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A importância daqualidade da água.
Técnicas e tratamento paragarantia da qualidade.
A importância da qualidade da água.
Técnicas de tratamento para garantia da qualidade.
Tópicos da Apresentação.
Reflexão sobre a Água.
Importância da Qualidade da Água.
Pontos Críticos do Tratamento.
Desinfecção via Cloração e outros métodos.
Medicação via Água.
Padrão de Qualidade da Água.
Reflexão sobre a Água.A água é um recurso único, insubstituível, base da vida,
que se aprende a compreender como uma totalidade
indispensável, algo dado de antemão na estruturação
de qualquer sociedade. Por isso é percebida por boa
parte dos agrupamentos humanos como uma “segunda
natureza”, algo tão inerente à sociedade que há
dificuldades em manter distanciamento para se refletir
sobre ela. Isto só ocorre quando sua ausência (em
quantidade ou qualidade) provoca transtorno para a
pessoa e coletividade. (Galizoni; 2005)
Reflexão sobre a Água.
A palavra "rival", do latin, rivalis, originalmente designava as pessoas que competiam por qualquer curso d'água.
Reflexão sobre a Água.
Se for só uma gotinha
não sacia...
Se for demais
afoga...Se esta contaminada
não serve...
Se não analisar
é um perigo...
Se não usar
evapora...
inútil...
IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE DA ÁGUA.
Físico: Filtração - cor, turbidez
Químico: Produtos – floculação e decantação,
pH, dureza, flúor, etc...
Biológico: desinfecção e filtração
O tratamento da Água
Água, via de contaminação
65% das internações gerando gastos de R$ 2,5bi/ano;
Cada dólar investido em saneamento economiade 5 a 10 dólares investidos em saúde pública;
As principais contaminações são provenientesde fezes humanas ou animais
85% das doenças são veiculação hídrica.
A água é o terceiro agente com maior potencialde disseminação de contaminações, perdendoapenas para o sangue e o leite.
Água, via de contaminação
Doenças de origem na água: cólera, febre tifoidee disenteria;
Doenças produzidas pela água contaminada pormicrorganismos que se desenvolvem na água:tracoma e leishmaniose;
Doenças relacionadas a microrganismos cujosvetores se desenvolvem na água: malária,dengue, febre amarela;
Doenças que são dispersadas pela água:leptospirose. (Águas doces do Brasil – Cap. 8 – Água e
saúde humana)
Água, via de contaminação
Água, via de contaminação
Toda doença que a via de infecção é a orofaríngeae digestiva, a água serve como potencial veículona transmissão e disseminação dos agentes.
Muitos microrganismos podem ser transmitidospela água, especialmente os entéricos comoSalmonellas, Vibrio cólera, Escherichia coli,Leptospira sp., Clostridum, Erysipelothrix,Enterovirus, Rotavirus, Virus da febre aftosa,VPSC e PSA, Protozoários e Ovos de helmintos.
Água, via de contaminação
MANUAL DAS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR
ALIMENTOS E ÁGUA
Tabela 1 - Início, Duração e Sintomas das Doenças Transmitidas por
Alimentos e Água
http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/hidrica/Ifn_quadro.htm
Início dos Sintomas
(tempo aproximado)
Sinais e Sintomas Principais Microrganismos relacionados,
toxinas ou outros
Períodos variáveis
(dependente da
doença específica)
Febre, calafrios, dor de cabeça ou
das juntas, prostração, mal estar,
aumento dos gânglios, e outros
sintomas específicos da doença
em questão.
Listeria monocytogenes,
Campylobacter jejuni, espécies
de Leptospira.
1-6 horas (média de
2-4 horas)
Náusea, vômito, ânsia de vomitar,
diarréia, dor abdominal,
prostração
Staphilococcus aureus e suas
enterotoxinas e B. cereus
(toxinas vomitivas)
2-36 horas (média
de 6-12 horas)
Cólicas abdominais, diarréia,
diarréia putrefata (associada com
o C. perfringens), algumas vezes
náuseas e vômitos
Clostridium perfringens, Bacillus
cereus (toxina diarreica),
Streptococcus faecalis, S.
faecium
12-74 horas (média
de 18-36 horas)
Cólicas abdominais, diarréia,
vômito, febre, calafrios, dor de
cabeça, náusea, mal estar.
Salmonellas, Shigella, E. coli
enteropatogênica, outras
enterobacteriaceas, Vibrio
parahaemolyticus, Yersínia
enterocolítica, Pseudomonas
aeruginosaFonte: Tradução e adaptação do quadro apresentado pelo FDA/CFSAN Bad Book Book - Onset, Duration, and
Risco Biológico x Risco Químico
Humano Ministério da Saúde - ANVISA
➢ Portaria 2.914 de 12 de dezembro de 2011
Agropecuário MAPA – DIPOA-SIF.
➢ IN56, de 4 de dezembro de 2007.
➢ IN19, de 15 de fevereiro de 2002
➢ IN62, de 29 de dezembro de 2011.
➢ RIISPOA
Legislação
Ministério do Meio Ambiente CONAMA.
➢ Resolução Nº 396, de 03 de abril de 2008
➢ Resolução Nº 357, de 17 de março de 2005
➢Alterada pela Re 410/2009 e 430/2011
Conama são diretrizes ambientais e regulamentam a
qualidade dos recursos hídricos conforme sua aplicação e
descarte de efluentes.
Legislação
PONTOS CRÍTICOS DO TRATAMENTO DA ÁGUA
Usuário.
Sistemas de abastecimento.
Tecnologia adequada o meio rural.
Preconceito sobre cloro.
Não conhecer sua própria água.
Não conhecer as particularidades de uso.
Acedia.
Pontos críticos
Usuário.
Pontos críticos
MOTIVOSCultural: __O meu avo bebia desta água...Sensitivo: __O cloro deixa gosto ou cheiro ruim na água.Desconhecimento: __O cloro faz mal a saúde...Técnico: __Como vou controlar, dosar e medir?...Estrutural:__Não tenho acesso ao reservatório...Acessibilidade: __Onde vou comprar isso depois?...Logístico: __Como fazer o transporte e distribuição?...Estético: __Resseca a pele, cabelo fica duro e tira a tinta.Medo: __O cloro é perigoso...Outros?_________________________________________
Cultural; 21%
Sensitivo; 13%
Desconhecimento; 10%
Estético; 11%
Medo; 13%
Acessibilidade; 8%
Logístico; 8%
Técnico; 7%
Estrutural; 3%Outros; 6%
Usuário - Leite
Pontos críticos
Cultural13%
Sensitivo16%
Desconhecimento
11%
Técnico14%
Estrutural14%
Acessibilidade9%
Logístico8%
Estético7%
Medo8%
Usuário. Aves
Pontos críticos
Sistemas de abastecimento.
Pontos críticos
Sistemas de abastecimento.
Pontos críticos
Sistemas de abastecimento.
Pontos críticos
Pontos críticos
Limpeza e Conservação dos Reservatórios
Tecnologia adequada o meio rural.
Pontos críticos
Tecnologia adequada o meio rural.
Dureza
Pontos críticos
Tecnologia adequada o meio rural.
Cloração
Pontos críticos
Preconceito do cloro.
Pontos críticos
Breve histórico do Cloro
Descoberto 1808 - Sir Humphry Dave - Químico
Bacteriologista Koch, em1881.
1886 APHA - uso do cloro como desinfetante.
1902, Bélgica, uso contínuo (MEYER, 1994; LAUBUSCH, 1971).
Cloração controlou doenças como tifo, cólera e diarreias e aumentou a expectativa de vida em aproximadamente 20%.
Peru, 1991, milhares de mortes por cólera pela suspenção da cloração com medo de THM
Não conhecer sua própria água.
Pontos críticos
Não conhecer as particularidades de uso.
Pontos críticos
Acedia do grego akedía:
– Indiferença, torpor, exaustão.
– Falta de vontade ou de energia.
– Frouxidão, indolência;
– Negligência ou apatia.
Diferentemente de preguiça física para realizar uma tarefa, aacedia é a preguiça da alma, do espírito. É a acomodação asituação, é não querer enfrentar a realidade da situação porestar ciente de que isso vai dar trabalho e, por isso, voluntariae conscientemente exime-se da tarefa. Isso é pior do que apreguiça física.
Pontos críticos
DESINFECÇÃO VIA CLORAÇÃO E
OUTROS MÉTODOS.
Características desejadasCaracterísticas Aspectos
Ativo contra bactérias, esporos, vírus e protozoários.
Dever ter um amplo espectro de ação. O que requer que o produto seja um oxidante e biocida.
Fácil determinação da concentração de produto dosada na água como garantia da desinfecção.
Produtos como Ozônio e UV vão excelentes sanitizantes, mas não há como medir em tempo real sua dosagem na água.
Produzir residuais como forma de prevenção a eventuais recontaminações da água tratada.
A segurança de que o processo de desinfecção será eficiente é a possibilidade de medir nos pontos de consumo um residual oriundo da dosagem inicial.
Metodologia de análise simples e de custo acessível.
Dada a importância de se detectar a dosagem e o residual do produto aplicado, a metodologia de analise deverá ser simples e de baixo custo viabilizando assim a aplicação do produto.
Características desejadasCaracterísticas Aspectos
Destruir em tempo aceitável os microrganismos patogênicos.
O produto deve ser eficiente dentro do tempo de contato que se dispõe no local de aplicação.
Não ser tóxico a seres humanos e animais nas dosagens usuais.
Alguns produtos são excelentes sanitizantes, mas são tóxicos ou proibidos para uso. Ex: Bromo e ácido peracético.
Não interferir na qualidade da água (cor, odor e sabor) a ponto de prejudicar o consumo.
Produtos como amônia, iodo e permanganato são bons sanitizantes, mas deixam cor, cheiro e gosto.
Disponibilidade para fácil aquisição, com custo acessível.
Tecnologias como dióxido de cloro são excelentes produtos, porém de custo inviável e acesso restrito.
Tecnologias Disponíveis
Produtos Apresentação DosadoresAnalise
Residual
Pastilhas de cloro Sólido Simples Sim
Cloro Granulado Sólido Bombas Sim
Hipoclorito Sódio Líquido Bombas Sim
Cloro Gás Gás Complexos Sim
Dióxido Cloro Gerador/Gás Gerador Sim
UV Lâmpada NA Não
Ozônio Gerador/Gás Gerador Não
Gerador de Cloro Gerador/Sal Gerador Sim
Tecnologias Disponíveis
Produtos Concentração % Custo Geral
Pastilhas de cloro 60 a 90 Baixo
Cloro Granulado 60 a 65 Baixo
Hipoclorito Sódio 12 Baixo
Cloro Gás 99,9 Alto
Dióxido Cloro Gerador Alto
UV Vida útil Alto
Ozônio Gerador Alto
Gerador de Cloro 1 a 2 Alto
Conceito da Cloração
➢O cloro não é um medicamento, mas sim umagente biocida de amplo espectro que garante adesinfecção da água. Podemos afirmar que a águaestá doente quando está contaminada e essadoença é transmissível a todos animais, incluindo oser humano que entrar em contato com ela.
➢ Baseado nestes princípios os tipos de cloro maisutilizados e recomendados na desinfecção e águana atividade rural são as pastilhas de cloro eeventualmente o produto granulado.
Cloro Pastilhas ou Granulado
Nome Químico Forma Ativo FormulapH 1%
Insolúveis
Hipoclorito de Cálcio
Granulado Pastilhas
65% Ca(ClO)2 12 5 a 10%
Dicloro Isocianurato de Sódio
Pó 60% NaCl2C3N3O3 6,8 Não
Tricloro S Triazina Triona
PóPastilhas
90% Cl3C3N3O3 4 Não
Características
Características – Hipo de Cálcio
Interferências na CloraçãoAspecto Interferência Solução
pH alcalino Aumenta o tempo de ação Corrigir pH
Matéria Orgânica Consome mais cloroFiltras ou aumentar a
dosagem de cloro
Ferro e ManganêsCor amarelada ou preta maior consumo cloro
Remoção por oxidação e filtração
Tempo de Contato Ação biocida Acima de 30 min
Água duraNão interfere mas provoca incrustações
Remover a dureza
Interferências na Cloração
Ferro ou manganês
Matéria Orgânica
Tempo de Contato
Medição do Cloro
Tipo Definição
Cloro Dosado Cloro medido na saída do dosador
Cloro CombinadoCloro que já reagiu com matéria orgânica formando cloramina
Cloro LivreCloro que ainda não reagiu, também chamado de cloro residual
Cloro TotalA soma do cloro combinado mais o livre ou
residual
O Cloro que interessa é o cloro livre ou residual pois este aponta para a sanidade do sistema de distribuição de água.
Medição do Cloro
Medição do Cloro
Kit Medição do CloroDeve ser medido no campo
Kit Medição do CloroPor que mão Ortotoluidina?
Devido à alta toxicidade da orto-tolidina e por ser carcinogênica, todos os procedimentos que fazem uso deste reagente foram excluídos a partir da 15ª edição do Standard Methods for the Waterand Wastewater.
Dosadores de CloroDosadores por Gravidade (DG).
Dosadores por Gravidade (DG).
Devem ser instalados dentro ou acima do reservatório.
Fundamental que que haja fácil acesso ao reservatório.
Largamente empregado em regiões serranas.
Dosadores de CloroDosadores Pressurizados (DP).
Dosadores de CloroDosadores Pressurizados (DP).
Dosadores Pressurizados (DP).
Instalados em cavaletes na rede de abastecimento.
Considere para cada 10 metros 1Kg de pressão.
Devem utilizar apenas pastilhas de Tricloro.
Dosadores de CloroDosadores Hidráulico (DH).
Dosadores Hidráulico (DH).
Recomendações?!
Espécie Cloro Residual máximo
Aves 5ppm
Suínos 2ppm
Gado 1ppm
HigienizaçãoNebulização
5ppm
Painel Adiabático 0,5ppm
Dureza da Água
Dureza mg/l Classificação
0 – 75 Mole
75 a 150 Moderadamente Dura
150 – 300 Dura
> 300 Muito dura
Dureza da ÁguaEco Íon
• Eco Íon remove incrustações e mantém toda a parte hidráulica e equipamentos livres de calcificações inclusive tubos de ferro, cobre e PVC.
Dureza da ÁguaEco Íon
Dureza da ÁguaEco Íon
Água Salobra
Projeto Pintadas - BA
Filtração
Pontos a serem considerados:
Filtros podem ser fonte de contaminação da
água.
Perda de carga - pressão e volume de água.
Manutenção preventiva dos filtros.
Cloração antes dos filtros.
Filtração
Filtração
Outros produtos
• Pastilhas neutralizadoras de cloro
• Pastilhas acidificantes
Dureza da ÁguaEco Íon
Contaminação Microbiológica
Portaria 2.914
➢ Coliformes totais: bactérias do grupo coliforme pertence aos gêneros Escherichia, Citrobacter, Klebsiella e Enterobacter...
➢ Coliformes termotolerantes – principal representante a Escherichia coli, de origem exclusivamente fecal
➢ Escherichia coli – considerada o mais específico indicador de contaminação fecal recente e de eventual presença de organismos patogênicos
➢ Contagem de bactérias heterotróficas
Contaminação Microbiológica• Contagem de bactérias heterotróficas
– Compromete a detecção de bactérias do grupo coliformes
– Não patogênica mas pode representar riscos a saúde
– Deteriorar a qualidade da água, provocando o aparecimento de odores e sabores desagradáveis.
– Em 20% das amostras mensais para análise de CT, deve ser efetuada a contagem de bactérias heterotróficas e, excedidas 500 UFC/ml, devem ser providenciadas imediata recoleta, inspeção local e, se constatada irregularidade, outras providências cabíveis.
Coleta de Amostras
• Cloro deve ser realizado no local no momento da coleta
• Microbiológica: deve conter neutralizador do cloro, ser transportada sobre refrigeração e analisada em no 24 ou emergencialmente 48 horas.
Crescimento bacteriano
Sob condições ótimas de crescimento, ou seja, condições físicas, químicas e nutricionais adequadamente balanceadas (leite cru), a Escherichia coli apresenta um tempo de geração médio de 20 minutos, ou seja, a cada 20 minutos uma nova geração de indivíduos é produzida. Isso representa uma presença de aproximadamente 4x109 microrganismos no período de 12 a 18 horas partindo de uma unidade.
Fase “lag”-microrganismo está se adaptando ao meio
Fase exponencial, na qual o microrganismo já está adaptado
A fase estacionária, na qual já começam a escassear os nutrientes
Fase de declínio, na qual os microrganismos produzem toxinas e o número de mortes supera o número de novos microrganismos.
Robazza; Teleken; Gomes 2010
Crescimento bacteriano
Avaliação dos Resultados
Parâmetros VMP UnidadeGoiás -
Itapuranga
MT -Rondonópo
lis
MG -Patrocín
io
MG -Patrocín
io
MG -Patos de
Minas
MG -Ponte Nova
BH 5 x 102 UFC/mL >6.500 A <102 <102 >6.500
CTT Ausência NMP >23 A <1,0 <1,0 A P
CTM Ausência NMP A A
Ec Ausência NMP >23 A <1,0 <1,0 A A
Salmonela Ausência UFC/mL A A
Cloro DPD 5,0 mg/L
CRL 0,5 - 2,0 mg/L 0,00 0,58 0,10 0,60 <0,01
Avaliação dos Resultados
Parâmetros VMP UnidadeMG -
JuqueriES -
GuarapariES - Viana
SP -Neves
Paulista
PR -Ibiporã
SC-Seara
RS - Passo Fundo
BH 5 x 102 UFC/mL 78 >3,0 x 103 >3,0 x 103 82,2 x 102 7,5 x 103
CTT Ausência NMP P A A P 3,60 365 P
CTM Ausência NMP <3,0
Ec Ausência NMP A A A P 23
Salmonela Ausência UFC/mL
Cloro DPD 5,0 mg/L 0,00
CRL 0,5 - 2,0 mg/L <0,01 <0,10 ND
OBRIGADO
João Luis dos Santos
www.especializo.com.br