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A Moda e o Renascimento

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Page 1: A Moda e o Renascimento
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- Novos ares, “renascido”: valorização de que a felicidade estava nos prazeres do

corpo (comida, bebida e sexo) e do espírito (leitura, amizade, arte e amor);

- Crescimento das cidades;

- Individualismo: os casamentos não são mais contratos de interesse, mas sim

conforme as preferências de cada um;

- A Europa como disseminadora de tendências;

- A substituição das instituições clericais pelas Universidades;

- Desenvolvimento da indústria da seda;

- Criação da primeira máquina para tecer meias sem costura

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• Academicismo e humanismo

• As belas-artes e a criatividade

• Valorização do corpo nu feminino:

seus apetites perigosos e suas

inúmeras fraquezas;

• Estética dos quadris largos e

seios fartos como sinal de fertilidade.

Itália

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O Nascimento de Vênus, de Botticelli

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Nascimento da Moda

-Metade do século XVI

- Abandono das obrigações relacionadas aos costumes estéticos, tradicionais e hereditários;

- Vestuários claramente diferenciados pelos sexos

- O crescimento das cidades e organização das cortes: o olhar do outro e a importância do julgamento;

- Renovação constante das formas como meio de diferenciações e de cópias entre os indivíduos;

- Frivolidades e fantasias na corte;

- Anseio pelas novidades

“as formações sociais ditas selvagens ignoraram e conjuraram implacavelmente durante sua existência multimilenar, a febre da mudança e o

crescimento das fantasias individuais” (LIPOVETSKY, 2006: 23)

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A seda

- Proveniente do Oriente, principalmente da China

-Tecido usado somente pela nobreza;

- A lenda: conta-se que ela foi descoberta por uma imperatriz

chinesa, que tomava uma xícara de chá sob uma amoreira, quando um casulo do bicho-da-seda caiu no seu chá. Ela,

ao tentar puxar a ponta de fio do casulo, fez com que fino fio de seda se

desenrolasse, amolecido pela água quente do chá. Diz ainda a lenda que a imperatriz fez um fino manto de seda

para o imperador;

- Na Idade Média, os nobres chegaram a trocar um quilo de ouro por um quilo

de seda.

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Leonardo Da Vinci

-Dissecava cadáveres humanos para atingir a perfeição em suas telas;

- Pintava quadros cifrados, permeados de mensagens para um

público restrito;

- Pregava peças no Papa da época;

- Possibilidades para o quadro de Monalisa: auto retrato de Leonardo como mulher; seria a representação

da mãe de Leonardo; ou uma amante dele que engravidou

(posição das mãos e sorriso no rosto)

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- Os tecidos eram florais, de dimensões exageradas nas estampas;

Rainha Margarida da Áustria. Observem a gola ampla, em camadas engomadas. Quanto mais largo o rufo, maior o prestígio. Em alguns casos, os

rufos chegaram a tamanhos descomunais e seus adeptos precisam

ser alimentados pelos criados. O vestido, com pouca cor, é de um tecido brocado e finíssimo. Sua seriedade e sobriedade

podem ser explicados pela própria postura com que a rainha se fez

representar.

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HOMENS:

-Roupas mais pesadas na parte superior do corpo (gibão);

- Variedade de chapéus

- Recortes nas mangas para aparecer o tecido fino utilizado por

baixo do gibão;

- Uso dos botões somente pelos homens: quanto mais botões, mais

nobre o homem era;

- Cod piece de madeira;

- Adorno de jóias;

- Beca folgada sobre os ombros

Henrique VIII, da Inglaterra

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Homens:- Sapatos com pontas para cima (bico-de-pato);

- Calças justas;- Uso de meias finas;

- Capas curtas e longas bengalas

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Mulheres

- Vestidos floridos e decorados;

- Predileção por cores escuras, principalmente o preto (influencia da

corte espanhola);

- Uso de cintas para modelar o corpo;

- Golas e colarinhos em forma de gorgeias/rufos. De tão suntuosos, os talheres da realeza tiveram que ser

modificados, pois os colarinhos não permitiam levá-los a boca;

- Toucados femininos: véus, turbantes e crespinas;

- Mangas bufantes e acolchoadas.

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Base do traje feminino

Chemise, corselet e armação de barbatanas de baleia na saia (farthingale).

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Itália

Para as classes menos abastadas:

- Gorgeias menores nas golas e mangas;

-Calções em grandes balonés;

- Uso de botões mais simples, geralmente em madeira;

- Cintos mais finos;

- Não uso de chapéus.

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Itália

-Algumas reminiscências da Idade Média, como raspar a testa e as

sobrancelhas;

- A beleza deixa de ser perigosa, no sentido de sedução carnal;

- Ser bela tornou-se obrigação;

- O exterior agora é considerado com reflexo do interior;

- Crescimento do uso de maquiagens e perfumes como

substitutos da água;

- Uso da água somente para higienizar as partes do corpo que ficavam expostas (mãos, rostos e

pescoço)

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Receitas de Beleza do século XVI

Leite de mulher parida é bom para a queda de cabelo, cicatrizes e cancro

Flores brancas (excremento de animais: de crocodilos africanos ao de cachorro doméstico) é utilizado para clarear e cicatrizar

sinais da pele

Urina é ótima para a cicatrização e espinhas

Obs.: a aplicação não era direta na pele, mas antes estes produtos eram cozidos, expostos ao sol ou macerados

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Itália

Crianças: pequenos adultos

Rainha Eleanora de Toledo

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Itália

-Os seios eram achatados e o colo empoado e pintado

com rouge;

- Os cabelos eram presos, anelados somente na

frente, acompanhando a moldura do rosto;

- Importância da natureza nas formas e na

aproximação da beleza natural feminina;

- Somente os nobres e ricos tinham acesso ao sabonete, considerado

artigo de luxo;

- Uso de luvas perfumadas.

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Alemanha

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Alemanha

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A higiene baseava-se em usar roupa lavada até ficar suja, pois tinham a idéia de que a roupa absorvia a sujidade.

Os dentes eram lavados com um produto 100% natural: urina, cinzas ou saliva.

A roupa não era lavada, mas sim sacudida e carregada de perfume. As mãos eram lavadas apenas de 3 em 3 dias, e a face era limpa

com clara de ovo ou vinagre para aclarar e amaciar a pele.

A sujidade era escondida com doses enormes de maquiagem. Para evitar o mau cheiro nas axilas, embebiam a pele com trocisco de

rosas."

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• Transição entre Renascimento e Barroco

• A Espanha influenciando a moda das golas

• Leis Suntuárias: manter visíveis os níveis sociais

de quem se vestia

• Desejo de progresso

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- Valorização do não-real e do tropical nas artes: a gastronomia tinha uma faceta importante neste período. Daí surgiram os primeiros livros de culinária;

- Valorização da androgenia.

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Vertugadin (guardião da virtude)

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Catarina de Médici, italiana, rainha da França, grande estadista, responsável por

popularizar o delicioso marzipã e…com um grande senso de moda!

As mangas, muitos amplas, são adornadas com pele.

O vestido e a crinolina eram inteiramente bordados de pérolas. Além disso ela usava pérolas na cabeça, orelhas e pescoço. A típica ostentação

do renascimento.

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No Brasil (1.500)

- Ao invés de roupa, códigos artísticos: pinturas faciais, tatuagens, escarificações, brincos;

- Estética da índia: “bunda grande”, seios pequenos;

- Não há a necessidade de roupas: o corpo nu e seguro de si;

- O nu como pecado é questão cultural, importada da Europa através do “Descobrimento do Brasil”

- A cultura do banho

Índia brasileira registrada por Jean-Baptiste Debret

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A 1ª. Missa no Brasil, de Victor Meirelles.

O nu e o sagrado convivendo no mesmo espaço