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BOLETIM DE INFORMAÇÃO PAROQUIAL ABRIL 2012 ANO XXIII - Nº 247 Preço avulso: 0,50 € PUBLICAÇÃO MENSAL http://www.paroquiadamaia.net [email protected] EDITORIAL ALELUIA! A Páscoa, Festa anual da Ressurreição de Jesus, foi preparada por todos os cristãos, ao longo do tempo da Quaresma, em obras e penitência, por outras palavras, em oração mais intensa, jejum e esmola. Ela não é uma comemoração que se faz de algo do passado, mas é uma Festa que se vive, pois na Ressurreição de Jesus está a nossa fé. A intensidade de vida de fé em tudo se exprime para, a partir da Celebração da Páscoa todos avancemos com mais coragem, alegria e esperança com Jesus , vivendo ao Seu modo, seguindo-O Muitos de nós ouvimos e dissemos : "Desejo-te boa Páscoa" e, ao outro dia: " Que tivesses tido uma boa Páscoa". Eu fui , corrigindo, dizendo "que a Páscoa não foi um dia, mas é em todos os dias, é sempre." A todos desejo que, a partir de agora, vivam mais intensamente como cristãos/crentes, em obras e palavras, pois o Senhor Jesus, mais uma vez nos deu a graça de viver intensamente a Sua Ressurreição, para que a vivamos, a partir de agora, com o nosso testemunho e anúncio. O " Ide dizer aos meus irmãos..." é o mesmo pedido que Jesus nos faz, pois Ele está connosco. . D'Ele recebemos tudo.Assim poderemos também dizer: "Nós vimos e ouvimos..." . Vivamos a Fé no Senhor Jesus Ressuscitado com fidelidade para que ele se converta em felicidade palpável. O entusiasmo da fé leva outros a querem fazer igual descoberta. PDJ

ABRIL 2012 BOLETIM DE INFORMAÇÃO PAROQUIAL ANO … · descobrir, mesmo no âmbito da família, a beleza e a importância do sacerdócio e da vida consagrada. Que os Pastores e todos

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BOLETIM DE INFORMAÇÃO PAROQUIAL ABRIL 2012ANO XXIII - Nº 247 Preço avulso: 0,50 €

PUBLICAÇÃO MENSAL

http://www.paroquiadamaia.net [email protected]

EDITORIALALELUIA! A Páscoa, Festa anual da Ressurreição de Jesus, foi preparada por todos os cristãos, ao longo do tempo da Quaresma, em obras e penitência, por outras palavras, em oração mais intensa, jejum e esmola. Ela não é uma comemoração que se faz de algo do passado, mas é uma Festa que se vive, pois na Ressurreição de Jesus está a nossa fé. A intensidade de vida de fé em tudo se exprime para, a partir da Celebração da Páscoa todos avancemos com mais coragem, alegria e esperança com Jesus , vivendo ao Seu modo, seguindo-OMuitos de nós ouvimos e dissemos : "Desejo-te boa Páscoa" e, ao outro dia: " Que tivesses tido uma boa Páscoa". Eu fui , corrigindo, dizendo "que a Páscoa não foi um dia, mas é em todos os dias, é sempre." A todos desejo que, a partir de agora, vivam mais intensamente como cristãos/crentes, em obras e palavras, pois o Senhor Jesus, mais uma vez nos deu a graça de viver intensamente a Sua Ressurreição, para que a vivamos, a partir de agora, com o nosso testemunho e anúncio. O " Ide dizer aos meus irmãos..." é o mesmo pedido que Jesus nos faz, pois Ele está connosco. . D'Ele recebemos tudo. Assim poderemos também dizer: "Nós vimos e ouvimos..." . Vivamos a Fé no Senhor Jesus Ressuscitado com fidelidade para que ele se converta em felicidade palpável.O entusiasmo da fé leva outros a querem fazer igual descoberta. PDJ

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CONSULTANDO A HISTÓRIA

S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 2

Depois de termos visto que o projeto para a ampliação da casa da fábrica da Igreja de S. Miguel de Barreiros (fl. 31 vs do “Livro de Actas da Junta de Paróquia da Freguesia de S. Miguel de Barreiros: 1896 – 1902”) foi aprovado em junho de 1900, sabemos agora a discriminação das despesas da obra (ata de 8 de julho de 1900, fl. 32 vs. do mesmo livro): “(…) obras de pedreiro a executar na ampliação da casa da fabrica da egreja, mãos d’obra, perpianho e outros materiaes conforme o progeto junto 249:883 reis; obra de carpinteiro, mãos d’obra e materiaes para a mesma

casa da fabrica 153:780 reis; obra de trolha a executar na mesma 98:370 reis, idem de pinturas na mesma 29:065 reis, e o total da despesa a empregar na referida obra na importancia de 531:098 reis, e saldo a transitar para o anno de 1901 na importancia de 120:754 reis, e sendo isto discutido e appreciado por toda a Junta, se resolveu que fossem passados editaes annunciando a arrematação da alludida obra para o dia 29 do corrente mez de Julho o que foram afixados editaes nos logares do estylo (…)” Maria Artur

S. MIGUEL DA MAIA Proprietário e Editor

Paróquia da MaiaDirector

e Chefe de Redacção

P. Domingos Jorge

Colaboradores Ana Maria Ramos

Ângelo SoaresAntónio MatosArlindo CunhaCarlos GomesConceição Dores de CastroHenrique CarvalhoHigino CostaIdalina MeirelesJosé Carlos Teixeira José Manuel Dias CardosoLuís Sá FardilhaManuel MachadoMª Artur C. Araújo BarrosMª Fernanda Ol. RamosMaria Lúcia Dores de CastroMª Luísa C.M. TeixeiraMaria Teresa AlmeidaMário OliveiraPaula Isabel Garcia SantosTeresa Oliveira Santos

CorrespondentesVários (eventuais)

Col. na Composição

João Aido José Tomé

Tiragem 1500 exemplares

NOTÍCIAS DA COMUNIDADE PAROQUIAL

BANCO ALIMENTARNo passado dia 17 de Março, o grupo de catequese do 1º ano participou no dia

para as crianças realizado pelo Banco Alimentar Contra a Fome. Este dia criado pela instituição foi o primeiro e surgiu da impossibilidade do armazém reunir condições para a presença das crianças nas grandes campanhas semestrais. A expectativa era grande e o sorriso estampado no rosto das crianças era contagiante. Assim que lá chegámos, o nosso grande grupo foi dividido em pequenas partes, cada uma com um monitor responsável pelas actividades. Cheios de energia, separámos o papel do plástico e do cartão, no seguimento da campanha realizada pela instituição «Papel por alimentos»; ensacámos óleo, bolachas e batatas; pesámos sacos de feijão e ainda colámos rótulos em latas que os tinham perdido. No fim, o cansaço já se fazia sentir, mas com o lanche partilhado recuperámos as tão escassas energias! O balanço da actividade foi bastante positivo quer na opinião dos pais que nos acompanharam quer na alegria presente nas crianças. Começámos, desta forma, a incutir o espírito de voluntariado no grupo catequético do 1º ano, o que se constatou proveitoso para a recolha de alimentos realizada pela catequese no âmbito do trabalho desenvolvido pelos Vicentinos. Aproveitamos ainda para vos convidar a todos a participar como voluntários na campanha do Banco Alimentar que se realizará nos dias 26 e 27 de Maio! A esperança de voltarmos a participar num dia como este ficou presente nos corações das nossas crianças e nos adultos, pela maravilhosa experiência que vivemos!

Joana Cardoso

Está à venda nas secretarias da Paróquia um CD que tem o título "Visita Virtual Panorâmica 360ª da Igreja de Nossa Senhora da Maia e Santuário de Nossa Senhora de Bom Despacho".

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S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 3

Mês de Março BAPTIZADOS

4 – Rodrigo Vicente Almeida Cunha10 – Diogo Póvoas Costa18 – Cíntia da Costa Silva31 – Maria Pinto dos Santos

CASAMENTOS10 – Sérgio António Silva de Almeida e Ana Maria de Carvalho Moreira Neves - Joel Tomás Abrantes de Oliveira Simões e Mónica Sofia de Jesus Chaves

ÓBITOS 3 – Clarinda Moutinho F. R. Lopes (63 anos) 9 – Lucília Ferreira Mendes Silva (75 anos) 14 – José Fernando da Silva (84 anos) 28 – José Álvaro M. Gramaxo Rebelo (85 anos)

MOVIMENTO DEMOGRÁFICO

Pró - VOCAÇÃO, por vocação

49ª Semana de Oração pelas Vocações“As vocações, dom do amor de Deus” Já há 49 anos que, numa feliz iniciativa de Paulo VI, se celebra o Dia Mundial de Oração pelas Vocações, que em Portugal se tem alargado a toda a semana que o precede. Na Mensagem em que propõe o tema para este ano – “As vocações, dom do amor de Deus” – o Papa Bento XVI explicita o essencial: “A fonte de todo o dom perfeito é Deus, e Deus é Amor – Deus caritas est –; «quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele» (1 Jo 4, 16).” E o Papa continua: “(…) a verdade profunda da nossa existência está con-tida neste mistério admirável: cada criatura, e particularmente cada pessoa humana, é fruto de um pensamento e de um acto de amor de Deus, amor imenso, fiel e eterno (cf. Jer 31, 3). É a descoberta deste facto que muda, verdadeira e profundamente, a nossa vida. (…) cada vocação específica nasce da iniciativa de Deus, é dom do amor

de Deus! É Ele que realiza o «primeiro passo», e não o faz por uma particular bondade que teria vislumbrado em nós, mas em virtude da presença do seu próprio amor «derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo» (Rm 5, 5).(…)Amados irmãos e irmãs, é a este amor que devemos abrir a nossa vida; cada dia, Jesus Cristo chama-nos à perfeição do amor do Pai (cf. Mt 5, 48). Na realidade, a medida alta da vida cristã consiste em amar «como» Deus; trata-se de um amor que, no dom total de si, se manifesta fiel e fecundo. (…)Neste terreno de um coração em oblação, na abertura ao amor de Deus e como fruto deste amor, nascem e crescem todas as vocações. E é bebendo nesta fonte durante a oração, através duma familiaridade assídua com a Palavra e os Sa-cramentos, nomeadamente a Eucaristia, que é possível viver o amor ao próximo, em cujo rosto se aprende a vislumbrar o de Cristo Senhor (cf. Mt 25, 31-46).”Depois de fundamentar o tema da sua mensagem, o Papa dirige-nos alguns convites concretos:“(…) todos vós que estais empenhados no campo da educação das novas gerações, exorto-vos, com viva solicitude, a uma escuta atenta de quantos, no âmbito das comunidades paroquiais, associações e movimentos, sentem manifestar-se os sinais duma vocação para o sacerdócio ou para uma especial consagração. É importante que se criem, na Igreja, as condições favoráveis para poderem desabrochar muitos «sins», respostas generosas ao amoroso chamamento de Deus. (…)Desejo que as Igrejas locais, nas suas várias componentes, se tornem «lugar» de vigilante discernimento e de verificação vocacional profunda, oferecendo aos jovens e às jovens um acompanhamento espiritual sábio e vigoroso.(…)Nas famílias, «comunidades de vida e de amor» (GS, 48), as novas gerações podem fazer uma experiência maravilhosa do amor de oblação. De facto, as famílias são não apenas o lugar privilegiado da formação humana e cristã, mas podem constituir também «o primeiro e o melhor seminário da vocação à vida consagrada pelo Reino de Deus» (FC, 53), fazendo descobrir, mesmo no âmbito da família, a beleza e a importância do sacerdócio e da vida consagrada. Que os Pastores e todos os fiéis leigos colaborem entre si para que, na Igreja, se multipliquem estas «casas e escolas de comunhão» a exemplo da Sagrada Família de Nazaré, reflexo harmonioso na terra da vida da Santíssima Trindade.”Para todos fica o convite a conhecerem e meditarem na íntegra esta mensagem que Bento XVI nos dirige.

Vocações e OraçãoNesta 49ª Semana de Oração pelas Vocações, que vai de 22 a 29 de Abril, fazemos três propostas:- Na 3ªf. 24, pelas 21h30, teremos na igreja de Nª Srª da Maia uma vigília de oração dirigida a todas as paróquias da viga-raria da Maia.- Na 4ªf.25, pelas 21h, em S.Martinho de Bougado, Trofa, será a vigília diocesana de oração, presidida pelo Sr. D. Manuel Clemente, nosso Bispo.- Todos os dias poderemos rezar a oração própria da Semana. Já agora, vale a pena pensar nisto!

Conferência VicentinaNo fim de semana de 25 e 26 de fevereiro, a Conferência Vicentina esteve presente em todas as Eucaristias para dar

a conhecer à comunidade um pouco do seu trabalho, e mostrar que está ativa e a renovar-se.O papel das conferências vicentinas é cada vez mais importante nos dias de hoje, à medida que vamos percebendo que o denominado Estado Social está em falência e já não consegue dar uma resposta satisfatória às muitas emergências que vão surgindo.

O resultado da nossa campanha foi muito positivo. Sentimos que a comunidade ficou sensibilizada para a nossa atividade e irá estar recetiva às propostas que iremos lançar. Temos recebido já vários contactos de pessoas com vontade de colaborar connosco. Vêm juntar-se a vários que ao longo do último ano já o fizeram. É muito motivador ver a conferência a crescer de mês para mês e, sobretudo, a rejuvenescer.

Este rejuvenescimento permite-nos agora abraçar novos desafios, que até há poucos meses eram impraticáveis.A tarefa mais importante que temos entre mãos é o levantamento dos casos de pobreza ou solidão na nossa freguesia.

É uma tarefa que nos ultrapassa em muito, que nunca irá estar completa mas que não pode deixar de ser feita. Renovamos o apelo para que estejam atentos e nos comuniquem qualquer caso de carência que detetem. Tivemos recentemente casos de pessoas com graves dificuldades económicas, já a experimentar privações, com quem convivíamos assiduamente sem nunca suspeitar.

Acredito que uma Conferência bem organizada pode dar resposta, não só a quem precisa, como também a quem quer ajudar. Através do BIP e do site da nossa paróquia, daremos regularmente notícias sobre o nosso trabalho.

Carlos Costa

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CENTRO SOCIALEsta página contém uma rubrica predominantemente social, solidária e de boas maneiras,

até pelo gesto de se chegar à esquerda para dar lugar à nossa poeta Ana Maria Ramos, e de não se alongar muito para não apertar as nossa vizinhas do rés-do-chão, Maria Fernanda e Maria Teresa.

Está atenta não só ao quotidiano do nosso Centro Social, mas também a todos os movi-mentos da nossa paróquia que, afinal, também são nossos porque todos somos parte integrante do grande colectivo que é, e deve ser, a comunidade paroquial.

Saudamos a conferência vicentina, a minha "menina dos olhos "que considero ser uma das melhores escolas de teologia, com polos universitários na casa d pobres, nas cadeias e nos hospitais.

Saudamos o agrupamento de escuteiros, uma das melhores escolas de formação de jovensSaudamos as equipas de catequese que, tal como os professores da primária que ensinam

as primeiras letras, também elas, como os pais, ensinam a balbuciar a primeira palavra, Deus. .Saudamos as dedicadas zeladoras das nossa duas Igrejas que, com o seu árduo trabalho e

o seu dinheiro garantem a beleza ornamental da casa de Deus.Saudamos a D.Albina no Santuário e a D. Piedade na Igreja de Nossa Senhora da Maia

que mantêm, impecavelmente bem tratados, os paramentos, os sanguíneos, os corporais, os manustérgios e tudo o mais necessário às celebrações eucarísticas.

Saudamos a equipa da pastoral familiar apostada em contrariar a tendência da sociedade moderna em desestabilizar a família nos seus alicerces de formação cristã.

Saudamos a equipa das oficinas de oração e o grão de mostarda que buscam nos gestos, nas leituras e na abertura do coração, a aproximação a Deus.

Saudamos os grupos bíblicos, sempre desejosos de aprofundar o conhecimento da palavra de Deus que nos foi comunicada por inspiração divina ou testemunhada.

Saudamos o grupo das vocações, particularmente numa sociedade de tendência laica.Saudamos os coros das nossas duas Igrejas que substituem os Anjos na animação das Eucaristias.Saudamos os cursilhistas dos Cursos de Cristandade que vão a buscar inspiração para

levar Cristo aos ambientesSaudamos as equipas do CPM que transmitem aos nubente as suas experiências da vivência

de um matrimónio feliz.Saudamos as equipas das janeiras e da visita pascal que de nascimento de Jesus, da Sua

morte e da Sua Ressurreição, respectivamente. Saudamos os ministros extraordinários da Comunhão e da Liturgia que ajudam o Pároco,

representante de Cristo na terra, em todas as celebrações litúrgicas nas duas Igrejas.Saudamos a equipa de acólitos que dão às celebrações um colorido celestial.Saudamos o grupo de jovens que tão bem afirmam a sua utilidade na alegria ecompromisso.Saudamos as equipas de Nossa Senhora que A honram com a sua vida..Saudamos o grupo dos correspondentes que mensalmente alimentam o nosso BIP.Saudamos as equipas do atapetamento das ruas aquando das grandes festas.Saudamos as comissões fabriqueira e de festas, e os conselhos pastorais.Saudamos também algum movimento que, eventualmente, nos tenha escapado.Finalmente saudamos o nosso pároco que tem a tarefa de orientar e disciplinar esta gente.

S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 4

UM DEUS QUE DANÇA

Dividimos o livro nestas duas partes: o Prefácio, (Magnífico!) de Luís Miguel Cintra e os Itine-rários para a Oração (Simplesmente Maravilhosos!) de José Tolentino Mendonça.

A primeira parte, quase nove páginas, é uma meditação sobre a Oração. Esta começa por ser apresentada como um estado de humildade e também de alegria. É um querer estar diante de Deus, da ideia de Infinito, que pode ser em privado ou no coletivo. É louvá-Lo. É encontro do homem com a sua responsabilidade individual. É o momento sem mentira. É reconhecer em todas as gerações a obra de Deus, …

É apontada a Missa como a integradora das várias formas de oração, começando pela humildade do Kyrie, mas cantando o Aleluia perante as palavras das Escrituras que não escrevemos mas que herdámos, e precedendo a consagração com a afirmação do reconhecimento de Deus no Sanctus.

Mas também a música, a poesia, o cinema, o teatro, a pintura, são estados de oração, já que são formas de criar beleza e, assim, maneiras de ver a Deus – diz-nos Luís Miguel Cintra.

Relativamente à segunda parte do livro, o seu autor começa por justificar o seu título: Um Deus que dança. Expressão retirada de escritos de Nietzsche mas que Tolentino utiliza como fórmula para “segredar” a crença num Deus que não permanece neutral em relação às nossas histórias. E para quem reza, diz-nos, não são as palavras o mais impor-tante, mas a celebração de um encontro.

E a Palavra de Tolentino Mendonça, de uma forma sublime, conduz-nos a esses Encontros Maravilhosos com o Senhor, marcando a pausa e o andamento dessa vivência! Maria Teresa e Maria Fernamda

Manuel Machado

PÁSCOA E ESPERANÇA

Depois das trevas, a luz

E das lágrimas, o sorriso.

Depois da noite, brilha o dia.

Depois da Paixão de Jesus,

Ressurreição, alegria!

Ressurreição é esperança:

Esperança na vida que brota,

Esperança na amizade,

No amor e na partilha,

Na solidariedade.

Nestes tempos conturbados,

Em que o caminho é incerto,

É preciso força, esperança

E prosseguir, sem desânimo,

Na vida, com confiança.

Aleluia! Aleluia!

O Senhor ressuscitou

E tanto sofreu na cruz…

É Páscoa, haja esperança!

Com fé, louvemos Jesus!

Ana Maria Ramos

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S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 5

EQUIPA PAROQUIAL DE PASTORAL FAMILIAR

E. P.P.FMaria Luísa e José Carlos TeixeiraJorge LopesLídia MendesDavid BarbosaMaria Elizabete eJorge RealP. Domingos Jorge

Contactos:917373873 - 229482390 966427043 - 229416209 916746491 - 965450809 229448287 - 917630347 229486634 - 969037943 962384918

Formar para a família e com a família vai ser um dos nossos trabalhos, como já aqui foi escrito. O Dia Diocesano da Família a ser celebrado no Palácio de Cristal (hoje chamado Pavilhão Rosa Mota) no dia 3 de Junho está a ser preparado pelo contacto aos Jubilados e depois a preparação so grupo para esse dia.Como sabem todos os que celebram, neste ano de 2012, 10, 25, 50 ou 60 anos de matrimónio, são convidados para essa celebração especial para eles. Não deixe de tomar nota até pelos avisos/convite que são feitos nas Eucaristias de Domingo.

www.paroquiadamaia.net - [email protected]

ROMA, sábado, 07 de abril de 2012(ZENIT.org)- Na Sexta-feira Santa, o Santo Padre presidiu a tradicional Via Sacra no Coliseu. Para a páscoa 2012, os textos que acompanham as meditações das estações foram escritos, a pedido da Santa Sé, por um casal, Annamaria e Danilo Zanzucchi, que fazem parte do movimento Famiglie Nuove de Grottaferrata. Uma escolha em sintonia com o ano pastoral dedicado à família.

O casal Zanzucchi, originário de Parma, Itália, cinco filhos, fundou o projeto Famiglie Nuove em 1967, fruto do desejo de Chiara Lubich, cujo objetivo é retomar o verdadeiro valor da família, estrutura fundamental da sociedade, hoje mais do que nunca ao centro das crises e ataques. Annamaria e Danilo são também consultores do Pontifício Conselho para a família.

O casal Zanzucchi falou à ZENIT na entrevista que se segue.Danilo e Annamaria, o que vocês sentiram quando

receberam esta missão, tão honorável, do Santo Padre?Casal Zanzucchi: Recebemos a comunicação de termos

sido escolhidos pelo papa Bento XVI para escrever os textos das meditações para a Sexta-Feira Santa, com surpresa, emoção e, sem querer esconder, com apreensão e temor.

Por outro lado, também, com grande alegria: o fato de que o Pontífice tenha chamado uma família para propagar o pensamento da Igreja nos textos da Via Sacra, parece evidenciar que a família, na própria Igreja, não é apenas objeto de evangelização, mas uma verdadeira “via” da Igreja para viver e difundir o Evangelho, conforme escrito por João Paulo II em sua carta às famílias em 1994.

O ponto central do texto de vocês é exatamente o tema da família. Como fizeram para inseri-lo nas reflexões da Via Sacra?

Danilo: Tentamos olhar a Via Sacra em correspondência com a vida familiar. Na nossa vida de casal, e também na experiência do Movimento Famiglie Nuove, onde conhecemos e, de certa maneira, participamos das dores de muitas famílias, vemos como cada sofrimento é um reflexo da Via Sacra da família.

É sempre um mistério, de facto, a dor da família, pois envolve a pessoa, mas também o casal e até mesmo os filhos. É uma dor comunitária que tem repercussão na sociedade.

Annamaria: A certeza que amadurecemos pouco a pouco é, que a Via Sacra se conecta muito à vida humana e à da família, particularmente nos momentos dolorosos desta.

Por exemplo, a estação do Cirineu: este abaixar-se à dor de um parente, fazer o impossível para aliviar... Ou mesmo o encontro de Jesus com a Mãe, a co-participação...São episódios que falam de momentos reais vividos pela família.

A Via Sacra é uma realidade viva. Penetrando nessa tradição

A FAMÍLIA E O FUTUROda Igreja, acolhemos como uma realidade que, não apenas nos fez experimentar a vida de Jesus, mas, Nele, na vida humana em seus diversos momentos e em todas as suas dores....

Quais são os maiores problemas para as famílias hoje?Casal Zanzucchi: Podemos destacar pelo menos dois:

Primeiramente, a presença de estímulos ideológicos que, querendo igualar toda forma de convivência, na verdade esvazia a família natural de seu profundo significado e de seus deveres específicos.

O segundo é a falta de atenção que, em tempos de dificuldades econômicas e sociais, as organizações políticas e legislativas destinam para as famílias. Neste sentido, a ênfase dada pelo Santo Padre para a família, através da atribuição que nos foi confiada, é um importante sinal do valor que lhe é dada pela Igreja.

Com tudo isso, podemos dizer que existe esperança de um futuro para as famílias e sobretudo para aquelas numerosas?

Casal Zanzucchi: Temos certeza de que a falta de reconhecimento e atenção em relação às famílias é uma fase transitória. Já estamos sofrendo os efeitos negativos da redução, a quase zero, dos nascimentos. A partir disso, acreditamos que em breve surja uma nova consciência do valor da procriação até mesmo pelo bem comum. Então, virá um novo apoio àquelas famílias que generosamente se dispõem a dar um futuro para a nossa sociedade.

Como é possível, nesta fase “de transição”, alimentar o desejo pela maternidade e paternidade nos casais mais jovens?

Casal Zanzucchi: Testemunhando e difundindo o reconhecimento da alegria que vem da maternidade e da paternidade. Como Famiglie Nuove vemos que muitos jovens casais primeiro se surpreendem e depois vão viver em primeira pessoa este dom. Por isso organizamos cursos de formação para jovens casais que desejam confrontar e ajudar também na experiência educativa dos filhos.

De que maneira a fé pode ajudar a fortalecer e a sustentar o matrimônio de tantos ataques e criticas?

Casal Zanzucchi: Da fé, também como família, obtemos o estímulo para nos unirmos e agirmos. Por isso, desde 1992, colaboramos com as ações do Fórum das associações familiares, presentes na Itália, Espanha e em outras nações européias. Mas sobretudo é importante as ações que buscamos desenvolver junto as instituições locais, para que a família seja reconhecida e ajudada no desenvolver de suas funções de “primeiro lugar social”. Ou seja, o lugar que fornece recursos humanos à sociedade e que, através do testemunho de gratuidade em que se fundamentam as relações familiares, seja também um modelo de vida para toda a sociedade.

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S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 6

COM CRISTO CONSEGUIREMOS TUDO

Atravessamos um tempo em que todos necessitamos, por um motivo ou por outro, de reforçar os “nossos alicerces interiores” e edificar ou renovar forças e con-vicções que nos aguentem de pé nesta “ crise “.

Temos, por isso, que saber aproveitar tudo o que de bom chega até nós, pelas mais diversas formas ou circunstâncias.

Neste Tempo de Páscoa, as palavras sábias do nosso querido Bispo, D. Manuel Clemente, embora dirigidas particularmente aos sacerdotes na sua homília da Missa Crismal de Quinta-feira Santa, poderão bastar-nos como força e alento que estamos a necessitar sem precisar-mos de outros recursos, se com ele sintonizarmos na dimensão da Fé e intensa convicção de que com Cristo conseguiremos tudo.

Tenho, pois, a obrigação de partilhar transcrevendo pelo menos algumas frases ou parágrafos, para aqueles que não tiveram oportunidade de ouvir ou ler a mara-vilhosa mensagem de Fé, que nos robustece e lança no caminho certo.

(…) Recebemos Cristo como resposta de Deus ao mundo; e, quanto mais O recebemos como força, substância e verdade de cada um dos nossos dias cris-tãos e sacerdotais, tanto mais O transmitiremos aos outros, quer como resposta a necessidades urgentes, quer como significado das circunstâncias todas, ainda as mais perplexas.

(…) Sabemos de facto que assim é e será, como sempre o foi, Onde fixarmos o coração e o olhar in-terior, daí mesmo iremos ao encontro dos outros. Da montanha de Deus trouxe Moisés tanta luz, que nem o lenço lhe ofuscava o rosto; do monte Tabor desceram os discípulos, mal calando quanto tinham visto e ouvido. Eternamente fixado no Pai, o rosto de Cristo irradiava Deus:” Quem me vê, vê o Pai, disse Ele a Filipe ( Jo 14,9).

Quem diz “ Pai “ refere também a origem, a fonte e a raiz; e a presente “ crise”, nascida de tanto despiste de olhares e desejos, só pode resolver-se voltando à origem, à fonte e à raiz – e bem “ radicalmente”

(…) Caríssimos irmãos: nas actuais circunstâncias – como sempre, aliás –, só não responderemos ao que não permitirmos que Cristo responda através de nós. Por isso mesmo, a prioridade das nossas vidas está na relação viva com Cristo vivo, que nos proporcionará sempre o que recebe do Pai, na força do Espírito. Só por nós, mesmo com a alegada “boa vontade”, conseguiríamos porventura alguma coisa que adiasse, mas nada que definitivamente

resolvesse. Com Cristo, conseguiremos tudo, do “tudo” de Deus, que a nós próprios surpreenderá também. Como esclareceu São Paulo: “Tal confiança, porém, nós a temos diante de Deus, por meio de Cristo. Não é que sejamos capazes de conceber alguma coisa como de nós mesmos: é de Deus que provém a nossa capacidade.

(…) Repetir esta certeza vale infinitamente mais do que demorar em velhas dúvidas ou hesitações es-cusadas. E nem queiramos saber imediatamente como se resolverão as coisas; demos oportunidade a Deus para as resolver em nós e através de nós, do modo que Ele próprio escolher. Não há outra atitude cristã, nem há outra qualificação pastoral.

(…) Prossigamos então. E consideremo-nos a partir de Deus e da omnipotência do seu amor, que tudo fará através de quem realmente acolha e generosamente veicule o Espírito recriador de todas as coisas em Cristo. - Prossigamos pois e confiemos sempre!

M. Luísa C. M. Teixeira

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S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 7

No número anterior fizemos dois convites. Como não tivemos res-postas, retomamo-los aqui, alargando um pouco e fazendo dois pedidos:

1º) Convidamos os leitores com acesso à Internet a conhecer al-guns sites vocacionais, onde podem encontrar testemunhos e outras reflexões:

http://www.vocacoes.net/http://www.pastoral-vocacional.org/http://www.etpourquoipasmoi.org/http://vocations.cef.fr/http://www.whynotpriest.org/2º) Convidamos os leitores a rever as edições anteriores do boletim

paroquial e a reler os testemunhos vocacionais lá publicados (também podem encontrar a maior parte no site da nossa paróquia).

Partindo destes dois convites, sugerimos que:1º) num texto breve, nos digam qual o testemunho que mais os interpelou e porquê;2º) nos digam quais os assuntos ligados com o tema “vocação” que gostariam de ver abordados neste

jornal.Podem usar o nosso e-mail [email protected] , entregar-nos diretamente ou numa das

igrejas, dirigido a esta equipa. Equipa Paroquial Vocacional

Viver na terra com os olhos postos no céuSe Jesus ressuscitou, então – e só então – aconteceu

algo de verdadeiramente novo, que muda a condição do ho-mem e do mundo. Então Ele, Jesus, é alguém de quem nos podemos absolutamente fiar, confiando não apenas na sua mensagem mas n’Ele mesmo, porque o Ressuscitado não pertence ao passado, mas está presente e vivo hoje. Cristo é esperança e conforto de modo particular para as comu-nidades cristãs que mais são provadas com discriminações e perseguições por causa da fé. E, através da sua Igreja, está presente como força de esperança em cada situação huma-na de sofrimento e de injustiça. É o que nos diz o Papa na sua mensagem Urbi et orbi de ontem.

Que a paixão e morte sejam condição necessária à vitó-ria da Ressurreição é coisa difícil de entender, só sendo pos-sível para quem “vive na terra com os olhos postos no céu” como nos diz o Conto de Páscoa de João César das Neves. Mas quando isto se entende, a vida ganha um significado novo, uma liberdade que atinge o seu verdadeiro significado quando se obedece ao melhor dos chefes.

No Público, com muito bom senso, uma psicóloga afir-ma que as crianças sem limites não são livres. Eu diria que não apenas as crianças. Qualquer um de nós que não conhe-ce limites ao seu livre arbítrio, é escravo de si mesmo.

...Não existe cruz sem páscoaBento XVI explica a Paixão do filho de DeusAntonio GaspariRoma, sexta-feira, 06 de abril de 2012(ZENIT.org) – A

via da Cruz parecia sem saída e, no entanto, “mudou a vida e a história do homem, abrindo a passagem para «os novos céus e a terra nova» (cf. Ap 21, 1).Com estas palavras o papa Bento XVI se dirigiu ao final da Via Sacra, aos presentes e aos que seguiram através da rádio e televisão.

***A Igreja -afirmou o Papa- celebra a morte do Filho de

Deus e, pois na sua Cruz, “vê a árvore da vida, fecunda duma nova esperança”.

Depois de recordar com compaixão que a experiência do sofrimento “marca a humanidade e, naturalmente, a fa-mília” o Bispo de Roma revelou que a Via Sacra é “um con-vite feito a todos nós, e de modo especial às famílias, para contemplarmos Cristo crucificado a fim de termos a força

de ultrapassar as dificuldades”.

Por que a “Cruz de Jesus é o sinal supremo do amor de Deus por cada homem, a res-posta superabun-dante à necessidade que toda a pessoa sente de ser amada”.

O Papa con-vidou a olhar para a Cruz sobretudo “quando os des-varios humanos e outras dificuldades põem em risco e ferem a unidade da nos-sa vida e da nossa família” na certeza de que “não estamos sozinhos; não está sozinha a família: Jesus está presente com o seu amor, sustenta-a com a sua graça e dá-lhe a força para prosseguir”.

Percorrer com esperança a estação de dor e da prova, é o misté-rio da paixão, morte e ressurreição de Cristo.

Os sofrimentos se “vividos com Cristo, com fé n’Ele, -explicou o Papa- trazem já dentro de si a luz da ressurreição, a vida nova do mun-do ressuscitado, a páscoa de todo o homem que crê na sua Palavra”.

Segundo o Bispo de Roma “naquele Homem crucificado que é o Filho de Deus, mesmo a própria morte ganha novo significado e orientação, é resgatada e vencida, torna-se pas-sagem para a nova vida: «Se o grão de trigo que cai na terra não morrer, continua só um grão de trigo; mas, se morrer, então produz muito fruto» (Jo 12, 24).

A parte final da reflexão do Papa foi dedicada à Maria “que acompanhou o seu Filho ao longo da via dolorosa, Ela que esteve aos pés da Cruz na hora da sua morte, Ela que encorajou a Igreja desde o seu nascimento a viver na pre-sença do Senhor” - e prosseguiu - invocando-a para que “conduza os nossos corações, os corações de todas as famí-lias, através do vasto mysterium passsionis rumo ao myste-rium paschale, rumo à luz que irrompe da Ressurreição de Cristo e manifesta a vitória definitiva do amor, da alegria e da vida, sobre o mal, o sofrimento e a morte”.

Amém.

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Noite em Caminho

A história de uma FamíliaEm primeiro lugar, é justo salientar que me inspirei num artigo da

edição passada deste Jornal para desenvolver este manuscrito. Não por ser, de todo, apologista de qualquer tipo de plágio, mas simplesmente porque a leitura do mesmo despertou em mim a memória da história de uma Família. De uma Família normal, mas incomum nalguns aspetos. De uma Família simples, mas com um percurso algo acidentado. De uma Família que, tal como todas as outras, experienciou (e ainda experiencia) vários obstáculos e provações ao longo da sua travessia.

Trata-se de um agregado familiar que, por circunstâncias diversas, se viu reduzido desde cedo a 2 pessoas. Desse agregado consta um Pai, já obrigado a construir e reconstruir a sua vida várias vezes, e em certos momentos por becos e alamedas algo incertos, e portanto arriscados. Mas sempre o fez de forma consciente e convicta de que, nesses momentos em que optou por os trilhar, se tratava da opção mais correta. Mesmo que na sua maioria parecessem os mais

No passado dia 31 de Março realizou- se a última das três atividades propostas pela Equipa Pastoral Juvenil da Maia para este ano. A “ Noite em Caminho” foi o culminar de todos os passos dados desde o primeiro encontro.

Esta longa caminhada durante a noite juntou de novo os diferentes grupos de jovens das freguesias da maia. Iniciou- se na Capela da Cidade Jardim as 21:30h, com uma Oração Taizé, em que os cânticos aliados a momentos de reflexão e de silêncio tiveram lugar de destaque enquanto instrumentos de oração e adoração a Deus.

De seguida, dirigimo-nos para a Igreja de Vermoim onde foi debatido o assunto da vocação cristã nas nossas vidas, esse chamamento ou convite que Deus faz para que abdiquemos do Eu para que nos possamos dar ao Outro. Os diferentes testemunhos que ouvimos ajudaram-nos a perceber que cada um de nós pode ter essa vocação e que para a pormos em prática não precisamos necessariamente de tomar decisões radicais, como ser padre ou freira. Não há um só caminho para chegarmos à vocação plena (ou se quisermos, para ela chegar até nós), e cada um tem de o descobrir por si. Um simples gesto solidário, fazer voluntariado, ou disponibilizar tempo para dar catequese podem ser forma igualmente válidas e enriquecedoras de cada um exercer a vocação cristã na sua vida.

O terceiro local que visitámos foi a Igreja de Gueifães. Pelo caminho, fomo-nos deparando com diversas questões e com possíveis respostas que devíamos escolher. Essas respostas levavam-nos por caminhos diferentes, pelo que o grupo se foi dividindo. Chegados finalmente à Igreja, tivemos oportunidade de explicar as opções que fizemos e debater o seu significado. Ouvimos ainda um outro testemunho de alguém que já esteve em missão em Moçambique e Angola. Mais uma vez, percebemos como a vocação se pode manifestar de diferentes formas em diferentes pessoas.

Também passamos pelo Externato da Imaculada Conceição, marcado por um longo momento de adoração.

Para finalizar esta caminhada houve uma celebração da Eucaristia na Igreja de Nossa Senhora da Maia às 7h onde todos nós, apesar do cansaço, nos sentíamos contentes por juntos termos caminhado durante toda a madrugada. A união e a boa disposição foram constantes ao longo da noite. Fomos embora com a finalidade de ao longo do restante ano e todos os que ainda virão, continuarmos a percorrer sempre este nosso caminho tendo Deus como o nosso suporte.

Sara e Sofia Carvalho Grupo de Jovens de Maia

complicados. Porque não raras são as vezes em que o caminho mais certo é, simultaneamente, o mais difícil de escolher e seguir. Uma vez li algures que “o verdadeiro amor significava pensar mais na felicidade da outra pessoa do que na própria, não importando o quão dolorosa seja essa escolha.”. E embora o contexto em que li este excerto fosse um pouco diferente do que aquele aqui patente, não deixa de ser algo que possa ser “aplicado” nas diversas tipologias de relações interpessoais. Contudo, isto só é possível a quem é capaz de ter essa sensibilidade. E bem sabemos que, infelizmente, no seio da nossa sociedade, nem todos a terão em dose suficiente para alinhar por este prisma.

Nesse agregado existe também um filho. Um filho que foi motivo de algumas dessas mudanças de paradigma. Um rapazinho que desde cedo foi “vítima” de alguns desses atos de coragem. E que foi crescendo por entre inúmeras e peculiares encruzilhadas deambulantes. Como principais pilares na construção desta fortaleza familiar, assentaram a educação, o respeito, o carinho, o amor, a dignidade humana, a compreensão e a confiança. E sobre estes valores se firmou a sua educação, conseguindo ambos, em conjunto, contornar e superar várias barreiras do seu caminho. Com maior ou menor dificuldade, mas sempre tendo como grandes aliados a Fé e a esperança, caraterísticas por vezes desprendidas do ser humano.

Trata-se de um Pai que procura usar a fluência assertiva e consistente do discurso na transmissão dos seus ideais, no lugar da repressão severa e incoerente. E apesar de existirem lacunas difíceis de colmatar apenas

por um progenitor, este rapazinho sabe e sente que seu Pai investiu todo o seu esforço e dedicação na sua missão. Da melhor forma que podia e sabia, e sem a perda dos equilíbrios naturais que devem reger a boa conduta das pessoas.

Para além da sua responsabilidade quase exclusiva na educação do filho e das lides de um lar, este Pai sempre procurou também modos de poder ajudar e colaborar em (outras) causas nobres. Em prol de uma sociedade melhor, e entregando-se de forma voluntária, nunca procurando qualquer tipo de reconhecimento ou distinção.

Assim sendo, e depois do mês de Dia do Pai, recordei-me do exemplo desta Família e pensei em fazer esta partilha. Infelizmente, esta “festividade” atualmente tem caído um pouco no esquecimento geral, fruto da “vida cada vez mais preenchida e ativa” e pela gradual materialização de certos acontecimentos e sentimentos. Todavia, o que apenas pretendo realçar, e para finalizar, é a coragem, a força e a Fé que este Pai empenhou em favor do seu filho. E o orgulho que o filho sente no seu Pai, e o quanto lhe ficou e ficará grato para toda a vida pela sua obra. Mesmo que, por timidez ou até orgulho, nem sempre encontre grandes formas de o expressar. Mas, acima de tudo, tem consciência que ele fez aquilo que talvez muito poucos seriam capazes, em situações semelhantes.

João Bessa

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A primeira coisa que devemos dizer sobre a vocação Comboniana é que ela é um carisma, dom de Deus, para a missão cristã no mundo de hoje.A identidade da vocação Combonia-na só pode ser percebida desde uma perspectiva teológica, de fé. Ela decor-re da “Missio Dei”, do plano salvífico de Deus Pai que envia o Seu Filho Je-sus; o qual envia o Espírito Santo, alma e protagonista da missão. Esta visão modela, por assim dizer, a identidade de cada missionário, do Comboniano em particular, que “cha-mado pelo Pai, enviado pela Igreja, confiado na ação do Espírito, consagra a sua existência a colaborar nesta ação e faz da evangelização a razão da sua vida” (RV 56).Esta definição existencial e inequívoca do carisma Comboniano, como caris-ma para a evangelização, foi-nos deixa-da em herança por Daniel Comboni: “que se distinguiu pela sua dedicação total à causa missionária, pela qual fa-lou, trabalhou, viveu e morreu”. Por isso, a RV conclui que “em con-formidade com o testemunho de vida do fundador, o Instituto dedica-se to-talmente ao serviço missionário, pelo qual são determinadas as suas ativida-des, o seu estilo de vida e a sua or-ganização, assim como a preparação dos seus candidatos e a renovação dos seus membros” (RV2).

QUE NASCE DE UM ENCONTRONa origem da vocação missionária Comboniana está um encontro. Antes

SER COMBONIANO: UM CARISMA PARA A MISSÃOde mais com Cristo. A RV dos Combonianos diz que na origem da nossa vocação está uma experiência de encontro com Cristo Senhor alimentada na amizade, nutrida diariamente na oração e na vivência dos conselhos evangélicos.Encontro que é um dom do Senhor Jesus, que por primeiro nos procura e nos oferece a sua amizade: a consagra-ção “é antes de tudo uma iniciava do amor gratuito com que o Senhor cha-ma a si aqueles que quer e os manda a levar o Seu nome às nações” (RV 20).Encontro decisivo, sempre surpreen-dente que despoleta dinamismos de empenho e compromisso recíproco (RV 21; 21.1): “o encontro pessoal com Cristo é o momento decisivo da voca-ção do missionário... chamado a seguir Cristo; isto é, a estar com Ele e a ser mandado por Ele ao mundo, partilhan-do o seu destino”.Depois, em segundo lugar, o carisma Comboniano nasce no encontro com os povos, os excluídos e quantos ainda esperam o Evangelho. Este encontro com os povos foi determinante para São Daniel Comboni e é determinante para cada geração de Combonianos.Podemos e devemos dizer que um Comboniano só o é depois deste en-contro. Daniel Comboni selou a sua vocação missionária neste primeiro encontro com os povos da África, du-rante a primeira e breve expedição missionária. Devido às febres, teve que regressar à Europa, mas “deixou lá o coração”. Nunca mais os esqueceu e

foi este primeiro encontro com os po-vos da África, a memória do que viu e experimentou, que lhe deram forças e inspiração para continuar a sua luta, permanecer fiel à sua vocação missio-nária, ter criatividade para lançar inicia-tivas e fundar os institutos.Na vida de Daniel Comboni e de tan-tos Combonianos encontramos a marca destes dois encontros, que po-deríamos chamar nupciais, tanto a um como a outro. A vocação Comboniana nasce e cresce nestes dois encontros, com Cristo e os povos, neste deixar-se apanhar por Cristo, neste envolver-se na vida dos povos. Comboni chamava a África por esposa. Muitos são os Com-bonianos que se desposam com povos e culturas, cujas vivas só se compreen-dem à luz deste envolvimento que con-some forças, energias, recursos e que requer a doação da própria vida.Para os Combonianos hoje, mais do que foi para Daniel Comboni e para as primeiras gerações, o desafio é manter estes dois encontros unidos, a alimen-tarem-se e iluminarem-se mutuamen-te, conferindo inspiração e fecundida-de das nossas vidas. Esta unidade era óbvia para Comboni. Já não o é tanto para nós hoje, que nos deixamos levar por dinamismos que desgarram este encontro e que separam o encontro com os povos do encontro com Cris-to, afirmando um à revelia do outro...em vez de viver um como expressão do outro. P.José Francisco

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QUE EU TE AME NA CARIDADENo passado Domingo, aproveitando o facto de o Coro

não cantar na Missa das 11 horas, participamos na Missa celebrada na Basílica do Sagrado Coração de Jesus, na Póvoa de Varzim, a cargo dos Jesuitas. Gosto de participar na Euca-ristia, sempre que possível, em Igrejas diferentes do habitual. Não para fazer comparações com o que se faz na nossa Paróquia, mas para viver ou conviver com outros ambientes e realidades litúrgicas diferentes: como se canta, como é o participação da assembleia, como estão arranjadas as Igre-jas... Na homilia da missa a que assistimos, o celebrante, P. João Batista Magalhães, Jesuita, meu antigo colega e amigo, fez uma homilia muito interessante e objectiva, pelo conte-údo e pela maneira simples, afável e calma de falar.

Na parte final da homilia, deixou este apelo muito boni-to e profundo: “Que eu te ame na caridade”.

Após a Missa fomos para a cidade de Viana do Castelo, ver e “apalpar” o ambiente citadino, em tempo de Quares-ma. Gosto de ver os arranjos alusivos à Quaresma, os orna-mentos nas ruas, as Igrejas enfeitadas... Nunca tinha esta-do em Viana do Castelo nesta altura das festas quaresmais. As ruas estavam profusamente engalanadas, muitas pessoas com vestes especiais, já preparadas para a procisão que se ia realizar nessa tarde. O ambiente citadino é, nesta altura, necessáriamente diferente do habitual.

Sempre que vou a Viana do Castelo, tenho a preocupa-ção de passar pelo Largo de S. Domingos, onde vivi durante três meses, no final do ano de 1970, aquando da preparação para seguirmos para a guerra na Guiné-Bissau. Nesse largo, existe a Igreja de S. Domingos. Uma Igreja imponente, com altares enormes decorados em talha dourada. Muito boni-ta, vale a pena visitá-la. Foi nessa Igreja que celebramos a Missa de despedida, na véspera de seguirmos no comboio

da noite, para Lisboa, diretamente para o navio Carvalho Araújo, que nos levaria até Bissau. Recordo muitas vezes es-ses dias passados em Viana do Castelo.Visitamos a Igreja de S. Domingos, com os magníficos altares em talha dourada.

Por feliz coincidência, quando visitávamos a Igreja, re-paramos num placard aí afixado com a seguinte mensagem: “Grande é quem ama!”

Achei intressante a coincidência entre a frase-chave da homilia da Missa celebrada na Basílica do Sagrado Coração de Jesus e esta frase afixada na Igreja de S. Domigos.

“Grande é quem ama”, e “Que eu te ame na caridade”. Dois tópicos magníficos que nos podem ajudar a refletir sobre a nossa relação com os outros. O amor tem que se manifestar, concretizar em obras, em atitudes, e não em palavras. Estas leva-as o vento, como diz o nosso povo. O que fica e é importante é o que se pratica. Quem ama de verdade, na caridade, não se fica pelas palavras mas traduz esse amor em acções concretas, de modo a preocupar-se com os outros ajudando-os a crescer, a serem melhores. Este programa exige muita doação e grande disponibilidade, porque isso implica renúncia a muitas coisas menos impor-tantes, (não faço tudo o que me apetece fazer), atenção (perceber, descobrir o que os outros ncecessitam de mim), abertura (estar sempre pronto para: ouvir, aceitar, corrigir, se necessário, ajudar nos momentos difíceis), “dar a mão” em siuações de desânimo, em momenos “escuros” da vida, comprensão por possíveis fraquezas ou “passos em falso”, ajuda , sempre que alguém se está a fundar, desorientado, ansioso, sem auto estima, sem capacidade de reação.

Grande é quem ama! Que eu te ame, na caridade! Mário Oliveira

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FEIRA DA PRIMAVERA25 de Março de 2012

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NÃO HÁ TEMPO O tempo passa depressa, depressa demais…

Assim sentimos quando não temos tempo para o que queremos, ou não o sabemos dosear, ou não o sabemos gastar, ou não o sabemos poupar, ou não sabemos aproveitar. É certo que vivemos uma época alucinada, entre crise internacional, com a Grécia a ditar o caos; a crise nacional, onde o desemprego aflige os jovens; a Moody’s que nos considera lixo; a troika que nos quer sugar até à medula e o nosso próprio país a não nos reconhecer o sacrífico e em grande crise de valores… Somos como as baratas tontas, sem saber para que lado nos havemos de vi-rar. Não há tempo…

E, por falar em tempo, chegou o tempo da prima-vera e com ela o bom tempo! O tempo de mudan-ças, exteriores e interiores, chega com a primavera. Após o rigor do inverno em que tudo é cinzento e frio, há necessidade de mudar e limpar as teias que esse mesmo inverno deixou. Há que arejar as casas, mudar tapetes, lavar cortinas, refrescar as paredes com tinta nova. É um ritual que se perde na memória do tempo. Vai-se a tristeza e “cinzentismo” do inver-no, chega a alegria e o arco-íris da primavera. Reno-vamos a casa por dentro e por fora, para que esteja limpa, confortável e agradável. Livre de pequenas coisas que se tornaram incómodas com o avançar do inverno e que nos levam a sentirmo-nos tristes.

Neste tempo que vivemos, nestes quarenta dias que antecedem a Páscoa, também nos renovámos por dentro e por fora. É o início da primavera e, com ela, chegam as roupas mais frescas e coloridas. Ajudam-nos a revigorar forças para o verão. Areja-mos assim o nosso exterior. São quarenta dias em que também nos renovámos por dentro. Temos de deitar fora rancores, tristezas, amarguras. Devemos ter gestos que nos levem a reconciliar com o nos-so irmão, com o nosso amigo, com o nosso vizinho. Devemos libertarmo-nos do que nos aprisiona o co-ração e a alma. Devemos encontrar outra forma de darmos vida aos outros, de irmos ao seu encontro,

de os amarmos, independentemente do seu estilo de vida, convicções e crenças. Devemos estar aten-tos ao que nos rodeia, acreditar nos outros, confiar cegamente. Devemos saber responder a Deus. Se-guir o exemplo de Jesus, de entrega total.

No tempo alucinado que vivemos, demos graças a Deus por este tempo de quaresma que nos ajuda a melhorarmo-nos por dentro. Para estarmos mais perto de todos e de Deus há que ter tempo!

Conceição Dores de Castro

FEIRA DA PRIMAVERA

Como todos sabem, no último domingo do mês de março, ocorreu mais uma feira do adro, no santu-ário. Esta feira tinha como objetivo angariar fundos para a obra da nossa paróquia, o Lar de Nazaré.

Muita gente participou nesta feira, alguns a vender e outros a comprar. Muitas barraquinhas a vender coi-sas variadas, desde artesanato, pão, bolos, flores, bebi-das, galinhas e coelhos vivos, etc. Os vendedores tudo doaram sem receber nada em troca. Comum a todos era a imensa vontade de ajudar a obra. O apoio do solar das tílias foi importante porque ajudou a anga-riar mais fundos e serviu de apoio às refeições.

Assim, mais um contributo pode ser acrescentado para que a obra possa ser acabada.

No adro, pairava um ar de entusiasmo. A música e as flores de papel animavam o espaço. Claro que, o melhor de tudo, era o calor humano, a vontade de ajudar e o convívio que existiu durante todo o dia.

Mais iniciativas como esta deveriam ser realizadas para que esta obra possa estar concluída para o usu-fruto de todos.

Maria Lúcia

F E I R A D A P R I M A V E R A

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Que Cruz!A CRUZ é um sinal MAISDe sentido positivoAté, multiplicadorPodem ser quatro destinosDe chegada ou de partidaDe alegria ou de dor.

É uma encruzilhadaEm que todos nos metemosApós chegar a este mundoVimos do pai e da mãeSeremos felizes ou nãoA partir do primeiro segundo.

É símbolo de emergênciaFraternidade e doaçãoPositivo e matemáticoSinal de MAIS ambiçãoSinal de MAIS ganânciaNeste “mundo democrático”.

Agora, transportando a cruzAndamos milhões de “cristos”Muito oprimidos e pobresAgradeçamos a “pilatos”Que daí lavou as mãosE nos entregou a “erodes”.

Estamos todos crucificadosPelos pregos do descalabroDe gente “sábia?” e incapazAçoitaram-nos. Crucificaram-nosMesmo aos que não pecamosE... Soltaram “Barrabás”.

A CRUZ é o epicentroDos quatro pontos cardiaisPara chegada ou partidaSeja para sul ou para nortePara nascente ou poenteNos vários sentidos da vida.

Se fizessem uma CRUZ na testaNão tinham maus pensamentosSe a fizessem sobre a bocaNão diriam más palavrasE se a fizessem sobre o peitoTeriam melhores sentimentos.

É que o Sinal da CRUZÉ sinal de acrescentar E, adicionar valorA CRUZ são braços abertosDe nos doarmos aos outrosEm aproximação ao amor.

Henrique António Carvalho

FIXAR SÓ O POSITIVO

Quantas vezes já fizemos o esforço de decorar determinadas frases ou pensamentos por considerarmos que são importantes e absolutamente adequados ao momento que estamos a viver, estranhamente perto do que sentimos ou claramente de acordo com o que pensamos?

Sublinhar frases ou compilar pensamentos podem ser ações muito interessantes. Ha-verá até idades ou fases na nossa vida em que estaremos mais predispostos a isso. Como haverá personalidades mais sensíveis e mais curiosas em descodificar os seus significados mais profundos.

Seja como for, estou convicta que qualquer um de nós decorou vários pensamentos e, possivelmente, alguns ou muitos poderão, de alguma forma, orientar comportamentos, estar na base de alguns outros pensamentos e servir até de apoio nas dificuldades. Alguns destes pensamentos ou frases foram e são verbalizados pelas pessoas que fazem parte das nossas vidas e, de modo geral, recorremos a eles para aconselhar, acalmar, encorajar, embelezar o discurso e sabe-se lá quantas outras coisas mais...

Normalmente, estes pensamentos são feitos de substâncias boas, positivas, saberes, verdades e apresentam características ligadas à intemporalidade.

Se não preencherem estes requisitos, não são os pensamentos ou frases sobre os quais escrevo, neste momento. Pois, só estes merecem ser lembrados, escritos ou sublinhados e eternizados.

Alguns deles são provérbios populares que retratam, com o máximo de simplicidade e sabedoria, a complexidade da vida, as suas dificuldades e as limitações do ser humano.

Um dos pensamentos com o qual me cruzei, um dia destes, ao ler a revista «Audácia» tem a indicação «Autor desconhecido». Não lhe retira valor nem dignidade. Aliás, é o facto de alguém querer dar a conhecer e refletir sobre o pensamento que lhe confere valor, eventualmente, independentemente do seu autor.

«Nunca cruzes os braços quando se trata de salvar o mundo, pois o maior homem do mundo morreu de braços abertos para te salvar.»

São tantas as ideias aqui contidas. Tantas as coisas que podemos aprofundar. Tanto para guardar e tanto para partilhar.

Que mundo ou mundos há para salvar? Quantos desses posso eu salvar? Como o posso fazer? Como sei o que devo fazer para salvar o mundo? O que representam aqui os braços? O meu esforço? Os meus dons? A minha inteligência? A minha capacidade de «ver» os outros? O que me faz cruzar os braços? Os meus medos? A minha preguiça? O meu egoísmo?

E como sou eu quando abro os braços? O que faço eu, quando descubro que a verti-calidade da cruz me aproxima de Deus e a sua horizontalidade me aproxima dos Homens? Como entendo eu a Morte e a Ressurreição de Jesus? Como sinto eu Deus na minha vida? Como experimento eu a entrega de Jesus?

Não consigo levantar todas as questões. Nem a tal posso aspirar. De verdade, nem tão pouco o pretendo. Cada um saberá que questões ou reflexões fará, de acordo com o valor que der ao pensamento.

Paula Isabel

V I A G E M A O S A Ç O R E SDe 1 a 7 de Agosto

Se estiver interessado pode procurar o programa nas Secretarias Paroquiais e inscrever-se, quanto antes para os inscritos terem a certeza da viagem.

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IGREJAS DE Nª Sª DO BOM DESPACHO E DE Nª Sª DA MAIA

E OBRAS PAROQUIAISMês de Março recebeu-se

PLANOMAIA

CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL LAR DE NAZARÉ

Março-2º Domingo – 561,20 ;3º Domingo – 598,50;4º Domingo – 495,00Vários -389,60

Transportar - 36.487,65

OFERTAS - MARÇO Transporte -----------------------------------------175.891,87 €

ESTÁTUA DO BEATO JOÃO PAULO II Transporte 5.613,00

2067–Alguém –--------------------------------------------------------------------------------------- 40,00

2068 – Elisa Azevedo – ----------------------------------------------------------------------------- 10,00

2069 – Alguém –------------------------------------------------------------------------------------- 100,00

2070 – C e O –-------------------------------------------------------------------------------------- 100,00

2071 – Alguém. (A.L.S.)----------------------------------------------------------------------------- 300,00

2072 – Maria Lúcia –-------------------------------------------------------------------------------- 10,00

2073 – Guido Ferreira da Silva –----------------------------------------------------------------- 20,00

2074 – Rodrigo de Sousa Maia –------------------------------------------------------------------ 20,00

2075 – António Costa Lopes – ------------------------------------------------------------------ 40,00

2076 – Albina Mota –------------------------------------------------------------------------------ 50,00

2077 – Aprígio Lopes Cristino –----------------------------------------------------------------- 100,00

2078 – I.V.M. –-------------------------------------------------------------------------------------- 1.000,00

2079 – Mário Silva Carneiro – ------------------------------------------------------------------ 300,00

2080 – Quinta dos Cónegos (Soc.Imobiliária) n- ------------------------------------------- 100,00

2081 – Adelaide –---------------------------------------------------------------------------------- 200,00

2082 – Ana Rosa e Manuel C. Ribeiro –------------------------------------------------------- 500,00

2083 – Ricardo Alexandre Silva Patrocínio –------------------------------------------------- 100,00

2084 – Maximina Maria Leitão Rocha –------------------------------------------------------- 100,00

2085 – Olívia MªJesus Ribeiro e José Luís Silva Ribeiro –--------------------------------- 100,00

2086 – Ana C. Costa e António Silva Costa –------------------------------------------------ 50,00

2087 – José Maria Monteiro Macedo – ------------------------------------------------------- 100,00

2088 – Manuel Gomes da Cunha Dias –------------------------------------------------------ 100,00

2089 – Mário Jorge Santos Paz –---------------------------------------------------------------- 50,00

2099 – Maria do Céu Vieira / Augusta Maria VR Correia Barros- ------------------------- 500,00

2100 – Maria Gabriela Cunha Fernandes –------------------------------------------------------ 50,00

2101 - Armindo Faria--------------------------------------------------------------------------------- 20,00

2102 – Albertina e filha –--------------------------------------------------------------------------- 20,00

2013 – Afonso Carneiro –--------------------------------------------------------------------------- 20,00

2014 – Pedro Fernando da Silva Dias – ---------------------------------------------------------- 20,00

2015 – Joaquim Costa Oliveira –------------------------------------------------------------------ 100,00

2016 – Guido Ferreira da Silva –------------------------------------------------------------------ 20,00

2017 – Isaura Almeida –----------------------------------------------------------------------------- 20,00

2018 – Alguém –-------------------------------------------------------------------------------------- 20,00

2019 – J M F M –------------------------------------------------------------------------------------- 500,00

2020 – Livraria S. Paulo (Paulistas) –-------------------------------------------------------------- 180, 00

2021 – Maria Augusta – --------------------------------------------------------------------------- 20,00

2022 – Calendários NªSª da Maia –--------------------------------------------------------------- 92,71

2023 – FEIRA DA PRIMAVERA –-------------------------------------------------------------- 3.552,70

2024 – Mª Emília Campos e Augusto Campos Oliveira –--------------------------------- 100,00

2015 – Por Mª Joaquina Barros ---------------------------------------------------------------- 15.00

2016 – Albina Gonçalves –----------------------------------------------------------------------- 20,00

2017 – Pedro Santos Pinto –--------------------------------------------------------------------- 50,00

2018 – Laurindo Rocha Couto – -------------------------------------------------------------- 50,00

2019 – Henrique Carvalho (Abstinência) –-------------------------------------------------- 40,00

2020 – Alguém –---------------------------------------------------------------------------------- 50,00

2021 – Guido Ferreira da Silva –------------------------------------------------------------- 10,00

2022 – 15ª Prestação duma Família do Novo Rumo –------------------------------------ 20,00

2023 – Eugénia e marido – -------------------------------------------------------------------- 20,00

2024 – Alguém –-------------------------------------------------------------------------------- 5,00

2025 – José Moreira da Silva –--------------------------------------------------------------- 1.000,00

2026 – José Manuel Santos –---------------------------------------------------------------- 100,00

2027 – Maria Palmira –--------------------------------------------------------------------------- 100,00

O LAR DE NAZARÉVai crescendo... crescendo.

Já há muitos dias que mantém o mesmo aspecto exterior -"envolto numa rede" à imagem das prendas que se recebem. Vêm bem embrulhadinhas e, quando são desembrulhadas causam um arregalar de olhos e um bater do coração mais apressadamente, pois a alegria não se descreve, sente-se.

O que se passa?Lá dentro há muita azáfama: os rasgos abertos nas

paredes estão a ser tapados pois os tubos de electricidade foram e estão a ser colocados, bem tudo o mais que diz respeito a condutas de água, ar condicionado, saneamentos , telefones, e outras instalações... Podes ser trabalho moroso, mas está a andar e muito.

Será que conseguimos com as nossas dádivas dadas e pedidas aos amigos conseguiremos, embora com alguma distância atrasados, ir pagando ao construtor?

Esta obra não pode ser vista só com o nosso olhar. Há quem tenha miopia e não seja capaz de enxergar, não conseguem porque o coração se empederniu e nada mais sabem dizer do que se afastar e afastar outros, inventando razões sem razão para a sua posição... Já dizia Jesus que tudo será conhecido.

Faz parte da minha missão o sofrimento e este é muito maior quando vem dos que se dizem "cristãos" como se o cristianismo e a fé fosse ou seja distintivo herdado e não conquistado...

Para quem sabe olhar, pois subiu à montanha, arregala os olhos e vê com esperança, já bem visível, todo o alcance desta obra.

Sinto que faz parte do meu ministério ser incentivador e condutor... Graças a Deus e a Nossa Senhora e ao Beato João Paulo II, que são muitos os que trabalham, sem eles não seria possível, e que tudo fazem com gosto, amor e dedicação e que até dizem. "só fiz o que devia ter feito... sou servo(a) inútil" como pede Jesus.

Deus seja louvado.

A Transportar-------------------------- 7.062,50

Quem desejar fazer a sua dádiva (ofer-ta) para o LAR DE NAZARÉ, por trans-ferência bancária, pode fazê-lo usando o

NIB: 0045 1441 40240799373 19 Bal-cão da Caixa do Crédito Agrícola (Maia) ou entregar nos Cartórios Paroquiais.

O Obra é nossa .

Seja um amigo desta obra

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S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 16

S. MIGUEL DA MAIABOLETIM DE INFORMAÇÃO PAROQUIAL

ANO XXIII Nº 247 2012 Publicação Mensal

PROPRIEDADE DA FÁBRICA DA IGREJA PAROQUIAL DA MAIADirector: Padre Domingos Jorge

Chefe de Redacção: Adelino de Lima MartinsTelef: 229448287 / 229414272 / 229418052Fax: 229442383 [email protected]

Registo na D.G.C.S. nº 116260Empr. Jorn./Editorial nº 216259http://www.paroquiadamaia.net

Impresso na Tipografia Lessa Largo Mogos, 157 - 4470 VERMOIM - MAIA

Telef. 229441603

Tiragem 1.500 exemplares

Luís Fardilha

Pela Cidade... MELHORAR O ENSINO,PREPARAR O FUTUROComo tem acontecido

com todos os governos das últimas décadas, também o actual preparou, aprovou e pretende aplicar a sua refor-ma educativa. Abrangendo diversos domínios, desde o desenho curricular até à organização administrativa, passando pelo processo de selecção dos docentes e por ajustamentos no modelo de gestão dos estabelecimentos escolares, a iniciativa do actual ministro da educação corres-ponde, em alguma medida, à

concretização de ideias pedagógicas defendidas por Nuno Crato desde há muito. Das várias medidas anunciadas, a de-cisão de introduzir exames nacionais no final de cada ciclo de estudos terá sido aquela que suscitou mais debate e oposição.

Para quem ainda se lembra do exame da 4ª classe que havia antes de 1974, obrigar os actuais alunos do 4º ano de escolaridade a fazer uma prova de avaliação externa de âmbito nacional traz recordações que, a julgar pelo que tem sido dito e escrito, estão longe de ser agradáveis. Parece, na verdade, tratar-se de reacções de rejeição mais baseadas em memó-rias emocionais do que em argumentos de carácter racional. Quem fala de «regresso ao passado» ou de uma tentativa de voltar a um ensino elitista e de certo modo classista não está a levar em conta as profundas transformações vividas pela sociedade portuguesa no decurso das últimas quatro décadas e, em particular, a realidade totalmente distinta que se vive nas nossas escolas e que já nada tem a ver com o que era o ensino português antes do 25 de Abril. Mesmo que fosse essa a intenção, seria impossível recriar hoje os exames do regime salazarista e atribuir-lhes a mesma importância e as mesmas consequências na progressão dos estudos.

Ao contrário do que se tem ouvido, as alterações no sistema de avaliação são tímidas e não terão praticamente nenhuns efeitos decisivos. A virtude maior da iniciativa gover-nativa será a de contribuir para vencer o tabu social contra os exames nacionais e vincar o princípio da introdução duma componente externa na avaliação das aprendizagens. Com uma ponderação que não deverá exceder os 30% no cálculo do resultado final, as classificações externas resultantes dos exames nacionais só em casos residuais terão influência na progressão ou retenção dos estudantes nos diferentes ciclos de estudos. Assim, o seu valor será mais o de fornecer às escolas e aos decisores um instrumento de aferição e con-trolo da qualidade das aprendizagens do que o de classificar e seleccionar os alunos. A partir dos elementos fornecidos por esta avaliação externa, as escolas poderão comparar os resultados dos seus alunos com os de outros estabelecimen-tos de ensino geograficamente próximos ou que se insiram em contextos que apresentem variáveis socioeconómicas semelhantes, de modo a traçarem estratégias pedagógicas e de gestão que lhes permitam melhorar os resultados e cumprirem, de modo mais perfeito, a sua missão educativa.

Se exceptuarmos a função reguladora que os exames nacionais poderão ter para o nosso sistema de ensino, o seu efeito prático será, nas circunstâncias anunciadas, extremamen-te mitigado. Corre-se, até, o risco de que sejam desvaloriza-

dos pelos alunos, como já acontece frequentemente com as provas de aferição, o que torna bastante reduzida a utilidade dos seus resultados para os fins lhes que justificaram criação. Os exames agora propostos terão, pelo menos, alguma impli-cação na classificação do aluno, o que contribuirá, à partida, para que sejam encarados com maior seriedade e empenho.

Seja como for, o ruído mediático e político suscitado por esta questão da reintrodução de exames nacionais nos ciclos iniciais do ensino básico só se justifica por razões de carácter emocional ou simbólico, ou, então, por motivos de natureza ideológica. Não é, seguramente, pela (escassa) importância que terão na definição do percurso escolar das crianças e jovens que despertam as reacções apaixonadas a que assistimos.

Se há algo que desilude nas reformas anunciadas é, aliás, a sua timidez e curto alcance. Trata-se, afinal, de “mais uma” reforma, correspondendo ao desejo que cada novo ministro da educação tem de marcar a sua presença no cargo com alguma iniciativa legislativa. É mais um remendo, que vem somar-se a tantos outros sucessivamente acrescentados nessa manta de retalhos que é hoje o nosso sistema de ensino. O seu alcance será curto. Durará até que um novo ministro assuma a pasta e faça, também ele, a “sua” pequena reforma.

O que valeria a pena era levar a cabo uma profunda reestruturação de todo o sistema e não introduzir estes ajus-tamentos pontuais motivados por interesses e necessidades imediatos. A verdadeira reforma de que precisamos terá de começar por uma delimitação clara do papel que a sociedade deseja atribuir hoje à escola, por uma definição clara dos objectivos confiados ao sistema educativo e pelo inventário preciso dos meios indispensáveis para sejam alcançados. A reforma que está por fazer terá de ser consensual e para durar, pelo menos, algumas décadas, independentemente das flutuações políticas conjunturais determinadas pela evolução da correlação de forças partidárias. Ela deverá permitir aos pais duma criança que entra hoje na pré-primária conhece-rem o essencial do percurso que ela irá fazer até completar a sua formação, daqui a uns 15 anos, algo que é totalmente impossível na situação actual. Esta estabilização do sistema de ensino é uma condição indispensável para que melhorem os resultados do nosso ensino, mas é sobretudo fundamental para credibilizar a oferta educativa no nosso país e preparar com solidez o nosso futuro colectivo.

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PÁSCOA 2012Fotos de:

José Carlos P.Domingos Jorge

José Tomé

S.MIGUEL DA MAIA - Suplemento - Pág. 1

SUPLEMENTOBIP ANO XXIIl - Nº 247

Abril 2012

Para que todos os leitores possam reviver a Páscoa de 2012, o S. Miguel da Maia publica um Suplemento.

Neste Suplemento aparecem Fotos dos grupos da Visita Pascal e testemunhos de alguns grupos.

O SENHOR PASSOU À SUA PORTA. E ENTROU?

4º GrupoChegado o domingo de Páscoa, calcorreámos, de novo,

as ruas da cidade, para levar o anúncio da Ressurreição de Jesus. Muitas portas se abriram outras não. Aquelas que quiseram receber Jesus, fizeram-no com alegria e fé; aque-les que, por qualquer razão, fecharam a porta à Sua passa-gem, quando regressarem, terão o postal nas suas caixas do correio com a mensagem pascal. De uma forma ou de outra, Cristo entrou nas casas! Foi um sinal que quisemos deixar…

Foi muito bom ter sentido a vivência da fé de todos os que quiseram acolher a Cruz e, juntamente com eles, ter vivido “mais” uma Páscoa. (Isilda)

Juiz da Cruz: Joaquim Oliveira.2º Grupo

É no coração de cada um de nós que Jesus encontra es-paço para a Resurreição e foi com este Jesus Ressuscitado que fui entrando nas casas que “escanqueiravam” as por-tas para O receber. Mais uma vez, integrei um grupo que alegremente atravessou algumas ruas da Maia ao encontro das familias que, mais ou menos reunidas, esperavam a Vi-sita Pascal. Recebiam a Jesus Ressuscitado com dignidade e alegria, fazendo com que a nossa felicidade fosse ainda maior por podermos presenciar e viver estes momentos. Sim, nós somos ainda mais felizes pois temos o previlégio de O levar à casa de cada um.

Agora, é tempo de interiorizar esta graça e de acolher na nossa vida, de forma simples, este Jesus Ressuscitado.

Aleluia! Aleluia! O Senhor Jesus Ressuscitou verdadei-ramente!

Juiz da Cruz : Joaquim Pena -Palmira Santos

11º Grupo Páscoa, tudo começa por esta palavra tão cheia de seg-

nificado para um cristão. Para mim esta quer dizer tudo pois é nela que está a base da nossa fé e acreditar em Cris-to Nosso Senhor. Assim se explica tão grandiosa celebra-ção a nivel mundial com milhões de pessoas unidas a cele-brar a ressurreição de Jesus. Não é por acaso que passado milhares de anos ainda existe pessoas com fé em Cristo, é assim que vejo a alegria e o respeito desde os adultos até ás crianças quando o meu grupo da visita pascal entra-va nas casas que abriram as portas a Cristo e connosco cumungaram da certeza que ELE está presente nas nossas vidas. Sinto que o meu grupo com a alegria contagiante de levar a palavra de Cristo a todas as familias passou a mensagem em que todos acreditamos Cristo ressuscitou mesmo. Que Jesus ressuscitado permaneça junto de cada um de nós, pois no nosso caminho é ELE quem no guia.

Juiz da Cruz - Eliano Barbosa 9º Grupo

Partilhar a nossa alegria!A nossa equipa, renovou-se e contou com dois novos

elementos, o Diogo e o Tiago, catequizandos do 6º ano. Continua na Pág. 2

ALELUIA!JESUS RESSUSCITOU

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Com estes meninos, e outros 10 companheiros, fomos anun-ciar uma novidade para todos, Jesus Ressuscitado. A Páscoa não é sempre igual há sempre algo mais a recordar. Os nos-sos amigos mais jovens puderam partilhar e compreender com a sua presença a nossa alegria. Dando-nos alegria! Por mais tempo que lhes déssemos para pensar não consegui-riam adiantar-nos muito sobre o que mais os terá marcado, mas a felicidade e satisfação com o que tinham participado na visita Pascal foi mais do que suficiente para ilustrar o quanto tinha valido a pena não ficarem em casa na manhã do Domingo maior do ano. Mesmo que não tenhamos muita gente em todos os prédios, quem abre a porta ao compasso fá-lo com a alegria de que o dia é muito importante. Fica a nossa partilha de alguém que por nossa troca ficou à espera e não descansou enquanto não nos encontrou e pediu que reparássemos o engano. Este empenho é gratificante para todos que participam na visita pascal. Estamos certos que para o ano mais amigos virão.

Altino Coelho, Juiz da Cruz Grupo 6

Jesus Ressuscitado percorreu as ruas da Maia. Acom-panhou-nos e entrou em todas as casas que O quiseram receber. Todos os elementos do grupo da Zona 6 partilha a alegria de O anunciar:

“Com Jesus, anunciamos a Boa Nova: Ressuscitou, está vivo!”

“Decorreu neste domingo na Maia, a tradicional visita pascal pelas ruas da cidade. Uma tradição que julgo impor-tante para todos nós cristãos.

Felizmente, ainda há pessoas que abrem a porta da sua casa para receber o compasso pascal, com a mensagem de Jesus ressuscitado.

Este ano notei, que mais portas se abriram para recebe-rem a mensagem de Jesus ressuscitado. É com alegria que registo esta grande motivação e aceitação das famílias cris-tãs, acolherem o Senhor em suas casas, para festejar a festa da Páscoa.

Durante o percurso, cantava-se, tocava-se o sino um sinal da chegada da boa noticia, Ele está Vivo, ressuscitou. Foram momentos que me marcaram muito, por ver que cada vez mais as pessoas querem ter presente Jesus nas suas vidas. Um Jesus que é Amor, que é Misericórdia, que é Salvador.

Hoje fiquei comovida numa casa, não pelo facto de en-contrar um idoso doente e acamado, mas, comovida pela alegria com que ele recebeu Jesus, comovida pelo sorriso, pelo olhar de esperança que ele deu quando beijou Jesus na cruz. São estes momentos que nos fazem acreditar como é bom levar esta mensagem, de amor: Jesus está Vivo no meio de nós.

Gostei muito de participar mais uma vez nesta visita pascal. A pertença ao grupo é importante, pois construímos laços de amizade, mas o mais importante e que quero salien-tar é de facto a mensagem de que somos portadores. ELE ESTÁ VIVO, ELE ESTÁ VIVO, RESSUSCITOU!!“

“A Páscoa é a festa da nossa salvação. Pela primeira vez, fomos na visita Pascal, foi um acontecimento maravilhoso! A melhor mensagem desta Páscoa é aquela que sai em silêncio

Continua na Pág.3

Continuação da Pág..1

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dos nossos corações e aquece com ternura os corações daqueles que nos abriram as suas portas para receberem Jesus, e os que o acompanharam. Porque foi por nós que Jesus morreu, e com todo o seu amor brota a vida para toda a Humanidade.”

“Um dia depois do Domingo de Páscoa, confesso que tenho algumas dificuldades em encontrar as palavras capa-zes de formular um pequeno texto que permitam expressar, verdadeiramente, o meu atual estado de espírito. Pelo se-gundo ano consecutivo, participei ativamente no anúncio da Ressurreição de Cristo, e a experiência não podia ser mais gratificante. A alegria nesta missão foi uma das notas domi-nantes (como não poderia deixar de ser, afinal de contas Jesus ressuscitou), e nem o acumular do cansaço no percor-rer das várias ruas e na ascensão das constantes escadarias abalou essa disposição. Para além deste aspeto, foi igualmen-te muito animador verificar que este ano terminamos mais tarde a visita pascal, fruto não do nosso menor rendimento, mas sim do maior número de habitações visitadas. O facto de termos encontrado uma maior abertura das pessoas, na receção desta Aliança que Jesus fez connosco, é algo que a nós só nos pode motivar (ainda) mais a continuar a tes-temunhar o Seu exemplo e a seguir o caminho que Nos indicou.

A nível pessoal, como referi no início, não é fácil encon-trar a melhor forma de expressão. Costuma-se dizer que “só quem passa por elas é que é capaz de dar o devido va-lor”. E de facto, só quem participa e acolhe o testemunho da maior prova de amor que Jesus nos ofereceu, é que poderá almejar sentir a grande força do Espírito Santo.

Jesus está vivo! Ressuscitou! Aleluia!”“Estava um dia de sol, os sinos da igreja tocam, é chega-

da a hora da partida para a caminhada com imensa alegria. Há flores pelo chão e as casas estão de portas abertas para receber o Senhor. Por cada casa que passei, vi imensa alegria no rosto das pessoas, mesmo naquelas que estavam doen-tes. Algumas solitárias, mas com uma palavra de carinho e conforto lá ficaram com um sorriso. Fiz todo o meu percur-so com o maior carinho e Amor a Deus.”

Jesus Ressuscitou, Aleluia, Aleluia!

Com o Grupo da Visita Pascal da Zona 6 Juiz da Cruz -, Jorge Castro

14a GrupoSenhor, quebrastes os laços da morte, E nos abristes as

portas da vida,Para toda a eternidade.Felizmente para nós, cristãos maiatos, somos fiéis ás tra-

dições herdadas dos nossos antepassados, que, sempre com fé, celebraram a Páscoa (Ressurreição do Senhor) visitando e anunciando esta passagem aos paroquianos; chegou assim até aos nossos dias, pois sempre lhe deram continuidade. È, pois, sinal de fé este acontecimento.

Jesus ressuscitou! Aleluia, aleluia!Esta fração noroeste da paróquia que percorremos re-

cebeu fidalgamente, com fé e alegria o anúncio que transmi-timos. Destacamos a esperança das crianças pela alegria que refletiram e, conjuntamente, foi manifesto o mesmo senti-mento pelos idosos, ávidos de receberem com confiança Cristo ressuscitado.

Neste espaço percorrido e’digno de menção, dois actos de fé que muito nos comoveram: um jovem casal disse: “ gostava de receber o compasso junto do meu oratório”, oratório este colocado num local bem distinto. Foi satisfeita esta sua vontade, com toda a devoção. O outro episódio digno igualmente de ser salientado refere-se a uma senhora, a viver recentemente o seu estado de viúva, que nos disse: “ Entrem, que o meu marido deve estar neste momento muito satisfeito, porque sempre recebeu o compasso com muita fé e emoção!”

São estes valores que nos animam e encorajam a dar continuidade a esta Santa missão que herdamos e que nos obriga a transmitir aos vindouros. Louvado seja o Senhor.

A cruz que nos acompanhou neste auto de fé não é uma cruz de mentira, de violência, de crueldade, de corrupção ou de falsidade. E, isso sim, uma cruz de Glória, de amor, de paz, de caridade, de absolvição, de compreensão e de verdade, que remiu o mundo do pecado e nos anunciou a Boa Nova.

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Continua na Pág.4

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Assim, recebemos da cruz o “fiat”, qual farol donde emana a luz que ilumina os corações e as almas de boa vontade.

Saúdo aqui todos os compassantes, como arautos que acompanharam esta cruz com alegria, cânticos e fé! Viveram este dia com esperança que deve estar sempre presente na família, no convívio quotidiano, no trabalho e no serviço paroquial que precisa neste momento de todos na ajuda da grande obra que está em construção; refiro-me ao lar da Nazaré, que já está a ser o orgulho de todos.

Que o senhor nos dê o seu BENE PLÁCIDOAleluia ! Aleluia ! Aleluia!Assim auguro e desejo

Juiz da Cruz – Quintino Oliveira

13º GrupoA Visita Pascal é um ritual onde Jesus Cristo nos diz que

está sempre no meio de nós.As pessoas abrem as suas portas com entusiasmo e ale-

gria com familiares e amigos e com muita boa disposição e atenção à catequese que Cristo Ressuscitado nos ensina com orações aconselhadas pelo Senhor Padre Domingos e transmitidas pelo nosso leitor e todo o grupo pascal e onde as crianças, muito crianças, sem falar, dão sinais de interiori-zar estas lindas imagens.

Também se nota aumento de hábitos familiares com as Bíblias expostas e abertas.

Em uma das casas que entramos dizem-nos que ao lado estava uma jovem muito, muito jovem, muito doente grave. O nosso leitor habituado a estas tristes situações e a pedi-do da boa vizinhança, fez pedido e orações com o grupo e todos os presentes a Cristo Ressuscitado, para que segundo Sua vontade vá ao encontro desta jovem, dando-lhe saúde e o que mais necessite.

Também um agradecimento às pessoas que assinalaram as sua entradas com lindos floridos, como também a genti-leza generalizada em abrir as suas entradas para a colocação dos horários. ‘

Juntou-se a nós um jovem que muito bem se integrou no grupo e afirmou que quer continuar a participar.

João Teixeira

Grupo 8O nosso grupo da Visita Pascal, percorreu, com a habitu-

al boa disposição e alegria, as ruas do Novo Rumo.É sempre com alguma pena que constatamos que, numa

zona com mais de 320 habitações, são pouco mais de 30 as que nos abrem as portas. Ainda assim, o entusiasmo dos que nos recebem contrasta largamente com esta realidade e é muito encorajador.

O anúncio da Ressurreição de Cristo é catalisador de muitas emoções, por vezes de alegria, outras de tristeza, dor ou saudade. As circunstâncias da vida de cada um as-sim o ditam. No entanto, em todos se renova a esperança com a visita do Compasso. A Ressurreição de Jesus vem-nos lembrar que somos chamados a algo muito maior do que tudo aquilo que experimentamos ao longo da nossa vida, e é agarrados a esta certeza que devemos viver permanente-mente, tanto nos bons, como nos maus momentos.

Juiz da Cruz - Carlos Costa

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