27
Acentuação gráfica Exercícios - Clique aqui. Acento tônico/ gráfico 1-Sílaba tônica- A sílaba proferida com mais intensidade que as outras é a sílaba tônica. Esta possui o acento tônico, também chamado acento de intensidade ou prosódico. Nem sempre a sílaba tônica recebe acento gráfico. Exemplos: cajá , cader no, lâm pada 2-Sílaba subtônica- Algumas palavras geralmente derivadas e polissílabas, além do acento tônico, possuem um acento secundário.A sílaba com acento secundário é chamada de subtônica. Exemplos: te rrinha, so zinho 3-Sílaba átona- As sílabas que não são tônicas nem subtônicas chamam-se átonas. Podem ser pretônicas (antes da tônica) ou postônicas (depois da tônica), Exemplos: ba rata (átona pretônica, tônica, átona postônica) máquina (tônica, átona postônica, átona postônica) Não confunda acento tônico com acento gráfico. O acento tônico está relacionado com intensidade de som e existe em todas as palavras com duas ou mais sílabas. O acento gráfico existirá em apenas algumas palavras e será usado de acordo com regras de acentuação. Quanto aos monossílabos, eles podem ser: a) átonos: não possuem acentuação própria, isto é, são pronunciados com pouca intensidade: o, lhe, e, se, a. b) tônicos: possuem acentuação própria, isto é, são pronunciados com muita intensidade: lá, pá, mim, pôs, tu, lã. Os monossílabos tônicos soam distintamente no interior da frase: já os monossílabos átonos, não possuindo acentuação própria, soam como uma sílaba da palavra anterior ou da palavra posterior. Quero encontrá-la lá. o livro de Português. Tenho dó do menino.

Acentuação gráfica

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Acentuação gráfica

Acentuação gráfica

Exercícios - Clique aqui.

Acento tônico/ gráfico

1-Sílaba tônica- A sílaba proferida com mais intensidade que as outras é a sílaba tônica. Esta possui o acento tônico, também chamado acento de intensidade ou prosódico. Nem sempre a sílaba tônica recebe acento gráfico. Exemplos:

cajá, caderno, lâmpada

2-Sílaba subtônica- Algumas palavras geralmente derivadas e polissílabas, além do acento tônico,  possuem um acento secundário.A sílaba com acento secundário é chamada de subtônica.

Exemplos:

terrinha, sozinho

3-Sílaba átona- As sílabas que não são tônicas nem subtônicas chamam-se átonas. Podem ser pretônicas (antes da tônica)  ou postônicas (depois da tônica), 

Exemplos:

barata (átona pretônica, tônica, átona postônica)

máquina (tônica, átona postônica, átona postônica)

Não confunda acento tônico com acento gráfico. O acento tônico está relacionado com intensidade de som e existe em todas as palavras com duas ou mais sílabas. O acento gráfico existirá em apenas algumas palavras e será usado de acordo com regras de acentuação. 

Quanto aos monossílabos, eles podem ser: a) átonos: não possuem acentuação própria, isto é, são pronunciados com pouca intensidade: o, lhe, e, se, a.

b) tônicos: possuem acentuação própria, isto é, são pronunciados com muita intensidade: lá, pá, mim, pôs, tu, lã.

Os monossílabos tônicos soam distintamente no interior da frase: já os monossílabos  átonos, não possuindo acentuação própria, soam como uma sílaba da palavra anterior ou da palavra posterior.

Quero encontrá-la lá.  Dê o livro de Português.  Tenho dó do menino.

A distinção entre monossílabo tônico e monossílabo átono depende do contexto, ou seja, eles têm que ser analisados numa frase. Fora  do contexto, todos os monossílabos são tônicos.

Classificação das palavras quanto à sílaba tônica Quanto à posição da sílaba tônica, as  palavras classificam-se em:

a) oxítonas: a sílaba tônica é a última sílaba da palavra. Exemplos: ma-ra-cu-já, ca-fé, re-com-por.

Page 2: Acentuação gráfica

b) paroxítonas: a sílaba tônica é a penúltima sílaba da palavra.  Exemplos: ca-dei-ra, ca-rá-ter, me-sa. 

c) proparoxítonas: a sílaba tônica é a antepenúltima sílaba da palavra. Exemplos: sí-la-ba, me-ta-fí-si-ca, lâm-pa-da.

Nem sempre a sílaba tônica vem indicada com acento gráfico. Dessa forma, é fundamental distinguir o acento tônico do acento gráfico.  

 O acento tônico é o acento da fala; marca a maior intensidade na pronúncia de uma sílaba.

 O acento gráfico  é o sinal utilizado, em algumas palavras, para indicar a sílaba tônica.  

Acentuação gráfica 

1. Regras gerais: Para acentuar corretamente as palavras, convém observar as seguintes regras:

1.1. Proparoxítonas Todos os vocábulos proparoxítonos são acentuados. Exemplos: árvore, metafísica, lâmpada, pêssego, quiséssemos, África, Ângela.

1.2. Paroxítonas São acentuados os vocábulos paroxítonos terminados em:

 i(s): júri, júris, lápis, tênis.

 us: vírus, bônus.

 um/uns: álbum, álbuns.

 r: caráter, mártir, revólver.

 x: tórax, ônix, látex.

 n: hífen, pólen, mícron, próton.

 l: fácil, amável, indelével.

 ditongo: Itália, Áustria, memória, cárie, róseo, Ásia, Cássia, fáceis, imóveis, fósseis, jérsei.

 ão(s):  órgão(s),  sótão (s), ófão (s), bênção (s).

 ã (s): órfã(s),  ímã (s). 

 ps: bíceps, fórceps

Não se acentuam os paroxítonos terminados em ens: hifens, polens, jovens, nuvens, homens.

Não se acentuam os prefixos paroxítonos terminados em i ou r: super-homem, inter-helênico, semi-selvagem.

1.3. Oxítonas São acentuados os vocábulos terminados em:

 a(s ), e(s), o(s): maracujá, ananás, café, você, dominó, paletós, vovô, vovó, Paraná.

 em/ens: armazém, vintém, armazéns, vinténs. 

Page 3: Acentuação gráfica

. Acentuam-se também los monossílabos tônicos terminados em a, e, o (seguidos ou não de s): pá, pé, pó, pás, pés, pós, lê, dê, hás, crês. 

As formas verbais terminadas em a, e, o tônicos seguidos de lo, la, los, las também são acentuadas: amá-lo, dizê-lo, repô-lo, fá-lo, repô-la, fá-lo-á, pô-lo, comprá-la-á.

O til vale como acento tônico se outro acento não figura no vocábulo: lã, fã, irmã, alemã

2. Regras especiais Além das anteriormente vistas, cumpre observar ainda as seguintes regras: Acentuam-se os ditongos de pronúncia aberta éu, éi, ói: chapéu, céu, anéis, pastéis, coronéis, herói.  Hiatos ôo e êe: vôo, enjôo, vôos, crêem, lêem, dêem.

Coloca-se acento nas vogais i e u que formam hiato com a vogal anterior: sa-í-da, sa-ís-te, sa-ú-de, ba-la-ús-tre, ba-ú, ra-í-zes, ju-í-zes, Lu-ís, pa-ís, He-lo-í-sa, Ja-ú. Não se acentuam o i e o u que formam hiato quando seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z: Ra-ul, ru-im, sa-ir-des, ju-iz. Também não se acentua o hiato seguido do dígrafo nh: ra-i-nha, ven-to-i-nha, ba-i-nha.

Coloca-se o trema na letra u dos encontros gue, gui, que, qui, quando a letra u for pronunciada atonamente (nesses casos, o û é semivogal: tranqüilo, freqüente, lingüiça, sagüi. Se a letra u de tais encontros for pronunciada tonicamente, levará acento agudo (nesses casos, o u é vogal): averigúe, apazigúe, argúi, argúis. Se a letra u de tais encontros não for pronunciada, evidentemente não levará acento algum (nesse caso, temos dígrafo): quilo, quente, guerra, guerreiro, queijo.

Observações finais a) Os verbos ter e vir levam acento circunflexo na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo:  ele tem/ eles têm, ele vem/eles vêm.

b) Os verbos derivados de ter e vir levam acento agudo na 3ª pessoa do singular e acento circunflexo na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo: ele retém/ eles retêm, ele intervém /eles intervêm.

c) Recebem acento diferencial as seguintes palavras: côa (verbo e substantivo), para diferenciar de coa (contração). pôr (verbo), para diferenciar de por (preposição).  pára (verbo), para diferenciar de para (preposição). pêlo (substantivo), para diferenciar de pelo (contração). pélo (do verbo pelar), para diferenciar de pelo (contração). pólo (substantivo), para diferenciar de polo (contração de por+o). pôlo (substantivo), para diferenciar de polo (contração de por+o). pêra (substantivo), para diferenciar de pera (preposição antiga).  pôde(3ª pessoa do singular do pretérito perfeito), para diferenciar de pode (3ª pessoa do singular do presente o indicativo)

O uso do porquê: por que - grafa-se separadamente e sem acento:

a) orações interrogativas diretas: Por que ele saiu?

b) orações interrogativas indiretas: Não sei por que ele saiu.

Page 4: Acentuação gráfica

c) pronome relativo: O caminho por que (pelo qual) passei era difícil. por quê - grafa-se separadamene e com acento, quando ocorrer no final de frases interrogativas: Ele saiu cedo, por quê? Você não aceitou minha sugestão. Por quê?

porque - grafa-se numa única palavra quando for empregado como  

conjunção, geralmente causal ou explicativa.  Neste  caso pode ser substituído pela conjuncão pois. É a resposta da pergunta.

Saí cedo, porque tinha um sério compromisso.

porquê - grafa-se numa única palavra e acentuado quando for substantivo. Não sei o porquê de sua revolta. Nesse caso pode ser reconhecido:

a) pela anteposição do artigo; b) substituindo-o pelas palavras “motivo”, “causa”. 

A função sintática que denominamos sujeito, é um termo essencial da frase e pode se comportar de várias maneiras, dependendo da intenção da mesma: agente, experienciador, paciente, etc.

O sujeito tem a característica de concordar com o verbo, salvo raríssimas exceções.

Vejamos agora quais os tipos de sujeito existentes e como eles são caracterizados para que possamos identificá-los.

Sujeito Simples: possui apenas um núcleo e este vem exposto.

Exemplos:

- Deus é perfeito!- A cegueira lhe torturava os últimos dias de vida.- Pastavam vacas brancas e malhadas.

Sujeito Composto: possui dois ou mais núcleos que também vêm expressos na oração.

Exemplos:

- As vacas brancas e os touros pretos pastavam.- A cegueira e a pobreza lhe torturavam os últimos dias de vida.- Fome e desidratação são agravantes das doenças daquele povo.

Sujeito Oculto: também chamado de sujeito elíptico ou desinencial, é determinado pela desinência verbal e não aparece explícito na frase. Dá-se por isso o nome de sujeito implícito.

Exemplos:

- Estamos sempre alertas para com os aumentos abusivos de preços. (sujeito: nós)- Quero que meus pais cheguem de viagem o mais rápido possível. (sujeito: eu)- Os pais terminaram a reunião. Foram embora logo em seguida. (sujeito: os pais)

Page 5: Acentuação gráfica

Sujeito Indeterminado: Este tipo de sujeito não aparece explícito na oração por ser impossível determiná-lo, apesar disso, sabe-se que existe um agente ou experienciador da ação verbal.

Exemplos:

1- verbo na 3ª pessoa do plural

- Dizem que a família está falindo. (alguém diz, mas não se sabe quem)- Disseram que morreu do coração.

2- verbo na 3ª pessoa do singular + se, índice de indeterminação do sujeito

- Precisa-se de mão de obra especializada. (não se pode determinar quem precisa)

Sujeito inexistente: também chamado de oração sem sujeito, é designado por verbos que não correspondem a uma ação, como fenômenos da natureza, entre outros.

Exemplos:

1- Verbos indicando Fenômeno da Natureza

- Choveu na Argentina e fez sol no Brasil.

2- verbo haver no sentido de existir ou ocorrer

- Houve um grave acidente na avenida principal.- Há pessoas que não valorizam a vida.

3- verbo fazer indicando tempo ou clima

- Faz meses que não a vejo.- Faz sempre frio nessa região do estado.

Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: quando o sujeito é uma oração. Pode ser desenvolvida ou reduzida. (veja esse assunto em: Orações Subordinadas Substantivas)

- Fazer promessas é muito comprometedor. (sujeito oracional: fazer promessas)

Veja também:

• Concordância: o verbo está sempre na mesma pessoa e número que o seu sujeito; • Posição: normalmente, o sujeito precede o verbo e, mesmo que venha depois, pode ser transposto naturalmente para antes; • Permutação: quando o núcleo do sujeito é um substantivo, pode ser permutado pelos pronomes ele, ela, eles, elas. 

Tipos de sujeito 

• Sujeito determinado: ocorre quando a terminação do verbo e o contexto permitem: 

- reconhecer que existe um elemento ao qual o predicado se refere; 

- indicar quem é esse elemento. 

Exemplo: A carrocinha levou meu cachorro. 

Page 6: Acentuação gráfica

O sujeito determinado pode ainda ser subclassificado como: 

Sujeito determinado simples: aquele que tem apenas um núcleo. 

Exemplo: A mãe levantou-se aborrecida. 

Sujeito determinado composto: aquele que tem mais de um núcleo. 

Exemplo: Arroz e feijão não saíam de nossos pratos. 

O sujeito determinado pode não ocorrer explícito na oração. Há quem costume classificá-lo como: 

- sujeito determinado implícito na desinência verbal; 

- sujeito elíptico; 

- sujeito oculto; 

Exemplo: Vou ao cinema na sessão das dez. (sujeito = eu – implícito na desinência verbal) 

• Sujeito indeterminado: ocorre quando a terminação do verbo e o contexto permitem reconhecer que: 

- existe um elemento ao qual o predicado se refere, mas 

- não é possível identificar quem é, nem quantos são esses elementos. 

Exemplo: Chegaram da festa tarde demais. 

Há duas maneiras de se indeterminar o sujeito: 

- pode-se colocar o verbo na terceira pessoa do plural, sem referência a nenhum antecedente; 

Exemplo: Dizem péssimas coisas sobre você. 

- justapondo-se o pronome se – índice de indeterminação do sujeito – ao verbo na terceira pessoa do singular. 

Exemplo: Precisa-se de balconista. 

* Quando o verbo está na terceira pessoa do plural, fazendo referência a elementos antecedentes, o sujeito classifica-se como determinado. 

Exemplo: A sua família não te respeita. Dizem péssimas coisas sobre você. 

* É preciso não confundir a classificação do sujeito em frases aparentemente equivalentes como as que seguem: 

Exemplos: Discutiu-se o fato. 

Discordou-se do fato. 

Na primeira, o sujeito é determinado; na segunda é indeterminado. 

Para compreender a diferença entre um caso e outro, é preciso levar em conta que o pronome sepode funcionar como: 

• Partícula apassivadora: nesse caso, sempre há na frase um sujeito determinado; 

• Índice de indeterminação do sujeito: nesse caso, o sujeito é indeterminado. 

Se – Partícula apassivadora 

Page 7: Acentuação gráfica

Quando o pronome se funciona como partícula apassivadora, ocorre a seguinte estrutura: 

• Verbo na terceira pessoa (singular e plural) 

• Pronome se; 

• Um substantivo (ou palavra equivalente) não precedido de preposição; 

• É possível a transformação na voz passiva com o verbo ser (voz passiva analítica). 

Exemplo:Contou se a história.

verbo na 3ª pessoa

pronomesubstantivo sem

preposição.

Transformação:Foi contada a história.voz passiva analítica (com o verbo ser)   

A análise da frase anterior será então a seguinte:Contou se a história.

Voz passiva sintética ou pronominal

partícula apassivadora

sujeito determinado

simples

Se – Índice de indeterminação do sujeito 

Quando o pronome se funciona como índice de indeterminação do sujeito, ocorre esta estrutura: 

• Verbo na terceira pessoa do singular; 

• Pronome se; 

• Não ocorre um substantivo sem preposição que possa ser colocado como sujeito do verbo na voz passiva analítica. 

Exemplo:Falou se da história.

verbo na 3ª pessoa do singular

pronomesubstantivo com

preposição

Transformação na voz passiva analítica – não é possível. A frase terá então a seguinte análise:

? falou seda

história

sujeito indeterminado

verbo na voz ativa

índice de indeterminação do

sujeitoobjeto

• Sujeito inexistente: ocorre quando simplesmente não existe elemento ao qual o predicado se refere. 

Exemplo: Choveu durante o dia. 

O verbo que não tem sujeito chama-se impessoal e os verbos impessoais mais comuns são os seguintes: 

Page 8: Acentuação gráfica

- haver: no sentido de existir, acontecer e na indicação de tempo passado. 

Exemplo: Houve poucas reclamações. 

- fazer: na indicação de tempo passado e de fenômenos da natureza. 

Exemplo: Faz dois anos que te perdi. 

- ser: na indicação de tempo e distância. 

Exemplo: É dia. 

- todos os verbos que indicam fenômenos da natureza; 

Exemplo: Nevou durante a madrugada. Choveu muito durante o dia.Por Marina Cabral Especialista em Língua Portuguesa e Literatura Equipe Brasil Escola 

Gramática - Tempos dos verbos

Quando as formas do verbo exprimem a actualidade do que se afirma, o tempo é opresente, isto é, o que passa:

Eu leio.

Tu estudas.

Ele come.

Quando exprimem que já está completamente realizado o que se afirma, o tempo éperfeito ou pretérito, isto é, passado:

Eu estudei.

 Ele comprou um livro.

Ela passeou.

Quando as formas do verbo exprimem factos que hão-de realizar-se no tempo que há-de vir, o tempo é futuro.

O presente, o perfeito e o futuro têm o nome de tempos principais ou primários.

Quando o verbo exprime um tempo em que a acção não estava terminada ou acabada num momento dado, o tempo chama-se imperfeito:

Eu acabava o meu trabalho quando tu passaste.

Quando o verbo exprime um tempo em que a acção já está acabada no momento em que se deu um facto, também já passado quando se fala, esse tempo chama-semais-que-perfeito:

Eu já lera (ou tinha lido) o livro, quando bateste à porta.

Quando o verbo exprime o tempo em que uma acção não se realizou, mas se realizaria se uma certa condição se tivesse dado, esse tempo chama-secondicional:

Page 9: Acentuação gráfica

Eu sairia, se não chovesse.

Tu virias, se eu te chamasse.

Além dos tempos principais ou primários, há mais outros três tempos chamadossecundários ou históricos, e que são, como se viu, o imperfeito, o mais-que-perfeito e o condicional.

Os tempos verbais podem ser caracterizados como primitivos ou derivados.

Os tempos verbais primitivos pertencem ao modo indicativo. São eles:

1. Presente

1ª Conjugação: Falar 2ª Conjugação: Comer

3ª Conjugação: Cumprir

Desinência Pessoal

Eu falo Eu como Eu cumpro O

Tu falas Tu comes Tu cumpres S

Ele Fala Ele come Ele cumpre -

Nós falamos Nós comemos Nós cumprimos MOS

Vós Falais Vós comeis Vós Cumpris IS

Eles Falam Eles comem Eles Cumprem M

2. Pretérito Perfeito

1ª Conjugação: Falar 2ª Conjugação: Comer

3ª Conjugação: Cumprir

Desinência Pessoal

Eu falei Eu comi Eu cumpri I

Tu falaste Tu comeste Tu cumpriste STE

Ele Falou Ele comeu Ele cumpriu U

Nós falamos Nós comemos Nós cumprimos MOS

Vós Falastes Vós comestes Vós Cumpristes STES

Eles Falaram Eles comeram Eles Cumpriram RAM

3. Infinitivo Impessoal

1ª Conjugação: Falar 2ª Conjugação: Comer

3ª Conjugação: Cumprir

Desinência Pessoal

Os tempos verbais derivados dividem-se em

1. Derivados do Presente

Presente do Subjuntivo

1ª Conjugação: Falar

2ª Conjugação: Comer

3ª Conjugação: Cumprir

Des. Temp. 1ª conj.

Des. Temp. 2ª e 3ª conj.

Desinência pessoal

Page 10: Acentuação gráfica

Eu Fale Eu coma Eu cumpra E A Ø

Tu Fales Tu comas Tu cumpras E A S

Ele Fale Ele coma Ele cumpra E A Ø

Nós falemos Nós comamos Nós cumpramos E A MOS

Vós Faleis Vós comais Vós Cumprais E A IS

Eles Falem Eles comam Eles Cumpram E A M

Imperativo Afirmativo

Imperativo Negativo

2. Derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo

Pretérito mais-que-perfeito do indicativo

1ª Conjugação: Falar

2ª Conjugação: Comer

3ª Conjugação: Cumprir

Desinência temporal

Desinência Pessoal

Eu falara Eu comera Eu cumprira RA Ø

Tu falaras Tu comeras Tu cumpriras RA s

Ele Falara Ele comera Ele cumprira RA Ø

Nós faláramos Nós comêramos Nós cumpríramos RA mos

Vós Falareis Vós comereis Vós Cumprireis RE is

Eles Falaram Eles comeram Eles Cumpriram RA m

Pretérito imperfeito do subjuntivo

1ª Conjugação: Falar

2ª Conjugação: Comer

3ª Conjugação: Cumprir

Desinência Temporal

Desinência Pessoal

Eu falasse Eu comesse Eu cumprisse SSE Ø

Page 11: Acentuação gráfica

Tu falasses Tu comesses Tu cumprisses SSE s

Ele Falasse Ele comesse Ele cumprisse SSE Ø

Nós falássemos Nós comêssemos Nós cumpríssemos SSE mos

Vós Falásseis Vós comêsseis Vós Cumprísseis SSE is

Eles Falassem Eles comessem Eles Cumprissem SSE m

Futuro do Subjuntivo

1ª Conjugação: Falar

2ª Conjugação: Comer

3ª Conjugação: Cumprir

Desinência Temporal

Desinência Pessoal

Eu falar Eu comer Eu cumprir R Ø

Tu falares Tu comeres Tu cumprires R es

Ele Falar Ele comer Ele cumprir R Ø

Nós falarmos Nós comermos Nós cumprirmos R mos

Vós Falardes Vós comerdes Vós Cumprirdes R des

Eles Falarem Eles comerem Eles Cumprirem R em

3. Derivados do Infinitivo Impessoal

Futuro do presente do indicativo

1ª Conjugação: Falar

2ª Conjugação: Comer

3ª Conjugação: Cumprir

Desinência Temporal

Desinência Pessoal

Eu falarei Eu comerei Eu cumprirei RE i

Tu falarás Tu comerás Tu cumprirás RA s

Ele Falará Ele comerá Ele cumprirá RA Ø

Nós falaremos Nós comeremos Nós cumpriremos RE mos

Vós Falareis Vós comereis Vós Cumprireis RE is

Eles Falarão Eles comerão Eles Cumprirão RA o

Futuro do pretérito do indicativo

1ª Conjugação: Falar

2ª Conjugação: Comer

3ª Conjugação: Cumprir

Desinência Temporal

Desinência Pessoal

Eu falaria Eu comeria Eu cumpriria RIA Ø

Tu falarias Tu comerias Tu cumpririas RIA s

Ele Falaria Ele comeria Ele cumpriria RIA Ø

Nós falaríamos Nós comeríamos Nós cumpriríamos RIA mos

Vós Falaríeis Vós comerí eis Vós Cumprirí eis RIE is

Eles Falariam Eles comeriam Eles Cumpririam RIA m

Pretérito Imperfeito do indicativo

1ª Conjugação: 2ª Conjugação: 3ª Conjugação: Des. Des.Temp Desinência

Page 12: Acentuação gráfica

Falar Comer Cumprir Temp 1ª conj. 2ª conj.

Pessoal

Eu falava Eu comia Eu cumpria VA IA Ø

Tu falavas Tu comias Tu cumprias VA IA s

Ele Falava Ele comia Ele cumpria VA IA Ø

Nós falávamos Nós comíamos Nós cumpríamos VA IA mos

Vós Faláveis Vós comí eis Vós Cumprí eis VE IE is

Eles Falavam Eles comiam Eles Cumpriam VA IA m

Gerúndio

1ª Conjugação: Falando

2ª Conjugação: Comendo

3ª Conjugação: Cumprindo

Desinência Pessoal

Particípio

1ª Conjugação: Falado

2ª Conjugação: Comido

3ª Conjugação: Cumprido

Desinência Pessoal

Dica: Para a formação dos tempos derivados dos verbos, observar o tempo primitivo correspondente.

A expressão PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO é bastante comum numa aula de Português. Mas será que todos sabemos, exatamente, o que ela significa?

• O termo PRETÉRITO indica a categoria gramatical do tempo• INDICATIVO designa o modo verbal• E o termo PERFEITO, o que ele indica?

Essa talvez seja a parte menos compreendida. As denominações perfeito e imperfeito expressam uma categoria gramatical conhecida como o aspecto do verbo.

É bastante antiga a percepção de que as noções de tempo e modo não dariam conta, sozinhas, da variedade de formas verbais em grego, latim e, posteriormente, nas línguas derivadas do latim, como o português. Compare:

O tigre caçou de noite.O tigre caçava de noite.O tigre caçara de noite.

As três formas verbais dos enunciados – caçou, caçava, caçara – encontram-se no tempo pretérito e no modo indicativo. Mas é claro que há certa distinção de significado entre elas. E é essa especificidade que tentamos perceber dizendo que caçou expressa o pretérito perfeito; caçava, o pretérito imperfeito; e caçara, o pretérito mais-que-perfeito do verbo caçar.

Para compreender adequadamente esse ponto, precisamos primeiro nos reportar aos textos narrativos (aqueles que “contam uma história”). Afinal, neles, há uma enorme presença de verbos no passado.

pretérito perfeito do indicativo - indica um fato real cuja ação foi iniciada e concluída no

Page 13: Acentuação gráfica

passadopretérito imperfeito do indicativo - indica um fato real cuja ação foi iniciada no passado, mas não foi concluída ou era uma ação costumeira no passadopretérito imperfeito do subjuntivo - indica um fato provável, duvidoso ou hipotético cuja ação foi iniciada mas não concluída no passadopretérito mais-que-perfeito doindicativo - indica um fato real cuja ação é anterior a outra ação já passada

O verbo indica um processo localizado no tempo. Podemos distinguir: presente, pretérito e futuro. 

Tempo presente: exprime um fato que ocorre no momento da fala. Ex.: Estou fazendo exercícios diariamente. 

Tempo passado: exprime um fato que ocorreu antes do momento da fala. Ex.: Ontem eu fiz uma série de exercícios. 

Tempo futuro: exprime um fato que irá ocorrer depois do ato da fala. Ex.: Daqui a quinze minutos irei para a academia fazer exercícios. 

O pretérito (ou passado) subdivide-se em: 

• Pretérito perfeito: indica um fato passado totalmente concluído. Ex.: Ninguém relatou o seu delírio. 

• Pretérito imperfeito: indica um processo passado não totalmente concluído, revela o fato em sua duração. Ex.: Ele conversava muito durante a palestra. 

• Pretérito mais-que-perfeito: indica um processo passado anterior a outro também passado. Ex.: “... sempre nos faltara aquele aproveitamento da vida...” (Mário de Andrade) 

O futuro subdivide-se em: 

• Futuro do presente: indica um fato posterior ao momento em que se fala. Ex.: Não tenho a intenção de esconder nada, assim que seus pais chegarem contarei o fato ocorrido. 

• Futuro do pretérito: indica um processo futuro tomado em relação a um fato passado. Ex.: Ontem você ligou dizendo que viria ao hospital. 

Empregos especiais: 

• Presente: - pode ocorrer com valor de perfeito, indicando um processo já ocorrido no passado (presente histórico). Em 15 de agosto de 1769 nasce Napoleão Bonaparte. (nasce = nasceu) 

- pode indicar futuro próximo. 

Page 14: Acentuação gráfica

Amanhã eu compro o doce pra você. (compro = comprarei) 

- pode indicar um processo habitual, ininterrupto. Os animais nascem, crescem, reproduzem e morrem. 

• Imperfeito: - pode ocorrer com valor de futuro do pretérito. Se eu não tivesse motivo, calava. (calava = calaria) 

• Mais-que-perfeito: - pode ser usado no lugar do futuro do pretérito ou do imperfeito do subjuntivo. Mais fizera se não fora pouco o dinheiro que dispunha. (fizera = faria, fora = fosse) 

- pode ser usado em orações optativas. Quem me dera ter um novo amor! 

• Futuro do presente: - pode exprimir idéia de dúvida, incerteza. O rapaz que processou o patrão por racismo, receberá uns trinta mil de indenização.

- pode ser usado com valor de imperativo. Não levantarás falso testemunho. 

• Futuro do pretérito: - pode ocorrer com valor de presente, exprimindo polidez ou cerimônia. Você me faria uma gentileza? 

Modos verbais 

• Modo indicativo: exprime certeza, precisão do falante perante o fato. Eu gosto de chocolate. 

• Modo subjuntivo: exprime atitude de incerteza, dúvida, imprecisão do falante perante o fato. Espero que você esteja bem. 

• Modo imperativo: exprime atitude de ordem, solicitação, convite ou conselho. Não cante agora! Empreste-me 10 reais, por favor. Venha ao hospital agora, seu amigo vai ser operado. Não ponha tanto sal, isso pode lhe fazer mal. 

Infinitivo pessoal ou impessoal 

• Infinitivo impessoal: terminado em r para qualquer pessoa. Ex.: comprar, comer, partir. 

Emprega-se o infinitivo impessoal: 

Page 15: Acentuação gráfica

a) Quando ele não estiver se referindo a sujeito algum. É preciso amar. 

b) Na função de complemento nominal (regido de preposição). Esses exercícios não são fáceis de resolver. 

c) Quando faz parte de uma locução verbal. Ele deve ir ao dentista. 

d) Quando, dependente dos verbos deixar, fazer, ouvir, sentir, mandar, ver, tiver por sujeito um pronome oblíquo. 

Sujeito Deixei- as passear. = eles e) Quando tiver valor de imperativo. Não fumar neste recinto. 

• Infinitivo pessoal: além da desinência r vem marcado com desinência de pessoa e número. 

Ex.: cantar – ø cantar - es cantar - ø cantar - mos cantar - des cantar – em 

Ex.: Com esse calor convém tomarmos um sorvete. 

- Usa-se o infinitivo pessoal, quando o seu sujeito é diferente do sujeito do verbo da oração principal. Ex.: A única solução era ficarmos em casa.

Orações Subordinadas

sobre Gramática Por Algosobre 

[email protected]

Publicidade

Período composto por subordinação

No período composto por subordinação sempre aparecem dois tipos de oração: oração principal e oração subordinada.

O período:

Todos esperam sua volta

Page 16: Acentuação gráfica

É um período simples, pois apresenta uma única oração. Nele podemos identificar:

Todos (suj.) esperam (v.t.dir.) sua volta.(obj. direto)

Se transformarmos o período simples acima em um período composto, teremos:

Todos esperam que você volte.

1ª oração: Todos esperam2ª oração: que você volte

Nesse período, a 1ª oração apresenta o sujeito todos e o verbo transitivo direto esperam, mas não apresenta o objeto direto de esperam. Por isso, a 2ª oração é que tem de funcionar como objeto direto do verbo da 1ª oração.

Verificamos, então, que:

I. a 1ª oração não exerce, no período acima, nenhuma função sintática. Por esse motivo ela é chamada de oração principal.II. a 2ª oração depende da 1ª, serve de termo (objeto direto) da 1ª e completa-lhe o sentido. Por esse motivo, a 2ª oração é chamada de oração subordinada.

Resumindo:

Oração principal: é um tipo de oração que no período não exerce nenhuma função sintática e tem associada a si uma oração subordinada.Oração subordinada: é toda oração que se associa a uma oração principal e exerce uma função sintática (sujeito, objeto, adjunto adverbial etc.) em relação à oração principal.

As orações subordinadas classificam-se, de acordo com seu valor ou função, em:

Orações subordinadas substantivas

Inicialmente, diga-se que são aquelas orações subordinadas que exercem as seguintes funções: sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicado nominal e aposto, exemplos:

Insinuou nada conhecer.Pediu que se fizesse silêncio

As orações subordinadas substantivas podem ser de seis espécies:

1ª. Subjetivas: são aquelas que exercem a função de sujeito em relação a outra oração. Exemplos:

Importa estudar continuamenteSabe-se que a situação econômico-financeira ainda vai ficar pior.Convém que não saias da classe.

Page 17: Acentuação gráfica

Facilita encontrar o sujeito de uma oração interrogar o verbo da oração:Importa o que?; o que se sabe?; o que convém?

2ª. Objetivas diretas: são aquelas que exercem a função de objeto direto de outra oração.

Informamos que os alunos sairão pela porta dos fundos.Amaral não sabia como realizar o sorteio.Responda se conhece o novo time do Flamengo.Olha como tudo terminou bem!Penso que eles viajarão amanhã cedo.Temo que Marcos saia ferido.Pedi que saíssem da sala.Vi-o correr.

Observa-se que o objeto direto é identificado da seguinte maneira: quem confia, confia em alguma coisa; quem sabe, sabe de alguma coisa; quem espera, espera alguma coisa; e assim por diante.As locuções tenho medo, estou com esperança e sou de opiniãoou ele é de opinião têm força transitiva direta, isto é, são equivalentes a verbos transitivos diretos: temer, esperar, opinar. Se estas expressões vierem acompanhadas de preposição de antes da conjunçãoque, as orações já não serão objetivas diretas, mas completivas nominais:

Tenho medo de que ele não resista ao interrogatório.Estou com esperança de que ele saia vitorioso.Estou com receio de que não ocorra o jogo.

3ª. Objetivas indiretas: são aquelas que exercem a função de objeto indireto de outra oração, isto é, ligam-se à oração principal mediante preposição. Exemplos:

Preciso de rever todas as provas.Cláudia não gostou das provocações e insinuações.O acidente obstou a que chegássemos mais cedo.O jovem obedeceu a todos que lhe são superiores.

A identificação do objeto indireto é realizada mediante o seguinte procedimento: quem precisa, precisa de alguma coisa; quem gosta, gosta de alguma gosta; quem obedece, obedece a alguma coisa; e assim por diante.

4ª. Completivas nominais: são aquelas que completam o sentido de um substantivo, adjetivo ou advérbio. Exemplos:

Ivo tinha esquecido de que sua proposta não agradara.Alencar estava esperançoso de que tudo se resolveria.A opinião de que Luís desistirá do estudo é conclusão precipitada.

Assim como alguns verbos exigem objeto que lhes complete o sentido, há algumas palavras que necessitam de outras que lhes completem o sentido. Assim, pode-se à semelhança dos verbos, perguntar: acordo de que?; esperançoso de quê?; opinião de

Page 18: Acentuação gráfica

quê? (ou sobre o quê?); medo de quê? A reposta a estas perguntas constitui o complemento nominal.

5ª. Predicativas: são aquelas que funcionam como predicativo do sujeito. Exemplos:

O bom é que você não desconfia nunca.O mal é você ficar de braços cruzados.O certo é que Sérgio não se casará.A falácia é que para ficar rico é preciso ficar pobre.

Não se deve confundir oração predicativa com oração subjetiva. Exemplos:

É certo que o Vasco não ganhará do Flamengo   = subjetiva.A oração grifada funciona como sujeitoO certo é que o Vasco não ganhará do Flamengo = predicativaA oração grifada funciona como predicativo do sujeito.

6ª. Apositivas: são aquelas que funcionam como aposto. Exemplos:

Sua instrução foi única: estudar semprePedi-lhe um favor: que me chamasse às sete horas.

O aposto é uma foram de adjunto adnominal, que é constituído de uma palavra ou expressão em aposição, exemplificando um ou vários termos expressos na oração. Note-se nos exemplos que estudar sempre explica a frase inicial, determina qual foi sua instrução; qual foi o favor pedido.

Orações subordinadas adjetivas

A oração que modifica um substantivo de outra oração é denominada oração subordinada adjetiva. Em geral, tais orações são introduzidas por pronome relativo. Exemplo:

O garoto que era risonho tornou-se um garoto sisudo.

Segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira, as orações subordinadas adjetivas exercem a função sintática de adjunto adnominal de um termo da oração principal.As orações subordinadas adjetivas são de duas espécies: explicativas e restritivas.As explicativas são aquelas que indicam qualidade inerente ao substantivo a que se referem. Justapõem-se a um substantivo já plenamente definido pelo contexto. Além disso, as orações adjetivas explicativas podem ser eliminadas sem prejuízo do sentido. Têm função meramente estilística. Exemplos:

O inverno suíço de 1987, que foi muito rigoroso, matou 100 pessoas.O homem, que é um ser racional, tem perdido suas características mais preciosas.O lírio, que é branco, já não é símbolo de candura.

As orações adjetivas explicativas são menos comuns que as restritivas.As orações adjetivas restritivas delimitam o sentido do substantivo antecedente. São indispensáveis ao sentido total da oração. Exemplos:

Page 19: Acentuação gráfica

Todo aluno que é estudioso é digno de aprovação.Todo político que é honesto é capaz de causar revoluções administrativas.Não acredito no médico do qual me falaste há pouco.O professor cujas orientações não são diretivas tem conseguido resultados assustadores nos últimos tempos.

Orações subordinadas adverbiais

Um terceiro tipo de orações subordinadas são as adverbiais, isto é, aquelas que equivalem a advérbios em relação a outra oração.Os adjuntos adverbiais são termos acessórios das orações; são determinantes. Os determinantes adverbiais acrescentam "ao predicado o esclarecimento de lugar, tempo, modo etc."

Almoçarei ao meio-dia.Chegaram aqui as embarcações.Ontem choveu.Aquele homem caminha com dificuldade.Tu te exprimes muito bem.

São, portanto, os adjuntos adverbiais expressões que acrescentam circunstâncias aos fatos expressos.Recorde-se também que as orações reduzidas às vezes indicam circunstâncias que caracterizam e restringem o sentido do verbo:

Não te emprestarei dinheiro para gastares com bijuterias. (adverbial final reduzida de infinitivo)Chegando ao teatro, comprei os ingressos. (subordinada adverbial temporal reduzida de gerúndio)Terminado o jogo, voltei pra casa. (subordinada adverbial temporal reduzida de particípio)

As orações subordinadas adverbiais são dos seguintes tipos: causais, comparativas, consecutivas, concessivas, condicionais, conformativas, finais, proporcionais e temporais.

1ª. Causais: são aquelas que modificam a oração principal apresentando uma circunstância de causa, isto é, respondem à pergunta "por quê?" feita à oração principal. Exemplos:

Carlos saiu porque precisava.Amadeu não saiu porque estava frio.Nilo Lusa deixou o magistério porquanto sua saúde era precária.

São conjunções causais: porque, que, porquanto, visto que, por isso que, como, visto como, uma vez que, já que, pois que.

2ª. Comparativas: são aquelas que correspondem ao segundo termo de uma comparação. Exemplos:

Page 20: Acentuação gráfica

Marisa é tão boa digitadora quanto Teresa"A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o ferro"

São conjunções comparativas: como, mais do que, assim como, bem como, que nem (como), tanto quanto.

3ª. Consecutivas: são aquelas que são introduzidas por um termo intensivo que vem em seguida à oração principal, acrescentando-lhe idéias e explicações, ou completando-a, ou tirando uma conclusão. Exemplos:

O Plano de Estabilização Econômica foi tão cercado de flores de todos os lados que não percebemos suas conseqüências menos interessantes.Onde estás, Eliana, que não te vejo!Otávio bebia tanto que morreu afogado no seu próprio vômito.Faça seu trabalho de tal modo que não venha a lastimar-se do resultado que dele possa advir.

São conjunções consecutivas: (tanto) que, (tão) que, (de tal forma) que.

4ª. Concessivas: são aquelas que se caracterizam pela idéia de concessão que transmitem à oração principal. Exemplos:

Ainda que faça frio, o jogo realizará.Cristiano foi ao parque, embora estivesse chovendo.Ainda que eu falasse a língua dos homens e falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.

São conjunções concessivas: embora, posto que, se bem que, ainda que, sempre que, desde que, conquanto, mesmo que, por pouco que, por muito que.

5ª. Condicionais: são aquelas que se caracterizam por transmitir idéias de condição à oração principal. Exemplos:

Se o filme for ruim, sairei do cinema.Caso tivesse realizado as obras necessárias, não teria perdido a eleição.

São conjunções condicionais: se, salvo se, senão, caso, desde que, exceto se, contanto que, a menos que, sem que, uma vez que, sempre que.

6ª. Conformativas: são aquelas que indicam o modo como ocorreu a ação expressa na oração principal. Exemplos:

Conforme as últimas notícias, o mundo corre risco de uma guerra generalizada.Realizei seus desejos como você me havia sugerido.Escrevi carta burocrática, segundo o estilo oficial estabelece.

São conjunções conformativas: de modo que, assim como, bem como, de maneira que, de sorte que, de forma que, do mesmo modo que, segundo conforme.

Page 21: Acentuação gráfica

7ª. Finais: são aquelas que indicam o fim ou finalidade à oração principal. Exemplos:

É preciso que haja políticos de concepções liberais extremadas para que os conservadores não reduzam os homens a títeres.Acenei-lhe para que silenciasseAntônio Carlos falou baixinho a fim de que não fosse percebida sua revolta.

São conjunções subordinativas finais: para que, a fim de que.

8ª. Proporcionais: são aquelas que transmitem idéia de proporcionalidade à idéia principal. Exemplos:

À proporção que o tempo passa, a agonia recrudesce.O barulho de algazarra aumenta à medida que se aproxima das crianças.

São conjunções subordinativas proporcionais: à medida que, à proporção que, ao passo que.

9ª. Temporais: são aquelas que indicam relação de tempo naquilo que se refere à ação expressa pela oração principal. Exemplos:

Enquanto leio poesia, recupero o equilíbrio emocional.Cada vez que eu penso, te sinto, te vejo...

São conjunções subordinadas temporais: quando, enquanto, agora que, logo que, desde que, assim que, tanto que, apenas, antes que, até que, sempre que, depois que, cada vez que.

Orações reduzidas

São denominadas orações reduzidas aquelas que apresentam o verbo numa das formas nominais, ou seja, infinitivo, gerúndio e particípio.As orações reduzidas de formas nominais podem, em geral, ser desenvolvidas em orações subordinadas. Essas orações são classificadas como as desenvolvidas correspondentes.As orações reduzidas não são introduzidas por conectivo.No caso de se fazer uso de locução verbal, o auxiliar indica se se trata de oração reduzida ou não. Na frase:

Tendo de ausentar-se, declarou vacante seu cargo.

Temos aqui uma oração reduzida de gerúndio. Portanto, é condição para que a oração seja reduzida que o auxiliar se encontre representado por uma forma nominal.

Exemplos de orações reduzidas de infinitivo:

Substantivas subjetivas: são aquelas que exercem a função de sujeito do verbo de outra oração. Exemplos:

Page 22: Acentuação gráfica

Não convém agires assimÉ certo ter ocorrido uma disputa de desinteressados.Urge partires imediatamente.

Substantivas objetivas diretas: são aquelas que exercem a função de objeto direto. Exemplos:

Ordenou saírem todos logo.Respondeu estarem fechadas as matrículas.As crianças fazem rir seus rivais.O professor assegurou serem os exames para avaliar e não para derrotar os alunos.Peça-lhes fazer silêncio.

Substantivas objetivas indiretas: são aquelas que funcionam como objeto indireto da oração principal. Exemplo:

Aconselho-te a sair imediatamente.

Substantivas predicativas: são aquelas que funcionam como adjetivo da oração principal. Exemplos:

O importante é não se deixar corromper pela desonestidade.Seu desejo era adquirir um automóvel.

Substantivas completivas nominais: são aquelas que funcionam como complemento de um nome da oração principal. Exemplos:

Maíra estava disposta a sair da casa.Tinha o desejo de espalhar os fatos verdadeiros.

Substantivas apositivas: são aquelas que funcionam como aposto da oração principal. Exemplos:

Fez uma proposta a sua companheira: viajarem pelo interior, no fim do ano.Recomedou-lhe dois procedimentos: ler e refletir exaustivamente a obra de Manuel Bandeira.

Adverbiais: são aquelas que funcionam como adjunto adverbial da oração principal. Exemplos:

Chegou para poder colaborar. (final)Alegraram-se ao receberem os campeões. (temporal)Não obstante ser ainda jovem, conquistou posições invejáveis. (concessivas)Não poderá voltar ao trabalho sem me avisar com antecedência. (condicional)Não compareceu por se encontrar doente. (causal)É alegre de fazer inveja. (consecutiva)

Adjetivas: são aquelas que funcionam como adjetivo da oração principal. Exemplos:

Page 23: Acentuação gráfica

O aluno não era de deixar de ler suas redações.

Exemplos de orações reduzidas de gerúndio:

Subordinadas adjetivas: Parei um instante e vi o professor admoestando o garoto.

Adverbiais:

Retornando de férias, volte ao trabalho. (temporal)João Batista, ainda trajando à moda antiga, apresentava-lhe galhardamente. (concessiva)Querendo, você conseguirá obter resultados positivos nos exames. (condicional)Desconfiando de suas palavras, dispensei-o. (causal)Xavier, ilustre comerciante, enriqueceu-se vendendo carros. (modal ou conformativa)

Exemplos de orações reduzidas de particípio:

Subordinada adjetiva:

As notícias apresentadas pelo Canal X são superficiais.

Adverbiais:

Terminada a aula, os alunos retiraram-se da classe. (temporal)Reconhecido seu direito, teriam tido outro comportamento. (condicional)Acossado pela política, não se entregou. (concessiva)Quebradas as pernas, não pôde correr. (causal)