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Apresentação em PP
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Paulo Freire
Pedagogia do Oprimido
Profa. Dra. Rosângela Nogarini Hilário
O autor e a obra
O livro foi escrito em 1968, quando o autor encontrava-se exilado no Chile. Proibido no Brasil, somente foi publicado no país em 1974.
Traduzido para cerca de 17 línguas, Pedagogia do Oprimido revelou-se um sucesso editorial em todos os países devido à perenidade e relevância das questões que aborda.
Situada em um momento histórico...
Ditadura Militar: período da política brasileira (1964 a 1985) em que os militares governaram o Brasil. Caracterizou-se pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura, perseguição política e repressão aos que eram contra o regime militar.
Situada em um momento histórico...
A educação foi uma das áreas mais prejudicadas no ciclo militar de poder. Foi uma área praticamente desprezada no que respeita à sua estruturação e incentivo, e para isto há uma explicação. Não era de interesse dos governantes-militares da época que uma massa populacional tivesse acesso a um ensino de qualidade, pois temiam que se assim ocorresse, o movimento em seu desfavor, no âmbito estudantil – que já era grande, aumentasse.
Vários movimentos antigolpe preocupavam o governo. Os que mais o faziam, porém, eram os encabeçados ou capitaneados por líderes estudantis, que tinham enorme poder de controle sobre seus “filiados” e simpatizantes de toda sorte.
Os pilares da obra
•A contradição opressores-oprimidos
•A situação concreta da opressão e os opressores
•A situação concreta da opressão e os oprimidos
•Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em comunhão
A concepção bancária
•Relações narradoras: a realidade como algo estático e compartimentado
•O educando enquanto “depósito”
•A cultura do silêncio
Educador EducandosEduca São educados
Sabe Não sabem
Pensa São pensados
Diz a palavra Escutam docilmente
Disciplina São submetidos à disciplina
Opta e prescreve sua opção Seguem a prescrição
Atua Têm a ilusão de que atuam na atuação do educador
Escolhe o conteúdo programático Se acomodam a ele
Identifica a autoridade do saber com sua autoridade funcional
Adaptam-se às determinações
Sujeito do processo Meros objetos
A contradição educador-educando
•Dicotomia homens-mundo: homens no mundo e não com o mundo e com outros homens. Homens espectadores e não recriadores.
•Compreensão falsa dos homens (meras coisas).
•O paradoxo: a reprodução da opressão pelos próprios oprimidos
A concepção problematizadora
•Nega os comunicados e põe em foco a comunicação.
•Supera a contradição educador-educando a partir do diálogo. Ambos são sujeitos no processo.
•Sempre um sujeito cognoscente diante do mundo, objeto cognoscível.
Educação como prática da liberdade
“[...] ao contrário daquela que é prática de dominação, implica a negação do homem abstrato, isolado, solto, desligado do mundo, assim como também a negação do mundo como uma realidade ausente dos homens.” (p. 70)
Alteridade
•Não há eu que se constitua sem um não-eu.
•Compreensão do mundo em suas relações com ele, não mais como realidade estática, mas como uma realidade em transformação, em processo.
•Visões de mundo.
Homem: ser histórico
•O homem como ser inconcluso e consciente de sua inconclusão.
•Movimento constante – vir a ser.
•O ponto de partida é a relação homem-mundo.
Dialogicidade
•A palavra: sua essência ideológica
•A palavra: ação-reflexão
•A palavra: exigência existencial (a sempre resposta)
Dialogicidade
•Como posso dialogar se alieno a ignorância, isto é, se a vejo sempre no outro?•Como posso dialogar se me admito como um
homem diferente, virtuoso por herança, diante dos outros, meros “isto”, em quem não reconheço outros eu?•Como posso dialogar se me fecho à
contribuição dos outros, que jamais reconheço, e até me sinto ofendido com ela?
Na educação...
•O diálogo começa com o conteúdo programático
•Quem define o currículo? Quem decide o que é importante ou não ensinar?
Hospedeiros do opressor
•O medo de libertar-se
•A reprodução de um modelo
•Um exemplo: uma pesquisa feita com crianças no Canadá
Palavras finais
“Se nada ficar destas páginas, algo, pelo menos, esperamos que permaneça: nossa confiança no povo. Nossa fé nos homens e na criação de um mundo em que seja menos difícil amar.” (p. 184)
Bibliografia
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.