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CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Câmara de Pesquisa e Desenvolvimento Profissional Home Page : www.crc.org.br E-mail : [email protected] PORTUGUÊS - EXERCÍCIOS Expositor: RONALDO DE OLIVEIRA Rio de Janeiro Atualização: 05/07/2012

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CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Câmara de Pesquisa e Desenvolvimento Profissional

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PORTUGUÊS - EXERCÍCIOS

Expositor: RONALDO DE OLIVEIRA

Rio de Janeiro Atualização: 05/07/2012

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Exercício de revisão ortográfica e gramatical

Levantei-me com mal jeito no pescoço.

Levantei-me com mau jeito no pescoço.

Fazem 12 anos que não viajo ao exterior.

Faz 12 anos que não viajo ao exterior.

Havia muitas pessoas na festa. Haviam muitas pessoas na festa

Existem esperanças nos olhos das pessoas.

Existe esperanças nos olhos das pessoas.

Este livro é para eu ler. Este livro é para mim ler.

Tudo acabou entre eu e você. Tudo acabou entre mim e você.

A viúva do falecido passeava pelo cemitério.

A viúva passeava pelo cemitério.

O garçom serviu frango à passarinho.

O garçom serviu frango a passarinho.

Porque você não foi à escola? Por que você não foi à escola?

Os brasileiros assistem as novelas. Os brasileiros assistem às novelas.

Prefiro leite a café. Prefiro mais café do que leite.

O prefeito prometeu novas denúncias.

O prefeito prometeu, novas denúncias.

Bem-vindos a Guararapes! Bem vindos a Guararapes!

A professora esqueceu o óculos na sala.

A professora esqueceu os óculos na sala.

Comprei-o para você. Comprei ele para você.

Amo-lhe muito. Amo-a muito.

Vendem-se tijolos. Vende-se tijolos.

Precisam-se de empregadas domésticas.

Precisa-se de empregadas domésticas.

As crianças foram ao cinema. As crianças foram no cinema.

O seu atraso implicará em punição.

O seu atraso implicará punição.

Os vestibulandos vivem à custa do pai.

Os vestibulandos vivem às custas do pai.

Espécie em vias de extinção. Espécie em via de extinção.

A seção da Câmara Municipal terminou tarde.

A sessão da Câmara Municipal terminou tarde.

O alface estava gostoso. A alface estava gostosa.

Preços a partir de R$1,99. Preços apartir de R$1,99.

As aulas iniciam amanhã. As aulas iniciam-se amanhã.

O técnico não viu qualquer risco no jogo.

O técnico não viu nenhum risco no jogo.

Soube que os homens se feriram no trabalho.

Soube que os homens feriram-se no trabalho.

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A menina engasgou com espinho de peixe.

A menina engasgou com espinha de peixe.

O diretor da escola interviu na discussão.

O diretor da escola interveio na discussão.

A professora era meia louca. A professora era meio louca.

Fica você comigo. Fique você comigo.

O assunto não tem nada haver com você.

O assunto não tem nada a ver com você.

O livro custou dez reais. O livro custou dez real.

Vou emprestar o livro dele . Vou pegar o livro emprestado dele.

O garoto foi tachado de ladrão. O garoto foi taxado de ladrão.

Ele foi um dos que chegou antes. Ele foi um dos que chegaram antes.

Cerca de 175 pessoas compareceram ao show.

Cerca de 200 pessoas compareceram ao show.

Ministro nega que seja negligente. Ministro nega que é negligente.

Tinha chego atrasado. Tinha chegado atrasado.

Quero calças cinzas. Quero calças cinza.

Os trabalhadores receberam vale-refeição.

Os trabalhadores receberam vale refeição.

Todos queriam namorar a Marisa. Todos queriam namorar com Marisa.

O jogador foi contratado junto ao Guarani.

O jogador foi contratado do Guarani.

As pessoas esperavam-o com ansiedade.

As pessoas esperavam-no com ansiedade.

Vocês far-lhe-iam um favor. Vocês fariam-lhe um favor.

Chegou há duas horas e partirá daqui a 10 minutos.

Chegou a duas horas e partirá daqui há 10 minutos.

A garota trajava blusa em seda. A garota trajava blusa de seda.

A artista deu a luz a quíntuplos. A artista deu à luz quíntuplos.

Estávamos em seis à mesa. Estávamos seis à mesa.

Sentou-se na mesa para comer. Sentou-se à mesa para comer.

Ficou contente por causa que ninguém se feriu.

Ficou contente porque ninguém se feriu.

O time empatou em 2 a 2. O time empatou por 2 a 2.

À medida que a epidemia se espalhava...

À medida em que a epidemia se espalhava...

Não queria que receiassem sua companhia.

Não queria que receassem sua companhia.

Eles tem razão. Eles têm razão.

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A moça estava ali há muito tempo.

A moça estava ali havia muito tempo.

Acordos politicos-partidários... Acordos político-partidários...

Gostei de passear por Birigui. Gostei de passear por Birigüi.

Andou por todo o país. Andou por todo país.

Todos amigos o elogiavam. Todos os amigos o elogiavam.

A situação favoreceu o time da casa.

A situação favoreceu ao time da casa.

Ela mesmo arrumou a sala. Ela mesma arrumou a sala.

Chamei-o e ele não atendeu. Chamei-o e o mesmo não atendeu.

Este século não termina nunca! Esse século não termina nunca!

A temperatura chegou a zero graus.

A temperatura chegou a zero grau.

A promoção veio de encontro aos seus desejos.

A promoção veio ao encontro de seus desejos.

Comeu frango ao invés de peixe. Comeu frango em vez de peixe.

Se eu vir você por aí... Se eu ver você por aí...

O Brasil intermedeia a negociação.

O Brasil intermedia a negociação.

Evite que a bomba expluda. Evite que a bomba estoure.

Ninguém se adequa ao novo sistema.

Ninguém se adapta ao novo sistema.

Governo reouve confiança. Governo reavê confiança.

Marieta quis viajar ontem. Maria quiz viajar ontem.

O homem possue muitos bens. O homem possui muitos bens.

A tese onde você diz que o Brasil progrediu...

A casa onde você morou...

A decisão já foi comunicada aos empregados.

Os empregados já foram comunicado da decisão.

Venha por a roupa. Venha pôr a roupa.

Inflingiu séria punição ao réu. Infligiu séria punição ao réu.

A modelo pousou o dia todo. A modelo posou o dia todo.

Espero que viajem hoje. Espero que viagem hoje.

O pai nem sequer foi avisado. O pai sequer foi avisado.

Comprou um televisor a cores. Comprou um televisor em cores.

Causou-me estranheza as palavras. Causaram-me estranheza as palavras.

A realidade das pessoas pode mudar.

A realidade das pessoas podem mudar.

O fato passou despercebido. O fato passou desapercebido.

Haja vista seu empenho. Haja visto seu empenho.

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A moça que ele gosta. A moça de que ele gosta.

É hora da onça beber água. É hora de a onça beber água.

Vou com você. Vou consigo.

Já é oito horas. Já são oito horas.

A festa começa às 8 h. A festa começa às 8 hrs.

Dado os índices das pesquisas... Dados os índices das pesquisas...

Ficou sobre a mira do assaltante. Ficou sob a mira do assaltante.

A meu ver, o Corinthians será campeão.

Ao meu ver, o Corinthians será campeão.

Que seja feliz Que seje feliz.

De forma que você viajará. De formas que você viajará.

Fiquei fora de mim. Fiquei fora de si.

Falo alto porque ele houve mal. Falo alto porque ele ouve mal.

A gente foi embora. A gente fomos embora.

Eu ia ao cinema, mais choveu! Eu ia ao cinema, mas choveu!

O pessoal chegaram da viagem. O pessoal chegou da viagem.

Fale sem exitar. Fale sem hesitar.

O ladrão é menor. O ladrão é de menor.

LEITURA

As operações do ato de ler Ao ler realizamos as seguintes operações: 1) Captamos o estímulo, ou seja, por meio da visão, encaminhamos o material a ser lido para nosso cérebro. 2) Passamos, então, a perceber e a interpretar o dado sensorial (palavras, números, etc.) e a organizá-lo segundo nossa bagagem de conhecimentos anteriores. Para essa etapa, precisamos de motivação, de forma a tornar o processo mais otimizado possível. 3) Assimilamos o conteúdo lido integrando-o ao nosso arquivo mental” e aplicando o conhecimento ao nosso cotidiano.

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Três questões básicas Uma boa medida para avaliar se o texto foi bem compreendido é a resposta a três questões básicas: I - Qual é a questão de que o texto está tratando? Ao tentar responder a essa pergunta, o leitor será obrigado a distinguir as questões secundárias da principal, isto e, aquela em torno da qual gira o texto inteiro. Quando o leitor não sabe dizer do que o texto está tratando, ou sabe apenas de maneira genérica e confusa, é sinal de que ele precisa ser lido com mais atenção ou de que o leitor não tem repertório suficiente para compreender o que está diante de seus olhos. II - Qual é a opinião do autor sobre a questão posta em discussão? Disseminados pelo texto, aparecem vários indicadores da opinião de quem escreve. Por isso, uma leitura competente não terá dificuldade em identificá-la. Não saber dar resposta a essa questão é um sintoma de leitura desatenta e dispersiva. III - Quais são os argumentos utilizados pelo autor para fundamentar a opinião dada? Deve-se entender por argumento todo tipo de recurso usado pelo autor para convencer o leitor de que ele está falando a verdade. Saber reconhecer os argumentos do autor é também um sintoma de leitura bem feita, um sinal claro de que o leitor acompanhou o desenvolvimento das idéias. Na verdade, entender um texto significa acompanhar com atenção o seu percurso argumentativo.

Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa interpretação de texto. Para isso, devemos observar o seguinte:

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01. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto; 02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá até o fim, ininterruptamente; 03. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo menos umas três vezes ou mais; 04. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas; 05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; 06. Não permitir que prevaleçam suas idéias sobre as do autor; 07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compreensão; 08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto correspondente; 09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão; 10. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de ...), não, correta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras que aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender o que se perguntou e o que se pediu; 11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais exata ou a mais completa; 12. Quando o autor apenas sugerir idéia, procurar um fundamento de lógica objetiva; 13. Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais; 14. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto; 15. Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a resposta; 16. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor, definindo o tema e a mensagem; 17. O autor defende idéias e você deve percebê-las; 18. Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são importantíssimos na interpretação do texto. Ex.: Ele morreu de fome. de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na realização do fato (= morte de "ele"). Ex.: Ele morreu faminto. faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que "ele" se encontrava quando morreu.; 19. As orações coordenadas não têm oração principal, apenas as idéias estão coordenadas entre si; 20. Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele maior clareza de expressão, aumentando-lhe ou determinando-lhe o significado. ACENTUAÇÃO GRÁFICA

REGRA 1

Em português, toda palavra possui uma sílaba tônica, à exceção de alguns monossílabos. Quando a palavra termina em A, E, O (acrescida ou não de S), EM, ENS, a tonicidade recai naturalmente sobre a penúltima sílaba da palavra. Todas as demais terminações tendem a fixar a tonicidade na última sílaba. Dessa forma, a acentuação gráfica só será necessária quando for preciso desviar a tonicidade natural da palavra. Veja: Acentuam-se todas as palavras oxítonas terminadas em A(s), E(s), O(s), EM, ENS.

TERMINAÇÕES DESVIO DA TONICIDADE

A está

E brevê

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O camelô

EM contém ENS parabéns

Acentuam-se todas as palavras paroxítonas terminadas em R I N L U UM X Ã ÃO PS.

TERMINAÇÕES DESVIO DA TONICIDADE

R caráter

I júri

N hífen

L fácil U bônus UM Álbum X Clímax à Órfã ÃO Órgão PS tríceps

Acentuam-se todas as palavras proparoxítonas.

Abóbora – cântaro

REGRA 2

FORMAS VERBAIS Acentuam-se ainda: • (ELES) VÊM ( porém: ELE VEM) • (ELES) TÊM ( porém: ELE TEM) • (ELE) MANTÉM (ELES) MANTÊM ( e outros derivados de ter e vir : deter, conter,

intervir, advir etc.) Exemplos: Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros. Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba. Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra. Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes. Ele detém o poder. / Eles detêm o poder. Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas. • Segundo a Nova Ortografia da Língua Portuguesa, perdem o acento os hiatos com a

letra o dobrada e as formas de plural dos verbos ler, dar, ver, crer. Vejamos:

O acento circunflexo deixará de ser utilizado nos seguintes casos:

a) Em palavras com terminação ôo. Veja:

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enjôo -> enjoo vôo -> voo magôo -> magoo

Mais exemplos:abençoo (abençoar) , coo (coar), coroo (coroar), doo (doar), moo (moer), perdoo (perdoar), povoo (povoar), voos (plural de voo), zoo (zoar).

b) Nas terminações êem, que ocorrem nas formas conjugadas da terceira pessoa do plural dos verbos ler, dar, ver, crer e seus derivados. Veja o exemplo abaixo:

Eles lêem. -> Eles leem.

Mais exemplos: creem, deem, veem, descreem, releem, reveem.

REGRA 3

O HIATO

Acentuam-se as vogais I e U, quando formam sílabas sozinhas (ou acompanhadas de S) no interior das palavras e são tônicas. Assim:, acentua- se: dis - tri - bu – í pronunciado separadamente, tônico, sozinho na sílaba. Mas não se acentuam:

dis - tri – bui não é pronunciado separadamente dis - tri - bu – ir pronunciado separadamente, mas não está sozinho na sílaba ba - i – nha atende a todas as exigências mas vem antes de sílaba iniciada

por NH. Essa é uma exceção. Xi – i - ta A vogal anterior não pode ser igual.

EXCEÇÃO, SEGUNDO A NOVA ORTOGRAFIA:

Nas palavras paroxítonas com i e u tônicos formando hiato (sequência de duas vogais que pertencem a sílabas diferentes), quando vierem após um ditongo. Veja:

baiúca -> baiuca

bocaiúva -> bocaiuva

feiúra -> feiura

Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final, o acento permanece.

Exemplos: tuiuiú, Piauí., maiúscula

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REGRA 4

Acentuam-se ainda:

• os monossílabos terminados em A, AS, E, ES, O , OS, como PÁ, PÉ, PÓ. Observações :

Incluem-se nesta regra as formas verbais seguidas de pronomes oblíquos : O , A , OS , AS , pospostos ao verbo. a)- As formas verbais terminadas em -R , -S , -Z , perdem essas letras e o oblíquo precede-se de L: Ex.:- Vender as maçãs. Refiz o trabalho. Propus novos negócios. Vendê-las. Refi-lo. Propu-los. b)- Os verbos terminados em ( i ) não são acentuados , a não ser que formem hiato . Ex.:- Seguir meu destino . Constituir as leis . Segui-lo. Constituí-las. • os ditongos abertos ÉI, ÓI, ÉU. Exemplo: herói, papéis, chapéu

EXCEÇÃO, SEGUNDO A NOVA ORTOGRAFIA:

Nos ditongos (encontros de duas vogais proferidas em uma só sílaba) abertos ei e oi das palavras paroxítonas (aquelas cuja sílaba pronunciada com mais intensidade é a penúltima).

Exemplos:

idéia -> ideia geléia -> geleia bóia -> boia jibóia -> jiboia

Mais exemplos: alcateia, assembleia, asteroide, celuloide, colmeia, Coreia, epopeia, estreia, heroico, joia, odisseia, paranoia, plateia, etc.

Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam sendo acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus, chapéu, chapéus, anéis, dói, céu, ilhéu.

• duas palavras que precisam ser diferenciadas. São elas:

PÔDE (pretérito) de PODE (presente) PÔR (verbo) de POR (preposição)

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• É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/ fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo? ***Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir. ***Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo. Veja: a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas. Exemplos: • verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem. • verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam. b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas. Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras): • verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem. • verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam. Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e i tônicos.

Exercícios de acentuação

1. (IBGE) Assinale a opção cuja palavra não deve ser acentuada:

a) Todo ensino deveria ser gratuito.

b) Não ves que eu não tenho tempo?

c) É difícil lidar com pessoas sem carater.

d) Saberias dizer o conteudo da carta?

e) Teresopolis é uma cidade que não para de crescer.

2. (IBGE) Assinale a opção que contém três, dentre as cinco palavras sublinhadas, que devem receber acento gráfico:

a) Eles tem de, sos, aparar o pelo do animal e prepara-lo para a exposição.

b)A estrategia utilizada pelo jogador pos a rainha em perigo em tempo recorde.

c)Saimos do tribunal mas, por causa do tumulto, não conseguimos a rubrica dos juizes.

d) A quimica vem produzindo novas cores para as industrias de tecido.

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e) Eles não veem o apoio que se da a qualquer pessoa que aqui vem pedir ajuda.

3. (EPCAR) Assinale a série em que todos os vocábulos devem receber acento gráfico:

a) Troia, item, Venus

b) hifen, estrategia, albuns

c) apoio (subst.), reune, faisca

d) nivel, orgão, tupi

e) pode (pret. perf.), obte-las, tabu

4. (BB) Opção correta:

a) eclípse d) saída

b) juíz e) intúito

c) agôsto

5. (BB) "Alem do trem, voces tem onibus, taxis e aviões".

a) 5 acentos d) 2 acentos

b) 4 acentos e) 1 acento

c) 3 acentos

6. (BB) Monossílabo tônico:

a) o d) luz

b) lhe e) com

c) e

7. (BB) Leva acento:

a) pêso d) tôda

b) pôde e) cêdo

c) êste

8. (BB) Não leva acento:

a) atrai-la d) vende-la

b) supo-la e) revista-la

c) conduzi-la

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9. (BB) Noite:

a) hiato d) dígrafo

b) ditongo e) encontro consonantal

c) tritongo

10. (UF-PR) Assinale a alternativa em que todos os vocábulos são acentuados por serem oxítonos:

a) paletó, avô, pajé, café, jiló

b) parabéns, vêm, hífen, saí, oásis

c) você, capilé, Paraná, lápis, régua

d) amém, amável, filó, porém, além

e) caí, aí, ímã, ipê, abricó

11. (ITA) Dadas as palavras:

1. tung-stê-nio 2. bis-a-vô 3. du-e-lo

Constatamos que a separação silábica está correta:

a) apenas na palavra nº 1 d) em todas as palavras

b) apenas na palavra nº 2 e) n.d.a

c) apenas na palavra nº 3

12. (OSEC) O plural de tem, dê, vê; é, respectivamente:

a) têm, dêem, vêm d) têem, dêem, vêm

b) tem, deem, veem e) têem, dêem, vêem

c) têm, deem, veem

13. (FGV-RJ) Assinale a alternativa que completa as frases:

I - Cada qual faz como melhor lhe ....... .

II - O que ....... estes frascos?

III - Nestes momentos os teóricos ....... os conceitos.

IV - Eles ....... a casa do necessário.

a) convém, contêm, revêem, provêem

b) convém, contém, revêem, provém

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c) convém, contém, revêm, provém

d) convêm, contém, revêem, provêem

e) convêm, contêm, revêem, provêem

14. (CESCEM) Sob um ..... de nuvens, atracou no ..... o navio que trazia o ..... .

a) veu, porto, heroi d) véu, porto, heroi

b) veu, pôrto, herói e) véu, porto, herói

c) véu, pôrto, herói

15. (CESGRANRIO) Assinale a opção em que os vocábulos obedecem à mesma regra de acentuação gráfica:

a) pés, hóspedes d) últimos, terrível

b) sulfúrea, distância e) satânico, porém

c) fosforescência, provém

16. (SANTA CASA) As palavras após e órgãos são acentuadas por serem respectivamente:

a) paroxítona terminada em s e proparoxítona

b) oxítona terminada em o e paroxítona terminada em ditongo

c) proparoxítona e paroxítona terminada em s

d) monossílabo tônico e oxítona terminada em o, seguida de s

e) proparoxítona e proparoxítona

17. (MACK) Indique a alternativa em que nenhuma palavra é acentuada graficamente:

a) lapis, canoa, abacaxi, jovens d) voo, legua, assim, tenis

b) ruim, sozinho, aquele, traiu e) flores, açucar, album, virus

c) saudade, onix, grau, orquidea

18. (CESGRANRIO) Aponte a única série em que pelo menos um vocábulo apresenta erro no que diz respeito à acentuação gráfica:

a) pegada - sinonímia d) ritmo - itens

b) êxodo - aperfeiçoe e) redimí-la - grátis

c) álbuns - atraí-lo

19. (PUCC) Assinale a alternativa de vocábulo corretamente acentuado:

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a) hífen d) rítmo

b) ítem e) n.d.a

c) ítens

20. (ITA) Dadas as palavras: 1. des-a-len-to 2. sub-es-ti-mar 3. trans-tor-no,

constatamos que a separação silábica está correta:

a) apenas na número 1 d) em todas as palavras

b) apenas na número 2 e) n.d.a

c) apenas na número 3

A CRASE A crase é o encontro de dois fonemas idênticos (a+a) representado na escrita pelo acento grave (`). Veja: Quem obedece, obedece a alguém. Se esse alguém for a autoridade. Teremos: Obedeça a a autoridade. Ou seja: Obedeça à autoridade. Observe que o verbo obedecer exige a preposição a e o substantivo autoridade aceita o artigo a. Temos aí, portanto, um encontro de dois as. Para ter certeza da ocorrência da crase, podemos nos valer de alguns artifícios. Veja:

REGRAS PRÁTICAS

Ocorre crase:

1. Se for possível substituir “À” por “PARA A”: Veja:

Comunicaremos os resultados da auditoria à empresa. Comunicaremos os resultados da auditoria para a empresa. Entretanto: Concedeu-se a todos os funcionários adiantamento salarial. Concedeu-se para todos os funcionários adiantamento salarial.

2. Se, ao trocar a palavra posterior por uma masculina, resultar AO. Veja: Recorreremos à enfermeira de plantão. Recorreremos ao enfermeiro de plantão. Entretanto: Chamaremos a enfermeira. Chamaremos o enfermeiro.

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3. Se, ao trocarmos “aquele, aquilo ou aquela” por “este, isto ou esta”, resultar A ESTE, A ISTO ou A ESTA. Veja: Referiu-se àquele procedimento. Referiu-se a este procedimento Entretanto: Você seguiu aquele procedimento? Você seguiu este procedimento? 4. Se, ao trocarmos a palavra feminina que antecede os relativos “que, qual ou quais” por uma masculina, resultar “ao que, ao qual, aos quais”. Veja: A médica à qual nos referimos está na empresa há alguns anos. O médico ao qual nos referimos está na empresa há alguns anos. Entretanto: A médica a qual nos atendeu está na empresa há alguns anos. O médico o qual nos atendeu está na empresa há alguns anos.

OUTRAS REGRAS

A- Casos gerais de ocorrência da crase

SITUAÇÃO EXEMPLIFICAÇÃO 1) Contração da preposição a como artigo definido a (s)

Útil a + sociedade = útil à sociedade Assistir a + a peça = assistir à peça

2) Contração da preposição a com o pronome demonstrativo a (s)

Isto foi dito à que chegou. Deram razão às que reclamaram.

3) Contração da preposição a com o a inicial dos demonstrativos aquele (s), aquela (s), aquilo.

Ele chegou àquele ponto com méritos. Refiro-me àquela casa que desabou.

4) Contração da preposição a com o a inicial dos relativos a qual, as quais.

A escola à qual comparecemos é bem moderna .

5) Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas, com palavras femininas.

Às vezes, ela se excede. Estou à espera de alguém.

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B – Casos de crase facultativa

C - Casos de crase proibida

SITUAÇÃO EXEMPLIFICAÇÃO

1- Com palavras masculinas, desde que não se subentenda a palavra moda.

Trata-se de um barco a remo. Andando sempre a pé. Ele deu razão a Paulo. Mas Usa sapatos à LUIZ XV (à moda)

.

SITUAÇÃO EXEMPLIFICAÇÃO

1) Com os nomes próprios femininos

Ofereci aquele emprego a (à) Tereza

2) Com os pronomes possessivos femininos (no singular)

Vou a (à) sua casa hoje, Isto será a (à) nossa comunidade.

3) Com a palavra DONA

Diga a verdade a (à) Dona Maria

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2- Com palavras femininas empregadas com sentido indeterminado.

Ele não costuma obedecer a ordem absurda. Ele vai a festas e não dança. Mas Você irá às festas daquele clube

3- Com a palavra casa quando não acompanhada de adjuntos e indicando residência daquele a que se refere a frase.

Eu irei a casa amanhã. Ela chegou a casa bem cansada. Mas Ela chegou bem cansada à casa da irmã.

4- Com a palavra terra, se empregada como oposto de bordo.

O marinheiro, finalmente, foi a terra. Mas Nós iremos à terra dos nossos pais.

5- Com locuções formadas com palavras repetidas.

Estávamos, os dois, cara a cara. Aquele cavalo ganhou de ponta a ponta.

6- Com artigo e pronome indefinidos. Não vou a qualquer festa.. Chegou a uma conclusão dolorosa. Mas Chegou à uma (numeral) hora da manhã.

7- Com pronomes pessoais e formas de tratamento.

Ele não falou a nós dobre a aquela situação. Será que darão a ela o devido valor? Comunico a V.Sa. a nossa decisão.

8- Com os pronomes demonstrativos esta (s), essa (s).

Recordei a esta jovem o compromisso por ela assumido.

9 – Com formas verbais Alguém começou a cantar um samba-canção.

10 – Com pronomes interrogativos e com o relativo quem

A quem nos referimos? A que horas chegaram. Esta é a amiga a quem fiz referência.

EXERCÍCIOS DE CRASE

1. (IBGE) Assinale a opção incorreta com relação ao emprego do acento indicativo de crase:

a) O pesquisador deu maior atenção à cidade menos privilegiada. b) Este resultado estatístico poderia pertencer à qualquer população carente. c) Mesmo atrasado, o recenseador compareceu à entrevista. d) A verba aprovada destina-se somente àquela cidade sertaneja. e) O Rio de Janeiro soube unir a atividade à prosperidade.

2. (IBGE) Assinale a opção em que o A sublinhado nas duas frases deve receber acento grave indicativo de crase:

a) Fui a Lisboa receber o prêmio. / Paulo começou a falar em voz alta. b) Pedimos silêncio a todos. Pouco a pouco, a praça central se esvaziava.

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c) Esta música foi dedicada a ele. / Os romeiros chegaram a Bahia. d) Bateram a porta fui atender. / O carro entrou a direita da rua. e) Todos a aplaudiram. / Escreve a redação a tinta.

3. (UF-RS) Disse ..... ela que não insistisse em amar ..... quem não ..... queria.

a) a - a - a d) à - à - à

b) a - a - à e) a - à - à

c) à - a - a

4. (UF-RS) Quanto ..... suas exigências, recuso-me ..... levá-las ..... sério.

a) às - à - a d) à - a - à

b) a - a - a e) as - a - a

c) as - à - à

5. (UC-BA) Já estavam ..... poucos metros da clareira, ..... qual foram ter por um atalho aberto ..... foice.

a) à - à - a d) à - a - à

b) a - à - a e) à - à - à

c) a - a - à

6. (UC-BA) Afeito ..... solidão, esquivava-se ..... comparecer ..... comemorações sociais.

a) à - a - a d) a - à - a

b) à - à - a e) a - a - à

c) à - a - à

7. (TTN) Preencha as lacunas da frase abaixo e assinale a alternativa correta:

"Comunicamos ..... Vossa Senhoria que encaminhamos ..... petição anexa ..... Divisão de Fiscalização que está apta ..... prestar ..... informações solicitadas."

a) a, a, à, a, as d) à, à, a, à, às

b) à, a, à, a, às e) à, a, à, à, as

c) a, à, a, à, as

8. (UF-RS) Somente ..... longo prazo será possível ajustar-se esse mecanismo ..... finalidade ..... que se destina.

a) a - à - a d) à - a - a

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b) à - a - à e) à - à - a

c) à - à - à

9. (UF-RS) Entregue a carta ..... homem ..... que você se referiu ..... tempos.

a) aquele - à - á d) àquele - à - à

b) àquele - à - há e) àquele - a - há

c) aquele - a - a

10. (BB) Há crase:

a) Responda a todas as perguntas.

b) Avise a moça que chegou a encomenda.

c) Volte sempre a esta casa.

d) Dirija-se a qualquer caixa.

e) Entregue o pedido a alguém na portaria.

11. (CARLOS CHAGAS-BA) A casa fica ..... direita de quem sobe a rua, ..... duas quadras da avenida do Cortorno.

a) à - há d) à - a

b) a - à e) à - à

c) a - há

12. (CARLOS CHAGAS-BA) Não nos víamos ..... tanto tempo, que ..... primeira vista não ..... reconheci.

a) a - à - a d) há - à - a

b) a - à - há e) a - a - a

c) há - a - há

13. (SANTA CASA) Aconselhei-o ..... que, daí ..... pouco, assistissse .... novela.

a) a - à - a d) à - à - a

b) a - a - à e) à - a - à

c) a - a - a

14. (CESESP-PE) Observe as alternativas e assinale a que não contiver erro em relação à crase:

a. Rabiscava todos os seus textos à lápis para depois escrevê-los à máquina.

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b. Sem dúvida que, com novos óculos, ele veria a distância do perigo, aquela hora do dia.

c. Referia-se com ternura ao menino, afeto às meninas e, com respeito, a várias pessoas menos íntimas.

d. Àquela distância, os carros só poderiam bater; não obedeceram as regras do trânsito.

e. Fui à Maceió provar um sururu à região.

15. (FUVEST) ....... noite, todos os operários voltaram ....... fábrica e só deixaram o serviço ....... uma hora da manhã.

a) Há, à, à d) À, a, há

b) A, a, a e) A, à, a

c) À, à, à

16. (CESCEM) Garanto ....... você que compete ....... ela, pelo menos ....... meu ver, tomar as providências para resolver o caso.

a) a, a, a d) a, à, a

b) à, à, a e) à, a à

c) a, à, à

17. (CESCEM) Sentou ....... máquina e pôs-se ....... reescrever uma ....... uma as páginas do relatório.

a) a - a - à d) à - à - à

b) a - à - a e) à - à - a

c) à - a - a

18. (MACK) Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas no seguinte período: "Agradeço ....... Vossa Senhoria ....... oportunidade para manifestar minha opinião ....... respeito."

a) à - a - à d) a - a - a

b) à - a - a e) à - à - a

c) a - a - à

19. (SANTA CASA) ....... dias não se conseguem chegar ....... nenhuma das localidades ....... que os socorros se destinam.

a) Há - à - a d) Há - a - a

b) A - a - à e) À - a - à

c) À - à - a

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20. (SANTA CASA) Fique ....... vontade; estou ....... seu inteiro dispor para ouvir o que tem ....... dizer.

a) a - à - a d) à - à - à

b) à - a - a e) a - a - à

c) à - à - a

VERBOS

Estrutura

RADICAL + VOGAL TEMÁTICA + DMT + DNP

CANT - - Á - - VA - MOS

1ª conjugação – AR

2ª conjugação – ER

3ª conjugação – IR

MODOS Os modos indicam as diferentes atitudes da pessoa que fala em relação ao fato que enuncia e são três:

• a) Indicativo: normalmente, apresenta o fato como sendo real, certo, positivo. Pode também apresentar uma ambiência hipotética. Ex.: Voltei ao colégio.

Achou, ganhou!

• b) Subjuntivo: apresenta o fato como sendo uma possibilidade, uma dúvida, um desejo, uma hipótese. Ex.: Se tivesse voltado ao colégio, teria encontrado o livro.

• c) Imperativo: apresenta o fato como objeto de uma ordem, conselho, reflexão ou súplica. Ex.: Volta ao colégio. / Pense nisso. / Dê-me um copo d’água.

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Formas nominais do verbo São chamadas formas nominais, porque podem desempenhar as funções próprias dos nomes (substantivos, adjetivos ou advérbio) e caracterizam-se por não indicarem nem o tempo nem o modo. São elas: o INFINITIVO, o GERÚNDIO e o PARTICÍPIO.

• Infinitivo- exprime a idéia de ação e seu valor aproxima-se do substantivo:

"Navegar é preciso Viver não é preciso" (Fernando Pessoa) Os verbos navegar e viver ocupam a função de um sujeito gramatical e por isso equivalem a um substantivo. O infinitivo pode ser : Flexionado - quando possui sujeito: É preciso vencermos esta etapa (sujeito: nós) Não-flexionado - quando não possui sujeito: É difícil fazer esta lição. (não há sujeito)

• Gerúndio - exprime um fato em desenvolvimento e exerce funções próprias do adjetivo: Café se faz com água fervendo. (função de adjetivo)

Maria estava fazendo o café, mas já terminou. ( ação em desenvolvimento)

• Particípio - exerce as funções próprias de um adjetivo e, por isso, pode, em certos casos, flexionar-se em número e em gênero; usado em locuções verbais: Terminado o ano letivo, os alunos viajaram. Terminados os estudos, os alunos viajaram.

Todos têm terminado seus estudos mais cedo.

COMPOSIÇÃO DOS TEMPOS VERBAIS

INDICATIVO

Presente : estudo

Pretéritos Pretérito Imperfeito: estudava Pretérito Perfeito simples: estudei Pretérito Perfeito composto: tenho estudado Pretérito Mais-que-perfeito simples: estudara Pretérito Mais-que-perfeito composto: tinha (ou havia) estudado

Futuros Futuro do presente simples: estudarei Futuro do presente composto: terei (ou haverei) estudado Futuro do pretérito simples: estudaria Futuro do pretérito composto: teria (ou haveria) estudado SUBJUNTIVO

Presente: estude

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Pretéritos Pretérito Imperfeito: estudasse Pretérito Perfeito composto: tenha (ou haja) estudado Pretérito mais-que-perfeito: tivesse (ou houvesse) estudado Futuros Futuro simples : estudar Futuro composto: tiver (ou houver) estudado Formação dos tempos simples (Primitivos e derivados)

Quanto à formação dos tempos, estes dividem-se em primitivos e derivados.

Primitivos: a) presente do indicativo b) pretérito perfeito do indicativo c) infinitivo impessoal

Derivados do Presente do Indicativo: Presente do subjuntivo Imperativo afirmativo Imperativo negativo

Derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo: Pretérito mais-que-perfeito do indicativo Pretérito imperfeito do subjuntivo Futuro do subjuntivo

Derivados do Infinitivo Impessoal: Futuro do presente do indicativo Futuro do pretérito do indicativo Imperfeito do indicativo Gerúndio Particípio

FORMAÇÃO DO IMPERATIVO

1. Do radical da primeira pessoa do singular do presente do indicativo, formamos o presente do subjuntivo e, deste, o imperativo negativo.

2. O imperativo afirmativo é assim formado: a segunda pessoa do singular e a segunda pessoa do plural são tomadas do presente do indicativo, menos a letra s final; as demais pessoas são as mesmas do presente do subjuntivo.

O imperativo negativo tem suas pessoas retiradas do presente do subjuntivo, menos a primeira do singular que não existe. Antes, acrescenta-se NÃO.

PRESENTE DO INDICATIVO

IMPERATIVO AFIRMATIVO

PRESENTE DO SUBJUNTIVO

IMPERATIVO NEGATIVO

EU OUÇO EU OUÇA TU OUVES OUVE (TU) TU OUÇAS NÃO OUÇAS

(TU)

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ELE OUVE OUÇA (VOCÊ) ELE OUÇA NÃO OUÇA (VOCÊ)

NÓS OUVIMOS OUÇAMOS (NÓS) NÓS OUÇAMOS

NÃO OUÇAMOS (NÓS)

VÓS OUVIS OUVI (VÓS) VÓS OUÇAIS NÃO OUÇAIS (VÓS)

ELES OUVEM OUÇAM (VOCÊS) ELES OUÇAM NÃO OUÇAM (VOCÊS)

Voz passiva O verbo de uma oração está na voz passiva quando a ação é sofrida pelo sujeito, que não é

o mesmo que pratica a ação verbal. Ex.: Alice foi maltratada pelo diretor da escola. (Alice é o sujeito paciente porque recebeu

a ação praticada pelo agente da ação verbal que, no caso, é o diretor da escola)

A voz passiva é indicada de duas maneiras:

a- Passiva Analítica - Mediante o uso dos verbos auxiliares ser, ficar, viver e estar e o particípio de certos verbos ativos: ser visto (sou visto, és visto, é visto....); estar abatido (estou abatido, estava abatido....). Raramente, a passiva analítica aparecerá com outro verbos que desempenharão a função de um verbo auxiliar. Ex.: Alice vinha conduzida pelo namorado (voz ativa: O namorado conduzia Alice)

É importante observar que o tempo verbal da voz ativa deverá ser seguido pelo verbo auxiliar da voz passiva. No exemplo, Alice vinha conduzida pelo namorado, o verbo auxiliar (vir) está no mesmo tempo que o verbo principal da voz ativa (conduzir) = Pretérito imperfeito do indicativo

Ex.: O caçador matou a raposa / A raposa foi morta pelo caçador verbo principal verbo auxiliar no pretérito no pretérito perfeito perfeito

b- Passiva sintética ou pronominal - É formada mediante o uso do pronome SE (pronome apassivador). Neste caso, o sujeito agente normalmente desaparece, porque não interessa ao narrador mencioná-lo. Ex.: "Vendem-se jóias" - jóias não pratica a ação de vender, e, sim, recebe, sofre essa ação.

Portanto, jóias não é o agente da ação verbal, mas o paciente. Essa passividade está indicada pelo pronome SE ( apassivador). Essa mesma oração pode ser expressa por "Jóias são vendidas" (passiva analítica), continuando o sujeito a ser jóias, que, por estar no plural levará o verbo também para o plural em ambos os casos.

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2. Voz Reflexiva Na voz reflexiva, o sujeito pratica e sofre a ação ao mesmo tempo. A voz reflexiva é formada de um verbo acrescido de um pronome reflexivo (ME, TE, SE, NOS, VOS, SE). Muitas vezes, para se evitar ambigüidade, temos que, ao usar a voz reflexiva, empregar outro recurso além do uso desses pronomes, como ocorre no exemplo seguinte:

João e Paulo feriram-se. a) podemos ter um verbo reflexivo equivalente a João e Paulo feriram a si próprios b) podemos ter um índice de reciprocidade de ação, significando que João feriu a Paulo e Paulo feriu a João.

Para que o verbo possa ser considerado reflexivo ou recíproco nesse exemplo, sem ambigüidades, temos que acrescentar alguma expressão: João e Paulo feriram-se reciprocamente / um ao outro / a si próprios, etc. Nos verbos reflexivos, vai sempre aparecer um pronome oblíquo, da mesma pessoa que o sujeito, sem o qual o verbo não poderá indicar reflexibilidade;

eu me vós vos ele se nós nos tu te eles se

3. Voz ativa A voz ativa é identificada pela total ausência de marcas de voz: verbo auxiliar de passiva, pronome apassivador ou pronome reflexivo. Ex. João e Paulo saíram cedo. O menino levou uma surra do pai.

EXERCÍCIOS DE VERBOS

1) (T.JUST.-RJ) A frase “desliguem o motor” corresponde, na voz passiva com auxiliar, a “que o motor seja desligado”. Qual a correspondência do mesmo tipo inadequadamente realizada?

a) abram as portas – as portas sejam abertas b) se afastem das mesas – as mesas sejam afastadas c) interrompam a refeição – a refeição seja interrompida d) definam um bom espaço – um bom espaço seja definido e) ritualizem o ato de parar – o ato de parar seja ritualizado

2) (TALCRIM) A alternativa que tem um verbo semelhante à forma verbal vêem (verbo ver), com a duplicidade e na terceira pessoa do plural do presente do indicativo, é: a) dar d) vir b) ler e) conter c) ter 3) (CÂM.MUN.-RIO) Diga é forma da terceira pessoa do singular do imperativo afirmativo do verbo dizer. Qual seria a forma correspondente da segunda pessoa do plural do imperativo negativo? a) não digas d) não digais b) não dizei e) não dizes c) não dize

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4) (F.C.CHAGAS-PR) Transpondo para a voz ativa a frase: “O filme ia ser dirigido por um cineasta ainda desconhecido”, obtém-se a forma verbal: a)dirigirá d) será dirigido b)dirigir-se-á e) ia dirigir c)vai dirigir 5) (UNESP) Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Transpondo a oração em destaque para a voz passiva, temos a seguinte forma verbal: a)tinha sido aprendido d) tinha aprendido b)era aprendido e) aprenderia c)fora aprendido

6) (FUVEST-SP) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas: Não ____________ cerimônia,_______que a casa é ____________, e _____________ à vontade. a) faças – entre – tua – fique d) faz – entra – tua – fica b) faça – entre – sua – fique e) faça – entra – tua – fique c) faças – entra – sua – fica 7) (TALCRIM) ...que aqui viveram e ainda vivem... (1.36) Este mesmo fragmento, com o verbo ansiar nos mesmos tempos e pessoas do verbo viver, ficaria: a)...que aqui ansiaram e ainda anseiam... b)que aqui ansiavam e ainda anseiam... c). que aqui ansiaram e.ainda ansiam... d). ..que aqui ansiarão e ainda anseiem... e). que aqui anseiaram e ainda ansiam... 8) (FUVEST-SP) A transformação passiva da frase “A religião te inspirou esse anuncio. Apresentará o seguinte resultado: a) Tu te inspiraste na religião para esse anúncio. b) Esse anúncio inspirou-se na tua religião. c) Tu foste inspirado pela religião nesse anúncio. d) Esse anúncio te foi inspirado pela religião. e) Tua religião foi inspirada nesse anúncio. 9) (FATEC.SP) Aponte o emprego errado do verbo destacado. a) Se a resposta condissesse com a pergunta... b) Poucos reaveram o que arriscaram em jogos. c) Não que não antepuséssemos alguém a você. d) Não tenha dúvida, refaremos tantas vezes quantas forem necessárias. e) Se não nos virmos mais..., tenha boas férias. 10) (P.G.JUSTIÇA) A forma verbal “expôs” corresponde à terceira pessoa do singular do pretérito perfeito simples do indicativo. Como seria a forma dessa mesma pessoa no pretérito perfeito composto do indicativo? a) havia exposto d) teve exposto b) tinha exposto e) foi exposto c) tem exposto

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ANÁLISE SINTÁTICA

1. (UF-MG) Em todas as alternativas, o termo em negrito exerce a função de sujeito, exceto em:

a) Quem sabe de que será capaz a mulher de seu sobrinho?

b) Raramente se entrevê o céu nesse aglomerado de edifícios.

c) Amanheceu um dia lindo, e por isso todos correram às piscinas.

d) Era somente uma velha, jogada num catre preto de solteiros.

e) É preciso que haja muita compreensão para com os amigos.

2. (FMU) Em "Eu era enfim, senhores, uma graça de alienado.", os termos da oração grifados são respectivamente, do ponto de vista sintático:

a) adjunto adnominal, vocativo, predicativo do sujeito

b) adjunto adverbial, aposto, predicativo do objeto

c) adjunto adverbial, vocativo, predicativo do sujeito

d) adjunto adverbial, vocativo, objeto direto

e) adjunto adnominal, aposto, predicativo do sujeito

3. (PUC) "O homem está imerso num mundo ao qual percebe ..." A palavra em negrito é:

a) objeto direto preposicionado d) agente da passiva

b) objeto indireto e) adjunto adnominal

c) adjunto adverbial

4. (CESGRANRIO) Assinale a frase cujo predicado é verbo-nominal:

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a) "Que segredos, amiga minha, também são gente ..."

b) "... eles não se vexam dos cabelos brancos ..."

c) "... boa vontade, curiosidade, chama-lhe o que quiseres ..."

d) "Fiquemos com este outro verbo."

e) "... o assunto não teria nobreza nem interesse ..."

5. (UF-UBERLÂNDIA) Todos os itens abaixo apresentam o pronome relativo com função de objeto direto, exceto:

a. "Aurélia não se deixava inebriar pelo culto que lhe rendiam." b. "Está fadigada de ontem? perguntou a viúva com a expressão de afetada ternura

que exigia o seu cargo." c. "... com a riqueza que lhe deixou seu avô, sozinha no mundo, por força que

havia de ser enganada." d. "... O Lemos não estava de todo restabelecido do atordoamento que sofrera." e. "Não o entendiam assim aquelas três criaturas, que se desviviam pelo ente

querido."

6. (UF-MG) A oração sublinhada está corretamente classificada, EXCETO em:

a. Casimiro Lopes pergunta se me falta alguma coisa / oração subordinada adverbial condicional

b. Agora eu lhe mostro com quantos paus se faz uma canoa / oração subordinada substantiva objetiva direta

c. Tudo quanto possuímos vem desses cem mil réis / oração subordinada adjetiva restritiva

d. Via-se muito que D. Glória era alcoviteira / oração subordinada substantiva subjetiva

e. A idéia é tão santa que não está mal no santuário / oração subordinada adverbial consecutiva

7. (UF-MG) Na frase: "Maria do Carmo tinha a certeza de que estava para ser

mãe", a oração destacada é:

a) subordinada substantiva objetiva indireta

b) subordinada substantiva completiva nominal

c) subordinada substantiva predicativa

d) coordenada sindética conclusiva

e) coordenada sindética explicativa

8. (FM-SANTOS) A segunda oração do período? "Não sei no que pensas", é classificada como:

a) substantiva objetiva direta d) coordenada explicativa

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b) substantiva completiva nominal e) substantiva objetiva indireta

c) adjetiva restritiva

9. (MACK) "Na ‘Partida Monção’, não há uma atitude inventada. Há reconstituição de uma cena como ela devia ter sido na realidade." A oração sublinhada é:

a) adverbial conformativa d) adverbial proporcional

b) adjetiva e) adverbial causal

c) adverbial consecutiva

10. (AMAN) No seguinte grupo de orações destacadas:

1. É bom que você venha. 2. Chegados que fomos, entramos na escola.

3. Não esqueças que é falível.

Temos orações subordinadas, respectivamente:

a) objetiva direta, adverbial temporal, subjetiva

b) subjetiva, objetiva direta, objetiva direta

c) objetiva direta, subjetiva, adverbial temporal

d) subjetiva, adverbial temporal, objetiva direta

e) predicativa, objetiva direta, objetiva indireta

11. (UF-PR) Na oração "Pássaro e lesma, o homem oscila entre o desejo de voar e o desejo de arrastar", Gustavo Corção empregou a vírgula:

a) por tratar-se de antíteses

b) para indicar a elipse de um termo

c) para separar vocativo

d) para separar uma oração adjetiva de valor restritivo

e) para separar aposto

12. (EPCAR) "Bem-aventurado, pensei eu comigo, aquele em que os afagos de uma tarde serena de primavera no silêncio da solidão produzem o torpor dos membros."

No período em apreço, usaram-se vírgulas para separar:

a) uma oração pleonástica d) elementos paralelos

b) uma oração coordenada assindética e) uma oração intercalada

c) um adjunto deslocado

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13. (EPCAR) A partícula apassivadora está exemplificada na alternativa:

a) Fala-se muito nesta casa. d) Ria-se de seu próprio retrato.

b) Grita-se nas ruas. e) Precisa-se de um dicionário.

c) Ouviu-se um belo discurso.

14. (U-UBERLÂNDIA) Classifique o "se" na frase: "Ele queixou-se dos maus tratos recebidos".

a) partícula integrante do verbo

b) conjunção condicional

c) pronome apassivador

d) conjunção integrante

e) símbolo de indeterminação do sujeito

15. (EPCAR) O se é índice de indeterminação do sujeito na frase:

a) Não se ouvia o sino.

b) Assiste-se a espetáculos degradantes.

c) Alguém se arrogava o direito de gritar.

d) Perdeu-se um cão de estimação.

e) Não mais se falsificará tua assinatura.

16. (EPCAR) O se é pronome apassivador em:

a) Precisa-se de uma secretária.

b) Proibiram-se as aulas.

c) Assim se vai ao fim do mundo.

d) Nada conseguiria, se não fosse esforçado.

e) Eles se propuseram um acordo.

17. (SANTA CASA) A palavra "se" é conjunção integrante (por introduzir oração subordinada substantiva objetiva direta) em qual das orações seguintes?

a) Ele se mordia de ciúmes pelo patrão.

b) A Federação arroga-se o direito de cancelar o jogo.

c) O aluno fez-se passar por doutor.

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d) Precisa-se de operários.

e) Não sei se o vinho está bom.

18. (EPCAR) Em relação à função da partícula se, numere a segunda de acordo com a primeira e depois assinale a numeração correta:

1. Partícula apassivadora ( ) Veja se falta alguém.

2. Índice de indeterminação ( ) "Vai-se a primeira pomba despertada..."

do sujeito ( ) Daqui se assiste ao desfile.

3. Objeto direto reflexivo ( ) Ele arroga-se o direito de reclamar.

4. Objeto indireto ( ) Ainda se ouvem gemidos.

5. Conjunção ( ) A jovem olhava-se no espelho.

6. Partícula de realce

a) 5, 4, 2, 6, 1, 3 d) 5, 6, 2, 1, 3, 4

b) 5, 6, 2, 4, 1, 3 e) 2, 6, 5, 4, 1, 3

c) 2 ,6, 5, 1, 4, 3

NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO Mudanças no alfabeto

O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto completo passa a ser:

A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V WX Y Z

As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em várias situações. Por exemplo: a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt); b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.

Trema

Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.

Como era Como fica agüentar aguentar argüir arguir

bilíngüe bilíngue cinqüenta cinquenta delinqüente delinquente

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eloqüente eloquente ensangüentado ensanguentado

eqüestre equestre freqüente frequente lingüeta lingueta lingüiça linguiça

qüinqüênio quinquênio sagüi sagui

seqüência sequência seqüestro sequestro tranqüilo tranquilo

Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano.

Uso do hífen

Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo. Mas, como se trata ainda de matéria controvertida em muitos aspectos, para facilitar a compreensão dos leitores, apresentamos um resumo das regras que orientam o uso do hífen com os prefixos mais comuns, assim como as novas orientações estabelecidas pelo Acordo. As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos, como: aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc. 1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h. Exemplos: anti-higiênico anti-histórico co-herdeiro macro-história mini-hotel proto-história sobre-humano super-homem ultra-humano

Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h). 2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento. Exemplos:

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aeroespacial agroindustrial anteontem antiaéreo antieducativo autoaprendizagem

autoescola autoestrada autoinstrução coautor coedição extraescolar

infraestrutura plurianual semiaberto semianalfabeto semiesférico semiopaco

Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc. 3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s. Exemplos: anteprojeto antipedagógico autopeça autoproteção coprodução geopolítica microcomputador pseudoprofessor semicírculo semideus seminovo ultramoderno

Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice-rei, vice-almirante, etc. 4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras. Exemplos:

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antirrábico antirracismo antirreligioso antirrugas antissocial biorritmo

contrarregra contrassenso cosseno infrassom microssistema minissaia

multissecular neorrealismo neossimbolista semirreta ultrarresistente. ultrassom

5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal. Exemplos:

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anti-ibérico anti-imperialista anti-inflacionário anti-inflamatório

auto-observação contra-almirante contra-atacar contra-ataque

micro-ondas micro-ônibus semi-internato semi-interno

6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante. Exemplos: hiper-requintado inter-racial inter-regional sub-bibliotecário super-racista super-reacionário super-resistente super-romântico Atenção: • Nos demais casos não se usa o hífen. Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção. • Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça etc. • Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc. 7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal. Exemplos: hiperacidez hiperativo interescolar interestadual interestelar interestudantil superamigo superaquecimento supereconômico superexigente superinteressante superotimismo 8. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen. Exemplos:

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além-mar além-túmulo aquém-mar ex-aluno ex-diretor

ex-hospedeiro ex-prefeito ex-presidente pós-graduação pré-história

pré-vestibular pró-europeu recém-casado recém-nascido sem-terra

9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim. Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu. 10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo. 11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição. Exemplos: girassol madressilva mandachuva paraquedas paraquedista pontapé

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12. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos: Na cidade, conta- -se que ele foi viajar. O diretor recebeu os ex- -alunos.

Resumo Emprego do hífen com prefixos Regra básica Sempre se usa o hífen diante de h: anti-higiênico, super-homem. Outros casos 1. Prefixo terminado em vogal: • Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo. • Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicírculo. • Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom. • Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas. 2. Prefixo terminado em consoante: • Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário. • Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico. • Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante.

(Michaelis - Guia Prático da Nova Ortografia - Douglas Tufano)

PROVAS

Português

TRF – 4º Região – Analista Judiciário – 2010

Atenção: As questões de números 1 a 10 referem-se ao texto seguinte.

Discórdia em Copenhague Frustrou-se redondamente quem esperava, na 15a Conferência sobre Mudança Climática (COP-15), em Copenhague, um acordo capaz de orquestrar compromissos de países pobres, emergentes e ricos contra os efeitos do aumento da temperatura no planeta. Após duas semanas de muitos debates e negociações, o encontro convocado pelas Nações Unidas teve um final dramático no dia 18 de dezembro de 2009, com chefes de estado tentando, em vão, aparar arestas mesmo depois do encerramento oficial da conferência. O resultado final foi um documento político genérico, firmado só pelos Estados Unidos, China, Brasil e África do Sul, que prevê metas para cortes de emissão de gases estufa apenas para 2050, mesmo

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assim sem estabelecer compromissos obrigatórios capazes de impedir a elevação da temperatura em mais do que 2 graus Celsius, meta que Copenhague buscava atingir. Também foi proposta uma ajuda de US$ 30 bilhões aos países pobres, no próximos três anos, embora sem estabelecer parâmetros sobre quem estará apto a receber o dinheiro e quais instrumentos serão usados para distribuí-lo. Faltou-lhe aval dos delegados de países como Sudão, Cuba, Nicarágua, Bolívia e Venezuela, inconformados por terem sido escanteados nas conversas finais. “O que temos de alcançar no México é tudo o que deveríamos ter alcançado aqui”, disse Yvo de Bôer, secretário-executivo da conferência, remetendo as esperanças para a COP-16, que vai acontecer em 2010, na Cidade do México. O impasse principal girou em torno de um jogo de empurra sobre as responsabilidades dos países ricos e pobres. As nações desenvolvidas queriam que os países emergentes tivessem metas obrigatórias, o que não foi aceito pela China, país que mais emite carbono na atmosfera, atualmente. Os Estados Unidos, vivendo a maior crise econômica desde 1929, não se dispunham a cumprir sequer metas modestas. Outra questão fundamental na conferência foi o financiamento para políticas de mitigação das emissões para os países pobres. Os países desenvolvidos exigiam que os emergentes ajudassem a financiar os menos desenvolvidos. A tese foi rechaçada pelos emergentes, que esperavam obter ajuda externa para suas políticas de combate ao aquecimento global. (Adaptado de Fabrício Marques, Revista Pesquisa Fapesp, no 167) 1. A discórdia na Conferência de Copenhague ocorreu, fundamentalmente, por conta (A) de desastrosas iniciativas dos chefes de estado que em vão tentaram aparar as arestas da conferência. (B) de um documento político firmado por poucos países, no qual se previam cortes de emissão de gases estufa. (C) da exigência de metas obrigatórias, feita aos países emergentes pelas nações desenvolvidas. (D) da posição dos países emergentes, que queriam incluir os países pobres num plano de cumprimento de metas. (E) da insatisfação de delegados dos países que se sentiram prejudicados em suas cotas no subsídio de US$ 30 bilhões. _________________________________________________________ 2. Atente para as seguintes afirmações: I. No 1o parágrafo, informa-se que o número modesto de signatários do documento final de Copenhague contrastava com a alta ambição das metas pretendidas. II. No 2o parágrafo, a declaração de Yvo de Bôer, com uma ponta de otimismo, não expressa qualquer sentimento de frustração com os resultados da COP-15. III. No 3o parágrafo, depreende-se que a crise econômica que os Estados Unidos atravessam teve peso na decisão de não se disporem a cumprir sequer as metas mais modestas. Em relação ao texto, está correto o que se afirma em (A) I, II e III. (B) I e II, apenas. (C) II e III, apenas. (D) I e III, apenas. (E) III, apenas. _________________________________________________________

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3. Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em: (A) capaz de orquestrar compromissos (1o parágrafo) = hábil na ressonância compromissada. (B) sem estabelecer parâmetros (2o parágrafo) = à revelia da proposição de metas. (C) Faltou-lhe aval (2o parágrafo) = Urgiu o beneplácito. (D) políticas de mitigação (3o parágrafo) = estratégias de arrefecimento. (E) A tese foi rechaçada (3o parágrafo) = obliterou-se a hipótese. 4. No primeiro parágrafo, dois segmentos que remetem a causas da frustração de quem esperava muito da COP-15 são: (A) capaz de orquestrar compromissos // um documento político genérico. (B) cortes de emissão de gases estufa apenas para 2050 // sem estabelecer compromissos obrigatórios. (C) contra os efeitos do aumento da temperatura // encontro convocado pelas Nações Unidas. (D) capaz de orquestrar compromissos // cortes de emissão de gases estufa apenas para 2050. (E) sem estabelecer compromissos obrigatórios // impedir a elevação da temperatura. _________________________________________________________ 5. A informação negativa do segmento chefes de estado tentando, em vão, aparar arestas deve-se, sobretudo, ao elemento sublinhado. O mesmo ocorre em: (A) (...) não se dispunham a cumprir sequer metas modestas. (B) (...) mesmo assim sem estabelecer compromissos obrigatórios (...) (C) (...) inconformados por terem sido escanteados nas conversas finais. (D) O resultado final foi um documento político genérico (...) (E) A tese foi rechaçada pelos emergentes, que esperavam obter ajuda (...) _________________________________________________________ 6. Ao se reconstruir uma frase do texto, houve deslize quanto à concordância verbal em: (A) Se todos esperávamos um bom acordo na COP-15, frustrou-nos o que dela acabou resultando. (B) Acabou culminando num final dramático, naquele 18 de dezembro de 2009, o período de duas semanas de acaloradas discussões. (C) Às nações pobres propôs-se uma ajuda de US$ 30 bilhões, medida a que não deu aval nenhum dos países insatisfeitos com as conversas finais. (D) Deveram-se às manobras de desconversas, na definição das tarefas dos países, o impasse final das negociações entabuladas em Copenhague. (E) Sequer foi possível, na COP-15, estabelecer um financiamento para os países pobres a quem coubesse adotar políticas de mitigação das emissões. _________________________________________________________ 7. "O que temos de alcançar no México é tudo o que deveríamos ter alcançado aqui." Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, as formas sublinhadas devem ser substituídas, na ordem dada, por: (A) tem de ser alcançado - deveria ter sido alcançado (B) será alcançado - devia ser alcançado

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(C) tinha de ser alcançado - deveria ser alcançado (D) tem de alcançar-se - deverá alcançar-se (E) teremos alcançado - devia ser alcançado 8. Está plenamente adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase: (A) Se alguém esperava um bom acordo na COP-15, frustrar-se-ia redondamente. (B) Não houve acordo capaz de orquestrar os interesses de que nenhum dos países abrisse mão. (C) Somente alguns países chegariam a firmar um acordo, pelo qual se previra os cortes de emissão que deveram ser efetuados. (D) Caso não se estabelecerem parâmetros para a ajuda de US$ 30 bilhões, essa iniciativa sequer terá recebido o aval da maioria dos países. (E) A exigência de metas obrigatórias, que as nações desenvolvidas impuseram às emergentes, terá sido uma das razões da discórdia. _________________________________________________________ 9. Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto: (A) Quando se dedicam às questões ambientais, costuma imperar-se a regra egoísta dos interesses privados, ao passo que se deveria de contemplar os interesses públicos. (B) É bem possível de que ainda venham a haver muitas conferências como a da COP-15, sem que os resultados que se espera sejam minimamente satisfatórios para o bem comum. (C) A maior parte das conferências dedicadas às questões do meio ambiente têm sido frustradas, quase sempre, pela falta de desprendimento de muitas nações, sobretudo as desenvolvidas. (D) Tem-se notado os interesses que movem as nações mais desenvolvidas, em função dos quais ficam difíceis de firmar-se quaisquer acordos quanto a um meio ambiente melhor controlado. (E) Como já está tornando rotina, mais uma vez as nações não chegaram a um acordo, sobre as pungentes questões ambientais, tanto assim que nenhuma delas abre mão de seus interesses particulares. _________________________________________________________ 10. Houve muitas discussões sobre medidas para se minimizar o aquecimento global, já que todos consideram o aquecimento global uma questão crucial para a humanidade, embora poucos tomem medidas concretas para reduzir o aquecimento global, não havendo sequer consenso quanto às verbas necessárias para mitigar os efeitos do aquecimento global. Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo- se os elementos sublinhados, na ordem dada, por: (A) lhe consideram - reduzi-lo - mitigá-los aos efeitos (B) o consideram - reduzi-lo - mitigar-lhe os efeitos (C) consideram-no - reduzir-lhe - mitigar-lhes os efeitos (D) o consideram - reduzir-lhe - mitigar-lhe os efeitos (E) consideram-lhe - o reduzir - mitigar-lhe seus efeitos

Atenção: As questões de números 11 a 20 referem-se ao texto seguinte.

O advento das comunicações de massa Algumas vezes nos perguntamos como sobrevivíamos antes da internet, telefones celulares e outros equipamentos que nos parecem hoje absolutamente indispensáveis.

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Lembremos que essas tecnologias, assim como a do rádio e a da televisão, já profundamente enraizadas em nossas práticas individuais e coletivas, são aquisições recentíssimas da humanidade. O interesse cada vez maior pela tecnologia é um dos traços da modernidade que se organiza com o fim da Idade Média, substituindo o apego à tradição pela crescente importância da razão e da ciência, vinculando conhecimento técnico a progresso. A atração por meios eletrônicos de comunicação está diretamente associada às telecomunicações por ondas, que remontam ao século XIX. Os Estados Unidos, já no século XX, se destacaram rapidamente no uso do rádio. Um fato que se tornou clássico foi protagonizado em 1938 pelo cineasta Orson Welles, então um jovem e desconhecido radialista. Ele leu trechos da obra ficcional A guerra dos mundos como se estivesse transmitindo um relato real de invasão de extraterrestres. Utilizando surpreendentes recursos do jornalismo radiofônico, levou pânico aos norte-americanos que, por alguns instantes, agiram como se estivessem na iminência de um ataque catastrófico. Nos dias atuais, a tecnologia associada à produção virtual interpela o cotidiano de forma cada vez mais contundente. Já no início da década de 1970 surge o microprocessador, ocasionando uma verdadeira revolução no mundo da eletrônica. Na segunda metade da década de 90, um novo sistema de comunicação eletrônica começou a ser formado com a fusão da mídia de massa personalizada, globalizada, com a comunicação mediada por computadores � a multimídia, que estende o âmbito da comunicação eletrônica para todos os domínios da vida, inserindo-se no cotidiano da vida pública e privada, introduzindo-nos num universo de novas percepções. As técnicas não determinam nada, em si mesmas. Dependem de interpretações e usos conduzidos por grupos ou indivíduos que delas se apropriam. Por isso, a história dos meios de comunicação nos ajuda a entender e interpretar relações de poder político, cultural e econômico, bem como a configuração da subjetividade contemporânea. (Adaptado de Leituras da História, número 04, 2007) 11. Encontram-se articulados no texto os seguintes aspectos do tema comunicações de massa: (A) obsolescência atual do rádio; pequeno histórico da mídia eletrônica; a valorização dos ganhos tecnológicos. (B) resumo da história das comunicações; a dissociação entre tecnologia e vida cotidiana; o rádio como principal mobilizador das massas. (C) origens das comunicações modernas; poder da mídia e influência sobre as massas; processos e desdobramentos da multimídia. (D) síntese dos processos da multimídia; impulso inicial da modernização tecnológica; o esgotamento do jornalismo radiofônico. (E) resenha histórica da informática; crítica ao poder abusivo da mídia eletrônica; ingerência da multimídia nas decisões do cidadão. 12. O específico episódio que Orson Welles protagonizou pode servir como exemplificação para o fato de que (A) os meios eletrônicos nos parecem hoje absolutamente indispensáveis. (B) a tecnologia já começava a interpelar o cotidiano de forma contundente.

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(C) a multimídia estende a comunicação para todos os domínios da vida. (D) manifestações de pânico coletivo são intrínsecas à ação da multimídia. (E) produções virtuais banalizaram-se no cotidiano pessoal ou público. _________________________________________________________ 13. Atente para as seguintes afirmações: I. O fato de a moderna tecnologia trazer consigo indiscutíveis vantagens faz com que percamos a memória de tempos que já foram melhores para a humanidade. II. Uma obra como A guerra dos mundos mostra, por si mesma, o poder da literatura de ficção sobre seu público, exercendo efeito imediato em seu comportamento. III. O surgimento do microprocessador e a expansão da multimídia foram duas revoluções no universo das comunicações, refletindo-se no modo de ser do homem contemporâneo. Em relação ao texto, está correto o que se afirma em (A) I, II e III. (B) I e II, apenas. (C) II e III, apenas. (D) I e III, apenas. (E) III, apenas. _________________________________________________________ 14. As técnicas não determinam nada, em si mesmas. Dependem de interpretações e usos conduzidos por grupos ou indivíduos que delas se apropriam. A ideia central do trecho acima está resumida de forma clara e correta nesta frase: (A) Uma vez que dependam de seu uso, as técnicas em nada se determinam por si mesmas. (B) Não é por elas, em si, mas pelo uso que delas se dá que as técnicas acabam por alcançar sua própria determinação. (C) É o controle exercido pelas técnicas que dá a quem as administra o poder de vir a determinar tudo. (D) O que as técnicas podem determinar não está nelas mesmas, mas no uso que delas faz quem as controla. (E) Como dependem de seu uso, não são as técnicas que se deixam conduzir por quem delas se aproprie. 15. NÃO haverá prejuízo para a correção e o sentido do segmento do texto com a substituição do elemento sublinhado pelo indicado entre parênteses em: (A) Algumas vezes nos perguntamos como sobrevivíamos antes da internet (...). (Ocorre-nos, por vezes, indagar) (B) Lembremos que essas tecnologias (...) são aquisições recentíssimas da humanidade. (conquistas açodadas) (C) (...) agiram como se estivessem na iminência de um ataque catastrófico. (tal fosse prestes a sofrerem) (D) (...) inserindo-se no cotidiano da vida pública e privada (...) (emergindo no dia a dia) (E) (...) nos ajuda a entender (...) a configuração da subjetividade contemporânea. (formação da veleidade íntima) _________________________________________________________ 16. O verbo indicado entre parênteses deverá adotar uma forma do plural para preencher de modo correto a lacuna da frase:

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(A) Muito do que se ...... (prever) nos usos de uma nova técnica depende, para realizar-se, do que se chama “vontade política”. (B) Nenhuma das vantagens que ...... (oferecer) a tecnologia mais ousada é capaz de satisfazer as aspirações humanas. (C) Quando não se ...... (reconhecer) nas ciências o bem que elas nos trazem, as saídas místicas surgem como solução. (D) Orson Welles talvez não imaginasse o risco da tragédia que ...... (poder) provocar as dramatizações de sua transmissão radiofônica. (E) Quaisquer que sejam as técnicas, não lhes ...... (caber) determinar por si mesmas o sentido que ganhará sua aplicação. _________________________________________________________ 17. A pontuação está plenamente adequada na seguinte frase: (A) Tanto o microprocessador, como a fusão das mídias, desempenharam, pelos efeitos que geraram, um papel decisivo na configuração, não apenas da vida cotidiana como da subjetividade mesma do homem contemporâneo. (B) Tanto o microprocessador como a fusão das mídias desempenharam, pelos efeitos que geraram, um papel decisivo na configuração, não apenas, da vida cotidiana, como da subjetividade mesma, do homem contemporâneo. (C) Tanto o microprocessador como a fusão das mídias desempenharam, pelos efeitos que geraram, um papel decisivo na configuração não apenas da vida cotidiana como da subjetividade mesma do homem contemporâneo. (D) Tanto o microprocessador, como a fusão das mídias desempenharam, pelos efeitos que geraram, um papel decisivo na configuração não apenas, da vida cotidiana, como da subjetividade mesma do homem contemporâneo. (E) Tanto o microprocessador, como a fusão das mídias desempenharam, pelos efeitos que geraram, um papel decisivo, na configuração não apenas da vida cotidiana, como da subjetividade, mesma do homem contemporâneo. 18. Constituem uma causa e seu efeito, nessa ordem, os segmentos: (A) Algumas vezes nos perguntamos // como sobrevivíamos antes da internet. (B) Um fato que se tornou clássico // foi protagonizado em 1938 pelo cineasta Orson Welles. (C) O interesse cada vez maior pela tecnologia // é um dos traços da modernidade. (D) Na segunda metade da década de 90, um novo sistema de comunicação eletrônica começou a ser formado // com a fusão da mídia de massa. (E) Utilizando surpreendentes recursos do jornalismo radiofônico // levou pânico aos norte-americanos. _________________________________________________________ 19. Está correto o emprego do elemento sublinhado em: (A) A obra de ficção A guerra dos mundos, em cuja Orson Welles se baseou, ganhou dramática adaptação radiofônica. (B) A tecnologia de ponta, sobre a qual por vezes pairam desconfianças, leva-nos apenas aonde queremos ir. (C) O cotidiano contemporâneo deixa-se afetar pelas

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conquistas técnicas, de cujas muita gente alimenta sérias desconfianças. (D) A segunda metade da década de 90, aonde se consolidou a multimídia, foi um marco na vida contemporânea. (E) O homem do nosso tempo, diante dos admiráveis recursos nos quais jamais sonhou alcançar, é por vezes um deslumbrado. _________________________________________________________ 20. É preciso corrigir, pela má estruturação que apresenta, a seguinte frase: (A) Com o advento dos meios de comunicação de massa, sobretudo os eletrônicos, nem por isso o progresso tecnológico deixa de ser contestado. (B) A globalização está diretamente ligada à propagação e ao aperfeiçoamento dos meios de comunicação de massa, que encurtam distâncias e aproximam as pessoas. (C) Quem não se deixa seduzir pelos atrativos e novidades da tecnologia de ponta costuma defender as vantagens da simplicidade e da naturalidade em nossa vida. (D) Os muito jovens não fazem ideia de como foram velozes as transformações que sofreu o nosso cotidiano, nas últimas décadas, por causa das inovações tecnológicas. (E) Ao que tudo indica, os próximos passos da tecnologia eletrônica serão dados na direção de uma ainda maior integração entre as diversas mídias.

CAIXA – Técnico bancário – 2008 NADA MUDOU “Em outros declives semelhantes, vimos, com prazer, progressivos indícios de desbravamento, isto é, matas em fogo ou já destruídas, de cujas cinzas começavam a brotar o milho, a mandioca e o feijão”.(...) “Pode-se prever que em breve haverá falta até de madeira necessária para construções se, por meio de uma sensata economia florestal, não se der fim à livre utilização e devastação das matas desta zona”. “As ervas desse campo, para serem removidas e fertilizar o solo com carbono e extirpar a multidão de insetos nocivos, são queimadas anualmente pouco antes de começar a estação chuvosa. Assistimos, com espanto, à surpreendente visão da torrente de fogo ondulando poderosamente sobre a planície sem fim.” “(L) Há a atividade dos homens que esburacam o solo (L) para a extração de metais. (...)” “Infelizmente (L), ávidos da carne do tatu galinha, não ponderam sobre essas sábias disposições. Perseguem-no com tanta violência, como se a espécie tivesse de ser extinta”. “No solo adubado com cinzas das matas queimadas dá boas colheitas (L) Contudo, isso se refere somente à colheita do primeiro ano; no segundo já é menor e, no terceiro, o solo em geral está parcialmente esgotado e em parte tão estragado por um capim compacto, que a plantação é desfeita L”. “Em parte, haviam sido queimadas grandes extensões das pradarias. Assisti hoje a este fenômeno diversas vezes e, por um quarto de hora, atravessamos campos incendiados, crepitando em altas chamas.”

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Lendo as citações acima, o leitor pode estar se perguntando de onde elas foram extraídas, até pela linguagem pouco usual, e a que lugares se referem. Poderá imaginar que são trechos de publicações técnicas sobre o meio ambiente, talvez algum relato de um membro de uma ONG ambientalista ou de um viajante de Portugal ou outra coisa qualquer do gênero. Pois bem, não é nada disso. Na verdade, as citações foram extraídas do livro “Viagem no Interior do Brasil” (1976, Editora Itatiaia), do naturalista austríaco Johann Emanuel Pohl. O detalhe que torna as citações mais interessantes para aquelas pessoas preocupadas com o meio ambiente é a época em que foi feita a viagem: entre 1818 e 1819. Isto mesmo, há quase 190 anos! Repito: cento e noventa anos atrás. Triste constatar que, de lá pra cá, não só pouca coisa mudou como retrocedemos em outras. O naturalista viajou pelos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Tocantins e descreveu os caminhos por onde passou. (...) O imediatismo, a destruição pela cobiça, a nefanda prática das queimadas, a falta de planejamento e o hábito de esgotar os recursos para posteriormente mudar o local da destruição são facilmente percebidos ao longo do texto. Na verdade, dada a época em que o relato foi feito, isto não constitui grande surpresa. O mais impressionante é a analogia com os dias atuais. (...) Quase dois séculos se passaram. O discurso ambientalista ganhou força e as ONG são entidades de peso político extraordinário. Mas tudo indica que, na prática, nada mudou. Rogério Grassetto Teixeira da Cunha, biólogo, é doutor em Comportamento Animal pela Universidade de Saint Andrews. JB – Ecológico, ano V, no 71, dez/2007.

11 Sobre o texto, é correto afirmar que o autor (A) faz previsões quanto à situação do ecossistema. (B) tira conclusões a partir de suas viagens pelo interior. (C) preocupa-se com a deterioração do ecossistema brasileiro. (D) critica a opinião dos observadores estrangeiros sobre o meio ambiente. (E) atribui aos naturalistas a falta de planejamento para a conservação do meio ambiente. 12 Segundo o autor, nas citações iniciais do texto (três primeiros parágrafos), o leitor poderá identificar (A) relatos críticos de viagens exploratórias. (B) interesses escusos de organizações ambientalistas. (C) propostas de ocupação do solo pelas comunidades agrícolas. (D) preparação do solo para a produção de biocombustível. (E) viagens exploratórias com vistas ao desenvolvimento sustentável. 13 Na construção do texto, o autor (A) procura um diálogo com o leitor. (B) tece considerações a partir de um monólogo. (C) desconsidera a interação com o leitor. (D) responsabiliza o leitor pela situação instalada.

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(E) apresenta solução ao leitor para os fatos constatados. 14 Ao afirmar: “O mais impressionante é a analogia com os dias atuais.” (l. 53), o autor enfatiza a (A) distância dos acontecimentos no tempo. (B) situação temporária do ecossistema no Brasil. (C) semelhança dos acontecimentos em tempos diferentes. (D) simultaneidade dos fatos históricos citados no texto. (E) diferença do tratamento ambiental brasileiro em épocas distintas. 15 As idéias relativas ao meio ambiente, que caracterizam este artigo, são desenvolvidas em um texto predominantemente (A) técnico com descrição de paisagens. (B) argumentativo com aspectos dissertativos. (C) descritivo com tom regionalista. (D) poético com passagens descritivas. (E) jornalístico de cunho investigativo. 16 De acordo com a leitura do texto, o par de vocábulos que estabelece uma correlação de causa e efeito é: (A) extinção / preservação. (B) sabedoria / aridez. (C) ponderação / perseguição. (D) conservação / violência. (E) avidez / extinção. 17 Dentre os fragmentos abaixo destacados, o único que, no contexto, NÃO corresponde ao sentido indicado entre parênteses é (A) “para serem removidas...” (l. 9) (fim) (B) “que a plantação é desfeita...” (l. 24) (consecução) (C) “se (...) não se der fim à livre utilização” (l. 6-8) (condição) (D) “crepitando em altas chamas.” (l. 28) (concessão) (E) “Contudo, isso se refere somente à colheita...” (l. 20-21) (oposição) 18 Assinale a opção em que o termo destacado NÃO pertence à mesma classe gramatical dos destacados nas demais opções. (A) “são queimadas anualmente pouco antes de começar a estação chuvosa.” (l. 11-12) (B) “Assistimos , com espanto, à surpreendente visão da torrente de fogo...” (l. 12-13) (C) “...ondulando poderosamente sobre a planície sem fim.” (l. 13-14) (D) “Infelizmente (...), ávidos da carne do tatu galinha, não ponderam...” (l. 16-17) (E) “o solo em geral está parcialmente esgotado...” (l. 22-23) 19 Segundo as normas da Redação Oficial, o emprego do pronome de tratamento está adequado em: (A) Os estudantes solicitaram ao Excelentíssimo Senhor Presidente da República mais verbas para as universidades. (B) Sua Excelência, o Papa Bento XVI, visitou o Brasil em 2007. (C) O expediente foi encaminhado ao Meritíssimo Senhor Prefeito da Cidade. (D) E, dirigindo-se ao deputado, em uma sessão plenária,

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disse: — Vossa Senhoria não conhece o assunto. (E) O Magnífico Senhor Ministro de Estado discursou na solenidade. 20 Apenas uma das palavras abaixo, em destaque, está grafada de acordo com a ortografia oficial. Assinale-a. (A) Não havia funcionários na sessão de registros. (B) A produtividade das minas de ouro superou as espectativas. (C) Foi preciso analizar cuidadosamente a biodiversidade local. (D) Conclui-se que a detalhes demais naquele levantamento. (E) Foram descobertos privilégios na concessão de licenças.

PETROBRÁS – Técnico de Contabilidade Júnior – 2011 Texto I Indústria tem a maior queda desde abril A maior concorrência com os produtos importados e a desaceleração do consumo no mercado interno fizeram a produção industrial recuar 2% em setembro ante agosto. Foi a maior queda desde abril, quando caíra 2,3%. Em relação ao mesmo mês de 2010, a produção industrial ficou 1,6% menor. O resultado veio abaixo das projeções de mercado, que esperavam baixas entre 0,6% e 1,5%. De acordo com o IBGE e economistas, a queda se intensificou em setembro. No mês, 16 dos 27 setores produziram menos. O destaque ficou no setor automotivo. Estoques em alta e vendas em baixa derrubaram a produção de carros e caminhões em 11% em relação a agosto. Segundo o gerente da pesquisa, a queda do setor automotivo foi o principal responsável pelo recuo de 5,5% entre os bens de capital (máquinas e equipamentos) e de 2,9% entre os de consumo. A queda nas exportações de produtos em geral, fruto das incertezas nos países desenvolvidos, também contribuiu para esse quadro. Economistas também citaram a concorrência com os importados, que ganharam espaço com a queda do dólar. Com esse resultado, renomadas consultorias e bancos começam a revisar a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. Apesar de outubro já apresentar uma melhora, ainda há um esforço de redução de estoques por parte da indústria, pois se criou uma expectativa maior do que efetivamente aconteceu. ROSA, Bruno. Indústria tem a maior queda desde abril. O Globo, Rio de Janeiro, 02 nov. 2011, seção Economia, p. 24. Adaptado.

1 De acordo com o Texto I, a projeção do Produto Interno Bruto de 2011 sofrerá revisão porque (A) a desaceleração da economia reduziu a produção em 1,6% entre janeiro e setembro de 2011. (B) a produção industrial sofreu uma redução de 2% em setembro em relação ao mês anterior.

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(C) a queda nas exportações de produtos em geral foi de 2,9% abaixo das projeções de mercado. (D) o consumo de produtos importados provocou queda de 2,3% no mercado interno em abril. (E) as indústrias brasileiras obtiveram resultados superiores aos obtidos em abril de 2010. 2 O Texto I faz uma análise do comportamento da produção industrial. A respeito desse comportamento, considere as afirmativas abaixo. I - A queda da produção industrial em setembro de 2011 foi menor do que as previsões dos economistas. II - A produção industrial tem sofrido altas e quedas durante o ano de 2011, sendo que, até outubro, a maior queda foi a do mês de abril em relação a março, chegando ao índice de 2,3%. III - O setor automotivo foi o maior responsável pela queda da produção industrial, porque sofreu redução de 5,5% de vendas. É correto o que se afirma em (A) I, apenas. (B) II, apenas. (C) I e II, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I, II e III. 3 No Texto I, aparecem substantivos grafados com ç que são derivados de verbos, como produção, redução, desaceleração, projeção. Os verbos a seguir formam substantivos com a mesma grafia: (A) admitir, agredir, intuir (B) discutir, emitir, aferir (C) inquirir, imprimir, perseguir (D) obstruir, intervir, conduzir (E) reduzir, omitir, extinguir 4 A seguinte frase do Texto I apresenta concordância nominal de acordo com as regras da norma-padrão da língua portuguesa, já que o adjetivo anteposto concorda com o primeiro dos dois substantivos que o seguem. “Com esse resultado, renomadas consultorias e bancos começam a revisar a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano.” (_. 24-26) No caso de um adjetivo vir posposto a dois substantivos, as seguintes expressões apresentam concordância de acordo com a norma-padrão, EXCETO (A) empresas e consultorias renomadas (B) consultorias e bancos renomadas (C) consultorias e bancos renomados (D) bancos e consultorias renomadas (E) economistas e bancos renomados Texto II Fábrica de sabores A maior parte dos sabores que sentimos ao provar

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alimentos industrializados não vêm de ingredientes de verdade. Gosto de cogumelos, coco ou morango, nesse caso, é resultado de combinações de ácidos, cetonas, aldeídos. Além das substâncias químicas, extratos naturais também entram na equação para dar sabor e aroma aos alimentos produzidos nas fábricas. Há 3 formas de tudo isso ir parar em um produto. Quando você lê “aroma natural”, quer dizer que ele foi obtido por meio de processos físicos que usam matéria-prima, retiram sua essência e aplicam no alimento. Se está escrito “idêntico ao natural”, foi criado sinteticamente em laboratório para replicar essas moléculas encontradas na natureza. Por último, “artificial” no rótulo significa que os aromistas criaram moléculas que não existem na natureza, a partir das substâncias de laboratório. As sintéticas são as mais usadas por serem mais baratas. Para se ter uma ideia, é necessário espremer uma tonelada de limões para obter cerca de 3 quilos do óleo essencial usado no “aroma natural”. O processo encarece o produto e, por isso, é menos comum nessa indústria. Ser artificial, porém, não significa que o aroma faz mal à saúde. Antes de enviar as moléculas às fábricas de alimentos, elas passam por testes de toxicologia em instituições independentes. PONTES, Felipe; AFFARO, Victor. Revista Galileu. São Paulo: Globo, out. 2011, p. 74-77. Adaptado.

5 De acordo com o Texto II, produzir um aroma idêntico ao natural consiste na (A) criação de substância química que imita moléculas presentes na natureza. (B) extração da substância principal de plantas para obter um produto natural. (C) manipulação de moléculas a partir de substâncias não encontradas na natureza. (D) obtenção da essência de certos vegetais por meio de procedimentos naturais. (E) seleção rigorosa de aromas que não sejam prejudiciais à saúde das pessoas. 6 A respeito da formação do plural dos substantivos compostos, quando os termos componentes se ligam por hífen, podem ser flexionados os dois termos ou apenas um deles. O substantivo composto que NÃO apresenta flexão de número como matéria-prima, contido no Texto II, é (A) água-benta (B) batalha-naval (C) bate-bola (D) batata-doce (E) obra-prima 7 Na frase do Texto II “foi criado sinteticamente em laboratório para replicar essas moléculas encontradas na natureza.” (_. 13-15), a palavra destacada pode ser substituída, sem alterar o significado do trecho, por (A) reestruturar

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(B) reproduzir (C) reservar (D) restaurar (E) retirar 8 Considere o comportamento do verbo em destaque, empregado no Texto II, quanto à sua regência, em “para dar sabor e aroma aos alimentos”. (_. 7-8) O trecho do Texto II cujo verbo apresenta a mesma regência é: (A) “Quando você lê ‘aroma natural’ ” (_. 9-10) (B) “ ‘artificial’ no rótulo significa que os aromistas” (_. 15-16) (C) “que não existem na natureza,” (_. 16-17) (D) “O processo encarece o produto” (_. 22) (E) “enviar as moléculas às fábricas de alimentos” (_. 24-25) 9 Algumas formas verbais na 3a pessoa do plural terminam com êm conforme o exemplo destacado no trecho do Texto II “A maior parte dos sabores que sentimos ao provar alimentos industrializados não vêm de ingredientes de verdade.” (_. 1-3) Um verbo que também apresenta essa grafia na 3a pessoa do plural é (A) crer (B) ler (C) manter (D) prever (E) ver 10 A forma verbal em destaque no trecho do Texto II poderia estar tanto no singular quanto no plural, conforme a concordância exigida na norma-padrão. “A maior parte dos sabores que sentimos ao provar alimentos industrializados não vêm de ingredientes de verdade.” (_. 1-3) Um outro exemplo dessa dupla possibilidade é: (A) A metade dos jovens compareceram ao campeonato no fim de semana. (B) Mais de 80 países participaram da olimpíada de informática. (C) Muitos de nós gostamos de comidas típicas de países orientais. (D) Naquela tarde, menos de cem mil pessoas foram ao estádio de futebol. (E) Os menores preços daquele antivírus estão disponíveis na internet.

SEPLAG – Auditor Contábil – 2011 Texto I A FORÇA DO PENSAMENTO Leia a seguir a entrevista com o neurocientista Miguel Nicolelis sobre seu novo livro, em que discute como a ligação entre cérebro e máquina revolucionará a medicina e o modo como iremos nos relacionar. No futuro, controlaremos máquinas e resolveremos problemas de saúde pelo comando da mente. Revista Galileu: O que é uma interface cérebro-máquina? Miguel Nicolelis: Basicamente, é o envio de informações

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por pensamento. Transferimos o sinal elétrico do cérebro, codificado de forma digital, sem fio, a equipamentos adaptados para receber esse comando. Com essa união da mente a sistemas virtuais, poderemos ter grandes avanços na medicina já nos próximos anos. A curto prazo, a paralisia é nosso foco. Trabalhamos para fazer quadriplégicos andarem usando uma espécie de esqueleto externo controlado pela mente. A longo prazo, tentaremos encontrar formas de reduzir o processo neurodegenerativo ou as lesões neuronais. Mais adiante, o objetivo será chegar à melhora de funções cognitivas. Revista Galileu: A interação direta com as máquinas mudará o modo como nos comunicamos? Miguel Nicolelis: Por completo. Internet, redes sociais e voz são interfaces lentas. Digitação, e até mesmo a linguagem, são imprecisas. Se você pudesse interagir com milhões de pessoas por pensamento ao mesmo tempo, aumentaria a velocidade de comunicação e essas interações seriam muito mais vívidas e reais. Não haveria interface entre você e a máquina, seria uma interação quase que como uma fusão, um inconsciente coletivo, uma rede social feita apenas por pensamentos. A linguagem passa a se transformar num meio secundário de comunicação. Isso só ocorrerá daqui a centenas e centenas de anos. Revista Galileu: Que mudanças ocorreriam em uma sociedade que se comunica assim? Miguel Nicolelis: Essa tecnologia pode realmente libertar a percepção dos limites. Com o cérebro, conseguiremos controlar os mais diferentes artefatos mecânicos, robóticos, virtuais, computacionais. Além disso, poderemos também criar novos sentidos. PAVARIN, Guilherme. A força do pensamento: entrevista com Miguel Nicolelis. Revista Galileu, n. 236, São Paulo: Globo. mar. 2011, p. 11-13. Adaptado.

1 Segundo o neurologista entrevistado, a sociedade do futuro transformará a linguagem em meio secundário de comunicação porque (A) artefatos robóticos serão responsáveis por emitir mensagens automaticamente. (B) equipamentos modernos serão responsáveis pela digitação das mensagens. (C) sistemas virtuais permitirão que o cérebro envie informações por pensamento. (D) máquinas eficientes terão a capacidade de registrar por escrito as mensagens. (E) linguagens de caráter visual serão criadas para substituir a linguagem verbal. 2 Normalmente, utiliza-se a conjunção “porque” para expressar a relação lógica de causalidade entre duas ideias em um texto. Mas essa relação pode ocorrer, também, entre duas frases que se relacionam sem a presença explícita dessa conjunção, como em (A) “Com essa união da mente a sistemas virtuais, poderemos ter grandes avanços na medicina já nos próximos

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anos. A curto prazo, a paralisia é nosso foco.” (_. 13-15) (B) “A longo prazo, tentaremos encontrar formas de reduzir o processo neurodegenerativo ou as lesões neuronais. Mais adiante, o objetivo será chegar à melhora de funções cognitivas.” (_. 18-21) (C) “Internet, redes sociais e voz são interfaces lentas. Digitação e, até mesmo, a linguagem são imprecisas.” (_. 24-26) (D) “A linguagem passa a se transformar num meio secundário de comunicação. Isso só ocorrerá daqui a centenas e centenas de anos.” (_. 33-35) (E) “Essa tecnologia pode realmente libertar a percepção dos limites. Com o cérebro, conseguiremos controlar os mais diferentes artefatos mecânicos, robóticos, virtuais, computacionais.” (_. 38-41) 3 Os critérios que regulam o emprego do sinal indicativo da crase, na língua escrita padrão, determinam os casos em que seu uso é obrigatório, facultativo ou proibido. Na frase “Transferimos o sinal elétrico do cérebro, codificado de forma digital, sem fio, a equipamentos adaptados para receber esse comando.” (_. 10-13) o uso desse sinal é PROIBIDO, porque, nesse caso, se aplica a mesma regra que em (A) “Com essa união da mente a sistemas virtuais, poderemos ter grandes avanços na medicina já nos próximos anos.” (_. 13-15) (B) “[...] tentaremos encontrar formas de reduzir o processo neurodegenerativo ou as lesões neuronais.” (_. 18-20) (C) “Não haveria interface entre você e a máquina [...]” (_. 30) (D) “A linguagem passa a se transformar num meio secundário de comunicação.” (_. 33-34) (E) “Essa tecnologia pode realmente libertar a percepção dos limites.” (_. 38-39) 4 Considere as afirmativas a seguir acerca das palavras em destaque. I – Em “Com essa união da mente a sistemas virtuais, poderemos ter grandes avanços na medicina já nos próximos anos.” (_. 13-15), a palavra destacada refere- se a sistemas que existem apenas potencialmente, não como realidade. II – Em “Internet, redes sociais e voz são interfaces lentas.” (_. 24-25), a palavra destacada refere-se aos meios pelos quais o usuário interage com um programa ou sistema operacional. III – Em “[...] essas interações seriam muito mais vívidas e reais. [...]” (_. 29), a palavra destacada se refere a interações mais verdadeiras. IV – Em “Com o cérebro, conseguiremos controlar os mais diferentes artefatos mecânicos, [...]” (_. 39-41), a palavra destacada se refere a aparelhos ou dispositivos. São corretas APENAS as afirmativas (A) I e II (B) II e III (C) I, II e III (D) I, II e IV

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(E) I, III e IV Texto II A história de nós mesmos Somos dependentes da memória — e é justificável que sejamos. É essa faculdade que nos permite desde executar tarefas básicas do dia a dia — como escovar os dentes, ir ao mercado e encontrar o caminho de volta para casa — até aprender (e fixar) conceitos, procedimentos ou teorias complexas. E é fundamental para nossa proteção, pois nos lembrarmos de que fogo queima e que nos envolvermos em certas situações é prejudicial (ou até fatal) muitas vezes garante a sobrevivência física e o bem-estar emocional. É também a capacidade mnêmica que nos possibilita conectar informações e transmitir nossas histórias — tanto coletivas quanto pessoais. E oferece o contorno de nossa identidade, permitindo até mesmo planejar o futuro. Recentemente, pesquisadores comprovaram que as áreas cerebrais envolvidas na produção de projeções e planejamentos são as mesmas usadas na manutenção de recordações. Essa constatação vai ao encontro de uma ideia com a qual a psicanálise trabalha há mais de um século: elaborar o que se viveu para escapar da repetição e encontrar possibilidades de futuro. Hoje os cientistas sabem que nossas recordações não são reproduções fiéis do que vivemos. LEAL, Gláucia. Revista Mente e Cérebro, Edição especial n. 27. São Paulo: Ediouro Duetto Editorial Ltda. Adaptado.

5 De acordo com o Texto II, a memória é fundamental para nossa proteção porque (A) assegura a sobrevivência física e também o bem-estar emocional. (B) impede que seres humanos se beneficiem de experiências passadas. (C) oferece informações práticas sobre hábitos saudáveis ao organismo. (D) possibilita a descoberta de como o cérebro produz lembranças. (E) revive as recordações traumáticas que devemos esquecer. 6 A justificativa do emprego do sinal de pontuação está ERRADA em (A) “Somos dependentes da memória — e é justificável que sejamos.” (_. 1-2) - Emprego do travessão para introduzir um comentário. (B) “É essa faculdade que nos permite desde executar tarefas básicas do dia a dia — como escovar os dentes, ir ao mercado e encontrar o caminho de volta para casa [...]” (_. 2-5) - Emprego do travessão para introduzir uma enumeração. (C) “[...] pois nos lembrarmos de que fogo queima e que nos envolvermos em certas situações é prejudicial (ou até fatal) muitas vezes garante a sobrevivência física e o bem-estar emocional.” (_. 7-11) - Emprego dos parênteses para acrescentar uma informação.

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(D) “É também a capacidade mnêmica que nos possibilita conectar informações e transmitir nossas histórias — tanto coletivas quanto pessoais.” (_. 11-13) - Emprego do travessão para inserir um detalhamento da informação. (E) “E oferece o contorno de nossa identidade, permitindo até mesmo planejar o futuro.” (_. 13-15) - Emprego da vírgula para indicar a supressão de uma palavra. 7 O ofício é a forma de correspondência oficial em que se estabelece a comunicação entre órgãos oficiais, ou de um órgão oficial para uma pessoa. Deve ser redigido no padrão culto da língua, segue um esquema preestabelecido e não deve apresentar rasura. O texto que segue é um exemplo de ofício. A respeito desse tipo de correspondência, considere as afirmações abaixo. I – Um ofício deve conter identifi cação do destinatário, agradecimento, recibo, mensagem. II – Um ofício deve conter fundamentação legal, saudação fi nal, experiência profi ssional. III – Um ofício deve conter local e data, mensagem, saudação fi nal, assinatura e cargo do remetente. IV – Um ofício deve conter número do documento, saudação fi nal, identifi cação do destinatário. Estão corretas APENAS as afirmações (A) I e II (B) I e III (C) II e III (D) II e IV (E) III e IV 8 A correspondência oficial é uma espécie formal de comunicação, estabelecida entre os órgãos do poder público para elaborar atos normativos e comunicações. É pautada por uma padronização de linguagem e de estrutura, que se caracteriza por: padrão culto da linguagem, impessoalidade, formalidade, clareza, concisão, uniformidade, uso adequado dos pronomes de tratamento. Para que as comunicações sejam compreendidas por todo e qualquer cidadão, há que evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados grupos, como a gíria, os regionalismos vocabulares ou o jargão técnico. Ofícios, memorandos, atas são exemplos de correspondência oficial. Com relação ao emprego dos pronomes de tratamento, é INCORRETO afirmar que (A) esses pronomes exigem forma verbal conjugada na terceira pessoa gramatical. (B) o pronome Vossa Excelência é utilizado em correspondência dirigida às altas autoridades do governo. (C) o gênero gramatical do adjetivo relacionado a um pronome de tratamento deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere. (D) o pronome Vossa Eminência deve ser empregado em correspondência dirigida a reitores de universidades. (E) os pronomes possessivos referidos aos pronomes de tratamento são flexionados na terceira pessoa.

PETROBRÁS – Contador Júnior – 2011

Texto I REPIQUE DAS MESMAS PALAVRAS Palavras consideradas difíceis, como “engalanada”, já não atraem muitos autores de escola de samba. A busca agora é pela comunicação direta. Em 2011, “vai” será a palavra mais repetida nos desfiles das 12 escolas do Grupo Especial: 19 vezes no total. Em seguida, uma variação do mesmo verbo: “vou”, com dez repetições. Essa também será a incidência de “vida” e “amor” (dez vezes cada uma).

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“Luz” e “mar” (nove vezes) fecham o pódio das mais populares de 2011. Isto sem considerar as repetições de uma mesma música, uma vez que ela não muda durante todo o desfile das escolas. Outrora clássicas, palavras como “relicário” e “divinal” só aparecerão uma vez cada uma. E “engalanado”, que já teve seus dias de estrela, ficará mesmo de fora dos desfiles do Grupo Especial. Para especialistas, as palavras mais usadas atualmente são curtas, chamam o público e motivam os componentes. – “Vai” é a clara tentativa do compositor de empolgar e envolver a plateia desde o concurso das escolas, quando tem que mostrar às comissões julgadoras que suas músicas têm capacidade de empolgar. “Vou” está na linha de “vai”: chama, motiva. Quanto a “vida” e “amor”, refletem o otimismo do carnaval. Nenhuma palavra fica no campo semântico do pessimismo, tristeza. E “mundo” deixa claro o aspecto grandioso, assim como “céu” – disse o jornalista Marcelo de Mello, jurado do estandarte de Ouro desde 1993. Dudu Botelho, compositor do Salgueiro, é um dos compositores dos sambas de 2007, 2008 e 2011. O samba de sua escola, aliás, tem três das seis palavras mais recorrentes: “vida”, “luz” e “mar”: – O compositor tenta, através da letra, estimular o componente e a comunidade a se inserir no roteiro do enredo. Todas as palavras mais repetidas no carnaval estão entre as mais usadas nos sambas das últimas campeãs dos anos 2000. “Terra” foi a mais escolhida (11 vezes). Em seguida, apareceram “vou” e “pra” (nove vezes); “luz”, “mar”, e “fé” (oito); “Brasil” (sete); e “vai”, “amor”, “carnaval” e “liberdade” (seis); e “vida” (cinco). Para Marcelo de Mello, a repetição das mesmas palavras indica um empobrecimento das letras: – O visual ganhou um peso grande. A última escola que venceu um campeonato por causa do samba foi o Salgueiro em 1993, com o refrão “explode coração”. MOTTA, Cláudio. Repique das mesmas palavras. O Globo, 09 fev. 2011. Adaptado.

1 Segundo o Texto I, o motivo real para o emprego de palavras mais curtas se dá porque (A) insere o componente no enredo da escola. (B) identifica o falante no seu contexto linguístico. (C) estabelece uma comunicação fácil com a escola. (D) estimula os músicos a criarem letras mais inspiradas. (E) envolve o público no processo de criação dos compositores. 2 O Texto I pode ser lido como um jogo de oposições. A única oposição que NÃO aparece na matéria é (A) passado / presente (B) otimismo / pessimismo (C) tradição / modernidade (D) rapidez / lentidão

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(E) envolvimento / passividade 3 A escolha do título de um texto nunca é aleatória. O emprego da palavra repique no título do Texto I revela a intenção de (A) valorizar um dos instrumentos mais populares da bateria. (B) criar uma identidade com o universo linguístico do samba. (C) apontar uma relação entre a natureza da palavra e o seu sentido. (D) evidenciar o contraste entre os tempos de outrora e o da atualidade. (E) reconhecer a importância da empolgação dos componentes da escola de samba. 4 A última fala do texto, de Marcelo de Mello, poderia ser introduzida por um conectivo, que preencheria a frase abaixo. A repetição das mesmas palavras indica um empobrecimento das letras __________ o visual ganhou um peso grande. A respeito do emprego desse conectivo, analise as afirmações a seguir. I - O conectivo adequado seria porque, uma vez que estabelece uma relação de causa. II - O conectivo adequado seria por que, uma vez que se reconhecem aqui duas palavras. III - O conectivo levaria acento, porquê, já que pode ser substituído pelo termo “o motivo”, ou “a razão”. É correto o que se afirma em (A) I, apenas. (B) II, apenas. (C) I e II, apenas. (D) I e III, apenas. (E) I, II e III. 5 “Essa também será a incidência de ‘vida’ e ‘amor’ (dez vezes cada uma).” (_. 7-8) O substantivo incidência vem do verbo incidir. Dos verbos a seguir, o único que segue esse mesmo paradigma é (A) abranger (B) devolver (C) incinerar (D) perceber (E) iludir Texto II PALAVRA PEJORATIVA O uso do termo “diferenciada” com sentido negativo ressuscita o preconceito de classe “Você já viu o tipo de gente que fica ao redor das estações do metrô? Drogados, mendigos, uma gente diferenciada.” As palavras atribuídas à psicóloga Guiomar Ferreira, moradora há 26 anos do bairro Higienópolis, em São Paulo, colocaram lenha na polêmica sobre a construção de uma estação de metrô na

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região, onde se concentra parte da elite paulistana. Guiomar nega ser a autora da frase. Mas a autoria, convenhamos, é o de menos. A menção a camelôs e usuários do transporte público ressuscitou velhos preconceitos de classe, e pode deixar como lembrança a volta de um clichê: o termo “diferenciada”. A palavra nunca fora usada até então com viés pejorativo no Brasil. Habitava o jargão corporativo e publicitário, sendo usada como sinônimo vago de algo “especial”, “destacado” ou “diferente” (sempre para melhor). – Não me consta que já houvesse um “diferenciado” negativamente marcado. Não tenho nenhum conhecimento de existência desse “clichê”. Parece-me que a origem, aí, foi absolutamente episódica, nascida da infeliz declaração – explica Maria Helena Moura Neves, professora da Unesp de Araraquara (SP) e do Mackenzie. Para a professora, o termo pode até ganhar as ruas com o sentido negativo, mas não devido a um deslizamento semântico natural. Por natural, entenda- se uma direção semântica provocada pela configuração de sentido do termo originário. No verbo “diferenciar”, algo que “se diferencia” será bom, ao contrário do que ocorreu com o verbo “discriminar”, por exemplo. Ao virar “discriminado”, implicou algo negativo. Maria Helena, porém, não crê que a nova acepção de “diferenciado” tenha vida longa. – Não deve vingar, a não ser como chiste, aquelas coisas que vêm entre aspas, de brincadeira – emenda ela. [...] MURANO, Edgard. Disponível em: <http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=12327>. Acesso em: 05 jul. 2011. Adaptado.

6 O verbo ganhar (_. 25), na sua forma usual, é considerado um verbo abundante, apresentando, pois, duas formas de particípio: uma forma regular (ganhado); outra, irregular, supletiva (ganho). Dentre os verbos encontrados no Texto II, qual é aquele que apresenta SOMENTE uma forma irregular? (A) Ver (_. 1) (B) Ficar (_. 1) (C) Ter (_. 19) (D) Ocorrer (_. 31) (E) Vingar (_. 35) 7 Na última fala do Texto II, a forma verbal vingar está com o sentido de “ter bom êxito”, “dar certo”. (_. 35) Em qual das frases abaixo o verbo em negrito apresenta a mesma regência de vingar? (A) “A menção a camelôs e usuários do transporte público ressuscitou velhos preconceitos de classe,” (_. 9-11) (B) “– Não me consta que já houvesse um ‘diferenciado’ negativamente marcado.” (_. 18-19) (C) “Não tenho nenhum conhecimento de existência desse ‘clichê’.” (_. 19-20) (D) “Parece-me que a origem, aí, foi absolutamente

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episódica,” (_. 20-21) (E) “[...] aquelas coisas que vêm entre aspas, de brincadeira –” (_. 35-36) 8 Segundo os compêndios gramaticais, existem duas possibilidades de escritura da voz passiva no português. Na frase abaixo, encontra-se uma delas: “A palavra nunca fora usada até então com viés pejorativo no Brasil.” (_. 13-14) A outra possibilidade de escritura, na forma passiva, na qual o sentido NÃO se altera é: (A) A palavra nunca se usou até então com viés pejorativo no Brasil. (B) A palavra nunca se usara até então com viés pejorativo no Brasil. (C) A palavra nunca se tem usado até então com viés pejorativo no Brasil. (D) A palavra nunca se usava até então com viés pejorativo no Brasil. (E) A palavra nunca se usaria até então com viés pejorativo no Brasil.

FINEP – Analista – Contabilidade – 2011 RETRATOS DE UMA ÉPOCA Mostra exibe cartões-postais de um tempo que não volta mais Em tempos de redes sociais e da presença cada vez maior da internet no cotidiano, pouca gente se recorda de que nem sempre tudo foi assim tão rápido, instantâneo e impessoal. Se os adultos esquecem logo, crianças e adolescentes nem sabem como os avós de seus avós se comunicavam. Há 15 dias, uma educadora no Recife, Niedja Santos, indagou a um grupo de estudantes quais os meios de comunicação que eles conheciam. Nenhum citou cartões-postais. Pois eles já foram tão importantes que eram usados para troca de mensagens de amor, de amizade, de votos de felicidades e de versos enamorados que hoje podem parecer cafonas, mas que, entre os séculos XIX e XX, sugeriam apenas o sentimento movido a sonho e romantismo. Para se ter uma ideia de sua importância, basta lembrar um pouco da história: nasceram na Áustria, na segunda metade do século XIX, como um novo meio de correspondência. E a invenção de um professor de Economia chamado Emannuel Hermann fez tanto sucesso que, em apenas um ano, foram vendidos mais de dez milhões de unidades só no Império Austro-Húngaro. Depois, espalharam-se pelo mundo e eram aguardados com ansiedade. – A moda dos cartões-postais, trazida da Europa, sobretudo da França, no início do século passado para o Recife de antigamente, tornou-se uma mania que invadiu toda a cidade – lembra o colecionador Liedo Maranhão, que passou meio século colecionando- os e reuniu mais de 600, 253 dos quais estão na exposição “Postaes: A correspondência afetiva na

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Coleção Liedo Maranhão”, no Centro Cultural dos Correios, na capital pernambucana. O pesquisador, residente em Pernambuco, começou a se interessar pelo assunto vendo, ainda jovem, os postais que eram trocados na sua própria família. Depois, passou a comprá-los no Mercado São José, reduto da cultura popular do Recife, onde eram encontrados em caixas de sapato ou pendurados em cordões para chamar a atenção dos visitantes. Boa parte da coleção vem daí. [...] – Acho que seu impacto é justamente o de trazer para o mundo contemporâneo o glamour e o romantismo de um meio de comunicação tão usual no passado – afirma o curador Gustavo Maia. – O que mais chama a atenção é o sentimento romântico como conceito, que pode ser percebido na delicadeza perdida de uma forma de comunicação que hoje está em desuso – reforça Bartira Ferraz, outra curadora da mostra. [...] LINS, Letícia. Retratos de uma época. Revista O Globo, Rio de Janeiro, n. 353, p. 26-28, 1o maio 2011. Adaptado.

1 A ideia contida nos dois primeiros parágrafos é a de que (A) a necessidade de comunicação interpessoal desenvolveu- se só com a internet. (B) os cartões-postais eram, à sua época, considerados cafonas. (C) a atividade interpessoal realizada hoje pela internet era realizada, antes, similarmente por meio dos cartões-postais. (D) a importância dos cartões-postais se deveu ao fato de terem sido criados na Europa e, então, trazidos para o Brasil. (E) os cartões-postais eram o principal meio de correspondência entre os professores na Áustria. 2 Pela leitura do texto, infere-se que a época do surgimento dos cartões-postais se caracterizava por (A) lentidão e fugacidade (B) vagareza e permanência (C) indiferença e celeridade (D) rapidez e solidariedade (E) pessoalidade e velocidade 3 As afirmações abaixo relacionam-se ao professor Emannuel Hermann. I – Deixou de ser professor de Economia, após vender mais de dez milhões de postais. II – Inventou os cartões-postais. III – Nasceu na segunda metade do século XIX. Está contido no texto o que se afirma em (A) I, apenas. (B) II, apenas. (C) III, apenas. (D) I e II, apenas. (E) II e III, apenas. 4 Em um cartão-postal, lê-se o seguinte:

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“Teu celestial sorriso / Me alegra, encanta e fascina, / Prometendo um paraíso, / Onde serás luz divina:” A relação entre o trecho destacado e a explicação ao seu lado está correta em: (A) “Teu celestial sorriso” - o sorriso de quem remete o cartão. (B) “[...] encanta e fascina” - o destinatário é encantado, fascinado pelo sorriso. (C) “Prometendo um paraíso” - o remetente infere no sorriso uma promessa. (D) “Onde serás luz [...]” - a palavra onde remete ao sorriso. (E) “[...] serás luz divina” - a luz é proveniente do céu e inerente ao paraíso. 5 O trecho “Há 15 dias, uma educadora no Recife, Niedja Santos, indagou a um grupo de estudantes quais os meios de comunicação que eles conheciam. Nenhum citou cartões postais.” (_. 6-9) classifica-se como do tipo textual narrativo. PORQUE A narração se caracteriza pela apresentação de um evento marcado temporalmente, com a participação dos personagens envolvidos. Analisando-se as afirmações acima, conclui-se que (A) as duas afirmações são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. (B) as duas afirmações são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira. (C) a primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa. (D) a primeira afirmação é falsa e a segunda é verdadeira. (E) as duas afirmações são falsas. 6 Os trechos transcritos abaixo apresentam apenas um sinal de pontuação. Em qual deles, o sinal pode ser substituído por ponto e vírgula (;), com as adaptações necessárias, se for o caso? (A) “Há 15 dias, uma educadora no Recife” (_. 6-7) (B) “indagou a um grupo de estudantes quais os meios de comunicação que eles conheciam. Nenhum citou cartões-postais” (_. 7-9) (C) “Para se ter uma ideia de sua importância, basta lembrar um pouco da história” (_. 15-16) (D) “tornou-se uma mania que invadiu toda a cidade – lembra o colecionador Liedo Maranhão” (_. 27-29) (E) “reduto da cultura popular do Recife, onde eram encontrados em caixas de sapato” (_. 38-39) 7 Cada período abaixo é composto pela união de duas orações. Em qual deles essa união está de acordo com a norma- -padrão? (A) A exposição que o pesquisador se referiu foi prorrogada por mais um mês. (B) Mora em Recife o pesquisador que os postais estão sendo expostos. (C) Os estúdios em que eram elaborados os postais ficavam na Europa. (D) Foi impressionante o sucesso cuja exposição de

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cartões-postais alcançou. (E) O assunto que o pesquisador se interessou traz uma marca de romantismo. 8 A concordância verbal está de acordo com a normapadrão em: (A) Cada um dos curadores foram responsáveis por um tema. (B) Muitos cartões vem decorados com guirlandas de flores. (C) A maior parte dos cartões expostos encantou os visitantes. (D) Está acontecendo diversos eventos sobre meios de comunicação na cidade. (E) Haviam poucos estudantes interessados em meios de comunicação do passado. 9 A formação do plural da palavra cartão-postal é a mesma que ocorre em (A) abaixo-assinado (B) alto-falante (C) porta-voz (D) cavalo-vapor (E) guarda-civil 10 O sinal indicativo da crase é necessário em: (A) Os cartões-postais traziam as novas notícias de quem estava viajando. (B) Recife abriga a mostra de antigos cartões-postais, fruto do esforço de um colecionador. (C) Reconhecer a importância de antigos hábitos, como a troca de cartões-postais, é valorizar o passado. (D) Enviar um cartão-postal aquela pessoa a quem se ama era, nos séculos XIX e XX, uma forma de amor. (E) Durante muito tempo, e em vários lugares do mundo, a moda de trocar cartões-postais permaneceu.

BNDES – Profissional Básico – Engenharia - 2011 Texto I Vista cansada Acho que foi o Hemingway quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Pela última ou pela primeira vez? Pela primeira vez foi outro escritor quem disse. Essa ideia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou. Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio. Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta.

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Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom-dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer. Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos. Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia a dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença. RESENDE, Otto Lara. Disponível em: http://www.releituras.com/olresende_vista.asp Acesso em: 21 dez. 2010. (Adaptado)

1 No primeiro parágrafo do Texto I, a conjectura feita pelo narrador “Pela última ou pela primeira vez?” (g. 3), no contexto em que se insere, encerra um juízo de valor que, semanticamente, se configura como um(a) (A) desabafo (B) revolta (C) aprovação (D) consternação (E) contestação 2 As passagens que, nos contextos em que se inserem, estabelecem entre si um contraste semântico são: (A) “Um poeta é só isto:” (g. 9) e “Vê não vendo.” (g. 11) (B) “O que nos cerca,” (g.13) e “o que nos é familiar,” (g. 13) (C) “já não desperta curiosidade.” (g. 13-14) e “O campo visual da nossa rotina é como um vazio.” (g. 14-15) (D) “você não sabe.” (g. 18) e “você não vê.” (g. 18-19) (E) “Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro.” (g. 20-21) e “Dava-lhe bom-dia...” (g. 21-22) 3 “O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar.” (g. 10-11) Na linha argumentativa do texto, a oração “que a gente banaliza o olhar” em relação à oração “de tanto ver” encerra uma (A) causa (B) consequência (C) conformidade (D) condição (E) concessão

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4 A passagem transcrita em que NÃO há correspondência entre o pronome destacado e o referente a ele atribuído é: (A) “...como se a visse pela última vez.” (g. 2-3) – coisa (B) “Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro.” (g. 20-21) – hall do prédio (C) “Dava-lhe bom-dia...” (g. 21-22) – profissional (D) “pode ser também que ninguém desse por sua ausência.” (g. 29-30) – girafa (E) “O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem.” (g. 30-31) – olhos 5 Em “O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem.” (g. 30-31), os sentidos das sequências em destaque são: (A) aguça a atenção e distorce a percepção. (B) embota a atenção e subtrai a percepção. (C) amplia a visão e dificulta a percepção. (D) impede a visão e aumenta a percepção. (E) distorce a visão e corrige a percepção. 6 Em relação aos dois últimos períodos do Texto I, afirma-se que a (A) rotina é consequência do sentimento de indiferença familiar. (B) indiferença é a causa da não percepção verificada entre os membros da família. (C) ausência de percepção gera a rotina de vida. (D) rotina leva à não percepção que, por sua vez, traz como consequência a indiferença. (E) ausência de percepção é uma consequência da indiferença familiar. 7 Desenvolvendo-se a oração reduzida “Para ser notado,” (g. 27), tem-se: (A) para ter sido notado (B) para que fosse notado (C) para que tenha notado (D) para que seja notado (E) para que se note 8 Transpondo o período “ Há pai que nunca viu o próprio filho.” (g. 36) para o plural e substituindo haver por outro verbo ou locução verbal de sentido equivalente, o período que NÃO apresenta ERRO quanto à concordância verbal é: (A) Existem pais que nunca viram os próprios filhos. (B) Devem haver pais que nunca viram os próprios filhos. (C) Deve existir pais que nunca viram os próprios filhos. (D) Hão de haver pais que nunca viram os próprios filhos. (E) Há de existir pais que nunca viram os próprios filhos. 9 “...e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência.” (g. 22-23) “isso existe às pampas.” (g. 37) Quais as locuções destacadas que encerram, respectivamente, as mesmas circunstâncias das destacadas nos

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trechos transcritos acima? (A) Aos poucos, ele ia percebendo que não precisava mais dela. / Nada em volta causava mais surpresa. (B) Saiu às pressas porque tinha um compromisso. / De vez em quando, é preciso repensar as estratégias. (C) Vá em frente que você encontrará o que procura. / De modo algum aceitarei a proposta feita pelo meu superior. (D) Em breve, estarei terminando de escrever minha biografia. / Trabalhou em excesso para apresentar seu projeto final. (E) A notícia chegou de súbito causando, assim, um grande impacto. / Hoje em dia, as pessoas pensam mais nelas próprias. 10 A oração cuja classificação está INCORRETA é: (A) “Se eu morrer,” (g. 8) – oração subordinada adverbial condicional (B) “mas não é.” (g. 13) – oração coordenada sindética adversativa (C) “O campo visual da nossa rotina é como um vazio.” (g. 14-15) – oração principal (D) “Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta.” (g. 16-17) – oração absoluta (E) “O hábito suja os olhos...” (g. 30) – oração coordenada assindética 11 “...que olhava cada coisa à sua volta...” (g. 1-2) “...que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório.” (g. 19-20) Quanto às classes de palavras, os elementos destacados nas passagens acima são, respectivamente: (A) conjunção e pronome relativo (B) pronome indefinido e conjunção (C) pronome relativo e advérbio (D) preposição e conjunção (E) partícula de realce e preposição Texto II Borboletas Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de se decepcionar é grande. As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as delas. Temos que nos bastar... nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém. As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida. Com o tempo, você vai percebendo que, para ser feliz com a outra pessoa, você precisa, em primeiro

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lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher de sua vida. Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem gosta de você. O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você. No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você! Disponível em: http://pensador.uol.com.br/frase/MjkwODky/ Acesso em: 09 dez. 2010.

12 Segundo o Texto II, a relação afetiva deve caracterizar-se, fundamentalmente, pela(o) (A) busca (B) carência (C) compartilhamento (D) indiferença (E) insistência 13 Segundo as ideias do Texto II, projetar no outro nossas ansiedades torna-nos (A) condescendentes para com os outros (B) vulneráveis a possíveis insucessos (C) seguros quanto à consecução do objetivo (D) indiferentes a quaisquer consequências (E) mais resistentes aos obstáculos 14 Segundo as ideias do Texto II, a felicidade de duas pessoas marca-se pela(o) (A) dedicação incondicional de uma delas à outra (B) desnecessidade existente em ambas (C) capacidade de uma controlar a relação (D) submissão de uma à outra (E) empenho mútuo de uma subjugar a outra 15 Em “O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você.” (g. 24-25), o narrador faz uma analogia entre cada pessoa considerada individualmente e seu âmago (seu íntimo). Os elementos do trecho acima que, semanticamente, evidenciam essa analogia são (A) “segredo” e “borboletas” (B) “segredo” e “jardim” (C) “borboletas” e “jardim (D) “borboletas” e “você” (E) “você” e “ jardim” 16 Considere as afirmativas abaixo. I - A completude do ser humano caminha na razão direta de suas necessidades. II - A felicidade, muitas vezes, evidencia-se como ilusória. III - O verdadeiro amor caracteriza-se pela concessão, aceitação e naturalidade. Em relação às ideias do Texto II, está correto APENAS o que se afirma em

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(A) I (B) II (C) III (D) I e II (E) II e III 17 A frase em que o uso da preposição destacada NÃO constitui caso de regência verbal ou nominal é: (A) “Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa,” (g. 1-2) (B) “temos que nos conscientizar de que estamos juntos...” (g. 8-9) (C) “dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.” (g. 14-15) (D) “...que, para ser feliz com a outra pessoa,” (g. 16-17) (E) “Você aprende a gostar de você,” (g. 22) 18 De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as palavras que obedecem, respectivamente, às mesmas regras de acentuação gráfica de “alguém” e “até” são: (A) reféns – fé (B) herói – baú (C) hífen – português (D) ímã – através (E) parabéns – clichê 19 A conjunção/locução conjuntiva entre parênteses que NÃO expressa a mesma relação de sentido da conjunção/locução conjuntiva destacada é: (A) “assim como não estamos aqui,” (g. 5-6) – (bem como) (B) “...quando procuramos estar com alguém,” (g. 8) – (sempre que) (C) “...porque gostamos,” (g. 9-10) – (ao passo que) (D) “...para que elas venham até você.” (g. 25) – (a fim de que) (E) “mas quem estava procurando por você!” (g. 27-28) – (porém) 20 Em “Com o tempo,” (g. 16), a vírgula separa um adjunto adverbial deslocado. A justificativa do emprego da(s) vírgula(s) é a mesma da passagem transcrita acima em: (A) A vida, bem maior do ser humano, nem sempre é como idealizamos. (B) Deus, ajudai-nos para que nunca deixemos de acreditar nas pessoas. (C) A decepção, contudo, não deve ser razão única para não tentarmos novamente. (D) Por agora, o melhor é aprender a dividir esforços para atingir objetivos comuns. (E) É preciso ter fé, sabedoria e paciência para que as coisas cheguem até você.

BNDES – Profissional Básico – Contabilidade – 2011 Texto I

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A REDESCOBERTA DO BRASIL Na segunda metade do século XVI, quando o rei D. Manoel, o capitão-mor Pedro Álvares Cabral e o escrivão Pero Vaz de Caminha já estavam mortos havia mais de duas décadas, começaria a surgir em Lisboa a tese de que o Brasil fora descoberto por acaso. Tal teoria foi obra dos cronistas e historiadores oficiais da corte. [...] Embora narrassem fatos ocorridos havia apenas meio século e tivessem acesso aos arquivos oficiais, os cronistas reais descreveram o descobrimento do Brasil com base na chamada Relação do Piloto Anônimo. A questão intrigante é que em nenhum momento o “piloto anônimo” faz menção à tempestade que, segundo os cronistas reais, teria feito Cabral “desviar- se” de sua rota. Embora a carta de Caminha não tenha servido de fonte para os textos redigidos pelos cronistas oficiais do reino, esse documento também não se refere a tormenta alguma. Pelo contrário: mesmo quando narra o desaparecimento da nau de Vasco de Ataíde, ocorrido duas semanas depois da partida de Lisboa, Caminha afirma categoricamente que esse navio sumiu “sem que houvesse tempo forte ou contrário para poder ser”. Na verdade, a leitura atenta da carta de Caminha e da Relação do Piloto Anônimo parece revelar que tudo na viagem de Cabral decorreu na mais absoluta normalidade e que a abertura de seu rumo para oeste foi proposital. De fato, é difícil supor que a frota pudesse ter-se desviado “por acaso” de sua rota quando se sabe – a partir das medições astronômicas feitas por Mestre João – que os pilotos de Cabral julgavam estar ainda mais a oeste do que de fato estavam. [...] Reescrevendo a História Mais de 300 anos seriam necessários até que alguns dos episódios que cercavam o descobrimento do Brasil pudessem começar a ser, eles próprios, redescobertos. O primeiro passo foi o ressurgimento da carta escrita por Pero Vaz de Caminha – que por quase três séculos estivera perdida em arquivos empoeirados. [...] O documento foi publicado pela primeira vez em 1817, pelo padre Aires do Casal, no livro Corografia Brazílica. Ainda assim, a versão lançada por Aires do Casal era deficiente e incompleta [...]. A “redescoberta” do Brasil teria que aguardar mais algumas décadas. Não por coincidência, ela se iniciou no auge do Segundo Reinado. Foi nesse período cheio de glórias que o país, enriquecido pelo café, voltou os olhos para a própria história. Por determinação de D. Pedro II, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (fundado em 1838) foi incumbido de desvendar os mistérios que cercavam o descobrimento do Brasil. [...] Ainda assim, a teoria da intencionalidade [...] e a tese da descoberta casual [...] não puderam, e talvez jamais possam, ser definitivamente comprovadas. Por mais profundas e detalhadas que sejam as análises feitas sobre os três únicos documentos originais

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relativos à viagem (as cartas de Pero Vaz de Caminha, do Mestre João e do “piloto anônimo”), elas não são suficientes para provar se o descobrimento de Cabral obedeceu a um plano preestabelecido ou se foi meramente casual. BUENO, Eduardo. A Viagem do Descobrimento. Rio de Janeiro: Objetiva, 1998. (Coleção Terra Brasilis, v. 1). p. 127-130. Adaptado.

1 O surgimento da tese de que o Brasil foi descoberto acidentalmente teve como principal fonte documental, segundo o Texto I, a(o) (A) investigação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (B) carta de Pero Vaz de Caminha (C) medição de Mestre João (D) Relação do Piloto Anônimo (E) livro Corografia Brazílica 2 Que trecho do Texto I revela uma tendência em favor da tese da intencionalidade? (A) “De fato, é difícil supor que a frota pudesse ter-se desviado ‘por acaso’ de sua rota quando se sabe – a partir das medições astronômicas feitas por Mestre João – que os pilotos de Cabral julgavam estar ainda mais a oeste do que de fato estavam.” (_. 28-32) (B) “Mais de 300 anos seriam necessários até que alguns dos episódios que cercavam o descobrimento do Brasil pudessem começar a ser, eles próprios, redescobertos” (_. 34-37) (C) “O primeiro passo foi o ressurgimento da carta escrita por Pero Vaz de Caminha – que por quase três séculos estivera perdida em arquivos empoeirados.” (_. 37-40) (D) “A ‘redescoberta’ do Brasil teria que aguardar mais algumas décadas.” (_. 44-45) (E) “Foi nesse período cheio de glórias que o país, enriquecido pelo café, voltou os olhos para a própria história.” (_. 47-49) 3 O verbo destacado em “tudo na viagem de Cabral decorreu [...]” (_. 26) pode ser substituído, sem alteração de sentido, por (A) dispensou (B) incorreu (C) ultrapassou (D) se eximiu (E) se passou 4 A palavra próprios, na expressão “eles próprios,” (_. 36) apresenta o mesmo sentido em: (A) Ele navegou em nave própria. (B) Chegaram em hora própria para o almoço. (C) O orgulho das descobertas é próprio de quem as faz. (D) O livro próprio para encontrar sinônimos é o dicionário. (E) Foi o próprio historiador que comprovou a tese. 5 As orações que substituem “Embora narrassem fatos ocorridos havia apenas meio século e tivessem acesso aos arquivos oficiais” (_. 8-9), de acordo com a

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norma-padrão e sem alterar o sentido do trecho, são: (A) Caso narrassem fatos ocorridos havia apenas meio século e tivessem acesso aos arquivos oficiais. (B) Quando narravam fatos ocorridos havia apenas meio século e tiveram acesso aos arquivos oficiais. (C) Se narrassem fatos ocorridos havia apenas meio século e tivessem acesso aos arquivos oficiais. (D) Apesar de terem narrado fatos ocorridos havia apenas meio século e terem tido acesso aos arquivos oficiais. (E) Mas tendo narrado fatos ocorridos havia apenas meio século e tendo tido acesso aos arquivos oficiais. 6 No trecho “Caminha afirma categoricamente que esse navio sumiu ‘sem que houvesse tempo forte ou contrário para poder ser’ ”(_. 21-23), infere-se que a expressão poder ser se refere ao fato de que (A) as tormentas são comuns naquela região do Atlântico. (B) a partida de Lisboa tinha acontecido apenas duas semanas antes. (C) o sumiço da nau de Ataíde não foi causado pelas condições climáticas. (D) o documento de Caminha foi redigido por um cronista contratado pela corte. (E) o desaparecimento da nau de Ataíde não foi comprovado. 7 O verbo em negrito é o verbo principal da expressão na voz passiva em “O documento foi publicado pela primeira vez em 1817...” (_. 40-41). Integra igualmente uma expressão da voz passiva o item destacado em: (A) “Embora narrassem fatos ocorridos havia apenas meio século [...]” (_. 8-9) (B) “Embora a carta de Caminha não tenha servido de fonte [...]” (_. 15-16) (C) “[...] por quase três séculos estivera perdida [...]” (_. 38-39) (D) “[...] não puderam [...] ser definitivamente comprovadas” (_. 54-55) (E) “Por mais profundas e detalhadas que sejam [...]” (_. 56) 8 Sem prejuízo do sentido original apresentado no Texto I, a forma verbal que pode ser substituída pela locução ao lado é: (A) fora descoberto (_. 5) - tinha sido descoberto (B) descreveram (_. 10) - tenham descrito (C) estivera perdida (_. 39) - tem estado perdida (D) teria que aguardar (_. 44) - tivera que aguardar (E) foi incumbido (_. 51) - fora incumbido 9 A sentença em que o verbo está corretamente flexionado de acordo com a norma-padrão, sem provocar contradição de significado, é: (A) O acaso ou a intencionalidade foi a causa da descoberta do Brasil. (B) Haviam 60% de possibilidades de o Brasil ter sido descoberto por acaso. (C) Eu e vocês acreditam na descoberta casual do nosso

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país. (D) Não gastava a corte tempo com as preocupações que ocupava os historiadores. (E) Devem haver mais evidências para a tese de descoberta casual do Brasil. 10 A palavra do Texto I destacada em “[...] faz menção à tempestade que, segundo os cronistas reais, [...]” (_. 13-14) pertence à mesma classe da que se destaca em: (A) “[... ] a tese de que o Brasil fora descoberto por acaso” (_. 5-6). (B) “A questão intrigante é que em nenhum momento [...]” (_. 12-13) (C) “[... ] parece revelar que tudo [...]” (_. 25-26) (D) “– que por quase três séculos [...]” (_. 38-39) (E) “A ‘redescoberta’ do Brasil teria que aguardar [...]” (_. 44) Texto II UM MORRO AO FINAL DA PÁSCOA Como tapetes flutuantes, elas surgiram de repente, em “muita quantidade”, balançando nas águas translúcidas de um mar que refletia as cores do entardecer. Os marujos as reconheceram de imediato, antes que sumissem no horizonte: chamavam-se botelhos as grandes algas que dançavam nas ondulações formadas pelo avanço da frota imponente. Pouco mais tarde, mas ainda antes que a escuridão se estendesse sobre a amplitude do oceano, outra espécie de planta marinha iria lamber o casco das naves, alimentando a expectativa e desafiando os conhecimentos daqueles homens temerários o bastante para navegar por águas desconhecidas. Desta vez eram rabos-de-asno: um emaranhado de ervas felpudas “que nascem pelos penedos do mar”. Para marinheiros experimentados, sua presença era sinal claro da proximidade de terra. Se ainda restassem dúvidas, elas acabariam no alvorecer do dia seguinte, quando os grasnados de aves marinhas romperam o silêncio dos mares e dos céus. As aves da anunciação, que voavam barulhentas por entre mastros e velas, chamavam-se fura-buxos. Após quase um século de navegação atlântica, o surgimento dessa gaivota era tido como indício de que, muito em breve, algum marinheiro de olhar aguçado haveria de gritar a frase mais aguardada pelos homens que se fazem ao mar: “Terra à vista!” Além do mais, não seriam aquelas aves as mesmas que, havia menos de três anos, ao navegar por águas destas latitudes, o grande Vasco da Gama também avistara? De fato, em 22 de agosto de 1497, quando a armada do Gama se encontrava a cerca de 3 mil quilômetros da costa da África, em pleno oceano Atlântico, um dos tripulantes empunhou a pena para anotar em seu Diário: “Achamos muitas aves feitas como garções – e quando veio a noite tiravam contra o su-sueste muito rijas, como aves que iam para terra.”

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BUENO, Eduardo. A Viagem do Descobrimento. Rio de Janeiro: Objetiva, 1998. (Coleção Terra Brasilis, v. 1). p. 7-8

11 Que percepções sensoriais predominam no Texto II? (A) Audição e olfato (B) Audição e visão (C) Paladar e visão (D) Tato e visão (E) Tato e olfato 12 Na sentença “Como tapetes flutuantes, elas surgiram de repente, [...]” (_. 1-2), o pronome elas refere-se a (A) águas (B) cores (C) algas (D) ondulações (E) naves 13 No Texto II, a palavra (ou expressão) que completa sintaticamente o verbo avistara no período “Além do mais, não seriam aquelas aves as mesmas que havia menos de três anos ao navegar por águas destas latitudes o grande Vasco da Gama também avistara?” (_. 28-31) é (A) que (B) águas (C) as mesmas (D) aquelas aves (E) destas latitudes 14 A sentença em que o verbo alimentar tem o mesmo sentido que apresenta no Texto II (_. 11) é: (A) Os fazendeiros alimentam os animais com uma ração especial. (B) Todos os médicos garantem que é importante que a criança se alimente bem. (C) Novas vacinas alimentam a esperança de que mais doenças sejam erradicadas no mundo. (D) A secretária alimentou a base de dados da firma com as informações sobre os funcionários novos. (E) Pesquisadores americanos estão utilizando o conceito de transmissão sem fios de energia elétrica para alimentar dispositivos cardíacos. 15 O verbo em destaque, retirado do Texto II, tem seu complemento verbal explicitado em: (A) surgiram - em “muita quantidade” (_. 1-2) (B) refletia - as cores do entardecer (_. 3-4) (C) reconheceram - de imediato (_. 4) (D) sumissem - no horizonte (_. 5) (E) restassem - dúvidas (_. 18) 16 O sinal de dois pontos (:) está sendo empregado como em “... rabos-de-asno: um emaranhado de ervas felpudas ‘que nascem pelos penedos do mar’ ” (_. 14-15) em: (A) Os navios mais usados nas expedições marítimas eram as naus: uma evolução das caravelas que chegaram a ter 600 toneladas. (B) Ao avistar o Monte Pascoal, Cabral não ficou surpreso:

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desde o século IX falava-se de ilhas desconhecidas no Atlântico. (C) A armada de Cabral era composta de diversos navios: o rei queria mostrar a riqueza da corte. (D) Pedro Álvares Cabral foi muito bem remunerado pela viagem: sabe-se que ele recebeu cerca de 10 mil cruzados. (E) Um ditado da época do descobrimento do Brasil dizia: “Se queres aprender a orar, faça-te ao mar”. 17 O sinal indicativo da crase está empregado de acordo com a norma-padrão em: (A) Depois de aportar no Brasil, Cabral retomou à viagem ao Oriente. (B) O capitão e sua frota obedeceram às ordens do rei de Portugal. (C) O ponto de partida da frota ficava no rio Tejo à alguns metros do mar. (D) O capitão planejou sua rota à partir da medição de marinheiros experientes. (E) Navegantes anteriores a Cabral haviam feito menção à terras a oeste do Atlântico. 18 O verbo acabar apresenta-se com a mesma regência com que aparece na linha 18 do Texto II em: (A) O cantor mostrou muito talento e acabou aplaudido entusiasticamente. (B) As fortes chuvas acabaram com as plantações de grãos. (C) Eles acabaram de saber que foram aprovados no concurso. (D) Acabou por reconhecer que o adversário era superior. (E) A comemoração dos formandos acabou de madrugada. 19 A palavra cujo plural se faz do mesmo modo que fura- -buxos (_. 22-23) e pelas mesmas razões é (A) navio-escola (B) surdo-mudo (C) bolsa-família (D) guarda-roupa (E) auxílio-educação 20 A transformação da oração “[...] e quando veio a noite [...]” (_. 36) de afirmativa para hipótese faz com que o verbo destacado se escreva como (A) vir (B) vier (C) vem (D) vêm (E) vim

PREFEITURA DE ÁGUAS LINDAS – INSTITUTO CIDADES – ODONTÓLOGO – 2012

A ganância dos bancos em toda a sua glóriaA ganância dos bancos em toda a sua glóriaA ganância dos bancos em toda a sua glóriaA ganância dos bancos em toda a sua glória Sincericídio. Mescla de "sinceridade" e "suicídio", o termo, não reconhecido pelos dicionários, refere-se a uma das práticas mais perigosas do mundo corporativo, a de falar a verdade.

Por Cláudio Gradilone

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Greg Smith, ex-executivo do banco de investimentos Goldman Sachs cometeu um sincericídio, na quarta-feira 14, ao discutir, no jornal The New York Times, as razões de pedir demissão após uma carreira meteórica de 12 anos no banco. Smith começou como trainee e, até pedir para sair, chefiava as operações em Londres. Geria US$ 1 trilhão em dinheiro de clientes e liderava as operações na Europa, África e no Oriente Médio. Agora, ele terá bastante dificuldade em conseguir um novo emprego no sistema, exceto se abrir o próprio negócio. O que motivou essa decisão? Sua coluna é esclarecedora. “Nos meus 12 anos de banco, observei uma mudança de cultura, e o ambiente no banco tornou-se toxico e destrutivo como nunca” , escreveu ele. “Já não pensamos mais em como atender nossos clientes, mas sim em como tirar o máximo de dinheiro deles o mais depressa possível.” Smith era responsável pelo recrutamento e orientação dos novos funcionários do banco, os poucos felizardos entre milhares de candidatos que conseguiam superar o severíssimo processo seletivo. “Eu já não conseguia olhar aqueles jovens nos olhos e dizer como era bom e recompensador trabalhar na Goldman Sachs.” Segundo ele, os principais executivos do banco ______¹ aos clientes como “fantoches”. Boa parte das atividades do dia a dia _______(consistir)² em empurrar para a seleta freguesia produtos que o próprio banco não considerava lucrativos ou forçar os clientes a comprar e a vender ativos financeiros de que não precisam, só para gerar comissões. O Goldman, claro, refutou as acusações de Smith e negou que tais valores façam parte de sua cultura corporativa. Ninguém que conheça Wall Street pode dizer que a avaliação de Smith é exagerada ou distorcida pelo rancor. A reação dos bancos aos pacotes de ajuda governamentais foi de uma clareza olímpica. Ameaçando as autoridades com o caos decorrente de suas quebras, os bancos ______³ bilhões dos contribuintes. Parte das perdas foi coberta e os bônus dos executivos financeiros referentes a 2008 e 2009 permaneceram intactos. E esse é só mais um item em uma longa lista de peraltices. Os questionamentos sobre a ética dos bancos são antigos. Vêm desde os escândalos com “junk bonds” da década de 80 do século passado. Passam pelas distorções anteriores ao estouro da bolha de internet – quem não se lembra dos analistas que diziam a seus clientes para comprar ações de empresas pontocom chamadas de “lixo” (ou pior) em memorandos internos? E, mais recentemente, chegam à crise dos empréstimos subprime, em que títulos sabidamente podres eram vendidos a incautos como moeda sonante, com a bênção das agências de classificação de risco. A ganância é inerente ao sistema financeiro. Em última instância, é ela quem garante o giro das engrenagens do dinheiro, pois profissionais gananciosos estão dispostos a inovar e a correr riscos para aumentar seus lucros. No entanto, em um mercado financeiro cada vez mais sofisticado, alavancado e desregulamentado, ela não pode ser o limite da irresponsabilidade dos executivos bancários – a “ganância infecciosa” a que se referiu Alan Greenspan, ex-presidente do Federal Reserve, em 2005. Assim, a sinceridade causticante de Greg Smith cabe responder: é por isso que as autoridades têm de ser muito mais rígidas no controle do sistema. Revista ISTOÉ Dinheiro - 19/03/2012 (adaptado) 1. O assunto principal tratado no texto acima é/são: A) A demissão de Greg Smith do Goldman Sachs. B) As dificuldades de Greg Smith para conseguir emprego. C) O treinamento dos executivos do banco Goldman Sachs.

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D) O modo como operam os bancos de investimentos. 2. Sobre a tipologia textual encontrada no texto acima, podemos afirmar que a sequência na qual o texto se realiza é a: A) Argumentativa B) Descritiva C) Expositiva D) Narrativa 3. A função da linguagem predominante no texto acima é a: A) Fática B) Conativa C) Emotiva D) Referencial 4. O texto acima é um exemplar do gênero textual artigo. São características deste gênero: I. O uso de estatísticas e informações objetivas. II. A presença da subjetividade do autor no tratamento do assunto. III. O uso da norma padrão da língua portuguesa. Podemos afirmar corretamente que: A) I e II apenas B) II e III apenas C) I e III apenas D) I, II e III 5. Ainda sobre o tema tipologia textual, identifique abaixo a única das classificações que não se constitui como um componente da sequência narrativa. A) Clímax B) Desfecho C) Complicação D) Exemplo 6. No texto, seu autor nos dá várias opiniões, e tenta nos convencer de várias coisas. A principal assertiva de que o autor tenta nos convencer em seu texto é a de que: A) Não devemos colocar nosso dinheiro em bancos de investimentos. B) O governo americano errou ao ajudar os bancos de Wall Street a não quebrarem. C) As autoridades precisam ter maior controle sobre o sistema financeiro. D) O mundo corporativo não permite que as pessoas falem a verdade. 7. No texto, o autor afirma que Greg Smith cometeu um “sincericídio” ao explicar as razões pelas quais ele pediu demissão do banco Goldman Sachs. Identifique abaixo o trecho do texto que justifica a utilização deste termo. A) Smith começou como trainee e, até pedir para sair, chefiava as operações em Londres. (l.3) B) Agora, ele terá bastante dificuldade em conseguir um novo emprego no sistema, exceto se abrir o próprio negócio. (l.4-5) C) “Já não pensamos mais em como atender nossos clientes, mas sim em como tirar o máximo de dinheiro deles o mais depressa possível.” (l.7-8) D) Ninguém que conheça Wall Street pode dizer que a avaliação de Smith é exagerada ou distorcida pelo rancor. (l.15-16) 8. Todas as afirmativas abaixo foram retiradas do texto, sabendo disso, identifique qual a única delas em que é apresentada uma opinião do autor do texto. A) Nos meus 12 anos de banco, observei uma mudança de cultura, e o ambiente no banco tornou-se tóxico e

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destrutivo como nunca (l.6-7) B) Smith era responsável pelo recrutamento e orientação dos novos funcionários do banco, os poucos felizardos entre milhares de candidatos que conseguiam superar o severíssimo processo seletivo. (l.9-10) C) Ninguém que conheça Wall Street pode dizer que a avaliação de Smith é exagerada ou distorcida pelo rancor. (l.15-16) D) Os questionamentos sobre a ética dos bancos são antigos. Vêm desde os escândalos com “junk bonds” da década de 80 do século passado. (l.20-21) 9. De acordo com o texto, podemos afirmar que o fator que influenciou decisivamente o pedido de demissão de Greg Smith do banco Goldman Sachs foi: A) Uma mudança na cultura corporativa do banco. B) A insatisfação de Greg com os seus salários. C) A função de Greg no recrutamento dos novos funcionários do banco. D) A intenção de Greg Smith de abrir seu próprio banco de investimentos. 10. A partir da leitura do texto, podemos afirmar que a frase “A reação dos bancos aos pacotes de ajuda governamentais foi de uma clareza olímpica” ajuda a sustentar a tese de que: A) O banco de investimentos Goldman Sachs não teve uma mudança de cultura durante o período de 12 anos em que Greg Smith lá trabalhou. B) As acusações de Greg Smith em relação à prática do banco Goldman Sachs podem ser verdadeiras. C) Os questionamentos sobre a ética dos bancos são antigos. D) A avaliação de Smith sobre as práticas do Goldman Sachs é exagerada e distorcida pelo rancor. 11. A partir da leitura do texto, podemos afirmar que o sinônimo mais adequado para o sentido que a palavra “incautos”(l.25) ganha no texto é: A) Aqueles que não têm cultura, ou não dominam determinado assunto. B) Ingênuos, aqueles que não têm cautela. C) Gananciosos, aqueles que querem ganhar muito e assumem os riscos de perder tudo. D) Cautelosos, aqueles que sempre buscam informações nas agências de risco antes de investir em bancos. 12. O autor do texto afirma no último parágrafo que “A ganância é inerente ao sistema financeiro” (l.25-26). A partir da leitura deste último parágrafo podemos inferir que, na opinião dele: A) A ganância precisa ser banida do sistema financeiro. B) Os profissionais gananciosos precisam perder espaço no mercado financeiro. C) O mercado precisa dos profissionais gananciosos para se renovar. D) Os executivos bancários deveriam ser mais gananciosos. 13. A expressão “seleta freguesia” (l.13) refere-se no texto a: A) Aos clientes do Goldman Sachs. B) Os novos funcionários do Goldman Sachs. C) Aos principais executivos do Goldman Sachs. D) Aos funcionários e clientes de Wall Street. 14. Já o espaço vazio 1 (l.12) do texto, pode ser corretamente preenchido pela expressão: A) referiram-se B) se referiu C) se refere D) referiam-se

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15. Na frase “A reação dos bancos aos pacotes de ajuda governamentais foi de uma clareza olímpica.” (l.17) o trecho sublinhado classifica-se sintaticamente como: A) Uma oração subordinada subjetiva. B) Uma oração coordenada assindética. C) O sujeito da oração. D) O adjunto adnominal de modo. 16. São formas possíveis de conjugação do verbo consistir cujo uso no espaço vazio 2 (l.13) estaria adequado ao que exige a gramática normativa da língua portuguesa todas as abaixo, exceto: A) consiste B) consistem C) consistiam D) consistirão 17. Assinale a forma ortográfica da palavra que preenche adequadamente o espaço vazio 3 (l.18) no texto: A) estorquiram B) eztorquiram C) extorquiram D) extorquirão 18. Extraímos todos os acentos gráficos da frase: “Nos meus 12 anos de banco, observei uma mudança de cultura, e o ambiente no banco tornou-se tóxico e destrutivo como nunca” (l.6-7) Para readequa-la ao que preceitua a nossa gramática normativa, será necessário acrescentar acento gráfico, no trecho acima, a: A) Uma palavra B) Duas palavras C) Três palavras D) Quatro palavras 19. Ainda em relação ao que preceitua nossa gramática normativa, podemos afirmar que no trecho abaixo é necessário o uso do acento indicativo de crase: “a “ganância infecciosa” a que se referiu Alan Greenspan, ex-presidente do Federal Reserve, em 2005. Assim, a sinceridade causticante de Greg Smith cabe responder: é por isso que as autoridades têm de ser muito mais rígidas no controle do sistema.” A) Uma vez B) Duas vezes C) Três vezes D) Nenhuma vez 20. Observando a primeira frase do texto, reproduzida abaixo, podemos afirmar sobre o emprego das vírgulas no trecho que: “Greg Smith, ex-executivo do banco de investimentos Goldman Sachs cometeu um sincericídio, na quarta-feira 14, ao discutir, no jornal The New York Times, as razões de pedir demissão após uma carreira meteórica de 12 anos no banco.” A) Faltam duas vírgulas em dois pontos do trecho onde seu uso é obrigatório. B) Não há falhas em relação ao emprego das vírgulas. C) Não há como retirar nenhuma das vírgulas nele empregadas. D) Falta o emprego de uma vírgula obrigatória.

PREFEITURA MUNICIPAL DE ONDA VERDE PREFEITURA MUNICIPAL DE ONDA VERDE PREFEITURA MUNICIPAL DE ONDA VERDE PREFEITURA MUNICIPAL DE ONDA VERDE –––– INSTITUTO SOLER INSTITUTO SOLER INSTITUTO SOLER INSTITUTO SOLER –––– PSICÓLOGO PSICÓLOGO PSICÓLOGO PSICÓLOGO –––– CRAS CRAS CRAS CRAS –––– 2012201220122012

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Texto para as questões 01 a 08 Coma fast-food e receba por isso Estudo sobre obesidade quer pagar voluntários para se empanturrarem de tudo de mais gostoso e calórico que existe por Redação Galileu Quer contribuir para o avanço da ciência, ganhar dinheiro e ainda comer fast-food à vontade? Acredite ou não, esse é o convite que a Universidade de Washington está fazendo. Os alunos da instituição estão realizando um estudo sobre obesidade e querem voluntários dispostos a ganhar quilos, enchendo a barriga deles com o que há de menos saudável nos cardápios. O experimento terá duração de três meses e cada participante receberá 3.500 dólares pela contribuição. Ao final da pesquisa, a pessoa deve ter aumentado seu peso em, pelo menos, 5%. Não será muito difícil. Basta bater o olho na lista de restaurantes liberados pela universidade: Mc Donald´s, Taco Bell, KFC, Pizza Hut e Burger King. O objetivo da pesquisa é descobrir o porquê de algumas pessoas manterem uma dieta rica em gordura e açúcar e, mesmo assim, não ganharem peso e nem desenvolverem diabetes ou doenças cardiovasculares. Para participar, você deve ter entre 18 e 65 anos, não fumar, não ter diabetes e já estar pelo menos 14 quilos acima do seu peso ideal. Se, por acaso, você ficou com dó dos participantes, saiba que eles devem fazer parte de um programa de perda de peso, promovido pela mesma universidade.

Via Oddity Central http://revistagalileu.globo.com

01. É correto afirmar sobre o texto que: a) Comer muito contribui para o avanço da ciência. b) Estudos da universidade de Washington afirmam que comer muito pode não ser saudável. c) Estudos sobre obesidade serão realizados com voluntários dispostos a ganhar peso. d) Algumas pessoas que têm dieta rica em açúcar e gordura podem ter problemas cardíacos. 02. No trecho “esse é o convite que a Universidade de Washington está fazendo”, usou-se o pronome “esse” com função: a) Anafórica b) Catafórica c) Elíptica d) Metafórica 03. As palavras SAUDÁVEL e CARDÁPIOS são acentuadas graficamente pelas mesmas regras de: a) Difícil e voluntários. b) Calóricos e será. c) Porquê e açúcar. d) Três e você. 04. Em “Para participar, você deve ter entre 18 e 65 anos”, a relação de sentido estabelecida entre as orações é a mesma que: a) Ele vai para casa mais cedo hoje. b) Como você falou, eles vieram rápido. c) Casamentos são bonitos, pois ainda há muitos sonhos em jogo. d) Estamos trabalhando muito a fim de juntarmos dinheiro. 05. No trecho “Coma fast-food e receba por isso”, os verbos têm a mesma classificação em relação a tempo e/ou modo que na frase da alternativa: a) É preciso que você coma tudo para que receba o prêmio. b) Faça sua parte e seja um campeão. c) Se comprar aqui, terá 20% de desconto. d) Eu como tudo que você me oferece. 06. Sobre o trecho “Se, por acaso, você ficou com dó dos participantes, saiba que eles devem fazer parte de um programa

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de perda de peso, promovido pela mesma universidade.” I. Apresenta uma oração subordinada adverbial condicional. II. Apresenta uma oração subordinada substantiva objetiva direta. III. Apresenta uma oração subordinada adjetiva explicativa reduzida de particípio. a) Apenas I e II estão corretas. b) Apenas I e III estão corretas. c) Apenas II e III estão corretas. d) Todas estão corretas. 07. Ainda sobre o texto, é correto afirmar que: a) Há somente o uso da norma culta. b) Apresenta traços de linguagem coloquial. c) Trata-se de linguagem científica. d) É predominantemente coloquial. 08. Em “eles devem fazer parte de um programa de perda de peso”, a palavra PERDA é formada pelo mesmo processo de qual substantivo abaixo? a) Fumo. b) Alimento. c) Socorro. d) Azulejo.

Texto para as questões 09 a 15

Alongar os músculos melhora a flexibilidade e a consciência corporal Quem é sedentário ou passa muito tempo sentado precisa se esticar. Exercício amplia os movimentos, diminui dores e até previne lesões. Uma pessoa que passa muito tempo sentada durante o dia e faz pouca ou nenhuma atividade física precisa se alongar. Esticar os músculos ajuda a aumentar a flexibilidade e a consciência corporal. Segundo o médico do esporte Gustavo Maglioca e o preparador físico José Rubens D'Elia, o alongamento diminui dores, amplia os movimentos e previne lesões. Mas é preciso praticar sempre, pois, em um mês de sedentarismo, já ocorre uma diminuição da elasticidade e da capacidade muscular. (http://g1.globo.com) 09. No trecho “Quem é sedentário ou passa muito tempo sentado precisa se esticar.” Temos oração: a) Coordenada sindética aditiva. b) Coordenada sindética explicativa. c) Coordenada sindética alternativa. d) Coordenada sindética conclusiva. 10. O sujeito de “precisa se alongar” é; a) Simples e determinado. b) Elíptico e determinado. c) Composto e determinado. d) Indeterminado. 11. A oração “que passa muito tempo sentada durante o dia” tem a mesma classificação sintática que: a) Faz pouca ou nenhuma atividade física. b) Precisa se alongar. c) Esticar os músculos. d) Ajuda a aumentar a flexibilidade. 12. O trecho “Segundo o médico do esporte Gustavo Maglioca e o preparador físico José Rubens D'Elia, o alongamento diminui dores, amplia os movimentos e previne lesões” pode ser substituído, mantendo a mesma relação de sentido em: a) Desde que o médico do esporte Gustavo Maglioca e o preparador físico José Rubens D'Elia disseram, o alongamento diminui dores, amplia os movimentos e previne lesões.

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b) Consoante o médico do esporte Gustavo Maglioca e o preparador físico José Rubens D'Elia, o alongamento diminui dores, amplia os movimentos e previne lesões. c) Á medida que o médico do esporte Gustavo Maglioca e o preparador físico José Rubens D'Elia anunciaram, o alongamento diminui dores, amplia os movimentos e previne lesões. d) Como o alongamento diminui dores, amplia os movimentos e previne lesões, isso foi anunciado pelo médico do esporte Gustavo Maglioca e o preparador físico José Rubens D'Elia. 13. Em “MAS é preciso praticar sempre, POIS, em um mês de sedentarismo, já ocorre uma diminuição da elasticidade e da capacidade muscular.”, as palavras destacadas podem ser substituídas, sem alterar o sentido das relações entre as orações, por: a) PORTANTO é preciso praticar sempre, PORQUE, em um mês de sedentarismo, já ocorre uma diminuição da elasticidade e da capacidade muscular. b) NO ENTANTO é preciso praticar sempre, POR ISSO, em um mês de sedentarismo, já ocorre uma diminuição da elasticidade e da capacidade muscular. c) ENTRETANTO é preciso praticar sempre, PORQUANTO, em um mês de sedentarismo, já ocorre uma diminuição da elasticidade e da capacidade muscular. d) POR ISSO é preciso praticar sempre, UMA VEZ QUE, em um mês de sedentarismo, já ocorre uma diminuição da elasticidade e da capacidade muscular. 14. No trecho “é preciso praticar sempre”, temos: a) Um período simples e uma oração absoluta. b) Um período composto por subordinação e uma oração substantiva subjetiva reduzida. c) Um período composto por subordinação e uma oração adjetiva restritiva reduzida. d) Um período composto por subordinação e uma oração adverbial causal reduzida. 15. As palavras SEDENTARISMO, ALONGAR e ELASTICIDADE são formadas por: a) Parassíntese – sufixação prefixação. b) Parassíntese – parassíntese – sufixação. c) Sufixação – parassíntese – sufixação. d) Sufixação – prefixação – sufixação. 16. No trecho “Rosário (Leandra Leal), Penha (Taís Araújo) e Cida (Isabelle Drummond) estão passando maus bocados. Detidas por desacato, as empreguetes ainda são obrigadas a comer a gororoba servida na Casa de Custódia.” (http://tvg.globo.com/novelas) Transcrevendo o trecho para a norma culta, a melhor redação seria: a) Rosário (Leandra Leal), Penha (Taís Araújo) e Cida (Isabelle Drummond) estão passando maus bocados. Detidas por desacato, as empregadinhas ainda são obrigadas a comer a gororoba servida na Casa de Custódia. b) Rosário (Leandra Leal), Penha (Taís Araújo) e Cida (Isabelle Drummond) estão passando maus pedaços. Detidas por desacato, as empreguetes ainda são obrigadas a comer a comida horrível servida na Casa de Custódia. c) Rosário (Leandra Leal), Penha (Taís Araújo) e Cida (Isabelle Drummond) estão passando situações constrangedoras. Detidas por desacato, as empregadas ainda são obrigadas a comer a porcaria servida na Casa de Custódia. d) Rosário (Leandra Leal), Penha (Taís Araújo) e Cida (Isabelle Drummond) estão passando momentos difíceis. Detidas por desacato, as auxiliares domésticas ainda são obrigadas a comer a comida mal preparada servida na Casa de Custódia.

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Banco do Brasil – Escriturário – 2010 – CESGRANRIO

Considere o texto abaixo para responder às questões de nos 1 a 9

O sabiá político Do ano passado para cá, o setor canoro das árvores, aqui na ilha, sofreu importantes alterações. Aguinaldo, o sabiá titular e decano da mangueira, terminou por falecer, como se vinha temendo. Embora nunca se tenha aposentado, já mostrava sinais de cansaço e era cada vez mais substituído, tanto nos saraus matutinos quanto nos vespertinos, pelo sabiá-tenor Armando Carlos, então grande promessa jovem do bel canto no Recôncavo. Morreu de velho, cercado pela admiração da coletividade, pois pouco se ouviram, em toda a nossa longa história, timbre e afinação tão maviosos, além de um repertório de árias incriticável, bem como diversas canções românticas. (...) Armando Carlos também morava na mangueira e, apesar de já adivinhar que o velho Aguinaldo não estaria mais entre nós neste verão, eu não esperava grandes novidades na pauta das apresentações artísticas na mangueira. Sofri, pois, rude surpresa, quando, na sessão alvorada, pontualmente iniciada às quinze para as cinco da manhã, o canto de Armando Carlos, em pleno vigor de sua pujante mocidade, soou meio distante. Apurei os ouvidos, esfreguei as orelhas como se estivessem empoeiradas. Mas não havia engano. Passei pelo portão apreensivo quanto ao que meus sentidos me mostravam, voltei o olhar para cima, vasculhei as frondes das árvores e não precisei procurar muito. Na ponta de um galho alto, levantando a cabeça para soltar pelos ares um dó arrebatador e estufando o peito belamente ornado de tons de cobre vibrantes, Armando Carlos principiava a função. Dessa vez foram meus olhos incrédulos que tive de esfregar e, quando os abri novamente, a verdade era inescapável. E a verdade era – e ainda é – que ele tinha inequivocamente se mudado para o oitizeiro de meu vizinho Ary de Maninha, festejado e premiado orador da ilha (...). Estou acostumado à perfidez e à ingratidão humanas, mas sempre se falou bem do caráter das aves em geral e dos sabiás em particular. O sabiá costuma ser fiel à sua árvore, como Aguinaldo foi até o fim. Estaríamos então diante de mais um exemplo do comportamento herético das novas gerações? Os sabiás de hoje em dia serão degenerados? Eu teria dado algum motivo para agravo ou melindre? Ou, pior, haveria uma possível esposa de Armando Carlos sido mais uma vítima do mico canalha que também mora na mangueira? Bem, talvez se tratasse de algo passageiro; podia ser que, na minha ausência, para não ficar

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sem plateia, Armando Carlos tivesse temporariamente transferido sua ribalta para o oitizeiro. Mas nada disso. À medida que o tempo passava, o concerto das dez também soando distante e o mesmo para o recital do meio-dia, a ficha acabou de cair. A mangueira agora está reduzida aos sanhaços, pessoal zoadeiro, inconstante e agitado; aos cardeais, cujo coral tenta, heroica mas inutilmente, preencher a lacuna dos sabiás. (...) RIBEIRO, João Ubaldo. O Globo, 14 fev. 2010. (Adaptado)

1 As “...importantes alterações.” (g. 2) a que se refere o autor são: (A) a morte inesperada de Aguinaldo e sua substituição por Armando Carlos. (B) a qualidade inigualável do canto de Aguinaldo e a tristeza da coletividade dos pássaros. (C) a escolha de Armando Carlos de não substituir Aguinaldo na mangueira e sua mudança para outra árvore. (D) a decisão de Armando Carlos cantar um dó e não árias como Aguinaldo. (E) o fato de Armando Carlos ter escolhido um oitizeiro e não uma mangueira, como Aguinaldo havia feito em vida. 2 A reescritura da sentença “Embora nunca se tenha aposentado, já mostrava sinais de cansaço e era cada vez mais substituído,”(g. 5-6) só muda seu sentido em: (A) Mesmo que nunca tenha se aposentado, já mostrava sinais de cansaço e era cada vez mais substituído. (B) Apesar de nunca ter se aposentado, já mostrava sinais de cansaço e era cada vez mais substituído. (C) Já mostrava sinais de cansaço e era cada vez mais substituído, mas nunca se aposentou. (D) Já mostrava sinais de cansaço e era cada vez mais substituído, ainda que nunca se tivesse aposentado. (E) Já mostrava sinais de cansaço e era cada vez mais substituído porque nunca se aposentou. 3 Analise as afirmativas a seguir, sobre os animais da ilha. I - Os pássaros compõem uma organização de que não faz parte o mico. II - O comportamento das aves serve de base à comparação do autor com o dos seres humanos. III - Só o Armando Carlos se mudou de árvore; os outros sabiás permaneceram na mangueira. Conforme o texto, é(são) correta(s) a(s) afirmativa(s) (A) I, apenas. (B) II, apenas. (C) I e II, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I, II e III. 4 O autor sofreu “rude surpresa,” (g. 18/19) porque não esperava que (A) Armando Carlos cantasse com tanto vigor. (B) a sessão alvorada se iniciasse tão cedo. (C) algum sabiá ainda cantasse na mangueira. (D) suas orelhas estivessem empoeiradas.

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(E) o canto do sabiá soasse tão distante. 5 A “...função.” mencionada no texto (g. 32) se refere a (A) voar. (B) cantar. (C) encher o peito. (D) empinar a cabeça. (E) fazer vibrar as penas. 6 A única forma verbal que pode ser substituída adequadamente pela forma à sua direita é: (A) “...vinha temendo.” (g. 4) – temeria (B) “...estaria mais entre nós...” (g. 16) – estava (C) “...estivessem empoeiradas.” (g. 24) – estiverem (D) “...tive de esfregar...” (g. 33/34) – tinha de esfregar (E) “...tinha inequivocamente se mudado...” (g. 36/37) – se mudara 7 Em “Mas não havia engano.” (g. 25), o sinal de pontuação que NÃO pode substituir o ponto (.) é (A) vírgula ( , ) (B) ponto e vírgula ( ; ) (C) dois pontos ( : ) (D) travessão ( – ) (E) reticências ( ... ) 8 O sinal indicativo da crase deve ser aplicado em qual das sentenças abaixo? (A) Ele é um cavalheiro a moda antiga. (B) Estarei na ilha a partir de amanhã. (C) O sabiá é admirado devido a seu belo canto. (D) Daqui a uma hora se iniciará o recital. (E) O pomar fica próximo a uma horta. 9 Que sentença reescreve “...pouco se ouviram... timbre e afinação tão maviosos,” (g. 11-12) mantendo o mesmo valor da palavra “pouco” e assegurando a correção gramatical? (A) Poucas pessoas ouviram timbre e afinação tão maviosos. (B) Timbre e afinação tão maviosos pouco foram ouvidos. (C) Foi ouvido pouco timbre e afinação tão maviosos. (D) Poucos ouviram timbre e afinação tão maviosos. (E) Poucos timbre e afinação tão maviosos se ouviram. 10 Em redações oficiais, é certo (A) identificar o autor da correspondência com seu nome e cargo abaixo da assinatura. (B) escolher a forma de tratamento “Vossa Senhoria”, se o destinatário for mulher. (C) fechar o texto com “respeitosamente”, para pessoas do mesmo nível hierárquico. (D) usar a expressão “Digníssimo Senhor” para o destinatário em posição hierárquica superior. (E) usar o pronome “vosso”, no caso de ter sido escolhida a forma de tratamento “Vossa Excelência”.

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POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL – 2009 Texto I Para as questões 1 a 3 Colisão entre caminhão e carro deixa 4 mortos em Pernambuco Ana Lima Freitas – Texto adaptado Uma colisão, na qual um caminhão foi de encontro a um carro, deixou 4 pessoas mortas e 2 feridas na noite desta terça-feira na cidade de Salgueiro, a 530km do Recife, no sertão de Pernambuco. Entre as vítimas fatais, estavam engenheiros responsáveis pela construção da Ferrovia Transnordestina. Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal, o caminhão com placa do Rio Grande do Norte, o qual a Polícia recolheu ao depósito, colidiu com o carro, um veículo Gol, com placa do Ceará. Dos 4 ocupantes do Gol, 3 morreram. Entre eles estavam engenheiros responsáveis pela construção da Ferrovia Transnordestina. O motorista do caminhão também morreu no local do acidente. Ao Hospital Regional de Salgueiro as vítimas do referido acidente foram levadas. <http://noticias.terra.com.br/transito/interna> acesso em 26 ago. 2009. * Língua Portuguesa * Questão 1 Do texto I, considere apenas o trecho: “...o caminhão com placa do Rio Grande do Norte, o qual a Polícia recolheu ao depósito, colidiu com o carro”. Em relação ao termo “o qual”, é correto afirmar que A) promove a coerência textual apontando o termo que o precede, sendo portanto catafórico. B) é tido como sujeito da frase, uma vez que substitui tal termo. C) pode ser substituído por “cuja” sem comprometer a coesão textual. D) é pronome relativo e pertence à segunda oração do período destacado. E) é pronome relativo, portanto, não poderia referir-se a um substantivo. Questão 2 Em relação à manutenção da coesão e coerência do trecho “Ao Hospital Regional de Salgueiro as vítimas do referido acidente foram levadas”, pode-se afirmar que

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A) há manutenção da coesão e coerência textuais desfavorecidas pelo emprego da voz passiva. B) é sujeito paciente o termo “as vítimas”, como comprova a concordância de “serem levadas”. C) realizando os ajustes necessários, a expressão “foram levadas” seria erroneamente substituída por levaram-se. D) há inversão da ordem direta da oração, ocasionando incoerência textual e ambiguidade. E) é incoerência textual alocar adjunto adverbial no início do período construído na voz passiva. Questão 3 Reescrevendo-se trechos do texto I, indicados entre parênteses, há correção ortográfica no item A) "Uma colisão,..., há 530km do Recife."(linhas 1 e 2) B) “O motorista do caminhão também falesceu no local do acidente” (linhas 6 e 7) C) “...um caminhão foi de encontro a um veículo...”(linha 1) D) "Entre eles estavam proficionais responsáveis" (linhas 5 e 6) E) "Segundo relatorios da Polícia Rodoviária Federal" (linha 4) Questão 4 Observe o trecho de “O Cortiço”, de Aluísio de Azevedo: “Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, [...]. Um acordar alegre e farto de quem dormiu de uma assentada sete horas de chumbo.” Seu autor utiliza o seguinte recurso estilístico: A) eufemismo. B) gradação. C) comparação. D) antítese. E) personificação. Página: 3 Policial Rodoviário Federal

CADERNO 1 Questão 5 No afã de manter a elegância textual e a correção na utilização dos tempos e ortografia verbais, policial em rodovia diz a um companheiro de trabalho: “Na rodovia, ...... com ...................... e agilidade quando ........ pessoas que necessitem de seu auxílio”. O item que completará adequadamente o período selecionado é: A) haja, descrição, ver. B) aja, descrição, vir. C) haja, discrição, ver. D) aja, discrição, vir. E) aja, discreção, ver. Texto para as questões 6 a 8. Violência no trânsito Se quase sempre é difícil fazer uma autoavaliação, é impossível adivinhar o estado de espírito do motorista ao lado. Assim, uma atitude preventiva – e, por que não, defensiva – é a melhor maneira de não se envolver em situações de violência. O psiquiatra forense Everardo Furtado de Oliveira afirma que é possível prevenir uma briga, evitando, por exemplo, contato de olhos com o condutor agressivo, não fazer ou revidar gestos obscenos, não ficar na cola de ninguém e não bloquear a mão esquerda, por exemplo. Medalhista olímpico em 1992, o judoca Rogério Sampaio não pensa muito diferente: “Respire fundo, tenha consciência de que não vale a pena brigar e, principalmente, pense em sua família”. Com o objetivo de entender o comportamento do motorista e do pedestre capixaba e desenvolver ações para melhorar o tráfego, o Detran do Espírito Santo entrevistou quase 400 motoristas. A pesquisa, coordenada pelo antropólogo Roberto DaMatta, mostrou que desprezo às regras, agressividade e despreparo são características dos motoristas entrevistados. “O que o condutor pensa quando está

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dentro do carro é que a ele é dado o direito de ser imprudente de vez em quando. Para os nossos erros, procuramos muitas desculpas. Aquele que cumpre a lei é visto como alguém em uma posição inferior, um fraco”, diz Luciene Becacici, diretora-geral do órgão. Em Brasília (DF), a tese de doutorado sobre o trânsito da cidade defendida pela psicóloga Cláudia Aline Soares Monteiro envolveu uma pesquisa com 923 motoristas. “Dos entrevistados, 84% afirmaram sentir raiva enquanto dirigem. Pessoas que tinham mais tempo de habilitação e dirigiam com maior frequência cometiam mais erros e eram mais agressivas”, diz Cláudia. Segundo o trabalho, quanto maior o nível de escolaridade da mulher, mais ela se irrita no tráfego. A situação é inversa para o sexo masculino. Além disso, os que mais cometem infrações são jovens com idade entre 18 e 27 anos, solteiros e sem filhos. A situação que mais deixa os homens nervosos é ter avanço impedido do veículo. Já as mulheres se irritam com direção agressiva por parte de outros motoristas. [...] O trânsito é um ambiente de interação social como qualquer outro. “O carro é um ambiente particular, mas é preciso seguir regras, treinar o autocontrole e planejar os deslocamentos. É um local em que é preciso agir com civilidade e consciência”, diz a hoje doutora em trânsito Cláudia Monteiro. Ao contrário do que pode parecer à primeira vista, o carro não é o escudo protetor que se supõe. Exercitar a paciência e o autocontrole não faz parte do currículo das autoescolas, mas são práticas cada vez mais necessárias à sobrevivência no trânsito. Internet: http://quatrorodas.abril.uol.com.br/reportagens/conteudo_288447.shtml. Acesso em 29/8/2009, com adaptações. Questão 6 Assinale a alternativa em que a reescritura do trecho “’Dos entrevistados, 84% afirmaram sentir raiva enquanto dirigem. Pessoas que tinham mais tempo de habilitação e dirigiam com maior frequência cometiam mais erros e eram mais agressivas’, diz Cláudia.” mantém a correção gramatical e não compromete o sentido original. A) A maioria dos entrevistados afirmou que sente raiva enquanto dirige. Pessoas mais experientes na condução de veículos automotivos cometem mais erros e são mais agressivas. B) 84% dos entrevistados afirmou que sentem raiva enquanto dirigem. Pessoas, que tinham mais tempo de habilitação e dirigiam com maior frequência, cometiam mais erros e eram mais agressivas. C) Dos entrevistados, 84% afirmou que sentem raiva enquanto dirigem. Pessoas que tinham mais tempo de habilitação e dirigiam com mais frequência cometiam mais erros e eram mais agressivas. D) Dos entrevistados, 84% afirmou que sente raiva enquanto dirige. Pessoas com mais tempo de habilitação e que dirigiam com mais frequência, cometiam mais erros e eram mais agressivas. E) A maior parte dos entrevistados afirmou que sente raiva enquanto dirigem. Pessoas que dirigiam com mais tempo de habilitação frequentemente cometiam mais erros. Página: 4 Policial Rodoviário Federal

CADERNO 1 Questão 7 No trecho “O psiquiatra forense Everardo Furtado de Oliveira afirma que é possível prevenir uma briga, evitando, por exemplo,

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contato de olhos com o condutor agressivo", verifica-se o emprego do infinitivo verbal, cujo papel gramatical é A) indicar tempo futuro hipotético. B) condensar a estrutura de sua oração. C) caracterizar a opinião do psiquiatra. D) reforçar o caráter atemporal da condução agressiva. E) manter a clareza e originalidade. Questão 8 Assinale a alternativa em que se encontra o mesmo recurso de linguagem empregado em “o carro não é o escudo protetor que se supõe”. A) O Brasil quer ver o alto índice de acidentes de trânsito diminuir. B) Prevaleceu no caso a sua vontade de ferro. C) Precisamos proteger as árvores e os rios. D) As folhas finas fazem felizes os homens. E) Tudo que sei é que nada sei. Questão 9 "Quando você me ouvir cantar, Venha, não creia, eu não corro perigo" A canção de Caetano Veloso emprega uma estrutura sintática que combina os verbos "ouvir" e "cantar" com o pronome "me". Quanto a essas palavras, é correto afirmar que A) os verbos "ouvir" e "cantar" formam uma locução verbal vinculada ao pronome "me". B) apenas o verbo "cantar" é transitivo direto, sendo "me" o objeto direto. C) o pronome oblíquo ocupa uma posição de ênclise ao verbo "ouvir". D) apenas o verbo "ouvir" é intransitivo, sendo "me" uma palavra expletiva. E) o pronome "me" se relaciona gramaticalmente com "cantar" e com "ouvir". Questão 10 No português brasileiro, há a preferência pelo emprego da terceira pessoa para o tratamento do interlocutor, como se pode observar no trecho “Respire fundo, tenha consciência de que não vale a pena brigar e, principalmente, pense em sua família.”. Assinale a alternativa em que essa mesma tendência é praticada adequadamente. A) “Vem pra Caixa você também.” B) “Faz um 21.” C) “Seja mais um motorista consciente.” D) “Deixa a preguiça no sofá. Anda de bicicleta.” E) “Afasta de mim esse cálice.” Questão 11 No tema indígena e em outros, devem-se proteger os interesses de todos e a paz social, imprescindível para o funcionamento do país, mas também devem-se proteger os direitos das partes. As florestas têm seus direitos, independentemente de algumas discussões que possam vir a acontecer sobre a propriedade de determinados territórios, porque as comunidades têm os seus. Devese fazer um esforço para dialogar que permita avanço no processo. (El Diario Austral, 30 set.2001). O trecho acima foi retirado do discurso do subsecretário do Ministério de Desenvolvimento e Planejamento do Chile, publicado naquele país. Assinale a alternativa que analisa gramaticalmente de modo correto uma das passagens do texto. A) "Devem-se proteger os interesses de todos" contém pronome com função indeterminadora do sujeito. B) O advérbio "independentemente" introduz uma locução concessiva de causa. C) A locução verbal "possam vir a acontecer" indica a precisão das discussões. D) O pronome possessivo "seus" está empregado com o valor de "alguns". E) O termo "para o funcionamento do país" é complemento nominal de "imprescindível". Página: 5

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CADERNO 1 Questão 12 Um importante aspecto da experiência dos outros na vida cotidiana é o caráter direto ou indireto dessa experiência. Em qualquer tempo é possível distinguir entre companheiros com os quais tive uma atuação comum situações face a face e outros que são meros contemporâneos, dos quais tenho lembranças mais ou menos detalhadas, ou que conheço simplesmente de oitiva. Nas situações face a face tenho a evidência direta de meu companheiro, de suas ações, atributos, etc. Já o mesmo não acontece no caso de contemporâneos, dos quais tenho um conhecimento mais ou menos dignos de confiança. No trecho “Já o mesmo não acontece no caso de contemporâneos, dos quais tenho um conhecimento mais ou menos dignos de confiança.” (linhas 4 e 5), a palavra "já" pode ser substituída, sem alteração de sentido, por A) entretanto. B) como. C) à medida que. D) se. E) quando. Questão 13 O hino do América F.C., composto por Lamartine Babo, diz: "Hei de torcer, torcer, torcer... Hei de torcer até morrer, morrer, morrer... Pois a torcida americana é toda assim, a começar por mim." O recurso linguístico que enfatiza o compromisso entoado pelo hino é A) o uso das reticências. B) a repetição da estrutura sintática. C) o emprego do verbo auxiliar "haver". D) a presença da palavra "torcida". E) a autorreferência do pronome "mim". Questão 14 Outra de elevador “ Ascende”, dizia o ascensorista. Depois: “ Eleva-se.” “ Para cima.” “ Para o alto.” Escalando.” Quando perguntavam: “ Sobe ou desce?”, respondia: “A primeira alternativa.” Depois dizia “Descende”, “Ruma para baixo”, “Cai controladamente.” “ A segunda alternativa.” “ Gosto de improvisar”, justificava-se. Mas como toda a arte tende para o excesso, chegou ao preciosismo. Quando perguntavam “Sobe?”, respondia: “É o que veremos..." Nem todo o mundo compreendia, mas alguns os instigavam. Quando comentavam que devia ser uma chatice trabalhar em elevador, ele respondia: “Tem seus altos e baixos”, como esperavam. Respondia, criticamente, que era melhor que trabalhar em escala, ou que não se importava, embora o seu sonho fosse um dia, comandar alguma coisa que andasse para os lados. E quando ele perdeu o emprego, porque substituíram o elevador antigo do prédio por um moderno automático, daqueles que têm música ambiental, disse: “Era só me pedirem – eu também canto.” (Luis Fernando Veríssimo – jornal O Globo, 2002) O elemento em destaque em cada vocábulo que deve ser identificado como um morfema, indicador de ação em processo é: A) controladamente – mente. B) chatice – ice. C) escalando – ndo. D) ambiental – al. E) pedirem – rem.

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CADERNO 1 Questão 15 Texto “ Enquanto o acima exposto é mantido, o sistema ainda consegue grande flexibilidade, graças aos fatos de que qualquer relatório pode ser emitido em impressora ou vídeo, pode ser integrado a um potente sistema de mala-direta (Vide mala-direta do fabricante) para emissão de cartas de cobranças e outros avisos, não possui estrutura de arquivos fixa, permitindo a utilização e criação de diversas combinações de arquivos, permite facilidade para a seleção da consulta ou relatório desejado.” A maneira como certos textos são escritos pode dificultar o entendimento do que se quer dizer. É o que ocorre com o texto acima, cujo problema principal está identificado na seguinte afirmação. A) há uso inadequado da palavra flexibilidade, que pode ser interpretada de duas formas, subvertendo a ordem do texto. B) há ausência de ponto e vírgula, o que indica, formalmente, a separação da ideia central do texto. C) há a presença excessiva de elementos de ligação entre as partes do texto. D) há a presença de parênteses desagregando informações e desviando a atenção para a ideia predominante do texto. E) há falta de unidade e de progressão textual, o que prejudica a compreensão da mensagem.