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Projeto Pedagógico de Letras Espanhol CAMEAM
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Governo do Estado do Rio Grande do Norte
Secretaria de Estado da Educao e da Cultura (SEEC)
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE (UERN)
PR-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAO (PROEG)
CAMPUS AVANADO PROF. MARIA ELISA DE ALBUQUERQUE MAIA (CAMEAM)
DEPARTAMENTO DE LETRAS ESTRANGEIRAS (DLE)
PROJETO PEDAGGICO DO
CURSO DE LICENCIATURA DE LETRAS EM
LNGUA ESPANHOLA E RESPECTIVAS
LITERATURAS
Pau dos Ferros
2013
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE (UERN)
Reitor Prof. Pedro Fernandes Ribeiro Neto
Vice-Reitor Prof. Aldo Gondim Fernandes
CAMPUS AVANADO PROF. MARIA ELISA DE ALBUQUERQUE MAIA (CAMEAM)
Diretor Prof. Gilton Sampaio de Souza
Vice-Diretora Profa. Vanuza Maria Pontes Sena
DEPARTAMENTO DE LETRAS ESTRANGEIRAS (DLE)
Chefe Profa. Maria do Socorro Maia Fernandes Barbosa
Subchefe Profa. Maria Eliete de Queiroz
PROFESSORES
Edilene Rodrigues Barbosa
Gilton Sampaio de Souza
Ivanaldo de Oliveira dos S. Filho
Jos Cezinaldo Rocha Bessa
Lidiane de Morais Digenes Bezerra
Lucineudo Machado Irineu
Maria do Socorro M. F. Barbosa
Maria Eliete de Queiroz
Maria Eliza Freitas do Nascimento
Marta Jussara Frutuoso da Silva
Orfa Noemi Gamboa Padilla
Rosngela Alves dos Santos Bernardino
Sebastio Marques Cardoso
Tatiana Loureno de Carvalho
Wellington Medeiros de Arajo
COMISSO GERAL DO PROJETO PEDAGGICO-PPC
Edilene Rodrigues Barbosa
Francisco Marcos de Oliveira Luiz
Jailson Jos dos Santos
Jos Cezinaldo Rocha Bessa
Lidiane de Morais Digenes Bezerra
Marcos Antonio da Silva
Maria do Socorro Maia Fernandes Barbosa
Rosngela Alves dos Santos Bernardino
NCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE
Edilene Rodrigues Barbosa
Lucineudo Machado Irineu
Marta Jussara Frutuoso da Silva
Tatiana Loureno de Carvalho
Francisca Mariana Neta (discente)
Maria Jackeline Rocha Bessa (discente)
FUNCIONRIOS
TNS Francisco Roberto da Silva Santos
TNM Luiz Roberto Costa Fonseca
TNM Ricardo Soares Abrantes
TNS Marlia Cavalcante de Freitas
REPRESENTAO DISCENTE
Francisca Mariana Neta (Graduanda/Letras Lngua Espanhola/CAMEAM)
Maria Jackeline Rocha Bessa (Graduanda/Letras Lngua Espanhola/CAMEAM)
SUMRIO
1 APRESENTAO ...................................................................................................................... 05
2 JUSTIFICATIVA ........................................................................................................................ 07
3 BASE REFERENCIAL ............................................................................................................... 10
4 IDENTIFICAO DA INSTITUIO .................................................................................... 14
4.1 Instituio mantenedora ......................................................................................................... 14
4.2 Instituio mantida ................................................................................................................... 14
4.3 Histrico da UERN.................................................................................................................... 14
4.4 Histrico do CAMEAM ........................................................................................................... 17
5 PERFIL DO CURSO ................................................................................................................... 20
5.1 Identificao do Curso ............................................................................................................. 20
5.1.1 Local de Funcionamento ....................................................................................................... 20
5.1.2 Funcionamento do Curso ...................................................................................................... 20
5.2 Objetivos do Curso ................................................................................................................... 20
5.3 Perfil do formando .................................................................................................................... 21
5.4 Competncias e habilidades ..................................................................................................... 22
5.5 Pblico alvo e formas de ingresso ........................................................................................... 23
5.6 Regime acadmico .................................................................................................................... 24
5.7 Demanda do Curso ................................................................................................................... 24
5.8 Princpios formativos ............................................................................................................... 24
5.9 Operacionalizao da Organizao Curricular ..................................................................... 27
5.9.1 Atividades Prticas como Componente Curricular ................................................................. 29
5.9.2 Atividades complementares ..................................................................................................... 30
5.9.3 Plano de estgio curricular ...................................................................................................... 33
5.9.4 Trabalho de Concluso de Curso ............................................................................................. 33
5.10 Matriz Curricular ................................................................................................................... 34
5.10.1 Quadro resumo dos componentes curriculares necessrios integralizao da carga
horria total .......................................................................................................................................
37
5.10.2 Componentes optativos do Curso de Letras em Lngua Espanhola e suas Respectivas
Literaturas .........................................................................................................................................
37
5.10.3 Plano de Equivalncias de Componentes Curriculares ......................................................... 38
5.10.4 Ementrio dos componentes curriculares de formao geral e bsica .................................. 42
5.10.5 Ementrio dos componentes curriculares optativos e/ou complementar........................... 66
6 AVALIAO ............................................................................................................................... 76
7 POLTICAS PRIORITRIAS PARA O ENSINO DE GRADUAO ................................ 80
8 POLTICA DE CAPACITAO, DE PESQUISA E DE PS-GRADUAO ................... 82
8.1 Corpo docente e poltica de capacitao ................................................................................. 82
8.2 Projetos de pesquisa institucionalizados ................................................................................. 86
8.3 Grupos de pesquisa ................................................................................................................... 94
8.4 Incentivo divulgao cientfica ............................................................................................. 98
8.5 Cursos de ps-graduao ......................................................................................................... 99
8.5.1 Cursos de Ps-Graduao Lato Sensu ..................................................................................... 100
8.5.2 Curso de Ps-Graduao Stricto Sensu ................................................................................... 104
8.6 Poltica de extenso ................................................................................................................... 108
8.7 Estrutura fsica e equipamentos dos Cursos de Letras ......................................................... 113
8.8 Corpo tcnico-administrativo .................................................................................................. 115
8.9 Acervo bibliogrfico ................................................................................................................ 116
9 RESULTADOS ESPERADOS E ACOMPANHAMENTO DE ALUNOS EGRESSOS ...... 116
10 REFERNCIAS ........................................................................................................................ 118
REGULAMENTO DA ORGANIZAO E DO FUNCIONAMENTO DO CURSO LETRAS LNGUA ESPANHOLA ...............................................................................................
120
ANEXOS .......................................................................................................................................... 143
5 1 APRESENTAO
Com o intuito de acompanhar as transformaes scio-poltico-culturais vivenciadas na
sociedade moderna que se desenha ancorada nos princpios da globalizao, o Campus Avanado
Profa. Maria Elisa de Albuquerque Maia (CAMEAM) oferece o Curso de Letras em Lngua
Espanhola e Respectivas Literaturas.
O Projeto Pedaggico do Curso (PPC) aqui apresentado ser o instrumento norteador das aes
desenvolvidas no Curso de Letras em Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas, expressando a
prtica da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), a gesto e outras atividades
educacionais.
Sendo a universidade o vetor da produo, circulao e transmisso do conhecimento, na qual
se encontram as posies de vanguarda na busca por uma educao de qualidade e uma sociedade mais
igualitria, este documento busca servir de referncia para a melhoria da trplice abordagem acadmica
de ensino, pesquisa e extenso, assumindo a compreenso de um projeto em contnuo processo, haja
vista que pode ser permanentemente avaliado e, se necessrio, reconstrudo, em vista do atendimento
s demandas impostas pelos atores. Portanto, o PPC, alm de atender s necessidades oriundas da
operacionalizao, objetiva entender as particularidades dos contextos scio-histricos em que o curso
desenvolvido, no Alto Oeste Potiguar e em parte dos estados circunvizinhos: Cear e Paraba.
Desse modo, faz-se necessrio esclarecer que as discusses para todo Curso de Letras da
UERN foram iniciadas em 1999, tendo passado por um processo de verticalizao em 2002, com base
nas resolues CNE/CP1 e CNE/CP2.
Para a construo inicial do Projeto Pedaggico do Curso de Letras, foi constituda uma
comisso formada por professores, tcnico-administrativos e representao discente, o que significa
dizer que esse construto terico-acadmico est em sintonia com as vrias vozes sociais. A comisso
iniciou as atividades de elaborao do documento no semestre 2003.1, estendendo-se at 2004.2, sendo
enviado Cmara de Ensino de Graduao/UERN em janeiro de 2005 para emisso de parecer, o qual
s foi emitido em 01 de fevereiro de 2008. Naquela poca, o Departamento de Letras era formado
pelos cursos de Letras com habilitao em Lngua Portuguesa e suas Respectivas Literaturas, Letras
com Habilitao em Lngua Inglesa e suas Respectivas Literaturas e Letras com Habilitao em
Lngua Espanhola e suas Respectivas Literaturas.
Com base no parecer referido e em virtude da necessidade de registrar as mudanas ocorridas,
dadas as exigncias de adequao aos ideais dos cursos, em especial, a incluso do curso de Lngua
Espanhola, este documento apresenta uma verso revisada e ampliada do primeiro projeto, respeitando
suas diretrizes iniciais e inserindo alteraes e acrscimos, conforme as observaes e recomendaes
da Assessoria da PROEG. Para tanto, a Congregao do Curso de Letras retomou as discusses sobre a
elaborao do PPC e definiu como estratgia de trabalho a execuo de atividades por Grupos de
6 Trabalho (GTs). No total foram 04 (quatro) grupos, cada um sob a coordenao de um lder, adotando
uma metodologia participativa. As tarefas tiveram o seguinte encaminhamento metodolgico:
Leitura e discusso de documentos oficiais sobre Educao Superior (LDB 9394/96 e
PDI da UERN);
Pesquisa de textos de tericos da educao sobre a natureza de um projeto pedaggico,
de textos informativos e documentos sobre a UERN, o CAMEAM e o Curso de Letras, entre outros
estudiosos da contemporaneidade;
Estudo sobre a realidade da UERN e das demandas locais para definio do perfil do
aluno que se pretende formar, entre outros aspectos;
Socializao das leituras e da coleta de informaes;
Problematizao das especificidades de um currculo diferenciado daquele proposto
pela Faculdade de Letras e Artes (FALA) do CAMPUS CENTRAL;
Sistematizao de propostas preliminares pelos GT's, mediante debate e reformulao
coletiva;
Redao inicial do projeto com as atribuies pr-estabelecidas para cada GT;
Apreciao preliminar do documento pelo Colegiado do Curso de Letras;
Reviso do texto no sentido de atender s sugestes do Colegiado do Curso de Letras;
Redao final do documento;
Aprovao do Projeto Pedaggico do Curso (PPC) pelo respectivo Colegiado.
Em 2013 foi dado incio ao processo de orientao para efeito de renovao de
reconhecimento, com o Parecer n 01/2013 emitido pela assessora Mrcia Betnia. O retorno do PPC
foi realizado em 25 de fevereiro de 2013. O referido projeto foi apreciado e recebeu Parecer, no dia 02
de julho, pela Assessora Rosa Maria Rodrigues Lopes, que assumiu o acompanhamento do Curso na
assessoria dos procedimentos referentes ao processo de renovao de reconhecimento.
Desse amplo debate, resultou como produto final o Projeto Pedaggico do Curso de Letras em
Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas, o qual est estruturado da seguinte forma: Apresentao,
com uma viso geral do que o PPC; Justificativa, na qual se expe o histrico do curso, reforando
as razes para elaborao do documento e considerando sua adequao realidade local; Marco
Referencial, no qual so explicitadas as concepes tericas que do embasamento elaborao deste
documento; Desenho Histrico, constando o histrico da UERN e do CAMEAM; Perfil do Curso de
Licenciatura em Letras do CAMEAM, no qual se esboa um perfil do Curso de Letras em Lngua
Espanhola e Respectivas Literaturas, destacando a identificao, os objetivos, as competncias e
habilidades, a clientela atendida, as formas de ingresso, o prazo de integralizao curricular, o regime
acadmico, a demonstrao do grau de interesse pelo curso, a organizao curricular, a avaliao, a
7 poltica de pesquisa e ps-graduao e a poltica de extenso; Estrutura fsica e equipamentos do
Curso de Letras, em que se revela a estrutura fsica e de equipamentos disponveis para a realizao
das atividades acadmico-pedaggicas; por fim, o Regulamento da organizao e do funcionamento
do curso, em que se encontram as normas gerais de funcionamento do curso.
2 JUSTIFICATIVA
Pensar na elaborao de um Projeto Pedaggico de Curso de Graduao requer compreend-lo
na sua dimenso administrativa e pedaggica, para que se constitua como um subsdio da prtica
gestora e docente, em sintonia com as mudanas que envolvem a educao e que exigem constantes
reflexes sobre as concepes de homem, universidade e conhecimento na conjuntura da sociedade
atual.
Nessa perspectiva, o PPC deve, com base nas Diretrizes Curriculares dos Cursos de Graduao,
abandonar as caractersticas de que muitas vezes se revestem, quais sejam as de atuarem como meros
instrumentos de transmisso de conhecimento e informaes (PARECER CNE N 776/97, p.96), o
que significa dizer que as Diretrizes Curriculares no devem se constituir como modelos de reproduo
tcnica ou como simples regras para serem aplicadas ao aluno, sem levar em conta o perfil deste na
sociedade atual. Em outras palavras, o PPC deve contemplar todas as dimenses do desenvolvimento
humano indispensveis ao exerccio da cidadania, passando a orientar-se para oferecer uma slida
formao bsica, preparando o futuro graduado para enfrentar os desafios das rpidas transformaes
da sociedade, do mercado de trabalho e das condies de exerccio profissional (PARECER CNE N
776/97, p.96-97).
O aspecto mais importante a ser considerado no Projeto Pedaggico do Curso de Letras em
Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas o seu papel social de formar profissionais qualificados e
conscientes para atuarem no apenas como tcnicos especializados, prontos para atender s demandas
do mercado de trabalho, mas como sujeitos capazes de intervir na sociedade de forma tica,
consciente, reflexiva e crtica; e assim poderem agir no sentido de transform-la. Com efeito, faz-se
necessria uma formao que atenda dimenso humana, nova configurao curricular, s
exigncias do mundo do trabalho e, sobretudo, s demandas regionais e locais.
Nesse contexto, a Congregao do Departamento de Letras Estrangeiras (DLE) do
CAMEAM/UERN se props, com a elaborao deste projeto, que fruto de um longo processo de
debates, reflexes e anlises, a assegurar maior flexibilidade na organizao do currculo, atendendo
crescente heterogeneidade tanto da formao prvia como das expectativas e dos interesses dos
alunos (PARECER CNE N 776/97, p. 96).
8
Em consonncia com o exposto e nos termos do Captulo IV do artigo 53 da LDB Lei 9.394/96,
que dispe sobre a autonomia das universidades, a elaborao da Proposta Curricular do Curso de
Letras em Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas visa a oferecer um currculo diferenciado
daquele proposto pela Faculdade de Letras e Artes (FALA), do Campus Central desta Instituio. A
nova proposta toma como referncia o perfil do profissional que se deseja formar, tendo como objetivo
qualificar docentes para atuarem na regio do Alto-Oeste Potiguar e contribuir para a melhoria do
ensino bsico no estado do Rio Grande do Norte.
Para justificar a criao da matriz curricular, concebida para o Curso de Letras em Lngua
Espanhola e Respectivas Literaturas do CAMEAM, faz-se necessrio resgatar a histria da criao do
curso de Letras, sobretudo as transformaes que resultaram na sua ampliao, como forma de atender
s necessidades nacional e local de formar profissionais licenciados nessa rea.
A criao do Curso de Letras do CAMEAM, conforme os registros1 da poca, no consta no
Decreto N 15/76 da Prefeitura de Mossor, que criou o Campus com os cursos de Pedagogia e
Economia. O que se sabe que este curso foi recomendado pelos relatores do grupo de trabalho que
estudou a viabilidade da expanso da UERN na regio e foi criado no Conselho Universitrio, em
reunio de 27 de outubro de 1976, tendo sido oficialmente instalado em 19 de dezembro do mesmo
ano. Em janeiro de 19772, foi realizado o primeiro vestibular, com aulas iniciadas em 1 de maro
daquele ano, sendo oferecido o curso de Licenciatura com habilitao em Lngua Portuguesa e Lngua
Inglesa e suas respectivas literaturas.
Nesse nterim, novas propostas foram implementadas, o que resultou na definio de dois
cursos de licenciatura no CAMEAM, quais sejam: Curso de Letras com Habilitao em Lngua
Portuguesa e suas respectivas literaturas e Curso de Letras com Habilitao em Lngua Inglesa e suas
respectivas literaturas, como forma de atender formao docente numa rea definida, objetivando
uma maior qualidade no ensino e um investimento maior na formao especfica do aluno.
No mbito da poltica de criao de novos cursos para o CAMEAM, o Departamento de Letras
priorizou a oferta de vagas no turno matutino. Assim, conforme a Resoluo n 22/99 -
CONSEPE/UERN, de 12 de agosto de 1999, expandiu o curso de Letras com habilitao em Lngua
Portuguesa e suas respectivas literaturas, respondendo demanda do mercado de trabalho na
conjuntura das polticas do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), o que resultou na criao do
Curso de Letras com Habilitao em Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas, tendo sua primeira
turma ingressada no semestre 2006.1. A partir de 2010, com base no Ofcio Circular 02/2010-
1 As informaes referentes criao do Curso de Letras foram extradas da Monografia de concluso de Especializao da professora Maria Elisa de Albuquerque Maia, intitulada A Interiorizao da universidade brasileira: consideraes sobre a experincia no Campus Avanado de Pau dos Ferros. 2 Em arquivos da secretaria do CAMEAM, encontramos registros que informam a primeira turma de concluintes do Curso de Letras, datada do 2 semestre de 1980, argumento que comprova o incio do Curso no ano de 1977.
9 CGDC/DESUP/SESu/MEC, passa a ser designado no mais como uma habilitao e sim como Curso
de Letras em Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas.
Convm justificar a proposta pedaggica a partir de quatro argumentos que motivaram a
implementao do currculo do Curso de Letras em Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas, os
quais, embora de natureza diversa, se complementam. Primeiro, o fato de que os docentes do Curso de
Letras, luz das teorias lingusticas ps-estruturalistas, optaram por fazer modificaes (equivalncias,
acrscimos, junes, substituies) no leque de Componentes Curriculares, assegurando uma viso
mais ampla dos estudos da linguagem. Assim, os estudos da Lingustica, seja a estrutural, a
pragmtica, a discursiva ou a enunciativa, configuram-se como teoria basilar na formao do educador
que reconhece o papel formativo que essa rea propicia, tendo em vista que introduz na formao do
professor de Letras um elemento de participao ativa na anlise da lngua, que o habilitar a reagir de
maneira crtica s opinies correntes, e lhe permitir, em sua vida profissional, avaliar com
independncia os recursos didticos disponveis e as observaes e dificuldades de seus alunos
(ILARI, 1992, p. 16-17). Neste sentido, a interface entre as diversas teorias lingusticas propicia
compreender a lngua em situao de uso, reconhecendo a multiplicidade de sentidos evocados atravs
do constante apelo das diversas linguagens, com as quais convivemos na sociedade atual.
O segundo argumento leva em conta a necessidade de reconhecer que as exigncias impostas
atualmente a um profissional de Letras so muito maiores e mais prementes do que anos atrs, seja no
campo da produo e recepo de textos ou no campo da transdisciplinaridade, das questes ticas,
culturais e sociais. Alm disso, no se pode deixar de mencionar a esse respeito o impacto que o
advento das novas tecnologias da informao e da comunicao tem trazido para a vida cotidiana em
geral e para a vida universitria em particular.
O terceiro argumento diz respeito ao incentivo participao do aluno, desde o incio do curso,
em atividades prticas, o que justifica o nmero de componentes curriculares terico-prticos.
propsito desta iniciativa instigar o aluno a pensar o seu papel de futuro educador, sua funo na
sociedade e sua insero no mundo do trabalho. Isso s possvel a partir de uma concepo de curso
que no valorize to somente a transmisso de contedos, mas que se fundamente na busca da
transdisciplinaridade, incentivando a autonomia e a participao do aluno na construo do
conhecimento, condio indispensvel para um agir profissional de qualidade, no mundo complexo e
multifacetado em que vivemos.
Como quarto argumento, h que se acrescentar que a universidade, e a UERN em particular,
enquanto instituio responsvel pela formao e profissionalizao no campo das lnguas, nesse caso,
a Lngua Espanhola, justamente um dos espaos sociais mais adequados reflexo crtica sobre esse
aspecto da formao integral do indivduo e da realidade contempornea, como explicitado no PDI-
UERN:
10
[...] formao profissional a incorporao de uma dimenso cidad, isto , a aquisio de uma sensibilidade social que resulte em indivduos capazes de compreender o funcionamento de sua sociedade e de se comprometer com a resoluo dos problemas que esta enfrenta. Condio para a efetividade desse processo o domnio da linguagem, a capacidade de compreender e de emitir mensagens complexas (PDI-UERN, 2008, p. 44).
Nesta proposta, esto ainda contempladas atividades que reforam o trip Ensino, Pesquisa e
Extenso desenvolvidas pelo Curso de Letras em Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas. Na
vertente do Ensino, alm do prprio Curso de Letras em Lngua Espanhola, temos o Programa
Emergencial de Segunda Licenciatura em Lngua Espanhola pelo Plano Nacional de Formao de
Professores da Educao Bsica (PARFOR) e a oferta de cursos pelo Ncleo de Estudos Culturais,
Lingusticos e Literrios de Espanhol (NECLE), que atrela atividades extensivas a atividades de
prtica de ensino.
Sob a vertente da Pesquisa, contamos com atividades de iniciao cientfica, que englobam a
participao de bolsistas no Programa Institucional de Bolsas de Iniciao Cientfica (PIBIC/CNPq e
PIBIC/UERN), no Programa Institucional de Bolsas de Iniciao Docncia (PIBID/UERN) e
tambm nos Grupos de Pesquisa cadastrados no CNPq e certificados pela Instituio, tais como: Grupo
de Estudos da Traduo (GET); Grupo de Pesquisa em Produo e Ensino de Texto (GPET); Grupo de
Estudos Crticos da Literatura (GECLIT); Grupo de Estudos do Discurso (GRED).
No tocante Extenso Universitria, so oferecidos cursos para a comunidade interna e
externa, nas modalidades de cursos de lnguas ofertados pelo NECLE e pelo Cursinho Pr-vestibular,
que atende a alunos de comunidades carentes da regio.
Dessa forma, o Curso de Letras em Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas destaca-se
como um espao promissor para a disseminao e construo do conhecimento na regio, visto que
busca atender, de forma significativa, s demandas locais, respaldado pelo interesse da Congregao
de Letras em atualizar este projeto.
3 BASE REFERENCIAL
A sociedade contempornea convive com mudanas em escalas imprevisveis em todos os
setores, inclusive no que diz respeito ao conhecimento e sua excessiva fragmentao. No rastro das
mudanas e tendncias propostas pelo paradigma ps-industrial, conceitos como famlia, educao e
trabalho esto sendo revistos, quando no totalmente reformulados. O mundo digital modificou as
relaes e as produes humanas, em decorrncia do contexto histrico da ps-modernidade, o que
Bauman (2005) chama de modernidade lquida, justamente pelas caractersticas da fluidez,
descontinuidade, rupturas, incertezas e inseguranas do perodo e pelo reflexo que a globalizao,
como uma forma de mudana radical e irreversvel, provoca na sociedade.
11
fato notrio que o desequilbrio decorrente do processo de globalizao impulsiona a
concentrao de renda e promove ainda mais a excluso social. A imensa maioria da populao,
privada dos recursos mnimos para sobreviver em um mundo to complexo, se v diante de um abismo
que separa cidados e trabalhadores educacionalmente preparados e digitalmente includos, daqueles
sem escola, sem qualificao e digitalmente analfabetos.
Nesse cenrio, a sociedade e o mundo do trabalho demandam um profissional flexvel,
motivado, criativo, tico, autnomo, apto a participar e interagir com seus pares, capaz de solucionar
problemas do cotidiano. A sociedade exige, assim, um ser humano capaz de inovar, e que esteja
permanentemente comprometido com valores como cidadania e responsabilidade social.
O homem precisa, portanto, ser visto como sujeito integral, que respeite as individualidades e
diversidades, como as valorize. Um sujeito com condies de inserir-se socialmente, responsvel pela
construo de sua prpria histria e da sociedade em que vive.
Este projeto fundamenta-se nessa reflexo terico-conceitual que orienta as discusses sobre
sujeito, linguagem, sociedade, educao e universidade nos dias atuais, bem como nos instrumentos
legais, Lei de Diretrizes e Bases (LDB) 9.394/96 e tambm nas Diretrizes Curriculares dos Cursos de
Graduao (PARECER CNE N 776/97), que acolhem esses ideais e os transformam em diretrizes
norteadoras para a formao do profissional de Letras, sem perder de vista os princpios que enfatizam
o papel da educao como elemento de desenvolvimento social.
Nesse contexto, o profissional da rea de Letras deve compreender a concepo de linguagem
considerada na perspectiva dialgica, inserida num processo de interao entre sujeitos, no qual os
sentidos so mltiplos e variados, compartilhados de acordo com as necessidades e experincias da
vida em sociedade.
essa concepo bakhtiniana de linguagem que nos revela alguns pressupostos para que se
pensem prticas com e sob as lnguas no contexto social, visto que todo signo ideolgico. Para
Bakhtin (1998), a palavra fenmeno ideolgico por excelncia, que se apresenta como uma arena em
miniatura onde se entrecruzam e lutam os valores sociais de interao contraditria. A palavra revela-
se, no momento de sua expresso, como o produto de interao viva das foras sociais e est sempre
carregada de um contedo ou sentido ideolgico ou vivencial. Dessa forma, a principal razo de
qualquer ato de linguagem a produo de sentido.
Nas cincias que envolvem os estudos lingusticos, importa ressaltar o entendimento de que a
linguagem dinmica, com implicaes de carter histrico, sociolgico e antropolgico que esto na
base das prticas sociais. Para Berger e Luckmann (1985, p. 61), a linguagem constri, ento,
imensos edifcios de representao simblica que parecem elevar-se sobre a realidade da vida
cotidiana como gigantescas presenas de um outro mundo. Em outras palavras, a produo
12 contempornea essencialmente simblica e o convvio social requer o domnio das linguagens como
instrumento de comunicao e negociaes de sentidos.
Pode-se dizer que o profissional de Letras precisa estar consciente de que o mundo
contemporneo est marcado por um apelo informativo imediato. Assim, a reflexo sobre a linguagem
e seus sistemas, que se mostram articulados por mltiplos cdigos e sobre os processos e
procedimentos comunicativos, , mais do que uma necessidade, uma garantia de participao ativa na
vida social e a cidadania desejada (BRASIL, 2001).
Em consonncia com o exposto, e perseguindo o objetivo de uma educao pblica, enquanto
um direito poltico-social e livre do atrelamento condio de mercadoria e de paternalismo,
prioritrio partir do pressuposto de que, nas Instituies de Ensino Superior (IES), as manifestaes
culturais, as heterogeneidades tnicas, a tica tenham um espao assegurado, conforme pontua o
documento do Sistema Nacional de Avaliao do Ensino Superior (SINAES),
Educao um direito social e dever do Estado. Este princpio o fundamento da responsabilidade social das instituies educativas. As IES, mediante o poder de regulao e de direo poltica do Estado, tm a responsabilidade de um mandato pblico para proporcionar aos indivduos o exerccio de um direito social. Dado seu carter social, uma instituio educativa deve prestar contas sociedade, mediada pelo Estado, do cumprimento de suas responsabilidades, especialmente no que se refere formao acadmico-cientfica, profissional, tica e poltica dos cidados, produo de conhecimentos e promoo do avano da cincia e da cultura (2004, p. 83).
Dessa forma, ao elaborar este Projeto Pedaggico, o Curso de Letras em Lngua Espanhola e
Respectivas Literaturas, do CAMEAM/UERN, orientado nessa percepo, busca realizar uma prtica
baseada na ideia de educao que se estabelece em nossa sociedade atual.
No podemos esquecer que vivemos hoje em um mundo em que a nova ordem mundial trouxe
profundas mudanas nos campos social, poltico, econmico, cultural, tecnolgico e educacional. Esse
fenmeno deve-se basicamente profuso de novas linguagens sobre o conhecimento e a
aprendizagem em contextos mltiplos e diferenciados.
Nesse processo de transformao, papel das instituies de ensino investir em prticas que
contemplem a criatividade, a viso e a transformao do mundo do trabalho, os conhecimentos
cientficos e a crescente necessidade de humanizao. preciso trilhar caminhos novos, vinculando de
forma cada vez mais intensa a educao, o trabalho e a sociedade. Tal concepo nos faz lembrar as
teorias postuladas por Freire (1979) que v a educao como transformao, mudana e possibilidade
de colocar o homem como ser histrico capaz de ser sujeito do e no mundo.
A educao deve ser compreendida, portanto, como um meio de superao da dualidade social,
que gera desigualdades cada vez maiores. Nesse sentido, a educao superior, como nos diz a LDB
9.394/96, deve estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os
13 nacionais e os regionais, prestar servios especializados comunidade e estabelecer com esta uma
relao de reciprocidade.
Entre as principais transformaes em curso est o deslocamento da nfase no ensino para a
nfase na aprendizagem. Esta passou a ser vista como um processo no qual o aluno est envolvido
ativamente e no qual as diferenas de aprender devem ser consideradas e respeitadas. O ensino precisa
estar a servio da aprendizagem, devendo ser constantemente concebido, repensado e avaliado em
funo dela, oportunizando ao discente um constante aprender a aprender.
Educar uma ao intencional e poltica. Possibilita ao indivduo aprender a viver, conviver,
agir e transformar a sociedade. Assim, desejamos uma educao participativa e de qualidade, capaz de
gerar junto comunidade ferramentas para a interferncia e participao nas polticas e na vida
pblica, qualificao para o trabalho, ampliao da viso crtica do mundo e conscientizao sobre a
responsabilidade social.
Desse modo, cabe s Universidades formar profissionais capazes de analisar criticamente os
contextos e transformar as relaes e condies de trabalho em uma perspectiva de melhoria da
qualidade de vida e de justia social.
A Universidade que queremos deve contemplar a formao de professores e pesquisadores para
a produo do conhecimento, contribuindo para o processo de interao com os saberes, percebendo-
os num contexto transdisciplinar. Deve assegurar ao educando o desenvolvimento de suas
potencialidades, em suas dimenses e necessidades; deve, ainda, ter como valores e princpios a tica,
a solidariedade e o respeito diversidade.
Todos esses aspectos delineiam um cenrio educacional marcado por desafios, da decorre a
necessidade de questionar e redefinir, permanentemente, o fazer acadmico. Para tanto, so necessrias
propostas como essa, que expressa rupturas com o presente e promessas para o futuro, para lembrar
Gadotti (1995, p. 579).
O Curso de Letras em Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas, neste projeto, assume este
desafio, concordando com Veiga (1997, p. 13), que define o projeto poltico pedaggico como "um
processo permanente de reflexo e discusso [...], na busca de alternativas viveis efetivao de sua
intencionalidade, que no descritiva ou constatativa, mas constitutiva". Assim, mediados por essa
compreenso, objetivamos implementar, no cotidiano das prticas educativas do Curso de Letras em
Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas, do CAMEAM/UERN, uma postura tica e justa em
conformidade com os princpios norteadores deste Projeto.
14 4 IDENTIFICAO DA INSTITUIO
4.1 Instituio mantenedora
Fundao Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (FUERN)
Rua Almino Afonso, 478, Centro
CEP: 59.610-210, Mossor, RN
Fone: (84) 3315-2148 Fax: (84) 3315-2108
E-mail: [email protected]
Presidente: Prof. Dr. Pedro Fernandes Ribeiro Neto
Espcie Societria: No Lucrativa
Carto de inscrio no CNPJ: 08.258.295/0001-02
4.2 Instituio mantida
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)
CNPJ: 08.258.295/0001
Campus Universitrio
BR 110, Km 46, Av. Prof. Antnio Campos s/n
Bairro Presidente Costa e Silva
Fone: (84) 3315-2175 Fax: (84) 3315-2175
Home Page: www.uern.br e-mail: [email protected]
Dirigente: Prof. Esp. Milton Marques de Medeiros (Reitor)
4.3 Histrico da UERN
A histria da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), denominao atual que
data de 15 de dezembro de 1999, teve incio em 1968 atravs da Lei Municipal n. 20/68, de 28/09/68,
que a criou, como Fundao Universidade Regional do Rio Grande do Norte (FURRN). Localizada no
municpio de Mossor-RN, nasce da aglutinao de quatro faculdades isoladas, criadas a partir de
1943, a saber: Faculdade de Cincias Econmicas, Faculdade de Servio Social, Faculdade de
Filosofia, Cincias e Letras e a Escola Superior de Enfermagem.
Em 1987, a FURRN estadualizada e passa a ser denominada Universidade Regional do Rio
Grande do Norte (URRN). A estadualizao mudou o perfil desta Instituio. A realizao de concurso
pblico para docentes, a elaborao de planos de carreira para docentes e tcnicos administrativos e a
institucionalizao de um plano de capacitao docente, configuraram, a partir de ento, um novo
cenrio acadmico e profissional na URRN.
15
No incio dos anos de 1990, na forma do Parecer n. 277/93 do Conselho Federal de Educao, a
IES obteve o ato de reconhecimento como Universidade pblica de direito, outro marco importante na
sua trajetria acadmica. Em 1997, passa a se chamar Universidade Estadual do Rio Grande do Norte,
mantendo a sigla URRN e, em 1999, adotou o nome de Universidade do Estado do Rio Grande do
Norte (UERN).
Essas mudanas se deram em funo dos contextos polticos que marcaram o seu percurso
histrico. A princpio, mantida pelo poder municipal local, destituda da autonomia desejada, no
conseguiu manter-se gratuita e cobrava mensalidade dos alunos. Os professores trabalhavam em
regime de hora-aula, sem a devida profissionalizao para o nvel superior. A emisso de diplomas
dependia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e a criao de cursos, do Conselho
Federal de Educao (CFE).
A expanso da UERN, no Rio Grande do Norte, resulta da consolidao da infraestrutura do
Campus Central em Mossor (1974), da criao do Campus de Assu (1974), seguido do Campus de
Pau dos Ferros (1977) e do Campus de Patu (1980). Passadas duas dcadas de expanso geogrfica, a
UERN chega tambm capital do Estado e cidade de Caic, com a estrutura de Campus, quando foi
criado, em 2002, o Campus de Natal e, em 2006, o Campus de Caic.
At o reconhecimento pelo Conselho Federal de Educao, em 1993, a UERN ofertava os
cursos de Pedagogia, Letras, Histria, Geografia, Matemtica, Cincias Econmicas, Cincias
Contbeis, Servio Social, Educao Fsica, Direito e Enfermagem. Aps o reconhecimento, novos
cursos foram criados, a exemplo de Fsica, Qumica, Biologia e, mais tarde, Cincia da Computao.
Em sua trajetria histrica, a UERN, objetivando consolidar-se como Instituio de Ensino
Superior, tem concentrado esforos no sentido de estruturar-se administrativa e academicamente, de
forma que, sensvel s demandas advindas do acelerado avano tecnolgico e das transformaes
econmico-sociais em curso na sociedade contempornea, possa viabilizar sua misso institucional,
comprometendo-se com o desenvolvimento do homem, da cincia, da tecnologia e do Estado do Rio
Grande do Norte, atravs do fortalecimento das suas atividades de ensino, pesquisa e extenso.
Assim, impulsionada pelos desafios postos pela sociedade e, especialmente, pela reforma
educacional em vigor, com a implementao da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), a UERN tem
concretizado iniciativas que permitem avanar no aprimoramento da qualidade das atividades de
ensino, pesquisa e extenso.
A partir de 2002, novas reas do conhecimento e novos cursos foram criados e outros j
existentes foram interiorizados. A rea da Sade criou os cursos de Medicina e de Odontologia; a rea
de Cincias Sociais Aplicadas passou a ofertar os cursos de Turismo e de Gesto Ambiental; a de
Cincias Sociais, os cursos de Cincias da Religio e Comunicao Social; a de Cincias Humanas,
Filosofia, Msica e uma habilitao em Lngua Espanhola no curso de Letras. Recentemente, foi
16 aprovado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extenso (CONSEPE) o curso de Cincia e Tecnologia
para o Campus de Natal. A UERN, durante os anos de 2007, 2008 e 2009, obteve ndice Geral de
Cursos (IGC) na faixa trs, passando para a faixa quatro no ano de 2010.
A expanso geogrfica da UERN acompanhada pelo incremento na oferta de cursos e, em
2011, aps 43 anos de existncia, essa IES ofertou 31 cursos de graduao diferentes, entre
licenciaturas e bacharelados. Considerando que alguns deles so ministrados em mais de uma unidade
acadmica, contabilizam-se 79 opes distribudas no Campus Central, Campi Avanados e Ncleos
de Educao Superior. Majoritariamente, os cursos so voltados para a formao de professores da
educao bsica. De acordo com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da Instituio, em
2008, a UERN contava com quase 12.000 alunos de graduao e ps-graduao.
Em 2011, a UERN conta com um quadro de 801 (oitocentos e um) docentes efetivos. Destes,
162 (cento e sessenta e dois) so doutores, 378 (trezentos e setenta e oito) so mestres, 225 (duzentos e
vinte e cinco) especialistas e 36 (trinta e seis) graduados. Na Ps-graduao, em 2011 conta com 5
(cinco) cursos de mestrados institucionais e 22 (vinte e dois) cursos de especializao, os quais so
constitudos com base nos 68 (sessenta e oito) grupos de pesquisa, destacando o investimento em
iniciao cientfica, em projetos de pesquisas e em publicaes de livros, por meio das Edies UERN
ou captando recursos de rgos como a Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel
Superior (CAPES), Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPQ),
Fundao de Amparo Pesquisa no Rio Grande do Norte (FAPERN), dentre outros. Em 2010, foi
contemplado com o Programa Cincia sem Fronteiras, o qual viabiliza, atravs de cotas de bolsa para
graduao-sanduche, a ida de estudantes das reas prioritrias do programa para excelentes
universidades no exterior.
No que se refere extenso, desenvolve 84 (oitenta e quatro) projetos e programas que
envolvem a instituio e a comunidade, por meio dos quais so realizadas aes classificadas em
programas, projetos, cursos, assessorias, programas radiofnicos, produes acadmicas e eventos,
dentre outros. Considerando a necessidade de insero da UERN no seu entorno social, atravs de
aes que se avaliam como mais carentes para um impacto significativo, a Pr Reitoria de Extenso
(PROEX), com aprovao do Conselho de Ensino e Pesquisa (CONSEPE), atravs da Resoluo n
001/2000, instituiu eixos temticos norteadores de suas aes, dentre eles: Educao Bsica;
Desenvolvimento da cultura; Capacitao e qualificao de recursos humanos e de gestores de
polticas pblicas.
Quanto ao ensino de graduao, a UERN oferta 32 (trinta e dois) tipos de cursos, dentre eles
Pedagogia (na modalidade Licenciatura), com nfase nos processos de formao de professores para a
Educao Bsica, aos quais tem dedicado uma ateno especial, por entend-los como rea estratgica
e de fundamental importncia para o progresso da sociedade local e regional. Nessa perspectiva, com o
17 propsito de atender demanda da formao inicial de professores em exerccio, tem desenvolvido
programas especiais de formao como o Programa Especial de Formao Profissional para a
Educao Bsica (PROFORMAO), o PEDAGOGIA DA TERRA e o Plano Nacional de Formao
de Professores da Educao Bsica (PARFOR).
O PROFORMAO foi ofertado nas cidades de Mossor, Assu, Caic e Currais Novos, entre
os anos de 1999 e 2009. O PEDAGOGIA DA TERRA foi ofertado entre 2007 e 2010, a partir de
convnios firmados entre a UERN e o INCRA, os quais contriburam na formao de mdia de 180
trabalhadores e trabalhadoras rurais, nas reas da educao e da sade. O PARFOR, proposto pelo
MEC/CAPES em regime de colaborao com as Instituies de Ensino Superior (IES) e Secretarias de
Educao dos Estados e Municpios, est sendo ofertado desde 2009.2 e atualmente encontra-se com a
oferta de seis cursos (Histria, Educao fsica, Geografia, Letras/Espanhol, Cincias Biolgicas e
Pedagogia), em 23 turmas implantadas nos Campus de Assu, Pau dos Ferros, Mossor, Patu,
totalizando cerca de 727 alunos matriculados.
Ainda tratando da formao de professores, a UERN tem feito grandes conquistas quanto
aprovao de programas institucionais junto CAPES, como o Programa Institucional de Bolsas de
Iniciao Docncia (PIBID) e o Programa de Consolidao das Licenciaturas (PRODOCNCIA), os
quais propem articulaes entre a formao inicial superior do licenciado, as escolas e os sistemas
estaduais e municipais de educao do entorno de abrangncia de seus cursos.
4.4 Histrico do CAMEAM
O Campus Avanado de Pau dos Ferros foi criado pelo Decreto N 15/76, de 26 de setembro de
1976, sancionado pelo prefeito municipal de Mossor Jernimo Dix-Huit Rosado Maia, com o
objetivo de instalar o Ensino Superior na regio do Alto Oeste Potiguar.
Para concretizao deste objetivo, as primeiras iniciativas so efetivadas por expressivas
lideranas da sociedade local, sendo reforado pelo apoio dos professores comprometidos com a
expanso do ensino universitrio na regio.
O primeiro grupo de trabalho para anlise das condies objetivas de desenvolvimento das
atividades de ensino superior chega a Pau dos Ferros em 01 de maio de1976. Nessa visita, foram
observados os prdios escolares e as bibliotecas, centralizando essas aes na Escola Estadual 31 de
Maro (atual Escola Estadual Dr. Jos Fernandes de Melo). Esse grupo de trabalho, em suas
concluses, considera a cidade de Pau dos Ferros um plo de desenvolvimento, em funo do seu
espao geogrfico, econmico e cultural se constituir num indicador de tendncias e perspectivas de
crescimento. Dadas essas caractersticas, esse grupo prope Universidade a criao de cursos nessa
cidade, como forma de dinamizar o desenvolvimento da regio do Alto Oeste Potiguar.
18
A luta pela implantao da Universidade nesta regio atende aos anseios da sociedade
pauferrense e tambm ao projeto poltico-social de expanso da URRN. Assim, em 19 de dezembro de
1976, foi oficialmente instalado o Campus Avanado de Pau dos Ferros, com os cursos de Letras,
Pedagogia e Cincias Econmicas.
O primeiro vestibular ocorrido em janeiro de 1977, contava com 234 (duzentos e trinta e
quatro) candidatos que preencheram 135 (cento e trinta e cinco) vagas distribudas na ordem de 45
(quarenta e cinco) por curso.
O espao fsico para o funcionamento esteve disperso em vrias escolas da cidade at o incio
do segundo semestre de 1983, quando foi inaugurada a sua sede prpria, contando com uma instalao
inicial de 13 (treze) salas de aula, alm das dependncias administrativas. A Biblioteca foi construda
em 1986, na administrao de Pe. Stiro Cavalcanti Dantas, recebendo, inclusive, o seu nome. A
ampliao da estrutura fsica do Campus ocorreu na gesto do Prof. Antonio de Farias Capistrano,
quando foram construdas 03 (trs) salas para funcionamento das administraes acadmicas dos
cursos, 01 (uma) sala para as habilitaes de Pedagogia e 01 (um) auditrio com capacidade para 200
(duzentas) pessoas.
Estava assim consolidada a presena fsica do Campus de Pau dos Ferros, embora com uma
estrutura administrativa bem dependente, respaldada numa centralizao financeira e pedaggica que,
aliada ao quantitativo de cursos oferecidos e de professores, justifica uma ausncia durante vrios
anos, de uma vida departamental de fato.
A sua estrutura organizacional s veio a ser regulamentada atravs da reformulao do Estatuto
e do Regimento Geral da UERN, que passara a referir-se em parte especial aos Campi Avanados.
As lutas que se seguiram para legitimao de suas aes tiveram um espao significativo
quando o Campus vivenciou juntamente com a FURRN e seus segmentos acadmicos o processo de
estadualizao consolidado em 1987, atravs da Lei N 5.546, de 08 de janeiro de 1987, e o
reconhecimento dessa instituio pelo Conselho Federal de Educao, em 15 de agosto de 1993.
O Campus Avanado de Pau dos Ferros, atravs da Portaria N 1.912/95 GR FURRN, de 22
de dezembro de 1995, passou a ter a denominao de Campus Avanado Prof. Maria Elisa de
Albuquerque Maia (CAMEAM), em homenagem a sua primeira coordenadora.
Na sua vida acadmica, o CAMEAM procura nortear-se pelo propsito de desenvolver um
ensino de boa qualidade. Esse propsito reflete aes pedaggicas para o desenvolvimento do ensino,
da pesquisa e da extenso, como tambm o investimento na capacitao docente. Isto se reflete
tambm na oferta de vrios cursos de Ps-Graduao Lato Sensu, tais como Especializao em
Desenvolvimento Regional e Planejamento Territorial, e Especializao em Polticas Pblicas e
Desenvolvimento, vinculadas ao Departamento de Economia (DEC); Especializao em Formao do
Educador, Educao de Jovens e Adultos e Educao e Linguagens para a Multiculturalidade, ligadas
19 ao Departamento de Educao (DE); a Especializao em Gerenciamento de Servios de Sade,
vinculada ao Curso de Enfermagem (CEN); as Especializaes em Lngua Inglesa, Lingustica
Aplicada, Ensino e Aprendizagem de Lngua Espanhola, vinculadas ao Departamento de Letras
Estrangeiras (DLE); Especializao em Literatura e Estudos Culturais e em Literatura Infanto-juvenil,
vinculadas ao Departamento de Letras Vernculas (DLV). Ao Departamento de Letras Estrangeiras
(DLE), est tambm vinculada a oferta de um curso de Ps-graduao Stricto Sensu, o mestrado
acadmico em Letras e, ao Departamento de Letras Vernculas, est vinculado o Curso de Mestrado
Profissional em Letras.
Ainda na dimenso da pesquisa, o CAMEAM conta com a atuao de vrios grupos e ncleos,
a saber:
i. Ncleo de Estudos Organizacionais do Alto Oeste Potiguar (NEOP), do Curso de
Administrao (CAD);
ii. Ncleo de Estudos em Desenvolvimento Sustentvel da Microrregio do Alto Oeste Potiguar
(NUDESP) e Ncleo de Estudos em Economia Poltica do Desenvolvimento (NEEPOD), do
Departamento de economia (DEC);
iii. Grupo de Pesquisa Educao Fsica, Sociedade e Sade (GREFS), do Curso de Educao
Fsica (CEF);
iv. Grupo de Pesquisa Enfermagem e Sade das Populaes (GRUPESCES), do Curso de
Enfermagem (CEN);
v. Ncleo de Estudos de Geografia Agrria e Regional (NUGAR), Grupo de Pesquisa em Espao,
Ensino e Cincias Humanas (GEPEECH) e Ncleo de Estudos Geoambientais e Cartogrficos
(NEGECART), do Curso de Geografia (CGE);
vi. Grupo de Estudos Crticos da Literatura (GECLIT), Grupo de Estudos do Discurso (GRED),
Grupo de Pesquisa em Produo e Ensino de Textos (GPET), Literaturas Estrangeiras e
Comparadas (LEC), Grupo de Estudos da Traduo (GET), Grupo de Pesquisa em Literaturas
de Lngua Portuguesa (GPORT) e Estudos Aplicados em Lnguas Estrangeiras (EALE), do
Departamento de Letras Estrangeiras (DLE);
vii. Grupo de Pesquisa em Estudos Funcionalistas (GPEF), Grupo de Pesquisa em Produo e
Ensino de Textos (GPET) e Grupo de Pesquisa em Literaturas de Lngua Portuguesa (GPORT),
do Departamento de Letras Vernculas (DLV).
Na dimenso da extenso, este Campus Avanado sempre foi marcado pelo empenho de
atender s necessidades sociais e culturais da regio do Alto Oeste Potiguar. Para tanto, dispe de
vrios projetos disposio da comunidade, vinculados a Programas de Extenso. O Departamento de
Educao desenvolve o Programa Biblioteca Ambulante e Literatura na Escola (BALE) e o Programa
Educao Interpessoal e Trabalho Colaborativo. H, tambm, os seguintes Ncleos de extenso:
20 Ncleo de Ensino de Cultura, Literatura e Lngua Inglesa (NECLLI) e Ncleo de Ensino de Cultura,
Literatura e Lngua Espanhola (NECLE), do Departamento de Letras Estrangeiras; Ncleo de Ensino
de Cultura, Literatura e Lngua Portuguesa (NECLEP), do Departamento de Letras Vernculas; e
Ncleo de Educao em Direitos Humanos (NUEDH), do Departamento de Educao.
5 PERFIL DO CURSO
5.1 Identificao do Curso Denominao: Curso de Letras em Lngua Espanhola e respectivas Literaturas
Tipo: Graduao
Modalidade: Licenciatura
rea de Conhecimento: Cincias Humanas, Letras e Artes.
Ato de Autorizao/Criao: Decreto n. 71.406/72, de 21 de novembro de 1972 e Resoluo n
066/2005 CONSEPE, de 16 de dezembro de 2005.
Data de incio de funcionamento: 11 de outubro de 2006.
Resultados da Avaliao do Exame Nacional de Curso (ENC) - CAMEAM: no avaliado
Nmero de vagas ofertadas no vestibular: 26 vagas
Regime de matrcula/ingresso: Anual
5.1.1 Local de Funcionamento
Endereo: BR 405, Km 153, Bairro Arizona, CEP 59900-000, Pau dos Ferros, RN
Campus Avanado de Pau dos Ferros
5.1.2 Funcionamento do Curso
Turno de funcionamento: Matutino
Nmeros de alunos por turmas: 26 alunos
Carga horria total para integralizao do currculo: 3.680 horas
Tempo de Integralizao: 04 anos (Tempo mdio); 06 anos (Tempo mximo)
5.2 Objetivos do Curso
Geral
Formar profissionais na rea de linguagem, atravs de discusses tericas e vivncias prticas
em atividades de ensino, pesquisa e extenso, proporcionando ao graduando oportunidades
para refletir, compreender, criticar e aplicar diferentes teorias e abordagens de ensino, de modo
21
que possa atuar conscientemente na construo de conhecimentos sobre lngua espanhola e
respectivas literaturas, com vistas a uma pedagogia culturalmente sensvel.
Especficos
Construir conscincia lingustica e conscincia crtica dos usos que se fazem da lngua
estrangeira, de modo a desenvolver a capacidade de analisar criticamente os diferentes
discursos, incluindo o prprio, identificando e representando juzos de valor scio-ideolgicos
e histrico-culturais associados s linguagens e s lnguas.
Desencadear processos de produo de conhecimento acerca do ensinar-aprender lnguas e
literaturas, utilizando diferentes referenciais tericos necessrios investigao de diversas
questes de uso da linguagem.
Formar professores para o ensino de Lngua Espanhola e respectivas literaturas, na Educao
Bsica, especialmente nos nveis de Ensino Fundamental e Mdio;
Assegurar ao graduando do Curso de Letras em Lngua Espanhola e suas Respectivas
Literaturas a integrao entre teoria e prtica, atravs dos componentes curriculares;
Proporcionar condies necessrias formao do graduando do Curso de Letras em Lngua
Espanhola e suas Respectivas Literaturas, enquanto futuro professor de Lngua e Literatura
Estrangeira;
Possibilitar ao graduando do Curso de Letras em Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas a
construo e ampliao do conhecimento atravs da iniciao cientfica.
5.3 Perfil do formando
Devido diversidade de atuao social e profissional do graduando em Letras Lngua
Espanhola, numa sociedade complexa, este dever demonstrar capacidade de articular a expresso
lingustica e literria, nos diversos contextos significativos de uso da linguagem. Dessa forma, o
graduando dever no apenas saber fazer uso da linguagem oral e escrita, como tambm ser capaz de
desempenhar o papel de multiplicador, capacitando outras pessoas para a mesma proficincia
lingustica.
Desse modo, o PPC da graduao em Letras Lngua Espanhola possibilitar ao graduando:
a) Capacidade de interagir em diferentes situaes de uso da linguagem, bem como refletir
criticamente sobre a linguagem como um fenmeno social, histrico, cultural e poltico;
b) Domnio do uso da lngua objeto e respectivas literaturas, em diferentes manifestaes
lingusticas, para atuar como professor, investigador, crtico literrio, intrprete, produtor e
consultor, fornecendo, assim, o processo contnuo de construo do conhecimento da rea e a
utilizao de novas tecnologias;
22
c) Domnio crtico de um repertrio representativo das literaturas hispano-americana e espanhola;
d) Domnio de diferentes noes de gramtica e (re) conhecimento das variedades lingusticas
existentes, bem como dos vrios nveis e registros de linguagem, nas suas manifestaes orais e
escritas;
e) Capacidade de analisar, descrever e explicar diacrnica e sincronicamente, a estrutura e o
funcionamento da lngua objeto de sua graduao;
f) Domnio terico e descritivo dos componentes fonolgicos, morfossintticos, lexicais,
semnticos, pragmticos da lngua.
Assim concebido, o perfil do formando do curso de Letras em Lngua Espanhola e Respectivas
Literaturas mostra-se alinhado s Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Licenciatura em
Letras, conforme Parecer CNE/CES n 492 de 03 de abril de 2011, quando afirmam que:
O objetivo do Curso de Letras formar profissionais interculturalmente competentes, capazes de lidar, de forma crtica, com as linguagens, especialmente a verbal, nos contextos oral e escrito, e conscientes de sua insero na sociedade e das relaes com o outro. Independentemente da modalidade escolhida, o profissional em Letras deve ter domnio do uso da lngua ou das lnguas que sejam objeto de seus estudos, em termos de sua estrutura, funcionamento e manifestaes culturais, alm de ter conscincia das variedades lingsticas e culturais. Deve ser capaz de refletir teoricamente sobre a linguagem, de fazer uso de novas tecnologias e de compreender sua formao profissional como processo contnuo, autnomo e permanente. A pesquisa e a extenso, alm do ensino, devem articular-se neste processo. O profissional deve, ainda, ter capacidade de reflexo crtica sobre temas e questes relativas aos conhecimentos lingsticos e literrios. (CNE, 2011, p. 30).
5.4 Competncias e habilidades
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Licenciatura em Letras, o
graduado em Letras, tanto em lngua materna quanto em lngua estrangeira clssica ou moderna, nas
modalidades de bacharelado e de licenciatura, dever ser identificado por mltiplas competncias e
habilidades adquiridas durante sua formao acadmica convencional, terica e prtica, ou fora dela
(CNE, 2011, p. 30). Desse modo, em consonncia com essas diretrizes, o graduando em Letras Lngua
Espanhola dever ser identificado por um leque de habilidades e competncias que o tornem preparado
academicamente como estudioso de lngua estrangeira. So elas:
a) Compreenso da realidade educacional em que a escola est inserida a ponto de perceber os
problemas nela existentes e intervir decisivamente sobre eles, operando assim as
transformaes educacionais necessrias;
b) Compreenso da linguagem como fator de interao social atravs do qual o sujeito instaura o
outro no processo dialgico que a constitui;
23
c) Capacidade de perceber o ensino como a principal forma de desenvolver a competncia
comunicativa dos sujeitos de lngua, tornando-os capazes de utilizar e adequar os recursos
lingusticos s diferentes situaes comunicativas;
d) Formao profissional slida (interdisciplinar e multidisciplinar) com base na tica social e
educacional comprometida com os fatos sociais;
e) Domnio do uso da lngua, objeto de suas investigaes e reflexes, como instrumento de
construo dos diversos saberes e manifestaes lingusticas e literrias.
5.5 Pblico alvo e formas de ingresso
O Curso de Letras em Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas do CAMEAM vem atender
a uma crescente demanda por profissionais especializados no ensino de lngua, de modo a promover o
desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem que se realiza nas 113 (cento e treze) escolas do
Ensino Fundamental e Mdio que funcionam nas 31 (trinta e uma) cidades situadas na regio de
abrangncia deste Campus. A UERN vem procedendo a mudanas nas formas de acesso a seus cursos
de graduao, o que permite a flexibilizao de critrios de seleo e admisso, objetivando ampliar e,
ao mesmo tempo, democratizar este acesso de maneira justa e equitativa. Assim, a partir do ano de
1999, o ingresso de estudantes, na condio de aluno regular dos cursos de graduao da UERN,
ocorre mediante processo seletivo de vagas iniciais e de vagas no iniciais, conforme preceitua o RCG
05/2010 Art. 83, Seo I e II, respectivamente. Podem ingressar no Curso:
a) Discentes, com Ensino Mdio completo, interessados em ingressar na rea de ensino da
comunicao e expresso, aps serem submetidos ao Processo Seletivo Vocacionado (PSV) ou
outro que vier a lhe substituir, de acordo com as normas especficas estabelecidas pela
comisso permanente de Vestibular (COMPERVE), ou rgo que lhe venha substituir, da
Universidade do Estado do Rio Grande Norte (UERN);
a) Discentes sem necessidades de seleo por concurso vocacionado, enquadrados nos seguintes
itens: transferncia interna (destinada a aluno regular da UERN que pretenda o remanejamento
de campus, ncleo, turno ou curso pertencente mesma rea de conhecimento), transferncia
externa (destinada a aluno proveniente de outra IES de origem nacional que pretenda dar
sequncia aos estudos no mesmo curso ou em curso da mesma rea de conhecimento), retorno
(destinado a portador de diploma de curso de graduao reconhecido pelo conselho
competente, para obteno de novo ttulo em curso afim ou nova habilitao de curso
concludo), e transferncia compulsria (por resoluo prpria do CONSEPE), em
conformidade com o Regulamento dos Cursos de Graduao 05/2010-CONSEPE, d-se
mediante a ocupao de Vagas No Iniciais Disponveis (VNID).
24 5.6 Regime acadmico
O regime de matrcula semestral, e o regime do curso se d por crdito. O curso funciona com
entrada especfica para o turno matutino (segundo semestre), com um mximo de 26 (vinte e seis)
alunos por turma nos perodos iniciais e no menos de 10 (dez) alunos nos perodos subsequentes,
salvo excees admitidas pelos respectivos Conselhos Acadmico-Administrativo do Campus.
Considerando-se 01 (um) crdito = 15 (quinze) horas-aula, o Curso de Letras em Lngua
Espanhola e Respectivas Literaturas compreende uma carga horria de, no mnimo, 224 (duzentos e
vinte e quatro) crditos obrigatrios em componentes curriculares de formao geral e bsica, 08 (oito)
crditos em componentes curriculares optativos e 200 horas de atividades complementares.
5.7 Demanda do Curso
O interesse pelo Curso de Letras em Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas do CAMEAM
revela-se satisfatrio, conforme podemos constatar observando a relao candidatos-vaga nos ltimos
seis anos:
ANO CURSO CONCORRNCIA
2012 Lngua Espanhola 4,38
2011 Lngua Espanhola 5,07
2010 Lngua Espanhola 7,84
2009 Lngua Espanhola 7,84
2008 Lngua Espanhola 5,53
2007 Lngua Espanhola 1,15
Fonte: COMPERVE
5.8 Princpios formativos
O mundo globalizado tem exigido, cada vez mais, a atuao de instncias privadas, o que
suscita como decorrncia o estreitamento da esfera pblica e o delineamento de uma nova tica em que
a valorizao do humano perde lugar para o atendimento aos interesses do mundo econmico.
Essas rpidas, profundas e constantes mudanas de comportamento e de atividades da
sociedade globalizada impem universidade a convivncia, at certo ponto conflituosa, com os seus
mltiplos papeis: participar do desenvolvimento tecnolgico e orientar parte significativa de sua
produo do saber em funo de interesses sociais mais amplos, ou seja, cabe universidade a busca
do equilbrio entre vocao tcnica-cientfica e vocao humanstica. Tal atividade contribuir para a
formao acadmica capaz de articular competncia cientfica e tcnica, insero poltica e postura
25 tica, buscando, nessa formao profissional, o compromisso com a produo de novos conhecimentos
e o desenvolvimento da capacidade do profissional para no s se adaptar s mudanas, mas,
principalmente, intervir de modo consciente e responsvel no processo de construo dessas
mudanas.
O curso de Letras em Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas visa implementao de
uma proposta pedaggica que atenda ao desenvolvimento de competncias e de habilidades especficas
da formao dos licenciandos. Tais competncias e habilidades so corroboradas pelo Art. 9 do
Regulamento dos Cursos de Graduao de 05/2010 CONSEPE, que delimita os princpios
formativos dos cursos de graduao, como a interdisciplinaridade, a articulao teoria e prtica, a
flexibilizao, a contextualizao, a democratizao, a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e
extenso, bem como outras formas de organizao do conhecimento. Em outras palavras, os princpios
formativos visam ao desenvolvimento da formao especfica, definida nos Parmetros Curriculares
Nacionais (2000), tais como: o desenvolvimento de capacidades de pesquisar, buscar informaes,
analis-las e selecion-las; a capacidade de aprender, criar, formular, ao invs do simples exerccio de
memorizao. Essas competncias so enfatizadas para formao do professor de Lngua Espanhola,
de modo a qualific-lo para atuar de forma coerente dentro dos novos paradigmas educacionais.
Desse modo, no PPC de Lngua Espanhola, os princpios formativos expostos pelo
Regulamento dos Cursos de Graduao de 05/2010 CONSEPE dialogam com o Art. 2o da Resoluo
do Conselho Nacional de Educao (CNE/Conselho Pleno CP) 01, de 18 de fevereiro de 2002, que
recomenda que cada instituio em sua organizao curricular dever observar formas de orientao
pertinentes formao para a atividade docente, sublinhando os seguintes aspectos: a) o
aprimoramento em prticas investigativas; b) a elaborao e a execuo de projetos de
desenvolvimentos dos contedos curriculares; c) o uso de tecnologias da informao e da comunicao
e de metodologias, estratgias e materiais e de apoio inovadores; d) o desenvolvimento de hbitos de
colaborao e de trabalho em equipe. Assim, os princpios formativos so os seguintes:
- Princpio formativo de interdisciplinaridade a integrao de estudos e de componentes
curriculares no Curso de Letras em Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas se d sob duas
perspectivas: a primeira diz respeito aos componentes curriculares oriundos de outros departamentos,
como os componentes Didtica Geral, Psicologia da Educao, Estrutura e Funcionamento do Ensino
Bsico, provenientes do Departamento de Educao (DE), e os componentes Produo Textual,
Metodologia do Trabalho Cientfico, Tpicos de Gramtica do Portugus, Literatura Luso-brasileira,
Lngua Brasileira de Sinais I e Argumentao, provenientes do Departamento de Letras Vernculas
(DLV); a segunda ocorre quando os estudos dialogam para formar uma base, como os componentes
curriculares Produo Textual, Teoria da Literatura I, Lingustica I, Filosofia da Linguagem,
Lingustica II, Teoria da Literatura II, Psicolingustica, Didtica Geral, Sociolingustica, Anlise do
ClienteRealce
26 Discurso, que do suporte terico-prtico para os componentes curriculares de lngua e literatura
espanhola.
- Princpio formativo de articulao teoria e prtica a articulao entre ensino, pesquisa e
extenso propiciada mediante o desenvolvimento de crditos tericos e prticos (que se d a partir da
realizao de trabalhos de pesquisa, documental ou de campo, cujos resultados so apesentados e
discutidos em forma de relatrios ou artigos cientficos), j a partir do 2 perodo de graduao. Os
componentes curriculares que tem o carter terico-prtico so: Lingustica II (espanhol), Tpicos de
Gramtica do Portugus, Teoria da Literatura II, Didtica Geral, Psicolingustica (espanhol), Fontica
e Fonologia do Espanhol I, Psicologia da Educao, Estrutura e Funcionamento do Ensino Bsico,
Metodologia I (espanhol), Leitura e Produo de Texto I (espanhol), Psicolingustica, Sociolingustica,
Metodologia II (espanhol), Lngua Espanhola IV, Leitura e Produo de Texto II (espanhol), Literatura
Hispano-americana I, Anlise do Discurso (espanhol), Lngua Espanhola V, Literatura Espanhola II,
Literatura Hispano-americana II, Lngua Brasileira de Sinais I, Lngua Espanhola VI, Literatura
Espanhola III, Lngua Espanhola VII.
Outro aspecto importante da articulao teoria e prtica so os componentes curriculares de
Orientao e Estgio Supervisionado I e II, em que os discentes vivenciam a prtica pedaggica no
ambiente escolar, e os componentes de Seminrio de Monografia I e II, cuja prtica pode ser extra sala
de aula, a depender do cunho de investigao do discente. Alm desses componentes, o Programa
Institucional de Bolsa de Iniciao Docncia (PIBID/CAPES) e o Ncleo de Ensino de Cultura,
Literatura e Lngua Espanhola (NECLE) estreitam as relaes terico-prticas do Curso de Letras em
Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas.
- Princpio formativo de flexibilizao - a flexibilizao entendida como a organizao dos
componentes curriculares ao longo dos semestres, compreendendo dois vieses: a formao geral e a
formao bsica.
A formao geral composta pelos componentes curriculares cursados por todos os alunos de
Letras, no importando se do curso de Lngua Portuguesa, Lngua Inglesa ou de Lngua Espanhola.
Compem a formao geral os componentes: Produo Textual, Teoria da Literatura I, Lingustica I,
Metodologia do Trabalho Cientfico, Filosofia da Linguagem, Lingustica II, Tpicos de Gramtica do
Portugus, Teoria da Literatura II, Didtica Geral, Psicolingustica, Psicologia da Educao, Estrutura
e Funcionamento do Ensino Bsico, Sociolingustica, Literatura Luso-brasileira, Lngua Brasileira de
Sinais I, Anlise do Discurso e Argumentao.
A formao bsica constituda pelos componentes curriculares direcionados,
especificamente, para o curso e previstos na matriz curricular. Compem a formao bsica os
componentes: Fundamentos da Lngua Espanhola, Lngua Espanhola I, Lngua Espanhola II, Fontica
e Fonologia do Espanhol I, Metodologia I (espanhol), Lngua Espanhola III, Leitura e Produo de
27 Texto I (espanhol), Metodologia II (espanhol), Lngua Espanhola IV, Leitura e Produo de Texto II
(espanhol), Literatura Espanhola I, Orientao e Estgio Supervisionado I (espanhol), Literatura
Hispano-americana I, Lngua Espanhola V, Literatura Espanhola II, Orientao e Estgio
Supervisionado II (espanhol), Literatura Hispano-americana II, Lngua Espanhola VI, Literatura
Espanhola III, Literatura Hispano-americana III, Seminrio de Monografia I (espanhol), Lngua
Espanhola VII, Seminrio de Monografia II (espanhol).
- Princpio formativo de contextualizao o Curso de Letras em Lngua Espanhola e
Respectivas Literaturas insere-se na Grande rea da Faculdade de Letras e Artes (FALA). Tem por
base terica os princpios da lingustica aplicada e da literatura, de um modo geral.
- Princpio formativo de democratizao o Curso de Letras em Lngua Espanhola e
Respectivas Literaturas, por meio dos cursos extensionistas (cursinho Pr-vestibular, cursos vinculados
ao NECLE e PIBID), promove a democratizao do conhecimento de Lngua Espanhola, permitindo
que a comunidade circunvizinha tenha acesso lngua, literatura e cultura espanhola. Os
componentes curriculares Estgio Supervisionado I e II, na fase de regncia, tambm propiciam a
democratizao da Lngua Espanhola.
- Princpio formativo de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extenso um dos
objetivos do Curso de Letras em Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas a elaborao e a
execuo de projetos de desenvolvimento dos contedos curriculares para alm da sala de aula,
criando as condies necessrias para o desenvolvimento da prtica reflexiva atravs do ensino, da
pesquisa e da extenso. Projetos de pesquisa e de incentivo financeiro externo, vinculados a Programas
como o PIBIC/UERN, PIBIC/CNPq, PIBIC/CAPES e o PIBID/CAPES, favorecem o trip ensino,
pesquisa e extenso. Componentes curriculares como Seminrio de Monografia I e II favorecem o
aprimoramento em prticas investigativas, estimulando a reflexo crtica e a pesquisa, com vistas ao
desenvolvimento de um sujeito autnomo, independente.
5.9 Operacionalizao da Organizao Curricular
O Curso de Letras em Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas prope, em sua matriz,
componentes curriculares e atividades acadmicas que viabilizem o eixo teoria x prtica, conforme a
Resoluo CNE/CP 02, Art. 12o. A matriz curricular do Curso de Letras em Lngua Espanhola e
Respectivas Literaturas, atendendo a RCG, Art. 22, expe um compndio de 35 (trinta e cinco)
componentes curriculares de carter obrigatrio, 4 (quatro) componentes curriculares de carter
optativo, 2 (dois) componentes de estgio supervisionado e 2 (dois) componentes de TCC. Atendendo
s diretrizes, esses componentes esto agrupados em: disciplinas; atividades da prtica como
componente curricular; estgio; trabalho de concluso de curso e atividades complementares. Vale
lembrar que os princpios formativos de indissociabilidade, interdisciplinaridade e flexibilidade
28 permitem que as unidades de estruturao se mesclem em alguns componentes curriculares, como
podem ser percebidos no quadro sntese.
Nas unidades de estruturao, as disciplinas so regidas pelas ementas apresentadas no PPC e
contedos programticos apresentados nos PGCCs e aprovados pela plenria departamental. As
atividades prticas so de cunho didtico-pedaggico e devem ser apresentadas pelo professor em
forma de plano de atividade juntamente com o PGCC. Os estgios esto distribudos nos 5 e 6
semestre nos componentes curriculares de Orientao e Estgio Supervisionado I e II. Os trabalhos de
Concluso de Curso (TCCs) esto distribudos nos semestres 7 e 8, nos componentes curriculares
Seminrio de Monografia I e II, onde no primeiro h a escrita do projeto monogrfico e no segundo o
trabalho monogrfico. As atividades complementares permitem a articulao entre teoria e prtica e a
complementao dos saberes e habilidades necessrios para a formao docente. Assim, na matriz de
Lngua Espanhola, essas atividades esto contempladas nas aes extensionistas e de pesquisa que
incentivam a participao em eventos acadmicos e auxiliam na produo de artigos cientficos,
elaborao de aulas para estgio, projetos de pesquisa e TCCs.
COMPONENTE CURRICULAR
UNIDADES DE ESTRUTURAO CH Regncia (terica) CH Atividade prtica Estgio TCC
1 PERIODO Produo Textual 60h - - - Teoria da Literatura I 60h - - - Fundamentos da Lngua Espanhola
60h - - -
Lingustica I 60h - - - Metodologia do Trabalho Cientfico
60h - - -
2 PERODO Lngua Espanhola I 60h - - - Filosofia da Linguagem 60h - - - Lingustica II 30h 60h - - Tpicos de Gramtica do Portugus
60h 30h - -
Teoria da Literatura II 60h 30h - - Didtica Geral 30h 30h - -
3 PERODO Lngua Espanhola II 60h - - - Psicolingustica 30h 60h - - Fontica e Fonologia do Espanhol I
60h 30h - -
Psicologia da educao 60h 30h - - Estrutura e Funcionamento do Ensino Bsico
30h 30h - -
Metodologia I (Espanhol)
60h 30h - -
29
4 PERODO Lngua Espanhola III 60h - - - Leitura e Produo de Textos I (Espanhol)
60h 30h - -
Sociolingustica 60h 60h - - Literatura Luso-Brasileira 60h - - - Metodologia II (Espanhol) 60h 30h - -
5 PERODO Lngua Espanhola IV 60h 30h - - Leitura e Produo de textos II (Espanhol)
60h 30h - -
Literatura Espanhola I 60h - - - Orientao e Estgio Supervisionado I (Espanhol)
30h - 210h -
Literatura Hispano-Americana I
60h - - -
Anlise do Discurso (Espanhol)
30h 30h - -
6 PERODO Lngua Espanhola V 60h 30h - - Literatura Espanhola II 60h 30h - - Orientao e Estgio Supervisionado II (Espanhol)
30h - 210h -
Literatura Hispano-Americana II
60h 30h - -
Lngua Brasileira de Sinais I
60h - - -
Optativa I (dispostas no quadro xx e escolhidas pelo discente)
30h - - -
7 PERODO Lngua Espanhola VI 60h 30h - - Literatura Espanhola III 30h 30h - - Literatura Hispano-Americana III
60h - - -
Argumentao 30h 30h - - Seminrio de monografia I (Espanhol)
60h - - 60h
Optativa II 30h - - - Optativa III 30h - - -
8 PERODO Lngua Espanhola VII 60h - - - Seminrio de Monografia II (Espanhol)
30h - - 90h
Optativa IV 30h - - -
5.9.1 Atividades Prticas como Componente Curricular
A Resoluo CNE/CP 02, de 18 de fevereiro de 2002, que legisla sobre a durao e carga
horria dos cursos de licenciatura, de graduao plena, institui a atividade prtica como componente
30 curricular obrigatrio para a formao de professores da educao bsica em nvel superior, devendo
totalizar 400 horas vivenciadas ao longo do curso.
Ainda como forma de caracterizar e definir a atividade prtica, o Artigo 13o da Resoluo
CNE/CP 02 estabelece que em tempo e espao curricular especficos, a coordenao da dimenso
prtica transcender o estgio e ter como finalidade promover a articulao das diferentes prticas,
numa perspectiva interdisciplinar.
O Departamento de Letras Estrangeiras (DLE) do CAMEAM, no contexto dessa legislao,
tem implementado um trabalho acadmico de formao de um profissional comprometido com
questes sociais, com a relao entre a teoria e a prtica, com a pesquisa cientfica e com um fazer
pedaggico fundamentado nas teorias lingusticas, literrias e educacionais clssicas e modernas, com
atuao direta no Curso de Letras em Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas, do CAMEAM/Pau
dos Ferros. Para que esses objetivos sejam alcanados, o Departamento de Letras Estrangeiras (DLE)
estabelece que as atividades prticas sejam ofertadas a partir do segundo perodo, conforme proposta
de trabalho prtico do componente curricular, a ser aprovado pelo departamento acadmico. Essa
proposta dever ser entregue juntamente com o Programa Geral do Componente Curricular (PGCC).
5.9.2 Atividades complementares
As atividades complementares, de acordo com o Artigo II da Resoluo CNE/CP 01, de 18 de
fevereiro de 2002, so definidas com base nas seguintes orientaes: a) o acolhimento e o trato da
diversidade; b) o exerccio de atividades de enriquecimento cultural; c) o desenvolvimento de hbitos
de colaborao e de trabalho em equipe.
Conforme o artigo 7, que versa sobre a organizao institucional da formao de professores, a
servio do desenvolvimento de competncias, destaca-se a articulao institucional na criao de
espaos e possibilidades do exerccio das atividades complementares. De acordo com os incisos II e IV
do referido artigo, ser mantida, quando couber, estreita articulao com institutos, departamentos e
cursos de reas especficas [...]. As instituies de formao trabalharo em interao sistemtica com
as escolas de educao bsica, desenvolvendo projetos de formao compartilhados.
Assim sendo, o Curso de Letras em Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas do CAMEAM
busca cumprir a orientao do inciso VII, Artigo 7, que diz: sero adotadas iniciativas que garantam
parcerias para a promoo de atividades culturais destinadas aos formadores e futuros professores.
Estas atividades esto tambm legalmente garantidas pela Resoluo CNE/CP 02, de 19 de fevereiro
de 2002, que exige a obrigatoriedade de uma carga horria de 200 horas de atividades complementares
para os cursos de licenciatura, de graduao plena, de formao de professores da educao bsica.
31
Neste sentido, as atividades complementares do Curso de Letras em Lngua Espanhola e
Respectivas Literaturas referem-se participao do aluno, futuro profissional, em eventos acadmico-
cientficos em Letras e reas afins, tais como: seminrios, congressos, semanas, simpsios, colquios,
palestras e jornadas, de carter local, regional, estadual, nacional e internacional, bem como em outras
atividades educativas condizentes com a formao do aluno, promovidas por instituies reconhecidas
por rgos ligados educao. Essa carga horria pode ser tambm contabilizada mediante a
participao do aluno em atividades acadmicas, tais como: Programa Institucional de Monitoria
(PIM), Iniciao Cientfica, atividades em projetos de extenso, conselhos, centros acadmicos; e
ainda mediante a participao e/ou promoo de minicursos e oficinas. Salienta-se que as atividades
complementares do Curso de Letras em Lngua Espanhola e Respectivas Literaturas no contemplam a
carga horria desenvolvida pelo aluno nas atividades de Estgio Supervisionado. Salienta-se, tambm,
que, ao certificado que no constar a carga horria referente atividade acadmica realizada, ser
contabilizada uma carga horria de 15h/a. O quadro abaixo especifica a quantidade de horas
corresponde a cada atividade complementar.
ATIVIDADES QUANTIDADE CH DOCUMENTOS COMPROBATRIOS Participao como ouvinte em evento (congressos, seminrios, simpsios, colquios, feiras de cincias, semanas de estudos, ciclos de debates, exposies de artes, e outros congneres)
At 07 De acordo com
a carga horria da atividade
Certificado ou declarao de participao
Apresentao de trabalho em evento (congressos, seminrios, simpsios, colquios, semanas de estudos, ciclos de estudos, exposies de artes, e outros congneres)
At 05 Aproveita-se
15h/a
Declarao de apresentao de trabalho
Publicao de trabalho completo em anais de evento internacional
At 03 Considera-se 20h/a
Cpia da primeira e ltima pgina do artigo
Publicao de trabalho completo em anais de evento nacional
At 04 Considera-se 15/a
Cpia da primeira e ltima pgina do artigo
Publicao de trabalho completo em anais de evento regional
At 05 Considera-se 10h/a
Cpia da primeira e ltima pgina do artigo
Publicao de trabalho completo em anais de evento local
At 06 Considera-se 05/a
Cpia da primeira e ltima pgina do artigo
Publicao de resumo em anais de evento internacional
At 03 Considera-se 10/a
Cpia do resumo
Publicao de resumo em anais de evento nacional
At 04 Considera-se 8h/a
Cpia do resumo
Publicao de resumo em anais de evento regional
At 05 Considera-se 6h/a
Cpia do resumo
Publicao de resumo em anais de evento local
At 06 Considera-se 4h/a
Cpia do resumo
Publicao de trabalho em peridicos do qualis/CAPES
At 02 Considera-se 50h/a
Cpia da primeira e ltima pgina do artigo no perodico
Publicao de trabalho em peridicos no qualificados pelas CAPES
At 03 Considera-se 25/a
Cpia da primeira e ltima pgina do artigo no perodico
32 Publicao de trabalho/texto em jornais At 03 Considera-se 10/a
Cpia do trabalho
Publicao de livro At 02 Considera-se
50h/a
Cpia da folha de rosto, com ISBN. Primeira e ltima
pgina do livro
Publicao de captulo em livro At 03 Considera-se
25/a
Cpia da folha de rosto, com ISBN. Primeira e ltima
pgina do capitulo do livro
Participao em projetos de Iniciao Cientfica (IC)
At 02 Segundo a declarao de
participao do projeto
Declarao de participao em projetos
Participao em projetos do Programa Institucional de Monitoria (PIM)
At 02 Segundo a declarao de
monitoria PIM
Declarao de monitoria PIM
Participao em projetos de extenso At 02 Segundo a
declarao de extenso
Declarao de Extenso
Participao como coordenador/mediador de Grupo de Trabalho, mesa-redonda, palestra e debate
At 03 Aproveita-se
15h/a
Declarao coordenao de evento
Ministrante de minicurso ou oficina em evento
At 04 Aproveita-se 20/a
Declarao de ministrante de minicurso
Participao como ouvinte de minicurso ou oficina
At 10
De acordo com a carga horria da atividade
Declarao de ouvinte em minicurso
Ministrante de curso de extenso
At 02 De acordo com a carga horria da atividade
Declarao de ministrante de extenso
Participao como ouvinte de curso de extenso ou de atividade de pesquisa
At 03
De acordo com a carga horria da atividade
Declarao expedido pelo curso ou pesquisa
Participao ativa em comisses departamentais, em conselhos e centro acadmico
At 03 Aproveita-se 20/a
Declarao emitida pelo departamento
Participao como membro de equipe/conselho editorial de peridico
Por ano Aproveita-se 25/a
Declarao emitida pelo peridico
Participao como membro de equipe/conselho cientfico de evento acadmico-cientfico
At 03 Considera-se 25/a
Declarao emitida pelo departamento
Participao como revisor de livro, peridico, anais de evento, cartilha e outros congneres.
At 03 Considera-se 25/a
Cpia do contrato ou declarao do contrante
Participao em atividade de editorao de livro, peridico, anais de evento, cartilha e outros congneres.
At 03 Considera-se 25/a
Cpia do contrato ou declarao do contrante
Organizao de livro, anais de evento, nmero de peridico, cartilha e outros congneres.
At 03 Considera-se 50/a
Cpia do contrato ou declarao do contrante
Participao em organizao de evento acadmico-cientfico
At 03 Considera-se 30/a
Declarao do evento
Participao como monitor em comisso de evento acadmico-cientfico
At 03 Considera-se 20/a
Declarao como monitor
Palestrante, conferencista e debatedor de evento acadmico-cientfico
At 03 Considera-se 25/a
Declarao do evento
33 Criao e manuteno de pgina eletrnica ligada a atividades acadmico-cientficas e