Upload
vonhu
View
245
Download
5
Embed Size (px)
Citation preview
CARLOS ALEXANDRE DE AMORIM GARCIA
ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DAS PARASITOSES OCULARES NA
POPULAÇÃO DE ESCOLARES DA CIDADE DE NATAL-RN, BRASIL
NATAL-RN2004
CARLOS ALEXANDRE DE AMORIM GARCIA
ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DAS PARASITOSES OCULARES NA
POPULAÇÃO DE ESCOLARES DA CIDADE DE NATAL-RN, BRASIL
Tese apresentada à Coordenação do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde, do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande doNorte, como requisito para a obtenção do título de Doutor em Ciências da Saúde.
ORIENTADOR: PROF. DR. FERNANDO ORÉFICE
CO-ORIENTADOR: PROF. DR. ALDO DA CUNHA MEDEIROS
Natal
Fevereiro de 2004.
Catalogação da publicação na fonte. UFRN/Biblioteca Central “Zila Mamede”. Divisão de Processos Técnicos
Garcia, Carlos Alexandre de Amorim
Estudo epidemiológico das parasitoses oculares na população de escolares da cidade de
Natal-RN, Brasil / Carlos Alexandre de Amorim Garcia – Natal, 2004. 112 p. : il.
Orientador: Dr. Fernando Oréfice
Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências da Saúde.
1. Toxoplasmose. 2. Toxoplasmose ocular. 3. Toxocaríase. 4. Neuroretinite Subaguda Difusa Unilateral. 5. DUSN. 6. Toxoplasmose – Prevalência. 7. Toxoplasmose – Fatores de risco. I. Oréfice, Fernando. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título.
RN/UF/BCZM CDU 617.735-002
DEDICATÓRIA
Aos professores: Fernado Oréfice e Geraldo Vicente de Almeida pela dedicação
ao ensino da oftalmologia e a amizade.
Aos meus pais pela educação e orientação na minha formação.
À minha esposa, Ana pelo incentivo e companheirismo desde os
primeiros momentos do curso Médico.
Aos meus filhos, Carlos Alexandre e Ana Claudia pelo amor e
exemplo à dedicação aos estudos.
AGRADECIMENTOS
Aos orientadores:
Prof. Dr. Fernado Oréfice e Prof. Dr. Aldo da Cunha Medeiros.
Ao Coordenador da pós-graduação:
Prof. Dr. José Brandão Neto.
Aos estatísticos:
Prof. Mardone Cavalcante França e Prof. Dr. Edmilson Mazza.
Aos epidemiologistas:
Prof. Mauricio Roberto Campelo de Macedo, Prof. Iza Maria Hetzel de
Macedo e Prof. Clélia de Oliveira Lyra.
Às Bioquímicas do Hospital Onofre Lopes:
Dra. Maria Do Carmo Cardoso De Medeiros, Dra. Norma Kelly Freire Lima e
Dra. Jane Maria Câmara Aquino.
Aos Médicos e Residentes do Serviço de Oftalmolgia da Universidade Federal do
Rio Grande do Norte:
Dr. Alexandre Henrique Bezerra Gomes, Dr. Daniel Montenegro Alves, Dr.
Erymar Araújo Dantas, Dr. Francisco Irochima Pinheiro, Dr. Leonardo Péricles
Medeiros de Araújo, Dr. Marcelo Bezerra de Mendonça, Dr. Marcos Fábio de
Almeida Barbosa, Dra. Marta Liliane de Ramalho Rocha, Dra. Raquel Araújo
Costa Uchoa.
Aos Acadêmicos de Medicina:
Carlos Alexandre de Amorim Garcia Filho e Marcio Alexandre Araújo
Florêncio dos Santos
À professora de Letras Maria Lúcia de Amorim Garcia
Aos professores:
Prof. Dr. Roberto Lorens Marback, Prof. Dr. Francisco de Assis Cordeiro
Barbosa.e Profª Dra Selma Maria Jerônimo
SUMÁRIO
Página
1. Resumo 07
2. Abstract 10
3. Introdução 13
4. Elo de ligação entre introdução e publicação 21
5. Artigo 26
6. Comentários, críticas e conclusões 56
7. Fontes bibliográficas 61
8. Anexos 66
RESUMO
Esta pesquisa teve como objetivo, estimar a prevalência da
Toxocaríase Ocular, Neuroretininte Sub-aguda Difusa Unilateral (DUSN), Infecção
pelo Toxoplasma gondii e Toxoplasmose Ocular na população de escolares de
Natal-RN/Brasil e relacioná-la aos fatores de risco demográficos, epidemiológicos
e socioeconômicos. Estudar a incidência de DUSN em pacientes atendidos no
Serviço de Oftalmologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e
Prontoclinica de Olhos, em Natal, bem como, avaliar, nos casos em que foi
encontrada larva no espaço sub-retiniano, o resultado do tratamento com
fotocoagulação utilizando o Laser Verde (Eye Light ALCON) em relação ao
resultado visual.
A amostra foi selecionada aleatoriamente e distribuída nas escolas dos
quatro distritos da cidade de Natal de acordo com a natureza da instituição
(pública ou privada), seu nível (fundamental ou médio) e turno em que o escolar
estudava (matutino, vespertino ou noturno).
A população de escolares foi estudada no período de março a maio de
2001. Inicialmente, responderam a um questionário para avaliação de fatores de
risco demográfico, epidemiológico e socioeconômico. Depois foram feitos os
seguintes procedimentos: coleta de sangue para realização de sorologia para
Toxoplasmose (IgG, IgM), hemograma, exame oftalmológico constando de história
clínica, medida da acuidade visual, refração sob cicloplegia, biomicroscopia do
segmento anterior e anexos, fundoscopia e exame da motilidade extrínseca.
A prevalência de Toxocaríase foi de 0,2% ou 2 por mil escolares. A
amostra não foi suficiente para estimar a prevalência de DUSN. Foram
7
examinados 70 pacientes com diagnóstico de DUSN, no período de janeiro de
2001 a janeiro de 2003. Foi encontrada larva viva no espaço sub-retiniano de
todos os quatro que se encontravam na fase aguda, e tratados com
fotocoagulação a laser. Após acompanhamento dos pacientes (média = 11,5
meses), a acuidade visual melhorou em três olhos e permaneceu inalterada em
um olho. Dos 66 pacientes na fase crônica, foi encontrada larva em 22 deles e
tratados com fotocoagulação a laser. Após acompanhamento por um período de
13,1 meses em média, a acuidade visual melhorou em dois, permaneceu a inicial
em 19 e diminuiu em um paciente. A comparação do resultado visual antes e após
o tratamento, não foi estatisticamente significante (p = 0,302). O diagnóstico de
DUSN na fase aguda, seguida por pronta localização e destruição da larva por
fotocoagulação, pode melhorar a visão dos pacientes. No entanto, a destruição da
larva por fotocoagulação a laser em olhos com DUSN, na fase crônica, não
melhora a acuidade visual.
A soroprevalência para IgG foi de 46% (Intervalo de Confiança -IC 95%
- 42,9-49,2%) e para IgM foi 1,4% (IC 95% = 0,8-2,4%). A prevalência de lesão
ocular foi 1,15% (IC 95% = 0,6 – 2,0%). As condições socioeconômicas foram
determinantes na prevalência da Infecção pelo T. gondii e Toxoplasmose Ocular
na análise bivariada e confirmada na análise multivariada (escolaridade da mãe –
não alfabetizada/OR = 2,9 e p< 0,001). A prevalência de Toxoplasmose Sistêmica,
embora elevada, foi menor do que a encontrada em estudos realizados no Sul e
Sudeste do Brasil e, a da Toxoplasmose Ocular foi totalmente discrepante,
variando de 5 a 17 vezes menos. Embora importantes variáveis epidemiológicas,
tais como possuir gato, beber água não filtrada, ter contato com lagoas ou rios,
8
tenham mostrado associação na análise preliminar, perderam sua influência
quando incluídas no modelo logístico. Estudos futuros já estão planejados para
ter inicio em março próximo, em colaboração com outras Universidades do Brasil e
dos Estados Unidos com a finalidade de encontrar a razão destes achados, bem
como, identificar diferentes tipos de cepas do Toxoplasma gondii, e estudar as
fontes de água utilizadas pela população de Natal-RN.
9
ABSTRACT
The objective of this study is to estimate the prevalence of Ocular
Toxocariasis, Diffuse Unilateral Subacute Neuroretinitis (DUSN), Toxoplasma
gondii infection and Ocular Toxoplasmosis in a student population in Natal-
RN/Brazil and relate it to demographic, epidemiologic and socio-economic risk
factors. The incidence of DUSN was observed in patients at the Federal University
of Rio Grande do Norte Ophthalmology Service and the Prontoclinica de Olhos
Ophthalmology clinic in Natal. In cases where a worm was found in the subretinal
space, the result of treatment with photocoagulation using Green Laser (Eye Light
ALCON) was evaluated in relation to final visual result.
The sample was randomly selected among the schools of the four districts
of Natal, according to the type of institution (public or private), its level (elementary
or secondary), and study period (morning, afternoon or evening).
The school population was studied from March to May, 2001. Initially, the
students answered a questionnaire to evaluate demographic, epidemiologic and
socio-economic risk factors. Afterwards, the following procedures were carried out:
blood samples were taken for Toxoplasmosis (IgG, IgM) serology, hemogram,
ophthalmological examination, consisting of clinical history, measurement of visual
acuity, refraction under cycloplegia, biomicroscopy of the anterior segment and
annexa, funduscopy and examination of extrinsic motility.
The prevalence of Toxocariasis was 0.2% or 2 per one thousand students.
The sample was insufficient to estimate the prevalence of DUSN. Seventy patients
with DUSN diagnosis were examined from January, 2001 to January, 2003. A live
worm was found in the subretinal space of all four patients in the acute phase, and
10
these were treated with laser photocoagulation. After follow-up (average = 11.5
months), visual acuity improved in three eyes and remained unaltered in one eye.
Worms were found in 22 of the 66 patients in the chronic phase, and these also
were treated with laser photocoagulation. After a follow-up period of 13.1 months,
on average, visual acuity improved in two of the patients, remained unchanged in
19 and worsened in one. The comparison of visual result before and after
treatment was not statistically significant (p = 0.302). The diagnosis of DUSN in the
acute phase, followed by prompt localization and destruction of the worm by
photocoagulation, can improve the patient’s vision. However, destruction of the
worm by laser photocoagulation in eyes with DUSN in the chronic phase does not
improve visual acuity.
Seroprevalence for IgG was 46% (Confidence Interval – CI 95%-42.9-
49.2%) and for IgM it was 1.4% (CI 95% = 0.8-2.4%). The prevalence of ocular
lesion was 1.15% (CI 95% = 0.6 - 2.0%). Socio-economic conditions were
determinants in the prevalence of Systemic and Ocular Toxoplasmosis in the
bivaried analysis and confirmed in the multivaried analysis (mother’s scholarity –
illiterate/ OR = 2.9 and p < 0.001). The T. gondii infection prevalence, although
high, was less than that found in studies performed in the South and Southeast of
Brazil and that of Ocular Toxoplasmosis was completely discrepant, varying from 5
to 17 times less. Although important epidemiological variables such as owning a
cat, drinking unfiltered water, and coming into contact with rivers or lakes showed
an association in the preliminary analysis, they lost their influence when included in
the logistic model. Future studies are scheduled to begin in March, 2004, in
collaboration with other Brazilian and American universities in an attempt to
11
discover the reason for these findings, as well as identifying the different strains of
Toxoplasma gondii, and studying the sources of water utilized by the population of
Natal – Brazil.
12
INTRODUÇÃO
As parasitoses oculares mais freqüentes na população brasileira são
Toxocaríase, Neuroretinite Subaguda Difusa Unilateral (DUSN) e Toxoplasmose,
sendo a última de maior prevalência (1).
A Toxocaríase é uma doença causada pela larva do Toxocara, parasita
comum de cães (Toxocara canis) e gatos (Toxocara catti), encontrado
freqüentemente no intestino de seus filhotes, infesta crianças e adolescentes
através da ingestão dos ovos no solo ou pelo contato direto com filhotes
contaminados (1-2). A prevalência da infecção em cães, portanto, é indicador de
risco de infecção humana (1). No Brasil, Chieffi at el (1976) encontraram uma
prevalência de 44,3% de cães infectados em Londrina, Paraná (3).
A larva pode migrar através da parede do intestino e disseminar pelo
fígado, pulmão, rim, pâncreas e cérebro, causando, no homem, uma síndrome
conhecida como larva migrans visceral, caracterizada por febre, hepatomegalia,
infiltrado pulmonar e dor abdominal (2).
Helenor Wilder, em 1950, interessada em doenças não diagnosticadas,
examinou uma série de olhos enucleados de crianças, com diagnósticos diversos
e encontrou um abscesso eosinofílico com fragmentos de larva (4). Em 1956,
Nichols identificou esta larva como Toxocara (5).
A Toxocaríase Ocular é uma doença geralmente unilateral que se
apresenta sob as seguintes formas clínicas: granuloma retiniano periférico,
granuloma retiniano no pólo posterior e endoftalmite crônica (2,6-7).
13
Os estudos epidemiológicos realizados, mundialmente, utilizam o
método de ELISA para determinar a prevalência de Toxocaríase (8-9) . A doença é
conhecida desde o final da década de 40 e início dos anos 50 (4) e, está
amplamente distribuída em todos os continentes, sendo que a prevalência varia de
1% no Canadá até 92% na ilha de Péunion no Oceano Índico (1).
No Brasil, os principais estudos foram realizados por Chieff e col., que
encontraram anticorpos em níveis significativos (diluição igual ou maior que 1:160)
em 3,6% dos casos (9). Maestrini (1995) encontrou anticorpos anti-toxocara canis
em 7% das 300 crianças de 7 a 14 anos estudadas (10).
Somente 2% das crianças com larva migrans visceral apresentam a
doença ocular (11). Em relação a prevalência da Toxocaríase Ocular, destaca-se o
trabalho realizado por Maetz e col (12), que encontraram um caso por mil
habitantes no estado do Alabama, Estados Unidos; como também, Fernandes e
Oréfice (1996) relataram que a Toxocaríase é responsável por 1.6% das uveítes
em Minas Gerais (13).
A Neuroretinite Subaguda Difusa Unilateral (DUSN), descrita
inicialmente por Gass et al em 1978, é uma doença ocular causada por um
nematóide que ocorre, principalmente, em crianças e adultos jovens saudáveis,
sendo a baixa acuidade visual a principal queixa do paciente (14).
Sua etiologia ainda não está totalmente esclarecida, sendo aceito tratar-
se, provavelmente, de infecção por mais de uma espécie de nematóide, em fase
larvária, medindo 400 a 1.000 micra (15). Souza e Nagashima extraíram
cirurgicamente o nematóide sub-retianiano, e as características morfológicas
14
sugeriam Ancylostoma caninun ou Toxocara canis no terceiro estágio da larva,
parasitas comuns do intestino de cães (16).
Esta síndrome é caracterizada na fase aguda por baixa acuidade visual,
vitreíte, papilite, vasculite retiniana e manchas evanescentes branco-acinzentadas
ou branco-amareladas na retina externa. Na fase crônica ou tardia, observa-se
atrofia do epitélio pigmentário da retina e do nervo óptico, além de estreitamento
dos vasos retinianos (1,15,17).
Este quadro foi inicialmente chamado de “Unilateral Wipe-out
Syndrome” e, mais tarde, substituído por “Diffuse Unilateral Subacute
Neuroretinitis (DUSN)” (17).
O diagnóstico diferencial da DUSN é vasto e pode ser dividido de
acordo com a fase de apresentação da doença. Na fase aguda, inclui:
toxoplasmose, coroidite multifocal, coroidite serpiginosa, retinite por
citomegalovírus, epiteliopatia placóide multifocal posterior aguda, síndrome dos
pontos brancos evanescentes, doença de Behçet e histoplasmose. Na fase tardia
ou crônica, o diagnóstico diferencial deve ser feito, principalmente, com retinose
pigmentaria unilateral, neuropatia óptica isquêmica, corioretinopatia traumática e
histoplasmose (1).
DUSN constitui-se uma importante causa de cegueira entre jovens
sadios de todo o Brasil. Particularmente no estado do Rio Grande do Norte,
recente análise composta de uma série de casos demonstrou a presença de
larvas de nematódeos no espaço sub-retiniano, sendo estas sugestivas, por sua
15
forma e tamanho, ao Toxocara canis, Ancylostoma caninun ou Strongyloides
stercoralis .
Ainda que esta doença tenha sido descrita recentemente por Gass e
Cols., em 1978, e por Oréfice (1991) e Souza (1992), no Brasil, constatou-se a
não existência de estudos epidemiológicos (14,18-19). No entanto, há casos
diagnosticados em quase todos os estados do Brasil. Em Natal, Rio Grande do
Norte, há a ocorrência de um número crescente de casos confirmados que
justificam um estudo desta natureza.
A Toxoplasmose é causada pelo Toxoplasma gondii, um protozoário de
distribuição geográfica mundial. Provoca, no ser humano, mais freqüentemente,
infecções subclínicas. Entretanto, pode causar quadros graves, especialmente em
hospedeiros imunosuprimidos. Pode levar ao aborto espontâneo e causar infecção
congênita se a contaminação da mãe ocorrer durante a gestação. O T. gondii tem
elevada prevalência sorológica em inúmeros países, podendo atingir mais de 70%
da população, porém a prevalência da doença ocular é bem menor (1).
A infecção pelo T. gondii constitui a zoonose mais difundida no mundo.
Em todos os países, grande parte da população humana e animal apresenta-se
parasitada. A prevalência varia amplamente nas diversas regiões do mundo
devido a fatores geográficos, climáticos, econômicos, referentes à idade, hábitos
alimentares, atividade profissional e outros (20).
Prêmio pelo melhor trabalho apresentado no I Congresso Brasileiro de Retina e
Vítreo (Curitiba – 1998).
16
A prevalência de infecção por Toxoplasma gondii (T. Gondii) no Brasil,
na população de adultos, varia de 40% a 80%, dependendo da região estudada (20-
27).
No Brasil, por questões endêmicas, toda inflamação intra-ocular em
crianças e adultos jovens que comprometa a retina, passa obrigatoriamente pelo
diagnóstico diferencial de Toxoplasmose.
Os trabalhos de Oréfice, Silveira, Belfort e Melamed demonstraram as
diversas formas clínicas de Toxoplasmose Ocular. Hoje são conhecidas formas
congênitas de corioretinites precoces e tardias, formas adquiridas de retinites,
lesões ativas posteriores ligadas ao uso de corticóides e imunosupressores, e de
corioretinite toxoplásmica ligada ao paciente com síndrome da imunodeficiência
adquirida, além da papiloflebite retiniana de etiologia toxoplasmática (1,27-29).
Merecem atenção especial, na doença toxoplasmática ocular congênita
tardia ou recorrente, os seguintes aspectos oftalmoscópicos, quais sejam: lesões
em toda espessura da retina, levando a uma vitreíte intensa; lesão interna
pequena ou múltiplas adjacentes a cicatrizes antigas, levando à discreta vitreíte;
lesões profundas aproximadamente de um disco óptico de diâmetro, localizada na
região macular ou periferia retiniana levando ao descolamento seroso da retina;
Toxoplasmose Retiniana Punctata Externa, neste caso, a doença provoca
extensiva degeneração do epitélio pigmentário da retina (EPR) com pouco ou não
envolvimento do vítreo. As lesões toxoplasmáticas são pequenas (50 – 1000 m)
e localizadas na região macular (1,29).
Quanto ao acometimento ocular, é mundialmente aceito que o T. gondii
é a principal causa de uveíte posterior, responsável por aproximadamente 70%
17
dos casos no Brasil. A pesquisa realizada por Fernandes e Oréfice (1996)
demonstra que, de um total de 7.600 casos de uveítes, 43,1% foram
diagnosticados como Toxoplasmose Ocular e, de um total de 1.955 uveítes
posteriores, 72,9% foram diagnosticadas como de origem toxoplásmica. Este
estudo caracteriza a Toxoplasmose como principal causa de uveíte posterior em
nosso meio (13). Entretanto, em estudos realizados na população geral, nota-se
que a prevalência ocular de Toxoplasmose é muito pequena em relação à
prevalência de sorologia positiva (1,27,29-30).
Apesar de a prevalência da infecção sistêmica pelo T. gondii aumentar
com a idade, a doença ocular é mais comum na primeira e segunda décadas
(1,27,30).
Os títulos de anticorpos em pacientes com Toxoplasmose Ocular não
são maiores do que os de indivíduos sem doença ocular, o que seria esperado se
o envolvimento oftalmológico ocorresse no momento da primo-infecção (31). Em
alguns locais, onde a soropositividade para Toxoplasmose é alta, a doença ocular
é rara (20,31).
Em um estudo interinstitucional realizado, em Campos dos Goytacazes
(1999), pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Estadual do
Norte Fluminense (UENF) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), foram
examinados 1.050 indivíduos e avaliados com relação à sorologia, à presença de
lesões oculares e a fatores de risco referentes à infecção pelo T. gondii. A
investigação sorológica revelou uma prevalência elevada de infecção
toxoplásmica, que foi, contudo, significativamente maior em todas as faixas etárias
18
da população de baixo poder aquisitivo em comparação com a população de
médio/alto poder aquisitivo. A prevalência de lesões oculares, no entanto, parece
não diferir entre os dois grupos estudados, acometendo cerca de 10% dos
indivíduos em ambas as populações (1,30).
Por não haver estudo acerca da prevalência de parasitoses oculares no
Norte/Nordeste e poucos no Brasil - notadamente em São Paulo (32), Rio Grande
do Sul (33) e Rio de Janeiro (1) – observou-se que as características
socioeconômicas de Natal-RN contribuiriam para obtenção de um resultado, nesta
região, igual ou superior à ocorrência elevada dos estudos do Sudeste/Sul. Porém,
clinicamente, a incidência de Toxoplasmose e Toxocaríase nos parece muito
baixa, embora os exames sorológicos mostrem alta positividade para
Toxoplasmose.
Com o conhecimento do diagnóstico clínico da DUSN, o número de
casos diagnosticados vem aumentando progressivamente a cada dia no Serviço
de Oftalmologia da UFRN e na clínica privada.
Como estas parasitoses são importantes causas de cegueira uni ou
bilaterais (1,6,13,15,29), consideraram-se os hábitos de vida, aspectos epidemiológicos
e condições socioeconômicas da população, a fim de encontrar possíveis
associações entre estes fatores de risco, para obter meios de prevenir os efeitos
danosos dessas doenças à visão.
Tendo em vista os aspectos acima abordados, esta pesquisa teve como
objetivo estimar a prevalência de infecção por T. gondii e Toxoplasmose Ocular na
população de escolares da cidade de Natal-RN e medir a associação entre fatores
19
de risco demográficos, epidemiológicos e socioeconômicos. Além disso, estimar a
prevalência de Toxocaríase Ocular nesta mesma população e estudar a
incidência, alterações oculares e resultados do tratamento para DUSN em
pacientes atendidos no Hospital Universitário Onofre Lopes e Prontoclínica de
Olhos, em Natal-RN.
20
ELO ENTRE A INTRODUÇÃO E A MOTIVAÇÃO QUE GEROU O
PROJETO E SUA RESPECTIVA PUBLICAÇÃO
As primeiras descrições de um estudo epidemiológico remontam ao ano
de 430 a.C. por Tucídides, personagem sobrevivente da peste que atingiu Atenas:
“a doença nunca atacava o mesmo homem duas vezes – pelo menos não
fatalmente”. As observações e condutas realizadas pela Igreja nos séculos VI e
VII, e que alcançaram o ápice nos séculos XII e XIV, em relação às epidemias de
lepra na Europa, já identificavam que o contágio e o isolamento eram necessários
para evitar a transmissão (34). Somente no século XIX, com o trabalho de Jonh
Snow (publicado em 1849, na Inglaterra) sobre a maneira de transmissão do
cólera, marcou o surgimento da Epidemiologia. Snow utilizou um conjunto de
técnicas de análise, construção e comparação de indicadores de morbidade e
mortalidade em grupos populacionais, além de elaborar desenhos de estudo
caracterizados como modelos exemplares do surgimento do chamado MÉTODO
EPIDEMIOLÓGICO (35).
Através de suas investigações, Snow chegou à conclusão de que,
saindo do corpo por meio das fezes, o veneno do cólera contaminava mãos,
objetos, roupas e também misturava-se à água, sendo através da água que o
cólera ultrapassava as habitações aglomeradas das pessoas de pouco recurso.
Já no século XX, quando foi descrita pela primeira vez a Toxoplasmose,
100 anos se passaram para que estudos epidemiológicos bem delineados
mostrassem que a água é também um veículo importante de transmissão da
Toxoplasmose Sistêmica e Ocular.
21
Frost define a disciplina de Epidemiologia como o estudo das doenças
que são fenômeno de massa em determinado tempo e espaço. A evolução da
Epidemiologia no século XIX deveu-se, principalmente, à incorporação de
métodos estatísticos para análise de dados relacionados às doenças. Naquela
época, utilizando a estatística, foi possível mostrar que, banindo a pobreza,
poderia ser reduzida a morbidade e a mortalidade de determinadas doenças (34).
Já que a pobreza persiste, as condições socioeconômicas são fatores
determinantes da ocorrência de doenças como, por exemplo, a Toxoplasmose.
Com o controle dos grandes flagelos das doenças contagiosas nos
países desenvolvidos, surgiu a predominância emergente das doenças crônicas
de causas desconhecidas, havendo necessidade de ser reconsiderado para
estudo o ambiente físico e social. A Epidemiologia predominante de nossos dias
traduz o esforço de entender e controlar as novas epidemias de doenças crônicas.
Os clássicos estudos epidemiológicos sobre a relação entre fumo x câncer de
pulmão, fumo x colesterol x doença coronariana demonstraram o poder do método
observacional, bem como levaram a compreender a necessidade do instrumental
estatístico e das vantagens decorrentes da utilização de grandes amostras. Um
exemplo clássico na Oftalmologia foi o estudo que mostrou a utilização do
oxigênio como fator de risco para o desenvolvimento da retinopatia da
prematuridade.
Atualmente, o planejamento estratégico de intervenções pública e
privada em saúde é baseado nos resultados de estudos epidemiológicos
realizados por instituições de pesquisa, com a finalidade de prevenir e garantir o
bem-estar da população.
22
A Oftalmologia Brasileira tem participado ativamente destas
intervenções em vários programas de prevenção à cegueira realizados
anualmente. No entanto, ao nosso ver, o Ministério da Saúde e as Secretarias
Estaduais de Saúde não estão alcançando o valor inestimável que estas
campanhas preventivas poderiam determinar para reduzir o número de deficientes
visuais e os decorrentes custos socioeconômicos para a sociedade.
Estudos epidemiológicos de prevalência e incidência bem delineados
devem ser planejados para que a Oftalmologia Brasileira possa ter meios de
demonstrar aos órgãos governamentais os reais problemas de saúde ocular, bem
como auxiliar no planejamento e execução de políticas de prevenção e resolução
destas questões que afetam considerável parcela da população, principalmente, a
de menor poder aquisitivo.
Quantos são os cegos no Brasil que têm como causa as parasitoses
oculares e, por que não, todas as outras doenças que levam à cegueira ou a um
déficit visual definitivo? Que avaliação social é feita pelos órgãos de Saúde
Pública das conseqüências destes problemas?
Com o poder multidisciplinar da Oftalmologia, da Epidemiologia e da
Estatística, a busca de soluções para estas questões pode ser alcançada.
Há vários anos, éramos interrogados pelos Professores Titulares
Fernando Oréfice e Rubens Belford Júnior (Universidade Federal de Minas Gerais
e Universidade Federal de São Paulo, respectivamente) a respeito da prevalência
e incidência de Toxoplasmose, Toxocaríase e DUSN em Natal-RN, durante cursos
ministrados na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Devido à falta de
conhecimento epidemiológico para explicar, em nosso entendimento clínico, o
23
baixo número de casos de Toxoplasmose em atividade, justificávamos que a
população de baixo poder aquisitivo não comia carne bovina, sabidamente um dos
fatores de risco para infecção por T. gondii e Toxoplasmose Ocular.
A partir de 1992, quando diagnosticamos o primeiro caso de DUSN no
Serviço de Oftalmologia da UFRN e o número crescente de casos nos últimos 10
anos, tornou-se imperativo um estudo epidemiológico. Do mesmo modo, em
relação à Toxocaríase Ocular, poucos são os estudos epidemiológicos no Brasil
que demonstram a prevalência em nosso meio.
Para responder às nossas interrogações, foi realizado um estudo
envolvendo diversas fases (planejamento de campo, exame oftalmológico,
aplicação de questionário, coleta de sangue para sorologia e hemograma,
consolidação de dados, análise estatística e dissertação de manuscritos) para
estimar a prevalência das parasitoses oculares na população de escolares da
cidade de Natal-RN, associando-a aos fatores de risco demográficos,
epidemiológicos e socioeconômicos.
Devido ao grande interesse quanto ao estudo da DUSN, achamos
pertinente aprofundar a pesquisa, fazendo um estudo simultâneo de incidência,
iniciado em janeiro de 2001 e concluído em janeiro de 2003, objetivando avaliar as
alterações oculares, o número de casos em que foram encontrados larvas vivas,
os fatores de risco e o resultado do tratamento utilizando a fotocoagulação com
laser, com a finalidade de destruir a larva, e analisar o resultado visual final.
A infecção por T. gondii e Toxoplasmose Ocular - parasitose
considerada mais importante do ponto de vista epidemiológico, devido a sua
magnitude - se constituiu o principal estudo desta pesquisa. Estudou-se sua
24
prevalência e a associação com fatores de risco para esta enfermidade. O
trabalho foi enviado para publicação e aceito com revisão no periódico Ophthalmic
Epidemiology, intitulado Socio-economic Conditions: determining factors in the
prevalence of Toxoplasma gondii infection and Ocular Toxoplasmosis in
Northeastern Brazil.
Como durante a pesquisa foi realizado exame oftalmológico em que se
observaram desde erros refrativos, análise da musculatura ocular extrínseca,
alterações do segmento anterior do globo ocular e anexos, além de alterações
fundoscópicas, as variáveis da pesquisa se multiplicaram. Assim, foram
desenvolvidos inúmeros estudos e incluídos em Bases de Pesquisa da UFRN,
enumerados abaixo:
1. Estudo dos achados fundoscópicos em escolares de Natal-RN;
2. Estudo dos Erros Refrativos em escolares de Natal-RN;
3. Estudo da prevalência de Estrabismo na população de escolares de
Natal-RN;
4. Estudo da prevalência de Ambliopia na população de escolares de
Natal-RN;
5. Estudo da prevalência de Anisometropia na população de escolares
de Natal-RN;
6. Estudo da relação dos erros refrativos e condições socioeconômicas
na população de escolares de Natal-RN;
7. Estudo das alterações biomicroscópicas do segmento anterior e
anexos na população de escolares de Natal-RN.
25
ARTIGO
Socio-economic Conditions: determining factors in the
prevalence of Toxoplasma gondii infection and Ocular
Toxoplasmosis in Northeastern Brazil.
Authors:
Carlos Alexandre de Amorim Garcia1
Fernando Oréfice2
Clélia de Oliveira Lyra3
Alexandre Bezerra Gomes4
Mardone França5
Carlos Alexandre de Amorim Garcia Filho6
Natal/RN
2003
1 Professor Ophtalmology, Federal University of Rio Grande do Norte. Rua Ceará Mirim, 316 – Tirol,Natal/RN/Brazil – tel: 84-211-5888 – [email protected].
2 Professor of Ophthalmology, Federal University of Minas Gerais.
3 Assistant Professor of Nutrition/Epidemiology, Federal University of Rio Grande do Norte.
4 Resident in Ophthalmology, Federal University of Rio Grande do Norte.
5 Professor Statistics, Federal University of Rio Grande do Norte.
6Medical student on scholarship at Federal University of Rio Grande do Norte.
26
ABSTRACT
OBJECTIVE: To determine the prevalence of Toxoplasma gondii (T. gondii)
infection and Ocular Toxoplasmosis among 1024 students in the City of Natal,
Northeastern Brazil and correlate it with demographic, socio-economic and
epidemiological risk factors. METHODS: The study population was randomly
selected, asked to fill out a questionnaire, provide a blood sample for IgG and IgM
(MEIA) serology, hemogram and undergo an eye examination. RESULTS: The
seroprevalence for IgG was 46% (Confidence Interval 95% = 42.9-49.2%), and for
IgM was 1.4% (CI 95% = 0.8-2.4%). The ocular lesion prevalence was 1.15% (CI
95% = 0.6 – 2.0%). Socio-economic conditions were determinants in the
prevalence of T. godii infection and ocular toxoplasmosis, in the univaried
analyses, confirmed by multivaried analysis (mother’s scholarity = literacy/OR = 2.9
and p < 0.001) CONCLUSIONS: T. gondii infection prevalence, although high, was
less than that found in studies performed in the South and Southeast of Brazil and
the ocular lesion was totally discrepant, varying from 5 to 17 times less. Although
important epidemiological variables such as: owning a cat, drinking unfiltered
water, having contact with lakes or rivers have shown a correlation in the
preliminary analysis, they lost their influence when included in the logistic model.
However, subsequent studies must be undertaken to identify the reasons for these
findings, by defining types of T. gondii strains encountered in different regions of
the country and sources of water utilized by these populations.
Keywords: Toxoplasmosis, prevalence, socio-economic, risk factors, Ocular
Toxoplasmosis.
27
INTRODUCTION
Toxoplasmosis is a cosmopolitan zoonosis caused by the protozoal
parasite Toxoplasma gondii (T. gondii). In humans, it causes most frequently, sub-
clinical infections (or cold complaints). However it can lead to serious conditions,
especially in immunosuppressed hosts. It can cause miscarriage and congenital
infection if contamination occurs during pregnancy. In healthy adults, extra-ocular
infection does not generally have serious consequences. Toxoplasmic
retinochoroiditis can have grave effects, including total loss of vision 1-2.
T. gondii was first observed by Alfonso Splendore in Brazil in 1908 3 in
laboratory rabbits and at the same time by Charles Nicolle and Louis Manceaux 4,
in Tunis. Toxoplasmosis was confirmed as a cause of ocular disease in Brazil by
detection in a human eye by Melamed 5 in 1983.
The reported prevalence among the general population elsewhere in the
world varies from 0% in Eskimos to 94% in Costa Ricans and Guatemalans 6-7. In
Brazil, the prevalence of positive serology varies from 41.9% to 74,8% 8-14.
The presence of anti-T.gondii antibodies in different populations of the
world, differs according to socio-economic factors, age and geographical area. The
prevalence is greater in tropical areas, relatively low in hot and arid areas, as well
as in cold areas, such as Norway 15.
Most T. gondii infections in humans occur from eating raw or
undercooked meat containing T. gondii tissue cysts, or eating food that has been
cross-contaminated with raw/undercooked meat, by ingesting oocysts from the soil,
or by acquiring congenital infection through the placenta 2.
28
Epidemiological studies have identified some risk factors for T. gondii.
Societies which consume high levels of raw or undercooked meat or meat by-
products, regions lacking basic sanitation and with high number of inhabitants per
household present greater infection rates 9, 14-17. Other risk factors include: living
with cats, cleaning out the cat litter box 9, 17- 19, having contact with soil 20-21, eating
raw or unwashed vegetables or fruit and having poor hand hygiene 9, 22. Besides
this, having contact with lake or river water and drinking unfiltered water are risk
factors which are currently being investigated as the principal sources of
toxoplasmosis transmission. 8, 23-26.
Ocular toxoplasmosis can be congenital or acquired. The congenital
ocular form may be present at birth or appear months or even years afterwards.
The acquired form may be concomitant, when it occurs along with systemic
disease, and later, when there is a variable time lag between systemic and ocular
disease 27-29.
According to Oréfice 1, two types of retinal lesions can be clinically
observed in ocular toxoplasmosis: active or cicatricial. The active form begins as
necrosing retinitis, able to reach other neighboring structures. Reactivation of
ocular lesions near or adjoining cicatricial lesions may occur. These are called
satellite lesions, and are the gold standard of toxoplasmosis 30.
It is universally accepted that ocular toxoplasmosis is the principal cause
of posterior uveitis and, in Brazil, is responsible for approximately 70% of the
cases. Fernandes and Oréfice observed that of a total of 7680 uveitis cases,
43.1% were diagnosed as ocular toxoplasmosis. And of a total of 1955 posterior
uveitis cases, 72.9% were diagnosed as toxoplasmasmic in origin 31. Garcia et al.32
29
in Natal/RN, found a occurence of 54.9% ocular lesion by toxoplasmosis in
posterior uveitis patients.
In studies performed in Brazil, the prevalence of ocular toxoplasmosis in
random population samples varied from 4.7% to 17.7%, much less in relation to the
prevalence of positive serology 1. In Maryland (USA), a prevalence of 0.6% was
observed 33.
Considering the high prevalence of T. gondii infection and ocular
toxoplasmosis in the South and Southeast regions of Brazil reported in the
literature, the objective of this study is to estimate the prevalence of T. gondii
infection and ocular toxoplasmosis in a student population, from 5 to 21 years, in
the northeastern city of Natal, verifying the possible associations with
demographic, socio-economic and epidemiologic risk factors.
MATERIAL AND METHODS
Study Area
Natal, capital of Rio Grande do Norte State, has a population of
700,000, and lies on the northeast coast of Brazil. The Potengi river divides the city
into two zones: the North, where approximately 250,000 people live and the South,
with 450,000 inhabitants. Its climate is tropical, with temperatures varying between
25 ºC and 30 ºC, and is situated at sea level. Only 92% of residents receive treated
water and of these, 15% are connected to the sewerage system. Approximately
80% of residences have septic tanks and 5% have open sewers.
30
The city is divided into four sanitation districts: North, South, East and
West. The West and North districts are considered to have the worst sanitary and
socio-economic conditions, however, the other districts also have pockets of
poverty.
Study population
The study population was composed of students between 5 and 21
years, enrolled in public and private schools in Natal, in 2001, at the primary or
secondary level.
Four sample populations, which correspond to the four sanitation
districts that divide the city of Natal, were considered for purposes of the
methodological model.
The population size was 196.116 pupils, distributed by district and type
of institution. The methodological procedure for sample selection constituted
multiple stages: determining general sample size and random selection of the
schools and pupils.
The sample size was determined from parameters obtained by simple
random sample method for proportion, with 3% error, expected prevalence of 50%
(as there is no a priori information regarding this, maximum variance was used),
and confidence interval (CI) of 95%.
The calculated sample size was 1100 pupils, distributed proportionally
throughout the 341 schools in all four districts, in such a way as to establish the
number of pupils that should be examined in each of the districts. Subsequently,
the number of schools to be selected from each district was determined. Of 341
schools, 79 were chosen to make up the sample, according to the nature of the
31
institution (public and private), its level (elementary and secondary), and study
period (morning, afternoon and evening), by proportional probability of size method
(PPS), by means of a Delphi language software. Once the school was selected,
and classes per study period randomly drawn, students were then drawn from the
class attendance sheet, obeying the proportionality observed in the population, and
sent to the Ophthalmology Department, Onofre Lopes University Hospital (HUOL),
Federal University of Rio Grande do Norte (UFRN). The protocole of the study was
submitted to and approved by the UFRN Ethics Commission, number 18/01. All
pupils were examined after submission of a consent form signed by their parents or
guardians.
Questionnaire
The pupils’ examinations were conducted between March and May of
2001. To evaluate risk factors, an adapted questionnaire of 68 questions from a
prevalence study was utilized to demonstrate known sources of T. gondii infection
23. The variables studied were categorized and divided into three groups: a)
Demographic: age, sex, race, address, birth place, district of residence, type of
school, study period; b) Socio-economic: number of residents, rooms and
bathrooms, whether the residence had a computer, refrigerator, automobile,
television and videocassette player; scholarity and parents’ occupation; c)
Epidemiological: if there were dogs or cats in the domicile, contact with dogs or
cats in the neighborhood, contact with other animals, lifestyle, such as: handling
soil, going barefoot, going to the beach or farm, contact with rivers or lakes,
drinking untreated or unfiltered water, eating raw or undercooked meat, where
32
meat, milk, eggs, fruit and vegetables were purchased, if the residence had indoor
plumbing, type of sewage disposal and pre-existing diseases.
Ocular Examination
After filling out the questionnaire, the students underwent an
ophthalmologic examination at the HUOL ophthalmology services facility. The
examination consisted of: clinical history, best corrected visual acuity, using
Snellen chart, ocular motility and adnexas examination, anterior segment
biomicroscopy, and aplanation tonometry, with a Goldman tonometer. A drop of
1% tropicamide and 1% cyclopentholate was instilled and 40 minutes later
refraction, indirect binocular ophthalmoscopy, biomicroscopy with a 78 diopter lens
or three-mirror Goldman lens were performed by two retina specialists. Students
who presented chorioretinitis lesions, had these photographed with a Canon
retinograph, using OIS digital imaging system in order to classify the lesions.
According to Oréfice 1 the cicatricial ocular lesions were classified as:
*Type I: lesions with well-marked borders, generally circled by a
pigmentary halo and characterized by substantial retinal and choroidal destruction,
lesions with an atrophic central area with little or no pigmentation, and lesions with
typical macular “cartwheel” scar.
*Type II: lesions characterized by a central area typically
hyperpigmented and surrounded by a hypopigmented halo. These lesions present
a lesser degree of tissue destruction than type I.
*Type III: lesions defined as areas of pigmentary epithelium hyperplasia
(EPR) or with less tissue destruction than type I and II lesions. Both lesions I and II
fulfill all the morphological criteria of probability of being caused by T. gondii
33
infection. On the other hand, the clinical presentation of type III lesions places them
among a group of uncertain etiology.
Fundus photograghs were analyzed by Oréfice and collaborators.
Serologic and Hemogram Tests
After the ophthalmologic examination, 10 ml of blood was collected from
a peripheral vein utilizing a tube containing anticoagulant (tetra acetic diamine
ethylene) for the hemogram and another tube without anticoagulant for the
serologic tests. The hemogram was performed in an automatic hematologic
analyzer, Cell-Dyn SL (Abbot) following manufacturer’s instructions.
Serum samples were examined in the HUOL laboratory using the
Axsym method from Abbott for toxo-G and toxo-M (microparticle immunoassay –
MEIA- to determine IgG and IgM antibodies for T. gondii in serum or human
plasma). Sensibility for this test for IgG is 99.7% (CI 98.8 - 100%) and specificity,
99.1% (CI 98.2 - 99.6%), while for IgM, sensibility is 96.3% (CI 92.1 – 98.6%) and
specificity, 99.8% (CI 99.3 – 100%). Tests were performed and a cut-off of 3 IU for
positive serology IgG and 0.6 for IgM was utilized, strictly adhering to
manufacturer’s instructions.
Reproductibilty Test
All serum samples were refrozen after serologic testing and a
reproductibilty test was performed in 77 randomly selected cases 15 days after
conclusion of the study, for IgG serology, and in 10 cases for IgM serology.
Statistical Analysis
34
The data bank was organized in the EPI-INFO program, version 6.04 34,
in which pre-codification of the study variables and information editing were
performed. Data was entered twice to minimize the possibility of error.
For this study, frequency distribution, Chi-square, Odds Ratio and
logistic model adjustment was utilized to detect co-variables (risk factors), with
greater influence in relation to toxoplasmosis prevalence in the study population.
Odds Ratio association measurement was opted for instead of Prevalence Ratio,
to enable answer comparison with the regression model. Chi-square for linear
tendency was performed in relation to parents variable scholarity.
The significant variables for the occurrence of positive IgG serology
were selected for the final multivaried model, in which logistic regression was done,
adjusting for all included variables and calculating Odds Ratio as risk estimates,
with confidence interval of 95%, using SPSS statistics package for windows,
version 10.0 35. The model was adjusted for the 802 cases which contained
information relative to variables included in it. Pearson Correlation was performed
for reproductibility analysis.
RESULTS
From the 1100 student sample, 1024 appeared for the study. Of these,
990 underwent toxoplasmosis serology and 31 were excluded for being outside the
age range of interest. Of 959 toxoplasmosis IgG serology cases, 441 (46%; CI 42.9
– 49.2%) were positive and 518 (54%; CI 50.8 – 57.2%) negative. For IgM, 13
(1.4%; CI 0.8 – 2.4%) were positive and 946 (98.6%; CI 97.6 – 99.2%) negative.
35
The reproductibility test was R = 0.91 (p < 0.001) for IgG and R = 0.89 (p < 0,001)
for IgM.
Table 1 demonstrates toxoplasmosis prevalence associated to age
group, residing district, type of school and study period. It was determined that
toxoplasmosis prevalence increased from 36.5% in the 5 to 10 year age group, and
to 48.4% in the up to 21 years age group (p = 0.009). In relation to race, it was
observed that the greatest toxoplasmosis prevalence (58.0%) was registered
among the blacks and the least among the whites (p = 0.009). As to residing
district, it was found that the prevalence varied from 32.0% in the South District to
58.7% in the West (OR = 3.02). Analysis by school type showed a higher
toxoplasmosis among students in the public system (49.1%) than those of the
private (27.9%), with significant association (p < 0.001). In relation to study period,
prevalence was similar between those who studied in the morning and the
afternoon (43.0% and 45.9% respectively), however this percentage was much
higher (66.7%) for those who studied in the evening. There was no stastistical
difference between sexes. However, women 15 years or older presented 51.0%
susceptibility of acquiring T. gondii infection (data not shown in table).
The prevalence of toxoplasmosis, according to socio-economic
characteristics shown in table 2, was higher among students whose residences
had more than 4 inhabitants than those who had 1 to 4 (OR = 1.37; CI 1.05 –
1.78). The relation between number of rooms and serology demonstrated that
toxoplasmosis prevalence was higher among students who had from 1 to 4 rooms
in their homes than those who had 5 or more (OR = 1.46; CI 1.08 – 1.95). As to
number of bathrooms, there was a higher percentage of positive serology among
36
those whose residences contained up to 1 bathroom (49.7%) than those who had 2
or more (36.8%) and there is also a significant association between the two
variables (OR = 1.69; CI = 1.27 – 2.26). In relation to absence of a computer in the
home (48.5%), automobile (50.2%) or videocassette player (51.4%), toxoplasmosis
prevalence was higher among those who did not own these items than those who
did (p < 0,001). Among the economic variables, not owning a refrigerator or
television set were significant risk factors for having positive serology (OR = 2.26;
CI = 1.13 – 4.53; OR = 3.20; CI = 1.24 – 8.46; respectively). Lower parent
scholarity increased toxoplasmosis prevalence (mother: 2 for linear tendency =
39.5, p-value < 0.001; father: 2 for linear tendency = 32.5, p-value < 0.001).
Among variables selected as epidemiological characteristics (table 3) ,
contact with rivers or lakes (OR = 1.31; CI = 1.01 – 1.70), owning a cat (OR = 1.47;
CI = 1.13 – 1.92), going barefoot (OR = 1.33; CI = 1.03 – 1.72), drinking untreated
water (OR = 1.46; CI = 1.01 – 2.11), purchasing meat (OR = 1.50; CI = 1.14 –
1.98) and vegetables (OR = 1.35; CI = 1.03 – 1.76) in open-air markets and
residing in houses with open sewers (OR = 2.91; CI = 1.46 – 5.86) were found to
be risk factors for positive serology. As to hemogram, the number of eosinophiles
greater than 5% was the only variable that demonstrated a significant statistical
relation with serology (OR = 1.74; CI = 1.33 – 2.27).
In Table 4, the variables included in the logistic model from the bivaried
analysis and the variables selected at 15.0% significance level for the final model
are presented with estimates, significance of each category and odds ratio values.
They were: age group, mother’s scholarity, type of sewerage system, residing
district, percentage of eosinophiles and the presence of cats in the domicile.
37
Except for the cat-in-domicile variable, the others were significant at the 5% level.
The estimates of parameters, of p and OR values showed that the probability of
positive serology for toxoplasmosis increases with age, students with eosinophile
greater or equal to 5%, as the mother’s scholarity level decreases, is higher among
students whose residences have open sewers, highest among residents of the
West District, followed by residents in the East and lowest among residents in the
South . There was no significant difference between absolute and adjusted ORs for
all variables, except for residing district, which diminished the risk (West, OR
absolute = 3.02; p < 0.001, and OR adjusted =2.0; p = 0.003). The resulting model
was significant, according to Verisimilitude Ratio statistical results, whose value
was p < 0.001 for toxoplasmosis occurrence.
Of 13 students who presented positive serology for IgM, 11 (84.6%)
were females, 9 (69.2%) resided in the North and West Districts, 8 (61.5%) of their
mothers had low scholarity level (elementary incomplete), 12 (92.3%) did not own
a computer and 12 (92.3%) did not consume raw meat. All the students with
positive serology for IgM were also positive for IgG and studied in public schools
(table 5).
The prevalence of ocular lesions due toxoplasmosis was 1.15% (n = 11;
CI = 95% , 0.6 – 2.0%), 6 students presenting only type II lesions, one with type III
and four with type II and III. Only one student had type II lesion in both eyes and
visual acuity of 20/20. Only two students presented visual acuity of 20/200 or
worse in the affected eye. The average age was 14.4 years. The majority had no
contact with cats (7 students of 11) and studied in public schools (9 of 11). All of
38
the parents had low scholarity levels and treated water in their residences. In
relation to serology, all were negative for IgM and 9 had positive serology for IgG.
DISCUSSION
The presence of positive serology for toxoplasmosis observed, was
found to be similar to that reported in the majority of the other countries. Notably,
however, a lower prevalence was observed when comparing these data to those of
national studies (figure 1). This could be due to the fact that these studies were
concentrated in the South/Southeast regions of the country, where the population
habitually eats undercooked meat (one of the risk factors for toxoplasmosis), and
also because of the relation with the selected age group for the study 18,36-37.
In a study conducted in Natal by Araújo et al.13, the soroprevalence in
blood donors was 80%, contrasting with findings of this study. This likely occurred
because the population consisted of adults, and because sanitary and living
conditions were more precarious at the time.
Concomitant with other publications, this study showed higher positive
serology with age. However, it is important to note that 51.0% of the women of
child-bearing age were susceptible to acute infection by toxoplasmosis during
pregnancy, different from the findings of Jones et al. 2, who found an 85.0% risk in
American women. For this reason, it is important that women of child-bearing age,
and especially pregnant ones, be urged to undergo serology during prenatal.
Different from Jones et al. 2, there was a significant difference in positive
serology among the black students, possibly due to the socio-economic conditions
of this group in Brazil.
39
The socio-economic findings were strongly associated to positive
serology for toxoplasmosis, consistent with other studies 17,44-45. Residing in the
West district (the poorest of the city), studying in public schools, where family
income is usually very low, studying in the evening, due to the necessity of
working during the day and poor socio-economic conditions, as well as residences
with the poorest living conditions and fewest domestic appliances, were socio-
economic factors which increased the risk of toxoplasmosis infection. The parents’
scholarity level had a strong influence on positive seroprevalence: the lesser the
parents’ scholarity, the higher was the probability of acquiring the infection, in
contrast to the Jones et al. 2 study.
Aramine et al, in 1999, found that domestic cats contaminated water
reservoirs with T. gondii oocytes 26. The results of bivaried analysis indicated
higher ORs in students who had contact with lakes or rivers and drank untreated
water. In studies performed in Taiwan, in 2002 24 and the Dominican Republic, in
1987 25, a relation between consuming untreated water and toxoplasmosis
seroprevalence was observed. In Brazil, Bahia-Oliveira et al. 23 confirmed this
association, verifying that individuals who drank untreated water presented almost
three times as much probability of acquiring toxoplasmosis.
Different from other studies 18, 36-37, the habit of consuming raw meat
was not associated with positive seroprevalence. Another finding was the positive
association of those who bought meat and vegetables in open-air markets, since
these establishments do not offer adequate hygienic conditions for their products.
Several studies have reported the association between toxoplasmosis
and the presence of cats in the domicile 9,17,36,42. Despite this association not
40
having presented itself as positive in multiple logistic regression, there was a 47%
greater probability in bivaried analysis in relation to those who did not own a cat,
confirming the important role that these animals play in the epidemiology of the
disease.
Anderson et al. 46 suggest that eosinophilia may serve as an early
diagnostic marker for toxoplasmosis. It should be pointed out that eosinophilia was
the only hemogram variable which showed an association (positive) for
toxoplasmosis: the greater the percentage of eosinophiles, the greater the
prevalence, contrasting with the results obtained by Hakim et al. 47 and Rocha et
al. 48. This fact deserves further study, since feces parasitology was not done to
confirm a high prevalence of verminosis, which is a common cause of eosinophilia.
Positive serology for IgM relative to toxoplasmosis confirms recent
infection and in pregnant women becomes the principal risk factor for developing
congenital toxoplasmosis (cerebral and ocular) or miscarriage during the first three
months of pregnancy 49. In this study, IgM seroprevalence was 1.3%, higher than
that encountered by Cantos et al. 11, conducted in Santa Catarina (Brazil), which
was 0.87% and less than that observed in Libreville, Gabon (19%) 39 and in Cuba
(3.28%) 40. All 608 students tested for IgM serology for toxoplasmosis by Souza et
al. 10 in Rio de Janeiro, Brazil were negative, contrasting with the findings
presented in this study.
This was the first study for ocular toxoplasmosis (OT) prevalence
conducted in the Northeast region of Brazil. The prevalence of ocular
toxoplasmosis encountered was similar to that of the study in Maryland (USA) 33
and totally discordant with the prevalence observed in studies performed in the
41
South and Southeast of Brazil, by Glasner et al. 50, who verified 17.7%; Abreu et
al.51, 11.2%, and Oréfice1, 10%. However, it should be noted that, although positive
serology prevalence for IgG was high (46%), toxoplasmosis occurrence for this
specific population of students up to 21 years was low (1.15%). Ocular lesions type
II and III were found in only 11 cases, different from the study of Glasner et al. 50
who encountered 128 cases out of a total of 184, of type I lesion, considered to be
the classic toxoplasmosis ocular lesion. It was determined that no directly
proportional relation to T. gondii infection and ocular toxoplasmosis prevalence
exists when this study (IgG = 46% and OT = 1.15%) is compared to that of Silveira
14 (IgG = 75% and OT = 17.7%). Of 11 cases with ocular lesions suggestive of
toxoplasmosis, 2 presented negative serology, which corroborates other studies 14,
52 (personal communication * )6 . Different from Glasner et al. 50, a significant association
between socio-economic conditions and ocular toxoplasmosis prevalence was
found (p < 0.001).
On the basis of the findings, it can be stated that the T. gondii infection
prevalence, although considered high, was lower than that encountered in studies
performed in the South and Southeast of Brazil. Positive serology prevalences for
IgG, IgM toxoplasmosis and ocular lesions were strongly associated to socio-
economic conditions. Although important epidemiological variables such as:
owning a cat, drinking untreated water and having contact with rivers or lakes
showed a relation in preliminary analysis, they lost their influence when included in
the logistic model. It is surprising that the prevalence of ocular toxoplasmosis has
been so different from that found in studies in the South and Southeast of Brazil. It
6 * Oréfice F, 2003 – Comunicação Pessoal
42
is suggested that other studies be conducted to identify the reason for this
discrepancy, by identifying the types of T. gondii strains encountered in different
regions of Brazil and the sources of water utilized by these populations.
REFERENCES
1. Oréfice F. Uveíte: Clínica & Cirúrgica: Atlas e Texto. Rio de Janeiro: Cultura
Médica; 2000.
2. Jones JL, Kruszon-Moran D, Wilson M, McQuillan G, Navin T, McAuley JB.
Toxoplasma gondii infection in the United States: seroprevalence and risk
factors. Am J Epidemiol 2001; 154(4): 357-65.
3. Splendore A. Un Nuovo protozoo parassita de’Conigli-Incontrato nelle lesioni
anatomiche d’una mallattia che ricorda in molti punti il Kla-Azar dell’uomo. Rev
Soc Sci São Paulo 1908; 3: 109-12.
4. Nicolle C, Manceaux L. Sur une Infection a corps de Leishman (ou du
organismes voisins) du gondii. Comptes Rendus Acad Sci 1908; 147: 763-6.
5. Melamed J, Fortes Filho JB. Retinocoroidite toxoplasmática. Simpósio
Internacional de Retina e Vítreo. Porto Alegre; 1983.
6. Gibson GL, Coleman N. The prevalence of toxoplasma antibodies in
Guatemala and Costa Rica. Am J Trop Med Hyg 1958; 7: 334-338.
7. Feldman HA. Epidemiology of Toxoplasma infection. Epidemiol Rev 1982; 4:
204-213.
8. Coura AJR, Willcox HPF, Albuquerque BC, Lorenzi AG, Barroso DE, Lalama
EME, Gonçalves EGR, Guerra JAO, Marin MAV, Sá Neto RP. Aspectos
Epidemiológicos, sociais e sanitários em áreas do Médio Solimões I - Estudo
43
das localidades de São Francisco do Laranjal, Aranaí e São Lázaro do
Surubim, município de Coari, Amazonas. Acad Nac Med 1993; 153 (3): 122-
126.
9. Rey LC, Ramalho IL. Seroprevalence of toxoplasmosis in Fortaleza-Ceará,
Brazil. Rev Inst Med Trop São Paulo 1999; 41(3): 171-4.
10. Souza WJ, Coutinho SG, Lopes CWG, Santos CS, Neves NM, Cruz AM.
Epidemiological aspects of toxoplasmosis in schoolchildren residing in localities
with urban or rural characteristics within the city of Rio de Janeiro, Brazil. Mem
Inst Oswaldo Cruz 1987; 82(4): 475-82.
11. Cantos GA, Prando MD, Siqueira MV, Teixeira RM. Toxoplasmose: ocorrência
de anticorpos anti-Toxoplasma gondii e diagnóstico. Rev Inst Ciênci Saúde
1999; 17 (1): 7-14.
12. Garcia JL, Navarro IT, Ogawa L, Oliveira RC, Garcia SMF, Leite J.
Seroepidemiology of toxoplasmosis and ocular evaluation by Amsler grid in
patients from the rural area treated at the Jaguapita county health center,
Parana State, Brazil. Rev Soc Bras Med Trop 1999; 32 (6): 671-6.
13. Araújo IF, Sant’anna B, Hyakutake S. Prevalência de Anticorpos anti-
toxoplasma Gondii em doadores de sangue de Natal (RN). Rev Farm Bioqim
Univ S. Paulo 1975; 13 (2): 417 – 25.
14. Silveira CAM. Toxoplasmose: Dúvidas e Controvérsias. Erechim/RS: Editora
FAPES; 2000.
15. Jenum PA, Kapperud G, Stray-Pedersen B, Melby KK, Eskild A, Eng J.
Prevalence of Toxoplasma gondii specific immunoglobulin G antibodies among
pregnant women in Norway. Epidemiol Infect 1998; 120: 87-92.
44
16. Amato Neto V, Medeiros EAS, Levi GC, Duarte MIS. Toxoplasmose. São
Paulo: Sarvier; 1995.
17. Díaz-Suárez O, Parra AM, Araujo-Fernández M. Seroepidemiology of
toxoplasmosis in a marginal community of the Municipality of Maracaibo, Zulia
State, Venezuela. Invest Clin 2001; 42(2): 107-21.
18. Lihoshi N, Gianella A. Toxoplasmosis en un grupo de estudiantes de Santa
Cruz de la Sierra. Bol Cientif de CENETROP 1997; XVI: 46-8.
19. Chacin-Bonilla L, Sanchez-Chavez Y, Monsalve F, Estevez J.
Seroepidemiology of toxoplasmosis in Amerindians from Western Venezuela.
Am J Trop Med Hyg 2001; 65(2): 131-5.
20. Cook AJ, Gilbert RE, Buffolano W. Sources of toxoplasma infection in pregnant
women: European multicentre case-control study. European Research Network
on Congenital Toxoplasmosis. BMJ 2000; 321: 142 – 7.
21. Sanchez RM, Sanchez RM, Hernandez MS, Carvajales AF. Aspectos
seroepidemiologicos de la Toxoplasmosis en 2 Municipios De La Provincia De
Ciego De Avila. Septiembre 1985. Rev Cubana Medicina Tropical 1989; 41(2):
214-225.
22. Baril L., Ancelle T, Goulet V. Risk factors for toxoplasma infection in
pregnancy: a case-control study in France. Scand J Infect Dis 1999; 31:305-9.
23. Bahia-Oliveira LMG, Jones JL, Azevedo-Silva J, Alves CCF, Oréfice F, Addiss
DG. Highly Endemic, Waterborne Toxoplasmosis in North Rio de Janeiro State,
Brazil. Emerg Infect Dis 2003; 9(1): 55-62.
45
24. Chia-Kwung F, Kua-Eyre S, Gin-Hui Wu, Hung-Yi C. Seroepidemiology of
toxoplasma gondii infection among two mountain aboriginal populations and
southast asian laborers in Taiwan. J Parasitol 2002; 88(2): 411-414.
25. Guzmán A, Bautista I, Grassais A, Rodríguez O, Cabrera PP. Prevalencia de
anticuerpos para Toxoplasma gondii en adolescentes femeninas de estratos
socio-económicos diferentes. Arch Dom Ped 1987; 23 (3): S/135-S/137.
26. Aramine JJ, Stephen C, Dubey UP, Engelstoft C, Schwantje H, Kibble CS.
Potencial contamination of drinking water with Toxoplasma gondii oocysts.
Epidemiology and Infection 1999; 122: 305 – 315.
27. Beniz J. Toxoplasmose ocular adquirida (relato de 3 casos) Arq. Bras. Oftal
1993; 56: 134-6.
28. Montoya JG, Remington JS; Toxoplasmic Chorioretinitis in the setting of acute
acquired toxoplasmosis. Clinical Infections Disiases 1996; 23: 277-82.
29. Burnett AJ, Shortt SG, Isaac-Renton J, King A, Werker D, Bowie WR. Multiple
cases of acquired toxoplasmosis retinitis presenting in an outbreak.
Ophthalmology 1998; 105(6): 1032-7.
30. Abreu MT, Belfort Jr R, Oréfice F. Toxoplasmose ocular. In: Oréfice F; Belfort
Junior R. Uveítes. São Paulo: Roca; 1987. p. 211-30.
31. Fernandes LC, Oréfice F. Aspectos clínicos e epidemiológicos das uveítes em
serviço de referência em Belo Horizonte 1970-1993, Parte I. Rev Bras Oftal
1996; 55: 569-78.
32. Garcia CAA, Gomes AHB, Barbosa MFA, Rocha MLR, Uchôa RAC. Aspectos
clínicos e epidemiológicos das uveítes em Natal – RN. Rev Bras Oftalmol
2002; 61(2): 121-129.
46
33. Smith RE, Ganley JP. Ophtalmic survey of a community.1. Abnormalities of the
ocular fundies. Am J Ophtalmol 1972; 74 : 1126.
34. Dean AG, Dean JA, Coulumber D, Brendel KA, Smith DC, Burton AH, Dicker
RC, Sullivan K, Fagan RF, Arner TG. EPI-INFO 6.04: a world processing
database, and statistcs program for epidemiology on microcomputers. Center
for Disease Control & Prevention, Atlanta, Georgia, USA; 1997.
35. SPSS for Windows. SPSS Incorporation; 1997.
36. Arias ML, Chinchilla M, Reyes LL, Linder E. Seroepidemiology of
toxoplasmosis in humans: possible transmission routes in Costa Rica. Rev Biol
Trop 1996; 44(2A): 377-81.
37. Couver J, Desmont G. Les modes de propagation de la toxoplasmose lumaine.
Arch Franc Pediatrie 1965; 18: 1026-32.
38. Meisheri YV, Mehta S, Patel U. A prospective study of seroprevalence of
Toxoplasmosis in general population, and in HIV/AIDS patients in Bombay,
India. J Postgrad Med 1997; 43: 93-97.
39. Duong TH, Dufillot D, Martz M, Richard-Lenoble D, Kombila M. Etude Sero-
epidemiologique de la toxoplasmose a Libreville, Gabon. Ann Soc Belg Med
Trop 1992; 72(4): 289-93.
40. López R, Pérez X, Collazo JE, Acosta C. Anticuerpo anti-toxoplasma gondii en
niños cubanos. Biomedica 1993; 13 (4): 183-186.
41. Catár G, Giboda M, Gutvirth J, Hongvanthong B. Seroepidemiological study of
toxoplasmosis in Laos. Southeast Asian. J Trop Med Public Health 1992; 23
(3): 491-492.
47
42. Pereira LH, Staudt M, Tanner CE, Embil JA. Exposure to Toxoplasma gondii
and cat ownership in Nova Scotia. Pediatrics 1992; 89 (6 Pt 2): 1169-72.
43. Barbier D, Ancelle T, Martin-Bouyer G. Seroepidemiological survey of
toxoplasmosis in La Guadeloupe, French West Indies. Am J Trop Med Hyg
1983; 32(5): 935-42.
44. Sadaruddin A, Agha F, Ghafoor A. Seroepidemiology of toxoplasma gondii
infection in young school children in Islamabad. J Pak Med Assoc 1991; 41(6):
131-4.
45. Velasco-Castrejon O, Salvatierra-Izaba B, Valdespino JL, Sedano-Lara AM,
Galindo-Virgen S, Magos C, Llausas A, Tapia-Conyer R, Gutierrez G,
Sepúlveda J. Seroepidemiology of toxoplasmosis in Mexico. Salud Publica Mex
1992; 34(2): 222-9.
46. Anderson KP, Atlas E, Ahern MJ, Weisbrot IM. Central Nervous System
Toxoplasmosis in homosexual men. Am J Med 1983; 75: 877-81.
47. Hakim SL, Radzan T, Nazman M. Distribution of anti-Toxoplasma gondii
antibodies among Orang Asli (aborigines) in Peninsular Malaysia. Southeast
Asian J Trop Med Public Health 1994; 25(3): 485-9.
48. Rocha OM, Carvalho MG, Silva MBS, Lignani C. Remanescentes Xakriabá em
Minas Gerais: Prevalência da Doença de Chagas e Toxoplasmose e Avaliação
do Quadro Hematológico dos Infectados. Rev de Farm e Bioquímica 1987;
8:19-27.
49. Koppe JG, Loewer-Sieger DH, Roever BH. Results of 20-year follow-up of
congenital toxoplasmosis. Lancet 1986; 1(8475): 254-6.
48
50. Glasner PD, Silveira C, Kruszon-Moran D, Martins MC, Burnier Junior M,
Silveira S, Silveira SDVM, Camargo ME, Nussenblatt RB, Kaslow RA, Belford
Junior R. An unusually high prevalence of ocular toxoplasmosis in southern
Brazil. Am J Ophthalmol 1992; 114(2): 136-44.
51. Abreu MT, Boni D, Belfort Jr R, Passos A, Garcia AR, Muccioli C, Soriano E;
Nussenblatt R, Silveira C. Toxoplasmose Ocular em Venda Nova do Imigrante,
ES, Brasil. Arq Bras Oftalmol 1998; 61:540-5.
52. Adams WH, Kindermann WR, Walls KW, Heotis PM. Toxoplasma antibodies
and retinochoroiditis in the Marshall Islands and their association with exposure
to radioactive fallout. Am J Trop Med Hyg 1987; 36(2): 315-20.
49
Table 1 – Prevalence of Toxoplasmosis in students associated with age group, skin color,
residing district, type of school and study period – 2001
Positive SerologyVariable/Category N
n %Odds Ratio CI 95% P Value
Age Group
5 - 10 years 203 74 36.5 1.00 p = 0.009 11 - 15 years 444 216 48.6 1.65 1.16 - 2.36 16 - 21 years 312 151 48.4 1.63 1.12 - 2.39
Skin Color
White 352 143 40.6 1.00 p = 0.009*Brown 519 247 47.6 1.33 1.00 - 1.76 Black 81 47 58.0 2.02 1.20 - 3.40
Residing District
South 197 63 32.0 1.00 p < 0.001*North 344 147 42.7 1.59 1.08 - 2.33 East 132 64 48,5 2.00 1.24 - 3.24 West 264 155 58.7 3.02 2.02 - 4.54
Type of School
Private 140 39 27.9 1.00Public 808 397 49.1 2.50 1.68 - 3.71 p < 0.001*
Study Period
Morning 409 176 43.0 1.00 p = 0.005*Afternoon 492 226 45.9 1.12 0.86 - 1.48 Evening 54 36 66.7 2.65 1.40 - 5.03
(*) Significant association at 5% level.
50
Table 2 – Distribuition of students according to socio-economic characteristics Positive Serology P Value Variable/Category
NN %
Odds Ratio CI 95%
Nº of Residents
1 – 4 491 207 42.2 1.00 p = 0.016* 5 – 17 467 233 49,9 1.37 1.05 - 1.78
Nº of Rooms
5 – 17 720 314 43.6 1.00 p = 0.012* 1 – 4 236 125 53.0 1.46 1.08 - 1.95
Nº of Bathrooms
2 or more 280 103 36.8 1.00 p < 0.001* Up to 1 676 336 49.7 1.69 1.27 - 2.26
Computer
Yes 125 36 28.8 1.00 p < 0.001* No 823 399 48.5 2.33 1.52 - 3.58
Refrigerator
Two or more 132 47 35.6 1.00 p = 0.01* One 771 362 47.0 1.60 1.07 - 2.39 None 54 30 55.6 2.26 1.13 - 4.53
Car
Yes 308 113 36.7 1.00 p < 0.001* No 648 325 50.2 1.74 1.30 - 2.32
Nº of televisions
Two or more 406 150 36.9 1.00 p < 0.001* One 528 274 51.9 1.84 1.40 - 2.42 None 23 15 65.2 3.20 1.24 - 8.46
Videocassette
Yes 363 133 36.6 1.00 p < 0.001* No 586 301 51.4 1.83 1.38 - 2.41
Mother’s Scholarity
University Graduate 65 14 21.5 1.00 p < 0.001* Secondary Complete 153 48 31.4 1.67 0.80 - 3.50 Elementary Complete/Secondary Incomplete 147 65 44.2 2.89 1.40 - 6.01 Illiterate/Elementary Incomplete 509 271 53.2 4.15 2.16 - 8.07
Father’s Scholarity
University Graduate 60 15 25.0 1.00 p < 0.001* Secondary Complete 164 51 31.1 1.35 0.66 - 2.80 Elementary Complete/Secondary Incomplete 122 48 39.3 1.95 0.93 - 4.11 Illiterate/Elementary Incomplete 459 239 52.1 3.26 1.71 - 6.30
(*) Significant association at 5% level.
51
Table 3 – Distribution of students according to epidemiological characteristics
Positive SerologyVariable/Category N
N %Odds Ratio CI 95% P Value
Contact with rivers or
lakes
No 453 192 42.4 1.00 p = 0.02* Yes 500 246 49.2 1.31 1.01 - 1.70
Where meat purchased
Supermarket 596 253 42.4 1.00 p = 0.003*Butcher’s, open-air market 346 182 52.6 1.50 1.14 - 1.98
Nº of dogs
Two or more 170 69 40.6 1.00 p = 0.168 One 327 146 44.6 1.18 0.80 - 1.75 None 458 223 48.7 1.39 0.96 - 2,02
Cats in the house
No 598 253 42.3 1.00 p = 0.004*
Yes349 181 51.9 1.47 1.13 - 1.92
Type of sewerage system
Septic tank 715 309 43.2 1.00 p = 0.001*Indoor plumbing 168 88 52.4 1.45 1.02 - 2.05 Open sewers 45 31 68.9 2.91 1.46 - 5.86
Walks barefoot
No 411 172 41.8 1.00 p = 0.017*Yes 543 266 49.0 1.33 1.03 - 1.72
Consumes untreated water
No 809 360 44.5 1.00 p = 0.024*Yes 135 73 54.1 1.46 1.01 - 2.11
Where vegetables purchased
Supermarket 518 220 42.5 1.00 p = 0.022*Open-air market 435 217 49.9 1.35 1.03 - 1.76
Eosinophiles
Up to 4.99 469 183 39.0 1.00 p < 0.001*5.00 or more 486 256 52.7 1.74 1.33 - 2.27
(*) Significant association at 5% level
52
Table 4 – Logistic regression results for toxoplasmosis prevalence
Variables included in the initial model Selected variables Parameter estimates for the final model
P value
Odds Ratio
1- Age group (in years) 1 – Age group ( in years ) P = 0.002*5 - 10 5 - 10 11 - 15 11 - 15 0.708 P < 0.001* 2.03016 - 21 16 - 21 0.792 P < 0.001* 2.205
2 - Mother’s scholarity 2 Mother’s scholarity P < 0,001*Illiterate/Elementary Complete Illiterate/Elementary incomplete 1.061 P = 0.002* 2.889Elementary complete/Secondaryincomplete
Elementary complete/Secondaryincomplete
0.822 P = 0.028* 2.274
Secondary complete Secondary complete 0.307 P = 0.413* 1.359University graduate University graduate
3- Number of residents 4 Sewerage system P = 0.045*1 - 4 Indoor plumbing5 - 23 Septic tank -0.270 P = 0.172 0.764
Open-air sewer 0.555 P = 0.171* 1.7424 Sewerage system
Indoor plumbing 5 – Residing district P = 0.009*Septic tank WestOpen-air sewer East 0.692 P = 0.003* 1.998
North 0.567 P = 0.038* 1.7645- Residing district South 0.220 P = 0.324 1.246WestEast 11 – Eosinophiles
North Up to 4.99 0.429 P = 0.005* 1.536South 5.00 or more
6- Type of school 12 – Cat in the house
Public Yes 0.246 P = 0.118 1.279Private No
7- Study periodMorningAfternoonEvening
8- Computer
YesNo
Contact with rivers or lakes
YesNo
10- Consumes untreated water
YesNo
11- Eosinophiles
Up to 4.995.00 or more
12- Cat in the house
YesNo
*- Significance of parameter to 5% level.
53
Tab
le 5
– S
erop
osit
ive
case
s fo
r Ig
M a
nd s
elec
ted
vari
able
s in
stu
dent
s fr
om N
atal
, Bra
zil -
2001
.
Ag
eS
exIg
MIg
GD
istr
ict
M.
S.
Co
mp
ute
rB
ath
roo
mR
aw
mea
t
con
sum
pti
on
Sch
ool
7F
0.68
815
000.
0N
IN
IN
o1
No
Publ
ic
10F
1.15
013
0.1
Wes
tE
IN
o1
No
Pub
lic
11F
0.61
240
.5W
est
EI
No
1N
oP
ubli
c
12M
0.68
324
8.3
Eas
tE
IY
es1
No
Pub
lic
12M
0.97
676
4.1
Wes
tE
IN
o0
No
Pub
lic
13F
0.75
615
91.7
Nor
thN
IN
o2
or +
N
oP
ubli
c
13F
1.17
033
1.9
Nor
thE
IN
o1
No
Pub
lic
15F
1.62
630
00.0
Sout
hS
No
1N
oPu
blic
16F
1.04
166
.7W
est
SN
o1
No
Publ
ic
16F
2.70
014
9.4
Wes
tE
IN
o1
No
Pri
vate
17F
0.68
233
3.7
Eas
tE
IN
o2
or+
No
Pub
lic
18F
1.17
017
8.1
Nor
thS
No
2 or
+
Yes
Pub
lic
21F
0.60
925
0.1
Nor
thE
IN
o1
No
Pub
lic
M =
Mal
e
F
= F
emal
e
EI
= E
lem
enta
ry I
ncom
plet
e
S =
Sec
onda
ry
N
I =
No
Info
rmat
ion
M
.S. =
Mot
her’
s Sc
hola
rity
54
Fig
ure
1 –
Com
para
tive
stu
dies
rel
ated
to s
erop
osit
ive
prev
alen
ce f
or T
oxop
lasm
osis
.
Pre
vale
nce
Stud
yIg
GIg
MS
ampl
eA
ge
Gro
up
L
oca
tio
n
Gar
cia,
CA
, 200
3 46
.0%
1.3%
959
5 –
21 y
ears
N
atal
-RN
/Bra
zil
Jone
s, J
L e
t al.,
200
1 2
22.5
%-
27.1
4512
– 7
0 ye
ars
US
AC
oura
, JR
et a
l, 19
93 8
65.8
%-
406
-M
iddl
e S
olim
ões
Are
a –
Bra
zil
Rey
, LC
et a
l, 19
99 9
58.4
%-
584
7 -
18 y
ears
C
eará
– B
razi
l S
ouza
, WJS
et a
l, 19
87 10
68.4
%N
R*
608
6 –
14 y
ears
R
J –
Bra
zil
Can
tos,
GA
et a
l, 19
99 11
41.9
%0.
87%
2994
-S
C –
Bra
zil
Gar
cia,
JL
et a
l, 19
99 12
82.9
%-
827
– 82
yea
rs
Jagu
apit
ã –
PR
– B
razi
l A
raúj
o, I
F e
t al,
1975
1382
.5%
-18
317
– 5
8 ye
ars
Nat
al-R
N-
Bra
zil
Día
z-S
uáre
z et
al,
2001
1736
.6%
-25
41
– 76
yea
rs
Mar
acai
bo –
Ven
ezue
la
Iiho
shi,
N e
t al,
1997
1857
.6%
-39
4-
San
ta C
ruz
de la
Sie
rra
– B
oliv
ia
Cha
cin-
Bon
illa
, L e
t al,
2001
1949
.7%
-44
71
– 69
yea
rs
Ven
ezue
laS
anch
ez, R
M e
t al,
1989
2155
.9%
-28
41
– 30
yea
rs
Cie
go d
e Á
vila
Pro
vinc
e –
Cub
a A
rias
, ML
et a
l, 19
96 36
76.0
%-
1234
1 -
30
year
s C
osta
Ric
a M
eish
eri,
YV
et a
l, 19
97 38
30.9
%N
R*
165
18 –
50
year
s B
omba
y –
Indi
a D
uong
, TH
et a
l, 19
92 39
63.0
%19
.0%
1178
6 m
ths
- 3
0 ye
ars
Lib
revi
lle
- G
abon
L
opez
, R e
t al,
1993
4015
.35%
3.28
%27
41
– 15
yea
rs
Hav
ana
- C
uba
Cat
ar, G
et a
l, 19
92 41
15.3
%-
640
3 –
70 y
ears
V
ient
iane
Pro
vinc
e -
Lao
s P
erei
ra, L
H e
t al,
1992
423.
3%-
998
1 –
17 y
ears
N
ova
Sco
tia
– C
anad
a B
arbi
er, D
et a
l, 19
83 43
60.0
%-
3238
0 –
78 y
ears
G
uada
lupe
– F
renc
h G
uyan
a *
Neg
ativ
e R
espo
nse
55
COMENTÁRIOS, CRÍTICAS E CONCLUSÕES
Em geral, estudos transversais utilizam amostras representativas da
população, devido às obvias dificuldades para realização de investigações que
incluam a totalidade dos membros de grupos numerosos. A definição de
representatividade mais empregada na Epidemiologia fundamenta-se na teoria
estatística, valorizando o caráter aleatório da amostra. Neste sentido, uma
amostra aleatória implica algum tipo de sorteio que concede a cada membro do
grupo a mesma chance de integrar a amostra. Além do rigor no
estabelecimento da amostra, é recomendável que qualquer investigação deste
tipo defina claramente os limites de sua população, já que precisará dispor de
denominadores para o cálculo da prevalência. Por este motivo, tal modalidade
de pesquisa epidemiológica tem sido também referida como estudo de
prevalência (36).
A presente pesquisa seguiu todos os preceitos do delineamento de
um estudo seccional, tendo em vista que todas as fases previstas, tais como
planejamento, protocolo de pesquisa, execução, análise e divulgação de
resultados foram contemplados.
Durante o planejamento (fase primordial para a pesquisa), a
população de escolares foi escolhida como amostra para facilitar a coleta dos
dados e para obtermos parâmetros de comparação, tendo como referência o
trabalho de Glasner et al (33). No entanto, esta amostra somente representa a
real população de escolares de 5 a 21 anos (vide Plano Amostral em
ANEXOS). A prevalência de parasitoses oculares pode estar subestimada, em
virtude de as pessoas, nesta faixa etária, que não freqüentam escolas,
56
provavelmente, possuírem piores condições socioeconômicas e, também,
apresentarem maior probabilidade de deficiências visuais.
Durante a obtenção da amostra, por se tratar de escolares a serem
estudados de forma aleatória, várias foram as dificuldades e riscos que
poderiam comprometer as metas do projeto:
1- Falta de interesse por parte do diretor da escola em participar do
projeto. Duas escolas privadas foram substituídas, de acordo com os
estatísticos e epidemiologistas envolvidos no projeto, por outras com as
mesmas características das selecionadas anteriormente.
2- Foi necessária mais que uma reunião para sensibilizar
coordenadores e professores das escolas, em diferentes turnos, para
demonstrar-se a importância do estudo aos alunos e à sociedade.
3- Negativa da autorização dos pais ou a ausência dos alunos
sorteados no dia do exame. Para cada grupo de alunos sorteados de uma
turma de determinada escola, dois alunos extras foram sorteados para
substituir eventuais faltosos. Houve necessidade de utilizar este procedimento
em pequeno número de turmas.
4- Dificuldades na coleta e estocagem do sangue. O hemograma foi
realizado no dia da coleta para evitar falsos resultados e o soro foi devidamente
congelado para realização posterior da sorologia. Da amostra de 1.024
escolares estudados, 34 não aceitaram a coleta de sangue e foram excluídos
da pesquisa para Toxoplasmose.
A pesquisa é a mola propulsora do desenvolvimento de um país.
Diferente dos países desenvolvidos, a universidade pública brasileira padece
de recursos direcionados à pesquisa. Há pesquisa com recursos minguados e
57
pela vontade de fazer ciência. Na área médica, o problema agrava-se a cada
dia com o sucateamento dos hospitais públicos, apesar de o direito à
cidadania, à educação e à saúde do povo brasileiro estar assegurado na
Constituição de 1988. Ocorre que, para se fazer ciência, é necessário lançar
mão de recursos próprios; e para se chegar a diagnósticos precisos, é
essencial a utilização de máquinas modernas existentes apenas em clínicas
particulares, já que o Governo Federal não envia recursos suficientes para
aquisição e manutenção de equipamentos.
A pesquisa somente foi possível devido à abnegação da equipe
multidisciplinar de colaboradores, ao apoio do Hospital Universitário Onofre
Lopes e ao aporte financeiro e de infra-estrutura da Prontoclínica de Olhos.
Apesar das dificuldades e de longas e árduas horas de trabalho, os
objetivos principais desta pesquisa foram alcançados e enviaram-se, para
publicação, inúmeros trabalhos e capítulos de livros.
Em relação à DUSN, foram enviados para publicação dois trabalhos
avaliando o resultado do tratamento com a destruição da larva nas fases aguda
e crônica da DUSN, intitulados: Early-stage diffuse unilateral subacute
neuroretinitis: improvement of vision after photocoagulation of the worm (aceito
para publicação no Eye Journal – Nature, e Late-stage diffuse unilateral
subacute neuroretinitis: photocoagulation of the worm does not improve the
visual acuity of affected patients (enviado para publicação no Ophthalmic
Surgery, Lasers and Image tendo recebido o Prêmio Oftalmologia Clínica no
XXXII Congresso Brasileiro de Oftalmologia em setembro de 2003 (Resumos
em anexos 8.4). Além destes dois trabalhos, participamos como autor dos
capítulos sobre Neuroretinite Subaguda Difusa Unilateral, em dois livros que se
58
encontram no prelo, onde descrevemos as observações clínicas encontradas
na pesquisa. O primeiro, intitula-se Uveíte Clínica e Cirúrgica: Texto e Atlas –
Volume II, Capítulo de Neuroretinite Subaguda Difusa Unilateral (2ª edição) –
Fernando Oréfice, editora Cultura Médica; e o segundo, Compêndio Prático de
Uveítes – João Alberto Holanda de Freitas, editora RIO-MED.
Em relação à Toxocaríase ocular, foi enviado para publicação no
periódico Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, o estudo das alterações
fundoscópicas na população de estudantes, em que se demonstrou a
prevalência. Prevalence of funduscopic alterations in students of Natal/Brazil.
Resumo em anexos 8.4.
Todos os estudos incluídos nas bases de pesquisa foram concluídos
e enviados para publicação em língua inglesa, (Resumos em anexos 8.4)
segundo descrição abaixo:
Arquivos Brasileiros de Oftalmologia:
1 Prevalence of refractive errors in students in Northeastern Brazil.
2 Prevalence of strabismus among students in Natal/RN – Brazil.
3 Correlation between refraction errors and socio-economic and
educational levels.
4 Epidemiologic study of anisometropia in students in Natal, Brazil.
5 Prevalence of biomicroscopic findings of anterior segment and
ocular adnexal among students in Natal/Brazil
Ophthalmic Epidemiology:
6 Prevalence of amblyopia among students in Natal/Brazil.
59
O corpo da pesquisa – escolares de Natal/Rio Grande do Norte –
revelou a situação socioeconômica vivida por grande parte da população que
(des)assistida, (des)informada, vivendo em locais com condições de higiene
precária, porta doenças oculares, que justificam estudos epidemiológicos.
Apesar da grandiosidade do tema abordado, pode ser concluído que
os objetivos desta pesquisa foram obtidos mais do que satisfatoriamente.
Destacam-se as seguintes conclusões: A prevalência de Toxocaríase ocular
encontrada foi de 2 para cada 1.000 escolares de Natal/RN.
A amostra da pesquisa não foi suficiente para demonstrar a
prevalência de DUSN nesta população. O diagnóstico de DUSN na fase aguda,
seguida por pronta localização e destruição da larva por fotocoagulação, pode
melhorar a visão dos pacientes acometidos. A destruição da larva por
fotocoagulação a laser em olhos com DUSN na fase crônica não melhora a
acuidade visual dos pacientes.
As prevalências de sorologia positiva para IgM, IgG e lesão ocular
estão fortemente associadas às condições socioeconômicas dos escolares de
Natal-RN, como descritas no corpo do artigo principal.
60
7. FONTES BIBLIOGRÁFICAS
1. Oréfice F. Uveíte: Clínica & Cirúrgica: Atlas e Texto. Rio de Janeiro: Cultura
Médica; 2000.
2. Albert J. Principles and Pratice of Ophthalmology: Clinical Pratice.
Philadelphia: Saunders; 1994.
3. Chieffi PP, Muiler EE. Prevalência do parasitismo por Toxocara canis em
cães, e presença de ovos de Toxocara sp. no solo de localidades públicas na
zona urbana de Londrina, Paraná. Rev Saúde Publ de São Paulo 1976; 10:367-
72.
4. Wilder HC. Nematode endophthalmitis. Trans. Am. Acad. Ophthalmol
Otolaryngol 1950; 55: 99.
5.Nichols RL. Etiology of visceral larva migrans. Diagnostic morphology of
infective second stage toxocarial larvae. J Parasitol 1956; 42:349.
6. Duke-Elder S, Perkins ES. System of Ophthalmology: Diseases of the uveal
tract. London: Henry Kimpton; 1966.
7.Shields JA. Ocular Toxocariasis. A Review Serv Ophthalmol 1984; 28: 361-
80.
8.Kielar RA. Toxocara canis: Endophthalmitis with low ELISA titer. Ann
Ophthalmol 1983; 15(5): 447-9.
9 Chieffi PP. Contribuição ao estudo da larva migrans visceral causada por
larvas de Toxocara em municípios do estado de São Paulo, Brasil: Inquérito
epidemiológico. Tese de Doutorado, USP; 1984.
61
10. Maestrini AA. Aspectos clínicos 0e epidemiológicos da toxocaríase na
população escolar do município de Rio Acima - Região Metropolitana de Belo
Horizonte/MG. Tese de Doutorado, UFMG; 1995.
11. Smith RE, Nozik RA. Uveítis: A Clinical Approach to Diagnosis and
Management. Baltimore-London: Williams & Wilkins; 1983.
12. Maetz HM, Kleinstein RN, Frederico D, Wayne J. Estimated prevalence of
ocular toxoplasmosis and toxocariasis in Alabama. J Infect Dis 1987; 156(2):
414.
13. Fernandes LC, Oréfice F. Aspectos clínicos e epidemiológicos das uveítes,
em serviço de referência em Belo horizonte 1970 – 1993, Parte II. Rev Bras
Oftal 1996; 55: 579-92.
14. Gass JDM, Scelfo R. Diffuse unilateral subacute neurorretinitis. J R Soc
Med 1978; 71: 95-111.
15. Gass JDM, Braunstein RA. Further observations concerning the diffuse
unilateral subacute neurorretinitis syndrome. Ophthalmology 1983; 101: 1689-
97.
16. Souza EC, Nakashima Y. Diffuse unilateral subacute neuroretinitis: Report
of transvitreal surgical removal of a subretinal nematode. Ophthalmology 1995
Aug; 102(8): 1183-6.
17. Gass JDM, Gilbert WR, Guerry Junior RK, Scelfo R. Diffuse unilateral
subacute neurorretinitis. Ophthalmology 1978; 85: 521-45.
18. Oréfice F, Boratto LM, Silva HF. Presumível toxocaríase ocular – revisão de
30 casos. Relato de dois casos atípicos. Rev Bras Oftalmol 1991; 50: 95-101.
19. Souza EC, Cunha SL. Neuroretinite Subaguda Unilateral Difusa no Brasil -
encontro da larva subretiniana. Arq Bras Oftalmol 1992; 55: 251-4.
62
20. Jones JL, Kruszon-Moran D, Wilson M, McQuillan G, Navin T, McAuley JB.
Toxoplasma gondii infection in the United States: seroprevalence and risk
factors. Am J Epidemiol 2001; 154(4): 357-65.
21. Coura AJR, Willcox HPF, Albuquerque BC, Lorenzi AG, Barroso DE,
Lalama EME, Gonçalves EGR, Guerra JAO, Marin MAV, Sá Neto RP. Aspectos
epidemiológicos, sociais e sanitários em áreas do Médio Solimões I - Estudo
das localidades de São Francisco do Laranjal, Aranaí e São Lázaro do
Surubim, município de Coari, Amazonas. Acad Nac Med 1993; 153 (3): 122-
126.
22. Rey LC, Ramalho IL. Seroprevalence of toxoplasmosis in Fortaleza-Ceará,
Brazil. Rev Inst Med Trop São Paulo 1999; 41(3): 171-4.
23. Souza WJ, Coutinho SG, Lopes CWG, Santos CS, Neves NM, Cruz AM.
Epidemiological aspects of toxoplasmosis in schoolchildren residing in localities
with urban or rural characteristics within the city of Rio de Janeiro, Brazil. Mem
Inst Oswaldo Cruz 1987; 82(4): 475-82.
24. Cantos GA, Prado MD, Siqueira MV, Teixeira RM. Toxoplasmose:
ocorrência de anticorpos anti-Toxoplasma gondii e diagnóstico. Rev Inst Cienc
Saúde 1999; 17 (1): 7-14.
25. Garcia JL, Navarro IT, Ogawa L, Oliveira RC, Garcia SMF, Leite J.
Seroepidemiology of toxoplasmosis and ocular evaluation by Amsler grid in
patients from the rural area treated at the Jaguapita county health center,
Parana State, Brazil. Rev Soc Bras Med Trop 1999; 32 (6): 671-6.
26. Araújo IF, Sant’anna B, Hyakutake S. Prevalência de Anticorpos anti-
Toxoplasma gondii em doadores de sangue de Natal (RN). Rev Farm Bioqim
Univ São Paulo 1975; 13 (2): 417 – 25.
63
27. Silveira CAM. Toxoplasmose: Dúvidas e Controvérsias. Erechim/RS:
Editora FAPES; 2000.
28. Silveira C, Belfort Junior R, Burnier Junior M, Nussenbiat R. Acquired
toxoplasmic infection as the cause of toxoplasmic retinochoroiditis in families.
Am J Ophthal 1988; 106: 362 - 4.
29. Cattan JM. Retinocoroidite toxopiásmica. Tese de doutorado. UFMG; 1991.
30. Bahia-Oliveira LMG, Jones JL, Azevedo-Silva J, Alves CCF, Oréfice F,
Addiss DG. Highly Endemic, Waterborne Toxoplasmosis in North Rio de
Janeiro State, Brazil. Emerg Infect Dis 2003; 9(1): 55-62.
31. Guimarães 0, Oréfice F, Mineo JR, Brandão E. Reações de
imunofluorescência indireta e de ELISA na detecção de anticorpos IgG e IgM
no soro de pacientes portadores de retino-coroidite ativa e cicatrizada
supostamente toxoplásmica. Rev Bras Oftal 1991; 49: 241-346.
32. Abreu MT, Belfort Junior R, Oréfice F. Toxoplasmose ocular. In: Oréfice F;
Belfort Junior R. Uveítes. São Paulo: Roca; 1987. p. 211-30.
33. Glasner PD, Silveira C, Kruszon-Moran D, Martins MC, Burnier Junior M,
Silveira S, Camargo ME, Nussenblatt RB, Kaslow RA, Belford Junior R. An
unusually high prevalence of ocular toxoplasmosis in Southern Brazil. Am J
Ophthalmol 1992; 114(2): 136-44.
34 Czeresnia D. Do contágio à transmissão: ciência e cultura na gêneses do
conhecimento epidemiológico. Rio de janeiro: FIOCRUZ; 1997.
35. Susser M, Susser E. Um futuro para a Epidemiologia. In: Almeida Filho N,
Barreto ML, Veras RP, Barata RB. Teoria Epidemiológica Hoje: Fundamentos,
Interfaces, Tendências. Rio de Janeiro: FIOCRUZ/ABRASCO; 1998.
64
36. Almeida Filho N, Rouquayrol MZ. Elementos de metodologia
Epidemiológica. In: Rouquayrol MZ, Almeida Filho N. Epidemiologia e Saúde.
5a ed. Rio de Janeiro: MEDSI; 2003. p. 149-177.
65
8 ANEXOS
8.1 Plano Amostral
8.2 Questionário Clínico-epidemiológico
8.3 Termo de Consentimento
8.4 Resumo de Trabalhos
66
8.1 PLANO AMOSTRAL
UNIVERSO DA PESQUISA
O universo da pesquisa foi constituído de escolares matriculados nas
escolas da rede pública e privada do município de Natal no ano de 2001 e que
estivessem cursando alguma série do ensino fundamental ou médio.
Considerou-se para efeito do esquema metodológico adotado para este plano
amostral, quatro estratos que correspondem aos distritos administrativos em
que é dividida a cidade do Natal: Sul, Norte, Leste e Oeste.
O tamanho do universo era, em 2001, de 196.116 alunos, matriculados,
e distribuídos por distritos e natureza das instituições, conforme está
apresentado na tabela 01.
Tabela. 01 – Distribuição do número de alunos matriculados no município do Natal, segundo o
nível e natureza da instituição – 2001
Distritos
Norte Sul Leste Oeste Total
Público 42556 20414 22800 31589 117359Fundamental
Privado 4830 9435 14168 2277 30710
Sub-Total 47386 29849 36968 33866 148069
Público 5909 6654 18286 5815 36664Médio
Privado 660 3845 6402 476 11383
Sub-Total 6569 10499 24688 6291 48047
Total 53955 40348 61656 40157 196116
67
8.1.1 Cálculo da Amostra Geral
Sabendo-se que a linha de investigação da pesquisa são os estudantes
de Natal/RN com faixa etária entre 7 a 21 anos, determinou-se o tamanho
da amostra para estimar a proporção P com base na técnica de
amostragem aleatória simples para proporção:
NEQPK
NQPkn
22
2
Onde:
N Representa a população de estudantes entre 7 a 21 anos em Natal
(N=196.116 estudantes).
P A proporção do número de casos da doença. Como não se tem
nenhuma informação à priori sobre o parâmetro em questão, utilizou-se o
recurso de “variância máxima”, ou seja, P= 0,5.
K Parâmetro da distribuição Normal com 95% de confiança (k=2)
E Representa o erro que será de 3% (E=0,03)
Q Complementar do parâmetro P (Q=0,5)
100.1105.1116.196)03,0(5,05,02
)116.196(5,05,0222
2
n
Assim, obtivemos o tamanho geral da amostra 100.1n estudantes.
68
Tabela 01: Distribuição proporcional do tamanho da amostra geral para os
quatro distritos de Natal.
Distritos
(Estratos)
População
(%)Amostra
Norte 27,51 n1=0,2751*1.100=303
Sul 20,57 n2=0,2057*1.100=226
Leste 31,44 n3=0,3144*1.100=346
Oeste 20,48 n4=0,2048*1.100=225
Total 100,00 1.100
O organograma abaixo representa a forma de distribuição do tamanho da
amostra ni de cada distrito, levando em consideração o grau e o tipo de
instituição.
ESCOLAS DE 1º GRAU
ESCOLAS DE 2º GRAU
PÚBLICAS PRIVADASPRIVADASPÚBLICAS
DISTRITO
69
DISTRITO NORTE
Cálculo da amostra 1º Grau : 266303955.53
386.47
Tabela 02: Estudantes do 1º Grau que foram selecionados, segundo o tipo
de instituição.
InstituiçãoPopulação (%)
*Amostra
Pública 90,00 239
Privada 10,00 27
Total 100,00 266
* Dados retirados do Anexo C
Cálculo da amostra 2º Grau: 37303955.53
569.6
Tabela 03: Estudantes do 2º Grau que foram selecionados, segundo o tipo
de instituição.
Instituição População
(%)
Amostra
Pública 90,00 4
Privada 10,00 33
Total 100,00 37
70
DISTRITO SUL
Cálculo da amostra 1º Grau : 167226348.40
849.29
Tabela 04: Estudantes do 1º Grau que foram selecionados, segundo o tipo
de instituição.
Instituição População
(%)
Amostra
Pública 68,00 114
Privada 32,00 53
Total 100,00 167
Cálculo da amostra 2º Grau : 59226348.40
499.10
Tabela 05: Estudantes do 2º Grau que foram selecionados, segundo o tipo
de instituição.
Instituição População
(%)
Amostra
Pública 63,00 37
Privada 37,00 22
Total 100,00 59
71
DISTRITO LESTE
Cálculo da amostra 1º Grau: 207346656.61
968.36
Tabela 06: Estudantes do 1º Grau que foram selecionados, segundo o tipo
de instituição.
Instituição População
(%)
Amostra
Pública 62,00 128
Privada 38,00 79
Total 100,00 207
Cálculo da amostra 2º Grau: 139346656.61
688.24
Tabela 07: Estudantes do 2º Grau que foram selecionados, segundo o tipo
de instituição.
Instituição População
(%)
Amostra
Pública 74,00 103
Privada 26,00 36
Total 100,00 139
72
DISTRITO OESTE
Cálculo da amostra 1º Grau: 190225157.40
866.33
Tabela 08: Estudantes do 1º Grau que foram selecionados, segundo o tipo
de instituição.
Instituição População
(%)
Amostra
Pública 93,00 177
Privada 7,00 13
Total 100,00 190
Cálculo da amostra 2º Grau: 35225157.40
291.6
Tabela 9: Estudantes do 2º Grau que foram selecionados, segundo o tipo de
instituição.
Instituição População
(%)
Amostra
Pública 92,00 32
Privada 8,00 3
Total 100,00 35
73
8.1.2 SELEÇÃO DAS ESCOLAS
Existe uma correlação linear direta positiva entre o número de alunos e as
escolas, assim temos:
Percentual do distrito Norte pelo número de escolas, segundo à instituição:
Cálculo: e assim por diante ... 415%51,27
1450%51,27
Tabela 10: Número de escolas totais e escolas selecionadas, segundo o grau e
o tipo de instituição por distrito:
DISTRITOS NORTE SUL LESTE OESTE
ESCOLASN.º de
EscolasEscolhidas
N.º de Escolas
EscolhidasN.º de Escola
s
N.º de Escolas
EscolhidasEscolhidas
Pública 50 14 37 8 42 13 47 10
1º Grau Privada 15 4 28 6 29 9 7 A maior *
Sub-Total 65 18 65 14 71 22 54 11
Pública 9 A maior * 12 3 16 5 10 A maior *
2º Grau Privada 4 A maior * 15 3 18 5 2 A maior *
Sub-Total 13 5 27 6 34 10 12 3
Total 78 23 92 10 105 32 66 14
* Como o número de escolas é inferior a 10, por conveniência selecionou-se a maior escola
74
As Escolas selecionadas para o Distrito Norte
As escolas foram selecionadas, utilizando-se o método da Probabilidade
Proporcional do Tamanho (PPT).
Ordem Escola - 1º Grau Pública Bairro AlunosMedida
AcumulativaDesignação
Amostra
1 João Paulo II Lagoa Azul 943 9432 Prof. Amadeu Araújo Lagoa Azul 1694 2637 11603 Profª Lourdes Godeiro Lagoa Azul 202 28394 Profª Maria Dalva Gomes Bezerra Lagoa Azul 391 32305 Centro Esc. Aldo F.de Melo Lagoa Azul 888 41186 Alceu Amoroso Lima Lagoa Azul 752 4870 4199,717 Cônego Luiz Wanderley Lagoa Azul 1454 63248 Myriam Coeli Lagoa Azul 1034 7358 7239,439 Prof. Paulo P. de Viveiros Lagoa Azul 1089 8447
10 Prof. Crisam Siminea Lagoa Azul 612 905911 Elizabeth F. A. Guilhermino Lagoa Azul 1379 10438 10279,1412 Profª Francisca de Oliveira Pajuçara 244 1068213 Profª Maria Alexandrina Sampaio Pajuçara 1538 1222014 Profª Zuleide Macedo Silva Pajuçara 412 1263215 Profª Madalena X. de Andrade Pajuçara 193 1282516 Profª Dalva Oliveira Pajuçara 1671 14496 13318,8617 Profª Maria de Lourdes Câmara Pajuçara 888 1538418 Zila Mamede Potengi 584 1596819 Mons. José Alves Landim Potengi 808 16776 16358,5720 Profª Iapissara Aguiar Potengi 926 1770221 Prof. José do Patrocínio Potengi 1182 1888422 Profª Malvina Cosme Potengi 419 1930323 Profª Palmira de Souza Potengi 523 19826 19398,2924 Stª Catarina Potengi 349 2017525 Profª Adelina Fernandes Potengíi 1031 2120626 Prof. Varela Barca Potengi 157 2136327 15 de Outubro Potengi 801 2216428 Dom José Adelino Dantas Potengi 1285 23449 2243829 Gal Dioscoro Vale Potengi 1399 2484830 Pe. João Maria Potengi 565 2541331 Peregrino Júnior Potengi 762 26175 25477,7132 Peregrino Júnior Potengi 798 2697333 Prof. Antonio Fagundes Potengi 781 2775434 Prof. Josino Macedo Potengi 1509 29263 28517,4335 Walter Pereira Potengi 1245 3050836 Profª Maria Nalva X. Albuquerque Potengi 1536 32044 31557,1437 Centro Ed. Andorinha Potengi 150 32194
38 Profª Terezinha P. de Lima N.S. da
Apresentação1647 33841
39 Prof. José de Andrade FrazãoN.S. da
Apresentação544 34385
40 ProfªAna Júlia de C. Mousinho N.S. da
Apresentação1069 35454 34596,86
41 Prof. Reginaldo Ferreira Neto N.S. da
Apresentação588 36042
42 N.S. dos Navegantes Redinha 495 3653743 Dulce Wanderley Redinha 1040 3757744 Profª Leonor Lima Redinha 263 37840 37636,5745 Erivan França Igapó 553 38393
75
46 Irmã Arcângela Igapó 1707 4010047 Ver. José Sotero Igapó 969 41069 40676,2948 Prof. Herly Parente Igapó 247 4131649 Potiguassú Igapó 476 4179250 Escola Paulo Freire Igapó 764 42556
INTERVALODA AMOSTRA
3039,71
Procedimento:
1.1 – Para encontrar o intervalo da amostra dividiu-se a medida acumulativa
(42.556) pelo número de escolas a pesquisar (14) e obteve-se (3.039,71);
1.2 – Encontrar um número aleatório entre 0,00 e 3.039,71; encontrou-se (1.160)
através de um software gerador de números aleatórios;
1.3 – Para o preenchimento da coluna da Designação da amostra, usou-se o
número aleatório encontrado verificando onde ele é menor do que o primeiro
número da coluna da Medida acumulativa;
1.4 – O preenchimento do segundo número em diante da coluna da Designação
da amostra foi feita da seguinte forma: somando-se o primeiro valor com o
intervalo da amostra e assim sucessivamente.
76
Ordem Escola - 1º Grau Privada Bairro AlunosMedida
AcumulativaDesignação
Amostra
1 Colégio Talento Lagoa Azul 103 1032 Jardim Esc. Primeiro Degrau Pajuçara 92 1953 Jardim Esc. Xodó da Titia Pajuçara 323 518 4234 Centro Ed. Alferes Tiradentes Potengi 677 11955 Colégio Encanto Potengi 392 15876 Colégio Encanto Potengi 163 1750 1630,507 Instituto Paraíso Potengi 240 19908 Expansivo Colégio e Curso Potengi 1155 3145 2838,009 Mundial Colégio e Curso Potengi 385 3530
10 Escola Cristo Rei Potengi 200 373011 Proj. Esc. Meninos do Potengí Potengi 152 3882
12 Instituto Ed. Ensino N.S. da
Apresentação253 4135 4045,50
13 Centro Ed. Felicidade do Saber N.S. da
Apresentação218 4353
14 Intelectual Colégio e Curso Igapó 250 460315 Colégio Jesiel Figueiredo Igapó 227 4830
INTERVALO
DA AMOSTRA1207,50
Obs - Em relação às Escolas do 2º Grau do Distrito Norte:
Como o número de escolas privadas (4 escolas) e públicas (9 escolas) não é superior a 10, e
também pela quantidade de alunos selecionados (4 alunos da rede privada e 33 da rede
pública), optou-se, por conveniência, em escolher as maiores escolas deste distrito. Neste
caso:
Escola Pública selecionada: Escola Prof. Varela Barca no bairro Potengi
Escola Privada selecionada: Escola Expansivo Colégio e Curso no bairro Potengi
77
As Escolas selecionadas para o Distrito Sul
Ordem Escola - 1º Grau Pública Bairro AlunosMedida
AcumulativaDesignação
Amostra
1 Esc. Amb. Pe. João Maria Nova Descoberta 387 3872 Prof. R. Teófilo Lagoa Nova 135 5223 Inst. de Formação Pres. Kennedy Lagoa Nova 290 8124 Vigário Bartolomeu Lagoa Nova 348 11605 Prof. Joaquim Torres Lagoa Nova 169 13296 Prof. Luiz Antonio Lagoa Nova 712 2041 1983,007 Jorge Fernandes Lagoa Nova 584 26258 Prof. Edgar Barbosa Lagoa Nova 1929 4554 4534,759 Cônego Monte Lagoa Nova 484 503810 Castro Alves Lagoa Nova 397 543511 Des. Régulo Tinoco Lagoa Nova 385 582012 Dr. Manoel Villaça Lagoa Nova 929 674913 Escola Pe. Francisco Ferro Nova Descoberta 126 687514 Prof. Ulisses de Góis Nova Descoberta 903 7778 7086,515 Pres. Café Filho Nova Descoberta 180 795816 Prof. Luiz da Câmara Cascudo Candelária 295 825317 Gov. Walfredo Gurgel Candelária 1137 939018 Des. Floriano Cavalcanti Capim Macio 1220 10610 9638,2519 Profª Ma. Salete Alves Bila Pitimbú 253 1086320 Estudante Emanuel Bezerra Pitimbú 1128 1199121 Prof. Ascendino de Almeida Pitimbú 741 12732 1219022 Vale do Pitimbú Pitimbú 147 1287923 Antonio Pinto de Medeiros Pitimbú 983 1386224 Djalma Marinho Pitimbú 536 1439825 Carlos Bello Moreno Neópolis 155 1455326 Prof. Antonio Severiano Neópolis 685 15238 14741,7527 Prof. Arnaldo Monteiro Bezerra Neópolis 214 1545228 Estela Wanderley Neópolis 659 1611129 Ferreira Itajubá Neópolis 370 1648130 Berilo Wanderley Neópolis 240 1672131 Dr. Maia Neto Neópolis 319 1704032 Patronato de Ponta Negra Ponta Negra 226 1726633 Profª Josefa Botelho Ponta Negra 769 18035 17293,534 São José Ponta Negra 243 1827835 Jerônimo de Albuquerque Ponta Negra 126 1840436 Lourdes Guilherme Ponta Negra 867 1927137 José F. Machado Ponta Negra 1143 20414 19845,25
INTERVALO
DA AMOSTRA2551,75
78
Ordem Escolas - 1º Grau Privada Bairro AlunosMedida
AcumulativaDesignação
Amostra
1 Núcleo Integrado de Educação Lagoa Nova 45 452 Centro de Educação Integrada Lagoa Nova 345 390 385
3Colégio e Curso Ferro Cardoso Sul
Lagoa Nova 262 652
4 Colégio Objetivo Potiguar Júnior Lagoa Nova 152 8045 CAP Colégio e Curso Lagoa Nova 750 15546 Complexo Ed. Contemporâneo Lagoa Nova 1207 2761 1957,57 Colégio Criativo Lagoa Nova 242 30038 Colégio Objetivo de Natal Lagoa Nova 215 32189 Colégio Oswaldo Cruz de Natal Lagoa Nova 130 334810 Colégio Oswaldo Cruz de Natal Lagoa Nova 77 342511 Centro de Educação Integrada Lagoa Nova 345 3770 353012 Sociedade Ed. Zona Sul Candelária 533 430313 CDF Colégio e Curso - R. Freire Capim Macio 202 450514 CAP Colégio e Curso Capim Macio 237 474215 Colégio Executivo Capim Macio 870 5612 5102,516 Colégio e Curso Galileu Capim Macio 206 581817 Colégio Espaço Aberto Pitimbu 123 594118 Centro Ed. Nosso Amiguinho Pitimbu 118 605919 Escola Piaget Pitimbu 254 631320 Colégio Emília Pitimbu 104 641721 Instituto Brasil Pitimbu 329 6746 667522 Colégio Executivo Teorema Neópolis 290 703623 Colégio Ação Ltda Neópolis 325 736124 Jardim Esc. Tilim Neópolis 503 786425 Escola Coeduc Neópolis 181 804526 Centro de Educação Integrada Neópolis 982 9027 8247,527 Colégio Executivo Ponta Negra 281 930828 Intelecto Colégio e Curso Ponta Negra 127 9435
INTERVALO
DA AMOSTRA1572,50
Ordem Escola - 2º Grau Pública Bairro AlunosMedida
AcumulativaDesignação
Amostra
1 Prof. Luiz Antonio Lagoa Nova 403 403 642 Prof. Acrísio Freire Lagoa Nova 353 7563 Castro Alves Lagoa Nova 374 11304 Des. Régulo Tinoco Lagoa Nova 117 12475 Gov. Walfredo Gurgel Candelária 802 20496 Des. Floriano Cavalcanti Capim Macio 1698 3747 22827 Antonio Pinto de Medeiros Pitimbu 379 41268 Djalma Marinho Pitimbu 224 43509 Ferreira Itajubá Neópolis 299 4649 450010 Berilo Wanderley Neópolis 1255 590411 Lourdes Guilherme Ponta Negra 220 612412 José F. Machado Ponta Negra 530 6654
INTERVALODA AMOSTRA
2218,00
79
Ordem Escola - 2º Grau Privada Bairro AlunosMedida
AcumulativaDesignação
Amostra
1 Núcleo Integrado de Educação Lagoa Nova 187 1872 Colégio e Curso Ferro Cardoso Sul Lagoa Nova 259 4463 CAP Colégio e Curso Lagoa Nova 315 7614 Complexo Ed. Contemporâneo Lagoa Nova 341 11025 Colégio Criativo Lagoa Nova 71 1173 11206 Colégio Objetivo de Natal Lagoa Nova 544 17177 Sociedade Ed. Zona Sul Candelária 510 22278 CDF Colégio e Curso - R. Freire Capim Macio 220 2447 2401,679 CAP Colégio e Curso Capim Macio 341 278810 Colégio Executivo Capim Macio 323 311111 Instituto Brasil Pitimbu 130 324112 Colégio Executivo Teorema Neópolis 218 345913 Escola Coeduc Neópolis 35 349414 Centro de Educação Integrada Neópolis 302 3796 3683,3415 Colégio Executivo Ponta Negra 49 3845
INTERVALODA AMOSTRA
1281,67
80
As Escolas selecionadas para o Distrito Leste
Ordem Escola - 1º Grau Pública Bairro AlunosMedida
AcumulativaDesignação
Amostra
1 Esc. Santos Reis Santos Reis 493 493 2082 Henrique Castriciano Santos Reis 361 8543 Profª Josefa Sampaio Santos Reis 283 11374 Café Filho Santos Reis 419 15565 Leão XIII Rocas 256 18126 Isabel Gondim Rocas 355 2167 1961,857 Pe. Monte Ribeira 638 28058 Esc. Técn. Com. Ulisses de Góis Ribeira 624 34299 José Maria de Albuquerque Ribeira 251 368010 Profª Laura Maia Praia do Meio 118 3798 3715,711 Profª Olda Marinho Praia do Meio 121 391912 Profª Mareci dos Santos Cidade Alta 192 411113 4° Centenário Cidade Alta 456 456714 Passo da Pátria Cidade Alta 265 483215 Col. Cooperativista Independente Petrópolis 181 501316 Alberto Torres Petrópolis 803 5816 5469,5517 Augusto Severo Petrópolis 1513 7329 7223,418 C. E. Atheneu Norte-Rio-grandense Petrópolis 261 759019 Pedro Mendes Gouveia Areia Preta 216 780620 Antonio Campos e Silva Mãe Luiza 350 815621 Prof. Severino B. de Melo Mãe Luiza 604 876022 Selva Capistrano Lopes da Silva Mãe Luiza 460 9220 8977,2523 Senador Dinarte Mariz Mãe Luiza 659 987924 Mons. Alfredo Pegado Mãe Luiza 586 1046525 Casa do Menor Trabalhador Alecrim 329 10794 10731,126 Instituto Ary Parreiras Alecrim 2066 12860 12484,9527 Instituto Pe. Miguelinho Alecrim 490 1335028 João XXIII Alecrim 871 1422129 Juvenal Lamartine Alecrim 565 14786 14238,830 Prof. João Tibúrcio Alecrim 1468 16254 15992,6531 Profª Stela Gonçalves Alecrim 301 1655532 Mons. Joaquim Honório Alecrim 524 1707933 Alm. Newton Braga Faria Alecrim 593 1767234 Calazans Pinheiro Alecrim 1327 18999 17746,535 Colégio Tiradentes Barro Vermelho 760 19759 19500,3536 Jerônimo Gueiros Barro Vermelho 424 2018337 Clementino Câmara Barro Vermelho 509 2069238 Sebastião F. de Oliveira Tirol 499 2119139 Prof. Bartolomeu Fagundes Tirol 265 21456 21254,240 Dr.Manuel Dantas Tirol 261 2171741 Mascarenhas Homem Lagoa Seca 387 2210442 Nestor Lima Lagoa Seca 696 22800
INTERVALODA AMOSTRA
1753,85
81
Ordem Escola - 1º Grau Privada Bairro AlunosMedida
AcumulativaDesignação
Amostra
1 Esc. São José Rocas 433 433 4092 Pe. Frederico Pastor Rocas 197 6303 Colégio Salesiano São José Ribeira 1021 16514 Master Colégio e Curso Cidade Alta 156 18075 Colégio e Curso Ferro Cardoso Cidade Alta 382 2189 1983,226 Colégio Dinâmico Cidade Alta 349 25387 Colégio Imaculada Conceição Cidade Alta 787 33258 Colégio Paula Frassinetti Cidade Alta 229 35549 Colégio Marista de Natal Cidade Alta 1535 5089 3557,4410 Exito Colégio e Curso Alecrim 184 5273 5131,6611 Jardim Escola A Turma da Lulu Alecrim 91 536412 Profª Adonina Damasceno Alecrim 163 552713 Instituto Reis Magos Alecrim 659 618614 Instituto Sagrada Família Alecrim 527 6713 6705,8815 Dom Marcolino Dantas Alecrim 288 700116 Col. N.S. das Neves Alecrim 1892 8893 8280,117 Centro Ed. Adventista de Natal Barro Vermelho 185 907818 Centro Ed. Maristela Barro Vermelho 704 978219 Colégio Americano Batista Barro Vermelho 113 9895 9854,32
20Jardim Esc. Chapeuzinho Vermelho
Barro Vermelho 160 10055
21 Escola Freinet Tirol 180 1023522 Instituto Maria Auxiliadora Tirol 1203 11438 11428,5423 Escola Doméstica de Natal Tirol 581 1201924 Col. N.S. de Fátima Tirol 240 1225925 Colégio Geo-Stúdio Tirol 195 1245426 Complexo Ed. Henrique Castriciano Tirol 972 13426 13002,7627 Colégio Batista Bereiano Tirol 482 13908
28Centro de Ens. Assembléia de Deus
Lagoa Seca 170 14078
29 Casa Escola Lagoa Seca 90 14168
INTERVALODA AMOSTRA
1574,22
Ordem Escola - 2º Grau Pública Bairro AlunosMedida
AcumulativaDesignação
Amostra
1 Esc. Santos Reis Santos Reis 268 2682 Pe. Monte Ribeira 625 8933 Domingos Sávio Ribeira 358 12514 Esc. Técn. Com. Ulisses de Góis Ribeira 418 1669 15795 Winston Churchill Cidade Alta 2863 45326 Prof. Anísio Teixeira Petrópolis 2741 7273 5236,27 C. E. Atheneu Norte-Rio-grandense Petrópolis 2435 9708 8893,48 Senador Dinarte Mariz Mãe Luiza 116 98249 Instituto Pe. Miguelinho Alecrim 1937 1176110 Prof. Amphilóquio Câmara Alecrim 932 12693 12550,611 Alm. Newton Braga Faria Alecrim 267 1296012 Jerônimo Gueiros Barro Vermelho 333 1329313 CEFETERN Tirol 3769 17062 16207,814 Sebastião F. de Oliveira Tirol 277 1733915 Mascarenhas Homem Lagoa Seca 451 1779016 Nestor Lima Lagoa Seca 496 18286
INTERVALODA AMOSTRA
3657,20
82
Ordem Escola - 2º Grau Privada Bairro AlunosMedida
AcumulativaDesignação
Amostra
1 Educandário Santos Reis Santos Reis 122 122
2 Colégio Salesiano São José Ribeira 835 957
3 Master Colégio e Curso Cidade Alta 208 1165 10134 Colégio e Curso Ferro Cardoso Cidade Alta 291 1456
5 Colégio Dinâmico Cidade Alta 270 1726
6 Colégio Imaculada Conceição Cidade Alta 397 2123
7 Colégio Paula Frassinetti Cidade Alta 370 2493 2293,48 Colégio Marista de Natal Cidade Alta 644 3137
9 Instituto Reis Magos Alecrim 180 3317
10 Instituto Sagrada Família Alecrim 297 3614 3573,811 Col. N.S. das Neves Alecrim 781 4395
12 Centro Ed. Maristela Barro Vermelho 169 4564
13 Instituto Maria Auxiliadora Tirol 492 5056 4854,214 Escola Doméstica de Natal Tirol 196 5252
15 Colégio Hipócrates Tirol 309 5561
16 Colégio Geo-Stúdio Tirol 365 5926
17 Complexo Ed. Henrique Castriciano Tirol 362 6288 6134,618 Colégio Batista Bereiano Tirol 114 6402
INTERVALO
DA AMOSTRA1280,40
83
As Escolas selecionadas para o Distrito Oeste
Ordem Escola - 1º Grau Pública Bairro AlunosMedida
AcumulativaDesignação
Amostra
1 Profª Angélica de Almeida Moura Quintas 234 2342 Ferreira Itajubá Quintas 1163 13973 Prof. Berilo Wanderley Quintas 526 19234 Nossa Senhora das Dores Quintas 202 21255 Profª Maria Lídia Quintas 192 23176 Profª Maria Montezuma Quintas 332 26497 Prof. Theodulo Câmara Quintas 210 2859 26728 Rotary Club Natal Alecrim Quintas 199 30589 Rotary Quintas 830 388810 Felizardo Moura Quintas 374 426211 Dr. Graciliano Lordão Quintas 650 491212 Sen. Jessé Pinto Freire Bairro Nordeste 255 516713 Chico Santeiro Bairro Nordeste 536 570314 Imperial Marinheiro Bairro Nordeste 490 6193 5830,915 Prof. Mário Lira Dix-Sept Rosado 428 662116 Prof. Joaquim Lourival Dix-Sept Rosado 157 677817 Prof. Luiz Soares Dix-Sept Rosado 768 754618 Prof. Luiz Soares Dix-Sept Rosado 518 806419 Esc. Ambulatório Matias Moreira Dix-Sept Rosado 443 850720 Profª Francisca Ferreira da Silva Bom Pastor 1086 9593 8989,821 Profª Maria Ilka de Moura Bom Pastor 759 1035222 Jean Mermoz Bom Pastor 1304 1165623 Dep. Márcio Marinho Bom Pastor 504 12160 12148,724 Prof. Zuza N.S. de Nazaré 1179 1333925 São Francisco de Assis N.S. de Nazaré 575 1391426 Profª Judith B. de Melo N.S. de Nazaré 582 1449627 Soldado Luiz Gonzaga N.S. de Nazaré 769 1526528 Prof. Veríssimo de Melo Felipe Camarão 1481 16746 15307,629 Djalma Maranhão Felipe Camarão 532 1727830 Prof. Bernardo do Nascimento Felipe Camarão 1003 1828131 Profª Maria Queiroz Felipe Camarão 1297 19578 18466,532 Escola União Felipe Camarão 447 2002533 Esc. Eurípedes Barsanufo Felipe Camarão 302 2032734 12 de Outubro Felipe Camarão 670 2099735 N.S. das Graças Cidade da Esperança 236 2123336 Celestino Pimentel Cidade da Esperança 1615 22848 21625,437 Profª Ivonete Maciel Cidade da Esperança 289 2313738 Raimundo Soares Cidade da Esperança 1030 2416739 Lauro de Castro Cidade da Esperança 683 24850 24784,340 Mons. Mata Cidade da Esperança 355 2520541 Belém Câmara Cidade da Esperança 1019 2622442 Profª Emília Ramos Cidade Nova 529 2675343 Prof. Luiz Maranhão Filho Cidade Nova 1216 27969 27943,244 Profª Maria Luiza Alves da Costa Cidade Nova 631 2860045 União do Povo da Cidade Nova Cidade Nova 1337 2993746 Profª Almerinda Bezerra Furtado Guarapes 526 3046347 Prof. Francisco de Assis Cavalcanti Guarapes 1126 31589 31102,1
INTERVALODA AMOSTRA
3158,90
84
Obs - Em relação às Escolas particulares do 1º grau do Distrito Oeste e as
Escolas do 2º Grau:
Como o número de escolas privadas do 1º grau (7 escolas) e escolas públicas
(2 escolas) e privadas (10 escolas) do 2º grau não é superior a 10, optou-se,
por conveniência, por escolher as maiores escolas deste distrito. Neste caso:
Escola Privada do 1º grau
selecionada:
Fund. Bradesco Esc. de Natal no bairro de Felipe
Camarão
Escola Pública do 2º grau
selecionada:Prof. Ivo Cavalcanti no bairro de Dix-Sept-Rosado
Escola Privada do 2º grau
selecionada:
Fund. Bradesco Esc. de Natal no bairro de Felipe
Camarão
85
8.1.3 DISTRIBUIÇÃO DOS ALUNOS
Distribuição dos Alunos Matriculados no Município de NatalSegundo o Nível e Natureza da Instituição-2000
Norte Sul Leste Oeste Total
Público 42556 20414 22800 31589 117359
Privado 4830 9435 14168 2277 30710
47386 29849 36968 33866 148069
Público 5909 6654 18286 5815 36664
Privado 660 3845 6402 476 11383
6569 10499 24688 6291 48047
Total 53955 40348 61656 40157 196116
Fonte: Secretarias de Educação do Estado e do Município
Distritos
Sub-Total
1º Grau
2º Grau
Sub-Total
Distribuição Percentual dos Alunos Matriculados no Município de NatalSegundo o Nível e Natureza da Instituição-2000
% Norte % Sul % Leste % Oeste Total
Público 89,81 68,39 61,67 93,28 79,26Privado 10,19 31,61 38,33 6,72 20,74
100,00 100,00 100,00 100,00 100,00
Público 89,95 63,38 74,07 92,43 76,31Privado 10,05 36,62 25,93 7,57 23,69
100,00 100,00 100,00 100,00 100,00
Total (1º G) 87,83 73,98 59,96 84,33 75,50
Total (2º G) 12,17 26,02 40,04 15,67 24,50
Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00
Fonte: Secretarias de Educação do Estado e do Município
2º Grau
Sub-Total
1º Grau
Sub-Total
Distritos
86
ANEXO 8.2 QUESTIONÁRIO CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO
INQUÉRITO CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO EM ESCOLARES DO MUNICÍPIO
DE NATAL PARA AVALIAÇÃO DAS PARASITOSES, CONDIÇÕES
OFTALMOLÓGICAS E SOROLÓGICAS DE TOXOCARÍASE,
TOXOPLASMOSE E ANCILOSTOMOSE
N°. de ordem_________
NOME: _____________________________________________________
INFORMAÇÕES SÓCIO-DEMOGRÁFICAS
1.SEXO: M ( ) F ( )
2.IDADE: ________ANOS
3.COR: B ( ) M ( ) N ( )
4.DATA DE NASCIMENTO: ___/ ___/ _____
5.NATURALIDADE
(Cidade/Estado):_________________6.Nacionalidade(País):__________
7.ENDEREÇO ATUAL
Rua:_______________________________________________n°._______apt°._____
Bairro:___________________________________ Cidade__________________
8.Telefone:residencial________________celular__________________comunitário___
9. DISTRITO SANITÁRIO DA RESIDÊNCIA: _____________________
10 TIPO DE RESIDÊNCIA: casa ( ) apt°. ( )
11.Quantos cômodos (compartimentos) têm em sua casa?_____________
12.Quantos banheiros têm em sua casa?__________________
13. Tem quintal com terra? Sim ( ) Não ( )
13.Quantas pessoas moram com você?____________
14. A água de sua casa é: Encanada ( ) Poço ou cacimbão ( )
15. Para onde vão os dejetos de sua casa? Esgoto ( ) Fossa ( ) Céu aberto ( )
Não sabe ( )
16. A coleta de lixo (o carro do lixo) em sua rua é regular ? Sim ( ) Não ( )
17. Sempre morou neste endereço? Sim ( ) Não ( )
(Em caso da resposta ser sim saltar para a questão 19)
87
18.ENDEREÇO ANTERIOR:
Rua:__________________________________________n°._____________apt°.____
_________
Bairro:_____________________Distrito Sanitário _________________________
Cidade:___________________________
Quanto tempo morou neste endereço?________________anos
________________meses
Qual o tipo de residência ? casa ( ) apartamento ( )
Tinha gatos ou cachorros na casa onde você morou antes? Gato ( ) Cachorro ( )
Não ( )
E na vizinhança? Sim ( ) Não ( )
19. ESCOLA (nome)______________________________Pública ( ) Privada ou
particular ( )
20.Nível: 1° Grau ( ) 2° Grau ( )
21 Série: _________________Turno: Mat. ( ) Vesp ( ) Not ( )
22.Foi reprovado alguma vez na escola? Sim ( ) Não ( )
FAMÍLIA:
23.Profissão: Pai: ___________________________ Mãe: ______________________
24.Nível escolar do Pai:
Não sabe ler nem escrever ( ) 1° Grau incompleto( ) 1° Grau completo ( )
2° Grau incompleto ( ) 2° Grau completo ( ) Universitário ( )
25.Nível escolar da Mãe :
Não sabe ler nem escrever ( ) 1° Grau incompleto( ) 1° Grau completo ( )
2° Grau incompleto ( ) 2° Grau completo ( ) Universitário ( )
26.Quantos aparelhos de televisão há em casa ?______________
27.Quantas geladeiras (refrigeradores) ?____________
28.Tem vídeo-cassete em casa? Sim ( ) Não ( ) Quantos? ( )
29.Tem computador em sua casa? Sim ( ) Não ( )
30.Tem carro em casa? Sim ( ) Não ( ) Quantos ?_________
CONTATO COM GATOS E CACHORROS
31.Você teve ou tem gato ou cachorro ?
Gato: Sim ( ) Não ( ) Cachorro: Sim ( ) Não ( ) Filhote ( )
32.Quantos: ____________ Quantos: ____________
33.Aonde ele(s) vive(m) ?
Somente dentro de casa ( ) Somente dentro de casa ( )
88
Somente fora de casa ( ) Somente fora de casa ( )
Dentro e fora de casa ( ) Dentro e fora de casa ( )
34.Tem gatos ou cachorros na vizinhança ? Gato ( ) Cachorro ( ) Não ( )
35.Você tem o hábito de brincar com eles ?
Gato: Sim ( ) Não ( )
Cachorro: Sim ( ) Não ( )
36.Seu gato ou cachorro já teve alguma doença ?
Gato: Sim ( ) Não ( ) Não sabe( )
Cachorro: Sim ( ) Não ( ) Não sabe ( )
37. Se Sim qual doença?_______________ Não sabe ( )
38. Seu gato ou cachorro já foi vacinado ?
Gato: Sim ( ) Não ( ) Não sabe ( )
Cachorro: Sim ( ) Não ( ) Não sabe ( )
39.Contra quais doenças ?
Gato: ____________________Não sabe( ) Cachorro: ________________Não
sabe ( )
____________________ ________________
____________________ ________________
CONTATO COM OUTROS ANIMAIS
40.Neste último ano (12 meses) você teve algum outro tipo de animal de estimação,
que não fosse gato ou cachorro ?
Sim ( ) Não ( )
41.Quais ?
Cavalo ( ) Porco ( ) Rato ( ) Galinha ( )
Pássaro ( ) Coelho ( ) Pombo ( ) Vaca ( )
Outros ( )
42.Você ajudou no nascimento de algum animal ? (tocando, segurando)
Sim ( ) Não ( )
43.Quais ?
Gato ( ) Porco ( ) Carneiro ( ) Galinha ( )
Cachorro ( ) Coelho ( ) Bode/Cabra ( ) Vaca ( )
Outros ( ) Cavalo ( )
89
HÁBITOS DE VIDA
44.Hábito de brincar em terra (quintal, campo de futebol, praça): Sim ( )Não ( )
45.Hábito de andar descalço: Sim ( )Não ( )
46.Costume de ir à praia: Sim ( )Não ( )
47.Costume de ir à granja, sitio ou fazenda: Sim ( )Não ( )
48.Contato com águas naturais (rio, lagoa, açude): Sim ( )Não ( )
49.Costuma beber água de poço, lagoa ou rio ? Sim ( )Não ( )
50.Costuma comer algum tipo de carne crua ou mal passada ?
Sim ( ) Não ( ) Não sabe ( )
HÁBITOS DOMÉSTICOS
51.Na sua casa, onde se costuma comprar carne (boi, porco) ?
Açougue ( ) Feira ( ) Mercado ( ) Supermercado ( ) Não sabe ( )
52.Na sua casa, onde se costuma comprar produtos diários (leite, queijo, ovos, etc) ?
Feira ( ) Mercado ( ) Supermercado ( ) Não sabe ( )
53.Na sua casa, onde se costuma comprar frutas, verduras e legumes ?
Feira ( ) Mercado ( ) Supermercado ( ) Não sabe ( )
54. Na sua casa tem horta (plantação) ? Sim ( ) Não ( )
(Em caso de resposta negativa saltar para a questão 60)
55. Se sim, vocês comem destes alimentos que são plantados em casa? Sim ( ) Não
( )
56. De onde vem a água que é usada para aguar essa plantação?
______________________
DOENÇAS
57.Você já teve coceira nos pés e pernas que deixou um caminho na pele (bicho
geográfico ou larva migrans cutânea) ? Sim ( ) Não ( ) Não sabe ( )
58.Você já teve verminoses ? Sim ( ) Não ( ) Não sabe ( )
59.Você tem alguma doença no momento ? Sim ( ) Não ( ) Não sabe ( )
60.Se sim, qual ?______________________
61.Você está tomando algum remédio atualmente ? Sim ( ) Não ( )
62.Você costuma tomar algum tipo de remédio ? Sim ( ) Não ( )
63.Qual ?_______________________________ Não sabe ( )
64.Você já tomou algum remédio para vermes ? Sim ( ) Não ( ) Não sabe ( )
65.Você tem algum problema de vista ? Sim ( ) Não ( ) Não sabe ( )
90
66.Você já fez algum tratamento para a visão ? Sim ( ) Não ( )Não sabe ( )
67. Presença dos pais na entrevista? Sim ( ) Não ( )
PROTOCOLO LABORATORIAL
HEMOGLOBINA: Valores_______________normal ( ) baixa ( )
HEMÁCIAS: Valores_______________normal ( ) baixa ( )
HEMATÓCRITO: Valores_______________normal ( ) baixo ( )
VCM: Valores________não microcítico ( ) microcítico ( ) macrocítico ( )
HCM: Valores____________não hipocrômica ( ) hipocrômica ( )
PLAQUETAS: Valores_______________normal ( ) anormal ( )
LEUCÓCITOS: Valores____________normal ( ) diminuido ( ) aumentado( )
LINFÓCITOS: Valores____________normal ( ) diminuido ( ) aumentado( )
EOSINÓFILOS: Valores____________normal ( ) diminuido ( ) aumentado( )
FERRO SÉRICO: Valores____________normal ( ) diminuido ( ) aumentado ( )
SOROLOGIA TOXOPLASMOSE:IGg___________________IGm_________________
91
QUEIXAS OCULARES
( ) BAV ( ) Hiperemia ocular ( ) Prurido ocular Tempo:______________________
( ) Desvio ( ) Outra(s)_________________________________________________________________________
ANTECEDENTES
EXAME OFTALMOLÓGICO
OLHO DIREITO OLHO ESQUERDO
PUPILADef. pup. aferente ?
MOTILIDADEOCULARET ET’XT XT’
HTVERSÕES:
Pálpebras e cílios
Conjuntiva e esclera
Córnea
Câmara anterior e íris
Cristalino
Vítreo anterior
PIO
FUNDO DE OLHO
1. TOXOPLASMOSE
I
II
III
92
2. DUSN
OLHO DIREITO OLHO ESQUERDO
Vitreíte
Coriorretinitemultifocal
Vasculite
Larva / Tamanho
Túneis
Pontos brancos
Pontoshiperpigmentados
Aumento do reflexo
Edema retiniano
Atrofia do EPR
Palidez de papila
Estreitamento vascular
3. OUTROS ACHADOS
.
.
.
.
.
.
.
93
8.3 TERMO DE CONSENTIMENTO CONSCIENTE
Eu,_________________________________________, responsável pelo
menor de 18 anos, _______________________________________, fui
devidamente informado sobre o estudo “Pesquisa epidemiológica de doenças
oculares de origem infecciosa na população de crianças e adultos jovens no
Município de Natal”. Concordo com a participação no estudo e autorizo a coleta
de material para exames de sangue e outros que se façam necessários. Estou
ciente de que receberei todo o apoio e cuidados profissionais dos Médicos
responsáveis pela pesquisa, procurarei seguir as orientações recebidas da
melhor maneira possível, sabendo também que poderei desligar-me do projeto
em qualquer momento, caso julgue conveniente.
Natal, _____ / _____ / _____
Participante
Responsável
94
8.4 RESUMO DE TRABALHOS
LATE-STAGE DIFFUSE UNILATERAL SUBACUTE NEURORETINITIS:
THE IMPACT OF PHOTHOCOAGULATION OF THE WORM ON VISUAL
OUTCOME
Carlos Alexandre de A. Garcia MD, Alexandre H.B. Gomes MD,
& Raul N. G. Vianna MD, PhD, João Pessoa Souza Filho MD, MSc, Carlos A .
de A .Garcia Filho MD & Fernando Oréfice MD, PhD
Retina an Vireous Unit, Department of Ophthalmology, Federal University of Rio
Grande do Norte, Natal, Brazil (CAAG, AHBG, CAAGF).
Retina an Vireous Unit, Department of Ophthalmology, Fluminense Federal
University, Niteroi, Brazil (RNGV).
The Henry C. Witelson Laboratory of Ocular Pathology, Department of
Ophthalmology, McGill University, Montreal, Canada (JPSF).
Uveitis Clinic, Department of Ophthalmology, Federal University of Minas
Gerais, Belo Horizonte, Brazil (FO).
Correspondence to: Carlos Alexandre Garcia, MD
Prontoclinica de Olhos
Rua Ceara Mirim, 316, TIROL
NATAL – RIO GRANDE DO NORTE- BRAZIL
CEP: 59020-240
E-mail: [email protected]
95
ABSTRACT
PURPOSE: To evaluate the visual outcome following direct laser
photocoagulation of the worm in patients with late-stage diffuse unilateral
subacute neuroretinitis (DUSN).
METHODS: The study reports on 22 DUSN patients diagnosed in its late
stage, in whom the worm was identified and subsequently destroyed by laser
photocoagulation. Information gathered included initial and final visual acuities
and length of follow-up. Statistical analysis was performed with the Paired
Student’s t-Test. A P value of less than .05 was considered siginificant.
RESULTS: After a mean follow-up of 13.1 months, visual acuity improved in 2
patients, remained unchanged in 19 patients and decreased in one patient.
Comparison of the visual outcome before and after laser treatment was not
statistically significant (p = 0.302).
CONCLUSION: Destruction of the worm by laser photocoagulation in eyes with
late-stage DUSN does not improve the visual acuity of affected patients.
KEY-WORDS: Diffuse unilateral subacute neuroretinitis, DUSN, laser,
photocoagulation, visual acuity.
96
PREVALENCE OF FUNDUSCOPIC ALTERATIONS IN STUDENTS OF
NATAL/BRAZIL
Carlos Alexandre de Amorim Garcia1 , Luciana Luna de Andrade2,
Gabrielle Fernandes Dutra Nobre2, Fabiano Nunes Rocha3, Sílvio Carneiro
da Cunha Filho4 .
1. Professor of Ophthalmology, Federal University of Rio Grande do Norte,
(UFRN) Natal/Brazil.
2. Second-year medical resident in Ophthalmology, Onofre Lopes University
Hospital (HUOL) (UFRN).
3. Third-year medical resident in Ophthalmology, Onofre Lopes University
Hospital (HUOL) (UFRN).
4. Medical Doctor, former resident in Ophthalmology, Onofre Lopes University
Hospital (HUOL) (UFRN).
Correspondence: Carlos Alexandre de Amorim Garcia. Rua Ceará Mirim,316,
Tirol – Natal (RN) CEP 59020-240 FAX (084) 211-5888
E-mail: [email protected]
97
ABSTRACT
Purpose: To assess the prevalence of fundus oculi abnormalities in students of
elementary and secondary public and private schools in Natal/Brazil. Methods:
An ophthalmological examination was performed on 1.024 students aged 5 to
46 years from March to June of 2001. Results: 5.4% were diagnosed as having
fundus oculi abnormalities. These abnormalities, were distributed as follows:
white without pressure 1.1%; corioretinitis scars clinically suggestive as
toxoplasmosis 1.0%; atrophy of the retinal pigmented epithelium 0.8%;
choroidal nevus 0.5%; large cup 0.4%; lattice degeneration 0.3%; myopic
fundus 0.2%; operculated tear 0.2%; augmented vascular tortuosity 0.2%;
granuloma clinically suggestive as toxocariasis 0.2%; optic disc hypoplasia
0.1%; myelinated nerve fibres 0.1%; persistent hyaloid artery 0.1%; retinopathy
with salt and pepper appearance 0.1%; retinoschisis 0.1%; subretinal
neovascular membrane 0.1%. Conclusion: The results showed low
frequencies of fundus oculi abnormalities. However, children suffering from
serious visual impairment do not attend school, and we cannot generalize the
results for the whole population.
Keywords: Funduscopy; Prevalence; School health; Health education;
Epidemiology/Fundus Oculi.
98
PREVALENCE OF REFRACTIVE ERRORS IN STUDENTS IN
NORTHEASTERN BRAZIL
Carlos Alexandre de Amorim Garcia1, Fernando Oréfice2 , Gabrielle
Fernandes Dutra Nobre3, Araken Britto de Sousa3, Marta Liliane Ramalho
Rocha3 , Raul N. G. Vianna4
1. Professor of Ophthalmology, Federal University of Rio Grande do Norte,
(UFRN) Natal, Brazil.
2. Professor of Ophthalmology, Federal University of Minas Gerais, Belo
Horizonte, Brazil.
3. Medical residents in Ophthalmology, UFRN, Natal, Brazil.
4. Professor of Ophthalmology, Fluminense Federal University, Rio de Janeiro,
Brazil.
Correspondence
Carlos Alexandre de Amorim Garcia, MD
Rua Ceará Mirim, 316, Tirol. CEP.: 59020-240
Natal - Brazil
e-mail: [email protected]
99
ABSTRACT
Objective: To determine the prevalence of refractive errors in the public and
private school system in the city of Natal, Northeastern Brazil. Methods:
Refractometry was performed on both eyes of 1024 randomly selected
students, enrolled in the 2001 school year and the data was evaluated by SPSS
Data Editor 10.0. Ametropia was divided into: 1- from 0.1 to 0.99 diopter (D); 2-
1.0 to 2.99 D; 3- 3.00 to 5.99 D and 4- 6 D or greater. Astigmatism was
regrouped in: I- in favor of the rule (axis from 0 to 30 and 150 to 180 degrees),
in II- against the rule (axis between 60 and 120 degrees) and in III- oblique (axis
between > 30 and < 60 and >120 and <150 degrees). The age groups were
categorized as follows: in 1- 5 to 10 years, 2- 11 to 15 years, 3- 16 to 20 years,
4- over 21 years. Results: Among refractive errors, hypermetropia was the
most common with 71%, followed by astigmatism (34%) and myopia (13.3%).
Of the patients with myopia and hypermetropia, 48.5% and 34.1% had
astigmatism, respectively. With respect to diopters, 58.1% of myopic patients
were in group 1, and 39% distributed between groups 2 and 3. Hypermetropes
were in their majority found in group 1 (61.7%) as well as astigmatism (70.6%).
The association of the astigmatism axes of both eyes showed 92.5% with axis
in favor of the rule in both eyes, while the percentage for those with axis against
the rule was 82.1% and even lower for the oblique axis (50%). Conclusion:
The results found differed from those of most international studies, mainly from
the Orient, which pointed to myopia as the most common refractive error, and
corroborates the national ones, with the majority being hypermetropes.
Keywords: Prevalence, refractive errors, students, myopia, hypermetropia,
astigmatism.
100
CORRELATION BETWEEN REFRACTION ERRORS AND SOCIO-
ECONOMIC AND EDUCATIONAL LEVELS
Carlos Alexandre de Amorim Garcia1, Fernando Oréfice2 , Dilene de Brito
Souza3 , Marcos Fábio de Almeida Barbosa3 and Ígor Marreiros Pereira
Pinto4
1 Professor of Ophthalmology, Federal University of Rio Grande do Norte (UFRN)
2 Professor of Ophthalmology, Federal University of Minas Gerais (UFMG)
3 Medical Resident in Ophthalmology, Onofre Lopes University Hospital (HUOL), UFRN, Natal/Brazil.
4 Medical student, UFRN, Natal/Brazil.
Department of Ophthalmology, Onofre Lopes University Hospital (HUOL),
UFRN, Natal, Rio Grande do Norte, Brazil.
CORRESPONDENCE
Carlos Alexandre de Amorim Garcia
Rua Ceará Mirim, 316, Tirol, Natal/RN, Brazil – CEP: 59020-240
e-mail: [email protected]
101
ABSTRACT
Objective: To correlate socio-economic and educational levels with the
occurrence of ametropia in a group of students in the city of Natal, Northeastern
Brazil. Methodology: 1024 students between the ages of 5 and 46 years
enrolled in the public and private school systems in Natal in 2001, were divided
into 2 groups comprising students with: (I) the poorest, and (II) the best socio-
economic conditions. Frequency of myopia, hypermetropia and astigmatism
were compared in both groups. Ametropia was compared to failing history, as
well as with the father’s educational level. Results: As to the socio-economic
level: 7.4% of the individuals in group I were emmetropic, 8.3% myopic, 27.8%
astigmatic and 56.5% hypermetropic. In group II, 8.3% were myopic, 10% had
no ametropia, 40% were hypermetropic and 41.7% were astigmatic. As to
educational level: there was no difference when ametropia frequency was
compared to failing history. However, a difference was observed with respect to
the father’s educational level. There were more myopic students in the group
whose fathers had a university education (12.9%) than those whose fathers had
an elementary education or were illiterate (6.3%), the opposite occurring with
hypermetropia. Comments: The results found in this current study showed a
difference between ametropia (hypermetropia and astigmatism) and socio-
economic levels, as well as between myopia and hypermetropia and
educational levels.
Keywords: Refractive errors, ametropia, socioeconomic factors, educational
level, students.
102
PREVALENCE OF STRABISMUS AMONG STUDENTS IN NATAL/RN –
BRAZIL
Carlos Alexandre de Amorim Garcia1, Araken Britto de Sousa2, Marcelo
Bezerra de Melo Mendonça3, Luciana Luna de Andrade2, Fernando Oréfice4 .
1 Professor of Ophthalmology, Federal University of Rio Grande do Norte
(UFRN)/Brazil.
2 Medical resident, Department of Ophthalmology, Onofre Lopes University
Hospital (HUOL)/ UFRN.
3 Medical doctor, Department of Ophthalmology, HUOL
4 Professor of Ophthalmology, Federal University of Minas Gerais/Brazil
Correspondence:
Carlos Alexandre de Amorim Garcia.
Rua Ceará Mirim,316, Tirol – Natal (RN) CEP 59020-240
Phone and FAX: (55)-84-2115888
E-mail: [email protected]
103
ABSTRACT
OBJECTIVES: To estimate the prevalence of strabismus in Natal, Brazil,
among elementary and secondary students from the public and private
educational systems, in addition to detecting possible etiological factors.
METHODS: 1024 students were randomly selected and submitted to a
questionnaire and a complete ophthalmologic examination, by professors and
resident doctors in Ophthalmology at the Federal University of Rio Grande do
Norte. Results: Of 1024 students, 1015 were examined; 29 were found to have
strabismus (2.9%), 21 of which had manifest exotropy (2.1%), 2 had intermittent
exotropy (0.2%) and 6 had esotropy (0.6%). CONCLUSIONS: The strabismus
prevalence of the student population of Natal falls within the range of the
worldwide population. There was ocular lesion in one student (retinochoroiditis
scar on the posterior pole in both eyes) related to strabismus.
Mesh Terms: Strabismus / Epidemiology, Strabismus/Prevention and Control,
Ocular health, School health services, Students
104
EPIDEMIOLOGIC STUDY OF ANISOMETROPIA IN STUDENTS IN NATAL,
BRAZIL
Carlos Alexandre de Amorim Garcia*, Erymar de Araújo Dantas** ,Araken
Britto de Souza**, Raquel Araújo Costa Uchôa**, Ranni Pereira Santos
Dantas ***
* Professor of Ophthalmology, Federal University of Rio Grande do Norte
(UFRN), Natal/Brazil
** Medical Residents in Ophthalmology (HUOL), UFRN, Natal/Brazil
*** Medical Student, UFRN, Natal/Brazil
Correspondence: Carlos Alexandre de Amorim Garcia
Rua Ceará Mirim, 316, Tirol. CEP.: 59020-240. Natal/RN. Brazil
E-mail: [email protected]
105
ABSTRACT
PURPOSE: To perform an epidemiologic study in students in Natal/Brazil, with
relation to refractional anisometropia, evaluating criteria such as: gender, age,
and association with strabismus and amblyopia. METHODS: A study of 1024
students randomly selected from several districts of Natal/Brazil was
undertaken by the Department of Ophthalmology of the Federal University of
Rio Grande do Norte (UFRN), observing the following criteria of refractional
anisometropia > 2 diopters spherical or cylindrical relating it with sex, age,
association with strabismus, amblyopia and anisometropia classification.
RESULTS: We found a prevalence of 2% (n = 21) anisometropia in the
students. The female gender predominated with 81% (n = 17). In students with
anisometropia, we observed an association with strabismus in 9.5% of cases (N
= 2), both with exotropia. The association of anisometropia with amblyopia
occurred in 47,6% of cases (n = 10), with 8 cases of unilateral amblyopia and 2
cases of bilateral amblyopia. CONCLUSIONS: There was a predominance of
anisometropia in females, and an increased prevalence of strabismus and
amblyopia in students with anisometropia.
Key words: anisometropia, amblyopia, students, refractive errors, strabismus.
106
PREVALENCE OF AMBLYOPIA AMONG STUDENTS IN NATAL/BRAZIL
Carlos Alexandre de Amorim Garcia1, Daniel Alves Montenegro2, Luciana Luna
de Andrade2, Gabrielle Fenades Dutra Nobre 2, Fernando Oréfice3
1 Professor of Ophthalmology, Federal University of Rio Grande do Norte (UFRN), Natal/Brazil.
2 Medical residents, Department of Ophthalmology, Onofre Lopes University Hospital (HUOL), UFRN.
3 Professor of Ophthalmology, Federal University of Minas Gerais, Belo Horizonte/Brazil
Correspondence:
R. Ceará Mirim, 316, Tirol, Natal – RN
CEP: 59020-240
e-mail: [email protected]
Department of Ophthalmology, Federal University of Rio Grande do Norte
2003
107
ABSTRACT
OBJECTIVE: To evaluate the prevalence of amblyopia in the student
population from the elementary and secondary schools, both public and private,
in Natal/Brazil, relating it to its possible causes. MATERIAL AND METHOD: A
tranversal study where 1024 randomly selected students between the ages
between 5 and 46 years were examined at the Department of Ophthalmology of
the Onofre Lopes University Hospital (HUOL), in Natal/Brazil between March
and May of 2001. Students were considered amblyopic when they presented
best corrected visual acuity less than or equal to 0.7 on the decimal scale in one
or both eyes without any organic lesion detected. RESULTS: Amblyopia
prevalence was 1.95%. The age of the amblyopic students varied between 07
and 22 years, 25% (5/20) from the male sex, 75% (15/20) from the female sex
and 50% (10/20) were bilateral. Anisometropia was found in 45% of the
amblyopic students, 15% had some degree of exotropia, one of them had
anisometropia and strabismus and 45% had no definite etiology.
CONCLUSIONS: The prevalence of amblyopia in the student population from
elementary and secondary schools in the public and private system in
Natal/Brazil was 1.95%, the moderate forms being the most frequent
encountered. It was found more frequently in females, was bilateral in 50% of
the students and was encountered predominantly in the 16 to 20 year age
group. Anisometropia was the most frequent cause of amblyopia in the sample.
The data shows that vision screening programs for school children are
important in preventing irreversible vision loss.
Keywords: Amblyopia; Epidemiology; Students; Anisometropic Amblyopia; Lazy eye.
108
PREVALENCE OF BIOMICROSCOPIC FINDINGS OF ANTERIOR SEGMENT
AND OCULAR ADNEXAL AMONG STUDENTS IN NATAL/BRAZIL
Carlos Alexandre de Amorim Garcia1, Francisco Irochima Pinheiro2 , Daniel
Alves Montenegro2 , Alexandre Henrique Bezerra Gomes3 , Fernando Oréfice4
1 Professor of Ophthalmology, Federal University of Rio Grande do Norte
(UFRN)/Brazil.
2 Medical resident, Department of Ophthalmology, Onofre Lopes University
Hospital (HUOL), UFRN.
3 Medical doctor, Department of Ophthalmology, HUOL
4 Professor of Ophthalmology, Federal University of Minas Gerais/Brazil
Correspondence:
Carlos Alexandre de Amorim Garcia.
Rua Ceará Mirim,316, Tirol – Natal (RN) CEP 59020-240
E-mail: [email protected]
Department of Ophthalmology, Federal University of Rio Grande do Norte
2003
109
ABSTRACT
Objective: To determine the prevalence of ocular findings of the external
structures and anterior segment of the eye, detected by biomicroscopic
examination in a student population in Natal/Brazil. Material and method: 1024
students from elementary and secondary public and private schools in the city
of Natal/Brazil were evaluated from March to June 2001, after previous random
selection. All were submitted to pre-established standard research norms,
containing identification and demographic information, and biomicroscopic
ophthalmologic examination, using slitlamp, performed by ophthalmologists
from Onofre Lopes University Hospital. Results: Alterations of the conjunctiva
and eyelids were shown to be the most prevalent, (10.4% and 6.2%
respectively). Among these, the presence of follicles and conjunctive papillae
were most clearly shown in the conjunctiva examination with 4.2% and 3.0%,
respectively, while anterior blepharitis, 3.5% and meibomitis, 1.1% were the
most detected abnormalities in the eyelids. Upon examining the cornea, iris,
crystalline and anterior vitreous, the most encountered findings were nobecula
with 0.5%, papillary membrane reliquiae with 0.5%, posterior capsula opacity
with 0.8% and hyaloid arteria reliquiae with 2.0%, respectively. Conclusion:
The most prevalent findings affected the external structures of the eye such as
eyelids and conjunctiva, with greater frequency, represented principally by
anterior blepharitis and follicular reaction of the conjunctiva, respectively. The
greatest prevalence of abnormalities in the cornea, iris, crystalline and anterior
vitreous was nobecula, papillary membrane reliquiae, posterior capsula opacity
and hyaloid arteria reliquiae, respectively.
Keywords: Ocular epidemiology; Biomicroscopic findings; Students.
110
EARLY-STAGE DIFFUSE UNILATERAL SUBACUTE NEURORETINITIS:
IMPROVEMENT OF VISION AFTER PHOTOCOAGULATION OF THE WORM
CA de A Garcia1, AHB Gomes1, CA de A Garcia Filho1, RNG Vianna2
1 Department of Ophthalmology Federal University of Rio Grande do Norte
Natal, Brazil
2 Department of Ophthalmology of Fluminense Federal University
Niteroi, Brazil
111
ABSTRACT
PURPOSE: To evaluate the visual outcome after direct laser photocoagulation
of the worm in patients with early stage dffuse unilateral subacute neuroretinitis
(DUSN).
METHODS: We report on four patients with DUSN diagnosed in its early stage,
in whom the worm was identified and destroyed by laser photocoagulation.
RESULTS: In all the four cases, resolution of the inflammatory multifocal
lesions was achieved within 1 month of treatment. After that period and during
follow-up (mean 11.5 months), visual acuity improved in three eyes and
remained unchanged in one eye.
CONCLUSION: The diagnosis of DUSN in its early stage followed by prompt
location and destruction of the worm by photocoagulation may improve vision of
affected patients.
KEY WORDS: Diffuse unilateral subacute neuroretinitis (DUSN), Laser,
photocoagulation, visual acuity.
Eye (2003) 0, 000-000. doi: 10.1038/sj.eye.6700742.
112