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Dissertação em andamento do Programa de Pós-Graduação em Geografia, Ambiente e Desenvolvimento Regional, linha de pesquisa Produção do Espaço Regional, nível de Mestrado, Departamento de Geografia, Instituto de Ciência Humanas e Sociais. Pedro Moreira dos Santos Neto Universidade Federal de Mato Grosso, [email protected] A PRODUÇÃO DO ESPAÇO AGRÁRIO NO VALE DO ARAGUAIA (MT): entre a expansão agropecuária e a resistência camponesa. INTRODUÇÃO A presente pesquisa é parte da dissertação em andamento que pretende debater os conflitos e os processos concretos da produção do espaço agrário dos camponeses do Projeto de Assentamento Independente I, localizado no Vale do Araguaia em Confresa- MT (figura 01) município que possui 83% (INCRA, 2009) do território ocupado por assentamentos de “reforma agrária”, contrapondo a expansão agropecuária sinalizada pelo Estado por meio Zoneamento Socioeconômico Ecológico (ZSEE), buscando compreender a integração, desintegração e a reintegração camponesa, pois para compreender a produção do espaço agrário no Vale do Araguaia é preciso compreender a vida cotidiana dos sujeitos. Para este fim partiremos da análise dos camponeses na escala local e da vida cotidiana dos sujeitos, pois as possibilidades de mudanças e transformações não vem do plano político e econômico, mas sim do plano social, dos conflitos desvelando as contradições presente na realidade concreta. O ZSEE será analisado no nível dos sujeitos buscando identificar como que se realiza concretamente na vida cotidiana dos camponeses e as possíveis transformações nas relações sociais. Neste contexto durante a dissertação pretende-se identificar os conflitos e os processos concretos da produção do espaço agrário dos camponeses e empresários do agronegócio, compreendendo o movimento triádico de integração, desintegração e reintegração camponesa no processo concreto da produção do espaço agrário, analisando o processo de luta pela terra para compreender a realidade dos assentados do município de Confresa-MT, verificando como que o ZSEE se realizada para os

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Dissertação em andamento do Programa de Pós-Graduação em Geografia, Ambiente e

Desenvolvimento Regional, linha de pesquisa Produção do Espaço Regional, nível de

Mestrado, Departamento de Geografia, Instituto de Ciência Humanas e Sociais.

Pedro Moreira dos Santos Neto

Universidade Federal de Mato Grosso, [email protected]

A PRODUÇÃO DO ESPAÇO AGRÁRIO NO VALE DO ARAGUAIA (MT):

entre a expansão agropecuária e a resistência camponesa.

INTRODUÇÃO

A presente pesquisa é parte da dissertação em andamento que pretende debater

os conflitos e os processos concretos da produção do espaço agrário dos camponeses do

Projeto de Assentamento Independente I, localizado no Vale do Araguaia em Confresa-

MT (figura 01) município que possui 83% (INCRA, 2009) do território ocupado por

assentamentos de “reforma agrária”, contrapondo a expansão agropecuária sinalizada

pelo Estado por meio Zoneamento Socioeconômico Ecológico (ZSEE), buscando

compreender a integração, desintegração e a reintegração camponesa, pois para

compreender a produção do espaço agrário no Vale do Araguaia é preciso compreender

a vida cotidiana dos sujeitos. Para este fim partiremos da análise dos camponeses na

escala local e da vida cotidiana dos sujeitos, pois as possibilidades de mudanças e

transformações não vem do plano político e econômico, mas sim do plano social, dos

conflitos desvelando as contradições presente na realidade concreta. O ZSEE será

analisado no nível dos sujeitos buscando identificar como que se realiza concretamente

na vida cotidiana dos camponeses e as possíveis transformações nas relações sociais.

Neste contexto durante a dissertação pretende-se identificar os conflitos e os

processos concretos da produção do espaço agrário dos camponeses e empresários do

agronegócio, compreendendo o movimento triádico de integração, desintegração e

reintegração camponesa no processo concreto da produção do espaço agrário,

analisando o processo de luta pela terra para compreender a realidade dos assentados do

município de Confresa-MT, verificando como que o ZSEE se realizada para os

empresários do agronegócio e para os camponeses, na perspectiva do ZSEE como

(re)estruturação produtiva do agronegócio na expansão da fronteira agropecuária no

Vale do Araguaia, buscando identificar como que o modo de vida dos camponeses se

constituiu como resistência ao agronegócio e apontar a expansão da fronteira

agropecuária do agronegócio na produção do espaço capitalista e territorialização do

capital e como se reproduz.

Neste contexto será investigado neste artigo a expansão da fronteira

agropecuária em Mato Grosso, apontando as projeções das culturas agropecuárias

bovino, milho e soja de 2013 à 2022 calculadas pelo Instituto Mato Grossense de

Economia Agropecuária (IMEA), considerando a demanda internacional de alimentos

devido ao crescimento populacional, migração da população rural para área urbana e

aumento da renda per capita nos países em desenvolvimento.

Figura 01: Projetos de Assentamentos em Confresa-MT. Fonte: INCRA/SRMT/SIPRA, 2012.

OBJETIVOS

Ao final da dissertação pretende-se alcançar os objetivos supracitados, porém

neste artigo o objetivo principal é apontar a expansão da fronteira agropecuária em

Mato Grosso sinalizada pelo Estado por meio ZSEE na perspectiva de política pública

de (re)estruturação produtiva do agronegócio. O ZSEE será a mediação para pensarmos

as relações conflituosas entre a produção do espaço capitalista do agronegócio e o

espaço camponês, sinalizando os processos de exclusão social e/ou inclusão precária

dos sujeitos em questão que se materializa no rural e urbano pela expropriação

territorial.

METODOLOGIAS

A realização desta pesquisa está embasada nas contradições entre o território

capitalista e o espaço camponês, produção do agronegócio/propriedade capitalista e o

modo de vida do camponês. A dissertação partirá do ponto teórico-metodológico dos

autores Karl Marx e Henri Lefebvre, embasada principalmente nos autores Ariovaldo

Umbelino de Oliveira, Gislaene Moreno e José de Souza Martins para discutir a

Questão Agrária no Brasil e Mato Grosso.

A pesquisa conta basicamente com etapas de aquisição, sistematização, leitura e

análise dos materiais selecionados, confecção cartográfica, pesquisa de campo com

entrevistas semidirigidas com os camponeses e os órgãos locais, além do registro

fotográfico, gravação de áudio da entrevista e coleta de coordenadas geográficas para

produção cartográfica, sistematização dos resultados e redação final. Para que possamos

desenvolver a bom termo os objetivos da pesquisa é imprescindível que seja realizado

outras pesquisas de campo, pois os processos concretos da produção do espaço agrário e

a produção de dados primários só é possível do plano do lugar.

RESULTADOS PRELIMINARES

As pesquisas de campo proporcionaram observar na prática a questão agrária e

como ela se define elemento central para entendermos a formação socioespacial,

sinalizando elementos para pensarmos a realidade concreta e como se configura no

espaço nas diferentes lógicas, vislumbrando identificar os processos concretos da

produção do espaço agrário na integração, desintegração e reintegração camponesa, a

expansão agropecuária e a resistência camponesa no Vale do Araguaia. Partindo da

perspectiva que a opção política do Estado é a produção de commodities sinalizado pelo

Plano Safra 2014/2015 disponibilizando ao todo 156,1 bilhões de reais, aumento de

12% em relação ao Plano Safra 2013/2014, porém o valor destinado para a Agricultura

Familiar ainda é pequena, representada por apenas 15% ou 24,1 bilhões enquanto que a

Agricultura Empresarial recebe 85% ou 132 bilhões do total.

O ZSEE é um instrumento técnico e político de ordenamento territorial,

outrossim, instrumento de organização espacial do território mato-grossense para

produção capitalista do agronegócio utilizando o mapa para legitimar o discurso do

Estado (figura 02), se inserindo no universo do agronegócio, pois prevê a ampliação da

produção de commodities, ou seja, a consolidação do território mato-grossense como

produtor de commodities por meio da produção cartográfica.

Mapa do ZSEE, aprovado na Escala 1:1.500.000

Figura 02: Mapa Aprovado do ZSEE. Fonte: Instituto Centro de Vida, 2011.

Áreas com Estrutura Produtiva Consolidada ou a Consolidar (agronegócio)

Áreas Protegidas

Após a aprovação do ZSEE as instituições ligadas aos empresários do

agronegócio produziram dados legitimando o território mato-grossense como produtor

de commodities, conforme projeções da produção agropecuária para 2022.

Crescimento da produção de soja por Macrorregião 2012/13 à 2021/2022

Figura 03: Projeção da produção da soja em Mato Grosso. Fonte: Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária, 2012.

Projeções da produção de soja em Mato Grosso

Crescimento da produção de milho por Macrorregião 2012/13 à 2021/2022

Gráfico 01: Projeção da produção da soja em Mato Grosso. Fonte: Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária, 2012.

O crescimento da produção de soja por Macrorregião 2012/13 à 2021/2022

(figura 03) revela o aumento da produção da soja na macrorregião Nordeste, ou seja,

aumento da produção de soja no Vale do Araguaia, de 15% em 2012/13 para 20% em

2021/22, sendo a macrorregião com o maior crescimento da produção de soja no estado,

contribuindo para que Mato Grosso esteja produzindo 40% da soja do país (gráfico 01).

Crescimento da produção de milho por Macrorregião 2012/13 à 2021/2022

Figura 04: Projeção da produção da milho em Mato Grosso. Fonte: Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária, 2012.

Projeções da produção de milho em Mato Grosso

Gráfico 02: Projeção da produção da milho em Mato Grosso. Fonte: Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária, 2012.

O crescimento da produção de milho por Macrorregião 2012/13 à 2021/2022

(figura 04) revela o aumento da produção do milho na macrorregião Nordeste, aumento

da produção de milho no Vale do Araguaia, de 7% em 2012/13 para 14% em 2021/22,

sendo a macrorregião com o maior crescimento da produção de milho no estado,

contribuindo para que Mato Grosso esteja produzindo 36% do milho do país (gráfico

02).

Área, rebanho bovino e taxa de lotação em Mato Grosso (milhões de hectares, milhões de cabeças e cabeças/hectare)

Gráfico 03: Projeção da produção bovina em Mato Grosso. Fonte: Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária, 2012.

Produção de carne bovina em Mato Grosso (mil toneladas)

Gráfico 04: Projeção da produção bovina em Mato Grosso e Brasil. Fonte: Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária, 2012.

O gráfico 03 e 04 revelam o aumento da produção de pecuária no estado, porém

a área irá diminuir devido a substituição da pecuária extensiva para intensiva, porém

estas áreas abertas serão utilizados na produção de milho e soja.

Projeção da Produção Agropecuária de Mato Grosso de 2013 à 2022 em toneladas

CULTURAS 2013 2022 %

Soja 24.148.551 39.095.808 62

Milho 13.917.972 28.616.810 106

Bovinos 1.261.812 1.717.388 36

TOTAL 39.328.335 69.430.006 76

Quadro 01: Projeção da produção agropecuária em Mato Grosso. Fonte: Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária, 2012.

O quadro 01 Projeção da Produção Agropecuária de Mato grosso de 2013 à 2022

em toneladas revela a intenção de ampliar a produção agropecuária nas culturas de soja,

milho e bovino em 76% no período de 10 anos. Segundo notícia veiculada no portal do

IMEA (2012) o Estado deve atingir 68 milhões de toneladas e área de 11,9 milhões de

hectares na safra de 2021/22, porém Mato Grosso ainda possui um potencial máximo de

13,4 milhões de hectares em áreas abertas, ou seja, vislumbrando a ampliação da

produção de commodities posteriormente a 2021/22.

Segundo notícia veiculada no portal Agrodebate (2012) o Estado já produz 8%

do volume total de soja no mundo (conforme estimativa do Departamento de

Agricultura dos Estados Unidos – USDA), o IMEA em 2012 mapeou o potencial de uso

de áreas de pastagem nas diferentes regiões de Mato Grosso, o maior avanço sobre áreas

de pastagem deve ocorrer principalmente no Leste e Oeste. Para estas regiões estimam-

se os maiores avanços em áreas para a soja, a projeção é que em 2021/22 a área para

cultivo da oleaginosa no Leste deve crescer 71% consolidando o Estado de Mato Grosso

como maior produtor de grãos e fibras no Brasil. Quando incorporar estas áreas Mato

Grosso vai produzir mais de 30 milhões de toneladas, comentou Carlos Fávaro

presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso

(APROSOJA).

A política agrária e agrícola do Estado de Mato Grosso não medem esforços para

aumentar a área e consequentemente a produção da soja e milho, apropriando pastos

para agricultura mecanizada desconsiderando a reforma agrária, fortalecendo cada vez

mais a política agrária e agrícola da produção de commodities.

O ZSEE não representam os interesses comunitários, sendo criado para forjar o

bem estar social e representar os interesses da bancada ruralista, desconsideraram as

vontades, desejos, ideias, opiniões dos diversos modos de vidas existentes no estado.

Neste contexto o ZSEE é um planejamento para reestruturação produtiva do capital,

pois não aumentou e muito menos recuperou se quer um metro da vegetação, não foram

criados assentamentos de reforma agrária oriunda de desapropriação dos milhares de

latifúndios espalhados pelo Estado, então qual é a essência do ZSEE? Quais são as

políticas que orientam o Estado de Mato Grosso, como que o Estado apresenta a política

pública para pensar o campo? Como que o Estado pensa o campo? Oque acontecerá

com os assentados frente a expansão da fronteira agrícola?

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