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I 6 dez dez 1951 REDACÇÃO E ._ MONTE ADMINISTRAÇÃO ESTORIL - - ?IRECTOR, EDITOR E PROPRlETAHIO - ANrr'ONIO ALVES Administrador-ANTONIO ALVES <Filho) - -- - -- SEMANA RIO REPUBLICANO Todos os artigos não assinados são da exclusiva iesponsabilidade do director do jornal A propaganda das belezas do Concelho de Cascais A QUILO que os particulares e entidades oficiais teem feito ha bastan- tes anos para tornar conhecidas dos estrangeiros as belezas desta zona de turismo, atraindo-os aqui, é qualquer coisa de exraordinari1- mente grande, incomportavel no pequeno espaço de um artigo, restr- vando-nos, por isso, para mais oportunamente fazermos um relato com- pleto, prestando justiça áqueles que a merecem. Absolutamente identificados com os que ao problema do turismo, e particularmente no que interessa a esta região, diremos ser indispen- savel prosseguir sem desfalecimentos a propaganda no estrangeiro, á· I medida que as comodidades e o luxo vão aumentando. Mas é preciso não desarmar e intensificarmos a divulg<lção no paiz de tudo o que aqui temos, do que nos deu a Natut;! , e do que o homem tem feito para elevar este Concelho ao nivel de progresso a que tem direito. Quem tiver observado o que ha tempos se vem passando, decerto concordará conosco nas conclusões a que pretendemos chegar. Ha doze anos podiam contar-se os visitantes provincianos que demandavam os Estoris. Vinham muitas vezes a Lisbúa mas, como ouviam dizer que - a Cascais uma vez e. '. nunca mais, terminavam por nào vir, com receio de qual/ue,- male/icio que os impedisse de re- . gressarem a suas terras como Deus os tinha trazido até ... A guerra com todos os seus horrores e tambem com os peros que originou, guindando muita gente á categoria de nababos, exportava todos os anos, para aqui, umas dezenas de novos ricos, espe- cialmente do Alentejo, mais trazidos por pedantismo, do que por pre- pelos beneficios dimatericos ou helpZíls níltnrais - na sua maioria, de os saber apreciar. Os que naquela epoca tinham o seu de meia, nunca espe- culando e aproveitando sómente o que naturalmente lhes vinha parar ás mãos, continuaram a ignorar este cantinho, nunca supondo que em Portugal houvesse alguma coisa que os estrangeiros tanto apreciassem. Contudo, quando não podiam ir todos os anos, iam de dois em dois anos ao estrangeiro, percorrendo urna parte de paizes diferentes. E' claro que continuavam a ignorar as riquezas e os encantos de Portugal. .. Desapareceu a guerra, ficaram muitos dos seus horrores, os ho- mens de negocios que sempre foram metodicos continuaram a fazer as suas passeatas por fóra, donde veem sempre carregados de mil e um folhetos de propaganda, com fantasia ou sem ela, para delicia da fami- lia nas interminaveis noites de inverno. Mas ultimamente estamos constatando que um frémito de entu- suiasmo perpassa por todo o paiz, como que a dizer que nós os portu- gllezes, naturalmente á força de os estrangeiros o gritarem, temos um paiz unico no mundo para se crear a industria de turismo, que pessuímos coisas lindas sem par e devemos quanto antes valerisa-las. De vez em quando recebemos atraentes e bem cuidados folhetos de propaganda, sendo os ultimas das Comissões de Mafra e Ericeira, que estào disseminando por todos os recantos do Paiz, todos á compita em atrair para o seu cantinho as atenções dos seus compatriotas. E por cá o que se tem feito nesse sentido, que meios se adotaram para qL1e á Costa do Sol venham aportando os pertuguezes endinheira- dos e que estào dessimit>ados por todos os pontos de Portugal? Se é certo que no inverno os hoteis estiveram cheios de estran- geiros, porque não acontece o mesmo na epoca de verão com os por- tuguezes, principalmentp. agora que todos se resolveram a fazer sensi- veis nas diarias? a propaganda bem orientada e intensa póde fazer derivar para aqui es nacionais. Mas para isso torna-se indispensavel que todos, prin- cipalmente os que sào mais directamente interessados, saiam do seu tremendo egoismo e colaborem nesse empreendimento_ . Não faltam, actualmente, elementos para que ao conhecimento de todo o paiz possam chegar os excepcionais encantos desta zona de turismo, que está rivalisando com o que de melhor existe fóra e onde todos os dias se nota uma ancia maior de progresso. O Estortl, dentro da sua modesta esfera de acção tem procurado pôr em pratica estas suas ideias, e congratula-se per alguma coisa de util ter conseguido, embora á custa de sacrificios, porque não tem feito da sua função um balcão de negecio, mas um elemento de colaboração e propaganda ao serviço do Cencelho de Cascais. Que todos saibam, pois, compreender o nosso esforço e façam justiça as nossas intenções, colaborando nesta bela cruzada de ame r re- gionalista e patriotico. Assim o desejamos e assim será, per certo. .' Duma lnan .. ira geral l é muito dificU es- crever sobre os aTtistas pequenos e demailf quando les, co mo no da Stela Marçal Men c1onç::. , os limites da precoci- dac o vulg;w. Na verdade, o caso desta artista pequena sobreleva a todos os que conhecemos, por dois motivos principais: o forte poder des- critivo das suas composições e o equilibrio no desenyolvimento dos respectivos temas. E' claro que esta nossa afirmação não pode deixar de ter um significado relativo, condicionado a uma concepção mllsical mais instintiva do que consciente . como 6 proprio duma creança, sem que por esse facto pos- samos vêr diminuido o seu valôr e mere- cimento. ,; E porque algumas das composições de Stela Marça n[endonça são demasiadamente sérias para a sua idade, mais dificil se nos torna a tarefa de escrev.;)r sobre elas . . Por isto mesmo compreendemos e não eetranhamos a desconfiança e a reserva que n@tàmos no pllblico que assistiu {t primeira audição das composiçõe s desta artista pe· quena. E achamos tão logica e natural esta ati- tude, que a consideramos como um dos melbores prenuncios para o futuro a.rtistico da infantil compositora. Fazemos votos para que tais qualidades artisticas sejam orientadas e aproveitadas convenientemente para gloria da pequena homenageada e proveito da arte nacional. A seus extremosos pais endereçamos 08 nossos sinceros cumprimentos pelo exito justamente alcançado pela sua gentil fi- lhinha. Missão patriotica A' hora de fecharmos o nosso jornal já. tinhamos recebido di versos telegra- mas do Grupo Excursionista «Os Sil- vas>" que vão prosseguindo na sua lou- vavel missão patriotica. Em uma das ultimas noticias, de Bra- gança, pedem-nos que, por intermedio de «O Estoril,>, saúdemos todas as en- tidades, corporações, imprensa local e habitantes do Concelho de Cascais. Condições de assinatura Por trimestre: 12 numeros ••••• 7$00 Anuncios: Preços convencionais não se devolvem 01 orlg11l818, embora não leIam publlcadol. COMPOSTO E IMPRESSO NAS "OFICINAS FERNANDES" . Rua Cruz dos Peiais, 103 (5portun idades Q UEM vier acompanhando a nossa in- sistencia na questão da iluminação publica, ha·de julgar que vós O fazemos por acinte ou q ualq uer intenção reser- vada. Costl ,mamo8 ser muito claros em tndo que escrevemos e facilmente se \'erificará. quanto de injustiça pôde ha- ver nessas suposições, pois apenas de- sejamos, como deseja toda a gente, que se clhe a sério para um dos mais im- portantes problemas desle concelho. Se de preferencia atacamos a Com- panhia do Gaz e Electricidade, é por- que ainda não vimos que da parte d ste colosso se desenhasse o mais insignifi- cante proposito de contribuir para tirar a toda ti. zona da Costa do Sol o aspec;- to q uasi sertanf'j o. E é isto quo nos interessa. :. '/ I NFORMAM-NOS que se está prepa- rando uma grande reuni riO de forç!ts vivas do concelho, de acôrdo com as entidades oficiais, a fim de solicitar do Poder Central a concessão da verba x:e- para a oonstrução do «Porto de Abrigo em Cascais», considerado como .... m dos factores mai:; primordiais para O progresso desta região. E' por esta unidade de acção que ha muito vimos pugnando, e oXhlá. que to- dos se irmanem agora no mesmo pen- samento. •• EM uma das primeiras sessões da Ca- mara Municipal deve ser apreciada a. proposta de um grupo financeiro de va- lor que se prupõe fazer a construção dos mercados do Estoril, Monte, Car- cavelos e Cascais. Que esses molhoramentos não se fa- çam esperar. •• NÃO d'I:lsanimamos de vêr o «Largo das Palmeiras» transformado num lindo jardim para. crianças, conforme está projectado; mas estamos impacien- t es com a demora na publicaçãO do respectivo decreto de expropriação, que nos disseram estar aprovado supe- riormente. Bem desejamos que não haja demora na resoluçãO deste caso, como o exige o bom nome desta zona de turismo. •• Q UANDO se olhará. a valer para as nossas praias, que por este caminhar estão condenadas a um tremendo des· credito? Aoudam emquanto é tempo a um dos melhores motivos de atracção que esta estancia possue, saneando-as e dotan- do-as com os meios exigidos pela seleota colonia balnear que até agora as tem preferido. •• I REMOS publicando 8S noticias que nos forem transmitidas de todos os pontos por onde passe o gropo exour- sionista. «Os Silvas», a. quem augura- mos uma digressão feliz e que por toda. a parte enconirem os braços abertos para os receber e ?m. reco- nhecimento da sna mlssao patrlOtlCa.

A propaganda das belezas do Concelho de Cascais (5portun idades · suas passeatas lá por fóra, donde veem sempre carregados de mil e um folhetos de propaganda, com fantasia ou sem

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Page 1: A propaganda das belezas do Concelho de Cascais (5portun idades · suas passeatas lá por fóra, donde veem sempre carregados de mil e um folhetos de propaganda, com fantasia ou sem

I 6 dez Sezt~mbro dez 1951

REDACÇÃO E ._ MONTE

ADMINISTRAÇÃO

ESTORIL --?IRECTOR, EDITOR E PROPRlETAHIO - ANrr'ONIO ALVES

Administrador-ANTONIO ALVES <Filho) - -- - --SEMANA RIO REPUBLICANO Todos os artigos não assinados são da exclusiva iesponsabilidade do director do jornal

A propaganda das belezas do Concelho de Cascais

A QUILO que os particulares e entidades oficiais teem feito ha bastan-tes anos para tornar conhecidas dos estrangeiros as belezas desta

zona de turismo, atraindo-os aqui, é qualquer coisa de exraordinari1-mente grande, incomportavel no pequeno espaço de um artigo, restr­vando-nos, por isso, para mais oportunamente fazermos um relato com­pleto, prestando justiça áqueles que a merecem.

Absolutamente identificados com os que ao problema do turismo, e particularmente no que interessa a esta região, diremos ser indispen­savel prosseguir sem desfalecimentos a propaganda no estrangeiro, á · I medida que as comodidades e o luxo vão aumentando.

Mas é preciso não desarmar e intensificarmos a divulg<lção no paiz de tudo o que aqui temos, do que nos deu a Natut;! , e do que o homem já tem feito para elevar este Concelho ao nivel de progresso a que tem direito.

Quem tiver observado o que ha tempos se vem passando, decerto concordará conosco nas conclusões a que pretendemos chegar.

Ha doze anos podiam contar-se os visitantes provincianos que demandavam os Estoris. Vinham muitas vezes a Lisbúa mas, como ouviam dizer que - a Cascais uma vez e. '. nunca mais, terminavam por nào vir, com receio de qual/ue,- male/icio que os impedisse de re- . gressarem a suas terras como Deus os tinha trazido até cá ...

A guerra com todos os seus horrores e tambem com os destF~lll­peros que originou, guindando muita gente á categoria de nababos, exportava todos os anos, para aqui, umas dezenas de novos ricos, espe­cialmente do Alentejo, mais trazidos por pedantismo, do que por pre­dilec~ão pelos beneficios dimatericos ou helpZíls níltnrais - inca~azes, na sua maioria, de os saber apreciar.

Os que já naquela epoca tinham o seu pé de meia, nunca espe­culando e aproveitando sómente o que naturalmente lhes vinha parar ás mãos, continuaram a ignorar este cantinho, nunca supondo que em Portugal houvesse alguma coisa que os estrangeiros tanto apreciassem. Contudo, quando não podiam ir todos os anos, iam de dois em dois anos ao estrangeiro, percorrendo urna parte de paizes diferentes. E' claro que continuavam a ignorar as riquezas e os encantos de Portugal. ..

Desapareceu a guerra, ficaram muitos dos seus horrores, os ho­mens de negocios que sempre foram metodicos continuaram a fazer as suas passeatas lá por fóra, donde veem sempre carregados de mil e um folhetos de propaganda, com fantasia ou sem ela, para delicia da fami­lia nas interminaveis noites de inverno.

Mas ultimamente estamos constatando que um frémito de entu­suiasmo perpassa por todo o paiz, como que a dizer que nós os portu­gllezes, naturalmente á força de os estrangeiros o gritarem, temos um paiz unico no mundo para se crear a industria de turismo, que pessuímos coisas lindas sem par e devemos quanto antes valerisa-las.

De vez em quando recebemos atraentes e bem cuidados folhetos de propaganda, sendo os ultimas das Comissões de Mafra e Ericeira, que estào disseminando por todos os recantos do Paiz, todos á compita em atrair para o seu cantinho as atenções dos seus compatriotas.

E por cá o que se tem feito nesse sentido, que meios se adotaram para qL1e á Costa do Sol venham aportando os pertuguezes endinheira­dos e que estào dessimit>ados por todos os pontos de Portugal?

Se é certo que no inverno os hoteis estiveram cheios de estran­geiros, porque não acontece o mesmo na epoca de verão com os por­tuguezes, principalmentp. agora que todos se resolveram a fazer sensi­veis r~duções nas diarias?

Só a propaganda bem orientada e intensa póde fazer derivar para aqui es nacionais. Mas para isso torna-se indispensavel que todos, prin­cipalmente os que sào mais directamente interessados, saiam do seu tremendo egoismo e colaborem nesse empreendimento_ . Não faltam, actualmente, elementos para que ao conhecimento de todo o paiz possam chegar os excepcionais encantos desta zona de turismo, que está rivalisando com o que de melhor existe lá fóra e onde todos os dias se nota uma ancia maior de progresso.

O Estortl, dentro da sua modesta esfera de acção tem procurado pôr em pratica estas suas ideias, e congratula-se per alguma coisa de util ter conseguido, embora á custa de sacrificios, porque não tem feito da sua função um balcão de negecio, mas um elemento de colaboração e propaganda ao serviço do Cencelho de Cascais.

Que todos saibam, pois, compreender o nosso esforço e façam justiça as nossas intenções, colaborando nesta bela cruzada de ame r re­gionalista e patriotico.

Assim o desejamos e assim será, per certo.

~l(lft MflR~ftl M(nO~ltfl .'

Duma lnan .. ira geral l é muito dificU es­crever sobre os aTtistas pequenos e demailf quando les, como no ca~o da Stela Marçal Menc1onç::. , cJ,c~dem os limites da precoci­dac o vulg;w.

Na verdade, o caso desta artista pequena sobreleva a todos os que conhecemos, por dois motivos principais: o forte poder des­critivo das suas composições e o equilibrio no desenyolvimento dos respectivos temas.

E' claro que esta nossa afirmação não pode deixar de ter um significado relativo, condicionado a uma concepção mllsical mais instintiva do que consciente . como 6 proprio duma creança, sem que por esse facto pos­samos vêr diminuido o seu valôr e mere-cimento. ,;

E porque algumas das composições de Stela Marça n[endonça são demasiadamente sérias para a sua idade, mais dificil se nos torna a tarefa de escrev.;)r sobre elas . . Por isto mesmo compreendemos e não

eetranhamos a desconfiança e a reserva que n@tàmos no pllblico que assistiu {t primeira audição das composições desta artista pe· quena.

E achamos tão logica e natural esta ati­tude, que a consideramos como um dos melbores prenuncios para o futuro a.rtistico da infantil compositora.

Fazemos votos para que tais qualidades artisticas sejam orientadas e aproveitadas convenientemente para gloria da pequena homenageada e proveito da arte nacional.

A seus extremosos pais endereçamos 08

nossos sinceros cumprimentos pelo exito justamente alcançado pela sua gentil fi­lhinha.

Missão patriotica A' hora de fecharmos o nosso jornal

já. tinhamos recebido di versos telegra­mas do Grupo Excursionista «Os Sil­vas>" que vão prosseguindo na sua lou­vavel missão patriotica.

Em uma das ultimas noticias, de Bra­gança, pedem-nos que, por intermedio de «O Estoril,>, saúdemos todas as en­tidades, corporações, imprensa local e habitantes do Concelho de Cascais.

Condições de assinatura Por trimestre:

12 numeros ••••• 7$00 Anuncios:

Preços convencionais

não se devolvem 01 orlg11l818, embora não leIam publlcadol.

COMPOSTO E IMPRESSO NAS "OFICINAS FERNANDES"

. Rua Cruz dos Peiais, 103 -Lisbo~

(5portun idades

QUEM vier acompanhando a nossa in­sistencia na questão da iluminação

publica, ha·de julgar que vós O fazemos por acinte ou q ualq uer intenção reser­vada.

Costl,mamo8 ser muito claros em tndo que escrevemos e facilmente se \'erificará. quanto de injustiça pôde ha­ver nessas suposições, pois apenas de­sejamos, como deseja toda a gente, que se clhe a sério para um dos mais im­portantes problemas desle concelho.

Se de preferencia atacamos a Com­panhia do Gaz e Electricidade, é por­que ainda não vimos que da parte d ste colosso se desenhasse o mais insignifi­cante proposito de contribuir para tirar a toda ti. zona da Costa do Sol o aspec;­to q uasi sertanf'j o.

E é isto quo nos interessa.

:. '/

I NFORMAM-NOS que se está prepa-rando uma grande reuni riO de forç!ts

vivas do concelho, de acôrdo com as entidades oficiais, a fim de solicitar do Poder Central a concessão da verba x:e­ces~aria para a oonstrução do «Porto de Abrigo em Cascais», considerado como .... m dos factores mai:; primordiais para O progresso desta região.

E' por esta unidade de acção que ha muito vimos pugnando, e oXhlá. que to­dos se irmanem agora no mesmo pen­samento.

• •• EM uma das primeiras sessões da Ca-

mara Municipal deve ser apreciada a. proposta de um grupo financeiro de va­lor que se prupõe fazer a construção dos mercados do Estoril, Monte, Car­cavelos e Cascais.

Que esses molhoramentos não se fa­çam esperar.

• •• NÃO d'I:lsanimamos de vêr o «Largo

das Palmeiras» transformado num lindo jardim para. crianças, conforme está projectado; mas estamos impacien­t es com a demora na publicaçãO do respectivo decreto de expropriação, que nos disseram já estar aprovado supe­riormente.

Bem desejamos que não haja demora na resoluçãO deste caso, como o exige o bom nome desta zona de turismo.

• •• QUANDO se olhará. a valer para as

nossas praias, que por este caminhar estão condenadas a um tremendo des· credito?

Aoudam emquanto é tempo a um dos melhores motivos de atracção que esta estancia possue, saneando-as e dotan­do-as com os meios exigidos pela seleota colonia balnear que até agora as tem preferido.

• •• I REMOS publicando 8S noticias que

nos forem transmitidas de todos os pontos por onde passe o gropo exour­sionista. «Os Silvas», a. quem augura­mos uma digressão feliz e que por toda. a parte enconirem os braços abertos para os receber e a?ar~nhar. ?m. reco­nhecimento da sna mlssao patrlOtlCa.

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2 o ESTORIL

Espirito associativo ... em provas negativas I

Tllo certo estou de que tenho razllo, como de esta l' prégando no deserto. Isto semp1'e assim foi, e quem t01tO nasce ..•

O Concelho de Cascais, e muito espe­cialmente a Vila de Cascais, pa'rece ter h'J1'r01' á collgaçllo de esforços, pa1'ece desconhecer a necessidade da agremiaçllo como base da vitalidade, do bem comum.

Dois factos, recentes ambos, comprovam á evidencia o afi1-mado: o del'membmmento do G/upo Dramatico e Sp01,ti'l:O de Cas­cais, hoje reduzido a três duzias de socios e, port,anto, sem c~ndições de vida 1'egular, e as dtficuldades, tncomp1'eensiveis noutro meio, para a fundaçllo do Club dos Caça­dores do Concelho.

O G. D. S. C., colectividade que tinha jú~ á estima e á consideraçllo dos cascaen­ses, tem tIdo uma vida atrabiliaria e difi­c (Ima, só se mantendo pela louvavel tei­mosia de meia duzia de rapazes cheios de boa-vontade, de enel'gia, de amor ao Club.

O Club dos Caçadores, ideia que devia merece1' o mais deciditlo aplauso e apoio moral e material de todos os devotos de {(Santo Humberto», e que muitos silo neste Ooncelho, obteve, apenas, umas 90 insc1'l­çõe8 iniciais e, quando em 8 do corrente mês se realizou, na sUe do Sporting Club do lIfonte ESt01'il, a reunillo de que sairia, como saiu, a (Comissão Organisadora, ve­rificou-se, com tristeza, que desses 90 con­frades só um te1'ço ali apareceu! ! !

Desinte1'esse que nada justifica, apatia que nada tem de merit01'io, an'iscam-se a conduzir á vala comum o emb1'il10 do C. C., agremiação que tantos e tão bons sel'­viços poderia prestar a todos aqueles que, por desporto ou p01' comercio, se dedicam á arte cinegética.

Assim mm'rem, ou vivem mal, colec1ivi­dades que, em qualquer outra terra, se­l'iam autenticos valores, vel'dadeiros ba­lum'tes, donde sel'ia legitimo espera1' algo de util e de proveitoso.

E é assim que Cascais se definha, suici­dando·se inconsciente e guasi c1'iminosa-mente ••

29/8/1931. MAFREIJO

t4 Companhia Singer Mais uma exposição do CIH'SO gratuito

de bordados, que a Companhia Singer abriu em Cascais e que te/minou no ultimo domingo, tendo afluido muita

• gente á Escola Latino Coelho a admirar os trabalhos que as alunas executaram naquela Esoola durante 20 diat'.

Além de constituir um belo elemento de propaganda para essa companhia, é ao m~smo tempo de grande utilidade, I

esp€c'almente para as classes media e menos abastada, as que de preferencia fl'eq uentam o OUfSO,

Por iS80 lhe damos o nosso aplauso,

• : Este número foi visado :

pela Comissão de Censura

General Campbell A bordo do Illghland Ochieftein, acom­

panhado de sua Esposa e Filhos, seguiu ha dias para Londres o ilustre general sr. Campbell, que durante tres semanas esteve hospedado no E8to1'il-Palacio, . Não é apenas mais um estrangeiro a Juntar a tantos outros que dia a dia nos visitam, trazidos já pelo desejo de admi­rarem as belezas desta encantadora re­gião.

Ha um ano que sua ex.- aqui che­gou pela primeira vez, com a intenção de se fixar e passar alguns dias. o que se lhe tornou impossível por tár sido inesperadamente (,hamado a Londres dois dias depois de aqui chegar ..

Mas foi tão agradavel a impressão du­rante o pequeno lapso de tempo que esteve entre nós, que prometeu aqui vir este ano para melhor apreciar eco, nhecer as maravilhas deste concelho.

Dispondo de uma extraordinaria in­fluencia na sua Patria, além da sua ele­vada categoria social é Director-Ge. rente da Illustrated N ewspap~rs Ltd. a quem pertence a propriedade das grandes revistas inglesas - «The Illus­trated London Rews» - «The Graf.hie» -«The Sphere»-«The Sketch»-«The Tatter» - aThe Bsplander» - «Britania & Eve» - «The Illustrated Sporting e Dramatic News» onde, por mais de uma vez e em honrosos artigos teve ocasião de manifestar a sua simpatia por nós, a sua extraordinaria admiração pelas incom­paraveis belezas deste lindo jardim - á beira Mar plantado.

Por isso todas as considerações espe­ciais lhe são devidas, bem andando os directores da Sociedade de Propaganda da Costa do Sol e o Administrador-De­legado da Sociedade Arrendatarin Inter­nacional, sr. Guilherme Cardim, em o cumular de todas as atenções até 1Í. hora da partida, porque sua ex.- tem mostra­do ser um grande amigo e um carinhoso propagandista das coisas de Portugal.

Informações uteis aos lavradores Todos os proprietario~ sãoob 'igados

a manifestar o seu gad bOv'in I\té ao proximo dia 10 do corrente, lnc6 ten o em pesada!'! penalidade . os q'C(e nã.o cumprirem essas disposi ções .

J'ambem os lavrador '3 que tenham oliveiras e quaisquer arvores de fruto nas suas propriedades, devem fazer o respectivo manifesto nas admtUfSwaçÕ8s de concelho, desde o dia 1 de Jane- o até 15 de Março de 1932.

CASA VENDE-SE

Para entregar devoluta no fim do pr&-sente mel, com treze divisões, agua e luz, esplendidamente situada no Monte Estoril, perto da praia e da estação, linda vista e multo central. + Optimo estado de conservação + Preço 9 O contos, aceitando-se oferta. + Nesta redacção se dão todas as indicações.

II NOVO CASINO ESTORIL. .; ;'. -)0.;-;.,

Fotografia tirada de noite - Interessante projecção no lago do Parque

Grupo EXCUl'sio· nista "Os Silvas"

Lá abalaram no dia I do corrente os rapazes que constituem o Grupo Excursionista I Os Silvas J, que na vespera da partida vieram trazer-nos o abraço das suas despedidas, sempre animados do grande amor á sua terra, cujas belezas vão propagandear por uma grande parte do Paiz, por quasi todo o Norte de Portugal.

Muitas ilustrações, milhares de pos­tais, alguns centos de exemplares do Jornal de Cascais e mais de dois mil exemplares do n.O 39 do jornal O Es­tont, bastante ilustrado com interes­santes gravuras e um pedacinho das principais localidades do Concelho, a acompanharem a homenagem bem merecida ao Homem Bom, que se cha­mou em vida Dr. José dos Passos Vella.

Já recebemos as primeiras noticias de "Os Silvas", apoz a sua visita a Santarem, Tomar, Miranda do Corvo e Louza, onde foram recebidos com galhardia e entusiasmo.

Estamos certos de que a sua hon­rosa perigrinação ha-de ser bem com­preendida por toda a parte e que esses gene.osos rapazes hão-de trazer no­vos estimúlos para que, percorrido o nosso Paiz, se abalancem até ao es­trangeiro, com que já vão sonhando, unicamente com a preocupação de bem exalçarem as belezas desta en­cantadora e privilegiada estancia.

Sucessivamente iremos dando con­ta da sua passagem, conforme as no­ticias que nos transmitirem, e que serão anunciadas em o placard de O Seculo, instalado no terraço do edificio da Comissão de Turismo.

Estamos certos de que, saudando­os, nos acompanha toda a população da "Costa do Sol",

Camara fMunícípal de Cascaís

Resumo das deliberações tomadas pela Comissão Administrativa da Camara Mu­nicipal de Cascais em sua sessão havida em 24 de Agosto de 1931:

L a-Adjudicar a Antonio Jacinto da Silva, pela quantia de 3.72MOO a cons­trução de um chafariz no logar 'de Alca­bideche,

2. a-Encarregar a Secção de EnO'e, nhari.II., de elaborar as condições par: a acqul$IÇão de um motor e bomba para ser colocado no poço de Alcabideche para abastecimento de agua ao lavadou­ro do mesmo logar.

3,a-En\'Íar ao Snr. Inspector do Ma­tadouro as propostas apresentadas para a arrematação de cebo, garras labadas chifres, unhas, ossos e assacat~s de car: neiro existentes no Matadouro Muni­cipal.

4,'-Adjudicar a João Felix da Silva Capucho o fornecimento de um grupo moto bomba ds vacuo com eixos mon­tados sobre rodas de aço amortecedoras para poder eventu!llmente ser rebocada por um carnion, pelo preço lotaI de 2 L 425r$OO.

5 a-Enc:uregar a Secçãe de EnO'e­nharia de mandar proceder á reparaçã0 de varios buracos existentes nas calça­das das ruas da vila e solidtar do Snr, Administrador do Concelho para que a policia exerça uma rigorosa fiscal\sa.çlio soure ns pessoas que causam ~st,~ s danos,

6. a -Oficiar á Junta Autonoma àas Estra,das pedindo-lhe a reparação dos passelOs ao longo da Estrada Nucional entre Cascais e Monte Estoril e 1:\ re­moção dos lixos deposii ados nos mes-mos passei(ls. ' '

7,a-Nomear uma c(lmisQ1l.0 constitui­da pelos S, s. Romano Esteves, Fel" an­do Bravo e Lopes Martins pura estudar a melhor forma de se dar cumprimeIlto ao disposto no Decret o n. o 19,252 de 17 de Janeiro do corrente ano na pur­~e refere?te á arborisação dos 'terrenos lDcultos Junto das Estr adas de Cascais­Sintra e Cascais-Lisboa.

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o flUlul de D81Btão I tODturlO dI ".811101s" di oltlmo domlnao IIlre 01 DOSSOI adlltas dI tlattl. NA PISCINA DO ESTORIL

I Excedeu ' Ldda a espectativa a festa promovida pelo nosso colega Os Sp07'tS a favor do Gremio dos Artistas Tea~ trais, att'aindo á Piscina do ESt07'il mi­lhares de pessoa~, que encheram por completo as galenas, Salão de Esgrima e Hall das ~ermas, esgotando. se por completo os bilhetes, vendo-se a comis­são na necessidade de ceder entradas suplementares.

O actor Erico Braga, presidente do Gremio dos Artistas Teatrais, foi incan­savel, merecendo os maiores elogi os pela fórma criteriosa e ás vezes cheia de vel'!:e como sempre orientou esta in­teressante festa.

A Sociedade Estoril, justo é dizê-lo facilitou todos os bilhetes para os ele~ mentos que tomaram parte em tão en­cantador certame desportivo, organi­sando Lambem um serviço de comboios que agradou e a todos satisfez.

No concurso de ({maillots» foram olas­sificadas no mesmo grupo as artistas Lubelia Stichini, Fjlomena Casado Ma­ria Cristina e Maria Amelia, m~tivo porque o respectivo premio é sorteado entre as qua.tro artistas.

N o final do concurso o publico dis­pensou uma entnsiastica ovação ás con­correntes.

Todo o movimento de entradas era feito pelo pessoal da «Sociedade Arren­dataria Internacionai», que a esta festa prestou o seu valioso ooncurso, ouvin­do-se por toda a parte os mais rasga.dos elogios ao seu administrador-delegado sr_ Guilherme Cardim.

Tanto no inicio COmo a fechar, o dis­tinto despoltista sr. Emile Renou real i­son uma vistosa e arriscada demonstra ç!lo de saltos, obtendo fartos aplansos.

E O nosso oolega Os Sp01tS deve oon­siderar-se bem comp l' nsad(l, não só pe­los resultados muitissimo lisongeiros da sua generos~ ideia, bem como pelo re­levante servlço que acaba de prestar ao desporto nacional.

Nós e a Sociedade Comercial Financeira, Ud.a (Marinha) No ultimo numero do nosso jornal

publicámos duas cartas que a SocCedade Come1'cial Financeira, Ltd, nos dirigiu, sendo uma sob o titulo Verdades amargas, e outra na secção especial -Do Velho Burgo .. -

A falta de espaço inhibe-nos de res­ponder simultaneamente á.s duas cartas, e taro bem porque são assuntos comple­tamente diferentes, que mui to convem tratar separadamente.

Comecemol'l, portanto, pela resposta á primeira, a que se refere a uma trans­crição que fizemos de uma local do n. o

346 do jornal A Republica, comentando-a no legitimo uso de um direito.

E' certo que atribuimos á Mal'l'nha todo o interesse em fazer derivar o tran­sito para as suas estradas na direcçAo da Praia do Guincho, convencidos, prin­cipalmente, de que, dado o enorme mo­vimento de automoveis, interesses ma­teriais d'ahi lhe adviriam.

Por outro lado, e dada a sua extraor­diuaria ambição de predominio tantas vezes manifestada, atribuiamos·lhe a in­tenção de levar o Estado a abandonar a estrada nacional, unicamente para con­seguir que, tornada intransitavel, subsi­diasse a reparação da.s ruas ficando, ;pso facto, os terrenos de que é ac! ualmente detentora, atravessados sómente por uma estrada, e esta pertencente áquela em­preza, e sem os encargos de conserração.

Que a Marinha tem reql:erido para que a. estrada nacional seja reparada; ela o diz e nós não temos o direito de duvidar. Mali era nesse campo que de­via colocar se, repondo as coisas no s~u verdadeiro pé, sem necessidade de fazer jogo de palavras.

N em ao dd leve insinuámos que as entendidade~ que superintendem na «Junla Autonoma», onde estão funcio­narios competentissimos e honestos, contando en~re êles alguns amigos, se prestassem a qualquel· conltlto ou p ' OpJ­silo menos hone~t() ( sic).

A 11larinlza é que se permitiu tirar ilacçóAs perigosas. ficando por isso com a responsabilidade das suas consequen­cias porque nós, qU8ndo quizermos cha­mar pelo seu verdadeiro nome ás pes­soa~ ,e ás ooisas, não precisamos q1le nos puxem pela lingLla.

Ahi esl á a nossa resposta á primeira carta da AlaI tl/ha, iniciando no proximo numero a resr osta á segunda que e8sa tem muito pano para manga~ e carece de ser bem .conversadinha •.•

Page 3: A propaganda das belezas do Concelho de Cascais (5portun idades · suas passeatas lá por fóra, donde veem sempre carregados de mil e um folhetos de propaganda, com fantasia ou sem

Liga da Propaganda cóntra o Analfabetismo

Esta instituiçt10 de ca1'ác!el' civico, alheia a pm'Udarísmos, p"etende agitar o magno problema da Inst1'uçtlo Prlmá"la em P01'­tugal, de modo a acabar, de vez, o Anal­fabetismo que nos envel'gonha perante os povos culto,q,' a elevar-se o en.~ino primário em tvdos os seus graus, prestigiando-se os apóstolos do A B C,' e a criar-se uma ver­dadeira educação moral e social.

Para auxilIO da 1'ealizaçt10 dos seus fin.~, esta LIGA l'eceberá, como excelentes, todas as indicações pedagógicas de vaZ 11', todas as imcialiv1s e energias, e todos os dona­tivos que beneméritos ou entidades lhe quei_ ram oferecer ou que se obtenham p0l' meio de festas, quermesses e outras iniciativas de benlmel êllcia.

RESUMO DOS FINS DA LIGA 1.°-Fazer a máxima propaganda da

Instrução Primária, como base de todo o ensino nacional, interessando todos os portuguêses, sem excepções, na solução dêste magno preblema -o primeiro de Portugal.

2.0-Concorrer para a criação e ins­talação de escolas infantis e elementa­res em todas as povoações do pais.

3.°_ Concorrer para que a obrigato­riedade escolar, estabelecida por Lei, seja um facto, desde já, nas terras onde existem Escolas; e nas outras localida­des, á medida que elas se forem criando e instalando.

4.'-Defender a criação de classes de alunos anormais e surdos-mudos, em todos os ooncelhos onde as necessidades do ensino o exigirem. . 5. 0 -Fomentar a organização da assis­tência oficial ou particular, tornando conhecida a legislação sôbre Cantinas, Caixas e Mutua 'idades Escolares.

6.0-Distribuir pelas crianças mais pobres das Escolas, livros, roupas, fa.­zendas ou calçado, conforme as ofertas l\ LIGA ou as disponibilidades financei­ras desta instituição o permitam.

7. 0-Fomentar a construção de novos edificios escolares, a reparação dos actuais e o forneoimento de material didactico indispensável ao ensino.

B.o-Criar o sentimento de respeito e carinho pela infância, auxiliando todas us obras de Assistência que lhe digam respeito, e divulgando os «Direitos da Criança», proclamados em Genebra.

9.o-Fomentar e realizar ftlstas edu­cativas, de propaganda e de confrater­nização, entre professores, alunos e suas respectivas famílias.

10.0 -Defenner a criação de cursos no­cturnos paI a os adultos analfabetos como uma medida transitória, transformando­se depois em cursos de aperfeiçoamento para os semi-analflibetos.

l1.°-Fomentar a fundação das cha­madas Uuiversidades Livres, Bibliote­cas Populares e Centros de InstruçãO e .Educação Popular.

12.0 -Promover conferências de carác~ ter histórico, sciêntifico, pedagógico e social, para se elevar a cultura do povo.

13.e -Promover inquéritos, concursos, exposições, concertos, excursões, pales­tras e visitas de estudo a museus e mo­numentos.

14.o-Divulgar a legislação do ensino primário, que possa servir aos objecti­vos da LIGA.

15.0 -Colaborar com o Estado, por intermédio dos seus representantes pe~ dagógicos, com as J t1otas: "Q!erais de Di3trito, Câmaras Municipais e .Tuntas

~ de l!'reguesias, e bem assim com qual­quer associação de instrução, para que os fins da LIGA se efectivem.

16.o-Apoiar, espontâueamente ou por solicitaçãO, as justas pretensões da clas­se do professorado primário.

17.0 -Concorrer para que ao profes­sor despachado para as aldeias, seja dis­pensada a máxima consideração e cari­nho por toda a população local, tendo em yista a honrosa e altrnista missão q ue ali vai desempenhar em beneficio das crianças analfabetas.

l8.o-Aceitar e fazer reolamações, a quem de direito, no inleresse supremo do ensino Fúblico.

19.o-Apoiar e defender as Bases das medidas a promulgar contra o Analfa­betismo, apresentadas pelo Snr. Amé­rico Cadoso, no final da «1. n Semana contra o Analfabetismo», real izada, no Pôrto, em Outubro de 1927, e bem as­sim os alvitres apresentados na~ cam­panhas de 1928, 1929 e 1930.

20. o-Publicar anualmente um Bole­tim, descrevendo os trabalhos realizados pela Liga, no ano anterior, que será dis-

o ESTORIL 3

05 nossos aoIegas Mais um aniversario festejaram os

nossos apreciados colegas O Alma­dense, de Almada; O Ceâmórense, de Cezimbra; Gazeta de Torres, de Torres Vedras; A Folha do Sul, de Montemór-o-Novo e Eco do Barre'i-1'0, do Barreiro, enviando ao seu cor­po redactorial as nossos felicitações com os melhores desejos de muitas prosperidades.

T amariz -Explanada Verdadeiramente surpreendente a

animação e a predilecção da socieda­de elegante pelo. Tamariz, especial­mente na manhã dos domfngos, que estão marcando pela natural selecção da afluencia que se nota e aumenta sempre.

No ultimo domingo tomámos nota dás Ex.mas Senhoras, não havendo uma unica meza de vago, á hora do coquetazt:

Ministra da Alemanha, condessa de Calhariz, condessa de Camide, condessa de Valbom, viscon­dessa de Asseca (D. Luisa), D. Couceição do Ca­sal Ribeiro Ulrich e filha, D. Maria Constança de Roma Machado de Paiva Raposo, D. Elisa da Guerra Baedein, D. Felicidade de Sousa de Eiró, I I. Judite Maia de Carvalho, D. Julia Camacho Santos, D. Maria Izabel Perestrelo de Orey Cor­reia de Sampaio e filhas, D. Sayyse Cohen de Bettencoort, Senhora do dr. Bustorff Silva, D. Julia Cardoso de Castilho Santos Silva, D. Maria do Carmo Soares de Albergaria Burnay, D. Luisa de Sá Pais do Amaral Macieira, D. Maria Amelia Santa Rita Gomes Neto e filha, D. nda Bornay de Guimarães Serodio, D. Ludovina Soares de Alber­garia IJiniz, D. Maria Francisca da lJamara PÍllto Basto, D. Carlota Centeno Gorjão Henriques e fi­lha, D. Maria da Nazaré Centeno Infante da Ca­mara, I). Maria Rosalina Pinto Coelho Perelltrelo de Matos, D. Sofia Baerlein de Castelo Branco, D. Vera Ferreira Pinto RibeÍJ:o da Cunha, D. Sa­ra Velez e filha, I). Vera Cohen Perestrelo de Vasconcelos, D. Maria da Conceição de Borja Trindade de Serra e Moura, D. Maria José de Borja Trindade Benard Guedes e filha, D. Ht:lena Roque Gameiro Leitão de Barros, D. Maria Hp.­lena Nobre da Costa, D. Maria Helena Gandon Duff Burnay, D. Lea Cohen Zaguri e filhAS, Se­nhora Azancót, D. l\laria Antonia de Paiva Ra­poso Bandeira de Melo, Senhora do dr. Alvim, D. Maria da Gloria de Almeida Cayola Zagalo, Se­nhora de Moisés Anahory, D. Maria Alice Sauvi­net Bandeira Bastos, D. Maria Luisa de Paiva Raposo de Almeida, D. Maria Carlota de Paiva Raposo Parreira, D. Maria da Assunção Pinheiro Chagas Taquenho, D. Eduarda Nunes de Carvalho e filha, D. Maria Izabel Seabra Roquete Bastos, D. Maria Drurnond Cast Seixas, D. Maria Macha­do Malheiro Reymão, D. Catarina Cordeiro, D. Guita Calheiros e Meneses, D. Maria Monsinho de Albuquerque, D. Maria de Lourdes BIanco Cayola Za~alo, D. Roxane Serpa Pinto de Lan­castre FreItas, D. Maria de Assis Posser de An· drade, D. Maria Emília Allen de Vasconcelos, D. Edite Salema Vieira Pinto, D. Maria Vitorina de Paiva Raposo, D. Leonor Correia (Asseca), D. Maria Leopoldina e D. Eugeuia Maria de Araujo Perestrelo de Vasconcelos, D. Maria Julia Burnay Bastos, D. Maria Flora e D. Maria da Assurnção Bast{)s do Amaral, D. Izabel da Camara Assis, D. Gabrieia e D. Maria Pereira Cantarino, D. Maria Madalena, D. Maria Wlademira, D. Maria He­loisa, D. Maria do Ceu e D. Maria Domingas da Veiga Pinto Quirino da Fonseca, D. Ennice Cor­reia da Costa de Serpa Pinto, D. Maria Luisa e D. Ravazzini Queiroz Santos, meninas Buzaglo Abecassis, etc.

Colectores Ha pessoas que, em quanto não vêem

certos melhoramentos, são os que mais protestam pela Bua falta. Mas uma vez realisados, são dos mais refractarios a reconhecer os seus beneficios.

E' o caso dos colectores, que estando já construidos em alguns pontos do con­celho, principalmente Cascais e Alto Estoril, tem sido uma canseira para conseguirem que certos proprietarios façam a respectiva ligação.

Eram elites, por certo, os que mais barafustavam pela sua falta. Sã!), sem duvida, os mais relapsos agora em cum­prir com o seu dever, mandando fazer a respectiva ligação, com saudades, na­turalmente, do anterior serviço elas fos~as •..

Mas julgamos que as autoridades teem elementos de sobra para os meter na ordem e chama-los ao bom caminho.

tribuido gratuitamente a todas as pes­soas e entidades que tenham auxiliado, de qualquer modo, esta instituição.

Pôrto, 12 de Janeiro de 1931.

A DIRECÇÃO.

As adesões podem ser enviadas para a sede provisória Campo dos Mártires da Pátria, 59-1.° - PORTO.

Grupo Desportivo de Cascais Está em organisação um grupo des­

portivo na séde do concelho, cujos ini­ciadores são quasi todos academicos, qUd manifestam um grande entusiasmo pela educação fisica e se propõem culti­var o desporto em quasi todas as suas modalidades.

Vão enviar as respectivas circulares­convite para inscrição, havendo tres ca­tegorias de sócios-contribuintes, auxilia­res e honora rios.

Da comissão organisadora, que já conseguiu um regular numero de sócilis êontribuintes e auxiliares, fazem parte:

Claudio C~mpos, Oscar Carmona e Costa, Victor Laal e Francisco Santana Leite. F~zemos votos porque ao novo Club

Desportivo estejam reservadas muitas prosperidades, podendo antecipadamente contar com O Estoril para todo o seu noticiariq e em tudo que a sua acção possa interessar-lhe.

o auifErsario de· "O Estoril" Fez no dia 22 de Junho de 1930 um

ano que O Estonl iniciou a sua publica­ção, estando por isso naturalmente indi­cado que tivessemos ·festejado nesse dia o seu primeiro aniversario.

Assim teria sido se não tivessemos tido qualquer interrupção. Como a um ano de vida cOlresponderiam 48 nume­FOS publicados, honestamente, só quan­do atingir esse numero teremos direito a fazer a correspondente comemoração.

Ainda passaria se a suspensão tem­poraria se ávesse dado ao terceiro ano de publicação; ma3 aisim não tinha ra­zão de ser.

Vamos brevemente iniciar a organisa­ção desse numero especial, em que po­remos todo o nosso cuidadu, quer esco­lhendo a sua colabora~)ão, quer ilustran­do-o com gravuras das mais recentes e in teressantes, pois desejamos que seja, de facto, um dos melhores specimes de propaganda a espalhar por todas as fre­guesias de P ortugal.

Para lsso contamos com a costumada cooperação das entidades oficiais, em­prc s par1iculares e comercio do con­celho, á disposição de quem pômos des­de já as paginas e o espaço que deseja­r~mi

or. Carcavelos "

Pedem-nos para que chamemos a aten­ção . da Camara e do sr. Sub-Delegado de Saude, para o pel igo em que estão os moradores de Carcavelos, na iminen­cia de serem atingidos por uma grave epidemia, devido aos desppjos de alguns prédios para o «Rio das M.arianas», que nesta quadra do ano está completamente sêco .

Estamos certos de que as entidades competentes vão providenciar com nr­gencia e como fôr de justiça, a bem da higiene e da saude publica.

E' facto que nem tudo pode resolver­se ao mesmo tempo, mas ha casos espe­ciais que não admitem delongas ou se­jam protelados. E este que apontamos merece uma intervenção imediata. '

Adriano Julio Coelbo A população de Sintra está de luto

pela perda irreparavel de um grande benemérito e bemquisto cidadão, que deixou o seu nome ligado ás obr!is de maior vulto levadas a efeito naquela for­mosa estancia durante os ultimos quinze anos. .

Aliando ao seu requintado espirito de artista primcrosos dotes de coração e inl eligencia, a Ima generosidade não teve limites, vincando a sua personali­dade em rasgos de splidariedaàe que o tornaram querido de grandes e peque­nos.

Tivemos a feliz oportunidade de fa­lar duas vezes com o falecido sr. Adria­no Coelho, e sempre encontrámos nesse homem tão grande aprumo moral, que logo despertou em nós a maior simpatia e o mais profundo respeito.

Dedicando, pois, estas simples linhas de homenagem á sua memoria, signifi­camos ao Povo de Sintra, e em especial ao nosso presado colega «Sintra Regio­nal», a expressão sincera do nosso gran­de pesar.

As povoações rurais do concelho de Cascais

Brevemente faremos uma visita ás povoações rurais do concelho, a fim de inquirirmos das suas mais instantes as­pirações e apreciarmos os melhoramen­tos com que teem sido dotadas, que de­pois publicaremos, com as gravuras das fotografias que julgarmos mais interes­santes.

Se ha mais tempo não temos feito esta reportagem, é sómente devido á falta de vagar e oportunidade.

Pedimos aos nossos estimados assi­nantes espalhados pelos di versos loga­reios, que nos indiquem os pontos que de preferencia devemos visitar e os me­lhores aspectos de paisagem e edificios publicos ou particulares que devemos fotografar, para irmos devidamente orientados e não se perder muito tem­po, sempre pouco para as noSsas pre­ocupações.

Cobrança Vamos novamente enviar á co­

brança os recibos que nos foram devolvidos, uns com a nota de que estavam ausentes e outros a quem o empregado dos correios deixou aviso para pagamento.

esperamos que uns e outros sa­tisfaçam a assinatura em divida, poupando-nos mais transtornos e despesas.

Quem não quizer continuar com a assinatura pague os numeras que tem em divida e diga-o num sim­ples postal, como é seu dever. ;;::..,:

CASCAIS - R Boca do Inferno

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