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1 A secagem e as relações da água com a madeira José António Santos A água e a madeira Teor em água da madeira Secagem natural e artificial (ao ar, convencional, desumidificação, vácuo, solar) Efeitos da água na madeira (degradação, deformações, descolamentos, perda propriedades mecânicas, etc.) Ganho de teor em água Exemplos práticos J.A.Santos

A secagem e as relações da água com a madeira · 1 A secagem e as relações da água com a madeira José António Santos A água e a madeira • Teor em água da madeira • Secagem

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1

A secagem e asrelações da água com a madeira

José António Santos

A água e a madeira

• Teor em água da madeira

• Secagem natural e artificial(ao ar, convencional, desumidificação, vácuo, solar)

• Efeitos da água na madeira (degradação, deformações, descolamentos,perda propriedades mecânicas, etc.)

• Ganho de teor em água

• Exemplos práticos

J.A.Santos

2

Teor em água da madeiraTeor em água

H % = Ph - Po

PoX 100

Teor em água %

Peso de madeira sem

água (g)

Peso de água contida na Madeira (g)

100 100 100

50 100 50

25 100 25

12 100 12

0 100 0

J.A.Santos

Saída de água

Modelo da Secagem

Verde Meio seca Secaevaporação

evaporação

evap

oraç

ão

evap

oraç

ão

Madeira

Retracção = diminuiçãoda espessura da parede celular

Células da Madeira

Águalivre

>35% 12%35 a 12%

J.A.Santos

3

Saída da água da madeira

- Evaporação- Migração

Gradientedo teor

em água

Interior da peça de madeira

Ventilação ar exterior

ImportanteVelocidade de evaporação

deve ser < ou =velocidade de migração

J.A.Santos

Água na madeira (o significado relativo do teor em água)

Exemplos:30 %

Pinho γo= 550 kg/m3

12 %

30 %Carvalho γo= 850 kg/m3

12 %

Modelos:

madeira densa madeira pouco 30% 30%saturada densa saturada

Conclusões:• Mesmo volume de madeira saturada a madeira menos densa tem maior teor em água.• Para um mesmo valor nominal do teor em água a madeira mais densa tem mais água.• Por exemplo, a 30% de teor em água, a madeira pouco densa está mais próxima do fim da

secagem e tem menos água do que a madeira mais densa.

88 l /m3

137 l /m3

100 x P

P - P(%) H

0

0h=

30 % teor em água em 100 g de madeira anidra existem 30 g de água

J.A.Santos

4

Variação de massa durante a secagem

733 kgCarvalho

700 kgEucalipto

555 kgCastanho

528 kgPinho

485 kgChoupo1 ton.

emverde

Massa a 12 %

A diferença de massa corresponde à água que énecessário retirar durante a secagem.

515 litros

472 litros

445 litros

300 litros

267 litros

J.A.Santos

Valor máximo de teor em água

D1.54D)(1.54 100Hmáx

−=

53Carvalho0,850

60Eucalipto0,800

102Castanho0,600

112Pinho0,565

131Choupo0,510

exemplos

D12% Espécie Hmáx. (%)

J.A.Santos

5

Efeito da variação do teor em água da madeira

100%

30%

Humidade relativa do ar

HistereseTe

or e

m á

gua

Adsorção

Dessorção

PSFTeor em água da madeira %

12 60 80 120

Varia

ção

de d

imen

sões

%

Retracção da madeira

Teor em água

H % =Ph - Po

PoX 100

• Madeira verde > 30% (água livre + ligada)• Madeira com teor em

água do ponto de saturaçãodas fibras PSF - 25 a 35% (água ligada)

• Madeira comercialmente seca - 18%• Madeira seca - 12 a 16% • Madeira no estado anidro - 0%

J.A.Santos

6

Modelo de pilha de secagem ao ar

J.A.Santos

Pilha de secagem ao ar

J.A.Santos

Utilização de sondas e fios para

monitorização da evolução da secagem

com um aparelho eléctrico portátil

7

Cobertura exterior na secagem ao ar

para evitar secagem demasiado rápida

J.A.Santos

Secagem ao ar de madeira de carvalho negral (35mm) (início 17 Abril 2003)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

55

60

65

70

75

6 17 24 31 38 45 52 64 71 81 89 98 113 139 147 158 166 174 189

Duração da secagem (dias)

Teor

em

águ

a (%

)

Sonda 1 Sonda 2 Sonda 3 Sonda 4 Sonda 5 Média Humidade de equilíbrio

J.A.Santos

8

Vácuo (até 30%

)

Vácuo (até 12%

)

Convenc.(até 30%)

Convenc.(até 12%)

Desum.(até 30%)

Desum.(até 12%)

27 mm

41 mm

54 mm

0 4 12

28

24

42

0 35

14 16

32

0 22 5

10160

51015202530354045

Tem

po (d

ias)

Tipo de secador

Espessu

ras

Tempos de secagem (Resinosas)

27 mm 41 mm 54 mm

Fonte: Adaptado de Séchage du Bois - Guide Pratique, CTBA

9

Vácuo (até 30%

)

Vácuo (até 12%

)

Convenc.(até 30%)

Convenc.(até 12%)

Desum.(até 30%)

Desum.(até 12%)

27 mm

41 mm

54 mm

0 8

38

70

42

80

0 627

50

30

54

0 412

30

16

370

10203040506070

80

Tem

po (d

ias)

Tipo de secador

Espessu

ras

Tempos de secagem (Folhosas)

27 mm 41 mm 54 mm

Fonte: Séchage du Bois - Guide Pratique, CTBA

SECAGEM DE CARVALHO - SECADOR (diferentes espessuras)

0

10

20

30

40

50

60

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30

Tempo de secagem (dias)

Teor

em

águ

a (%

)

14mm35mm50mm

J.A.Santos

10

Cortesia LNEC

Fórmula empírica para determinação do teor em água de equilíbrio

Equilibrium Moisture Content (EMC)

1800 KH + (K1KH + 2K1K2K2H2)

W 1-KH (1 + K1KH + K1K2K2H2)

where: W = 330 + 0.452T + 0.00415T2

K = 0.791 + 0.000463T - 0.000000844T2

H = relative humidity (%)K1 = 6.34 + 0.000775T - 0.0000935T2

K2 = 1.09 + 0.0284T - 0.0000904T2

T = temperature (°F)

EMC =

J.A.Santos

11

Fórmula empírica para determinação do teor em água de equilíbrio

Temp (ºC) RH(%) W k k1 k2 Num1 Denom1 Num2 Denom2 EMC

12 65 366,410 0,813 6,114 2,356 0,529 0,471 11,287 8,260 12,215 65 371,365 0,815 6,061 2,455 0,530 0,470 11,572 8,392 12,1

20 65 380,160 0,819 5,961 2,607 0,532 0,468 11,972 8,572 12,025 65 389,625 0,822 5,846 2,744 0,534 0,466 12,276 8,699 11,830 65 399,760 0,825 5,716 2,867 0,536 0,464 12,481 8,772 11,635 65 410,565 0,827 5,571 2,976 0,538 0,462 12,585 8,790 11,4

349,000 0,805 6,270 1,910 0,000 1,000 0,000 1,000 020 50 380,160 0,819 5,961 2,607 0,409 0,591 7,647 6,043 9,320 60 380,160 0,819 5,961 2,607 0,491 0,509 10,426 7,677 11,020 65 380,160 0,819 5,961 2,607 0,532 0,468 11,972 8,572 12,020 70 380,160 0,819 5,961 2,607 0,573 0,427 13,622 9,519 13,120 75 380,160 0,819 5,961 2,607 0,614 0,386 15,376 10,518 14,520 80 380,160 0,819 5,961 2,607 0,655 0,345 17,234 11,569 16,0

J.A.Santos

Teor em água de equilíbrio da madeira

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

22

24

26

28

30

10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100

Humidade relativa do ar (%)

Teor

em

águ

a de

equ

ilíbr

io (%

)

0ºC 10ºC 20ºC 30ºC 40ºC 50ºC 60ºC 70ºC

J.A.Santos

12

Teor em água de equilíbrio da madeira

6

8

10

12

14

16

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20

22

24

26

28

30

30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100

Humidade relativa do ar (%)

Teor

em

águ

a de

equ

ilíbr

io (%

)

10ºC 20ºC 30ºC

J.A.Santos

J.A.Santos

TEORES EM ÁGUA RECOMENDADOS30% 30%

25% 25%

22% MADEIRA EM CONTACTO COM FOCOS DE HUMIDADE 22%

18% MADEIRA EM LOCAIS DESCOBERTOS 18%

15% MAD. LOCAIS ABERTOS E COBERTOS 15%

14% LOCAIS FECHADOS NÃO AQUECIDOS 14%

10% LOCAIS FECHADOS E AQUECIDOS 10%

8% LOCAIS COM AQUECIMENTO CONTÍNUO 8%

UTILIZAÇÕES ESPECIAIS0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

HUMIDADE RELATIVA DO AR EM % (TEMP. 15 a 20ºC)

SECAGEM

ARTIFICIAL

NECESSÁRIA

LIMITE DESEGURANÇACONTRAPODRIDÃO

13

J.A.Santos

J.A.Santos

Variação da Humidade Relativa do ar e do Equilíbrio Higroscópicocom o aumento de temperatura

Ponto orvalho

inicial a 15ºC 16ºC 18ºC 20ºC ºC inicial a 15ºC 16ºC 18ºC 20ºC95 89 78 69 14,2 24 20 15 1390 84 74 66 13,3 21 18 14 1285 80 70 62 15,5 18 16 13 1180 75 66 58 11,6 16 15 12 1175 70 62 55 10,6 15 13 12 1070 66 58 51 9,5 13 12 11 965 61 54 47 8,4 12 11 10 960 56 50 44 7,3 11 10 9 855 52 45 40 6,0 10 10 9 850 47 41 36 4,6 9 9 8 7

Humidade relativa (%) Equilibrio Higroscopico (%)

Para humidade absoluta constante :

- Temperatura => Humidade relativa

- Temperatura => Humidade relativa até ponto orvalho

14

J.A.Santos

Variações de humidade relativa com a temperatura(4 situações de humidade absoluta constante)

64

46

34

25

19

14

43

31

22

17

129

66

48

36

27

44

32

24

18

90

11

60

7

90

21

60

14

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

5 10 15 20 25 30 35 40Temperatura ºC

Hum

idad

e R

elat

iva

do a

r %

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

22

24

Teor

em

águ

a da

mad

eira

%

Inverno húmido Inverno secoVerão húmido Verão seco .

No Inverno há um elevado potencial de secagem, porque a humidadeabsoluta pode ser menor do que no Verão

Principais defeitos de secagem:

Gradiente de teor em água

Fendas internas

Tensões de secagem

Empenos, fendas perto da medula

Manchas

Colapso

J.A.Santos

15

Início de secagem – sem fendas na madeira

Meio da secagem – início de abertura de fendas

16

Meio da secagem – aumento da largura das fendas

Meio da secagem – largura máxima das fendas

17

Meio da secagem – início do fecho das fendas

Fase final da secagem – diminuição da largura das fendas

18

Fase final da secagem – diminuição da largura das fendas

Fim da secagem – fecho total das fendas

19

Processo de abertura e fecho de fendas na secagem de uma Folhosa

20

21

22

23

Há vantagem durante a secagem em:

• forçar a madeira a permanecer direita (cargas sobre as pilhas)

• impor variações cíclicas de aumento e diminuição de humidade

Fluência mecano-sorptiva

Variação humidade

Tempo

Aplicação de carga

Tempo

Dimensão da madeira

Tempo

Visco-elasticidade Deformação mecano-sorptiva

J.A.Santos

24

J.A.Santos

Evolução do teor em água e das tensões internas ao longo do processo de secagem em função de menor ou maior gradiente de secagem

Gra

dien

te fr

aco

Gra

dien

te e

leva

do

Teor em água e dimensões Tensões internas

Início secagemMeio da secagem

Fim da secagem

Início secagemMeio da secagem

Fim da secagemInício secagemMeio da secagem

Fim da secagem

Início secagem Fim da secagemMeio da secagem

Com tensões

Sem tensões

Consequências práticas das tensões de secagem

Sem tensões

Com tensões

Com tensões

Fendas resultantes de tensões tracção na camada superficial

J.A.Santos

25

Fluxo de líquido (superfícies e fendas grandes, por gravidade e vasos comunicantes) => instantâneo

• Capilaridade (poros, lumens e fendas) => muito rápido

• Higroscopicidade / Difusão => muito lento(água ligada quimicamente à paredes celularese igualização das concentrações)

• Transporte por movimento de ar húmido => relativamente(por espaços livres entre componentes) rápido

• Zonas quentes para zonas frias => lento(evaporação nas zonas quentes e condensaçãonas zonas frias)

Movimento de líquidos na madeira e componentes

J.A.Santos

A progressão do líquido por capilaridade depende do diâmetro do tubo

26

a) b)

Força de aderência à superfície, provocada pela tensão superficial

Força da gravidade

Força de tensão superficial tangencial. Tende a reduzir a área.

g -

t -

a -

• Na situação c) as forças de aderência às superfícies (a) e de tensão superficial (t) são superiores à força da gravidade (g).

• Todo o fenómeno é condicionado pelo diâmetro do capilar e pela tensão superficial do líquido.

Tensão superficial líquido-ar (dyne/cm):• Acetona 23,3• Álcool etílico 22.3• Mercúrio 485.0• Água 72.7

d)c)

Migração de líquidos por capilaridadePressão interna

trava o efeito da capilaridade

J.A.Santos

a

g

t

Evaporação Estoma

27

Percentagem de água absorvida (imersão em água 24 horas)

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Pinho borne Pinho cerne

água

abs

orvi

da (%

)Axial Radial Tangencial

Absorção axial em duas faces

Absorção radial em duas faces

Absorção tangencial em duas faces

A migração da água no borne nadirecção axial, pode chegar a ser100 vezes mais rápida do que nas direcções transversais.

J.A.Santos

Migração da água ao fim de 48 horas:

• penetração total no borne, 6,5 cm na direcção axial

• penetração superficial < 2 mmnas direcções transversais

Resultado ao fim de 1 mês

J.A.Santos

28

Diferenças de migração entre cerne e borne,para diferentes alturas do provete

Após 6 horas com uma face em água

Após 40 minutos com uma face em água

5 cm de altura

J.A.Santos

Início visível desenvolvimento microorganismos

Após 4 dias com uma face em água

Registar a não entrada de

água no cerne

h = 10 cm

J.A.Santos

29

Modelo de migração da humidadepor efeito de diferenças de temperatura

J.A.Santos

CalorFrio Vapor de

água

Concentração humidade

humidade

Gotículas de águaProtecção

superficial impermeável

Madeira saturada de humidade Evaporação da água

Movimento da água por difusão(principal mecanismo de movimentação da água abaixo do teor em água de saturação das fibras)

Fonte: John Sankeyhttp://www.sankey.ws/wetwood.html

J.A.Santos

DLt

2

=

LL

t - tempo em segundos para o teor em água variar 63 % x (Hi – He)

L – distância do local de humidade interior (Hi) à superfície (He)

Da – 1x10-5 cm/s (no sentido axial)

Dt - 1x10-6 cm/s (nos sentidos radial e tangencial)

• A difusão é 10 vezes superior na direcção axial do que na transversal

• A perda de humidade é mais rápida quanto maior for a diferença entre o teor em água no interior e no exterior (exponencial decrescente)

30

Erros de concepção• Facilitar as entradas de água pelos topos dos componentes

J.A.Santos

Erros de concepção• Facilitar as entradas de água pelos topos ou fontes contínuas

de humidade

J.A.Santos

31

Erros de concepção• Acabamento impermeável às trocas gasosas => podridão

J.A.Santos

Métodos de secagem industrial

• Secagem ao ar• Secagem artificial

− secador convencional− secador por vácuo− secador por desumidificação− secador por correntes de alta frequência

• Secador misto ventilação / aquecimento solar

J.A.Santos

32

Esquema de secador convencional

J.A.Santos

33

65

Secador por vácuo

J.A.Santos

Energia necessária para a secagem artificial

Constantes necessárias ao cálculos:• calor específico da água = 1kcal / ºC.kg• calor específico da madeira seca = 0,35 kcal / ºC.kg• Calor latente de vaporização da água = 560 kcal / kg

Q = m cp (T2-T1)Exemplo para madeira de pinheiro, de verde até 12% (γ0% = 550kg/m3 ; 120% teor em água)

Energia para a secagem artificial :energia para aquecer a madeira (20ºC a 70ºC) 9 650 kcal / m3

energia para aquecer a água contida na madeira (660 l) 33 000 kcal / m3

energia de vaporização da água (594 l) 332 640 kcal / m3

energia de ventilação (≈0.35kW/m3; ≈4 dias) ≈ 34 kW.h / m3perdas para o exterior (≈ 30% da energia de aquecimento total) 112 587 kcal / m3

Totais * ≈ 487 877 kcal / m3 + 34 kW.h / m3 (energia eléctrica)

( 1000 kcal = 1,16 kW.h ) 567+ 34 = 119.2 kW.h / m3 madeira verde

(*Nota: energia consumida ao longo de um ciclo de secagem.)

J.A.Santos

34

Poupança de energia térmica

Convencional Solar + arejamento

Fase aquecimento(15ºC to 65ºC)

Fase de secagem(90%MC to 12% MC)

Procura de eficiência energética

32 000 kcal / m3 0

220 000 kcal / m3 0

Ventilação 50 kW.h / m3 50 kW.h / m3

1 kW.h = 860 kcal

J.A.Santos

Secadores solares

J.A.Santos

35

SecadorVentilação / solar

J.A.Santos

madeira

humidade

madeira

humidade

J.A.Santos

SecadorVentilação / solar

36

Vantagens técnicas e económicasMenor consumo energético do que um secador industrial =>

• Protótipo ventilação/solar => 4,5€ / m3 de madeira seca

• Secador convencional => 12€ / m3 de madeira seca

Preço de instalação de um secador de 60 m3 útil (volume madeira)

(preço da caixa e ventiladores):

• Protótipo do projecto ≈ 10 000€

• Secador convencional ≈ 35 000€ + caldeira + combustível

SecadorVentilação / solar

Tempos de secagem (27mm, pinho bravo, 80% a 12%)

• Convencional => 5 dias

• Ventilação / solar => 30 dias

J.A.Santos

J.A.Santos

37

J.A.Santos

Evolução do teor em água de equilíbrio

0

5

10

15

20

25

0:00 2:24 4:48 7:12 9:36 12:00 14:24 16:48 19:12 21:36 0:00 2:24 4:48 7:12 9:36 12:00 14:24 16:48 19:12 21:36 0:00 2:24 4:48

Teor

em

águ

a (%

)

condições no exterior condições no interior Motores ligados

Motores desligados Motores ligados Motores desligados

J.A.Santos

38

J.A.Santos

Programa industrial para controlo da secagem

J.A.Santos

Programa industrial para controlo da secagem

39

2,5 a 3Espessura grossa, madeira difícil de secar

3 a 4Espessura fina, madeira difícil de secar

3 a 4,5Espessura grossa madeira fácil de secar

4,5 a 7Espessura fina, madeira fácil de secar

Gradiente ou potencial de secagem

Características domaterial a secar

Chave dos programas de secagem

Gradiente de secagem constante

J.A.Santos

Ganho de humidade por equilíbrio higroscópico durante o armazenamento e transporte

Variação do teor em água em embalagens de madeira protegidas com plástico e não protegidas, sujeitas a diferentes condições de humidade ambiente

Desprotegido,90 % H.R.

Desprotegido,65 % H.R.

Protegido, 30 – 90 % H.R.

Desprotegido, 30 % H.R.

Teor

em

águ

a (%

)

Duração do armazenamento (semanas)

Numa situação de ambiente húmido (90% H.R.), o teor em água da madeira desprotegida pode passar de 9% para 18% no decurso de tempo de 6 semanas.

40

J.A.Santos

Soluções para os desvios do teor em água

Para transporte ou armazenamento em ambiente não condicionado, as paletes de madeira devem ser protegidas de acordo com o teor em água

Qualidade da madeira seca

O conceito de qualidade da madeira seca foi desenvolvido e aperfeiçoado ao longo dos últimos anos:

• SPRINT 15 – Network for Wood Drying (1989 – 1991)

• EDG – European Drying Group, (1990 – 2000)

• COST E15 – Advances in Wood Drying (2000 – 2003)

• Actualmente as regras definidas vão ser estabelecidas como

norma Europeia.

J.A.Santos

41

Principais critérios para atribuição de qualidade de madeira seca

1. Definição da amostragem

2. Desvios máximos entre teor em água desejado e cada elemento

3. Gradiente máximo de teor em água

4. Valores máximos de tensões internas

5. Máxima profundidade das fendas superficiais

6. Ausência de defeitos como fendas internas, colapso

Classes de qualidade

E – Qualidade Exclusiva ou Especial ****

Q – Qualidade ***

N – Normal **

J.A.Santos

água

Madeira apodrecida

água

Madeira apodrecida

J.A.Santos

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J.A.Santos

Soluções para afastar a madeira das alvenarias

J.A.Santos

Separadores de madeiras durasduráveis

Cachorro de apoio

Ligador metálico galvanizado

Acessórios metálicos escondidos

J.A.Santos

Norma DIN 68800 – 2Conservação de madeiras. Medidas arquitectónicas preventivas.

Vista de lado

Corte A - A

Viga madeira

Isolamento

A

AVista de cima

Cortesia: André Peylo

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Conclusões

Madeira com teor em água inadequado

ao uso final

Teor em água demasiado

baixo

• Fendas• Empenos• Tensões• Descolamento• Inchamentos

Teor em água demasiado elevado

• > 20% => degradação biológica• Deformações• Tensões internas• Menor desempenho mecânico

J.A.Santos

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J.A.Santos

Igreja de Urnes na Noruega, construída em 1130, em parte com madeira de outra igreja anterior.

A madeira, se bem conservada, pode ter uma duração extremamente longa.

É fundamental conhecer as relações da água com a madeira

• Adequar sempre o teor em água às condições médias climáticase às particularidades do local

• Manter a madeira arejada e num teor em águaabaixo do limite de desenvolvimento de microrganismos da degradação

• Utilizar medidas construtivas para afastar a madeira de fontes de humidade

• Escolher madeiras com boa estabilidade e durabilidade natural,ou utilizar melhoramento tecnológico

4 regras de ouro :

J.A.Santos

Na literatura inglesa – regra dos quatro DD => Deflection; Drainage; Drying; Durability

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Obrigado pela vossa atenção

Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação, IP

ProjectoSECMAD – Secador de Madeira Energeticamente Eficiente

Necessidade de secagem industrial das madeiras.

Operação altamente consumidora de energia calorífica.

Totais ≈ 487 877 kcal / m3 (calor)+ 34 kW.h / m3 (energia eléctrica)567 + 34 = 119.2 kW.h / m3 madeira verde

Concepção de protótipos para secagem aproveitando aquecimento com energia solar e ventilação forçada

Protótipo com base na adaptação de estufa agrícola Protótipo concebido de raiz

1/6

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ProjectoSECMAD – Secador de Madeira Energeticamente Eficiente

madeira

humidade

madeira

humidade

Ar quente

Modelos de circulação do ar

Teor em água de equilíbrionas entradas e saídas das janelas de ventilação

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2

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Teor

em

águ

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equ

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io (%

)

0

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Tem

pera

tura

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rior º

C

Equilíbrio na admissão Equilíbrio na ExaustãoMotores ligados Motores desligadosTemperatura interior (escala da direita)

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Ar seco

Ar seco

Ar seco

Ar húmido

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Projecto

SECMAD – Secador de Madeira Energeticamente Eficiente

Protótipos instalados nas empresas demonstradoras

Protótipo de Leiria

Secagem de madeiras de construção

Protótipo de Alcácer do Sal

Secagem de varas e postes

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ProjectoSECMAD – Secador de Madeira Energeticamente Eficiente

Vantagens técnicas e económicasMenor consumo energético do que um secador industrial

Protótipo solar => 4,5€ / m3 de madeira secaSecador convencional => 12€ / m3 de madeira seca

Preço de instalação de um secador de 60m3 útil (volume madeira)

(preço da caixa e ventiladores):Protótipo do projecto ≈ 10 000€Secador convencional ≈ 35 000€ + caldeira + combustível

Potencialidades IndustriaisBaixo custo de investimento e de manutenção, • grande versatilidade por ser facilmente regulável • qualidade elevada da madeira seca, • elevado potencial de implementação em pequenas e médias empresas.• utilização para outros fins, como por exemplo, secagem de frutos, pinhas ou algas, cerâmica, lamas, etc.

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ProjectoSECMAD – Secador de Madeira Energeticamente Eficiente

Simulação do comportamento de um secador sujeito a controlo fuzzy durante 4 meses.

Temperaturas na câmara e na madeira; conteúdo de água da madeira, humidade ambiente e na câmara

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ProjectoSECMAD – Secador de Madeira Energeticamente Eficiente

Aplicações de Software amigáveis desenvolvidas em LabView:

Aquisição de dadosControlo do secadorSupervisão de múltiplos secadores

Sistema de instrumentação e aquisição de dados implementado em Field Point.Módulos expressamente desenvolvidos.

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Measurement node n

Measurement node 3

Measurement node 2

Measurement node 1

Serial RS485 communication networkControl

node

TCP/IP communication (Internet), supporting several driers

suprevision

Remote Supervisor System