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A intervenção no AVC
O AVC é definido como o desenvolvimento rápido de
sintomas/sinais clínicos de um distúrbio focal (ocasionalmente
global) da(s) função(ões) cerebral(ais), com duração superior a
24 horas ou que conduzam à morte, sem outra causa aparente
para além da vascular (OMS, 1998)
Na intervenção pretende-se uma abordagem que visa a resolução de
problemas na avaliação e tratamento, dos indivíduos com
perturbação da função, do movimento e do controlo postural
resultante duma lesão do SNC.
A intervenção no AVC Objectivos
Estabelecer objectivos imediatos
O objectivo principal é a função
O paciente é considerado como um todo
considerando os factores percetuais,
comportamentais, ambientais e motores.
A facilitação do movimento normal é integrada em
tarefas funcionais relevantes e significantes de modo a
promover o “ carry over”. (the bobaht concept 2008)
A intervenção no AVC Alterações decorrentes
sistema vestibular
esquema corporal
alteração de sensibilidade
hiperactividade
alteração do controle postural
A intervenção em AVC Sistema Vestibular
A posição da cabeça é fundamental para promover o
alinhamento e ajudar a estabilizar a visão evitando ser usada
como estratégia compensatória, para lidar com a instabilidade
postural.
A posição dos pés no leito é fundamental para uma resposta
mais adequada do sistema vestibular e facilitar mais tarde a
posição de pé.
O utente com lesão à direita deve ser colocado
para o lado afectado a fim de receber informação sensorial.
informação dos recetores cutâneos é consciente e
integrada no córtex sensório-motor (Cullen,2012;Hain,2011).
A forma como usamos a informação determina a forma como o cérebro a codifica
O input sensorial múltiplo é necessário para atualizar o esquema corporal.
A intensidade , localização e duração do estímulo devem ser considerados em todo o processo de tratamento (Vignemont,2010)
A manipulação da informação somatosensorial desempenha um papel importante na perceção da verticalidade (Barra et al.,2010)
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A intervenção no AVC Esquema Corporal
• O tálamo é selectivo do córtex cerebral
• Recebe informação de todos os sistemas sensoriais excepto do olfacto.
• Um utente com verdadeiro pusher tem lesão no tálamo lateral e por isso alterações de sensibilidade.
• Para activar o tálamo tem de se colocar o utente de pé.
• A carga no lado afectado deverá ser colocada só quando o utente já integrou o seu lado afectado no esquema corporal. (Karabanov et al.,2012)
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A intervenção no AVC Alteração da Sensibilidade
8
Lado menos afectado
- Encontra-se muito estimulado, o que leva à inibição contralateral
Lado mais afectado
- Encontra-se menos estimulado
A intervenção no AVC Hiperactividade
No AVC há afectação de ambos os hemisférios
8
Reacções associadas
Ocorrem com a actividade voluntária de outras partes do corpo ou eventos involuntários
(Sheean & McGuire,2010)
São resultado da reorganização do SNC após a lesão
Processo de aprendizagem do doente na tentativa de interagir
com o meio sem os pré –requisitos necessários para o
controlo postura
(Gjelsvik,2008)
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A intervenção no AVC Alteração do Controlo Postural
A intervenção em AVC Evolução da nossa intervenção
Posicionamento
Posicionamento na cadeira
Posicionamento de pé
Restauro dos aspetos biomecânicos
Exposição à gravidade
Melhorar o controlo selectivo do movimento
Fortalecer os músculos fracos
Integração na actividade funcional
Melhorar a endurance
(Logan,2011;khelder et al., 2012)
A intervenção em AVC Posicionamento na cadeira
Posição da cabeça
frequentemente com inclinação anterior e
compensação da visão
Atividade do membro superior mais afetado
diminuída ou sem actividade voluntária e por
vezes com subluxação do ombro.
Atividade extensora do tronco
normalmente diminuída e com encurtamento do
lado menos afectado, sem actividade da core
Posicionamento da anca do lado afetado
Normalmente posteriorizada com o membro
inferior em rotação externa.
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A intervenção em AVC Posicionamento na cadeira
Posição do pé
inversão e flexão plantar sem apoio
Distribuição de carga na superfície de
apoio e relação com a base de suporte
Frequentemente do lado afectado,
Frequentemente existe uma fixação dos
membros menos afectados por falta de
estabilidade de tronco
Controlo postural na posição de sentado
Dissociação da cintura escapular
(assimetria)
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A intervenção em AVC Posicionamento de pé
Alinhamento da cabeça e pescoço
Organização visual
Alinhamento da coluna vertebral e tórax
Estabilidade da escápula
Alinhamento pélvico
estabilidade/mobilidade
Actividade da core
Estratégia da anca/tibiotársica
Rotação do membro inferior
Posição do pé
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A intervenção em AVC Restauro dos aspectos biomecânicos
Alongamento do tronco
Melhorar a mobilidade da pélvis
Criar cumprimento do membro inferior
Alongar a fascia plantar do pé
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A intervenção em AVC Restauro dos aspectos biomecânicos
Alinhamento da cabeça e ombros
Utentes com projeção da cabeça à frente e
anteriorização dos ombros apresentam menos
ativação do grande dentado (Thigpe e al.,2010)
Aumentar a atividade do membro superior
menos afetado
A escápula atua como a base para a inserção dos
músculos fornecendo mobilidade e estabilidade ao
membro superior (Ebaugh & Spinelli, 2010).
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A intervenção em AVC Exposição à gravidade
Sempre com hand contact para integrar membro
superior e dar referencia
Avaliar capacidade de ficar de pé sobre o
membro menos afetado (identificar perdas de
força)
Transferir carga para membro inferior mais
afetado (facilitação a nivel de isquiotibiais)
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A intervenção em AVC Melhorar o controlo selectivo do movimento
Sempre com hand contact para integrar membro superior e dar
referencia
Facilitar a inervação recíproca dos membros superiores
Facilitar o sentar levantar ativo e simétrico
Estimular ajustes posturais antecipatórios
A intervenção em AVC Activar músculos estabilizadores
Estabilizadores da escapula
Tricípite
Grande dorsal
Musculatura antigravítica: Musculatura da core; Tibial anterior;
Quadricípite; Psoas-iliaco; Flexores do pescoço; Grande glúteo;
Isquiotibiais; Tricipete sural; Dorsiflexores
A intervenção em AVC Integração na actividade funcional
Levantar
Alcançar
Sentar
Semi-passo ( passo atrás para ganhar cumprimento dos flexores de
anca)
Facilitação da marcha (o mais precocemente possível para manter
a atividade dos GCP e facilitar o controlo postural os padrões de
movimento (Gjelsvik,2007;Dietz,2010)
A intervenção em AVC Marcha precoce
A ativação precoce da posição de pé e a facilitação da marcha ativa
o SNC, o sistema neuromuscular, motiva o paciente, auxilia a
consciencialização do ambiente e pode melhorar a percepção
(Gjelsvik, 2007).
A intervenção em AVC Marcha precoce
A Tecnologia como um aliado do fisioterapeuta:
Treadmill - Facilita a atividade dos GCP e permite a melhoria da
velocidade da marcha (Rossignol et al., 2008)
- O “body weight support” permite diminuir a carga dos músculos
extensores (Mackay-Lyons, 2002)
Lokomat - Proporciona biofeedback ao utente (Lünenburger et al., 2004)
Elíptica - existe uma relação direta entre a ligação neural entre MS e MI e
a estabilidade da marcha (Krasovky et al., 2012)