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Jornal do Sindicato dos Químicos do ABC junho de 2011 - nº 1271 Visite nosso site: www.quimicosabc.org.br SINDICATO LANÇA PROJETO E REALIZA PRIMEIRO CICLO DE DEBATES COM AMPLO SUCESSO N este Ano Internacional da Química, o Sindicato dos Químicos do ABC vai inserir o trabalhador(a) no deba- te sobre a indústria nas dimensões econômi- ca, social e ambiental por meio do Projeto “A indústria química em 2020: um novo rumo é possível”, lançado dia 3 de junho. Serão três ciclos de debates, o primeiro realizado dia 10, e uma Conferência Internacional no final de setembro, antecipando as ce- lebrações do aniversário de 73 anos do Sindicato, completos em 8 de outubro. A iniciativa foi muito bem aceita pelos trabalhadores, por re- presentantes dos governos da região e pelo meio empresarial. “Queremos discutir com todos os atores sociais e promover o desenvolvimento sustentável da indústria brasileira, com diálo- go social e trabalho decente”, pontuou o presidente do Sindica- to, Paulo Lage. Repercussão “Esse projeto é muito bem- vindo. Sindicatos e a CUT precisam ser ato- res do processo. O Sindicato dos Químicos do ABC quer discutir o futuro da indús- tria química sob o olhar do traba- lhador. É isso que queremos fazer no setor químico, metalúrgico, e em todos os ramos de produção”. Vagner Freitas, secretário nacional de administração e finanças da CUT “O Sindicato dos Químicos está de parabéns porque está sempre ino- vando, pensando na tecnologia, no meio ambiente , pensando nos empregos, sempre saindo na frente e discutindo. Os outros setores devem participar pois todos envolvem a química”. Aparecida Ferreira, presidente do Sindicato das Costureiras do ABC “É uma iniciativa importante, preci- samos começar a discutir o futuro da indústria no Bra- sil , que nos últi- mos dez anos tem sofrido uma desindustrialização muito grande, comprometendo a geração de empregos em função dessa falta de ações do governo para manter as indústrias do país. O nosso segmento, que é o farma- cêutico, não é diferente”. Arnaldo Pedace, gerente de relações sindicais trabalhistas do Sindicato da Indústria Farmacêutica no Estado de São Paulo (Sindusfarma) “Ter um sindicato pensando uma po- lítica de dez anos sobre a indústria química que que- remos dialoga muito com as nos- sas ações do Parque Tecnológico e demais políticas que são estratégi- cas para o nosso desenvolvimento, sem dúvida sairá uma parceira des- sa iniciativa”. Jefferson José da Conceição, Secretário de Desenvolvimento Econômi- co e Turismo de São Bernardo do Campo “Refletir sobre a indústria quími- ca é fundamental para entender- mos os desafios e construirmos uma agenda co- mum para um cenário positivo para a indústria e principalmente para incluir os trabalhadores e para ge- rar empregos e mais renda para a nossa região”. Mário Reali, presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC e prefeito de Diadema Os Químicos são sempre pioneiros e não podia ter vindo de outra en- tidade essa inici- ativa, mas é preci- so contar com to- dos os sindicatos e envolver a sociedade nessa ideia, que é louvável”. Cladeonor Neves da Silva, coordenador da CUT ABC “É uma oportuni- dade de fazer um balanço de todas as ações que ve- nham ao encontro dessa meta 2020, acho extremamen- te importante para toda a organi- zação empresarial, sindical e para a sociedade como um todo”. Gilberto Oliveira, gerente de RH da BASF “Eu avalio que é uma iniciativa boa, falar sobre o assunto é muito bom, pois não de- vemos pensar só no crescimento da indústria química, devemos pensar também na parte ambiental e soci- al. Eu gostei muito dos debates, eu sou uma trabalhadora da indústria química e conhecer mais sobre o ramo é muito importante”. Edicer Rosa Meira, OLT - CBC A indústria química em 2020: um novo rumo é possível! Paulo Lage: projeto visa à promoção do diálogo social e trabalho decente Jornal Sindiquim 1271.pmd 15/6/2011, 18:08 1

A indústria química em 2020: um novo rumo é possível! · lebrações do aniversário de 73 anos do Sindicato, completos em 8 ... de ao fortalecimento da nossa de-mocracia,

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Jornal do Sindicato dos Químicos do ABC junho de 2011 - nº 1271

Visite nosso site: www.quimicosabc.org.br

SINDICATO LANÇA PROJETO E REALIZA PRIMEIRO CICLO DE DEBATES COM AMPLO SUCESSO

Neste Ano Internacional da Química, o Sindicato dos

Químicos do ABC vai inserir o trabalhador(a) no deba-te sobre a indústria nas dimensões econômi-ca, social e ambiental por meio do Projeto “A indústriaquímica em 2020: um novo rumo é possível”, lançadodia 3 de junho.

Serão três ciclos de debates, o primeiro realizado dia 10, e umaConferência Internacional no final de setembro, antecipando as ce-lebrações do aniversário de 73 anos do Sindicato, completos em 8de outubro.

A iniciativa foi muito bem aceita pelos trabalhadores, por re-presentantes dos governos da região e pelo meio empresarial.

“Queremos discutir com todos os atores sociais e promover odesenvolvimento sustentável da indústria brasileira, com diálo-go social e trabalho decente”, pontuou o presidente do Sindica-to, Paulo Lage.

Repercussão“Esse pro jeto émuito bem- vindo.Sindicatos e a CUTprecisam ser ato-res do processo. OSindicato dosQuímicos do ABC

quer discutir o futuro da indús-tria química sob o olhar do traba-lhador. É isso que queremos fazerno setor químico, metalúrgico, eem todos os ramos de produção”.

Vagner Freitas,secretário nacional de administração e

finanças da CUT

“O Sindicato dosQuímicos está deparabéns porqueestá sempre ino-vando, pensandona tecnologia, nomeio ambiente,

pensando nos empregos, sempresaindo na frente e discutindo. Osoutros setores devem participarpois todos envolvem a química”.

Aparecida Ferreira,presidente do Sindicato das

Costureiras do ABC

“É uma iniciativaimportante, preci-samos começar adiscutir o futuro daindústria no Bra-sil, que nos últi-mos dez anos tem

sofrido uma desindustrializaçãomuito grande, comprometendo ageração de empregos em funçãodessa falta de ações do governopara manter as indústrias do país.O nosso segmento, que é o farma-cêutico, não é diferente”.

Arnaldo Pedace,gerente de relações sindicais trabalhistas

do Sindicato da Indústria Farmacêuticano Estado de São Paulo (Sindusfarma)

“Ter um sindicatopensando uma po-lítica de dez anossobre a indústriaquímica que que-remos dialogamuito com as nos-sas ações do Parque Tecnológico edemais políticas que são estratégi-cas para o nosso desenvolvimento,sem dúvida sairá uma parceira des-sa iniciativa”.

Jefferson José da Conceição,Secretário de Desenvolvimento Econômi-co e Turismo de São Bernardo do Campo

“Refletir sobre aindústria quími-ca é fundamentalpara entender-mos os desafios ec o n s t r u i r m o suma agenda co-

mum para um cenário positivo paraa indústria e principalmente paraincluir os trabalhadores e para ge-rar empregos e mais renda para anossa região”.

Mário Reali,presidente do Consórcio Intermunicipaldo Grande ABC e prefeito de Diadema

“Os Químicos sãosempre pioneirose não podia tervindo de outra en-tidade essa inici-ativa, mas é preci-so contar com to-dos os sindicatose envolver a sociedade nessa ideia,que é louvável”.

Cladeonor Neves da Silva, coordenador da CUT ABC

“É uma oportuni-dade de fazer umbalanço de todasas ações que ve-nham ao encontrodessa meta 2020,acho extremamen-te importante para toda a organi-zação empresarial, sindical e paraa sociedade como um todo”.

Gilberto Oliveira,gerente de RH da BASF

“Eu avalio que éuma iniciativaboa, falar sobre oassunto é muitobom, pois não de-vemos pensar sóno crescimento daindústria química, devemos pensartambém na parte ambiental e soci-al. Eu gostei muito dos debates, eusou uma trabalhadora da indústriaquímica e conhecer mais sobre oramo é muito importante”.

Edicer Rosa Meira,OLT - CBC

A indústria química em 2020:um novo rumo é possível!

Paulo Lage: projeto visa à promoção do diálogo social e trabalho decente

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Estamos tentando construir alternativas paraproblemas estruturais, de longo prazo, visando àconsolidação de um projeto de desenvolvimentosustentável, com valorização do trabalho.

Publicação do Sindicato dos Trabalha-dores e das Trabalhadoras nas Indús-trias Químicas, Petroquímicas, Farma-cêuticas, Tintas e Vernizes, Plásticas,

Resinas Sintéticas e Explosivos doABCD, Mauá, Ribeirão Pires e Rio

Grande da Serra.

Presidente: Paulo Antônio Lage

Secretário Geral e de Imprensa: SidneyAraújo dos Santos

Colaboração: Nilton Freitas e JosenildoMelo

Redação, edição, revisão e projetográfico: Ágama - Criação em Mídia e

ImagemEditora: Gislene Madarazo

– Mtb: 36.373Diagramação: Maria Cristina Colameo

Fotografia: Dino SantosData de fechamento: 15/06/2011E-mail: [email protected]

Site: www.quimicosabc.org.brImpressão: NSA

Tiragem: 21.000 exemplaresPermitida a reprodução desde que

citada a fonte. O jornal não seresponsabiliza por declarações deterceiros e matérias assinadas.

Expediente

OPINIÃO

foto: Roberto Parizotti

Na última sexta-feira (3), o Sin-dicato dos Químicos do ABC lan-çou o projeto “A indústria químicaem 2020 – um novo rumo é possí-vel”, com o objetivo de promover odesenvolvimento sustentável daindústria brasileira, com diálogosocial e trabalho decente. A açãoconta com o apoio do movimentosindical, sociedade civil, governolocal e empresariado.

Os debates terão como foco aindústria química nas dimensõeseconômica, social e ambiental, vi-sando contribuir para o alcanceda chamada Meta 2020, que tempor finalidade uma gestão segu-ra e saudável das substânciasquímicas, para que todos os tra-balhadores (as) tenham tambémuma melhor qualidade de vida naindústria.

A Central Única dos Trabalha-dores deve apoiar os bons projetos,como este dos químicos do ABC,que insere o trabalhador como atorno processo de discussão de temasque interessam à classe trabalha-dora e ao desenvolvimento do país.

Com proposta parecida com ados companheiros do ramo quími-co, o Sindicato dos Metalúrgicosdo ABC, que na década de 90 parti-cipou da criação da câmara do se-tor automotivo, pretende criar, deforma tripartite, uma câmara bra-sileira da indústria. O fórum per-manente terá como objetivo deba-ter uma política industrial brasi-

leira para aumentar acompetitividade dosdiversos setores daindústria nacionalfrente aos produtosimportados e impul-sionar a geração demais e melhores em-pregos.

Tendo a consci-ência do seu papelpolítico e social, aCUT sempre cobrou eexigiu sua participa-ção nas mesas de decisões e nosfóruns de discussão junto ao po-der executivo, fundamentalmenteem assuntos que interfiram dire-tamente na vida dos trabalhado-res e trabalhadoras. Porém, inde-pendentemente da conjuntura po-lítica e econômica e dos atores so-ciais envolvidos, a Central, comsua história de luta, tem o compro-misso de inserir nessas pautas aagenda da classe trabalhadora.

A CUT nasceu com o objetivode organizar a lutados trabalhadores(as), visando melho-res condições devida e de trabalho,além de levantarcomo bandeira de

luta o direito à independência e au-tonomia sindical. Com quase 28anos de fundação, a Central, comseu poder de mobilização e atua-ção política, ajudou a escrever ahistória brasileira, latinoamericanae mundial. Lutamos pela democra-tização do nosso país e das rela-ções de trabalho e ajudamos a ele-ger o primeiro operário presidenteda república.

São fatos como estes que refor-çam a ideia de que o movimentosindical brasileiro e,principalmente, a CUT,com o seu protagonismo,não pode se furtar ao di-

Trabalhadores: atores sociais de fatoe de direitoVagner Freitas – SecretárioNacional de Administração eFinanças da CUT

álogo, pois tem a responsabilidadede representar seus mais de 22 mi-lhões trabalhadores, seja nas cam-panhas salariais ou nas câmarastripartites, nas quais ampliaremosas conquistas da classe trabalha-dora.

É importante ressaltar que nes-ses debates não está colocada namesa nenhuma proposta de redu-ção de direitos ou de perda salari-al. Portanto, estamos tentandoconstruir alternativas para proble-mas estruturais, de longo prazo,visando à consolidação de um pro-jeto de desenvolvimento sustentá-vel, com valorização do trabalho.

Com a consciência de que aluta de classes no país ainda nãoacabou e que nunca deixaremosde lado as nossas bandeiras, a CUTe seus sindicatos caminham nosentido de ampliar a participaçãoem todos os espaços de discussão,visando à transformação da socie-dade. Assim daremos continuida-de ao fortalecimento da nossa de-mocracia, consolidando o Estadodemocrático de direito no Brasil,aliado a ampliação dos projetos dedesenvolvimento com distribui-ção de renda.

CURTAS

Dia nacional de mobilizaçãoA CUT está convocando os

trabalhadores(as) para o dia na-cional de luta marcado para 6 dejulho próximo. A pauta que seráapresentada à sociedade brasi-leira é focada na luta pela redu-ção da jornada para 40 horas se-manais; por liberdade e autono-mia sindical; pelo fim do Impos-to Sindical; pelo combate às prá-ticas antissindicais; pelo fim doFator Previdenciário e combateà precarização e à terceirização.

Agenda MetropolitanaSecretários estaduais e re-

presentantes de diversas áreasdas sete cidades da região sereuniram no dia 14 de junho paradebaterem uma série de assun-tos que são prioridades para oConsórcio Intermunicipal doABC. Foram debatidos a Lei Es-pecífica da Billings; a elaboraçãode um Plano de Redução de Áre-as de Riscos e ações de drena-gem urbana para evitar as en-chentes. Também foi anunciadoque serão investidos R$ 5,45 bi-lhões em obras viárias como oVLT, Expresso ABC, Bilhete Me-tropolitano e corredores de aces-so. O comentário mais ouvidoapós a reunião foi “vamos ver seas coisas saem do papel”.

Nova federação globalReunião conjunta dos comi-

tês executivos da Federação In-ternacional dos Sindicatos daQuímica, Energia, Mineração eIndústrias Diversas (ICEM) e daFederação Internacional dosTrabalhadores nas IndústriasMetalúrgicas (FITIM) discutiu eadotou uma série de propostaspara trilhar a criação de umanova federação global dos traba-lhadores na indústria e da ma-nufatura. O encontro aconteceuno final de maio, em Genebra.

CHARGE

Antonio Cruz/ABr

FRASE & IMAGEM

“O Brasil tem uma missão histó-rica que é exercer sistematica-mente a sustentabilidade. Ne-nhum governo, nenhum segmen-to da sociedade, nenhuma esferade governo pode abrir mão dasustentabilidade em benefíciodo povo brasileiro e em benefíciode toda a humanidade ”.

Presidenta Dilma Roussef, ao assinar odecreto que cria a Comissão Nacional

e o Comitê Nacional de Organizaçãoda Conferência das Nações Unidas

Sobre o Desenvolvimento Sustentável(a Rio+20)

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PROJETO 2020

Com a presença de represen-tantes de empresas, movimentosindical, governos locais e socieda-de civil, o Sindicato lançou no dia3 de junho o projeto “A indústriaquímica em 2020 – um novo rumo épossível” com o objetivo de elabo-rar uma pauta comum com medi-das para a promoção do desenvol-vimento sustentável da indústriabrasileira, com diálogo social e tra-balho decente.

Os participantes ficaram entu-siasmados com a iniciativa. Para osecretário nacional de finanças daCUT, Vagner de Freitas, o projeto émuito bem-vindo e bem oportuno,pois o Brasil vive um momento dedesenvolvimento econômico comdistribuição de renda, propíciopara debatermos os grandes temasda nação.

Os representantes das indústri-as também aprovaram o projeto,destacando a iniciativa tripartite,envolvendo sindicato, empresas egoverno.

OrigemA preocupação da

categoria em discutira indústria químicado futuro remonta oano de 1992, quando oSindicato realizou oSeminário “A indús-tria química no ano

O projeto “A indústria químicaem 2020 – um novo rumo é possí-vel” teve início no dia10 de junho,com apresentações e debates deexcelente nível e com perspectivas

Começam os debates sobre a indústriaquímica que queremos em 2020

2000 – Desafios e Perspectivas”.Naquela época, as discussões gira-vam em torno das leis de patentes,das privatizações, automação e anecessidade da retomada do cres-

Qualidade das apresentações e otimismomarcam primeiro ciclo de debates

positivas. Todos os palestrantes edebatedores reconheceram as difi-culdades que a indústria químicavem enfrentando, mas destacaramo grande potencial para reverter

essa situação e crescer nopróximo período.

Com foco na dimensãoeconômica da indústriaquímica, o primeiro painelrefletiu sobre a situaçãoatual da indústria quími-ca no Brasil e no mundo -Perspectivas e ameaças,com a participação da eco-nomista Marilane Oliveira

Teixeira, do presidente da Associ-ação Brasileira da Indústria Quími-ca (Abiquim) Fernando Figueiredoe do chefe do departamento de In-dústria Química da Área de Insu-mos Básicos do BNDES, GabrielLourenço Gomes.

O painel dois, com abordagemregional, tratou da indústria quí-mica no ABCD: possibilidades e li-mitações, com o presidente doConsórcio Intermunicipal doGrande ABC e prefeito de Diade-ma, Mário Reali, e o economista dasubseção do DIEESE no Sindicato,Thomaz Jensen.

Próximo debate: “Dimensão social daindústria química”O Ciclo de debates terá continuidade no próximo dia 8 de julho, a partir das 9h:

Painel 1: Responsabilidade Social Empresarial - necessidade ou estratégia?- Jorge Manuel Cajazeira – Presidente do Comitê Mundial da ISO 26000 e GerenteExecutivo de Competitividade e Estratégia Operacional da Suzano Papel e Celulose- Clóvis Scherer – Supervisor Técnico do Escritório Regional do DIEESE em Brasília.- Andréa Santini Henriques - Representante do INMETRO na delegação brasileirasobre a ISO 26000

Painel 2: Relação empresa e sociedade no ABCD do diálogo social

- Wagner Brunini – Diretor de Recursos Humanos da BASF América do Sul- Luis Paulo Bresciani – Secretário-Executivo do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC- Celso Horta – Diretor do jornal ABCD Maior – idealizador do Fórum Social do ABCD(*) nomes sujeitos à confirmaçãoOs debates são abertos ao público e as inscrições podem ser feitas no Sindicato e nasregionais, ou ainda pelos sites:

www.quimicosabc.org.brwww.mgiora.com.br/quimica2020

Na parte da tarde, como ativi-dade interna do Sindicato de for-mação sindical, a militância quími-ca trabalhou os pontos abordadosno período da manhã, levantandodiscussões e propostas que serãoretomadas na Conferência Interna-cional de setembro.

O que é aMeta 2020

A chamada Meta 2020 é ocompromisso firmado na

Cúpula Rio +10, realizadaem Johanesburgo em 2002,

de assegurar que nomundo todo, até o ano de

2020, a produção e utilizaçãode químicos sejam feitas deforma a não agredir a saúde

humana e o meio ambiente, achamada química verde.

cimento econômico.Hoje, discutimos as fusões e no-

vas aquisições entre gigantes(como a Solvay e Rhodia Química);o perfil do emprego; as terceiriza-

ções; o diálogo social e as perspec-tivas com o pré-sal. Mas Saúde eMeio Ambiente permanecem na or-dem do dia, agora sob o olhar daRio+20 e a Meta 2020 para uma ges-tão segura e saudável das substân-cias químicas .

Apresentação de FernandoFigueiredo, da Abiquim, noprimeiro painel

Público atento às apresentações e aos debates

Em 1992 químicospromoviam oSeminário Ano 2000

Painel 1: Marilane Teixeira e o cenáriomundial da indústria química

Mário Reali, Sidney Araújo eThomaz Jensen compõem a mesado segundo painel

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ASSOCIAÇÃO APOSENTADOS

É o ato de renunciar a atual apo-sentadoria para obter um novo be-nefício em condições mais favorá-veis, levando em consideração a si-tuação atual de idade e recolhimen-tos feitos à Previdência depois deter se aposentado.

Não estando ainda previsto emlei, não basta pedir revisão admi-nistrativa ao INSS e só é possívelpedir a “desaposentação” para umnovo benefício pela via judicial,pois o governo considera a aposen-tadoria um ato jurídico irreversívele irrenunciável.

As ações pedem que os aposen-tados no regime geral da Previdên-cia que começaram a trabalhar noserviço público após a aposentado-

Você sabe o que é “desaposentação” ?ria, pudessem abrir mão do benefí-cio e contar o tempo de serviço an-tigo para se aposentar no regimepróprio com uma condição maisvantajosa.

Geralmente, pede a “desapo-sentadoria” o segurado que se apo-sentou mais jovem com o benefícioproporcional, pois com as contri-buições feitas depois, esse benefi-ciário passou a ter condições deobter um benefício melhor.

Fator PrevidenciárioApós a adoção do fator previ-

denciário, em 1999, cresceram mui-to as ações, uma vez que foram re-duzidos os benefícios de quem seaposenta só por tempo de contri-buição, sem atingir a idade míni-ma de 65 anos para os homens e 60

anos para as mulheres. Portanto,muitos continuaram trabalhando econtribuindo ao INSS.

Segundo advogados e especia-listas, a maioria dos juízes de pri-meira e segunda instância tem re-jeitado o pedido de “desaposenta-ção”, alguns magistrados, porém,aceitam a “desaposentação” coma condição de que os aposentadosdevolvam todo o dinheiro recebido

da Previdência Social para ter di-reito a um novo benefício. No en-tanto, um processo que chegou aoSuperior Tribunal de Justiça (STJ)considerou válida a “desaposenta-ção” e rejeitou a necessidade de de-volução dos valores.

Atenção, aposentado(a)!É preciso fazer os cálculos para

saber se vale a pena renunciar oque você já tem por um novo be-nefício, já que há possibilidade dojuíz pedir a devolução de todo o di-nheiro recebido.

Se você tiver dúvidas sobre oassunto, estamos aqui paraorientá-lo, pois esse é e sempreserá o lema da Associação dos Apo-sentados Químicos do ABC.

Avanços na Nazca: redução de jornada e Programade PLR

Em um passado recente, nãoera possível avançar na conquistade direitos para os trabalhadoresda Nazca, empresa com históricode intransigência e ausência dediálogo produtivo. Mas isso estámudando.

No início de 2011, os trabalha-dores, após negociação do Sindica-to com a empresa, aprovaram a re-dução da jornada de trabalho para40 horas semanais, de segunda asexta, com sábados e domingos li-vres, uma antiga reivindicação dostrabalhadores da Nazca e pauta daclasse trabalhadora hoje no Con-gresso Nacional.

Outra conquista importante foia aprovação, em assembleia no dia2 de junho, do Programa de Partici-pação nos Lucros e Resultados(PLR) no valor de um salário nomi-nal, caso seja atingido 100% dasmetas, além do valor previsto naconvenção coletiva, que neste ano

foi de R$ 660,00. Antes os trabalha-dores recebiam apenas o que eragarantido pela convenção.

Os trabalhadores também con-seguiram que o convênio odonto-lógico atual (Ondonto) fosse subs-tituído pelo da AMIL, mudança queocorrerá em breve.

São avanços importantes, mashá muito ainda por melhorar. Re-centemente a empresa, de formaunilateral, trocou o convênio mé-dico sem procurar saber se os tra-balhadores concordavam com talmudança, o que mostra que temosque estar sempre atentos para evi-tarmos que avancem na retirada dedireitos dos trabalhadores.

“Os trabalhadores têm quepermanecer unidos e mobilizadospara não permitir que tais fatosocorram, pois sindicato forte só sefaz com participação, inclusivenas lutas”, aponta o diretor Anto-nio Odésio.

PLR na VossAutomotive

Os trabalhadores e trabalhado-ras da empresa Voss Automotive,em Diadema, aprovaram em as-sembleia realizada no dia 4 demaio a proposta de PLR.

GIRO PELAS FÁBRICAS

Neste ano, a maioria dos traba-lhadores/as da BASF Demarchiconquistaram a redução da jorna-da de trabalho de 42h para 36h30semanais, sem redução de salário.A satisfação de todos é imensa,pois além de gerar novos empregos,o ritmo de trabalho diminuiu umavez que as horas extras foram subs-tituídas pelo trabalho de domingoa domingo, no sistema 6 x 3. Ou seja,mais qualidade de vida sócio-fami-liar e mais segurança no trabalho.Mas ainda tem um grupo de traba-lhadores/as que estão no sistema6x1, com 42hs semanais. Muitos

BASF: acidente reforça luta pela reduçãode jornada

deles, fazendo horas extras.No dia 18 de maio, ocorreu um

grave acidente na fábrica III daBASF Demarchi. A Comissão deFábrica e a direção do Sindicatoreivindicaram uma reunião para in-vestigar o ocorrido. A Secretaria deSaúde do Sindicato também solici-tará uma visita no local do aciden-te para propor alterações na orga-nização do trabalho, que poderá en-volver mudanças de procedimen-tos que estão colocando em risco avida dos trabalhadores/as. A CIPAterá um papel importantíssimo nes-te processo.

O alerta que fica é que o Direi-to de Recusa sobre o risco eminen-te de acidente deve ser praticadopor todos trabalhadores/as. O Sin-dicato investigará se houve negli-gencia por parte das chefias e veri-ficará o histórico da carga horáriado setor.

A solidariedade e a união detodos os trabalhadores/as é funda-mental neste momento. Logo apósa reunião, será realizada uma as-sembléia para decidir os encami-nhamentos necessários para que odireito a vida seja respeitado.

Trabalhadores da Nazca aprovam proposta

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GIRO PELAS FÁBRICAS

Os trabalhadores da empresaPlast Vinil, em São Bernardo do Cam-po, garantiram através de negocia-ção, aumento real de R$ 100,00 paratodos os operadores de máquina daempresa e uma cesta básica com 30quilos de mantimentos para todos osfuncionários. Parabenizamos os com-panheiros e companheiras pelas con-

quistas, e lembramos que somente através da união e comprometimentode todos é possível avançarmos nos nossos direitos.

Aumento Real e cestabásica na Plast Vinil

Vitória na Knauf IsoporConforme matéria

divulgada no site do Sin-dicato dos Químicos doABC e nos principais veí-culos de comunicação daregião, a Knauf Isopor dei-xou os trabalhadores des-contentes por ter trocadoo plano de saúde por pla-no inferior na cobertura.Após o envio de pautacom lei de greve à empresa, foimarcada reunião para discussãodos seguintes temas: ConvênioMédico, PLR, cargos e salários,emissão de CAT (Comunicação deAcidente de Trabalho) e auxílio-creche, o que resultou em impor-tantes conquistas.

Referente ao convênio médico,a empresa reconheceu que haviagarantido aos trabalhadores igualcobertura ao do convênio anterior,e responsabilizou-se em cumpriressa garantia.

Os trabalhadores também con-quistaram reajuste de 23% no valorfinal da PLR de 2011-2012, apósapuração das metas, que será pagaem duas parcelas: antecipação em20 de julho de 2011 e o valor finalem 20 de fevereiro de 2012.

Trabalho igual, salário igual: aempresa se comprometeu a acertaros casos que foram apresentados ea cumprir o que diz a convençãocoletiva em relação ao auxilio-cre-che, bem como emitir as CATs quenão vinham sendo emitidas.

Depois de várias negociaçõesentre Sindicato, empresa e CIPA/SUR, os trabalhadores da CGE apro-varam a renovação do acordo dejornada de trabalho com reduçãode horas nas assembleias realiza-das nos três turnos no dia 10 demaio.

O acordo renovado foi assina-do em 2009, com validade de doisanos, e vigorará por mais dois anos.Tanto o Sindicato quanto a empre-sa e a CIPA/SUR adotaram o siste-ma de jornada de trabalho com re-dução de horas como uma ferra-

CGE: renovado acordo dejornada com redução de horas

menta de resolução de pequenosproblemas que geravam váriosconflitos.

E a jornada de trabalho com sá-bados alternados também contri-bui para que trabalhadores(as) te-nham mais qualidade de vida emelhor convívio com suas famíliase amigos. Tal satisfação reflete noprocesso de produção, benefician-do todas as partes.

Na mesma assembleia, os traba-lhadores também aprovaram o Es-tatuto da CIPA/SUR por mais doisanos (até 2013).

Os trabalhadores da empresade tintas Valspar, em assembleiarealizada dia 3 de junho aprovarampauta de reivindicação de folgasem sábado alternado, uma antigareivindicação na fábrica. Há trêsanos os trabalhadores vêm tentan-do acordar essas folgas com a em-presa. Atualmente, há expedientenormal todos os sábados.

Recentemente a empresa soli-citou compreensão dos trabalhado-res para que aceitassem mudançatemporária da jornada de trabalho,justificando que por queda de ven-das precisava adequar a jornada àprodução. Os trabalhadores, mos-trando maturidade e responsabili-dade no relacionamento capital e

trabalho, aceitaram mudar seushorários, saindo mais cedo ou che-gando mais tarde em casa de se-gunda a sexta.

Quando a solicitação era dostrabalhadores, a empresa nuncademonstrou interesse em atender,alegando não ser possível praticaro encavalamento de turnos nem aredução do horário de refeição.

“Os trabalhadores sabem queé perfeitamente possível realizar aredução do intervalo para refeição,inclusive porque eles veem traba-lhadores de outras empresas domesmo segmento da Valspar que jáfizeram esse acordo e contemplamhoje seus trabalhadores com a fol-ga em sábados alternados, possibi-

Mobilização por sábados alternados na Valspar

litando maior tempo para o conví-vio com a família ou para qualifica-ção e estudo”, comenta o diretor doSindicato, Antonio Odésio.

O Sindicato espera que destavez a empresa venha para a nego-

ciação com disposição para umacordo sobre a jornada, pois os tra-balhadores exigem agora que haja,por parte da empresa, o mesmosentimento de compreensão queeles demonstraram.

SUR planeja mandatoOs integrantes do

SUR na Knauf Isopor rea-lizaram, em 24 de maio, oplanejamento de traba-lho para o mandato da re-presentação dos traba-lhadores.

Durante o planeja-mento os integrantesdiscutiram a importânciada construção de umaRede de Trabalhadores no Grupo Knauf, e seu papel fundamental paraorganização, união e mobilização dos trabalhadores, objetivando me-lhorar a vida dos trabalhadores em todas as localidades da empresaKnauf no Brasil.

“Planejar nossa ações é com certeza uma das melhores formas deavançarmos na luta” afirma Antônio Odésio, diretor do Sindicato e tra-balhador na Knauf Isopor.

IPV tem nova CIPAEleita a nova CIPA da empresa IPV, que

tomou posse no dia 10/06. Os eleitos para agestão 2011/2012 são os companheiros JoséPereira de Souza e Thomas Candido e a com-panheira Marlene Silva dos Santos. Deseja-mos um bom mandato a essescompanheiros(a) que estão comprometidoscom a saúde, segurança e meio ambiente. OSindicato esta à disposição para contribuircom o que for preciso, por meio também da Regional de Santo André e daSecretaria de Saúde. Parabéns a todos(as) e boa sorte!

Pauta é aprovadapor unanimidade na

assembleia

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SINDICATO CIDADÃO

São Bernardo lançou no iniciodeste mês edital para contrataçãode empresa responsável pela ges-tão dos resíduos sólidos no municí-pio. O vencedor do processo de pro-posta de PPP (Parceria Público-Pri-vada), que será concluído até o fimdo ano, responderá ainda pela ins-talação do sistema de reapro-veitamento de resíduos e da unida-de de recuperação de energia, achamada usina verde, com previsãode funcionamento para 2014.

A empresa vencedora será res-ponsável pela limpeza total da ci-dade, como coleta de 700 tonela-das de lixo gerada anualmente pe-los 765 mil munícipes, processo deseparação e tratamento dos resídu-os, implantação de seis centrais detriagem que serão operadas por co-operativas, 600 pontos de entregavoluntária, 30 ecopontos, além deprograma de educação ambiental.

O novo processo de gestão de

São Bernardo terá usinaverde em 2014

resíduos em São Bernardo prevêainda ampliação do programa decoleta seletiva, que hoje está pre-sente em 1% do município. A metaé que em 2017, 10% da cidade sejaatendida pelo programa de coletaseletiva.

“Esse é um mecanismo de re-cuperação de energia consideradolimpo pela ONU (Organização dasNações Unidas) e reflete em ganhoambiental com diminuição da de-pendência dos aterros sanitários”,comenta Tarcísio Secoli, secretáriode Coordenação Governamental deSão Bernardo.

Rog

ério

Mon

tene

groPROJETO PREVÊ GERAÇÃO DE

ENERGIA A PARTIR DO LIXO

Sindicato participa de debateem Ribeirão Preto

A CUT e a Central Sindical Holandesa FNVlançaram, dia 31 de maio, o livro “A coopera-ção sindical Laranja e Verde-Amarela”, queaborda a história, avanços e conquistas nosmais de 30 anos de solidariedade sindicalentre os trabalhadores(as) do Brasil e da Ho-landa. O livro enfatiza ainda a importânciadessa cooperação internacional na constru-ção e fortalecimento das redes sindicais detrabalhadores.

A publicação está disponível na biblioteca do Sindicato dos Quí-micos do ABC.

Livro traz os 30 anos daparceria Brasil e Holanda

REGIONAL

O Coletivo de Juventude doSindicato dos Químicos do ABCparticipou do seminário “Pros-pectiva de Ribeirão Branco para2030”. A atividade foi realizada nosdias 3 a 5 de junho, na cidade deRibeirão Branco, interior de SãoPaulo.

Organizada pela prefeituramunicipal, o objetivo da atividade

Juventude Química participa deseminário em Ribeirão Branco

foi discutir o planejamento do mu-nicípio para o ano de 2030, desen-volvendo políticas públicas paraque Ribeirão Branco ofereça me-lhor qualidade de vida para toda asua população.

Os companheiros(as) químicosparticiparam das oficinas e contri-buíram na elaboração de políticaspúblicas para jovens.

Os trabalhadores(as) que pos-suem convênio médico pela empre-sa têm o direito de continuar usu-fruindo do plano ou seguro-saúdecoletivo pago pela empresa com co-participação ao se aposentar ou emcaso de demissão sem justa causa,desde que arque com o custo inte-gral do benefício.

Esse direito está garantido na Leinº 9.656, de 03/06/98

De acordo com a Agência Naci-onal de Saúde Suplementar (ANS),o benefício tem algumas regrascomo, por exemplo, o art. 31 do pa-rágrafo 1º, que prevê aos aposenta-dos que trabalharam menos de 10anos na empresa, o tempo permiti-do para usufruir da assistência mé-dica é igual aos anos trabalhado. Senão for aposentado, o período pode

Lei garante convêniomédico após demissão ouaposentadoria

chegar a um terço do período pago,sendo, no mínimo, seis meses (con-tribuição inferior a dez anos).

O prazo para o trabalhador ma-nifestar à empresa o interesse empermanecer com o plano é de 30dias, a contar da data da aposenta-doria ou demissão.

Nova norma deve sair em 60 diasRecentemente a ANS abriu con-

sulta pública para denúncias equestionamentos sobre esses direi-tos com a intenção de acabar comeventuais dúvidas em relação à Leie uma nova normatização sobre osdireitos dos clientes de planos desaúde coletivos empresariais deveser publicada em 60 dias.

“Para o consumidor, interessacontinuar nesses planos coletivosporque são mais baratos mesmocom ele arcando com o pagamentotambém da parte da empresa. Alémdisso, os reajustes são de livre ne-gociação entre empresas contra-tantes e operadores. Já os planosindividuais são mais caros e o pre-ço é regulado pela ANS, ou seja,sobe todo o ano”, explica MarcosBosi Ferraz, diretor do Centro Pau-lista de economia da Saúde emmatéria publicada no jornal O Es-tado de São Paulo.

SAÚDE DO TRABALHADOR

O Sindicato, a convi-te da ONG Sobreviven-tes do Amanhã, partici-pou de um debate sobrecrianças e adolescentesno bairro Salgado FilhoI, na cidade de RibeirãoPreto, interior de SãoPaulo. A atividade, rea-lizada de 1 a 5 de junho,busca a conscientizaçãodos pais sobre a impor-tância de alfabetizaçãoe o ingresso à vida pro-fissional.

A Associação Sobreviventes do Amanhã, coordenada por Robson L.Alves, faz um trabalho social nos bairros, ministrando palestras e apre-sentação de peças de teatro com o intuito de alertar a comunidade so-bre temas diversos.

“O trabalho que Robson desenvolve é de total importância para acomunidade”, comenta o diretor do Sindicato, Ronaldo de Oliveira.

Diretor Ronaldo de Oliveira em frente à sede daAssociação Sobreviventes do Amanhã

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Cultura & Lazer

Diversões

O Artequim - Salão de Artes dosQuímicos do ABC apresenta a Exposi-ção Aurora, com a artista plástica edesigner Sandra Pio.

Sandra estudou na escola Carlos deCampos e cursa Artes Visuais no Cen-tro Universitário Belas Artes de SãoPaulo.

Realizou ilustrações para diversasrevistas e sites, como Época Negócios(BR), Style Art Magazine (MEX), NewInternationalist Magazine (UK) e ZupiMagazine (BR). Participou das exposi-ções coletivas Um livro sobre a Morte(MUBE) e Ego Tripping Cultural.

Dentre os últimos trabalhos, desen-volveu projetos artísticos para aHeineken Brasil.

Seus trabalhos podem ser encontra-dos em www.flickr.com/sandrapio

EDIÇÃO DE JUNHO REVISITA PERSONAGENS E DEBATE A SITUAÇÃOECONÔMICA E AS CAMPANHAS SALARIAIS QUE ESTÃO POR VIR

Artes Plásticas

Exposição Aurora no Artequim

Serviço:Artequim - Salão de Artes Químicos do ABC

Exposição Aurora - artista Sandra Pio

De 30 de maio a 29 de julho de 2011

Segunda a Sexta-feira, das 9 às 18h.Av. Lino Jardim, 401 - Vila Bastos -

Santo André

A Revista do Brasil completacinco anos neste mês de junho. Apublicação, lançada em 2006, con-solida-se com um serviço de comu-nicação prestado pelo movimentosindical para aqueles que são a suarazão de ser: os trabalhadores e suasfamílias. Algumas reportagens daedição 60 foram buscar histórias depersonagens que já foram assuntode capa. A revista de junho traz ain-da entrevista exclusiva com o atorDanny Glover, que esteve no Brasilna festa do 1º de Maio. Glover falamuito de cinema, ativismo social, desua realização como pai e da impor-tância do Brasil no combate à misé-ria na África, às desigualdades e àinjustiça racial.

E também novas pesquisas so-bre o impacto das humilhações porassédio moral no trabalho na vida

das pessoas. A movimentação sin-dical global motivada por denún-cias contra a multinacional Sodexo.As análises que colocam no devidolugar o debate em torno da situa-ção econômica e das campanhassalariais que estão por vir.

Os sócios(as) do Sindicato rece-bem a Revista do Brasil, gratuita-mente, em casa. Confira!

O Júnior vai empinar bastante pipa nas férias. Mas sem cerol!!!Encontre as SETE diferenças entre as cenas.

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ParceriaSindicato/SENAI

Vêm aí novas turmas parasócios e dependentes

Mais informações napróxima edição!

Inscrições nas Regionais:

Santo André:

4433 5820

São Bernardo do Campo:4127 2999

Diadema:

4057 4244

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Revista do Brasil completa

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ENTREVISTA

Para o país continuar crescendo, salário precisa terganho real, diz economista

Sindiquim: Andam falando muito de alta inflacionário na TV, nós estamosde fato diante de uma inflação descontrolada?

Sérgio Mendonça: Não, de maneira alguma. A inflação preocupou umpouco, ela subiu um pouquinho de patamar, mas boa parte dessa infla-ção veio de uma situação internacional, outra parte eu chamaria de umainflação virtuosa, porque reflete o aumento de salário da empregadadoméstica, do trabalhador da construção civil, do carpinteiro e do cabe-leireiro. Isso é positivo, significa um processo de distribuição de renda.Não há nenhum risco de descontrole da inflação.

Sindiquim: O Brasil está passando por um processo de desindustrialização?Sérgio Mendonça: Podemos dizer que a indústria está crescendo menosdo que a média, sobretudo a indústria de transformação. Nós estamos

NA OPINIÃO DE SERGIO MENDONÇA, ASSESSOR ESPECIAL DA DIREÇÃO TÉCNICA DO DIEESE, O BRASIL SÓ VAI SE TORNAR UMPAÍS DESENVOLVIDO SE AVANÇAR A PARTICIPAÇÃO DOS SALÁRIOS NA RENDA NACIONAL

O Sindicato dos Metalúrgicosdo ABC, CUT, Força Sindical eFIESP deram o primeiro passorumo à constituição de uma Câ-mara Setorial da Indústria duran-te a realização do Seminário “Bra-sil do Diálogo, da produção e doemprego”, no dia 26 de maio, emSão Paulo. Ao final do evento, foientregue ao governo, representa-do pelo vice-presidente Michel Te-

O Jornal Sindiquim entrevistou oeconomista Sérgio Mendonça, queesteve no Sindicato para participarda “V Jornada Nacional de Debates:Negociações Coletivas em Cenáriode Crescimento Econômico”, promo-vida pelo Dieese (DepartamentoIntersindical de Estatísticae Estudos Socioeconômicos), reali-zado dia 24 de maiopassado. Acompanhe:

Risco de desindustrialização une trabalhadores e empresáriosOBJETIVO É CONSTITUIR UMACÂMARA SETORIAL DAINDÚSTRIA PARA GARANTIREMPREGO E PRODUÇÃO

mer, uma pauta de discussões parao futuro da produção e do emprego.

Comparando os efeitos da im-portação sobre os empregos nacio-nais a “uma lagarta que destrói ahorta”, o presidente do Sindicatodos Metalúrgicos do ABC, SergioNobre, defendeu que a sociedade

brasileira tem de pensar que mo-delo quer para o desenvolvimen-to do País e apresentou o que de-sejam os trabalhadores: “Quere-mos ter a nossa produção e nãosermos apenas tiradores de pro-dutos de caixas e apertadores deparafusos para montá-los”.

importando muitos bens e isso faz com que certas cadeias produtivasprefiram importar do que produzir em função da própria valorização doreal. Mas a indústria não está mal, está se recuperando, está crescendojunto com o país, por isso é que esse fenômeno da desindustrializaçãoainda não está muito claro.

Sindiquim: Qual o cenário econômico das próximas negociações salariais?Sérgio Mendonça: Um cenário bastante positivo, de crescimento daeconomia. Não são os 7,5% de 2010, mas é um crescimento entre 4% e5% em 2011. O emprego continua sendo gerado, o desemprego estácaindo e aí vai variar do poder de organização de cada categoria. Nogeral, temos um cenário positivo, de recuperar a inflação e ter aumen-tos reais. Acho que esse cenário se mantém em 2011, apesar da infla-ção ter subido um pouquinho.

Sindiquim: Qual o papel dos sindicatos nesse cenário?Sérgio Mendonça: É fundamental, toda a discussão de salário, empre-go e da distribuição de renda passa pela luta salarial e não vamos terum país desenvolvido sem avançar a participação dos salários na ren-da nacional. Os sindicatos têm uma contribuição enorme para esseprojeto e não podem ficar na defensiva de achar que os salários estãoaltos. A discussão da competitividade não pode se dar em torno dossalários, aqui nós temos os juros mais altos do mundo, a questão tribu-tária que precisa de reforma, temos um longo debate pela frente. Ossindicatos e as centrais sindicais têm papel estratégico nas discus-sões das políticas públicas.

O Acordo entre trabalhadores eempresários pelo futuro da produçãoe do emprego (principais trechos): Emprego, educação e qualificação pro-fissional Estimular modelo de relações de traba-lho que promova a negociação coletiva ea representação sindical no local de tra-balho.

Promover políticas que visem à geraçãode emprego, a formalização do mercadode trabalho e do trabalho decente. Implantação de um sistema articuladode educação técnica, qualificação profis-sional e educação básica. Ampliar as vagas para o ensino técnicoe tecnológico nas instituições federais.

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