coisas do mundo, com pTènà ^compreensão sobre este ponto. Se af irmarmos que a nossa doutrina é corre ta e bíblica, e que temos exper iênc ia com Deus, então a coerência requer que esperemos dos membros de nossas igrejas um alto padrão de vida e exper iência espiri tual . Mas, se nossa Igreja não é diferente das demais, nesse caso, por que exist imos como denominação separada? Esse é um desafio direto. (O cr is t ianismo em vários aspectos se acha dividido em muitas denominações e seitas). A menos que haja clara jus ti f ica tiva para nossa exis tência separada como denominação, estamos condenados por estar aumentando o número dessas divisões.

Nossa própria existência, como Igreja, exige que tenhamos um padrão mais elevado de aceitação.de membros;(ê^u g ^ q u è ^ h aja certas quali f icações') impostas aos que queiram tornar-se membros de nossas igrejas.

Se a Igreja for pura e santa, gozará da

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aprovação de Deus e dos homens. O pecado crucificou nosso Mestre. Este mundo vil é inimigo da graça de Deus. A Igreja está a caminho de uma pátria santa e celestial , e nós adoramos a um Deus santo. Isso torna necessário que os crentes se aproximem o mais possível do estado “sem mácula nem ruga, nem coisa semelhante, mas antes, seja santa e sem defeito, como Igreja g lor iosa” (Ef 5.27).

Deus derramará Suas bênçãos sobre uma comunhão l impa, de santos, e não sobre aqueles que acolhem o pecado e o mundanismo em seu meio. O povo, semelhantemente , aprecia a coerência de uma vida santa da parte daqueles que fazem tão vigorosa prof issão de fé. Desse modo as bocas serão fechadas e os corações ficarão convencidos da real idade dessa maravi lhosa salvação.

A Diretoria

É muito destacado o lugar do corpo adminis tra tivo da Igreja local. Após a escolha dos presbíteros e diáconos é conveniente e bíblico que haja uma consagração pública desses irmãos. Ao serem selecionados os primeiros diáconos, estes foram apresentados aos apóstolos, os quais oraram e impuseram as mãos sobre eles (At 6.6). Isso dará aos presbíteros e diáconos “certo pres t íg io” perante a Igreja, além de demonst rar publicamente que o pastor os aceite sem restrições.

O secretário da Igreja, escolhido pelo presbitério , é o guardião e responsável por todos os documentos impor tantes, atas, etc. Sugere-se que haja pelo menos uma reunião mensal do presbitério , a não ser por mot ivo de força maior. E essa reunião deve ser levada a efeito, quer haja assuntos de re levância a

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I_______________________________________________________________

tratar, quer não.Haverá sempre necessidade de

companheir ismo e conselho, e de um período de oração fervorosa em favor do bem-estar espiri tual de toda a Igreja. Devem-se lavrar atas contendo todas as m o çõ es1 aprovadas em cada reunião. E seria conveniente que o secretário lavrasse em ata os assuntos tratados, e se chegaram ou não à aprovação.

Além da reunião do presbitério é necessár io que o pastor se reúna com as outras comissões da Igreja. Há os oficiais da Escola Dominical com os quais terá de entrevistar-se, e deve estar presente às reuniões semanais ou mensais dos professores e obreiros da Escola Dominical . Se houver um grupo organizado da mocidade, o pastor será automaticamente membro ex-ofício de sua diretoria. O pastor não deve considerar que fazer-se presente a essas reuniões seja um privilégio, mas, sim, um dever.

O pastor é o líder de cada depar tamento, bem como da Igreja em geral. Seu intuito, ao fazer-se presente a essas reuniões, é o de contribuir com seus conselhos e exercer uma influência benéfica, visando apr imorar o conhecimento dos crentes e a at ividade espiri tual . Sua presença não deve de forma alguma abafar ou in timidar e nem tirar deles a responsabi l idade no trabalho.

O pastor deve dar valor à sabedoria e às opiniões deles, encorajando suas iniciativas. Jamais deve passar à frente desses subordinados, naqueles detalhes que são legit imamente deles. Caso tenha qualquer sugestão a fazer, que o faça ao membro encarregado, e este entre em contato com os demais.

1 Pro pos t a , em uma as semb lé ia , ace rca do es tudo de uma ques tã o , ou re la t iva a qu a lq uer inc idente que sur ja nessa assemblé ia ; p ropos ta .

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Questionário

■ Assinale com “X ” as alternativas corretas

1. O propósito da organização da Igreja é tríplice. Em primeiro lugara ) @ Tem que moldar-se à natureza de Deusb)| | Visa prover o máximo de ef ic iênc ia o D é assegurar o ajuste em sua adminis traçãod)i I Visa equipar de elevado nível de eficácia

2. Recomendou que a congregação em Corinto excluísse de seu rol uma pessoa iníquaa)l I O apóstolo Pedrob)| I O apósto lo Tiago O r a O apóstolo Paulod)l I O apóstolo João

3. É coerente dizer que, o responsável por todos, os documentos importantes , atas, etc, da Igreja é oa ) D Di áconob)| I Cooperadorc)| I Presbíterod ) @ Secretár io

\■ Marque “C ” para Certo e “E ” para Errado

4.[C1 Ao pensar-se sobre a organização de uma Igreja local, p ressupõe-se a existência de um grupo de pessoas rea lmente nascidas de novo

5.It l A questão da aceitação ou rejeição de membros , ou seu desl igamento definit ivo, deverá ficar a critério pessoal do pastor

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No que diz respeito aos imóveis e ao equipamento da Igreja, pode-se dizer algo. O profeta

p Ageu ins truiu ao povo que ouvisse a ordem do Senhor: “Subi ao monte, trazei madeira e edificai a casa” (Ag1.8). E acrescentou que Deus havia amaldiçoado a m esse1 do campo, “ ... por causa da minha casa, que permanece em ruínas, ao passo que cada um de voz corre por causa de sua própria casa” (Ag 1.9). Todavia, quando a casa de Deus ficou terminada, foi pronunciada sobre ela a bênção do Senhor. “A glória desta últ ima casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos; e neste lugar darei a paz. . .” (Ag2.9).

Chegou o tempo em que os fi lhos dos profetas disseram a Eliseu: “Eis que o lugar em que habitamos contigo é estreito demais para nós . . .” (2Rs 6.1). E solic itaram-lhe a permissão de edificar um lugar mais espaçoso; e Eliseu consent iu nisso e ainda os ajudou nesse empreendimento.

Salomão edificou uma vasta casa: “ ... porque o nosso Deus é maior do que todos os deuses” (2Cr 2.5). “Tendo os sacerdotes saído do santuário, uma nuvem encheu a casa do Senhor, de tal sorte que os sacerdotes não puderam permanecer ali, para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória de Deus enchera a casa do Senhor” ( lR s 8.10-11).

É verdade que após haver sonhado com a escada cujo topo atingia o céu, Jacó declarou ao despertar: “Na verdade o Senhor está neste lugar; e eu não o sabia. E, temendo, disse: quão temível é este

I m ó v e i s e E q u i p a m e n t o s

1 Seara em bom estado de se cei far . Ce ifa , colhei ta .

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lugar! É a casa de Deus, a porta dos céus!” (Gn 28.16,17). Naquele local nada havia além da pedra que havia usado como travesseiro , e que erigiu como coluna, derramando óleo sobre essa pedra. É a presença de Deus que motiva o levantamento de uma casa de Deus. Por outro lado, está d iv inamente registrado que os filhos de Deus lhe edificaram tabernáculos e templos, nos quais Ele cond escen d eu 1 em habitar.

E do conhec imento geral que precisamos estar f isicamente bem acomodados, em certo conforto, para nos assentarmos tranqüilamente a f im de darmos atenção às questões da alma e do espírito. Assim como o corpo é o veículo em que nossa natureza espiri tual está contida, do mesmo modo, o edifício de uma Igreja é o meio necessário às f inal idades espiri tuais e o local onde adoramos a Deus.

Também a Igreja deve possuir uma aparelhagem de som que permita uma audição, por parte dos ouvintes e, dos que a estão uti l izando, da melhor maneira possível . É um depar tamento da Igreja onde é necessário invest imento considerável. Em alguns casos, gasta-se excessivamente com construções e ornamentações, sendo minimizado o interesse pela qualidade sonora produzida para àqueles que vão às reuniões, gerando assim um fruto negativo em função da má qualidade dos equipamentos sonoros.

Não é aconselhável invest ir grandes fortunas como fez Salomão, quando existe a urgente necessidade de recursos consagrados com que possamos financiar a proclamação do Evangelho até às extremidades da terra. Por outro lado, cumpre-nos procurar a beleza simples nas casas de oração que levantarmos.

1 Tr ans ig i r es p o n ta n eam en te , ceder , anui r à vontade ou ao rogo de a lguém.

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O templo que consiste em um único salão é quase sempre o primeiro passo na criação de uma Igreja. Conforme for aumentando em número e capacidade financeira, será lógico e apropriado providenciar melhores acomodações para os diversos usos: o gabinete do pastor, uma sala de oração, salas amplas para a Escola Dominical que é div idida em classes, salão para reuniões diversas, berçário biblioteca. O Senhor atende à nossa fé ativa, quando damos um passo à frente e procuramos à expansão necessária ao desenvolvimento de Sua obra.

Manutenção

É para a glória do Senhor, que, as igrejas sejam equipadas de modo a abrigar confortavelmente o público. O mesmo deve dar-se com os móveis da Igreja. Bancos e assentos confortáveis, púlpitos bem confeccionados, cadeiras, quadros-negros, mapas e todo o equipamento que se torne necessár io para o trabalho eficiente, devem ser providenciados.

O exterior do edifício, o ja rd im e todo o imóvel devem ser conservados em boa ordem e sempre limpos. Os homens procuram a aparência das coisas e são esses homens que procuramos ganhar para Deus.

Um letreiro atraente deve ser colocado em lugar apropriado no templo, pois o templo, em si, já consti tui um convite aos transeuntes1 a entrarem. Uma providência sumamente interessante é a divulgação do

P l a n e j a m e n t o p a r a o T e m p l o

1 Indiv íduo que vai andando ou passando; passan te , caminhante , andante , v iandante .

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número do telefone e que tal número apareça tanto na lista te lefônica como nos saguões1 de hotéis da cidade. Sempre deve ser fácil aos estranhos a localização da Igreja para que os interessados saibam onde se reunir com os irmãos.

Cerimônias

Talvez seja um tanto difícil para um pregador não l itúrgico do Evangelho, efetuar cer imônias eclesiásticas. No entanto, isto faz parte de seu dever e ministério diário, e dever ia familiarizar-se com todas as cer imônias a que um minist ro é chamado a realizar, aprendendo a oficiá-las com dignidade e correção. As pessoas em favor das quais, tais cer imônias são realizadas, consideram-nas como momentos relevantes em suas vidas. Delas participam com profundo respeito e reverência. Se não realizarmos nesse espíri to de reverência, elas perderão, o propósito e os benef ícios para os quais foram instituídos. Não queremos dizer com isso que deva haver r ituais inf lexíveis, artificiais, mas antes, certa ordem digna que honra a ocasião. Em muitas dessas oportunidades estarão presentes observadores que são revestidos de certa auréola sagrada.

Se um ministro violar a santidade da ocasião, será um grande choque para tais pessoas e as levará a perderem o respeito por ele e por sua Igreja. Por essas razões, todos os minis tros dever iam conduzir as diversas cer imônias ecles iás ticas com dignidade e decoro , contando ao mesmo tempo com a presença e as bênçãos do Senhor nessas ocasiões.

1 Sala de en t rada , recepção.2 C o r reção mora l ; decênc ia. D ig n id ade , honr adez . Co n fo rm id ad e do es t i lo do orador , do escr i to r , com o assunto de que trata.

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A cerim ônia de casam en to .A cer imônia de casamento, em particular,

deve ser cuidadosamente observada, especia lmente em lugares onde tem valor legal.

. Antes de realizar a cer imônia, seránecessário que o minis tro se familiarize com as leis do país onde o casamento está sendo efetuado.

Os ministros devem conhecer bem as regras de sua denominação, que dizem respeito ao seu direito de oficiar cer imônias de casamento. O ministro jamais deve realizar uma cer imônia de casamento sem prévia investigação sobre o estado civil das pessoas que irão se casar. E se pers is t i rem dúvidas quanto aos candidatos , fará bem em invest igar pessoalmente , nas fontes, antes de prosseguir.

O minis tro não pode correr o risco de prejudicar sua posição na Igreja, por mot ivo de descuido em tão importante questão, casando pessoas que não sejam solteiras ou viúvas.

Uma vez seguro da autoridade legal e da aprovação ecles iástica no casamento, deve em seguida examinar os papéis do casal. Terminada a cer imônia, deve o minis trante preencher o formulár io e obter as assinaturas necessárias das testemunhas. Então será feito o registro permanente no livro apropriado para esse fim e exigido pelas autoridades do país. Esse livro deve ser cuidadosamente guardado. Cada ministro tenha todo o cuidado em amoldar-se às minúcias das leis do país onde serve.

Se o matr imônio tiver de ser efe tuado no templo ou numa casa particular, convém que antecipadamente se faça um ou mais ensaios. O ministro, o noivo e a sua testemunha devem aparecer defronte do altar, o minist ro de rosto voltado para o auditório, enquanto que o noivo e sua testemunha

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estarão à esquerda do ministro, parcialmente de frente para o auditório. Então a noiva, que marchará lentamente, sob o acompanhamento de música nupcial , para encontrar -se com o noivo, perante o altar. O noivo a acolherá ali á esquerda, e então ambos se voltam de frente para o minis tro , que iniciará a cer imônia.

A cerim ônia fú n eb re .Na celebração de funerais será aconselhável

ao novo pastor familiar izar-se com os costumes da região. Há grande variedade de costumes , no tocante à cerimônia fúnebre. Nas cidades menores e áreas rurais também há diferenças, às vezes grandes. Recomenda-se que o novo pastor não busque alterar os costumes da comunidade onde o funeral é efetuado, mas antes, adapte-se aos costumes locais na medida do possível.

Esses costumes variam quanto à hora e dia da semana e se vai haver ou não um culto a beira do túmulo, com a já costumeira cerimônia final.

A verificação prévia acerca de todas essas questões será proveitosa e ajudará o pastor a não violar as tradições de sua comunidade, l ivrando-se de censura ou culpa.

O minist ro deve atender aos desejos dos parentes do morto tanto quanto possível . Deve usar os cânticos desejados, planejando a celebração para ser breve ou longa, conforme a vontade expressa da família.

O culto da Ceia do Senh or .' \_Z ”1 O pastor deve anunciar com a devida

antecedência o culto de Santa Ceia exor tando os crentes a atentarem para a preparação espiri tual , e avisar aos não-convert idos acerca do perigo de tomá-la sem estarem devidamente preparados. E importante que

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os membros entendam que só deve ir à mesa do Senhor aquele que estiver com o coração l impo e sem pecado ( IC o 11.27-32). Por isso todo o que desejar participar da Ceia do Senhor deve preparar o coração. O que estiver em pecado deve arrepender-se e procurar o perdão. Em caso de haver rancores e desgostos entre alguns dos membros, estes devem reconci l iar-se antes de aproximarem-se da mesa do Senhor.

O pastor também deve anunciar que tanto ele como os demais obreiros estão dispostos a ajudar esp ir i tualmente a quem lhes pedir. Depois da exortação, convém que todos se entreguem à oração e à medi tação diante de Deus.

Ao oficiar a celebração da Ceia do Senhor, que o pastor prossiga calma e reverentemente . É uma cer imônia solene e sagrada e, devido à presença do Espíri to Santo em todo o seu transcurso, deve-se espera r que produza ricas bênçãos espirituais. Natura lmente que, os presbíteros e diáconos, cooperarão com o pastor nesse culto, como também os minis tros visitantes.

Mediante claro entendimento , estabelecido de antemão com os cooperadores , deve prevalecer ordem e sistema durante a celebração. Depois que os cooperadores t iverem tomado suas posições, convém que sejam lidas passagens apropriadas, preferencialmente ICorínt ios 11.23 à 26 ou 31; opdonalrnFhtêT-- Mateus ~26.17-20,26-29; Marcos 14.12,17, 22-25; ou Lucas 22.7-20.

Geralmente é de bom alvitre explicar que se trata de culto de Comunhão, mas que os não batizados sejam advertidos a não partic iparem. Após uma oração, o minis tro lerá novamente a porção concernente ao pão

1 Alv i t ra mento . Not íc ia , nov idade , nova .

e entregará o e lemento aos diáconos, para que o dis tribuam sistematicamente entre o povo.

Gera lmente a Santa Ceia é celebrada ao término do culto, no primeiro sábado do mês, ou no primeiro domingo do mês, pela manhã.

Não se deve apressar esta cer imônia. Ela é um ato solene e deve-se esperar que os par tic ipantes recebam ricas bênçãos da parte do Espíri to Santo ao permanecerem em sua presença durante a cer imônia.

O batism o em á g u a s .^>1(9 O batismo em águas, por imersão, deve ser realizado no bat is tér io da própr ia Igreja, ou em uma lagoa, praia ou rio. O ministro deverá cert if icar-se, acima de qualquer dúvida, que o batizando compreende bem o ato e que tenha realmente exper imentado o novo nascimento.

Ent revis tas preparatórias com os candidatos são a ssaz1 opor tunas . Essa cerimônia , com toda a propriedade, pode ser real izada como parte do culto noturno de domingo, posto que esteja unida à confissão de Cristo como Salvador.

A solenidade e a natureza sagrada da ocasião devem ser sentidas tanto pelos candida tos como por toda a assembléia. No momento apropriado o pastor entregará o púlpi to a um minis tro colega ou auxil iar, enquanto ele e os candidatos se retirarão aos vestiários a f im de se prepararem para o batismo. O pastor deve entrar primeiro na água, e os candidatos comparecerão um a um; ou então, se a cer imônia for efe tuada em lugar espaçoso, o grupo inteiro de candidatos poderá aparecer ao mesmo tempo. Após uma oração, o

1 Bas tan te , suf ic ien te , ou mui to.

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ofic iante se colocará em posição de efetuar a sua importante tarefa.

■ O batizando será orientado a colocar as mãos entre laçadas sobre o peito (mãos superpos tas1).

■ O batizan te colocará a mão que vai suportar o peso do batizando um pouco abaixo da nuca deste e, levantando a outra mão ao alto, fará as seguintes perguntas:

• O(a) irmão(a) crê que Jesus é o Sa lvador e Senhor de sua vida?

• Promete viver para Ele durante toda a sua exis tência?

• Está disposto a obedecer à sua Palavra incondic ionalm ente?

■ Após ouvir o “S im ” do candidato, o oficiante dirá: Segundo a tua confissão, o teu testemunho e a ordem de nosso Senhor Jesus Cristo, eu te batizo em nome do Pai, e do Filho e do Espíri to Santo. Em seguida colocará a outra mão sobre as mãos postas do batizando, e, com fi rmeza e delicadeza,e, mais que tudo, muito reverentemente , o inclinará para trás até submergi- lo tota lmente, com a maior rapidez, levantando-o logo para a pos ição ereta e o conduzindo a quem esteja ajudando.

■ Durante a realização do batismo, o oficiante deve acautelar-se quanto à má com pos tu ra2 de algumas pessoas, especialmente irmãs. (Esta recomendação é feita para que tão solene ato não se torne uma ocas ião para escândalos ou gracejos).

■ O of ic iante terá sua vest imenta bem apresentável,

1 Posto em cima.2 Seriedade ou correção de maneiras; comedimento, circunspeção, modéstia.

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inclusive usando gravata, para bem recomendar-se ao ministér io que exerce, e, ao mesmo tempo, destacar-se dos demais que irão às águas do batismo.

■ Se houver alguém enfermo ou com dificuldade de locomover-se, aconselha-se batizá-lo por último, por ser mais prudente e oportuno.

■ Ao concluir o batismo, o oficiante fará uma oração, após dar ciência ao dir igente do trabalho que conclui o ato.

Recepção de m em b ros.Na recepção de membros na Igreja, os

candidatos já terão sido examinados e feito sua declaração concordando com os costumes e doutrinas da Igreja a que estão se unindo. Essa cer imônia é simplesmente o “es tender a des t ra1 da com unhão” àqueles que já haviam sido regularmente admitidos como membros. Os candidatos serão de duas classes:

(1) Aqueles que foram admitidos por confissão de fé e ba tismo em águas;

(2) Os admitidos por carta de mudança enviada por Igreja irmã.

Ambos poderão ser recebidos do mesmo modo. Convém que os novos membros sejam recebidos imedia tamente antes do culto de Ceia para que participem da mesa do Senhor já como membros.

A presentação de cr ian ças .Na apresentação de crianças poder-se-á

entoar um cântico infantil , ao mesmo tempo em que os pais trazem as crianças à frente. O minist ro vai ao encontro deles. Passagens bíblicas apropriadas podem

1 A mão di rei ta .

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ser c itadas, como Marcos 10.13-16 ou Mateus 19.13- 15, etc., que provam que a apresentação de cr ianças ao Senhor não é o bat ismo infantil pra ticado em certas denominações. “O ba tismo bíblico realizar-se-á após a confissão de f é ” .

Então o pastor dirigir -se-á à Igreja ou aos amigos ali reunidos mais ou menos nestes termos: “Meus queridos , a famíl ia é uma insti tuição divina de te rminada por Deus, desde o princípio. As crianças são heranças do Senhor, entregue por Ele aos pais, para que cuidem delas, protejam-nas e as tre inem para a Sua glória. É mis ter que todos os pais reconheçam essa obrigação e responsabil idade perante Deus, no tocante a isso. Joquebede, nos dias antigos, criou nas coisas de Deus seu próprio fi lho Moisés, após tê-lo dedicado ao Senhor. Ana reconheceu que seu filho Samuel pertencia ao Senhor. A virgem Maria também trouxe o menino Jesus ao templo. Os pais de nossos dias,semelhantemente , devem reconhecer a sua sagrada obr igação para com seus filhos, entregando-os novamente nas mãos do Senhor que lhe confiou. Ao fazerem assim, reconhecem e ratif icam publicamente a responsabil idade que têm de criá-los no temor e admoestação do Senhor, no caminho da retidão e p iedade” .

Deve, pois, dirigir-se o pastor aos pais nos seguintes termos: “A vista de Deus e na presença de todas estas testemunhas , os irmãos prometemsolenemente criar seus fi lhos no temor e na admoestação do Senhor?” E ainda: “Prometemdi ligenciar desde cedo para que seu filho (ou filha) aceite a Jesus Cristo como Salvador e Senhor?” . “E também prometem, tanto quando depender dos irmãos, que seu fi lho(a) veja nos irmãos exemplos de vidas cristãs piedosas e coerentes?” . E então, tomando a

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cr iança nos braços, ou impondo as mãos sobre sua cabeça, o pastor dirá: “No nome do Senhor Jesus, dedico esta criança (nome da criança) a Deus e ao Seu santo serviço” . E em seguida fará uma oração de dedicação.

A congregação, te rminada a dedicação de todas as crianças, poderá entoar um outro hino infantil , em conclusão.

Outras Cerimônias

Existem algumas outras cerimônias que per tencem mais apropriadamente às incumbências dos responsáveis e convenções estaduais ou regionais dentro da denominação, do que aos encargos de um pastor local . Refer imo-nos à dedicação de um templo, ao lançamento de uma pedra fundamental , e à ordenação de minis tros do Evangelho .

Perturbação ao Sossego Alheio

Conforme a legislação em vigor no país, const i tu i-se contravenção penal (f icando o infrator sob as penas da lei) qualquer perturbação ao sossego alheio, por meio de:

■ Gritar ia ou algazarra;■ Exerc íc io de prof issão incômoda ou ruidosa, em

desacordo com as prescr ições legais;■ Abuso de inst rumentos sonoros ou sinais acústicos

(buzina ou apito);■ Provocação de animal, ou não procurando impedir

barulho produzido por animal sob a sua guarda.

É bom atentarmos para isso, pois algumas igrejas têm sido fechadas por perturbação ao sossego

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alheio (excesso de barulho) , pelas prefeituras do munic íp io onde estão localizadas. Para evitar t ranstornos com os vizinhos e com a lei, evite barulho acima dos decibéis permitidos.

Questionário

■ Ass inale com “X ” as alternat ivas corretas

6. Antes de realizar a cer imônia de casamento, será necessário que o minis tro se familiarize coma ) 0 As leis do país onde o casamento está sendo

efetuadob ) D O s convidados do casal a se casarc)l I As leis da Igreja onde será realizado o

casamentod)l I A l inguagem e ora tória para esse t ipo de

cer imônia

7. Quanto ao pastor no culto da Ceia do Senhor, é incerto dizer quea)| I Deve avisar aos não-convert idos acerca do

per igo de tomá-la sem estarem preparadosb)l I Deve exortar aos crentes a atentarem para a

preparação espiri tualc)[y| Deve anunciar no dia da celebração, para que

fiquem surpresos e espertos a não erraremd)[ I Deve prosseguir calma e reverentemente ao

ofic iar a celebração da Ceia do Senhor

8. Passagens apropriadas para Ceia do Senhora)8§ Preferencialmente Mateus 26.17-20,26-29b)[Xl Preferenc ialmente ICorín t ios 11.23 à 26 ou 31c ) @ Preferenc ia lmente Marcos 14.12,17, 22-25d)fli] Preferenc ia lmente Lucas 22.7-20

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Marque “C ” para Certo e “E ” para Errado

9.IM O profeta Ageu ins truiu ao povo que ouvisse a ordem do Senhor: “Subi ao monte, trazei madeira e edificai a casa”

l O . d O bat ismo em águas, por aspersão, deve ser realizado no bat is tér io da própria Igreja, ou em uma lagoa, praia ou rio

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Lição 3A Administração da Igreja

*7? IL Adminis t ração é um conjunto de princípios , normas e funções destinadas a ordenar , dirigir e controlar os esforços de grupos de indiv íduos para obtenção de um resultado comum. Por extensão, função que estabelece as diretrizes da empresa , de forma a organizar os fatores de produção e controla r os resultados.

J c r A Adminis tração Eclesiás tica é essencial à formação do pastor. Escreve o professor Pl ín io More ira da Silva: “Assim como o pastor passa a ter uma visão melhor de sua função como conse lheiro , depois que estuda Ps icologia Pastoral; de mestre, depois que estuda Educação Rel igiosa: de{jpregadoiy depois que estuda jHxjmilética^i ele só vai en tendeF mesmo a sua função de pastor, depois que estudar Adminis tração Eclesiástica. Só assim, ele encontrará o verdadeiro significado do t ítulo que os tenta” .

Não é bem sucedido em seu ministér io por não ter nenhuma noção de Adminis tração Eclesiástica. Entretanto, os ju izes , profetas, reis e os apóstolos foram notáveis administ radores. O Escri to r da Epís tola aos Hebreus afirma que Moisés foi fiel em toda a casa de Deus (Hb 3.2). O grande legis lador, em outras palavras, soube adminis tra r p ro f ic ien tem en te1 os bens sagrados.

1 Com c o m pe tê nc ia , capa c id ade , hab i l ida de , des t reza .

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O Senhor Jesus exor ta-nos a sermos admin is tradores precavidos (Lc 14.28-32). O que significa “Adminis tração Ecles iás t ica?” . Adminis tração Ecles iás tica é o estudo dos diversos assuntos ligados ao trabalho do pastor no que tange a sua função de líder ou admin is trador principal da Igreja a que serve.

Lembremo-nos que a Igreja é s imultaneamente , organismo e organização. É o povo de Deus organizado para a tender à missão que Deus a const i tuiu num tríplice aspec to:

■ Espir i tual v /■ Social v /■ Econômico {/*

A organização de uma Igreja local consiste em articular o seu governo. E a adminis tração dessa, consis te em pô-la em funcionamento .

Alguns asseveram que é mais fácil estabelecer uma organização que fazê- la funcionar. Mas cer tamente a sabedoria que capacita alguém para const i tu ir uma organização bíblica, também deveria capacitá-lo a cuidar da sua adminis tração. Todavia , deve-se admiti r que a paciênc ia necessária para cuidar do funcionamento detalhado duma máquina, do reparo de peças e de seu uso contínuo, em muitos casos falta ao gênio do indivíduo que a construiu. Seja como for, é absolu tamente necessário que uma Igreja seja não apenas bem organizada, mas que represente um organismo vivo, adminis trado de modo eficiente e fiel.

Da mesma maneira que a organização de uma Igreja começa com a ag lu t inação1 dos membros, a adminis tração da Igreja visa a manter unidos tais membros. Cria-se uma norma de aceitação de membros, um arrolamento definido.

1 Unir , reunir , ligar.

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Daí por diante cabe ao pastor adotar sempre esse padrão de acei tação e disciplina dos membros faltosos; para que permaneça nít ida a l inha de separação entre os que são membros e os que não o são.

Conserve sempre atualizado o rol de membros da Igreja. Quando houver ocorrências graves, deve-se remover do rol o nome das pessoas envolv idas- com as que faleceram ou mudaram para outras cidades. Estas últ imas podem ter os nomes arrolados em um rol de inativos, na hipótese de ausência temporária.

Quanto àqueles que se desviam ou deixam de viver segundo o padrão bíblico, devem merecer uma atenção particular. As instruções que o Senhor Jesus dá em Mateus 18.15-17 devem ser seguidas à r isca. Gálatas 6.1 é outra passagem bíblica que precisa ser observada: “Irmãos, se alguém for surpreendidonalguma falta, vós, que sois espiri tuais, corrige-o com o espíri to de brandura; e guarda-te para que não sejas também ten tado” .

Faz parte da incumbência do servo do Senhor instruir , humildemente , aqueles que se opõem: “ ... discipl inando com mansidão os que se opõe, na expecta tiva de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para reconhecerem plenamente a verdade, mas também o retorno à sensatez, l ivrando-se eles dos laços do diabo, tendo sido feitos cativos por ele, para cumprirem a sua vontade” (2Tm 2.25,26).

Após uma pers istênc ia séria, amorosa, com oração, semelhante à longanimidade de Deus, pode obter resul tados pos it ivos; caso contrário será necessár io tomar medidas disciplinares, re t irando seus nomes do rol de membros (2Ts 3.6,14,15; ICo 5.2,13). Essa ação não deve ser tomada pessoalmente por quem

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quer que seja, mas em consulta com presbíteros e diáconos. Entre tan to , não deve haver negligência nem fraqueza nesses casos, pois Deus é santo, e Ele' repreendeu severamente a Igreja de Pérgamo, por permiti r que cont inuassem em seu meio, os que adotavam a doutrina de Balaão; e em Tiatira, por tolerar o ens ino daquela mulher, Jezabel (Ap 2.14,20).

O Senhor não deixa passar os pecados nas igrejas. E ainda apoiou a igreja de Efeso por não poder tolerar os in íquos (Ap 2.2).

A Administração Patrimonial Eficiente

A direção dos negócios da Igreja deve ser eficiente e completa. Alguns pastores são como o homem que edificou sobre a areia, e se descuidam disso. Os bens e a propriedade onde cultuam a Deus, se não forem cercados de providências legais correm riscos de pre juízos incalculáveis.

O nome e endereço da Igreja local devem constar c laramente no t í tulo de compra, devidamente quitado e regist rado no Cartório de Imóveis. Isso evi tará qualquer dúvida sobre a legit imidade da posse. Deixar de fazê- lo é realmente perigoso.

Com essa providência, caso haja uma perda acidental do t í tulo original , pode-se obter uma cópia por cert idão. É prudente conservar todos os documentos importantes (tí tulos, papéis de seguro, e outros) em local à prova de fogo ou no cofre de um banco.

O secretário é o guardião oficial dos documentos da Igreja, qualquer que seja a natureza destes. Mas o pastor deve ter acesso aos mesmos, sempre que queira.

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A Administração Eclesiástica Sob o Ponto de Vista Bíblico

O adminis trador é um especia li sta na arte de trabalhar com pessoas. Sente-se vitorioso quando ajuda outros a fazer bem o seu trabalho.

A adminis tração perfe ita está nos céus. O próprio Deus estabeleceu regras fixas para o universo. O universo teve o seu planejamento, seis foram os dias da criação (Pv 8.22). Nenhuma Igreja vive sem adminis tração, assim como nenhuma empresa sobrevive desorganizada .

Muitos exemplos bíbl icos vêm de homens que foram verdadeiros admin is tradores, quer na condução dos assuntos re lacionados com a obra de Deus, quanto na sobrevivência de seu povo: Jetro, José no Egito, M oisés, Davi, D aniel, entre outros.

Em muitos casos, a Bíb lia tem sido ci tada por sua demonst ração de princ ípios adminis tra tivos. Vejamos alguns exemplos:

Conse lho de Jetro a Moisés (Êx 18.13-27);^ j a Davi divide os sacerdotes em 24 turnos - maiorais

do santuário e maiorais da casa de Deus ( l C r 24);• Salomão recebeu todas as orientações para

const rução do templo, e organização de seu reinado (2Cr 3).

■ E outros como:J • A técnica admin is tra tiva de José do Egito;"■/• A reconstrução de Jerusa lém por Esdras e

Neemias;• Jesus convoca os d iscípulos, após instruí-los

cu idadosamente, outorgou-lhes autoridade e poder, e os enviou ao campo; e antes de mult ip l icar os cinco pães, ordenou a seus

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discípulos que mandassem a mult idão assentar- se em grupos de cem e cinqüenta, na tura lmente para lhes faci l i tar o trabalho.

A Administração Secular

> Possui três grandes áreas:

J 1) P esso a l: cuida das pessoas de que compõe a firma, preocupando-se com a si tuação disciplinar, a integração, o tre inamento , a produtividade, a adminis tração, a demissão, as férias, a substi tuição e etc.

2) F in an ce iro: analisa a receita e programa de despesas.

3) O rganização e M étodos (O & M): estuda e pesquisa a maneira de a empresa operar, es tabe lecendo as seqüências mais lógicas e o tempo preciso.

O Que é Administrar

A palavra “admin is t ração” é originária do latim e significa l i tera lmente “sustentar com as m ãos” . Adminis trar é essencia lmente , “fazer funcionar um s is tema” . Admin is trar é a um só tempo:

■ P rever: É preparar-se para o futuro, com a necessária antecedência através de programas de ação. É prede terminar uma ação.

* O rgan izar: É reunir meios e recursos materia is e humanos, d is tr ibuídos racionalmente e de tal forma harmonizados que possam funcionar como um todo, e sem solução de continuidade.

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■ C o m a n d a r : É determinar as providências , a f im de que toda a organização funcione de acordo com as normas vigentes.

■ C o o r d e n a r : É manter o organismo emfuncionamento hom ogêneo1 e in tegrado em suas diversas atividades. É proporcionar o desenvolv im ento de cada órgão, procurando manter o equil íbrio do sistema operacional. Dessa forma, evitar-se-ão atritos, perda de tempo e complicações indesejáveis.

■ C o n t r o l a r : (Organização) aval iar e regular otrabalho em andamento e acabado.

A Administração dos Bens da Igreja

A Igreja não é uma sociedade com fins lucrativos nem o seu objetivo é comercial . O principal alvo da Igreja é a pregação do Evangelho, a propagação do Reino de Deus no mundo. Todavia , ela possui bens materiais como: templos , casas de moradias, veículos e etc. A admin is tração patrimonial da Igreja deve ser eficiente e completa.

Origem dos Bens da Igreja

Os bens da Igreja provem, especialmente , da contribuição sistemática dos seus membros, isto é, dos dízimos e das ofertas.

O principal responsável pela adminis tração da Igreja é o pastor presidente o qual, é claro, deve fazer a sua adminis tração sempre de acordo com os demais membros da diretoria, bem como com a Igreja.

1 Cujas par tes ou unidades não ap re se n ta m ou quase não a p re sen t am des ig ua ld ades , al tos e baixos.

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O adminis trador dos bens não deve ser um di tador, especialmente levando-se em conta que a propr iedade não é sua, mas da entidade. A adminis tração não deve ser feita em proveito próprio. Há casos de enriquecimento por administ ração d o losa1 dos bens da Igreja. O obreiro é um despenseiro de Deus, tanto das coisas espiri tua is como das materiais, portanto, devem ser fiéis.

O administ rador nunca deve sobrecarregar de dívidas a Igreja. Se isso vier acontecer, tornar-se-á a adminis tração em desequil íbr io, podendo levar a Igreja ao descrédito.

Departamento de Administração (Área Principal)

Secretar ia .Este é um órgão de grande impor tância para

o bom funcionamento de uma Igreja organizada. Poderá fornecer a direção, se bem atual izada nos seus serviços, informações de todas as a tividades programadas, bem como atender às mais diversas solicitações.

> Instalações da Secretaria .Para um perfeito desempenho de suas

atividades, deve a Igreja d ispor de um local (sala) própr io para a secretaria, e de fácil acesso para os membros. A sala deve ser bem iluminada e agradável, gerando boa impressão. Na secre taria deve-se ter todo o mobiliário necessário para o bom andamento dos trabalhos pertinentes à secretaria.

1 Dolo - Q ua lque r ato consc ien te com que a lguém induz, mantém ou conf i rm a out rem em er ro; má-fé , logro, f raude , as túc ia ; m aq u in ação .

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> A tribuições do Secretário (D iretoria).É necessário que o secretário possua

habil idade profissional para o desempenho da função. Quando o volume de traba lho exigir que dê expediente em tempo integral, e o secretário da diretoria não dispõe de tempo para tal, deve designar alguém para que o faça, sob a sua supervisão.

O secre tário deve possuir as seguintes qualificações:

Maturidade espir i tual ; ' /Educação exemplar ;Boa caligrafia;Boa redação;Ser zeloso; vSe possível possuir tempo.

> Variando de acordo com o estatuto, as principais a tr ibu ições do secretário são:

Lavrar atas da Assembléia , em livro próprio, assiná-las e apresentá-las para aprovação nas assembléias seguintes;Assinar, com o presidente, os documentos oficiais da Igreja;Manter em dia o fichário de membros e todos , os serviços relacionados à secretaria; ^Confeccionar e expedir toda a correspondência sob sua responsabil idade;Manter a tual izados todos os dados estatís t icos \ / na sua gestão;Prestar relatório de suas atividades;Tratar com afabi l idade e amor cristão todas as \ J pessoas que necessi tam de seus serviços;

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■ Cumprir outras providências de te rminadas pela di reção da Igreja;

■ Dif ic ilmente um secretário lavra as atas no momento em que a assembléia se real iza a não ser em convenções em que as sessões seguintes exigem a leitura da ata da sessão anterior (gera lmente as sessões das igrejas são mensais, o que facil i ta a confecção da ata com maior atenção e cuidado);

■ Apontar, então, os assuntos de maneira clara e objetiva. O trabalho torna-se mais fácil quando o secre tário recebe a ordem do dia;

■ O lançamento da ata deve ser feito na mesma semana da realização da Assembléia , pois o tempo e as múltiplas ocupações apagam de nossa mente fatos importantes que, no momento da sessão, não foram anotados;

■ Os apontamentos não devem ser feitos num pedaço de papel qualquer, para evitar o perigo de extravio. Um bloco especial é o ideal . Tão logo termine a sessão, deve o bloco ser levado à guarda da secretaria;

■ As dúvidas quanto às decisões tomadas devem ser t iradas no momento com o pastor da Igreja.

> C om petência do Secretário (Funcionário).Quase sempre é do sexo feminino, recebendo

da Igreja o seu salário e tendo, inclusive, sua carteira assinada e todas as obr igações sociais satisfeitas (CLT- Consolidação das Leis do Trabalho).

Função:■ Recepcionar todos os membros e visitantes

durante o expediente da semana, que tenham algo a tratar;

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■ Dig itar ou dati lografar as correspondências de rotina;

E Atender às solici tações da diretoria;■ Confeccionar o boletim da Escola Bíblica

Dominical e da Igreja;■ Providenciar cópias dos documentos a serem

encaminhados às Assemblé ias Gerais;* Confeccionar cartões de m e m b r o s ; ^■ Atender te lefonemas durante o expediente,

pres tando as informações pertinentes;■ Controlar assentamentos nas fichas dos

membros da Igreja (mudança, recomendação, desligamento, etc);

■ Endereçar e posta r cartas, impressos e pacotes;■ Organizar arquivos; receber , classificar,

dis tr ibuir e arquivar as correspondências ;■ Atender as reclamações e pedidos; fazer

encomendas;■ Acompanhar e verificar o estoque de material;* Plane jar a rotina do escri tório.

> D ocum entos de um a Secretaria:Rol de Membros . A elaboração do Rol de

Membros de uma Igreja é de grande impor tância, pois através dele todas as informações serão obtidas prontamente . É ele o registro de todos os membros batizados nas águas.

O Rol pode ser de membros ativos e inativos. Há o rol permanente , que revela quantos membros ao todo já passaram pela Igreja. Nele, são incluídos os nomes de membros por ordem de chegada. Chama-se, também, o livro de registros numéricos dos membros da Igreja. Essa numeração deve ser in interrupta no

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registro dos nomes, pois nas futuras comemorações poder-se-á verificar quais os membros mais antigos. Nunca se substi tui um nome já registrado, somente para aprovei tar o número, em caso de morte ou exclusão do rol. O número dado a um membro jamais deve ser outro.

Questionário

■ Assinale com “X ” as al ternativas corretas

1. Conjunto de princípios , normas e funções dest inadas a ordenar, dirigir e controlara)| I Pastorearb)| I Subordinaçãoc)| I Presidird)FZl Adminis tração

2. É o estudo dos diversos assuntos ligados ao trabalho do pastor no que tange a sua função de lídera)| I Adminis tração Geralb)[R| Adminis tração Eclesiás ticac)l I Adminis tração Organizacionald)| | Adminis tração Secular e Científ ica

3. É coerente dizer que, lavrar atas da Assemblé iaa)l I É atributo do pastor da Igrejab)| 1 É atributo do presbítero da Igrejac ) @ É atributo do secretário da Igrejad)| I É atributo do tesoureiro da Igreja

■ Marque “C ” para Certo e “E ” para Errado

4 . RH Igreja é uma sociedade com fins lucrativos e seu alvo é a pregação do Evangelho

5.FCI O principal responsável pela adminis tração da Igreja é o secretário

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As Igrejas e o Direito Tributário

Os templos destinados a prá ticas de fé, na verdade, as igrejas, à semelhança de todas as pessoas jurídicas, estão sujeitas às normas de tr ibutação, com base no principio da igualdade de todos perante a lei. Todavia, em virtude da excelência da posição da Igreja na organização da sociedade, e ao princípio fundamental e p é t reo 1 da l iberdade religiosa, o legis lador const i tuinte , para esta ins ti tuição, determinou um tra tamento tr ibutário excepcional , especif icando-o na Const i tuição Federal , entre as l imitações const i tucionais ao poder de tr ibutar do Estado. Ass im consta da Carta Consti tucional no seu artigo 150:

Seção I I

Das Limitações do Poder de Tributar

Art. 150. Sem preju ízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte , é vedado à União, aos Estados, ao Distr i to Federal e aos Municípios:

I - ex igir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

II - ins ti tuir tratamento desigual entre contr ibuintesque se encontrem em s ituação equivalente, pro ib ida qualquer dist inção em razão de ocupação prof iss ional ou fu n ç ã o p o r eles exercida, independentemente da denominação ju r íd ica dos rendimentos, t í tulos ou direitos;

III - cobrar tributos:

a) em relação a fa to s geradores ocorr idos antes do inicio da vigência da lei que os houver insti tuído ou aumentado;

1 Com apa rê n c ia ou res i s tê nc ia de pedra; pe t roso .

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b) no mesmo exercício f inance iro em que haja sido publ icada a lei que os insti tuiu ou aumentou.

IV - uti l izar tributo com efeito de confisco;

V - es tabelecer l imitações ao tráfego de pessoas oubens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pe la uti l ização de vias conservadas pelo Poder Público;

VI - inst i tu ir impostos sobre:

a) patr imônio, renda ou serviços, uns dos outros;b) templos de qualquer culto (grifo nosso);c) patr imônio, renda ou serviços dos partidos

polít icos, inclusive suas fundações , das entidades sindicais dos trabalhadores, das insti tuições de educação e de assis tência social, sem f in s lucrativos, atendidos os requisitos da lei;

d) livros, jornais , periódicos e o pape l destinado a sua impressão.

§ I o A vedação do inciso III, b, não se aplica aos impostos prev is tos nos arts. 153, I, II, IV e V, e 154, II.

§ 2° A vedação do inciso VI, a, é extensiva às autarqu ias1 e às fu n d a çõ es insti tuídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas f ina l idades essenciais ou às delas decorrentes.

1 En t i d a d e esta ta i autônoma, com p a t r im ôn io e recei ta p rópr ios , c r iada por lei para executar , de forma desc en t r a l i zada , a t iv idades t íp icas da admini s t r ação públ ica (p. ex. : Banco Central) .

§ 3 o As vedações do inciso VI, a, e do parágra fo anterior não se aplicam ao patr imônio , à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pe las normas aplicáveis a empreendimentos privados , ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pe lo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de p a g a r imposto relat ivamente ao bem imóvel.

§ 4 o As vedações expressas no inciso VI, alíneas b e c, compreendem somente o patr imônio, a renda e os serviços relacionados com as f ina l idades essenciais das ent idades nelas mencionadas.

§ 5° A lei de terminará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.

§ 6 o Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específ ica federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem preju ízo do disposto no artigo 155, § 2 o XII, g.

§ 7° A lei poderá atr ibuir a sujeito pass ivo de obrigação tr ibutária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo f a to gerador deva ocorrer pos ter iormente , assegurada a imediata e preferencia l resti tuição da quantia paga, caso não se realize o f a to gerador presumido.

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Da leitura do texto consti tucional é de clareza s ingular o entendimento de que é defeso à União, Estados, Municípios e ao Dis tri to Federal, insti tuir impostos sobre templos de qualquer culto, que tenham como fato gerador da obrigação tr ibutária o pa trimônio, a renda e os serviços re lacionados (isto é, d ire tamente vinculados) com as final idades essenciais das ent idades nelas mencionadas (art. 150, inciso VI, letra “b ” , do art igo 150).

Medidas a serem Adotadas Pela Matriz e suas Filiais

> Cuidados com a tesouraria da Igreja.Os tesoureiros da Igreja matriz e das

congregações devem ter o máximo cuidado com os documentos de despesas irregulares. Erros têm ocorrido, não por má fé dos responsáveis pela área financeira da Igreja, mas por falta de conhecimento especifico sobre o assunto, ou por serem mal informados. Por isso, os tesoureiros auxil iares das congregações devem ter a maior caute la com os rela tórios financeiros e com despesas que não inspirem confiança, a f im de evitarem prejuízos futuros.

Todos os documentos, comprovantes de despesas, deverão estar, obrigatoriamente , em nome da Igreja matr iz (ou outra razão social). De maneira alguma poderão estar em nome de terceiros ou dos própr ios dirigentes. Os recibos de aluguel das congregações , bem como os respect ivos contratos de locação, devem estar em nome da Igreja matr iz. Na relação desses recibos e contra tos , deve constar a expressão: “contrato (ou recibo) de aluguel de salão” .

Não se deve fazer recibo comum, referente a pagamentos de conta de luz, água, telefone, farmácia

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etc; mas, sim, apresentar o próprio documento . Quando efe tuar compras em supermercados, deve-se exigir sempre nota fiscal, jun tam ente com o t icket da caixa regis tradora. Exigir sempre a I o via da nota fiscal, pois os seguintes documentos não possuem credibil idade nem servem como comprovantes perante o fisco.

Quando a Igreja f izer uma compra por recibo, e não por nota fiscal, existe uma maneira de torná-lo válido. Para tanto, o recibo deve ser feito conforme o modelo a seguir:

A Igreja Evangélica (ou entidade sem fins lucrativos), para os devidos fins, declara haver pago a (nome do vendedor),portador da RG N°_________ e do CPF N °_____________ ,o valor de R $ ____________(_________ ), pela compra de________________ , usado e em perfeito estado defuncionamento.(Cidade), (data) (mês) (ano)

(nome do responsável pela entidade compradora)

Declaro ter recebido a importância acima declarada.

(nome e assinatura do vendedor)

*Obs. Efetuar r igorosamente, até a data do vencimento, os pagamentos de contas de água, luz, telefone e outras, pois os pagamentos efetuados com atraso de um dia j á o n e ra m 1 a Igreja com multas, ju ros etc.

Seguramente, muitas igrejas e congregações têm as suas despesas oneradas porque pagam as suas contas com considerável atraso.

1 Suje i ta r , impor o ônus, ou ob r ig ação a; impor pesados t r ibutos.

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Se as igrejas fizerem tudo conforme esclarecido aqui, com certeza ficarão isentas de problemas futuros com as autoridades fiscais. Desse modo, cada responsável deve atentar para estas orientações, a fim de cumprir satisfatoriamente as suas tarefas.

Documentação da IgrejaPara considerar-se uma pessoa ju r íd ica de

direito, e não somente uma pessoa de fato, é necessário à pessoa ju r íd ica formalizar a sua existência física, e, para tanto, alguns documentos são muito importantes, sobretudo porque acompanham a pessoa juríd ica durante todo o seu período de existência.

Atos de ConstituiçãoDe acordo com a natureza jur íd ica da

entidade, vários são os documentos considerados atos const i tutivos, exempli ficat ivamente , mencionamos, para as várias modalidades associativas, o tipo de documento que marca a sua consti tuição.

■ Entidade sem fins lucrativos, inclusive fundação privada. Estatuto registrado em Cartório de Registro Civil pessoas jurídicas.

Registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ)

O Cadastro Nacional da Pessoa Jur ídica (CNPJ) substi tuiu o Cadastro Geral de Contribuintes do Ministério da Fazenda (o antigo CGC). Por isso, os cartões CGC não mais valem ju r id icamente a parti r de 01/07/99. Não ocorreu, todavia, qualquer modif icação no número de inscrição anterior.

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Desde a data mencionada, qua lquer registro de inscr ição, al teração de dados cadastra is bem como o cancelamento no CNPJ deverão ser procedidos mediante uti l ização do Documento Básico de Entrada do CNPJ, da Ficha Cadastral da Pessoa Jur ídica (FCPJ), do Quadro de Sócios ou Adminis tradores (QSA) e da Ficha Complementar (FC).

■ A inscr ição no CNPJ é obrigatória para todas as pessoas jurídicas inclusive àquelas que como tais são equiparadas . As pessoas físicas equiparadas à pessoa ju r íd ica também estão obrigadas a inscrever- se no Cadastro Nacional da Pessoa Jur íd ica (CNPJ) no prazo de noventa dias contados da data da equiparação (Decreto-Lei n° 1.381, de 1974, art. 9o, § I o, al ínea “a”).

A inscr ição no CNPJ não se l imita s implesmente à existência da pessoa juríd ica , ela também se estende à sua estrutura, isto é, o CNPJ é uma necessidade do estabelecimento da matriz bem como de todas as f il iais que possuir a pessoa jurídica, todas da mesma forma, devem estar inscr i tas no CNPJ. O Pedido de inscrição será efe tuado nas unidades de cadastro da Secretaria da Receita Federal da região do domicíl io fiscal do estabelecimento.

Para os estabe lecimentos matriz e filial, é necessário a seguinte documentação:

1. Documento Básico de Entrada do CNPJ (DBE), em duas vias, e ambas devem estar devidamente preenchidas e assinadas, com firma reconhecida em cartório, pela pessoa física responsável pela empresa perante o CNPJ. Alternativamente , e somente para a 2a via, poderá ser apresentada em cópia simples e servirá como recibo de entrega da FCPJ/QSA.

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2. Ficha Cadastral da Pessoa Juríd ica (FCPJ) e Quadro de Sócios e Adminis tradores (QSA), no caso de sociedade, (esta f icha é apresentada em disquete).

3. Original ou cópia autenticada do ato consti tut ivo devidamente registrado. No caso especifico de cada fil iaL deverá ser apresentado o original ou a cópia autent icada do ato pelo qual se demonst ra a abertura da filial.

Nas ci rcunstâncias em que a matriz e a filial se local izarem em Estados diferentes, os atos const i tutivos das fil iais devem, necessariamente , ter registros em ambos os órgãos de ju ri sdição para fins deste registro, tanto da matriz quanto da filial. Esta documentação deverá assim ser apresentada para fins do registro junto ao FCPJ.

Outros Documentos da Igreja

As insti tuições sem fins lucrativos, como no caso das igrejas e entidades de outras naturezas, mesmo não tendo empregados regis trados, deverão possuir

Jbrigatoriamente os seguintes documentos:

> Estatuto. jR. -Uma vez que a Igreja foi fundada e a

Assembléia Geral Extraordinár ia aprovou o estatuto, o pr imeiro passo a ser dado é registrá-lo no cartório competente.

4 > Car imbo do CNPJ.Faz-se necessár io que se tenha disponível o

car imbo do CNPJ para a Igreja matriz e suas filiais.

^ > Livro Caixa.A Igreja é obrigada a possuir um Livro

Caixa, contendo o Termo de Abertura e o de

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Encerramento, o qual, depois de regis trado em car tório, deve iniciar a escri tu ração como Balanço de Abertura.

> Livro Ata. VA Igreja é obrigada a possu ir também um

Livro Ata devidamente registrado em car tório, contendo o Termo de Abertura e o de Encerramento.

> Declaração de Isenção do Imposto de Renda dePessoa Jurídica.

Todas as pessoas jurídicas , ainda que beneficiárias de isenção ou imunidade, estão sujeitas a obrigação de apresenta r anualmente a declaração de rendimentos , a tualmente denominada declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica. Ressal ta-se que a Receita Federal de te rmina ser a apresentação desta declaração, condição essencial para garantir o benef íc io da imunidade ou isenção do Imposto de Renda.

> Ata da eleição da últ ima diretoria.As igrejas e entidades de outras naturezas

devem transcrever em Ata a eleição da diretoria, e providenciar o seu regis tro em cartório.

> Outros Documentos Obrigatórios■ Escritura defini t iva de imóveis;■ Contrato de cessão de direito dos imóveis ; \ s■ Contrato de locação dos salões alugados,

A maior ia das igrejas regis tram em car tório o estatuto e cadastram-se no CNPJ. Desse modo, além de cometer gravíssimo erro de não cumpri r as obrigações exigidas por lei, se sujei tam ao risco de sofrer e levadas multas e outras penal idades, dependendo do caso.

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Documentos Necessários para as Congregações

> Livro Ata. SO Livro Ata da congregação deve conter o

endereço da mesma, o Termo de Abertura e o de Encerramento , além de constar que ela é subordinada à matriz, a qual é sua fiel m an tenedora1. Este livro deve ser ass inado pelo presidente da entidade.

No Livro Ata da congregação, serão transcritos somente os seguintes assuntos:

Número de membros em comunhão; V Número de membros apresentados para o v/ batismo;Número de crianças apresentadas; v 7

/

Número de casamentos e o nome do pastor \ / celebrante;Nome do tesoureiro auxil iar , nomeado pelo V / dirigente da congregação;Nome do secretário auxil iar, nomeado pelo x / dir igente da congregação;Todos os casos de membros discipl inados pe la ' - / congregação;A congregação deve possu ir uma cópia da ata / que deu posse, por tempo indeterminado, ao seu dirigente.

Atenção: A matriz é o órgão central e mantenedor da congregação. Assim, todos os atos civis, representação perante terceiros, isenção de impostos , recebimento de verbas, registros, processos, contraíos, f inanciamentos , contabi l idade e balanços são da competência da Igreja matriz, sua fiel mantenedora.

1 Que mantém, sus ten ta , p ro t ege ou de fende .

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> Cartão do C N P J . ' 7'> Carimbo do C N P J . ^> Livro Movimento Caixa.”1

As congregações deverão possuir um Livro M ovimento Caixa, adquirido em qualquer papelaria. Este livro possui duas vias: a primeira é destacável; a segunda é fixa. Deve ser escr i turado com uso de papel carbono. Para se efe tuar o trabalho correto e evitar possíveis erros, devem ser observados os seguintes quesitos:

■ Cabe ao tesoureiro da congregação escri turar todas as receitas e despesas, devidamente comprovados.

■ O referido livro deve ser rubricado, assinado em todas as folhas, pelo tesoureiro e pelo dirigente da congregação.

■ O Livro Movimento Caixa deve ser levado mensalmente para a sede mantenedora , no prazo máximo de cinco dias (ou seja, até o quinto dia do mês seguinte), após o fechamento das contas, para ser car imbado, datado e ass inado pelo tesoureiro oficial.

■ A primeira via do Livro Movimento Caixa, ficará em poder da sede mantenedora , para fins de contabil ização; a segunda via ficará fixa no referido livro da congregação, devidamente rubr icada pelo tesoureiro oficial.

> Livro de Registro de Casamento.Este livro é do mesmo tipo que se usa para

ata, devendo conter os termos de abertura e de encerramento, com a final idade especifica de se regis tra r as celebrações de casamentos na congregação.

> Livro Registro de Apresentação de Criança.Semelhantemente ao anterior, este livro

também deve conter os termos de aber tura e encerramento. É uti l izado com a finalidade específica de fazer as anotações dos nomes de crianças apresentadas na congregação.

> Bolet im Informativo.As congregações devem elaborar um boletim

informativo, para manter a Sede informada de todos osassuntos, a f im de atender possíveis exigências do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís t ica), contendo os itens seguintes:

■ Quantidade de celebração de casamentos; ^■ Quantidade de crianças apresentadas; J■ Quantidade de novos convertidos;■ Número de membros batizados em águas; -/■ Número de membros batizados no Espíri to

Santo;■ Número de pessoas visi tadas (enfermas ou n ã o ) \ /

pela comissão de visitas da congregação;■ Outros dados que se fizerem necessár ios . \ /

É vedado à congregação lavrar assuntos estranhos à competência da mesma, no Livro Ata, sem o consentimento da Igreja Sede. O livro deve ser assinado pelos dirigentes da congregação, secretário auxiliar, secretário oficial e presidente da mantenedora.

Aspectos da Legislação Trabalhista

Tem se tornado rotineiro, na jus t iça do Trabalho, a discussão sobre a base ju r íd ica da relação de trabalho entre as insti tuições religiosas e os seus

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obreiros, os seus funcionários e ainda com outros prestadores de serviços, que alegando vinculo trabalhis ta buscam obter ganhos semelhantes aos empregados amparados sob as regras da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

As associações e inst i tu ições civis, organizações religiosas, pias, morais, cient íf icas ou li terárias e as associações de uti l idade pública, como sujeitos de direito (pessoas jurídicas de direito privado artigo 44, inciso I do Código Civil) serão empregadores , nos termos constantes da legislação que regulamenta as relações do trabalho assalariado, se f i rmarem e, sempre que firmarem contra to de trabalho com pessoa física, sendo este trabalho rotineiro, desenvolvido sob a dependência juríd ica do empregador - por força do contrato ass inado com o seu empregador com a imposição de normas e procedimentos operacionais - e mediante o pagamento de quantia previamente estabe lecida neste contrato, a re tribuição pelo trabalho, o salário. Este é o conceito estabelecido nos artigos 2o e 3o da Consolidação das Leis do Trabalho e consagrado em toda a nossa ju r i sprudênc ia trabalhista.

As característ icas muito especiais da Igreja, em seu papel ímpar de transformadora das civil izações, demandam tra tamento ju ríd ico especial , dist into daquele aplicável às demais pessoas juríd icas , o qual se desenvolverá nas próximas linhas buscando demonst rar qual o verdadeiro entendimento e o fiel vínculo de trabalho firmado entre a Igreja, enquanto pessoa ju ríd ica , e ou seus integrantes, as pessoas físicas, irmanadas através daquela fé alicerçada nos fundamentos apregoados pela sua confissão religiosa.

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Do Aspecto Jurídico-Doutrinário do Trabalho Pastoral e de seus Auxiliares - Presbíteros,

Diáconos e Demais Obreiros

Preambularmente ressa ltamos que a leitura desta matéria, para ser adequadamente in terpretada e entendida, deve ser considerada no seu aspecto técnico e juríd ico; demanda, demais disto, um sentimento de completa independência, isenção e ética, a fim de que possa ser, sobretudo elemento aglut inador de um pensamento de melhor ia e aperfeiçoamento nas re lações interpessoais do grande povo de Deus em nossa terra. Não se trata de comentários corroboradores1 de qua lquer tendência polít ica, sequer de polí t ica eclesiástica.

Repetidas são as reclamações judicia is demandadas por ministros religiosos e demais auxil iares do trabalho religioso que buscam receber conjeturados direitos trabalhis tas por se ju lgarem na qualidade juríd ica de empregados cele ti s tas2; amparados pelas regras do Direito do Trabalho.

A Igreja, como toda a entidade civil (pessoa ju r íd ica que desenvolve uma atividade civil), alista além das atividades que poderíamos considerar genéricas a todas as entidades, (tais como, zeladoria, serviços de l impeza, serviços adminis tra tivos), outras funções de natureza especifica, da essência de sua existência e, sobretudo, def in idora de sua natureza jur íd ica .

No rol de suas atuações próprias destaca-se a função relativa ao trabalho ministerial que contempla o

1 D ar força a; for t i f ica r , fo rta lecer , conf i rmar , comprovar .2 Diz- se de, ou func ioná r io cujo v ínculo emprega t íc io é reg ido pe la CLT.

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pastorear a Igreja; minis tra r preleções; organizar e dirigir estudos teológicos; controlar, recolher e contar dízimos e ofertas; ajudar no preparo e celebrar cultos; realizar festas cer imonia is ; realizar casamentos; dirigir cer imoniais fúnebres; batizar os conversos; apresentar as crianças; fazer ordenações de obreiros, dentre outras atividades desenvolv idas consoante as necessidades da Igreja.

Via de regra, estas ações re lig iosas são praticadas por membros congregados, que na qualidade de fiéis, e em exclusivo exercício de sua fé, pres tam de forma espontânea, gra tui ta e voluntária a sua parcela individual de ajuda, colaborando com a organização e expansão da Igreja.

Trata-se, este trabalho, de uma pres tação de serviços solidária à entidade religiosa na consecução do processo de in tegração da Igreja na comunidade, no desempenho de sua efet iva participação social , na formação de uma verdadeira base sustentável de influência religiosa, no alargamento das práticas da fé na população onde se encontra, enfim uma maior abrangência do Reino de Deus junto à sociedade, no cumprimento do Ide ordenado por Jesus Cris to (Mc16.15).

É desta forma que se observa o cresc imento do povo de Deus através deste inigualável processo de transformação da sociedade e do homem que só a Igreja consegue perpetrar, transformar o homem da condição de vil pecador em um mili tante do Evangelho por amor de Cristo.

Não acontece este crescimento por resultado de inércia. Não tenhamos dúvida: a at ividade religiosa, mais do que todas as demais, exige dedicação completa, ent rega cont inuada, amor pela obra, e a isso tudo se agrega mui tí ss imo trabalho. Por tanto é

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inconcebível não se admitir a exis tência de um vinculo de trabalho, todavia, como veremos, nesta relação não existe pacto de emprego.

Jurid icamente é mais sucinta a explicação que tem como norte o fato de que o trabalho religioso é vocacional , sem fundamento econômico. A Igreja é entidade sem fins lucrativos, e portanto às suas at ividades não se aplicam as regras da Consol idação das Leis do Trabalho, norma regulamentadora destinada às empresas, aos empreendimentos econômicos. A atividade relig iosa decorre de dever da própr ia religião, desenvolv ida por convicção personal íss ima, vinculada a motivação pessoal de in timidade da consciência, quando o religioso, se abdica dos valores terrestres, na busca do bem maior, no con tinuado no processo de aperfeiçoamento espiri tual , que se materia liza no procedimento de santi f icação, caracterizado pela separação de tudo, em preferência a Deus e a sua obra.

O entendimento deve-se fundamenta lmente ao fato de que esta labuta tem uma essência diversa da relação traba lhis ta celetista, a ela é estranha, superior, de dimensão maior. A celet is ta é terrena por natureza, a religiosa ocorre na terra, por ci rcunstânc ia , porém a sua na tureza é divina. Não se trabalha para o homem, sequer para o irmão, senão para Deus, e o trabalho para Deus não está sujeito à lei dos homens, mas sim às re tribuições por Ele, Deus, reservadas a cada um segundo a personal íss ima dedicação a sua obra (“Ora, o que planta e o que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão, segundo o seu trabalho. ICo 3 .8”).

Esse panorama galardoador pode ser identif icado em todo o cenário bíblico , com ênfase em suas últ imas letras, quando em Apocal ipse 22.12, conclui -se que: “Eis que cedo venho, e o meu galardão

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(a minha recompensa) está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra” .

Juridicamente, o trabalho religioso não se enquadra no ambiente celetista, pois que não permite a elaboração de contrato, visto que não se encontra nesta relação, interesses opostos , pensamentos diferenciados, razões que fundamentam a existência de um contrato. Não existe tecnicamente obrigação firmada entre as partes, onde alguém se constrange a dar, a fazer, ou ainda, a não fazer, alguma coisa em proveito de terceiro. Não se observa nos deveres religiosos, a sujeição do crente para com a Igreja, ao contrário identifica-se a generosidade, que levam as pessoas a aderir em livre e espontânea manifestação de vontade caracterís t ica do espíri to de fé.

Por ser uma relação religiosa sua essência é divina, devendo ser in terpre tada segundo o Código Divino, que é no sentido de que, conforme João 10.11: “O bom Pastor dá a vida pelas suas ovelhas” . Esta afirmação nos traduz, ser a vida pastoral, uma vida de entrega total, uma vida de sacrifícios, uma vida muitas vezes desti tuída de regalias, sobretudo no que tange ao seu aspecto material , econômico, embora devamos como cristãos não admiti r um tratamento humilhante aos nossos pastores e demais obreiros, que se empenham na obra de Deus.

Vínculo Empregatício do Pastor e a Lei Previdenciária

A legislação atual e sobretudo o Decreto 3.048 de 1999, com alterações posteriores, class ifica como contribuinte individual , dentre outros, o minis tro de confissão religiosa, que na legislação anterior era contribuinte por equiparação ao profissional autônomo.

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recolhendo a sua contr ibuição à Previdência Social nesta modalidade de contribuinte, através de uma tabela básica de contribuições previdenciár ias, est ipulada com base em períodos de inters t íc ios de pagamentos.

Consoante a lei previdenciár ia , não se considera como remuneração, direta ou indireta, para fins de contribuição previdenciária, as importâncias pagas pelas entidades religiosas e inst i tu ições de ensino vocacional ao ministro de confissão religiosa, membros de insti tuto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa em face de seu mister ou para sua subsis tência desde que fornecidos em condições que independam da natureza e quantidade do trabalho executado.

Em outras palavras, e aplicando-se a realidade cot id iana das nossas Igrejas, podemos afirmar que o valor que se paga ao Pastor da Igreja como retribuição a sua dedicação exclusiva a obra do Senhor, não é jurid icamente , considerado remuneração, inclusive para fins do INSS, em consonância com o entendimento que o Pastor não tem vinculo trabalhista regido pela Consolidação das Leis i do Traba lho e, portanto, não tem remuneração.

O Pagamento da Contribuição Mensal

O pagamento da previdência social a ser efetuado pelo pastor independe de qua lquer envolvimento da Igreja, que ju r id icamente não tem qualquer vínculo posto pela legislação previdenciária decorrente desta relação.

Portanto, cabe jurídica , única e exclus ivamente ao pastor fazer o seu pagamento mensal à Previdência Social, na qualidade de contribuinte

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individual , atentando para que o valor base de sua contribuição esteja entre os valores mín imo e máximo do salário-de-contr ibuição. Não mais se aplica a antiga tabela de escala de salário-base.

A Igreja, por seu turno, deverá fornecer ao pastor o recibo de pagamento de seu rendimento mensal, evidenciando o valor da remuneração, a importância descontada, a identif icação da Igreja com o número de inscrição no CNPJ e a identif icação o contr ibuin te (no caso o pastor) evidenciando o seu número de inscr ição no INSS.

Questionário

■ Ass inale com “X ” as alternativas corretas

6. Todos os documentos, comprovantes de despesas, deverão estar, obrigator iamente , em nomea ) 0 D a Igreja matriz (ou outra razão social)b)l I De terceirosc)l I Dos próprios dirigentesd)l I Do tesoureiro

7. Uma vez qué a Igreja foi fundada e a Assemblé iaGeral Extraordinár ia aprovou o oprimeiro passo a ser dado é registrá-loa)| I Livro Atab)| I Livro Caixac)| I Livro de Inspeção do Trabalhod)lx1 Esta tuto

8. Um dos maiores erros juríd icos que uma Igreja pode cometer éa)| I Entregar à Receita Federal , sua declaração de

isenção do imposto de renda de pessoa juríd icab)| | Providenciar a inscr ição de taxa de

func ionamento e public idade

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c ) 0 - Registrar em Carteira Profissional de Trabalho e Previdência Social o seu pastor

d)| I Contribuir para a Previdência Social, através do carnê

■ Marque “C” para Certo e “E ” para Errado

9.1771 Pelo regulamento do Imposto de Renda, a Igreja é obr igada a possuir um Livro Caixa

1 0 . ® Os pastores são obrigados a inscrever-se no ISS (Imposto Sobre Serviços), na Prefei tura Municipal

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Lição 4O Líder

l Características da Vida de um Líder J

Toda pessoa tem qualidades. Um líder em especial tem qualidades que podem ul trapassar as de seus l iderados e lhe garantir essa posição. No entanto, existem caracterís t icas posit ivas e negativas, e ambas influenciam os l iderados. O fato de uma pessoa ser líder não significa que não tenha defeitos.

O líder precisa ter sabedoria para admin is trar suas caracterís t icas negativas ou aquilo que pode refletir negativamente em seus l iderados. As imperfeições na vida de um líder não o tornam inútil' para o trabalho. No entanto , ele não pode conformar-se com os problemas que tem sob o risco de se ver absorvido por eles. Não são os l iderados que t i ram um líder de seu posto, mas, sim, a inab i l idade1 dele em saber adminis trar os seus pontos falhos.

Os segredos mais íntimos de um líder envolvem as áreas mais profundas da sua vida. São nestas áreas que ele precisa ter mais habi l idade e destreza para que não seja derrubado por si próprio.

Qualidades e sp ir i tua is .Qualquer pessoa que queira l iderar o povo de

Deus ou as organizações que traba lham em prol do

1 Inábi l - que não é hábil ; sem de s t r eza ou c o m p e tê n c ia ; desa j e i t ado , inapto.

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Reino, precisa ter as qualidades espiri tua is como prior idade absoluta de sua vida. O maior segredo que um líder pode ter é possuir uma vida espiritual tão extraord inária que cause vontade aos outros de imitá- lo. Logicamente isso acontecerá pelo exemplo prático que ele refletirá nas pessoas, e não através de um market ing pessoal que pode ser for jado a qualquer tempo.

Todo líder deve procurar, a todo custo, ser irrepreensível. Não deve haver mot ivo para que algum liderado chegue até o líder e diga que ele não está cumprindo este ou aquele mandamento bíblico que ensina. O texto de Daniel 6.5 diz que os inimigos de Daniel não conseguiram achar nada de errado nele. Então, passaram a procurar algo em que pudessem surpreendê-lo na lei do seu Deus e não conseguiram. Depois, prepararam uma armadjUia^para Daniel ir para a cova dos leões. Daniel foi^ i j r ep r ee n s ív e l^ m sua vida, e esta regra faz parte do maior segredo de um líder.

Qualidades m orais .Para ser líder no Reino de Deus é preciso

que a sua vida seja limpa. Um líder deve cuidar da sua vida moral, assim como cuida de seus próprios olhos. Quando seus olhos não enxergam bem, você usa óculos ou lentes para ver melhor. Se na sua vida moral houver sujeira, você não conseguirá ver direito os caminhos pelos quais deve conduzir o povo de Deus ou a organização que você lidera.

Um líder desmoralizado jamais conseguirá desenvolver o seu trabalho novamente , pois o povo não acredi tará mais nele. Por não conseguir derrubar os líderes de outra forma, Satanás tem usado este artifício em todos os tempos. Líderes de todas as épocas têm caído por causa d e ^d inhe i ro^sexo )ou qualquer outra

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coisa que traz somente prazer momentâneo. O que vem na seqüência é a aniquilação da carreira. Até mesmo Davi caiu no pecado de adultério e sofreu conseqüências desas trosas em sua vida.

Deus precisa de l íderes l impos, que tenham uma visão clara e sem distúrbios. Liderança sem moral idade é i lusão. Deus também quer l íderes que tenham o desejo de ser l impos por causa dele e não por medo dos seus l iderados.

Em Gênesis 39.9, José se negou a manter re lações sexuais com a mulher de Poti far não por causa do que as pessoas fa lariam dele, mas porque ele não desejava cometer esse pecado contra o Senhor. Ele queria ser jpurõ/aos olhos de Deus. Este é um segredo da l iderança que não tem preço. Você pode não conseguir praticar todas as regras para tornar-se um líder excepcional, mas, se t iver fuma vida l im pa ^diante de Deus, a sua visão clara das coisas o levará a atingir objetivos significativos.

Q u a l id a d e s p e s so a i s .Todo l íder possui característ icas definidas.

Alguns são mais organizados que outros. Uns são extrovertidos até demais, outros falam somente o necessário, e assim por diante. No entanto, ex is tem algumas qualidades pessoais com as quais cada l íder deve preocupar-se, e que podem se const i tui r em verdadeiros segredos para o sucesso na liderança.

> As qualif icações necessár ias de um líder. \ /O líder precisa ter ideal , e, aliada a este, ter

'|VÍsão, ialma e olhar de conduto r de vidas. Segue-se a tenacidade aliada à serenidade. Em seguida, segurança e confiança, que, ao lado da simpatia, autenticidade e comunicação, formam o perfil do líder cristão.

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J

No mín imo as seguintes qualidades podemser destacadas:

■ Fé (aceita os desafios do momento); \ J■ Coragem (não cede aos derrotistas); V■ Amor (imparcial para produzir confiança mútua v

em seus seguidores);■ Determinações (toma decisões quando outros V

vacilam);■ Humildade (admite seus erros. “É uma virtude

que resulta do sentimento de nossa subm issão”);■ Paciência (Lc 21.19; 2Co 6.4; Hb 10.36); \J■ Entusiasmo (inclui o otimismo e a esperança ) ;4■ Benignidade (aplicação do amor fraternal); \J■ Competência (exige de si elevados padrões de

desempenho pessoal) , a competência e o espíri to ^ de iniciativa, que é o “partir para a ação” , são igualmente bas i la res1.Confiança (SI 40.4); \ lDiscipl ina (é capaz de dirigir outros porque ^ d iscipl inou-se a si mesmo);Integridade (transparente em suas ati tudes e sj relações); tEspíri to de servo e capacidade adminis tra tiva; ^ Persistência; ^Obje tiv idade (não se interessa somente por atividades, mas procura atingir os obje tivos); . Treinamento (a Igreja de Jesus Cristo precisa d e ^ líderes sadios, sábios e objetivos);Persuasão2 (persuade seus l iderados a se V dedicarem);

1 Essenc ia l , f un dame nta l , básico.2 Conv icção , certeza .

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■ Tolerância (o líder deve ter como meta mudar o quanto puder, e tolerar os demais);

■ Lealdade;y■ Humor; ^ ,■ Discipl ina própria (Pv 16.32); v■ Prudência (evite os perigos); \ /■ Temperança (moderação, sobr iedade, e co n o m ia ) / '■ Jus tiça (dar a cada um o que lhe corresponde); V

■ Equi librado - Atos 6.3 descreve o equil íbrio desejado: boa reputação (cf. lT m 3.2), plenitude do Espíri to Santo, plenitude de sabedoria e de fé ( l T m 3.5).

Motivações - “O Que Deve Impulsionar Um

Não é indigno para um líder trabalharesperando alguma recompensa. Porém, não devemos espera r uma recompensa material, mas celestial (aliás, uem trabalha esperando recompensas materiais não entendeu o bê-á-bá da l iderança cristã)

A Bíblia nos apresenta as recompensascelestia is como sendo um forte impuls ionador de nosso serviço cristão. Os l íderes são exor tados a f icarem firmes tendo em vista a recompensa. Em 2Crônicas 15.7 lemos: “Vós, porém, e sforçai -vos , e nãodesfaleçam as vossas mãos; porque a vossa obra terá uma recom pensa” . Paulo em Fi l ipenses 3 .13 ,14 fala como a expectat iva de um ("prêmio celestiaT) o impuls ionava a um serviço perfeito. Em ICorínt ios 3.8 ele nos mostra que os crentes servem a Deus em

Reconhecim ento (méritos de terceiros); Controle emocional (não ex t ravasa ) ; \J

Líder?”

Recompensa.

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funções variadas, mas todos receberão do Senhor algo em comum: galardão segundo o seu trabalho. “Ora, o que planta e o que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão, segundo o seu trabalho” . Por fim em Colossenses 3.23,24 lemos: “E, tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo coração, como ao Senhor e não aos homens, sabendo que recebereis do Senhor o galardão da herança; porque a Cristo, o Senhor, serv is” .

Maturidade dos C r e n t e s . ^Todo o nosso trabalho na causa do Mestre

precisa visar à edificação, ao crescimento espiritual do nosso irmão em Cristo. Que privilégio, na condição de líder, ajudar o irmão a crescer em direção à maturidade.

Paulo diz que traba lhava arduamente para conduzir os crentes à matur idade (Cl 1.28,29). Pedro diz: “Servindo uns aos outros conforme o dom que cada um recebeu” ( IP e 4.10). Em suma, o nosso serviço visa a edificação de nossos irmãos, objetivar o seu crescimento cristão.

Glória de Deus. ^A glória de Deus deve ser o nosso principal

fator de motivação. Paulo em ICorínt ios 10.31 recomenda que façamos tudo visando à glória de Deus. Ao planejar, pensar em programas, desenvolver atividades, faça a si mesmo esta pergunta: Istocontribui para a glória de Deus?

A liderança cristã deve ter como objetivo essencial a glória de Deus. O que nós prec isamos desejar ardentemente é que Deus seja adorado, engrandecido, honrado, louvado em conseqüência de nosso trabalho, mas que somente Ele receba a glória.

Duas palavras finais: Trabalhar no Reino de Deus é um privilégio. Nenhum de nós é merecedor

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( lT m 1.12). Todos nós devemos reconhecer , após termos feito tudo, que de fato só fizemos a nossa obrigação (Lc 17.10). Deus é justo. Nada do que viermos a fazer para a glória de Deus, pela Sua causa, será esquecido pelo Senhor (Mt 10.41,42).

Em Hebreus 6.10 lemos: “Porque Deus não é injusto, para se esquecer da vossa obra, e do amor que para com o seu nome mostrastes, porquanto servistes aos santos, e ainda o serv is” .

Aperfeiçoando o Líder

Apresentamos alguns itens que devem ser desenvolvidos na vida do líder, para tornar-se padrão de boas obras (Tt 2.7) e cumpri r de forma irrepreensível o seu ministério.

(01) A vida e pa lavras do líder (o propósito deve ser \ J servir, e não ser servido).

(02) Deve procurar sempre a glória de Deus e nunca V a sua própria (Jo 5.44).

(03) Ter como base de re lacionamento o amor. ^

(04) Conhecer as maneiras de motivar o grupo, a / f im de que este possa desempenhar o seu papel v no plano de Deus aqui na terra.

(05) Cortesia, cuja finalidade é respeita r os d i re i to s ,^ / opiniões e sentimentos das outras pessoas.

(06) Sinceridade (nada de oportunismo) . \ J

(07) Apresenta r um bom senso de humor, sorrir / quando necessário e expressar amor, confiançae compreensão no tom da voz e na expressão facial.

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(09)

(10)

( 11 )

(12)

Funções do Líder

■ Previsão e visão que envolve, sem sombra de dúvida, análise dos acontecimentos do passado, das c ircunstâncias do presente e das tendências do futuro, imaginação e rapidez de raciocínio.

■ Planejamento que envolve algumas análises preliminares: es tabe lecimento de objetivos, escolha dos meios para a real ização do planejamento, contro le da si tuação e avaliação do realizado.

* Outra importante função da l iderança é a defesa. E dentro disso, vale ressaltar, a postura apologética diante das ameaças à doutrina, às pos turas e aos valores da instituição.

Estilos do Líder

O termo liderança tornou-se tão confuso que vem sendo usado como qualquer t ipo de inf luência de um indivíduo sobre outro, podendo ir desde a persuasão lógica até a mais brutal dominação física.

Trata r os irmãos com natura lidade, diplomacia e tato, não perdendo o controle da voz ou falar ^ fora de turno.

Ter controle emocional, reve lado no fruto do j Espíri to: não pode transmit ir medo, ódio,inveja, avareza, desconfiança, ira, etc.

Expressar-se afetivamente em público. J

Ser hábil em incentivar e inspirar outros a V executarem o seu trabalho.

Ter interesse sincero nos detalhes da vida de •/ seus superiores, pares e cooperadores .

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Atualmente, surge uma nova in terpretação de l iderança. Vários autores procuram evidenciar o problema através de seus conceitos. “Talvez ansiosos por encontrarem uma definição para l iderança, os teóricos da adminis tração tentem visualizá-la em termos de estilo. Ao usarem uma expressão tão ampla, com certeza busca descrever a maneira como a pessoa opera, e não o que ela é” .

Não tem cabimento, então, falar-se de l íder “na to” ou “qualidade de l íder” , uma vez que tão- somente a c ircunstânc ia dirá que membro de grupo, naquela ocasião, é o mais indicado para assumir a l iderança. Estilo, assim, vem a ser o “somatório do t ipo de ação desenvolvida pelo líder no cumprimento de sua l iderança, e a maneira como o percebem os que ele procura liderar, ou os que podem estar observando de fo ra” .

Dentro da organização, podemos ter os seguintes esti los desenvolv idos pelo líder:

Autocrát ico1. ^Esse esti lo desestimula inovações, pois o

autocrático vê-se a si próprio como indispensável e deixa que o grupo vá debil i tando através de debates sobre questões sem importância . Porém, as decisões importantes são tomadas por ele.

Burocrát ico .Esse esti lo pressupõe que qualquer

dificuldade pode ser afastada quando todos acatam os regulamentos, e o líder é uma espécie de negociador entre as partes e a tomada de decisão resulta de um critério parlamentar.

1 Governo com pode re s i l imi tados e absolutos .

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D emocrático .Nesse t ipo de ambiente o líder pede e leva

em consideração as opiniões do grupo antes de tomar decisões; a responsabi l idade é compar tida pelo grupo. O líder dá explicações e aceita as crí ticas. Os membros do grupo têm liberdade para o trabalho e a escolha dos subgrupos e coordenadores respectivos.

L a is s e z - f a i r e 1.Não chega este a se const i tuir propriamente

um esti lo, pois a função do líder rest ringe-se apenas na tarefa de manutenção. Por exemplo, um pastor estará sujeito a exercer uma autoridade apenas nominal à medida que a l iderança mostrar-se in teressada somente em sua negação, enquanto que os pormenores de que depende a organização são deixados para outros executarem.

Paternal ista .Nesse esti lo, o líder é cordial e amável. E

muito adotado nas igrejas e, por isso mesmo, produz indivíduos imaturos depois de certo tempo porque desenvolve o cresc imento apenas dos l íderes e não dos elementos do grupo.

Partic ipat ivo .Na estrutura participativa há um grau

elevado de relações interpessoais saudáveis, e os membros demonstram grande ident ificação com o grupo. Há mais amizade, maior conhecimento dos antecedentes, habil idades e interesses dos demais

1 Dout r ina d e fe n d id a pr inc ip a lm en te por Ada m Smith, e que teve or igem na F ran ça e na Grã -Br e ta nha , segundo a qua l os pro du to re s d i z i am ao governo la i ssez -nous fai re , i sto é, deixe- nos agir, o que impl icava a não in te r fe rênc ia gove rnamen ta l .

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membros, motivação mais in tensa pelo trabalho e os subgrupos espontâneos são em maior número. Aqui o problema é a demora da ação em tempos de crise.

A Influência do Líder nos Liderados

Todo líder exerce influênc ia em seus l iderados. Esta influência pode ser posit iva quando ele está consc iente de seu papel e procura dar o melhor de si mesmo naquilo que faz. Pode também ser negativa se ele tem uma vida desorganizada e sem rumo.

Não se pode negar a inf luência natural do líder sobre os seus l iderados. Freqüentemente há l iderados que tentam imitar as ati tudes de seus l íderes nas próprias vidas. A convivência provoca isso inconsc ientemente . Por isso, é preciso tomar muito cuidado com as atitudes e procedimentos. Um aspecto negat ivo da vida de um líder pode ser transmitido a outros, sem que se perceba.

Um dos segredos do l íder é saber exercer sua influênc ia sem que os outros percebam, e sem impor sua vontade. Quando isso ocorre, difici lmente ele será con tes tado e sua l iderança será sempre reforçada por sua inf luência natural sobre as si tuações e as pessoas.

Além da influência natural , o líder precisa exercer o discipulado, que é uma influência planejada. O discipulado surge da vontade de que mais pessoas se desenvolvam para a l iderança e se capacitem para o bom desempenho desta função. Discipulado não é somente a transmissão de dados ou informações sobre a fé cristã, ou a forma de l iderar, mas, sobretudo, transmissão de vida. No entanto , pra você exercer o d iscipulado é preciso considera r algumas coisas:

*■ Se a sua vida tem algo a t ransmit ir a alguém, ou se você fará uma vít ima através do seu discipulado.

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■ Não criar discípulos dependentes de você.■ Não subest imar as qual idades do discípulo.

Questionário

■ Assinale com “X ” as al ternativas corretas

1. É incerto dizer quea)| I Todo líder possui característ icas definidasb ) [ > ^ 0 fato de uma pessoa ser l íder significa que

não tenha defeitosc)l I O líder precisa ter ideal , e, aliada a este, ter

visão, alma e olhar de condutor de vidasd)| I As imperfe ições na vida de um líder não o

tornam inútil para o trabalho

2. Para se aperfeiçoar o líder não devea)| I Expressar-se afet ivamente em públicob)l I Procurar sempre a glória de Deus e nunca a

sua própr ia .c ) 0 . T e r o propósito de ser servido, e não de servird)l I Ter sinceridade, nada de oportunismo

3. Há um grau elevado de relações in terpessoais saudáveis, e uma grande identificação com o grupoa)l I Paternalis tab)l I Burocrát icoc)| I Laissez-faired)[§L Participativo

■ Marque “C ” para Certo e “E ” para Errado

4.1X1 O estilo autocrático desestimula inovações, pois o vê-se a si próprio como indispensável e as decisões importantes são tomadas pelo líder

5.ÍL1 Além da influência natural, o líder precisa exercer o discipulado, que é uma influência planejada

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Autognose1 e as Marcas da Vida

K-b Autognose é o conhecimento que cada líder deve ter de si m esm o . /N ão basta o desejo de ser o exemplo, se você não sabe o que tem dentro de você para ensinar aos outros. Às vezes, podem exist ir em você tantas coisas ruins que isso o colocará em situação de dúvida diante de seus liderados.

O homem é um labirinto e poucos se conhecem a si mesmos. Todos têm problemas, inclusive os líderes. Como seria possível liderar e ajudar outras pessoas sem possuir uma visão de sua própr ia estrutura emocional? É preciso fazer isto para evitar a hipocrisia no Evangelho em que vivemos.

Temos dif iculdades em nos auto-aceitar. Às vezes olhamos para os nossos problemas internos como se eles não exis t issem, ou então escondemos as dificuldades. Há, ainda, os que dizem: “sou assim mesmo, não tem je i to ” .

Precisamos ser nós mesmos. E necessário que saibamos dos nossos próprios problemas e nos consc ientizemos deles. Devemos reconhecer a dimensão de nossas l imitações e saber até aonde vai capacidade nossa e a de Deus.

Conforme o homem conhece os seus problemas, ele passa a perceber as marcas existentes em sua vida. Marcas que, às vezes, precisam de remédio e cura. E preciso curar a mente, as emoções , as lembranças desagradáveis etc. Só por meio da oração é que a l ibertação será possível.

O texto de Romanos 12.2 fala sobre a renovação da mente, e isso significa cura interior. Muitas vezes a mente serve como um reservatór io para

1 Co n h ec i m en to de si mesmo.

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guardar a raiva que se manifesta em nós. É preciso entregar ao Senhor todas as mágoas, pequenas e grandes, até mesmo as da infância.

Alguns precisam de cura para mágoas profundas causadas por problemas de formação (relacionamento com os pais). Outros, por alguma coisa que fizeram (adultério, por exemplo). Há outros ainda, que precisam de cura para algo que aconteceu (acidente), ou para l ivrar-se de algum preconceito (defeito físico).

Devemos receber o perdão e também perdoar aqueles que pecaram contra nós. Aí será possível viver uma vida feliz e estaremos prontos para servir a Deus como líderes.

A pessoa do líder é fundamental no desenvolv imento das igrejas e organizações. Líderes despreocupados com a própr ia vida para nada servem a não ser para causar mais problemas. O líder deve fazer uma auto-análise de sua vida, olhar para suas emoções e verificar suas qualidades. Ver se está realmente pronto para liderar. Quando estiver, coloque-se nas mãos de Deus e Ele o usará no trabalho do Reino. Este é um segredo que o levará a ser um líder mais f irme e autêntico. Liber tando-se das feridas do passado, sua visão do futuro estará firmada em barreiras superadas.

Deveres dos Líderes

■ Todo líder deve sentir o que todo mundo sente. O dia que o líder não conseguir isto estará isolado e fora da realidade.

■ Todo líder deve chorar, mesmo que seja com a cabeça enfiada no travesseiro, durante toda uma noite, para amanhecer com a garganta doendo e ardida.

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Todo líder deve usar no vocabulário: obrigado, parabéns, feliz aniversár io, muito bom.

Todo l íder deve orar diariamente pedindo \ j humildade, honra, sabedoria, d iscern imento, tudo para a glória de Deus.

Todo l íder deve comparti lhar do sofrimento do lvJ menos favorecido, para saber o que sentem e tornar os seus própr ios sentimentos mais sensíveis.

Todo líder deve ter uma mente tão pura que não consiga sequer pensar em um palavrão e, muito menos, expressar seu sentimento, falando-o.

Todo líder deve sentir a perda de um liderado seu como tendo perdido uma parte do seu próprio corpo.

Todo l íder deve dar exemplo de fi rmeza nas V decisões.

Todo líder deve expressar seus sentimentos aos / seus l iderados para lhes mostrar que também é de carne e osso.

Todo l íder deve pensar nos mais fracos na hora de ^ expressar seus sentimentos.

O Que o Líder não Deve Ser e Fazer/

Nenhum líder deve ser hipócrita; *Nenhum líder deve mentir; ^ /Nenhum líder deve ser maledicente; VNenhum líder deve permitir que seus sentimentos otraiam;Nenhum líder deve esconder sentimentos %Jprocurando aparentar o que não é.

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Moralidade sem Segredos

Nenhum segredo de sucesso de um líder pode salvá-lo da ruína se ele t iver segredos em sua vida moral. O tempo tem mostrado que os líderes normalm ente chegam à ruína por causa de sexo, dinheiro e poder. Todos estes fatores estão ligados à vida moral de um líder.

Alguns l íderes são imorais em sua personalidade. Outros fa lharam num determinado momento de suas vidas, colocando tudo a perder.

O Líder e a Vida Moral

Não d a r l u g a r à a p a r ê n c i a do m a l .v 'Alguns l íderes são extrover tidos ,

ex tremamente abertos, gostam de brincar, tocar em todo mundo, e outros não. No entanto, existe uma série de atos e expressões de uma pessoa que dão margem a inúmeras interpretações por parte das outras pessoas.

Todo líder deve lembrar que seus atos, expressões e palavras são observados. Isto significa que uma atitude, por bem in tencionada que seja, pode dar lugar à aparência do mal. Assim, um líder deve pensar antes de falar ou agir. Por outro lado, sua vida moral deve ser tão transparente que nunca dê margem para alguém levantar uma suspeita ou acusação.

Podemos lembrar quando Paulo recomenda, no Novo Testamento, que os bispos sejam irrepreensíveis ( lT m 3.2).

Ser irrepreensível não significa conseguir esconder as coisas que você faz, de tal forma que ninguém consiga acusá-lo, mas, sim, ter uma vida l impa que possa ser exibida sem constrangimento.

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.7Um líder cai naquilo em que se acha forte.Normalmente um líder não toma cuidado em

áreas de sua vida em que se acha forte. Nos setores em que uma pessoa reconhece que é fraca, tem cuidados e precauções. A cada minuto observa para que nenhum passo seja dado em falso, e toma precauções extras. No entanto, nas áreas em que uma pessoa se ju lga firme, não toma os mesmos cuidados.

Se alguém acha que a sua vida espiri tual é muito boa, acaba não se preocupando com aquilo que pode lhe sobrevir . O diabo aproveita o descuido e gradativamente começa a minar essa área da vida, causando enfraquecimento. Apesar de uma pessoa estar enfraquecida, em sua mente cont inua a achar que está tudo bem, e que continua a ser forte naquilo. Após algum tempo, quando está fraca, é que percebe que basta só um passo para a queda.

Quando isto acontece, a pessoa começa a aceitar como pass íveis determinados conceitos e princípios que são contra a Palavra de Deus, e que corroeram toda aquela base sólida que ela pensava ter. Neste ponto, a probabil idade de cair é muito grande. E isto acontece em qualquer área da vida.

i? /'(? Exis te também outro fator que contribui para a qíieda: a solidão do líder. Normalmente , pastores e l íderes acabam se iso lando na posição em que estão e não têm amigos para comparti lhar suas fraquezas e necessidades. O líder geralmente não tem alguém que olhe para sua vida e aponte para ele fraquezas ou áreas em que ele precisa crescer.

Um líder que não tenha uma vida espir i tual sólida já tem meio caminho andado para cair em qualquer outra área de sua v ida .fUm líder casado que iiáo tenha u ma^~v idã“ se x üál s ati s'f a t ó ri a com a esposa

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estará com um flanco aberto para os ataques do inimigo. Se for um líder solteiro, é conveniente saber se está compromissado com uma vida de pureza sexual e se tem conseguido resist ir às pressões do inimigo.

Dinheiro, sexo e poder.

Princípios pessoais em re lação a estas três áreas que servem como estratégias para ter uma vida moral sem segredos.

> D in h e iro :

ÎN - yy

cNunca assine cheques de sua organização sozinho. Assine sempre junto com o tesoureiro ou outro responsável;

Não mantenha dinheiro da organização em contas bancárias pessoais;

Preste sempre relatórios minuciosos; \ /

Chame sempre seus “in imigos” (ou pelo menos aqueles que não s impatizam muito com você) para fazer o exame das contas ou auditoria;

Não tome dinheiro emprestado de sua organização, mesmo que esteja passando fome;

O dinheiro que você admin is tra é de Deus, j preste relatório de cada centavo;

Não beneficie amigos ou parentes com dinheiro y de sua organização;

Se a sua vida financeira pessoal estiver , desregulada, a organização que você dirige irá pelo mesmo caminho.

1 Po n to ou lado acess íve l , expugnável .

116

I

> Sexo:V

* Se você é solteiro, seja firme, vale a p e n a V esperar o casamento;

■ Se você é casado, se entregue totalmente ao seu cônjuge;

■ Faz parte do ins tinto humano, olhar para alguém atraente, o problema é sempre o \ | segundo olhar, ou o tempo da pr imeira “o lhada” ;

■ O diabo é sempre uma pessoa atraente, depois que ele seduz, transforma-se de enganador em ' acusador, e vira um dragão espalhando fogo;

■ Quando você est iver em alguma dif iculdade e precisar de ajuda, procure sempre uma pessoa do mesmo sexo.

> P o d er ; \ /

■ Um cargo só é verdadeiramente abençoado quando foi dado por Deus a alguém;

■ Sempre que se dese ja ardentemente o poder, quando se chega lá, a pessoa não sabe o que ^ fazer;

* Quando exercer algum cargo, nunca se i luda v 7 com os ba ju ladores1;

■ Não se deixe enganar pelo poder, achando que / você é importante , depois que abandonar o v cargo ninguém mais se lembrará de você;

■ Não abandone sua sincer idade e \ / espontaneidade ao assumir qua lquer cargo;

■ Dedique o tempo que você tem no cargo que exerce para fazer o melhor para o Senhor.

i Que bajula; adu lador , inc ensador , xereta.

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Conselhos aos Líderes na Casa de Deus \j

f  p re n d a m a amar aos outros^ a pensar no bem deles, a ter cuidado por eles, a negar-se a si próprios por causa deles e a dar a eles tudo o que têm. Se alguém não consegue negar-se a si própr io em beneficio dos outros, ser-lhe-á impossível conduzir alguém no caminho espiritual.

Aprenda a dar aos outros o que você tem, ainda que se sinta como se nada t ivesse. Então, o Senhor começará a derramar- lhe a Sua bênção.

A força interior de um líder deveria equivaler à sua força exterior. Esforços em demasia, avanços desnecessários , inquietações, apertos, tensões, falta no transbordar, planos humanos e avanços na frente do Senhor, são todas as coisas que não devem ocorrer. Só podemos dar aquilo que há em nosso coração e tudo o que emana dele é ,como o fluir de correntes de águas, e não existem esforços demasiadosde sua parte. ...... ............... ....................—_________

/ É preciso ser de fato um homem espiri tual} e não s implesmente se comportar como um. Ao fazer a obra de Deus aprenda a ouvir aos outros. O ensinamento de Atos 15 consiste em ouvir, isto é, ouvir o ponto de vista de outros irmãos porque o Espíri to Santo poderá falar por meio deles. Seja cuidadoso, pois ao recusar ouvir a voz dos irmãos, você poderá estar deixando de ouvir a voz do Espíri to Santo. Todos aqueles envolv idos em liderança devem assentar-se para ouvi-los. Dê a eles oportunidades i l imitadas de falar. Seja genti l , alguém quebrantado e este ja prontopara o u v i r . ________ ____________________ ____— _______ ___

r õ problemjL.de m uitos l íderes é não estarem quebrantadoy; ' Pode ser que tenham ouvido muito, a

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respei to de serem “quebran tados” porém não possuem revelação dessa verdade. Se alguém está quebrantado, não tentará chegar as suas próprias decisões no que toca às questões impor tantes ou aos ensinamentos, não dirá que é capaz de compreender as pessoas ou de fazer coisas, não ousará tomar para si à autoridade ou impor a sua própr ia autoridade sobre os outros, nem se aventurará a cri t icar os irmãos ou tratá-los com presunção.

Não deve exist ir nas reuniões nenhuma tensão, tampouco na Igreja. Com respeito às coisas da Igreja /aprenda a não fazer tudo você mesmo> Dis tr ibua as tarefas entre os outros e os leve a aprender a usar suas próprias capacidades de executar. Em primeiro lugar, você deve expor-lhes resumidamente os pr incípios fundamentais a seguir e depois se cer t if icar de que agiram de acordo.

Evite também se expor demais na reunião, caso contrário os irmãos poderão ter a sensação de que você está fazendo tudo sozinho. Aprenda a ter conf iança nos irmãos e a d is tr ibuí- la entre eles.

O Espíri to de Deus não pode serconstrangido na Igreja. Você precisa ser submisso a Ele, pois, caso contrário, quando Ele cessar de ungi-lo, a Igreja se sentirá cansada ou até mesmo enfadada. Se o meu espíri to estiver confiado em Deus, ele alcançará e tomará a audiência em poucos minutos; se estiver descrente não adiantará gri tar pa lavras estrondosas ougastar um tempo mais longo, o que inclusive comcer teza será prejudicial .

Ao pregar uma mensagem, não faça \demasiadamenLe 1 onga ou trabalhada, ,fcaso contrário o espír i to dos santos senti r-se-á enfadado. Não inclua pensamentos superficiais ou afi rmações rasteiras no conteúdo da mensagem; evite exemplos infantis , bem

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como raciocínios passíveis de serem considerados pelas pessoas como infantis . Aprenda a concluir o ponto alto da mensagem dentro de um período de meia hora. Não imagine que, o fato de estar gostando de sua própr ia mensagem, significa que as suas palavras são necessariamente de Deus.

Uma ten tação que freqüentemente nos / deparamos numa reunião de oração é querer en t re g a r ^

uma mensagem ou falar por tempo demasmdc^^Unia reunião de oração deve ser consagrada à oração, muito falatório levará à sensação, de sentir-se pesado, com o que a reunião se tornará um fracasso.

/Os obreiros precisam aprcndef WütTtr» antes de assumirem umã p o s ição 'onde tenham de lidar com problemas ou com pessoas. Com um aprendizado inadequado, insufic iência de conhecimento , quebrantamento incompleto e ju ízo não digno de confiança, terão di ficuldades para lidar com os outros. Não , tire conclusões precipitadas; mesmo quando estiver prestes a tomar alguma decisão deve ser com temor e tremor. Nunca trate com leviandade as coisas espiri tuais, pondere-as no coração. Aprenda a não confiar unicamente em seus próprios ju ízos . Aqui lo que consideras corre to pode ser errado e aquilo que consideras errado pode ser correto.

Se alguém está determinado a aprender com humildade, levará, com certeza poucos anos para terminar de fazê-lo. Você não deve confiar demasiadamente em si mesmo ou estar muito seguro a respeito do seu modo de pensar. O Senhor operará em você para tratar seus pensamentos e para quebrantá- lo antes que você possa compreender a vontade de Deus e ser defin it ivamente “autoridade de D eus” .

A autoridade se baseia no conhecimento da vontade de Deus. Onde não estiver sendo manifestado a

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vontade e o propósito de Deus, ali não há autoridade de Deus. A capacidade de um servo de Deus com certeza será expandida, porém pelo mesmo Deus que o capaci tou. Descanse em Deus, ame-o de todo o coração. Jesus disse: “sem mim nada podereis fazer” . A autoridade necessária para o desempenho do ministério é fruto de nosso relacionamento.

Nunca olhe para dentro de você mesmo, pois isso poderia desanimá-lo, porém, jam ais abra mão da: Intimidade com Deus, e o conselho dos sábios que Deus colocou na Igreja. “Não fostes vós que me escolhestes , porém eu vos escolhi a vós e vos designei para que vades e deis frutos e o vosso fruto permaneça afim de que tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome Ele vos conceda” (Jo 15.16).

Um Líder Quase Perfeito

Num mundo que produz informação de forma tão veloz, nos sentimos pressionados a saber cada vez mais, a estar atualizados.

uPor um longo tempo, as pessoas não perceberam o quanto não sabiam — não sabiam que não sabiam. Atualmente, porém, elas sabem o que não sabem, e isso as deixa ans iosas”. (Wurman p. 358).

Estamos sofrendo de um mal conhecido como ansiedade de informação.

“Estamos cada vez mais preocupados com a nossa aparente incapacidade de tratar, entender, m anipu lar ou compreender a epidemia de dados que começa a tomar conta da nossa v ida”. (Wurman p. 40).

Para nós l íderes cr istãos sempre em busca da competência , da atualização, a pergunta é: Será que é possível ser um líder competente , a tual izado sem sofrer deste t ipo de mal?

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Alguns conselhos:

Ao longo dos anos, temos ass imilado a idéia que para sermos competentes temos que saber a respeito de tudo e saber fazer tudo. Ninguém consegue ser bom em tudo. Temos que fazer algumas escolhas, e manter o foco.

Refl i tam sobre a história dos grandes homens. Eles foram bons em tudo, ou são conhecidos por terem dedicado suas vidas a um propósito , a uma causa?

“Reduza os sentimentos de culpa em relação ao que não leu , reconhecendo que a quantidade de informação é tanta que você não pode ler tudo”. (Wurman p. 341). “Se você acei tar que não pode saber tudo, f icará muito mais à vontade com a idéia de desconhecer alguma co isa”. (Wurman p. 344).

O interesse é a chave para o aprendizado. Muito da nossa busca por maior conhecimento e habil idade procede de-um sentimento de obrigação:

• Eu tenho que. s /• Eu preciso. \ /

Mas o segredo para uma boa aprendizagem é o prazer. Nem tudo o que estudamos será uma tarefa fácil e repleta de prazer, mas sim que, quando há interesse, adquiri r conhecimento torna-se mais fácil.

Selecione o que é essencial para a sua vida. Você terá controle sobre o fluxo de in formação se souber discernir o que realmente é essencial à sua vida, ao seu trabalho.

“O segredo para processar in formação é l imitar seu campo de in formação dentro do que é relevante para sua vida, isto é, escolher cuidadosamente que t ipo de informação merece seu tempo e sua a tenção”. (Wurman p. 339).

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Por que tenho que me tornar “fe ra” em informát ica se uso em meu trabalho apenas um editor de texto? Por que tenho que conhecer profundamente a ps icologia se aconselhamento é apenas uma das áreas do meu t rabalho? Por que tenho que ler a montanha de revistas que chegam pelo correio se a maioria não acrescenta quase nada ao que já sei? Só para dizer que li?

Wurman nos aconselha:

“Minimize o tempo que gasta lendo ou assimilando notícias que não sejam per t inen tes ao seu trabalho ou à sua vida. Mui tas pessoas se sentem na obrigação de assis t irem ao notic iár io local toda noite, mesmo quando ele não passa de uma lista de crimes e catástrofes. Se você não é cr iminal is ta ou bombeiro, esta in formação é provave lmente supér f lua”. (Wurman p. 350).

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Questionário

■ Assinale com “X ” as alternativas corretas

6. É o conhecimento que cada l íder deve ter de si mesmoa)| I Ataraxiab ) |\1 Autognosec)Qj Acribiad)| | Adiastas ia

7. Quanto ao dinheiro, aponte a sentença incorretaa)|X] Sempre assine cheques de sua organização

sozinhob)l I Não mantenha dinheiro da organização em

contas bancárias pessoaisc)[ | Não beneficie amigos ou parentes com

•dinheiro de sua organizaçãod)| I Preste sempre rela tórios minuciosos

8. É errado afirmar quea)| I A força interior de um líder deveria equivaler

à sua força exter iorb)l I Ao fazer a obra de Deus aprenda a ouvir aos

outrosc ) @ Esforços em demasia , planos humanos são

todas as coisas que devem ocorrerd)| I O problema de mui tos líderes é não estarem

quebrantados

■ Marque “C ” para Certo e “E ” para Errado

9.RH Um líder cai naquilo em que se acha fraco1 0 . [3 Existe também outro fator que contribui para a

queda: a solidão do líder

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Lição 5A Liderança

Segundo os mais renomados dic ionários, Y - r Liderança” é a forma de denominação baseada no

prestígio pessoal do l íder e aceita pelos l iderados. Vem à~sêr a ascendência e autoridade de um indivíduo sobre o grupo.

O surgimento de um líder é um fato natural , pois as pessoas têm necessidade de ter alguém que as represente, e comumente ele é apresentado como aquele que “conhece o caminho” , “mostra o cam inho” ou “ segue o cam inho” .

Liderança é, pois, um comportamento , e nunca um fato isolado. Os l íderes são aqueles que maximizam suas recônd i tas1 potencialidades. Will iam James diz que “o indivíduo comum não desenvolve nem 10% do seu po tencia l inato. Se puder um homem maximizar o po tenc ia l de sua memória, poderá dominar quarenta l ínguas diferentes

O líder cris tão é aquele que aceita suas responsabi l idades , mesmo que signifique um fardo demasiadamente pesado, mas está disposto a servir à causa, sabendo que sua autoconf iança se origina de uma fé profunda em Deus, que o chamou para cumprir seu desígnio em sua Igreja aqui na terra.

1 Ocul to , escon d id o . ín t imo, profundo.

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Conceitos Básicos Sobre a Liderança da Igreja. \ X

\ ..... .. iD esde o princípio, foi impossível a umhomem só carregar a carga de todo o rebanho e alimentá- lo adequadamente (At 6.1), e hoje, muito menos, poderá fazê-lo, pois f icará altamente “desprotegido quanto aos ataques da soberba, da inflexib il idade do coração e dos extremismos que perseguem o rebanho” . O Pastor Renato Cobra, em um de seus trabalhos, descreve alguns conceitos básicos sobre a l iderança da Igreja, excluindo as conveniências e tradições religiosas, atendo-se unicamente à Bíblia Sagrada, nossa única regra de fé.

A p l u r a l i d a d e d a l id e ra n ça .É ensinado em Êxodo 18.13-26, quando Jetro

ins truiu seu genro, Moisés; num dos exemplos mais notáveis do Antigo Testamento. Em Atos 11.30; 15.4 e 20.17 vêem um minis tério colegiado.

Sendo a Igreja de Jesus Cristo, Ele exerce como cabeça, o governo através de homens que Ele mesmo capaci ta e que são reconhecidos pela Igreja como líderes espiri tuais e cheios do Espíri to Santo (At 20.28; IPe 5.1-4).

No Novo Testamento encontramos vários exemplos de pluralidade na l iderança da Igreja, pois ela é o princípio fundamental para sustentar o equil íbrio, a harmonia e o crescimento da Igreja local:

■ Antioquia (At 13.1,2; 14.21, 23);■ Creta (Tt 1.5);■ Derbe (At 14.20,21);■ Éfeso (Ef 4.11);■ Fil ipos (Fp 1.1);

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- Hebreus (Hb 13.7,17);■ Icônia (At 14.21,23);■ Jerusalém (At 11.27; 15.4, 6,22);- Listra (At 14.21,23).

A unanim idade da l iderança.Assim como a mult ip l ic idade de membros de

nosso corpo forma uma unidade, o mesmo sucede com o corpo de Cristo: não há acepção de pessoas. O Espír i to Santo une em um só corpo ( IC o 12.12-27). E como um corpo, embora de mui tos membros , não pode agir com base em divisões entre maior ias e minorias.

O Novo Testamento descreve a Igreja como a “à universal assembléia e Igreja dos p r im ogênitos” (Hb 12.23). Convocada por Jesus Cristo, para cumprir seu propósito aqui na terra e compromet ida com um procedimento caracter izado pela:

■ Unidade do Espíri to (Ef 4.3);

■ M utua l idade1 no serviço - membro servir aoutro usando os dons do Espíri to Santo ( IC o12.24-27; IPe 4.10);

H Unanimidade e m : ^ /• Coração e alma (At 4.32); N /• Oração (At 1.14; 4.24); y / '• Reuniões (At 2.46); l /• Sentir (Rm 15.5,6);• Pensar (Fp 2.2; 4.2; 3.15; IPe 4.1); f /• Falar ( IC o 1.10); y /• Decidir (At 1.26; Tt 1.5; At 13.1-3). j X

1 Q u a l i d a d e ou es tado do que é mútuo; r ec ip roc idade , pe rm u ta ç ã o , t roca.

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Deus uti l iza seres humanos como seu método. Assim aconteceu com Moisés, com Josué e com os apóstolos.

Um líder tem limitações, e Moisés reconhecia as suas próprias (Êx 4.10), mas no seu aprendizado verificou a importância de delegar (Êx 18.27). Como parte do seu aprendizado, foi humilde bastante, a ponto de atender conselhos que lhe foram dados. Desse modo, treinou os líderes escolhidos dentre critérios bem determinados: que fossem capazes, tementes a Deus, pessoas de palavra e não avarentos (Êx 18.20,21).

Josué é outro exemplo. Homem submisso à vontade de Deus (Js 6.2), hábil na dis tribuição de tarefas (Js 6.6,7), e em dar ordens claras (Js 6.10).

Quanto à l iderança espiri tual e à preparação de outros l íderes da Igreja apostólica, há de ser lembrada a palavra de Paulo em 2Timóteo 2.2: “e o que de mim ouvis te diante de muitas testemunhas , transmite-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros” .

Teologia da Liderança

Recorde-se de que l iderança cristã é “o trabalho de desperta r e conduzir o ser humano para Deus e para tudo o que dEle recebeu” . Se es tivermos falando de conduzir para Deus, falemos igualmente de fé, pois sem essa virtude é impossível agradar a Deus (cf. Hb 11.6).

^ c O líder cristão deve agir com fé, pois essa virtude determina o verdadeiro objetivo da l iderança

Fundamento Bíblico da Liderança Cristã

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cris tã que é o de ser servo (cf. Mt 20.28; Lc 22.27; G1 5.13; IC o 9.19; Fp 1.1). Além disso, pela fé a unidade da Igreja é mantida.

Não é demais dizer que a Igreja é variada e multi forme. Romanos 16 lembra com extrema clareza: havia naquela comunidade cristã: mulheres, homens, judeus e gentios, livres, libertos e escravos, jovens e idosos, todos agindo, reagindo e inte ragindo para o bem comum e para o bem da causa de Jesus Cristo.

Pela fé, o l íder é est imulado a desenvolver seu potencia l ( IC o 11.1), e pela fé, o líder cristão exerce a perseverança. É observar o que diz 2Coríntios11.24-31.

Pelo próprio concei to da palavra (leacler - l íder), o líder é um condutor , e desse modo leva os seus l iderados aos comet imentos propos tos , e uti l iza para tanto os dons dos seus l iderados e associados. Mas o l íder cris tão reconhece que não faz por mérito próprio: Deus está com ele (Êx 3.10-12; ICo 12.4). Porque o serviço é inerente à função, o l íder é servo, é um com o seu povo.

O líder tem poder ou autoridade. Duas palavras gregas são elucidativas do concei to de poder: kratos e dynamis. Kratos é “poder, autoridade” , especia lm ente no sentido de “poder polít ico, comando, autoridade de m ando” . Vocábulos como democracia , tecnocracia, geron tocracia1 ve iculam a idéia de “poder do p o v o ” , “poder da técnica” e “autoridade dos idosos” . Dynamis , por outro lado, traduz “força, po tênc ia” , permitindo que se chegue ao universo semântico de “força ou espiri tua l , at ividade, energ ia” , e dando-nos vocábulos como dínamo, dinamite e d inamismo.

1 G o ve rno exe rc ido por anc iãos .

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Do líder cristão é esperada a dynamis como fundamento e veículo da sua autoridade espiri tual e da sua a tividade de condutor de vidas. Lamentavelmente , observa-se uma profusão de kratos em numerosos l íderes com sede de manipulação, de detenção de poder decisório que só evidenciam que, na falta de autêntica autoridade espiri tual, de dinamismo ungido, passam a buscar o controle, a preeminência , assumindo, mesmo, determinados t ítulos “re l ig iosos” com o propósito de “autent icar” o poder de mando e comando. Lucas 12.41-48 apresenta uma palavra de Jesus Cristo a esse respeito.

Desafios da Liderança Cristã

A verdade é que entramos neste século com tremendo desafio para a l iderança na Igreja. Um deles é no dizer de Warren Wiersbe uma crise de in teg r idade . -̂ E ela atinge o cerne da autoridade e da . liderança da Igreja de Jesus Cristo.

Wiersbe lembra que Paulo exclamou com as v e ras1 da sua alma: “não me envergonho doEvange lho!” . E sugere que talvez o Evangelho afirme: “ (mas)(eu me envergonho dos c r is tãos”>

~“~Q'úãnta coisa tem sido prat icada em nome do Evangelho, aparência e l inguagem de Evangelho, e o resultado é superf ic ialidade de convicções, confusão mental e espiri tual , e enfraquecimento da fé porque os líderes, pastores ou não, têm aberto campo para a falta de ética, para a manipulação dos sentimentos, para a falta de integridade.

Excelente palavra a que traduz o conceito de in tegr idade na l íngua hebraica: shalom, a qual é vertida

1 Cois as verdade i ras ; rea l idade , verdade .

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para o português com alguns ricos significados, tais como “inteireza, integridade, plenitude, sucesso, salvação, saúde, prosperidade e, também paz” .

Não podemos fazer por menos: o ins trumentoque Deus tem para unir as pessoas.,__fatos eacontecimentos é a Igreja de Cristo. [O líder há de ser Jíntegro, Ç̂ j im põ..d~e mãos**) (cf. Cl 1.9,10; 2.10; SI24.3,4), e “̂puro de co ração l (cf. SI 24.3,4). O líder cristão deve possu i r |u m a ' mente como ã de Cri st o) (cf. ICo 2.16); sua vontade é honesta (Ed 9.6).

O fato é que na época de Jeremias a religião parecia com esta do presente século: O povo dizia crer, mas havia influência secularista, pois o que cria não fazia diferença quanto ao modo de viver. O ideal evangélico está expresso em 2Coríntios 5.17. Além disso, na época de Jeremias , a religião havia se tornado um v 'grande ~ negócio” . É só conferir com as exclamações do profeta que não tolerava os abusos (ver Jr 5,30,31 e Lm 4.13). Tudo isso é o que A. W. Tozer chamou de “tra tamento com erc ia l” do Evangelho . Esse mesmo “tra tamento com erc ia l” é responsável pelo pragmatismo religioso: (‘vTstO~~queTa Igrcja está cheia,') Deus está abençoando” , afirmam. Outros desafios às portas do presente século são osjnovos esti los de culto. , O que em outros países é denominado his tórico ou contemporâneo, em nosso país é objeto da pergunta “ tradicional ou renovado?” . Outras comunidades têm uti l izado a terminologia: Culto Jovem contrapondo-se ao esti lo recebido de l i turgia e rito.

E evidente que o culto é mensurado pela transformação causada nos que cultuam a Deus, e há de ser sempre “em espíri to e em verdade” (Jo 4.23,24) , ou não há de ser culto. E gratidão, reconhecimento , louvor, e (embora não seja o propósito primário) terapêutico.

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O culto, por ser dinâmico, envolve mudanças , mas envolve igualmente o que nunca deve ser m u d ad o . 'D e u s não muda;]as verdades eternas não ' mudam; ,a<Palavra de Deus não\muda . Quest iona-se a ressurreição de Jesus Cristo, a realidade do pecado, a necessidade de salvação, e a s ingularidade da obra redentora de Cristo. Mas o método pode mudar porque não são estáticos , mas se ajustam aos tempos e circunstâncias.

A liderança da Igreja há de estar aber ta para o novo sem perder a visão do permanente na Igreja. Afinal, somos l íderes e capacitadores numa comunidade local sem perder a visão do todo da Igreja de Jesus Cristo; e capacitadores e l íderes da Igreja de Deus sem perder a visão da comunidade como expressão local dessa Igreja.

Numa análise do que chama “a Igreja do Futuro” , Ralph W. Neighbour destaca que a “Igreja do Presente” se caracter iza por ser tr idimensiona l: “ Tem largura, comprimento e profundidade, mas não possu i

\ poder espir i tual para dar à luz outra geração de ^cr is tãos”.

A “Igreja do Fu turo” , além dessas dimensões , tem mais uma: altura, ou seja, vive num mundo físico, de três d imensões como a outra, mas vive em acréscimo num ambiente espiri tual onde “principados, potestades, príncipes do mundo destas trevas, hostes espiri tuais da in iqü idade” são diariamente enfrentados. É o caso, então, de examinar o que Neighbour destaca quanto ao que carac te riza essa Igreja dinâmica, ativa, viva, quadrimensional:

■ Espíri to Santo é quem a dirige. É só permiti r que Ele a controle nos termos de Efésios 3.16. A Igreja e sua l iderança não são significativas pelo que possuem, mas porque são usadas por Deus.

132

■ Essa Igreja vive na quarta dimensão, sem qualquer alusão à ideologia esposada pelo pastor coreano David (antes Paul) Yonggi Cho. Humanos , somos seres tr idimensionais; mas como povo de Deus, e ainda mais, l iderança desse povo, temos por concei to o sublime e urgente dever de ser quadr imensionais . Afinal, é nessa dimensão que o poder de Deus se revela e Satanás é vencido (cf. Jo 3.3; Ef 2.18,19). Onde se enfat izam as três dimensões, a l iderança trabalha para o povo; nas quadr imensionais , a l iderança trabalha com o povo.

Não é de estranhar, portanto , que na Igreja onde se enfat izam as quatro d imensões a l iderança seja composta por aqueles em quem os milagres de Deus acontecem de modo pessoal, e não de segunda mão.Ver a Deus, por exemplo, é exper iência de primeira mão:

■ Noé teve uma exper iência sensorial com Deus e / tornou-se o arauto divino para o arrependimentodo seu povo (Gn 6.13);

■ Abraão viu a Deus, e isso resultou num rompimento com a velha e surrada vida no pol i te ísmo de sua terra natal (Gn 12.1ss);

■ Jacó viu a Deus, e desde esse momento tornou-se “o príncipe de D eus” (Israel, cf. Gn 32.22-32);

■ Moisés viu a Deus e isso fez diferença em sua vida (Êx 3.1-12; 34.29-35);

■ Gideão que teve um encontro t ransformador com o Todo-Poderoso (Jz 6.11-24);

■ Elias recuperou-se de um processo de depressão para a vitória porque viu a Deus ( lR s 19.8ss);

■ Isaías nunca mais foi o mesmo depois da visão s / de Deus (Is 6 . lss);

■ Foi o caso de Paulo (At 9.1.ss) . \ J

133

E “ver a D eus” dá novas energias. Quando se exper imenta pessoalmente o poder de Deus, não se necessita ser agu i lhoado1 para crer que todas as coisas são possíveis por meio de Cristo Jesus. Um líder que tenha tido uma visão defin ida de Deus será capaz de amar, terá todas as condições de repassar esperança, assim como capacidade de comunicar a fé. Na verdade, só podemos influenciar e l iderar outros até o ponto a que nós mesmos chegamos. Nesse ponto, vai se revelar o líder espiri tual em contraposição ao l íder natural.

Segundo Sanders, o paralelo entre estas duas qualidades de l íderes é o seguinte:

> O líder natural:É autoconfiante; ^Conhece os h o m e n s ; ^Toma as próprias decisões; v /Usa os próprios m é todos ;x /Gosta de comandar os outroS (e ser obedecido); \ / É motivado por questões pessoais; V É independente.

í \ -

> O

o -

l íder espiritual:Confia em Deus; \ /Conhece os homens e conhece a D e u s ; V Faz a vontade de Deus; \ /É humilde; VUsa o método de Deus; vBusca obedecer a Deus; VÉ motivado pelo amor a Deus e aos homens;Dependência de Deus. >/

1 Picar ou fer ir co-n agui lhão; a fe r roar .

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D iretrizes para Liderança

Se o l íder não tem confiança em si mesmo, ninguém mais lhe dedicará confiança. “A confiança tem de permear o grupo e tem de part ir pr imeiro dos líderes. Em todas as fases tem que haver uma segurança bem sólida, uma convicção de competência baseada na preparação e numa acumulação gradual de exper iência e ta len to” .

E se o líder não se sente pessoalmente capaz de superar um trabalho superior ao seu, não conseguirá convencer os outros de sua habil idade. Em sua vida minister ia l , o pastor lidará exclus ivamente com problemas e pessoas, e, por isso mesmo, não poderá deixar rastros confusos ou enganadores, pois será inte rpre tado em suas ações e caráter, no caso, os membros da Igreja senti r-se-ão seguros, quando o pastor revelar coerência de motivos e apresenta r caráter íntegro e imparc ia lidade nos ju lgamentos.

> Tratando das causas pessoais.■ O pastor deve ser acessível e estar sempre \ /

disponível para atender os membros da Igreja;* Mesmo que não esteja de acordo com o que

ouve, mostre-se simpático com a pessoa ouvida;* Não atue de modo precipi tado enquanto não ^

est iver de posse de todos os fatos, para fazer um ' ju lgam en to correto;

■ Deixe t ransparecer interesse e amor cristão, n/orando com as pessoas com quem trabalha;

* Es te ja preparado para agir de maneira corajosa; \ /■ O verdadeiro problema nem sempre está na »v

primeira queixa, sendo prudente isolar o problema, ao ouvi-lo;

135

Peça à pessoa in te ressada para lhe dizer o que ela pensa que seja a resposta ou solução do problema;

nV ■ Porque o nosso falar deve ser sim, sim; não, não; devemos cumprir com a nossa palavra na solução de um problema de um membro da Igreja.

V > Tratando das causas coletivas.v/« M antenha sua Igreja informada, para não o

cri t icarem após saberem do fato depois de consumado;

^ a Deixe que o pessoal com quem trabalha perceba que você sabe que haverá problemas - assim não se surpreenderão quando surgirem;

■ Pesquise formas de antec ipar e interceptar o curso dos problemas;

■ Permita que as pessoas apresentem as suas idéias e enfrentem colet ivamente as áreas do problema.

Além disso, deve o pastor aprender a t irar vantagem dos próprios erros; isto evitará que cometa o erro por duas vezes. Entre outras coisas, deve o pastor:

■ Ser humilde para admiti r que esteja errado, e corrigir-se;

v " Falar bem das outras pessoas;Ficar calado quando não se pode dizer nada de bom de outrem;Não passar adiante os boatos, para não incriminar o inocente;

^ ■ Fazer uma apreciação honesta e sincera, dando o devido crédito a quem merece;

>/■ Respeitar sempre o direito dos outros - o que sentem o que pensam e expressam;Ser um bom ouvinte;

136

■ Procurar compreender e sentir o que a outra s / pessoa sente no momento, e aceitá-laplenamente;

■ Nunca forçar uma relação, pois a condição de y l íder pode de ixar as pessoas pouco à vontade.

Questionário

■ Assinale com “X ” as alternativas corretas

1. É a forma de denominação baseada no prest ígio pessoal do l íder e acei ta pelos l ideradosa ) Q Liderançab)l I Pastoradoc)l I Pres idênciad)l I Adminis tração

2. Virtude que determina o verdadeiro obje tivo da l iderança cristãa)l I Oratóriab)| | Conhecimento teológicoc)|y] Féd)| I In te lectualidade

3. Quanto ao l íder espiri tual , segundo Sandersa)l I É somente autoconf ianteb)| I E motivado por questões pessoaisc)| I Toma as própr ias decisõesd)P1 Faz a vontade de Deus

■ Marque “C ” para Certo e “E ” para Errado

4.[C1 Desde o pr incípio, foi impossível a um homem só carregar a carga de todo o rebanho e alimentá-lo adequadamente

5 . fCl A liderança da Igreja há de estar aberta para o novo sem perder a visão do permanente na Igreja

137

O Preço da Liderança

Toda l iderança tem o seu preço, pois quanto maior for à conquista, maior será o preço a pagar. Belo exemplo vemos na história de Moisés, que, revoltado com a bruta lidade dos egípcios e a tr iste sorte de seu povo, compreendeu que algum dia seria obrigado a defender a jus t iça a despeito de quaisquer sacrifícios pessoais que isso envolvesse. Preferiu l iderar um povo pelo deserto a ser chamado filho da fi lha de Faraó, porque t inha em vista a recompensa (Hb 11.24-26).

Vejamos alguns aspectos considerados de custo elevado para os que ostentam uma liderança, especia lmente os que se dispõem ao exercíc io do ministério:

Abuso do pod er .Em qualquer organização, inc lusive nos

grupos cristãos, quando uma pessoa recebe autoridade, é colocada numa posição legít ima para exercer controle e eficiência. Para muitas pessoas, entretanto , isso é uma exaltação do ego e leva à autocracia.

O pastor, na sua condição de líder, é um condutor de almas, e não “dono” delas. Herodes, o Grande, subiu ao trono e o conservou por meio de crimes brutais; matou a esposa e dois f i lhos para não lhe sucederem. Matou também os meninos de Belém.

Muitos , em posição de mando, estão a tratar as pessoas como objetos que podem ser manipulados de um para outro lado, a fim de sat isfazer seus instintos de supremacia. Isto é um perigo, e há de se pagar o preço para se evita r cair nessa in s id iosa1 tentação.

1 Que é dado a a r ma r insídias . T ra iç oe i ro , pérf ido:

138

Crít ica .Se alguém não pode suportar a crítica, ainda

está emocionalm ente imaturo. Esse defeito virá à tona mais cedo ou mais tarde, e impedirá o progresso do l íder e do grupo em direção ao alvo comum.

O líder amadurec ido é capaz de aceitar a crí t ica e fazer as necessár ias correções.

C om pet ição .Há um preço a pagar quando o líder sofre de

uma “ansiedade de com pet ição” , que assume a forma de fracasso ou medo do êxito.

F at iga .O cuidado adequado com a saúde, o descanso

e o equi l íbrio ajudarão o l íder a manter a sua capacidade de resistência. Deve o l íder buscar o equil íbrio a f im de reduzir o estresse em sua vida, tão prejudic ia l à cont inuação de seu desígnio.

Ident i f icação .Deve permanecer à frente do grupo e, ao

mesmo tempo, caminhar com o povo que lidera. A l inha divisória e tênue1. Deve haver alguma dis tância entre o l íder e seus seguidores. Isso significa que ele deve desejar ser humano, aberto e honesto, e não ser visto como um autômato2, com receio de que o seu verdadeiro ego apareça.

Precisa identif icar-se com o povo, gastar tempo em conhecê-lo , compar ti lhar suas emoções, vitórias e defeitos.

1 D e lg ado , f ino, suti l . Débi l , f rág il , g ráci l . Pequení ss imo . P ou co im por ta n te ou po nderáv e l ; de subs t ânc ia escassa.2 Fig. Pe ssoa que age como m áquin a , sem r ac ioc ín i o e sem vo nt ad e própr ia .

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Orgulho e inveja .Estes são irmãos gêmeos. A popularidade

pode afetar o desempenho da liderança.Sentimento de infalibil idade pode corroer

sua eficiência. O orgulho se torna egoísmo quando enal tecemos a nós mesmos.

O líder orgulhoso aceita facilmente a racionalização de que está menos sujeito a cometer erros do que os outros.

Rejeição, s * /É preciso ter uma forte personal idade para o

líder ser capaz de enfrentar a rejeição. Sempre há forte possibil idade de alguém ser caluniado por sua fé. Também às vezes, precisa ser capaz de resist i r ao louvor.

As pessoas normais e ajustadas querem ser amadas. Pode tornar-se um caminho difíci l para pa lmilhar se o pastor sente a indiferença dos membros de sua Igreja ou a falta de afeição.

Muitas pessoas rejeitadas só têm o reconhecimento de sua força depois que tenham deixado o cargo ou morr ido (Lc 4.16-29).

Sol idão.O pastor deve ser capaz de aceitar amizades,

mas deve ser sufic ientemente amadurecido e ter bastante força interior para estar só, mesmo em face de grande oposição (Mt 27.46).

Tempo para pensar , n/Muitos estão tão ocupados (Lc 10.41) que

não têm tempo para pensar. Um tempo deve ser dedicado à medi tação e ao pensamento criativo.

140

Tomar decisões desagradáveis .O líder cristão muitas vezes tem problemas

nessa questão, porque são natura lmente relutantes em ferir as pessoas.

Todos os l íderes devem estar bem dispostos a pagar este preço para o bem da Igreja; mesmo frente ao procedimento de discipl ina do membro.

Utilização do tem po.Há preço a ser pago no uso de nosso tempo,

porque parece que nós, seres humanos, nascemos com preguiça congên i ta1.

Admin is trar o nosso tempo significa admin is trarmo-nos a nós mesmos. Devemos inclui r um tempo para estarmos a sós com Deus, para orarmos, estudarmos a Palavra de Deus, examinarmos a si mesmos, tomarmos decisões e reanimarmos.

A Alma da Liderança

Ter motivações e ati tudes corretas é essenc ial para o desempenho da l iderança cristã. Não basta l iderar, é preciso fazer uma avaliação periódica de nossas motivações e ati tudes para verificar se elas estão à altura do ideal bíblico. Nossas motivações e ati tudes são a alma da liderança.

A fim de ajudá-lo nesta tarefa vamos falar sobre alguns princípios bíbl icos de l iderança, convicções que você precisa ter bem arraigadas, enquanto desempenha suas funções.

> Ati tudes essenciais à l iderança.Com que atitudes devem servir?

1 N asc id o co m o ind iv íduo ; cona tura l , cona to , inato.

141

\ J • A l e g r i a . “Servi ao Senhor com alegria” (SI 100.2a). Como você encara o serviço no reino de Deus: peso ou pr ivi légio? Servir a Deus é um privilégio. Devemos estar constantemente agradecendo a Deus pela opor tunidade que Ele nos concede de O servirmos. Por tanto, a alegria é a postura adequada de quem lidera. Isto não significa dizer que nada nos entristece no desempenho da l iderança, mas sim que temos convicção da benção que é poder fazer algo pelo Senhor. Por Ele que fez e faz tanto por nós.

■ D edicação: “Maldi to aquele que fizer a obra do Senhor negl igentemente” (Jr 48.10a). Servir a Deus é algo muito sério, Deus é um “pa trão” muito bom, mas também muito exigente. Quem quer servi-lo deve estar bem consciente de que Ele não admite d isp l icênc ia1 ou negligência (Rm 12.6-8 e IPê 4.10,11). Não ouse fazer a obra do Senhor de qualquer j e i t o !

' ■ Constânc ia: “E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalec ido” (G1 6.9). Quem desiste diante do primeiro obstáculo não “serve para servir” . Liderar um grupo é um teste “constante à nossa constância” . Quantas vezes somos tentados a desistir , mas quem desiste perde a oportunidade de colher os frutos. Quantos começam o ano com tanta disposição, mas depois de 2 ou 3 meses deixam o serviço entrar num marasmo2 sem fim. É como aquele l íder que

1 D escu ido , ou mesmo des le ixo , nas manei ras , no vest ir , no procede r ; descaso , desmaze lo , neg l igênc ia .“ E nf ra q u ec i m en to das forças morais ; de sân imo.

142

estava assumindo um cargo. Ele elogiou o seu antecessor dizendo aos seus l iderados: “Ouvi dizer que meu antecessor era um homem de muitas inic iativas. E verdade, respondeu um dos l iderados, mas era também um homem de poucas ‘acaba t ivas’” . Paulo diz: “Portanto , meusamados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor” ( IC o 15.58).

Refletindo Sobre Liderança Cristã

Há um lugar especialíssimo para a l iderança na visão do Novo Testamento. Ass im é que Efés ios 4.11-16 apresenta a pla ta forma de l iderança da Igreja Apostólica, e IT imóteo 3.1-13 oferece o padrão para o ministér io pastoral (ali denominado “ep iscopado” ) e diaconal.

Parece ser o óbvio, mas a função do l íder é liderar. Na Igreja de Cristo, detêm as funções de l iderança aqueles soberanamente escolhidos para esse com et im en to1.

Paulo usa a expressão “a graça que nos foi dada” (Rm 12.6). Não é função de mando, mas de pres idência a ser exercida zelosamente, segundo a Versão da Impressa Bíblica Brasileira (Rm 12.8).

Há três t ipos de pessoas no mundo:

. ■ As que não sabem o que está acontecendo; \ /^ ■ As que observam o que está acontecendo; v /

\ ■ As que fazem com que as coisas aconteçam. ^

São essas últ imas que detêm o dom deliderança.

1 Em p reen d im en to , t en ta t iv a ou empresa di f íci l , a r r i s cada e /ou de grande vul to ; acom et i men to .

143

A Liderança Cristã e o Discipulado

Devemos compreender que a l iderança cristã tem o trabalho de despertar e conduzir o ser humano para Deus e para tudo o que de Deus recebeu. Devemos crer numa liderança comprometida com o Reino de Deus (cf. Mt 6.33), o que, aliás, é uma qualidade-chave do líder cristão.

Uma liderança comprometida é fiel ( IC o 4.2), disponível (Lc 9.57-62), receptiva à capacitação, ou seja, ao tre inamento (um teste é convidar 12 a 20 pessoas para reuniões de treinamento, e observar quem retorna a parti r da segunda reunião). O treinamento, por sinal , já é uma seleção. Descobri r pessoas que possuam potencial é tarefa do líder, e isso com o objetivo de treiná-las de modo a que em dado momento a organização possa funcionar sem ele.

É um faci l i tador no ensino dos novos discípulos e na participação deles no global do processo; é exemplo e ajuda em vez de apenas verbalizar, valor izar a part ic ipação dos outros, é paciente e confia no Espíri to Santo como conselheiro e auxíl io nas dificuldades.

Crer na l iderança capacitada pelo Espíri to de Deus, “car ismát ica” para o benef íc io da Igreja de Cristo, para que todo o edifício bem ajustado cresça para templo santo cuja glória seja unicamente a de Deus, ou como colocou a Bíblia em Português Corrente (edição da Sociedade Bíblica de Por tugal, 1993): “É em Cristo que todo o edifício está seguro e cresce até se transformar num templo que honre ao Senhor” (Ef 2.21). Crer também no discipulado cristão, pois é somente observar a ênfase dada por Jesus ao cuidado, car inho, busca e instrução dos que O seguiam.

144

“Disc ípu lo” , por sinal, parece ser a palavra favori ta de Jesus para aqueles cuja vida estava l igada a dEle. Aparece 269 vezes nos Evangelhos e no livro dos Atos dos Apóstolos.

O líder cristão do presente século não se pode esquecei' que as condições do discípulo são um daqueles princípios imutáveis, apesar das transformações l i túrgicas, adminis tra tivas, pela qual a Igreja de Cristo vem passando através dos séculos. Quem as declara são os Evangelhos:

-J 1) T r a n s p o r t a r a c ru z (Lc 14.27). A cruz não é brinquedo, mas inst rumento de morte, na qual o eu devia morrer. Ir para o Calvár io é um caminho escolhido deliberadamente , visto que a cruz é o s ímbolo da perseguição, vergonha e abuso que o mundo jogou sobre o Filho de Deus e jogará sobre os que escolhem navegar contra a corrente, o discípulo.

v / 2) R e n ú n c ia (Lc 14.33), que é entrega irrevogável a •p Jesus Cristo, autonegação, nos termos de Lucas

J ‘ 14.26 e Mateus 16.24. Nosso amor a Jesus e à Suacausa há de ser tão evidente que, em comparação, todos os demais serão diminuídos. Billy Graham afirmou que “a salvação é de graça, mas o discipulado custa tudo o que temos”.

3) C o n s tâ n c ia (Jo 8.31). É viver em companhia de Jesus, comunhão de destinos com Ele, segui-Lo, permanecer nEle. O verdadeiro discípulo se caracteriza pela estabil idade.

4) P r o d u ç ã o de f r u to s (Jo 15.8). União frutífera com o Senhor (Jo 15.4,5).

145

✓ O líder cristão há de observar os dois aspectos básicos do discipulado em sua própria experiência de vida: a união com Cristo e a dedicação sem reservas, que Jesus Cristo descreveu em termos de videira e ramos (cf. Jo 15.5ss). Em re lação ao primeiro aspecto, Paulo usa inúmeras vezes a expressão “em Cris to” para com isso significar que nós estamos nEle e Ele está em nós (Cl 1.27). Por sua vez, Romanos 6.1-12 indica o significado do regime de dedicação exclusiva a Jesus.

O alvo do discipulado deve permanecer bem definido na mente do líder cristão: é a semelhança de Cristo em caráter e em serviço. O Espíri to Santo dá-nos o caráter de fi lhos de Deus, e nessa l inha de raciocínio, o fruto do Espíri to é o retrato desse caráter: amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e autodomínio.

A,Liderança e a Palavra de Deus

A liderança cristã não pode prescindir de uti l izar a Bíblia Sagrada como fonte de reflexão, de meditação, de discipulado e caminho de vida. O desenvolv imento do Salmo 119 bem o demonstra. Afinal , a Bíblia se evidencia Palavra de Deus nas profecias e cumprimentos , em mostrar o ser humano em sua realidade e pelos seus efeitos na vida do homem que é t ransformado em discípulo de Jesus Cristo. Por essa razão, há o líder de nela meditar (SI 1.1,2), de nela viver e conhecê-la para crescer em graça (SI 1.3).

A Liderança Pastoral \ /

Grande é o privilégio que Deus concede ao homem, quando o chama para o ministér io da Palavra.

146

Paulo chama de coisa excelente: “Quem deseja o episcopado, excelente coisa a lmeja” ( lT m 3.1).

Poucos são aqueles que têm este privilégio de pastorear o rebanho do Senhor. Creio não haver dúvidas quanto a sua chamada para o minis tério da Palavra, porquanto na obra do Espíri to Santo as coisas são bastantes claras. Porém, todo privi légio implica, fata lmente, em responsabil idade. É costume de Deus usar pessoas responsáveis.

“Maldito aquele que fizer a obra do Senhor re laxadam ente” (Jr 48.10). Paulo af irma que os falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, relaxados (2Co11.13).

Pastor é um guia espiri tual . O verbo minis trar significa servir, atentar ou contribuir . Como sua missão é t irar as almas do domínio das trevas, de Satanás e levá-las a Jesus, nota-se que grandes são as suas lutas, di ficuldades e responsabil idades .

Princípios do Trabalho Pastoral

O pastor geralmente se considera uma pessoa de ação, de movimentos . As igrejas gostam de dizer: “Nosso pastor é muito ativo. Vis ita e prega todos os d ias” . No entanto, esta at ividade in tensa geralmente não produz os melhores frutos. Também não permite pastorado de longo alcance. Por quê? Porque a tarefa de dirigir uma Igreja não é tão simples como parece. É um trabalho complexo. É uma responsabil idade que não exige un icamente “ação v is ível” , mas orientação clara, motivação bem definidas, at i tudes posit ivas, compreensão e visão panorâmica, planejamento e execução cuidadosa. Tudo isso precedido por uma vida de íntimo re lacionamento com quem guia a Igreja, o Espíri to Santo, e uma capacidade cada vez maior de

147

discern imento da mente e planos divinos para seu corpo.

Quem trabalha muito tempo com pessoas, é sempre instrut ivo ver com que determinação Jesus, a lgumas vezes, ensinou seus discípulos a atender às mul tidões além de suas própr ias capacidades, recursos e tempo, e outras vezes, em que, simplesmente os afastou delas e os levou a um lugar à parte. Também é importante ver como o Senhor, no devido tempo, os enviou a pregar, ensinar, curar, l ibertar de opressões satânicas, mediante ins truções muito cuidadosas e claras, depois escutava seus relatórios e, com base em tais exper iências, ensinavam-lhes coisas novas.

Para que a tarefa ministeria l seja bem feita, é indispensável orientar o trabalho pratico diário, mensal, anual ou por longos períodos.

Fundamentos do Trabalho Pastoral

O fundamento do trabalho pastoral repousa na Palavra de Deus. A autoridade que reveste esta obra não procede de uma simples tradição re lig iosa ou cultural . Também não se fundamenta em um determinado sistema de organização social, econômica ou política. O pastorado tem fundamentos próprios que são de valor permanente e universal .

Três são os seus enunciados básicos:■ A existência de um Deus (Deus está in tensamente

preocupado e ocupado com o destino do ser humano);

■ A existência de um povo escolhido por Deus (o povo é especial , e necessi ta de direção. O Salmo 23 i lustra com clareza isso);

■ A tarefa que ambos estão executando.

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Questionário

* Assinale com “X ” as alternativas corretas

6. Aponte a sen tença erradaa ) Q Mesmo o l íder não podendo suportar a crí tica,

é considerado amadurec ido emocionalmenteb)| I Há um preço a pagar quando o l íder sofre de

uma “ansiedade de compet ição”c)l I O orgulho se torna egoísmo quando

enal tecemos a nós mesmosd)| I O líder deve permanecer à frente do grupo e,

ao mesmo tempo, caminhar com os l iderados

7. São as pessoas que detêm o dom de l iderançaa ) Q As que não sabem o que está acontecendob)F1 As que observam o que está acontecendoc)ÍH As que fazem com que as coisas aconteçamd)l I As que avisam o que está acontecendo

8. É entrega irrevogável a Jesus Cristo, autonegação, nos termos de Lucas 14.26 e Mateus 16.24a)l I Produção de frutosb)| I Constânciac)l I Transpor ta r a cruzd)|Ã| Renúncia

■ Marque “C” para Certo e “E” para Errado

9 . H A alegria, a dedicaçao e a constância são ati tudes essenciais à l iderança

10.Q] Os dois aspectos básicos do discipulado são: a união com Cris to e a dedicação sem reservas

149

Administração e LiderançaR e f e r ê n c i a s B i b l i o g r á f i c a s

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