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Adércia B. Hostin dos Santos Coordenadora de Assuntos Educacionais Contee A precarização do Ensino Superior

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Adércia B. Hostin dos Santos

Coordenadora de Assuntos Educacionais Contee

A precarização do Ensino Superior

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Conjuntura Atual

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DESAFIO

Os processo mercantil no setor de ensino vem ganhando força e amplitude nas últimas década. A porta de entrada desse fenômeno, no Brasil, tem sido

o ensino superior.

Institucionaliza a ideia de educação como mercadoria – mercantilização do ensino -

EDUCAÇÃO COMO MERCADORIA

1. Não pode ser democrática pois somente seria acessível aqueles que podem comprar.

2. Tem compromisso com o lucro do empresário e não com o desenvolvimento de uma nação.

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MERCANTILIZAÇÃO

As consequências da mercantilização do ensino.

Participação de conglomerados financeiros que vislumbram ganhos extraordinários no setor de ensino.

O que possibilita ganhos extraordinários?

Aquisições e fusões = Concentração = Oligopólio.Financeirização do Setor = Abertura de Capital na Bolsa de Valores

Administrar as instituições como empresas = Custos mínimos + Educação em grande escala

a) Formação de Fundos de Investimentob) Fusão e Concentração c) Investimento em tecnologiad) Financiamento Público = PROUNI E FIES

Processo

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Fontes de Receitas – Públicas – FIES

ecleia conforto
Importante: ao estabelcer a nota minimo no ENEM para o alunos o governo prioriza aqueles com melhopr qualificação. Mas uma duvida fica: quem são esses alunos? Oriundos de escolas particulares e por isso com rendimentos escolares melhores?
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Cenário início ano de 2015

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Fontes de Receitas - Públicas

96% dos alunos pertencem as

classes C, D e E.

A renda familiar dos beneficiários é de 10 salários

mínimos.

35% do total de alunos nas IES privadas são

beneficiários do FIES.

ecleia conforto
Importante: oa informação da renda familiara permite avaliar o tipo de público beneficiado pelo Fies. Podemos afirmar que ele é inclusivo pelo número de contratos. Contudo se esse programa também é pensado como ferramente de estimulo a permanencia de um aluno com o perfil mais "carente" o objetivo não esta sendo alcançado. Outra discussão importante é o a tipo de instituição que se beneficia desse financiamente (isso já amarra o slide seguinte.)
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Fontes de Receitas - Públicas

Solução encontra pelas Instituições:

a)Intensificar o processo de aquisições.b) Reduzir o corpo de docentes, principalmente aqueles com maior qualificação e funcionários. c) Linhas de financiamento próprias.

Lógica: o patrimônio dessas empresas, visto pelo ótica do acionista, são as matrículas.

ecleia conforto
Essas são as instituições com os maiores número de matrículas fianciadas pelo FIES. Esses dados justificam as alterações no FIES; o dinheiro público que deveria estar sendo direcionado para as Universidades e IF's Federais são destinados a empresas (frisar esse termo)que captam dinheiro na bolsa e enxergam a educação como um grande negócio com elevada lucratividade. Ainda possam de bonitas com seus programas de responsabilidade social.Se vc utilizar as comunitárias como referência esse número cai para 25% em média.
ecleia conforto
Revista Exame: Para driblar as mudanças em relação ao programa de financiamento estudantil do governo, uma das opções que a Estácio cogita é estruturar uma linha de crédito em parceria com alguma instituição financeira privada. Atualmente, isso existe apenas no ensino a distância, por meio do crédito universitário privado Pravaler.
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Fonte: ProUni/MEC

Programa Universidade para Todos – ProUni

Fontes de Receitas – Públicas

ecleia conforto
Importante: 2010 foi o anoa de lançamento dos programas por isso o percentual de 10,7%. A dinâmica das instiuições privadas não permitem se sustentar apenas das receitas com mensalidades. Isso vale para IES que buscam a qualidade de ensino ( professores bem qualificados, pesquisa …) As demais sobrevivem com as receitas oriunda de transferência - bolsas públicas e privada. Isso demonstra claramente que a educação não deve ser vista como um negócio em busca do lucro.
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Bolsas Ofertadas por ano -2014

Fonte: ProUni/MEC

Programa Universidade para Todos – ProUni

Fontes de Receitas - Públicas

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Bolsas Ofertadas por tipo -2014

Fonte: ProUni/MEC

Programa Universidade para Todos – ProUni

Fontes de Receitas - Públicas

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Fonte: ProUni/MEC

Programa Universidade para Todos – ProUni

Fontes de Receitas - Públicas

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IMPACTOS SOBRE O SETOR DE ENSINO PRIVADO

1. Inicia-se um processo de internacionalização do setor privado de ensino no Brasil. Grupos britânicos, americanos e europeus passam a adquirir instituições educativas nacionais.

2. Os processos de fusão e aquisição nos últimos anos têm alterado a estrutura do mercado educacional no Brasil:

OLIGOPÓLIO

Concentração no número de fornecedores (IES) o que levará a uma fatia significativa do mercado a concentrar-se na mãos de grandes

grupos.

Por quê?

Considerando que a sustentação das instituição ocorre via o pagamento de mensalidades, poucos serão aqueles que poderão

ocupar nichos específicos no mercado. Fonte: Oliveira, 2009

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IMPACTOS SOBRE O SETOR DE ENSINO PRIVADO

Processo de Fusões e Aquisições no Brasil entre 2007 e 2014

Número de fusões e aquisições realizadas no setor de ensino no Brasil – 2007 a 2014

Número de fusões e aquisições realizadas no setor de ensino, por nível de ensino no Brasil – 2007 a 2014

Fonte: CM Consultoria

ecleia conforto
Importante: quanto mais fraca dinate de seus concorrentes estiver a instituição maiores são as chances de ser incorporada por uma grande instituição. O temos vistos é que essas incoporações locais afetam a qualidade do serviços e eliminam as caracteristicas locais do modelo educacional. Me preocupa muito a formação da massa critica em um modelo de ensino padronizado. (Acho que isso é uma exclente discussão)
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IMPACTOS SOBRE O SETOR DE ENSINO PRIVADO

Processo de Fusões e Aquisições no Brasil entre 2007 e 2014

Número de fusões e aquisições realizadas no setor de ensino por região, no Brasil – 2007 a 2014

Cinco primeiro Estados com maior números de fusões e aquisições no Brasil –

2007 a 2014

Fonte: CM Consultoria

ecleia conforto
Esse são dados consoliddos até 2014. O primeiro semestre de 2015 teve poucas movimentações em virtude inclusive das mudanças do FIES e queda da rentabilidade da bolsa. Mas a ideia do diretor da Estácios é a segunte (EXAME): "O pipeline (fluxo de oportunidades) está extremamente fértil e intensificamos a busca por oportunidades", disse Melzi em teleconferência com analistas. "Um dos efeitos colaterais das mudanças no Fies pode ser oportunidades boas para consolidação, porque dificultam a captação (de alunos) por empresas de menor porte", acrescentou o executivo.
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IMPACTOS SOBRE O SETOR DE ENSINO PRIVADO

Elaboração: Qualitá Assessoria e Pesquisa Fonte: CM Consultoria

Motivos que justificam a movimentação regional das fusões e aquisições no Brasil.

Norte Nordeste Centro- Oeste Sudeste Sul

1. Aumento crescente no número de matrículas no ensino superior.

1.Impacto das Políticas de Renda.

1. Elevado número de instituições de pequeno porte.

1. Grande densidade demográfica

1. Estabilização da renda.

2. Grande concentração de matrículas nas capitais.

2. Elevado volume de investimento público.

2.Renda Estável 2. Demanda pelo ensino superior reprimida.

2. Grau de instrução mais elevado.

3. Demanda reprimida pelo ensino superior quando a comparado com outras regiões.

3. Expansão do mercado de trabalho.

3. Grande concentração de matrículas na capital

3. Perda de dinamismo na geração de matrículas.

3.Perda de dinamismo na geração de matrículas.

4. Segmento do ensino superior em expansão.

4. Mão de obra pouco qualificada e jovem.

4. Ensino superior pulverizados: pequenas, médias e grandes IES

Resultado:

ecleia conforto
Esse são os fatores que impulsionaram a movimentação. Claro que agora as corporações já conquistaram a nata dos mercados a solução é crescer em outros pontos onde a demanda a demanda esteja reprimida.
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Processo de Fusões e Aquisições no Brasil entre 2007 e 2014

Fonte: CM Consultoria

Instituições que também atuam na educação básica.

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Processo de Fusões e Aquisições no Brasil entre 2007 e 2014Instituições com mais 100 mil alunos que

realizaram processos de fusão e aquisição – 2007 a 2014

Instituições que negociaram acima de R$ 1 bilhão nos processos de fusão e aquisição – 2007 a 2014

Anhanguera, Kroton, GP Investimentos e Estácio Participações detém 26% das matrículas no ensino superior.

Além das receitas captadas no mercado...

Fonte: CM Consultoria

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Lógica da FiIMPACTOS SOBRE O SETOR DE ENSINO PRIVADO

Educação como mercadoria, exemplo:

Ensino Superior:

Fonte: Kroton

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Conclusão

As limitações legais para impedir a expansão do capital financeiro, via regulamentação, no setor de ensino não têm tido resultados eficientes. Conduto, devem ser implementadas para definir as condições mínimas de funcionamento.

A melhoria nas condições econômicas do Nordeste, com crescimento do investimento público, crescimento do número de empregos e da renda tende a propiciar uma intensificação do processo de fusão e aquisição nessa região.

A lógica do eficaz e eficiente (menor custo em maior escala) está instalada no mercado de ensino e passará a ser a ferramenta de gestão em todas as instituições privadas de ensino.

• O que pode frear esse processo de mercantilização, fusão e aquisição? • Uma política de valorização do ensino público. • A expansão da oferta pública de vagas em um nível semelhante aquela oferecida pelo setor

privado. Essa porém nunca foi a lógica, o governo sempre comprou vagas no setor privado de ensino.

Os dados do atual cenário educacional colocam em evidência a impossibilidade de se frear o processo de mercantilização, fusão e aquisição sem o apoio da sociedade.

A educação é hoje uma mercadoria negociável. Tornou-se exportável, portável e negociável.”. Angel Gurria (Secretário Geral da OECD – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico)