AS NOVIDADES DO GALERIA CAFÉ DJ ANA FLOR

A MODA MASCULINA MUDOU O QUE VEM POR AI?

Já estamos em campo desde o mês passado, agora é articular os jogadores para irmos rumo ao gol. Colocar a revista Noisemaker no ar está sendo um prazer, ainda mais contando com colaboradores que dão gosto de folhear esse material online. Nessa edição contamos com a ótima DJ Dri.k trazendo seu olhar profissional e principalmente de ouvinte sobre o boom do deep house. Também convidamos para deixar nosso Abril mais quente o fotografo Higor Bastos para embelezar nossas paginas com o modelo Gilberto Fritsch.

E por que não falar de moda? Igor Carvalho desvenda e conta detalhes sobre esse mundo que os homens estão começando a mergulhar de cabeça. E o ponto alto com certeza é a retrospectiva que Joca Vidal faz desse importante clube carioca, o Fosfobox, que celebra 09 anos de muita festa! Não poderíamos deixar passar essa comemoração em branco. A Noisemaker 2 está assim recheada de assunto, dicas e programas que você não pode deixar de fazer!

Lucca Koch

Onde me encontrar? Instagram: /kochlucca Twitter: luccakoch Facebook:/luccakoch

NoisemakerNoisemakerNoisemakerNoisemaker Por Lucca Koch.

Colaboradores: Adriana Costa e Silva aka Dri.k, Gilberto Fritsch, Higor Bastos, Igor Carvalho, Jessika Koberstein, Joca Vidal. Agradecimentos: Alexandra Di Calafiori, Cabbet Araújo, Carol Brandão, Daniela Cossa, Fabiano Moreira, Ronald Villardo. Pautas, sugestões, dicas: luccakoch@gmail.com

Noisemaker é uma revista online mensal publicada pelo site www.noisemaker.com.br

ADRIANA COSTA E SILVA conhecida internacionalmente como DJ Dri.k declara: “Quanto mais deep

universitário melhor. Viva o boom do

Deep House!” PAGINA 08

JOCA VIDAL: “Escrever sobre a

Fosfobox é praticamente

escrever sobre a cena de música

eletrônica no Rio.”

PAGINA 09

“Não é novidade que a moda

masculina é de fato menos

audaciosa”. IGOR CARVALHO.

PAGINA 24

“Cores, cores e mais belas

cores”. GILBERTO FRITSCH (WAY) com fotos de HIGOR

BASTOS. PAGINA 20

04.PERFIL

A nova revelação da cena eletrônica a bela DJ Ana Flor.

05.CURTINHAS

As notinhas e novidades mais quentes.

08.MÚSICA

Será que estamos na era do Boom do Deep House?

09.MATÉRIA DE CAPA

O club mais prestigiado do Rio de Janeiro celebra 9 anos.

15.NOITE

Enfim, lá vem Avicii.

20.BOY MAGIA

Um belo nas belas paginas da Noisemaker.

24.MODA

Então quer dizer que a moda masculina mudou?

26.VEM POR AI

Os programas imperdíveis.

28.ASPAS FINAIS

Porque tudo tem um fim!

DJ ANA FLOR Seu nome possui flor. Você poderia imaginar uma menina delicada e meiga. Sim, Ana Flor possui todos essas características e some ainda um DNA enérgico que se conecta com a pista de maneira impar. Essa DJ, que começou a demonstrar amor à música quando criança, hoje é um dos nomes mais importantes da nova cena eletrônica. Seus sets saem do lugar comum graças às referências inusitadas e sua técnica apurada que consegue levar ao publico músicas comerciais misturadas a sucessos de ontem e hoje. Ana atualmente responde pela residência do grupo The Week, além de possuir uma agenda lotada de apresentações ao redor do Brasil. Impossível não se apaixonar por essa Flor que exala talento e exuberância em cima das pick ups.

- clique e ouça seus sets -

04

O CHARMOSO CLUBINHO DE IPANEMA GANHA NOVO LAYOUT

O Galeria Café, localizado na Rua Teixeira de Melo, Ipanema, no Rio de Janeiro, está repleto de novidades, além do novo sistema de iluminação assinado pelo Rogério Wiltgen, o clube ganha nova fachada desenvolvida pela MD Arquitetura com Sandro Mussi e Marcelo Dadoorian.

O HOMEM RICHARDS Trazendo referências do movimento intelectual europeu do pós-guerra e a estética de motos vintage a Richards lança sua coleção de outono/inverno 2013. A marca para a estação preparou grandes surpresas, como o cuidado criterioso na escolha dos tecidos para garantir ainda mais conforto as peças. Já o hit da temporada são as camisas Traveller, que já são tradição na Richards e podem ser usadas nos dias de trabalho como lazer. Na cartela de cor aparece o mostarda, vinho, verde, khaki e tons de azul.

05

OS DISCOS VOLTAM A MODA

Com styling de Léo Nevez e fotos de Lucio

Luna a Limits lança sua campanha de inverno 2013 fazendo uma homenagem aos apaixonados por música. Batizada de “Press Play” o material brinca com hábito de tirar fotos criativas a partir do uso de capas de “lps”, criando assim uma espécie de continuação da imagem, somada com o próprio corpo. O modelo Felipe Roque é quem se “esconde” atrás das capas.

O Boom do

Deep House Por: DJ Dri.K

Um pouco antes de eu ingressar no mundo da música a cena vivia o reinado do drum’n’bass. Oito anos atrás quando eu comecei a tocar era o funkyhouse que estava em alta e o hard techno perdia lugar pro techno. Depois veio uma onda de electrohouse, bem menos barulhenta do que a atual, que eu até cheguei a tocar - tenho que confessar. E, logo após uma tentativa frustrada de enfiarem dubstep pela minha goela abaixo, me vi cercada de deep house por todos os lados. Sim, era o tal do “boom do deephouse”. Lembro quando comecei a fazer warm-ups pro Gui Boratto e passei a tocar deep house... Eram as únicas GIGs que me permitiam tocar esse estilo de música! Nas outras eu tinha que tocar aquilo que a pista queria ouvir. Acho até que o fato de ser mulher tornava isso ainda mais difícil. Mas eu tinha que ganhar dinheiro, então acabava rezando pra ter pelo menos um warm-up do Gui no mês para compensar as outras festas. E, “vou

confessar que”, até hoje me pego tocando numas festas que não tem nada a ver comigo, acabo indo só pelo dinheiro. Coisas da vida. Tem gente falando mal. Tem gente falando bem. Mas a verdade é que, para as pessoas que já amava deep house e não tinha onde tocar, esse “boom” veio bem a calhar. Desde 2011 o deep house vem tendo muito destaque na cena internacional e no ano passado a gente aqui no Brasil pode sentir – sem fazer nenhum esforço a popularização do estilo. Tive certeza disso quando entrei na loja C&A e estava tocando Azari&III se não me falha a memória. “Oi?!” >>>

Aquela loja que coloca funk para alavancar suas vendas no comercial de TV tinha inserido o deep house na trilha sonora dos pontos de venda. Ok, me convenci. O brasileiro tinha se rendido ao deep house. Desde então as festas no estilo estão por toda parte, o tempo todo. De contrapartida muitos DJS que não estavma inseridos nesse estilo passaram a tocar o estilo, e todos praticamente as mesmas músicas. O que aconteceu foi que, pra esses DJs que não eram muitos fãs do estilo, o deep house se resumiu a Solomun, Jamie Jones e a meia dúzia de outros nomes mais populares. Então mudavam as festas, mudavam os deejays, mas o setlist era basicamente o mesmo: o tal do apelidado “deep house universitário”. Ah, gente, vamos deixar de ser hipócritas, né?! Antes isso do que o tal “sertanejo universitário” que estava tomando conta das baladas do Brasil e essas porcarias do tipo “lekleklek”... Quanto mais “deep universitário” melhor. Essa galera que anda achando o máximo às músicas do Solomun vai para as festas que eu toco e não faz mais cara feia pro meu som, ou para os demais DJs. Antes era um tormento. Enquanto o David Guetta ou a Madonna não subissem no palco a vaia pro DJ que estava fazendo o warm up era garantida. Esse povo é muito mal educado! Não tem respeito nenhum com o profissional menos conhecido. Vai pra festa e ao invés de esperar a atração principal se divertindo, faz esse papelão. Já passei por isso uma vez pra nunca mais.

Viva o “boom do deephouse”! 08

FOSFOBOX 9 ANOS DE FESTA

Por: Joca Vidal Fotos: Reprodução/Divulgação.

09

Fosfobox – 9 anos de festa Escrever sobre a Fosfobox é praticamente escrever sobre a cena de música eletrônica no Rio nos últimos 9 anos, período em que a casa se fixou em Copacabana e literalmente fez a festa de milhares de pessoas que precisavam de um lugar para 'se jogar' com uma programação alternativa, já que a Bunker estava enterrada e condenada a virar uma Lojas Americanas. A casa noturna comemora a data emblemática de 9 anos com grande(s) festa(s) durante vários dias em abril (veja programação em www.fosfobox.com.br), assim como faz todo ano. Levada de forma heróica por Cabbet Araújo (ex-Bunker, Dama de Ferro) e com um quadro de funcionários competentes e escolhidos a dedo, a Fosfo - para os íntimos - cresceu muito nos últimos tempos, época em que o público carioca praticamente opta por outros modismos musicais, o que sempre foi um fato na noite do Rio. Já foi assim com gêneros como o trance, black music, drum'n'bass, pop, pagode, etc. Hoje parece que o público migrou para os sertanejos e Naldos da vida. Pois a pista de Copa é um oásis no meio de tanto lixo e faz melhor: através dela acontece o surgimento de novos artistas, novo público e novos produtores que saem da mesmice e de fórmulas fáceis e infalíveis. A Fosfobox se manteve 'cool' nestes 9 anos. Na dela, foi fomentando a cena de forma profissional, ressaltando parcerias que não visam o lucro fácil e sim o surgimento de algo novo, que sirva de referência, sem ser necessariamente modismo. Foi assim com a festa Wobble, projeto de dubstep que surgiu há apenas 2 anos e que proporcionou o surgimento de artistas como Marginal Men, dupla que faz sucesso também em festas como Breakz e Ruído: "Sem a Fosfobox não haveria Marginal Men", disse Pedro Fontes que ao lado de Gustavo Elsas forma o Marginal Men. "Foi em uma Wobble na Fosfo que eu e Gustavo tocamos a primeira vez juntos e

vimos que a vibe era a certa. Além de uma cabine completa com equipamento de primeira e

manutenção frequente, o subgrave no subsolo é o diferencial para nós do Marginal Men. A alma do

nosso som só é escutada em um sistema que fala bem as frequências mais baixas", diz ele, enaltecendo outro diferencial do clubinho: o som. Poucas casas noturnas cariocas têm uma pista tão aconchegante e potente como essa. Aqui no Rio não há nada igual em qualquer outra zona da cidade como Centro, Norte ou Oeste/Barra da Tijuca.

Vale lembrar que antes da Wobble, a Fosfobox também revelou a Bootie Rio, festa de mashups produzida por Fabiano Moreira e que foi considerada a 'Melhor festa do Rio' pela Revista Época. É um evento que não hesita em investir em atrações internacionais e nacionais, como a da próxima edição, em 22 de abril, com Positronic. Outro projeto interessante com convidados é a Brazilian Wax que flerta a música eletrônica com o funk carioca e traz gente do quilate de Nego Moçambique. Mais recentemente a Fosfo abrigou a Nugrooves Rio, edição da festa paulista dedicada a ritmos como nufunk e nubreaks, e que trouxe para a pista os DJs Trotter, de São Paulo, e Butter, de Nova York, entre outros. Mas é claro que a turma da "velha guarda" da cena carioca também continua batendo ponto por lá: Mauricio Lopes produz e toca a MAU, mensalmente, e nomes como Saddam, Leo Janeiro e Flow & Zeo tem projetos fixos. "Em 2004 a cena no Fosfobox começou forte, porém bem pequena pela capacidade da casa. Com o

tempo adequamos o espaço e vejo hoje como o ponto de partida para vários artistas e profissionais da

noite que estão iniciando neste ramo e, ao mesmo tempo, conseguimos manter espaço para os

tradicionais DJs oferecendo cada vez mais qualidade para o público, o que torna o Fosfobox um esteio

na noite do Rio. Aqui estamos além do modismo, a casa é simples porém bem estruturada, oferece som

de qualidade, ambiente democrático onde o mais importante é a diversão", nos contou Cabbet.

Outro caso bem-sucedido é a festa Me Gusta, de Fernando Deperon, que trouxe há pouco o DJ Anderson

Noise em tour comemorativa de seus 25 anos de carreira. Deperon é mais um produtor que tem história com o lugar e foi lá que seu 'label' cresceu depois de edições em outros lugares: "A Fosfobox, além de

oferecer ao seu público uma noite com a qualidade, é uma casa que trata seus negócios com

responsabilidade, clareza e transparência. Com esse mix de ética, bom gosto e carinho com seus

frequentadores, a casa ocupa um espaço de excelência e referência no ramo de casas noturnas no

Brasil", diz ele, lembrando que ela foi considerada um dos melhores 12 clubs do Brasil pelo prestigiado site Resident Advisor (www.residentadvisor.net/club-detail.aspx?id=6103). Conhecida mundialmente por fazer parte da rota de gringos na cidade, e por abrigar em um só lugar pacificamente héteres e gays, a Fosfobox é a pedida carioca para massagear seus ouvidos com boa música, não interessa qual ela for.

"Nos meus 15 anos de vida noturna

no Rio, só me resta agradecer,

mesmo com as dificuldades e

decepções, a satisfação da pista

pulsando vale mais que tudo".

Rei da musica

eletronica? Avicii, esse cara é você!

Por: Lucca Koch Fotos: Reprodução

15

REI DA MUSICA ELETRONICA? Após alguns pequenos problemas de percurso, enfim, no próximo dia 1º de Maio o DJ e produtor Tim

Bergling, conhecido mundialmente como Avicii, desembarca no Rio de Janeiro para se apresentar no Rio E.music Festival, que acontece no parque dos Atletas conhecido por ser o espaço que recebe o Rock in Rio, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Desde que eu soube que o Tim - intimidade a gente se vê por aqui – coloquei como meta entrevista-lo. Foram dois meses de espera até que a assessoria do evento – aquele obrigado – respondeu dando positivo “O CARA TOPOU O PAPO POR E-MAIL”. Convenhamos, entrevistar o 3º na lista dos Top 100 DJs pela DJ Magazine, premio que recebeu ano passado, não é uma alegria que temos todos os dias. Ainda mais que estamos falando de um dos nomes mais aclamados da cena house comercial. Seu som acabou se tornando um dos mais tocados, graças ao sucesso "Seek Bromance", música que virou hino e chegou a alcançar a primeira posição na loja on line Beatport, além de ser top 20 em vários países, incluindo Bélgica, França, Países Baixos, Reino Unido e na Suécia. Obviamente comecei logo falando desse fenômeno que sou nome acabou se transformando, e pela resposta do cara vemos que ele é totalmente pé no chão, sem estrelismos ou frescuras. Ele sabe que está realizando um ótimo trabalho. [Lucca]: Quando você percebeu que tinha se tornado um dos grandes nomes da música eletrônica? [Avicii]: Eu não sei, isso é uma pergunta difícil. Certamente existe um monte de destaques na minha carreira até agora. A única coisa que sei é que não tenho tido muito tempo para relaxar.

Numa rápida olhada no site oficial do DJ vemos que sua agenda anda lotada, o produtor está com compromissos agendados até junho. Obviamente não deixaria passar em branco e obvio perguntei se ele sente alguma diferença em tocar no Brasil, queria ver Avicii rasgar sua seda para nós! [Lucca]: Tocar no Brasil tem um diferencial de outros países? [Avicii]: Sim, definitivamente. Os brasileiros são grandes fãs da música e da experiência dos festivais. Vocês são uma multidão muito enérgica. Eu realmente gosto da vibe. Avicii possui uma carreira meteórica, o sucesso foi alcançado em 2008, quando ele tinha 18 anos de idade, fazendo um remix para o jogo "Lazy Jones". Aos poucos foram surgindo inúmeras produções e com elas codinomes como Tim Berg, Tom Hangs e Avicii, nome que mais utiliza. [Lucca]: Por que você assinou Tim Berg, Tom Hangs e Avicii? [Avicii]: Eu acabo lançado músicas ligeiramente diferentes em cada nome. Quando utilizo Tim Berg são músicas mais experimentais e undergrounds que não se encaixam com o nome Avicii. Já Tom Hangs é para meu lado mais comercial. O Wikipédia ainda sugere que utilizo Ashwin, mas isso é uma mentira. Chegou a hora de encerrar e claro quero saber o que vem por ai. [Lucca]: Você está pensando em fazer alguma surpresa durante sua apresentação no Rio de Janeiro,

uma cidade que vai sediar os Jogos Olímpicos?

[Avicii]: Eu não posso te dizer o que eu planejei para vocês, mas o show vai ser algo especial, isso que eu posso prometer.

“Eu sou tão grato por ser

capaz de fazer o que eu

amo!” Avicii

Serviço Rio E.Music Festival: Quarta-feira, 1° de maio de 2013 | Horário: das 14:00 às 02:00h | Local: Cidade do Rock | Endereço: Avenida Salvador Allende, s/nº ,Barra da Tijuca | www.rioemusicfestival.com.br

Cores de Almodovar, cores de Frida Kahlo, cores.

Modelo: Gilberto Fritsch (WAY) Fotos: Higor Bastos Styling: Jessika Koberstei

19

A MODA MASCULINA MUDOU Por Igor Carvalho.

Fui convidado a escrever um texto sobre moda masculina. Apesar de já ter mantido um blog (de moda, mas muito antes da moda) e colaborado com outros veículos online do segmento, nunca escrevi tão especificamente sobre a moda no qual de fato consumo. A verdade é que falar de moda para homem ainda é bastante complicado. O homem mudou (e não me refiro a espécie humana no geral), a moda masculina mudou e o pensamento do homem sobre a moda também mudou. Me arrisco então a descrever aqui, minhas percepções de grande admirador mas, principalmente, consumidor de moda. Hoje já podemos perceber que o interesse dos homens por informação de moda cresceu, assim como a aceitação da vaidade masculina mas, ainda assim, há muito a avançar. Aqui no Brasil, por exemplo, o gosto e o bom gosto por moda, quase sempre estão relacionados a opção sexual. É como se entendessem que gays se interessam por moda e heteros precisam apenas se vestir. Os homens brasileiros ainda não alcançaram esse desprendimento. E as marcas nacionais, que precisam vender e lucrar, dificilmente se arriscam a apresentar um produto além do certeiro. Até mesmo estilistas que ganharam fama por suas propostas "não convencionais" (leia-se um pouco mais do que apenas jeans e camiseta), hoje apostam em coleções no mínimo mais comerciais como fez João Pimenta em seu desfile de verão 2014 apresentada durante a última SPFW. Não que isso seja ruim mas, ajuda a entender o quão complexa é a tarefa de criar (e vender!!) moda para homens. Não é a toa que tendências de moda para homens são mais difíceis de identificar e raramente são extraídas de desfiles e revistas especializadas. Até mesmo porque, quase sempre, não há conexão entre o que é apresentado na passarela e o que chega nas araras das lojas. E mais do que em um desfile feminino, as propostas apresentadas aos homens não são bem recebidas e entendidas por aqueles que não estão envolvidos com esse universo, logo, não se traduzem em looks usáveis na “vida real” para a grande maioria. Tá certo que o “mundinho da moda” em geral está passando por uma fase pouco interessante em termos de inovação. >>> 24

Essa interminável fase de baixa criatividade/produtividade na moda desenvolveu nosso interesse em novas formas de uso. O que não deixa de ser o exercício da criatividade. Mas o que deveria estimular a transparecer nosso estilo pessoal, se tornou uma constante busca desesperada pelas tendências da temporada. O resultado são pessoas praticamente uniformizadas nas ruas (e nos blogs!). Isso para aqueles que possuem o mínimo interesse por informação de moda. Talvez aí se aplique a diferença de percepções em relação a consumir moda e vestir roupas. Percepção essa que o próprio mercado parece ainda estar buscando, tendo como termômetro os lucros da coleção. Portanto, já que a ordem é faturar, continuaremos a encontrar a maior parte das marcas voltadas ao público masculino pouco interessadas em apresentar propostas diferenciadas até mesmo em termos de modelagem, desenvolvendo então roupas monótonas e sem graça. A industria da moda para os homem, parece entender que ousadia é calça skinny rasgada e camiseta com estampa divertida e/ou frases engraçadas.

De certa forma, não é novidade que a moda masculina é de fato menos audaciosa. Principalmente em um lugar onde as pessoas, confundem o interesse por moda com orientação sexual (por mais que ainda exista certa relação, mas, que fique claro, não é uma condição). Tá certo que lucro também é fundamental para a sobrevivência no mercado. Mas podemos muito mais do que isso, não?

Fotos: Zé Takahashi/Ag. Fotosite

Pacha buzios - 5 anos de sucesso!

O DJ e produtor Richard Grey (foto), responsável pelo sucesso "French Touch" é o convidado da Pacha Búzios na comemoração dos 5 anos do famoso club. A casa conta com mais de 430 festas, cerca de 370 mil pessoas já passaram pela pista e 4800 horas de som ligado, nenhum minuto sem House Music. Quer motivo melhor para celebrar? | www.pachabuzios.com |

VEM AI DIVA! Acontece de 18 a 28 de abril o Diva, festival da Diversidade em Animação, no Centro Cultural Justiça Federal, Rio de Janeiro. O programa especial Barry Purves – Sob a pele reunirá os filmes de um dos animadores mais aclamados do mundo, o inglês Barry Purves, que recebeu 60 grandes prêmios internacionais, incluindo o Grand Prix, Melhor Diretor, Melhor Filme, e nomeações no Oscar e no BAFTA. | www.diversidadeemanimacao.com.br |

26

VIVA OS 6 ANOS DA OUTSIDE PARTY

Como bem já diz o release “quem diria que uma

festa que nasceu nos corredores de um shopping

na Barra da Tijuca, comemoraria 6 anos de

existência e ainda por cima na lona voadora mais

charmosa do Rio,o Circo Voador?”. Sim, a Outside Party celebra no próximo dia 20 de abril seus 6 anos com Dri Toscano (foto), Henrique

Pozas, a top Ana Paula e a residente Karinee.

| www.facebook.com/events/139892666188074 |

MASHUPS PARA SEMPRE

Eleita a melhor festa do Rio de Janeiro, a Bootie, recebe no dia 22 de abril o novo projeto de mashups do paulista Fábio Cardoso, o Positronic, mais Schlaepfer, Folkatrua, Richard L, André Pipipi e Luiz G-Vô no Fosfobox. Programa imperdível para quem curte dançar como se não houvesse amanhã.

| www.facebook.com/events/548706161841318 |

Hoje tem rock bebe! O Chá da Alice prepara edição pop rock dia 4 de maio no Circo Voador.

DJ e produtor Ralphi Rosario via facebook.

28