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A importância do controle interno nos estoques em micro e pequenas empresas do ramo calçadista no centro comercial da cidade de Dourados, MS The importance of internal control in stocks in micro and small enterprises in the footwear industry trade center city of Dourados, MS Elisangela Aparecida Gomes 1 Maria Aparecida Farias de Souza Nogueira 2 Bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). E-mail: [email protected] Mestre em Agronegócios pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Professora Assistente na Faculdade de Administração, Contábeis e Economia – FACE/UFGD. E-mail: [email protected] Recebido em 14 de janeiro de 2014 e aprovado para publicação em 26 de fevereiro de 2014

A importância do controle interno nos estoques em micro e pequenas empresas do ramo calçadista no centro comercial da cidade de Dourados, MS

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  • A importncia do controle interno nos estoques em micro e pequenas empresas do ramo caladista

    no centro comercial da cidade de Dourados, MS

    The importance of internal control in stocks in micro and small enterprises in the footwear industry trade

    center city of Dourados, MS

    Elisangela Aparecida Gomes1 Maria Aparecida Farias de Souza Nogueira2

    Bacharel em Cincias Contbeis pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). E-mail: [email protected]

    Mestre em Agronegcios pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Professora Assistente na Faculdade de Administrao, Contbeis e

    Economia FACE/UFGD. E-mail: [email protected]

    Recebido em 14 de janeiro de 2014 e aprovado para publicao em 26 de fevereiro de 2014

  • 26 Multitemas, Campo Grande, MS, n. 45, p. 25-45, jan./jun. 2014

    RESUMO

    Esta pesquisa teve como objetivo inves-tigar a importncia do Controle Interno

    nos Estoques em micro e pequenas empresas do ramo caladista na cidade de Dourados, MS. Caracteriza-se como

    exploratria, quanto ao objetivo, pois tem a inalidade de proporcionar maiores

    informaes sobre determinado assunto; quanto aos procedimentos, caracteriza-se

    como bibliogrica e de levantamento ou survey; tambm se caracteriza quanto

    abordagem do problema como qualitativa e quantitativa. Foram utilizados ques-

    tionrios contendo perguntas abertas e fechadas, num total de 27 questes, tendo

    sido este adaptado de S (2007), como sugesto para auditoria de controle inter-no para estoques. A pesquisa foi realizada sob a forma de acessibilidade de informa-es junto s empresas do ramo caladis-

    ta com localizao no centro comercial da cidade de Dourados, MS. Pela anlise

    dos dados, constatou-se que a prtica nas empresas no est totalmente de acordo com o que a teoria airma ser um correto

    controle de estoques.

    PALAVRASCHAVE

    controles de estoquesempresas

    auditoria interna

    ABSTRACT

    This research aimed to investigate the importance of Internal Control in the Stocks in micro and small enterprises in the footwear industry in the city of Dourados, MS. It is characterized as exploratory, as the goal, since aims to provide more information about a particular subject, as to the procedures and is characterized as a bibliographic survey or survey, also characterized as to approach the problem as a qualitative and quantitative. We used questionnaires containing open and closed questions, a total of 27 questions, and this was adapted from S (2007), as a suggestion to audit internal control for stocks. The survey was conducted in the form of accessibility of information from the companies in the footwear industry with location in the commercial center of Dourados, MS. For the data analysis it was found that practice in companies is not fully agree with what the theory claims to be a correct inventory control.

    KEY WORDS

    inventory controlsCompaniesinternal audit

  • 27GOMES, E.A.; NOGUEIRA, M.A.F.S.A importncia do controle interno nos estoques em micro e pequenas empresas do ramo caladista no centro comercial da cidade de Dourados, MS

    INTRODUO

    A presente pesquisa tem como objetivo investigar a importncia do controle interno nos estoques em micro e pequenas empresas do ramo caladista no centro comercial da cidade de Dourados, MS, tendo em vista que, segundo pesquisa do Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas, as pequenas e as microempresas so respons-veis por mais da metade dos empregos com carteira assinada no Brasil (SEBRAE, 2005).

    Os estoques so considerados como o ativo mais importante do capital circulante das empresas (IUDCIBUS et al., 2010) e, de acordo com pesquisa publicada pelo Sebrae (2011) sobre a sobrevivncia das empresas, a qual mostra que uma das causas de mortalidade a m ges-to empresarial, encontra-se a falta de controles eicientes dos estoques.

    Em 1984, a Lei n. 7.256/84, regulamentada pelo Decreto n. 90.880/85, criou a categoria de microempresa. Essa lei estabelecia para a microempresa um tratamento privilegiado como forma de re-conhecer e airmar a importncia dessa categoria de empresa para o desenvolvimento nacional.

    A Lei n. 9.317/96 (BRASIL, 1996), que aprovou o Simples, trouxe benecios microempresa no que diz respeito tributao, pois reduziu a carga tributria federal, simpliicou a forma de recolhimento desses tributos, a declarao de ajuste anual e a escriturao iscal das empresas enquadradas nesse sistema.

    Diante do exposto, formulou-se a seguinte questo como pro-blema desta pesquisa: como as micro e pequenas empresas do ramo caladista situadas no centro comercial da cidade de Dourados, MS efetuam o controle interno dos seus estoques?

    O trabalho estruturou-se por meio de captulos. O primeiro captulo trata da introduo, deinio do problema, os objetivos e a justiicativa. No segundo captulo, feita a fundamentao terica em que se escreve sobre a contabilidade, auditoria, controle interno e mi-croempresa para contextualizao da pesquisa. E, no terceiro captulo, descrita a metodologia utilizada no trabalho. No quarto captulo, so conhecidos os dados da elaborao da pesquisa, bem como a anlise efetuada para obteno da resposta do problema proposto. E por ltimo feita a concluso.

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    1 FUNDAMENTAO TERICA

    Beuren (2010, p. 56) airma que pela leitura do material biblio-grico, preciso deinir a linha terica que coaduna com os pontos de vista do pesquisador e ressalta que preciso proceder adequao do marco terico referencial ao esclarecimento dos fatos que a pesquisa se prope esclarecer.

    Dessa forma, procedeu-se a uma reviso bibliogrica a im de dar suporte resoluo das questes e objetivos propostos. Primeiramente, ser apresentado o conceito de contabilidade, auditoria e as diferenas entre auditoria interna e externa. Em seguida ser tratado o conceito de controle e controle interno, tipos de controle, caractersticas de um eiciente sistema de controle interno, inalidades e avaliao do controle interno e limitaes do controle interno. Finalizando, discutir-se- sobre os estoques e microempresa.

    1.1 CONTABILIDADE

    A Contabilidade o instrumento que fornece o mximo de in-formaes teis para a tomada de decises dentro e fora da empresa. Ela muito antiga e sempre existiu para auxiliar as pessoas a tomarem decises (MARION, 2008).

    O governo utiliza-se da Contabilidade para arrecadar impostos e assim a tornou obrigatria para a maioria das empresas; entretanto a funo mais importante da Contabilidade auxiliar as pessoas a tomarem decises e no como ferramenta para arrecadar impostos (MARION , 2008).

    A esse respeito Franco e Marra (2009, p. 25) escrevem que o objeto da contabilidade o patrimnio administrvel sobre o qual ela fornece as informaes necessrias avaliao da riqueza e dos resul-tados produzidos por sua gesto.

    1.2 CONCEITO, DEFINIO E ORIGEM DA AUDITORIA

    Auditoria um termo que se da tcnica pela qual so realizados exames dos registros e das demonstraes contbeis para se veriicar a autenticidade das mesmas (CREPALDI, 2009).

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    Segundo Attie (2010, p. 5), a auditoria uma especializao contbil voltada a testar a eicincia e eiccia do controle patrimonial implantado com o objetivo de expressar uma opinio sobre determi-nado dado.

    Para Crepaldi (2009, p. 3), auditoria pode ser deinida como o levantamento, estudo e avaliao sistemtica das transaes, procedi-mentos, operaes, rotinas e das demonstraes inanceiras de uma entidade.

    A auditoria surgiu da necessidade de comprovao da autenticida-de das demonstraes inanceiras quando do aparecimento de grandes empresas e do imposto de renda, uma vez que a fazenda pblica queria ter a certeza da exatido dessas demonstraes para im de recebimen-to desse imposto e para proteger os investidores que tinham parte do capital dessas grandes empresas. Surgiu na Inglaterra, que possua grandes companhias de comrcio e tambm praticava a taxao sobre a renda (FRANCO; MARRA, 2009).

    1.2.1 Auditoria interna e externa

    Quanto forma de interveno, classiica-se a auditoria em interna e externa. Auditoria interna a tarefa de inspeo dos controles internos para veriicar se estes so realizados em conformidade com a poltica da entidade de forma a prestar servio administrao.

    Para Crepaldi (2009), auditoria interna a que tem por objetivo examinar se os controles internos so feitos de forma ntegra, adequada e eicaz na entidade.

    Auditoria externa uma investigao que o proissional auditor independente faz em entidade alheia, para emitir parecer de que todos os procedimentos contbeis e inanceiros esto ou no de acordo com as normas aplicadas contabilidade.

    O CFC (2003) conceitua a auditoria externa como sendo:

    [...] conjunto de procedimentos tcnicos que tem por objetivo a emisso de parecer sobre a sua adequao consoante os Princ-pios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade e, no que for pertinente, legislao especica.

    Pode-se demonstrar as diferenas entre auditor interno e auditor externo no Quadro n. 1:

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    AUDITOR INTERNO AUDITOR EXTERNO- empregado da empresa auditada;

    - No tem vnculo empregatcio com a empresa auditada;

    - Menor grau de independncia; - Maior grau de independncia;- Executa auditoria contbil e operacional;

    - Executa apenas auditoria contbil;

    - Os principais objetivos so: veriicar se as normas inter-

    nas esto sendo seguidas; veriicar a necessidades de

    aprimorar as normas inter-nas vigentes;

    veriicar a necessidade de no-vas normas internas;

    efetuar auditoria das diver-sas reas das demonstraes contbeis;

    - O principal objetivo emitir um pare-cer ou opinio sobre as demonstraes contbeis, no sentido de veriicar se es-tas reletem adequadamente a posio patrimonial e inanceira, o resultado das operaes, as mutaes do patrimnio lquido e os luxos de caixa da empresa examinada. Tambm, se essas demons-traes foram elaboradas de acordo com os princpios contbeis e se esses princ-pios foram aplicados com uniformidade em relao ao exerccio social anterior;

    - Maior volume de testes (tem maior tempo na empresa para executar os servios de audi-toria).

    - Menor volume de testes, j que est in-teressado em erros que individualmen-te ou cumulativamente possam alterar de maneira substancial as informaes das demonstraes contbeis.

    Quadro 1 - Principais diferenas entre o auditor interno e o auditor externo

    Fonte: Almeida (2010, p. 6)

    Assim, o prximo tpico abordado versar sobre os controles, como um item essencial dentro da auditoria interna e da gesto admi-nistrativa.

    1.3 CONTROLE

    Segundo Atkinson (2008, p. 581), controle o conjunto de m-todos e ferramentas que os membros da empresa usam para mant-la na trajetria para alcanar seus objetivos.

    Para Silva (2006, p. 97), controle o processo administrativo que consiste em veriicar se tudo est sendo feito de acordo com o que foi planejado e as ordens dadas, bem como assinalar as faltas e os erros, a im de repar-los e evitar sua repetio.

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    J Maximiano (2004, p.190) entende que controle o processo de produzir e usar informaes para tomar decises, sobre a execuo de atividades e sobre objetivos.

    Tambm pode ser conceituado de acordo com Equipe de Profes-sores da FEA/USP (2006, p. 24) como um processo pelo qual a alta administrao se certiica, na medida do possvel, de que a organizao est agindo em conformidade com os planos e polticas traados pelos donos de capital e pela prpria alta administrao.

    Portanto, na viso dos autores, presume-se que o controle uma ferramenta essencial para ajudar a administrao da empresa a chegar a seus objetivos.

    1.3.1 Controle interno

    Se tomarmos em conta a evidente falibilidade humana, impe-se a introduo de sistemas de controle adaptados s diferentes situaes de problemtica social (COLELLA, 1986).

    Controle interno a averiguao dos procedimentos administra-tivos e contbeis para saber se estes esto de acordo com as normas da entidade e dos Princpios e Normas da Contabilidade (FRANCO; MARRA, 2009).

    Segundo Crepaldi (2009, p. 349), quando se examinam os con-troles internos de uma empresa, est-se analisando a organizao dos controles e tambm a execuo deles.

    Almeida (2010, p. 42) deine como sendo o conjunto de proce-dimentos mtodos ou rotinas com os objetivos de proteger os ativos, produzir dados contbeis coniveis e ajudar a administrao na con-duo ordenada dos negcios.

    O controle interno tem que fazer parte dos processos administra-tivos e contbeis, para garantir que os objetivos dos trabalhos estejam sendo cumpridos. Existem setores que esto mais sujeitos a irregula-ridades nas entidades, tais como compras, vendas, contas a pagar e receber, folha de pagamento, estoque de mercadorias e inanceiro, e os controles buscam identiicar e prevenir essas irregularidades (S, 2007).

    Assim tem-se, baseado nos conceitos apresentados pelos auto-res, que, para um bom funcionamento dos processos administrativos e

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    contbeis, preciso um sistema de controle interno eicaz e que atenda as necessidades particulares de cada entidade.

    1.3.2 Tipos de controles

    Os controles esto divididos em dois grupos: os administrativos e os contbeis; os administrativos dizem respeito aos processos admi-nistrativos operacionais da entidade, iscalizao e vigilncia dessas atividades operacionais (CREPALDI, 2009).

    Na viso de Crepaldi (2009, p. 357), os controles administrativos compreendem o ...plano de organizao e todos os mtodos e proce-dimentos utilizados para proporcionar eicincia s operaes, dar nfase poltica de negcios da empresa bem como a seus registros inanceiros

    Ainda segundo Crepaldi (2009, p. 357), os controles compreen-dem: Normas salutares, que observam prticas saudveis aos interesses da empresa [...] e Pessoal qualiicado, que estejam aptos a desenvolverem suas atividades bem instrudos por seus responsveis.

    J para S (2007, p.106), os controles contbeis se relacionam di-retamente com a rotina contbil, patrimnio, registros e demonstraes.

    A respeito dos controles contbeis, Crepaldi (2009, p. 357) escreve compreendem o plano de organizao e todos os mtodos e procedi-mentos utilizados para salvaguardar o patrimnio e a propriedade dos itens que o compem.

    1.3.3 Caractersticas de um eiciente sistema de controle interno

    Os elementos bsicos que contribuem e identiicam um bom sistema de controle interno so (COLELLA, 1986, p. 5):

    polticas e procedimentos claramente determinados que levam em conta as funes de todos os setores da organizao;

    um organograma adequado onde a linha de autoridade e con-sequente responsabilidade sejam deinidas entre os diversos departamentos, chefes, encarregados de setores, tendo-se em conta a necessria segregao de funes;

    empregados com um grau de qualiicao e habilidade para o cargo que ocupam;

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    a certeza de que as normas estabelecidas esto sendo bem executadas.

    Dessa forma, tem-se que segregao de funes uma das mais importantes caractersticas do controle interno, pois compreende a no acumulao de vrias atividades que possam ser passveis de fraude.

    1.3.4 Finalidade e limitaes do controle interno

    A inalidade dos controles internos ajudar a administrao a obter os resultados esperados, por meio de vigilncia, iscalizao e averiguao dos procedimentos gerenciais (S, 2007).

    Crepaldi (2009) e Almeida (2010) concordam que as limitaes do controle interno so em relao a:

    conluio de funcionrios na apropriao de bens da empresa; instruo inadequada dos funcionrios com relao s normas

    internas; negligncia dos funcionrios na execuo de suas tarefas dirias

    (CREPALDI, 2009, p. 366; ALMEIDA, 2010, p. 50).

    Tambm possvel que haja falhas resultantes de mau entendi-mento das funes, erros de juzo, descuidos ou outros fatores huma-nos, como a conivncia de determinados funcionrios para burlar os procedimentos de controle. Dessa forma, os procedimentos de controle podem mostrar-se ineicazes em face desses erros e irregularidades que possam acontecer. O custo do sistema de controle interno no deve ultra-passar seus benecios, o que levado em conta para conceitu-lo como proporcionante de razovel certeza da consecuo de seus objetivos. Se identiicados no sistema de controle interno aspectos passveis de me-lhoria, o auditor pode emitir uma carta-comentrio (CREPALDI, 2009).

    1.3.5 Avaliao do controle interno

    De acordo com Crepaldi (2009, p. 370), o processo de avaliao do controle interno consta de trs etapas: [...] o realce do sistema; a avaliao propriamente dita do sistema; a realizao de testes de cum-primento de normas internas.

    De acordo com S (2007, p. 105), modernamente o conceito de avaliao dos controles internos tem-se dilatado: alm das preocupa-

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    es com a coniabilidade dos dados, acrescentou-se a da qualidade dos mesmos.

    1.4 ESTOQUES

    Estoques compreendem o conjunto de recursos materiais em posse de uma entidade econmica. Representam um dos mais impor-tantes ativos do capital circulante das indstrias e empresas comerciais (IUDCIBUS et al., 2010).

    Dependendo da atividade econmica, ele pode ter diferentes signiicados: em uma empresa comercial, o conjunto de mercadorias destinadas venda; para uma empresa industrial, a matria-prima que passar por transformao; j para uma empresa de servios, consiste nos materiais disposio para a prestao desses servios (MARION, 2008).

    As contas dos estoques variam de acordo com o tipo de empresa, mas podem ser divididos nas seguintes categorias: Produtos acabados e em elaborao; Mercadorias para revenda; Matrias-primas; Materiais de acondicionamento e embalagem, auxiliares, de manuteno e supri-mento gerais; Importaes em andamento e Almoxarifado (IUDCIBUS et al., 2010, p. 75).

    Percebe-se assim que a rea de estoques deve ser frequentemen-te controlada devido a sua importncia. O controle interno sobre os estoques compreende controles contbeis e sicos (CREPALDI, 2009, p. 524).

    Uma das formas de controle utilizada com relao ao estoque so os inventrios, conceituados na sequncia.

    1.4.1 Inventrios

    Inventrio a contagem sica dos estoques para ins de veriica-o da existncia destes, no s dos estoques, mas tambm do Imobili-zado e de tantos quantos se veriique a necessidade de comprovao da existncia sica. classiicado como inventrio permanente e inventrio peridico (MARION, 2008).

    O inventrio peridico utilizado em empresas que no utilizam o inventrio permanente sendo levantado no im de cada perodo contbil;

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    para se chegar ao valor e quantidades dos estoques, preciso fazer um levantamento, uma contagem (MARION, 2008).

    O inventrio permanente um sistema de inventrio que permite a obteno de informaes sobre os valores dos estoques e o custo das mercadorias vendidas a qualquer tempo: uma forma de controle per-manente. Esse controle feito por meio de ichas individuais para cada item do estoque e inventrio que contm a movimentao, quantidade, valor unitrio e total (MARION, 2008).

    Veriica-se que o inventrio permanente mais vantajoso, visto que se tm disposio as informaes sobre o estoque a qualquer tempo, j que o inventrio peridico no permite ao usurio levantar a informao a qualquer momento, pois essa informao no existe; necessrio para seu conhecimento proceder a um levantamento e contagem sica dos estoques.

    Para se atingir os objetivos de pesquisa sobre o tema proposto, necessrio se faz conceituar a seguir sobre a microempresa.

    1.5 MICROEMPRESA

    De acordo com pesquisa publicada pelo Sebrae em 2011, no Brasil so criados anualmente mais de 1,2 milho de novos empreendimentos formais. Desse total, mais de 99% so consideradas micro e pequenas empresas e Empreendedores Individuais (EI).

    Ainda segundo a mesma pesquisa, as micro e pequenas empresas so responsveis por mais da metade dos empregos com carteira assi-nada. Segundo Dolabela (1999, p. 32 apud VAZ; GOMES, 2011), a nova organizao da produo no mundo coloca a pequena e a mdia empresa em seu centro. Elas so responsveis pelas taxas crescentes de emprego, de inovao tecnolgica, de participao no PIB, de exportao.

    Micro empresa pode ser deinida de acordo com o critrio de receita bruta anual, segundo o Estatuto da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte (Lei n. 123/2006 [BRASIL, 2006) e o Simples (Lei n. 11.196/2005, [BRASIL, 2005]) tambm pelo nmero de empregados, segundo o Ministrio do Trabalho e Emprego e o Sebrae. Deine-se microempresa:

    quanto receita bruta - aquela que tem receita bruta anual de at R$ 360.000,00;

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    quanto ao n de funcionrios, no comrcio e servio - tem at 09 funcionrios, na indstria e construo tem at 19 funcionrios.

    Ressalta-se com pesquisa do Sebrae publicada em 2011, que a sobrevivncia desses empreendimentos condio indispensvel para o desenvolvimento econmico do pas. E todos os estudos no Brasil e no mundo mostram que os dois primeiros anos de atividade de uma nova empresa so os mais diceis o que torna esse perodo o mais importante em termos de monitoramento da sobrevivncia.

    Pesquisa divulgada pelo Sebrae (2005) mostra que a taxa de sobrevivncia das empresas constitudas em Mato Grosso do Sul era de 65,4%.

    Outro estudo do Sebrae (2007) cita os fatores contribuintes para a sobrevivncia dos negcios: maior experincia na atividade; aperfeio-amento dos produtos/servios; dedicao exclusiva ao negcio; opo pelo simples; obteno de emprstimos para MPEs; conhecimento prvio dos clientes; conhecimento prvio dos aspectos legais; conheci-mento prvio dos fornecedores.

    O mesmo estudo traz como fatores determinantes da mortalidade de empresas: deicincias no planejamento antes da abertura do ne-gcio; deicincias na gesto empresarial, aps a abertura do negcio; polticas insuicientes de apoio s empresas; conjuntura econmica de-primida (baixo consumo e elevada concorrncia) e problemas pessoais dos scios-proprietrios.

    A Lei n. 9.317/96 (BRASIL, 1996), que aprovou o Simples, traz um tratamento diferenciado e simpliicado s micro e pequenas empresas no que diz respeito tributao (essa Lei foi substituda pela Lei n. 123/2006 (BRASIL, 2006), mas continua a dar s micro e pequenas empresas o mesmo tratamento diferenciado), reduziu a carga tributria federal e simpliicou a forma de recolhimento desses tributos, a decla-rao de ajuste anual e a escriturao iscal das empresas enquadradas nesse sistema.

    Cabe ressaltar que a adeso opcional s empresas e tambm que existem restries para que a empresa opte pelo Simples. O fato de a empresa ser classiicada como microempresa, segundo os critrios de receita bruta anual e n. de empregados, no garante empresa o direito a aderir ao Simples Nacional, existem vedaes na Lei Complementar n. 123 de 14 de dezembro de 2006.

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    2 METODOLOGIA

    De acordo com Andrade (2009, p. 111), pesquisa o conjunto de procedimentos sistemticos, baseado no raciocnio lgico, que tem por objetivo encontrar solues para problemas propostos, mediante a utilizao de mtodos cienticos, e complementa dizendo que me-todologia o conjunto de mtodos ou caminhos que so percorridos na busca do conhecimento.

    De acordo com Marconi e Lakatos (2010, p. 65), todas as cincias caracterizam-se pela utilizao de mtodos cienticos, e ressaltam que o mtodo o conjunto das atividades sistemticas e racionais que, com maior segurana e economia, permite alcanar o objetivo conhecimen-tos vlidos e verdadeiros traando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decises do cientista.

    Tendo em vista a falta de consenso entre os autores no que se re-fere tipologia de delineamentos de pesquisas, utilizam-se as tipologias que se acredita de maior aplicabilidade nas Cincias Contbeis, a saber: pesquisa quanto aos objetivos; pesquisa quanto aos procedimentos e a pesquisa quanto abordagem do problema (BEUREN, 2010).

    Quanto aos objetivos, esta pesquisa caracteriza-se como explo-ratria, pois tem como inalidade proporcionar maiores informaes sobre determinado assunto (ANDRADE, 2009, p. 114).

    Gil (1999 apud BEUREN; RAUP, 2010, p. 80) destaca que a pesqui-sa exploratria desenvolvida no sentido de proporcionar uma viso geral acerca de determinado fato.

    Beuren e Raupp (2010, p. 80) escrevem que uma caracterstica interessante da pesquisa exploratria consiste no aprofundamento de conceitos preliminares sobre determinada temtica no contemplada de forma satisfatria anteriormente.

    Portanto esta pesquisa exploratria, pois no foi constatado nenhum estudo que abordasse o problema em questo na cidade de Dourados.

    Quanto aos procedimentos, esta pesquisa ser caracterizada como bibliogrica e levantamento ou survey. De acordo com Barufi (2004, p. 59), a pesquisa bibliogrica aquela pesquisa que procura explicar um problema a partir de referncias tericas publicadas em documentos e ressalta ainda que a inalidade da pesquisa bibliogrica a de colocar

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    o pesquisador em contato direto com tudo aquilo que foi escrito sobre determinado assunto (BARUFFI, 2004, p. 60).

    Beuren e Raupp (2010, p. 89) acrescentam que a pesquisa bi-bliogrica utiliza-se principalmente das contribuies de vrios autores sobre determinada temtica de estudo.

    Segundo Gil (1999, p. 70 apud BEUREN; RAUP, 2010, p. 85), as pesquisas de levantamento

    [...] se caracterizam pela interrogao direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Basicamente procede-se solicitao de informaes a um grupo signiicativo de pessoas acerca do problema estudado para, em seguida, mediante anlise quantitativa, obter as concluses correspondentes aos dados coletados.

    Os dados referentes ao tipo de pesquisa de levantamento ou survey podem ser coletados com base em uma amostra retirada de determinada populao ou universo que se deseja conhecer (BEUREN; RAUP, 2010, p. 85).

    Nesta pesquisa bibliogrica, utilizou-se de livros, artigos e in-formativos peridicos para ser possvel investigar o problema objeto de pesquisa.

    Para realizar o levantamento dos dados, fez-se uso de questio-nrio. Na viso de Andrade (2009, p. 136), para elaborar as perguntas de um questionrio, indispensvel levar em conta que o informante no poder contar com explicaes adicionais do pesquisador. Por esse motivo, as perguntas devem ser muito claras e objetivas.

    Tambm se caracteriza quanto abordagem do problema como qualitativa e quantitativa. Segundo Beuren e Raupp (2010, p.94), a abordagem quantitativa caracteriza-se pelo emprego de instrumentos estatsticos tanto para a coleta quanto para o tratamento dos dados.

    Beuren e Raupp (2010, p. 92) destaca que na pesquisa qualitativa concebem-se anlises mais profundas em relao ao fenmeno que est sendo estudado. A abordagem qualitativa visa destacar caractersticas no observadas por meio de um estudo quantitativo, haja vista a su-pericialidade deste ltimo.

    A pesquisa foi realizada sob a forma de acessibilidade junto s empresas que desejaram participar da pesquisa.

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    Fizeram parte do universo da pesquisa as empresas do ramo de calados situadas no centro comercial da cidade de Dourados que se localizam no centro comercial. Para ins deste trabalho, considera-se como centro comercial o quadrante compreendido entre a Avenida Marcelino Pires e Avenida Weimar Gonalves Torres entre as ruas Hil-da Bergo Duarte e Joo Rosa Ges (Figura 1). Assim, inseridos nessas especiicidades, foram convidados os participantes desta pesquisa, que foi realizada no 1 semestre de 2013.

    Figura 1 - Espao amostral da pesquisaFonte: Google maps (2013)

    Foi uti lizado um questionrio contendo perguntas abertas e fecha-das, num total de 27 questes, tendo sido este adaptado de S (2007), como sugesto para auditoria de controle interno para estoques.

    Aps a c oleta de dados, as respostas foram tabuladas utilizando-se o programa Microsoft excell para se medir as frequncias e percentuais de respostas fechadas e procedeu-se anlise quali-quantitativa deles.

    3 APRESENTAO E ANLISE DOS DADOS

    O municpio brasileiro de Dourados localiza-se na regio Centro-Oeste, no Estado de Mato Grosso do Sul, tendo sido fundado em 20 de

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    dezembro de 1935, pelo ento Governador do Estado, Sr. Mrio Cor-ra da costa. Nos anos 1990, alm do crescimento da agropecuria, o desenvolvimento comercial e de servios na zona urbana foi decisivo para que Dourados se consolidasse como polo regional, de servios e agropecurio, alm de exercer o papel de municpio polo do cone sul do Estado. Possui uma localizao estratgica, tanto em termos regio-nais como em relao aos grandes mercados consumidores nacionais e internacionais, sobretudo no que se refere aos pases do MERCOSUL. Dourados a maior cidade do interior de Mato Grosso do Sul. O poten-cial econmico mais promissor do municpio encontra-se centrado na atividade agropecuria e agroindustrial.

    Fatores favorveis como relevo, solo especialmente frtil, clima e hidrograia, aliados ao esprito empreendedor dos empresrios locais, alm do elevado nvel tecnolgico empregado na atividade agropecuria, tm garantido a Dourados a posio de principal produtor de gros do Estado. Em situao de destaque, encontra-se tambm a pecuria que se diferencia pela adoo em larga escala de prticas inovadoras (VALE-RETTO, 2011). De acordo com dados da Junta Comercial de Mato Grosso do Sul (JUCEMS), o municpio de Dourados contava com 613 empresas ativas registradas com atividade de comercio varejista de calados, em 22 de janeiro de 2013.

    Foram enviados 15 questionrios e obtidos dez respondidos. Os resultados esto apresentados nas tabelas e explicaes seguintes, o que conigura 66% do universo amostral.

    O primeiro item a ser analisado diz respeito ao peril do respon-dente.

    Quanto ao gnero, 60% so do sexo masculino e 40% so do sexo feminino, o que ainda demonstra que a maioria dos ocupantes dos cargos de cheia das empresas investigadas do sexo masculino.

    Em relao ao cargo dos respondentes, a maioria, 80%, eram gerentes enquanto que 20% se apresentaram como proprietrio e vendedor. Em relao escolaridade, a maioria, 80%, detinha o 2 grau completo; apenas um dos participantes tinha um curso superior e este no tinha relao com o cargo de gerente que ocupava, visto que o curso de formao era na rea de pedagogia.

    Quanto ao porte da empresa, a maioria, 70%, classiicava-se como pequena empresa; apenas 30% eram compostas por microempresas.

  • 41GOMES, E.A.; NOGUEIRA, M.A.F.S.A importncia do controle interno nos estoques em micro e pequenas empresas do ramo caladista no centro comercial da cidade de Dourados, MS

    Dos entrevistados 70% airmaram existir em seu estabelecimento uma seo ou departamento responsvel pelo estoque.

    Demonstra-se com esse dado que a maioria das empresas est preocupada com os seus estoques, pois estes so um dos mais impor-tantes componentes de uma empresa, visto que sua comercializao que traz resultados para a empresa (IUDCIBUS et al., 2010).

    No que diz respeito existncia de um responsvel pelo almoxa-rifado, 60% airmaram que existe um responsvel enquanto que 40% disseram que no. Assim, a maioria dos empresrios est identiicando a necessidade de controlar esses estoques, j que uma rea de risco e sujeita a fraudes (IUDCIBUS et al., 2010).

    Em relao a registros permanentes dos saldos de mercadorias, 90% airmaram a existncia desse registro.

    Com relao existncia de ichas de estoque e de valores, 90% airmaram que estas so informatizadas e que os seus registros so informatizados e digitados pelo proprietrio ou pelo gerente, o que demonstra a preocupao em controlar os estoques, mas tambm demonstra que no existe a segregao de funes que a teoria airma ser uma das principais caractersticas de um eiciente controle interno.

    Quando questionados se todos os produtos comprados passam pelo almoxarifado, 70% disseram que sim, enquanto 30% disseram que no, o que pode ocasionar desvios e fraudes.

    Quando perguntado se quem registra o controle de estoque subordinado ao almoxarife, 40% disseram que sim, e 60% disseram no.

    Sobre a existncia de inspetores de estoque, 60% disseram no existir tal pessoa.

    Quando perguntados se as diferenas de estoques so relacio-nadas, 90% disseram que sim, e 90% tambm disseram que essas diferenas so ajustadas fazendo-se acertos ou dando baixas e ainda airmaram que so feitas investigaes sobre as diferenas.

    Em relao s devolues, 60% disse que so controladas e, na maioria das vezes, esse controle feito e iscalizado pelo gerente, o que comprova o acmulo de funes e mais uma vez a no existncia de segregao de funes.

    Quando perguntados se os materiais inadequados e obsoletos so relacionados, a metade disse que sim, e a outra metade disse que no.

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    Dos entrevistados 90% airmaram no perceber nenhuma possi-bilidade de desvio nos estoques, e como visto anteriormente, 60% dis-seram que no existem inspetores de estoque o que poderia contribuir para que no acontecessem desvios.

    Quanto existncia de materiais sem movimento h mais de um ano, 90% dos entrevistados disseram que existem, e destes, 60% airmaram que esses materiais no so relacionados.

    Os respondentes foram unnimes em dizer que a seo de re-cepo oferece boas condies de conferncia dos materiais e tambm em airmar que as unidades dos materiais esto bem deinidas nos controles; quanto existncia de seguro, apenas a metade disse que o estoque segurado. Por ltimo, quando questionados sobre qual o critrio para a deinio das quantidades de estoques, metade disse no existir e a outra metade airmou desconhecer. No foram constatadas outras observaes.

    CONCLUSO

    O presente trabalho teve como objetivo investigar como as em-presas do ramo caladista situadas no centro da cidade de Dourados efetuam os controles internos em seus estoques. Para tanto foi utili-zado o questionrio como instrumento de coleta, contendo perguntas abertas e fechadas, num total de 27 questes, tendo sido este adaptado de S (2007), como sugesto para auditoria de controle interno para estoques.

    Os resultados da pesquisa demonstram que a prtica empresarial no est totalmente de acordo com a recomendao dada pela biblio-graia estudada. Como j foi dito, os estoques so um dos mais impor-tantes ativos do capital circulante e como tal deve ser bem controlado; a metade dos entrevistados disse no saber se existem critrios para o estabelecimento das quantidades de estoques enquanto que a outra metade airmou no existir nenhum parmetro, o que demonstra que no existe uma administrao de estoque.

    Dos entrevistados 30% airmaram no existir sequer um departa-mento responsvel pelo estoque nem mesmo um responsvel pelo setor.

    Como visto anteriormente, o inventrio um dos meios de con-trole do estoque; quanto a isso, a grande maioria dos entrevistados

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    airmou que realizam inventrios, relacionam as diferenas, procedem-se ajustes para corrigir as diferenas e ainda fazem investigaes sobre estas.

    Diante do exposto, ica evidente a importncia e necessidade de as empresas investirem em controles internos principalmente nos estoques, que so os ativos mais importantes que uma empresa possui, e, quando bem administrados, gera vantagem competitiva no ramo em que atuam.

    Quanto ao objetivo proposto por este trabalho em investigar como as empresas realizam seus controles de estoque, conclui-se que o que apresentado na literatura no o que a prtica mostra como realidade nessa amostra de empresas pesquisadas.

    Recomendam-se outros estudos nesse sentido para aprofundar mais sobre o assunto e tambm em outros ramos para que se possa co-nhecer se o que foi encontrado pela pesquisa uma realidade tambm em outros setores.

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