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A Implementação da Norma EQUASS ASSURANCE

A Casa de Saúde Bento Menni encontra-se numa fase de implementação dos requisitos para a certificação, pela norma EQUASS ASSURANCE, estando prevista a auditoria final para Junho deste ano. Queremos, com isto, manter padrões ótimos de resposta às necessidades permanentes das pessoas assistidas e seus familiares; da comunidade e de todas as partes interessadas. O Centro tem como Missão a prestação de cuidados diferenciados e humanizados, em saúde mental e psiquiatria, de acordo com as melhores práticas clínicas, com qualidade e eficiência, respeito pela individualidade e sensibilidade do utente, numa visão humanista e integral da pessoa. É neste enquadramento, que surge este projeto de certificação, com o fim último de proporcionar, aos utentes, uma melhor qualidade de vida e uma prestação de cuidados diferenciados, com um elevado padrão de conforto, segurança e qualidade. A Casa de Saúde Bento Menni conta com a colaboração de todos para uma melhoria contínua dos serviços, inserida numa Visão de ser um estabelecimento de saúde com intervenção especializada, em saúde mental e psiquiatria, integrada na comunidade, em contínua evolução, no sentido de uma adequação sistemática e progressiva às necessidades da população, em cada momento, enquadrando na assistência prestada, os aspetos clínicos e sociais que englobam a dimensão física, psíquica e espiritual da pessoa. Todo o trabalho, realizado até aqui, tem sido pautado pela dedicação e envolvimento na implementação de politicas, procedimentos e instruções de trabalho, dando maior visibilidade e sistematização a todas as práticas, levadas a cabo pelos serviços, tendo sempre presente os Valores preconizados pelos Centros assistenciais, das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus: sensibilidade em relação aos excluídos; serviço aos doentes e necessitados; acolhimento libertador; saúde integral; qualidade profissional; humanidade na atenção; ética em toda a actuação; e consciência histórica.

Gestora da Qualidade

Boletim Jan-Abril. - Núm.34 Ano 2013 - Casa de Saúde Bento Menni da Guarda

Bairro da Luz 6300-575 GUARDA – Telf. 271200840

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Editorial Amigos, Leitores do Jornal - O SERRANO

É com satisfação que vos agradecemos o vosso olhar, a leitura e, porque não, as

emoções que desperta em vós este meio tão simples de comunicar.

Entrámos no ano 2013 com um conjunto de desafios plasmados em planos de serviços,

unidades, para dar corpo assim a uma programação em cascata, alinhados e

convergentes na concretização do plano anual da Casa de Saúde Bento Menni.

Este plano tem como principais desafios e concretizações: a modernização da estrutura

física de modo a personalizar mais os cuidados e alargar o atendimento em

internamento ao sexo masculino; dinamização dos programas de reabilitação sócio-

ocupacional, multissensorial, cognitiva e da pastoral da saúde; criação do grupo de

auto-representação; melhoria contínua na prestação individualizada dos cuidados;

obtenção da certificação pelo programa EQUASS Assurance; criação de uma unidade

sócio-ocupacional na comunidade, em parceria com o Departamento de Psiquiatria;

desenvolvimento de uma cultura de docência e investigação; difusão e assimilação da

identidade institucional no âmbito dos colaboradores, numa especial atenção aos

coordenadores de serviços/programas/equipas; projeção da imagem identitária da

instituição, nos diferentes âmbitos de relação.

Esta 1ª edição, neste ano, do nosso jornal quer oferecer uma panorâmica geral e

sintética dos principais eventos, atividades, ações realizadas neste primeiro

quadrimestre.

Saudações hospitaleiras.

Ir. Isabel Morgado

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ABERTURA À COMUNIDADE

Visitas à Casa de Saúde

Recebemos o encanto de jovens e de crianças que quiseram partilhar connosco a alegria da época natalícia. Ocorreram também visitas de estudo com a finalidade de percecionarem a nossa forma de organização e de prestação de cuidados.

Estágios

Neste período, iniciaram estágio na CSBM 10 alunos do Instituto Politécnico da Guarda:

- duas alunas do CET ( Curso Especialização Tecnológica) - Técnicas de Gerontologia;

- oito alunos do curso de Enfermagem da Escola Superior de Saúde da Guarda.

Ações de formação desenvolvidas

Realizamos diversas formações por áreas e serviços, num total de 80 horas, abrangendo a

grande maioria dos profissionais e voluntários: 16 horas correspondem a ações internas e 64

horas a ações externas.

Dia Participantes Proveniência Objetivo

5 de janeiro Grupo A Mensagem

(18 elementos)

S. Miguel - Guarda Cantar as Janeiras

29 crianças e respetivos educadores

Infantário do Bairro da Luz

Apresentar uma peça de teatro alusiva ao

Natal 7 de janeiro

92 crianças e 5 professores

EB1 do Bairro da Luz Cantar as Janeiras

19 de fevereiro 25 alunos do Curso

Técnico de Apoio Social e Secretariado

Agrupamento de Escola do Sabugal

Conhecer a Instituição, as atividades de

ocupação e a área administrativa

11 de abril 41 alunos do curso de

enfermagem

Escola Superior de Saúde da Guarda

(IPG)

Conhecer a Instituição e posterior

estágio na Casa de Saúde

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Janeiras

No passado dia cinco de Janeiro, cumpriu-se mais uma

tradição: as Janeiras. O canto das Janeiras é uma

tradição que consiste no “desfiar” de músicas temáticas

(natalícias) pelas ruas e por grupos de pessoas,

anunciando o nascimento de Jesus e desejando um feliz ano novo. Esses grupos vão, de porta

em porta, saudando os residentes, que, por sua vez, os acolhem, hospitaleiramente, oferecendo-

lhes as sobras das Festas da quadra natalícia.

Este ano, o grupo de cantares: “ Mensagem,”presenteou-nos com uma atuação magnífica. As

utentes que, no início, se mostraram um pouco tímidas, depressa se deixaram contagiar, por um

par inicial, que, espontaneamente, abriu o baile no salão do Hospital Dia, provocando, noutros

pares, a mesma energia rítmica que deu largas à magia do canto e da dança.

Também o agrupamento da escola, do Bairro da Luz – alunos do primeiro ciclo do jardim-escola

– nos surpreendeu com uma peça de teatro e algumas canções tradicionais, alusivas às janeiras.

Para cumprirmos a tradição, oferecemos um lanche aos nossos anfitriões.

As utentes gostaram muito da animação, sobretudo porque incluía a presença de, um grande

número de crianças.

Carnaval Mais um ano de grande diversão carnavalesca.

A 11 de Fevereiro, vésperas de carnaval, realizámos mais um desfile em que reinou a boa

disposição e a alegria, sobretudo para as utentes.

O tema, em foco, era dedicado à vida animal; por isso, a “bicharada,” andou à solta, pelos

corredores das unidades, exibindo os seus belos trajes e espalhando sorrisos e gargalhadas

contagiantes por todos os cantos da casa.

Florência Costa

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Dia Mundial do doente

10 de Fevereiro de 2013

Neste mundo fugaz e competitivo, onde tudo passa a correr, é bom que exista um tempo de

paragem que nos deixe abrir uma janela, para o vasto mundo do sofrimento, que, tantas vezes,

as rotinas e os afazeres do dia a dia nos impedem de percecionar!...

A Casa de Saúde Bento Menni, como referência na área assistencial, não podia, de modo algum,

deixar passar, esse dia, sem o assinalar com

um programa específico. Foi o que aconteceu

a 10 de Fevereiro – véspera do dia mundial do

doente.

Logo de manhã começou, pouco a pouco, a

aumentar o frenesim. Eram as utentes que

procuravam os seus familiares; eram as

famílias que iam chegando para estar ao lado

do seu familiar. E, nesse ambiente de família, foi-se aproximando a hora da Eucaristia, presidida

pelo nosso queridíssimo capelão, Padre Abel. A Eucaristia é o

momento, privilegiado, da celebração comunitária da nossa fé; a

escuta da Palavra de Deus, que faz parte integrante da

celebração, ajuda-nos a iluminar o mistério do sofrimento,

inerente à condição da nossa vida terrena.

Satisfeita a dimensão espiritual, as pessoas começaram a sair e

a orientar-se para o repasto comum, porque a dimensão

corporal começava também a fazer as suas respetivas queixas. O

almoço foi vivido de forma familiar. Cada família optou por estar próxima dos seus, potenciando

e fortificando laços; que, nesta Casa de Saúde, existem, não só em quantidade, mas também em

qualidade! A presença atenta e solícita, das famílias das utentes, deixa-nos, certamente, muito

orgulhosos.

Mas…não podia acabar aqui este dia, tão especial, dedicado a pessoas importantes. Assim, e

porque a alegria faz parte da vida, quisemos proporcionar uma tarde recreativa vivida em

ambiente familiar. Para isso, contámos com a presença, já habitual, do nosso queridíssimo

rancho ”Ó da Guarda”, que, como sempre, nos fez acelerar o coração com o ritmo das suas

danças. Vi, muitas pessoas, a bater o pé contagiadas pelas canções; umas novas, outras já

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conhecidas... houve mesmo, quem não suportando

estar sentado, se levantou e rodopiou embalado na

dança.

Findada a participação do rancho, fomos

agraciados com a presença do Orfeão, da Liga dos

Amigos do Tortosendo, que nos trouxe canções

belíssimas, através da combinação perfeita de letras

e melodias, interpretadas por grandes vozes. Penso

mesmo, que alguém na sala voou!... Voou nas memórias de tempos idos, nas lembranças de

lindos momentos...

Quando nos apercebemos, já se

tinha passado mais um dia em festa

familiar. O tempo passou a correr,

mas proporcionou alegrias que,

levadas no coração, serão

recordadas fazendo reviver as

emoções de ter estado presente

neste dia especial.

Fica, sem dúvida, a certeza de que “pró ano” procuraremos, mais uma vez, proporcionar a todos

a mesma satisfação. São os sorrisos libertados que nos ajudam a romper as saudades do

coração!

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Um Papa “Samaritano” Saudamos, com filial afeto, o Papa “samaritano” que nos chega “do fim do mundo “e nos abre caminhos novos e proféticos!... Sem bolsa nem alforge, de toalha à cinta e bacia na mão, vemo-lo inclinado sobre a fragilidade da condição humana, lavando – lhe os pés, à semelhança do seu Mestre e Senhor! Portador “da sede da sabedoria de vida” e da beleza do essencial – que o olhar terno e paterno do seu coração abarca – o Papa Francisco é um dom inigualável de Deus à Igreja e aos homens de boa vontade. Não é puro acaso que o modelo da fé – o patriarca Abraão – é um ancião que se torna viajante, um aposentado que se faz à estrada e a quem Deus manda olhar para os vastos céus e caminhar na direção de uma nova intensidade, de uma comunhão mais profunda e de uma responsabilidade maior!.. Na condução do rebanho que lhe foi confiado, movido pela compaixão e pela solicitude Pastoral – não permanecerá junto das ovelhas que pastam tranquilamente – saltará todas as sebes, passará pelas veredas mais estreitas; e – ainda que os espinhos das silvas lhe rasguem a pele – correrá por toda a parte, à procura da que anda errante, qual pastor de cem ovelhas, que a misteriosa linguagem das parábolas nos descreve!... O mundo como que parou para ver e ouvir este homem – que parece não ter nada de novo a dizer – mas que abre o seu coração terno e compassivo e nos fala de um Deus rico em Misericórdia em cada respiração!... Eloquente, na simplicidade das palavras e dos gestos, o Papa Francisco é o arauto da Boa – Notícia de Deus para homens e para as mulheres do nosso tempo!... Pecadores e santos, jovens e velhos, crentes e descrentes, todos são destinatários queridos da sua solicitude paternal!... Bendizemos, o Espírito de Deus, por ter inspirado, aos cento e quinze Cardeais da Igreja, a escolha feliz do sucessor de Pedro. Mais que uma soma numérica, a sua eleição foi, inequivocamente, uma misericordiosa surpresa do Espírito Santo que faz novas todas as coisas! “De tal modo novas, que ninguém poderá dizer: já o sabia” (Isaías 48,7).

Lurdes Diogo

(Assistente Espiritual)

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“Não há Ressurreição se não houver morte”

“Quem procura salvar a sua vida há-de perdê – la; e quem a perder,

há-de conservá-la” (Jo 12,25). Esta é a fórmula basilar da existência

humana – semelhante ao mistério do grão – que explica a plenitude

de muitas vidas entregues por amor. Só através da morte, como

oferta de si mesmo, chegaremos a produzir fruto abundante de vida nova!

A Via – Crucis, que percorremos nesta quaresma, com a encenação expressiva das estações da

piedade popular, pretendeu ser anúncio do amor de um Deus que assume pessoalmente os

sofrimentos dos homens, descendo ao meio deles até à morte de Cruz (cf. Fl 2.8). Este Deus, em

Jesus Cristo, chama-nos, diariamente, a condividir o sofrimento dos nossos irmãos que trazem,

no seu corpo, o mistério da dor, ou que são agredidos na sua dignidade, por causa das

injustiças, prepotências e incompreensões alheias.

A Via – Crucis é o caminho para nos perdermos a nós próprios, cruzando o caminho do serviço

dos nossos irmãos que sofrem. Porém, só com o auxílio Divino, podemos encaminhar-nos, na

totalidade do ser, para essa via donde ressurgirá a força da Ressurreição! Nesta expetativa

gloriosa, que o dom da fé nos garante, percorremos o caminho do calvário, para nos

encontramos dignos de ressuscitar com Cristo, na gloriosa manhã de Páscoa; e, pelos efeitos da

Ressurreição, caminharmos para uma vida sempre renovada.

Os apóstolos e os discípulos de Cristo – fizeram a experiência do Ressuscitado – e

transformaram as suas vidas a partir de dentro!... De temerosos, passaram a destemidos; de

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individualistas, passaram ao sentido da vida comunitária e da missão; recuperaram a Paz,

perdida, e compreenderam as Escrituras.

Para sublinhar a densidade e o sentido teológico da Oitava Pascal, no contexto desta Grande

Solenidade – que se estende até ao Pentecostes – no dia 05 de Abril, 5º dia da Oitava,

percorremos, em comunidade Hospitaleira, algumas das estações mais significativas do caminho

Pascal – a chamada Via – Lucis.

Uma equipe de “profissionais de palco” deu voz e vida a alguns dos mais belos relatos da

Ressurreição... Nesse percurso glorioso fomos convidados “a tocar,” com o sentir da nossa fé, o

Próprio Cristo Ressuscitado, evocando, de forma convicta e expressiva, o Dia da Ressurreição!

Ao comemorar, esse Dia, a Igreja deseja indicar aquilo que constitui o eixo fundamental da

História da Salvação. O Domingo – Dia do Senhor Ressuscitado – revela-nos o sentido mais

profundo do tempo, como um dom sempre novo! Este Dia é, por excelência, o dia da relação do

homem com Deus no louvor e na acção de graças; o prenúncio incessante da Vida sem Fim, a

reanimar a Esperança dos crentes e a estimulá-la no seu itinerário para a Páscoa Eterna.

Lurdes Diogo

(Assistente Espiritual)

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50 Anos de Consagração Sacerdotal 30/03/1963 - 30/03/2013

Tivemos a satisfação de acompanhar, o Padre Abel Albino, na celebração do 50º aniversário de ordenação sacerdotal, que ocorreu e coincidiu com a celebração da Vigília Pascal, com início às 21h30, na capela da Casa de Saúde Bento Menni. Quisemos, com ele, louvar, agradecer e bendizer o Senhor que chama, faz discípulos e envia. Por isso, lembrámos:

• A unção do Espírito que o consagrou e o consagra constantemente, porque, na esfera da graça e do dom, nada é estático!... Há um dinamismo que marca, sela, infunde profundidade e dá sentido…

• A unção do Espírito, que se fez e faz envio; em cada gesto, em cada atitude … no ser e no fazer de cada dia. A sua serenidade, alegria e proximidade, de todos e para todos, aviva em nós o apelo do Mestre: Sede minhas testemunhas…

Dissemos um obrigado ao Senhor Ressuscitado pela prodigalidade da Vida, Vida em abundância, que faz jorrar no seu coração sacerdotal. Agradecemos-lhe o testemunho eloquente de fidelidade, na simplicidade e humildade de ser para os irmãos. Confiamos e agradecemos ao Senhor o nosso bispo que preside, na caridade, à nossa Igreja. Confiamos-lhe também todos os sacerdotes da nossa diocese, que, na unidade da unção pelo Espírito, como discípulos do único Mestre Jesus Cristo, são mediadores espalhando a Boa Nova da Ressurreição – gritando a todos Cristo vive! Continuámos a recordar e celebrar o acontecimento no dia 01 de Abril; já com uma maior participação da família hospitaleira, uma vez que a hora do dia 30 não se adequava ao ritmo nocturno dos utentes. Por isso, no primeiro dia de Abril, pelas 15.30h, reunimo-nos, no bar da instituição, e saudámos o Sr. Padre Abel de uma forma simples e próxima. Dedicamos-lhes duas canções de mensagem/agradecimento e lanchámos em alegre convívio fraterno. E, para coroar este dinamismo de vida, de relação e de estima, participámos e animámos a Eucaristia da tarde: doentes, colaboradores, voluntários, irmãs e pessoas da comunidade local.

Deixamos o seu lema: "Consagra-os na verdade; a verdade é a Tua palavra.” (Jo 17,17)

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Dia de S. Bento Menni e da Família Hospitaleira Este mês de Abril é um mês muito importante para a família hospitaleira, pois além de se comemorar o dia da “Comunidade Hospitaleira,” também se comemora o dia de S. Bento Menni a 24 de abril. Como vem sendo habitual, ao longo dos anos – e este não foi exceção – festejamos, este dia importante, com a celebração de uma Eucaristia que teve lugar às 11h na Igreja da Casa de Saúde Bento Menni. No momento oportuno do contexto celebrativo, foram apresentados os trabalhos de todas as unidades / serviços sobre ““AAss nnoossssaass pprrááttiiccaass,,

ccoommoo bbooaa nnoottíícciiaa ppaarraa ooss uutteenntteess””.. Cada grupo identificou, um aspecto deficitário, nalguma das suas práticas, que se propõe trabalhar e que avaliará, depois, no dia 29 de Maio; mas, no ato penitencial, da Eucaristia de S. Bento Menni, esse aspeto deficitário, foi materializado num símbolo e apresentado à misericórdia do Senhor. As boas práticas – caraterizadas por meio de três qualidades – foram, também, apresentadas, de forma simbólica, no momento de ação de graças, da mesma celebração. No final da missa seguiu-se um almoço convívio, às 13h30, no qual participaram Irmãs, Colaboradores e Voluntários deste Centro. Ao longo da tarde não foram esquecidas as pessoas mais importantes da Instituição, as utentes que nela residem, pois sem elas, não seriamos uma verdadeira família. Assim sendo, promovemos uma tarde recreativa, no salão audiovisual, com uma série de atividades de entretenimento; partilhando, com elas, uma tarde animada e divertida, à qual se seguiu um lanche recheado de coisas boas! Espero, por isso, que além de todas se divertirem, tenham, essencialmente, presente o “espírito da nossa Comunidade Hospitaleira”. Uma boa leitura e até uma próxima vez. Um abraço desta vossa amiga.

Odete Ferreira

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Patronos das Unidades 05-06-07, celebrados em clima de festa!

No dia 8 de Março assinalou-se o dia de São João de Deus, patrono da unidade 07, com a participação dos colaboradores da unidade, utentes e a Assistente Espiritual. Foi lida uma carta sobre a vida do Santo, com o objetivo de recordarmos e de conhecermos melhor o percurso e a história deste homem que nos deixou esta frase para reflexão: "Fate bene fratelli". Esta frase não queria dizer que precisamos de cuidar dos irmãos mais pobres, mas sim que devemos fazer bem a nós mesmos, fazendo o bem ao próximo. Depois de lida e de atualizada a mensagem, da referida carta, pela Assistente Espiritual, fez-se uma homenagem simbólica à imagem de S. João de Deus, e seguiu-se um lanche convívio.

No dia 19 de Março foi a vez das unidades 05-06 celebrarem o Dia de São José. No início da tarde, na sala de visitas desta Unidade, juntaram-se todos os que quiseram assinalar este dia. A Assistente Espiritual fez o enquadramento da Solenidade de S. José - patrono da Unidade, protetor da Santa Igreja, protetor providencial de Jesus Cristo, protetor dos moribundos e modelo dos chefes de família e dos operários – S. José foi honrado com com estes títulos; e, aqui invocado, como esposo da Virgem Santa Maria e nosso intercessor junto de Deus. Seguidamente, foi visualizado um filme com alguns dos aspetos mais significativios da missão de S. José junto de Jesus e de Maria - que a Enfermeira Georgina se encarregou de trazer, e que a Enfermeira Liliana, vestida a rigor figurando São José, acentuou - dando vida a uma pequena representação teatral.

As utentes manifestaram satisfação e emoção com as imagens que tiveram oportunidade de ver e também com a mensagem que lhe procurámos transmitir. No final, seguiu –se um um lanche com bolo e uma caixa de chocolates oferecidos por um familiar.

Helena Figueiredo

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Aquele rosto

Há muito tempo que não vejo aquele rosto que eu amo! Porque para lá de todos os enganos, de todos os equívocos, de todos os desencantos – aquela imagem – povoa-me as solidões quando, à noite, regresso tão cansada, ao quarto da “casa de aluguer”. E sinto aquele rosto povoar-me os desencantos e as recordações bonitas.... E as histórias que vivemos inscritas no mesmo tempo morto dos nossos desencontros… à despedida. Povoam-me os minutos em que tento encontrar o calor que me falta. Desconheço-o como me desconheço, a mim mesma! E, só quando me conhecer, poderei ser dona de mim própria com todas as subtilezas. Mas, eu e ele somos um! … Como esconder o “pedaço de mim” teu, que eu sinto que sou? “Ainda não te olhei nos olhos!”... Porque, de olhos nos olhos, dizemos verdades em silêncio e eu vejo no teu rosto um certo ar de ingenuidade, quase infantil. Um menino que é um homem! … Um menino grande muito lindo… que eu amo… Que apareceu na minha vida, um dia ao pôr-do-sol, e disse-me, com a mão, um adeus bonito… e até à volta…

(M.)

25 anos da JH e os Jovens

A equipa da Pastoral Juvenil, da Casa de Saúde Bento Menni, divulgou, entre fevereiro e março, “a marca da Hospitalidade” e deu a conhecer o Movimento da JH e as atividades, em vários núcleos de jovens: em quatro grupos da catequese da Paróquia de S. Miguel, em três grupos da Paróquia da Sé e num grupo de preparação para o Crisma em Pêra do Moço, através do Padre Abel, abrangendo um total de 120 jovens. Participámos no Encontro Diocesano, que se realizou no Fundão, e divulgámos as atividades da JH numa Paróquia em Leiria – Pousos, no dia 13 de abril de 2013. Também marcaremos presença no dia 25 de Abril – Dia Diocesano, em Vila Real, para testemunhar, como os jovens hospitaleiros vivem a fé em Hospitalidade.

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Na Eucaristia de abertura do Ano celebrativo da Juventude Hospitaleira, que teve lugar no dia 01 de janeiro de 2013, participaram 5 jovens. Nas orações do dia 25 de janeiro e 25 de março participaram 8 jovens. No dia 9 de Fevereiro realizou-se o Dia Hospitaleiro com a participação de 20 jovens com o respetivo animador. Este grupo denomina-se “À Guarda de Deus”. No fim-de-semana Hospitaleiro, de 15 a 17 de Fevereiro, participaram sete jovens; e no fim-de-semana de 15 a 17 de Março, participaram apenas três.

Testemunho do fim-de-semana Hospitaleiro Ainda hoje, e cada vez mais, me impressiono com a magia que carrega a palavra “Hospitalidade”. Digo, com toda a certeza, que é das palavras mais bonitas que conheço. Basta que ela surja por algum motivo no meu pensamento para se abrir um grande sorriso, se avivarem memórias e bater mais forte o coração. É claro que, como acontece com todas as coisas boas, há sempre algo que pode tornar difícil realizar tudo o que envolve a Hospitalidade, por exemplo, lembro-me de duas dificuldades: uma chama-se relógio, e a outra, chama-se medo. Mas é a própria Hospitalidade que, quando toca os corações, resolve estes problemas: o tempo sempre acaba por surgir; e o medo, o de experimentar, de conhecer e de SER Verdadeiramente, depressa vai embora. E foi por todo o amor à hospitalidade, e tentando derrubar estas dificuldades, que mais um grupo de jovens hospitaleiros, do qual fiz parte, se juntou para um pequeno grande fim-de-semana (de 15 a 17 de Fevereiro de 2013), em mais um dos lugares onde é tão fácil dar-se e ser feliz: a Casa de Saúde Bento Menni, na Guarda. Ora, depois de tantas experiências maravilhosas que já vivi em hospitalidade, depois de tanto crescer interiormente, as expetativas já vão altas e já só é possível acreditar que o balanço vai ser positivo. Mas, mais uma vez, saí daquela Casa surpreendida e de coração a transbordar. Foi extraordinário perceber como em tão pouco tempo se pode viver algo tão intenso! OBRIGADA a todos os que fizeram magia e tornaram esta história possível. Uma Santa Páscoa em Cristo Ressuscitado! Filipa Araújo

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ENTRE-NÓS

O grupo de auto-representação denominado ENTRE-NÓS, teve início no dia 11 de Março de

2013, com a colaboração da estagiária de psicologia clínica – Filipa Varandas.

Tem como objectivo ser uma ponte entre as utentes e todos os intervenientes no processo

terapêutico da instituição Casa de Saúde Bento Menni na Guarda. Queremos ser capazes de

sermos ouvidas, de responderem às nossas solicitações e de aceitarmos as indicações e

tratamentos acordados no nosso plano individual de intervenção e de outros que vão surgindo.

O Grupo terá uma representante, eleita pelo coletivo que deve dar voz a todas as utentes,

perceber o que pode ser melhorado e, em local próprio, fazer-se representar, com espírito de

união e sentido de responsabilidade para o bem-estar e qualidade de vida da comunidade

hospitaleira.

Porque é que o grupo é importante? O que pretendemos com ele?

Pretendemos muito: partilhar conhecimentos e aprendizagens, aprender a crítica construtiva,

apresentar soluções e sugestões, pôr em prática as ideias em conjunto, como ir ao teatro,

passear, palestras e outros, melhorar a auto-estima, a autonomia, entender o lado de quem

decide, tendo empre em conta os nossos direitos e deveres como utentes deste centro.

Paralelamente, pretendemos aumentar o espírito de união, possibilitar as perspectivas

individuais, mostrar que somos capazes de desenvolver projectos, de organizar eventos.

Queremos sair do estigma da doença mental, sendo proactivas, dinamizando as outras utentes

para o processo terapêutico e reabilitativo.

A nossa voz é de incentivo, de força e de vontade para criar novas oportunidades, participar em

tudo o que nos for proposto e que contribua para a nossa autonomia e determinação.

As utentes:

J. S. I. G.

M. D. S. G. T. A. P.

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O SENTIDO E O VALOR DA VIDA EM CONTEXTO HOSPITALEIRO

Nos dias 20 e 21 de março, esteve entre nós, a Ir. Paula Carneiro, Conselheira provincial. No dia 20, a pedido da Direção da CSBM, orientou uma ação de formação sobre “O Sentido e o Valor da Vida em Contexto Hospitaleiro”, para os profissionais e voluntários da instituição. Deixamos algumas ideias da sua intervenção. Todo o ser humano precisa de ter a noção de onde veio, de tudo quanto existe e para onde vai. Transcendência e imanência são duas realidades integrantes do ser humano. O ser humano é um ser transcendente, capaz de amar, de se doar, de ser um “ser” sublime. Ele enfrenta barreiras, os obstáculos da vida, busca equilíbrio e acima de tudo é um ser de superação. A corporeidade afeta a totalidade da pessoa, influenciando a relação consigo mesmo, com os outros e com o Transcendente. O corpo é atingido por doenças; cabe a cada um enfrentá-las e valer-se de todos os apoios, nomeadamente, da sua dimensão espiritual e religiosa. A pessoa é Transcendência em busca de um sentido; e só se realiza transcendendo-se, ou seja, na abertura da entrega à verdade, ao bem, à alegria, ao verdadeiro amor, ao valor pessoal e do outro. Em muitas circunstâncias verificamos que o crescimento pessoal é muito construído a partir de ações negativas. O homem tem necessidade absoluta de amar e ser amado, se não, a sua vida será destituída de sentido. Quando se fala de ameaças à vida, entende-se toda a atividade que atinge a integridade física da pessoa humana. Assim, constituem ameaças à vida, a fome, a miséria, a exclusão dos benefícios sociais, entre outras... A grande preocupação reside no facto da extinção da vida humana nos dois extremos da sua existência: o início, na fase embrionária, e o fim, na velhice. Sem dúvida alguma, o aborto e a eutanásia constituem as grandes ameaças à vida humana em todo o mundo. Foram também referidos os princípios éticos da vida: autonomia, integridade, dignidade e vulnerabilidade. Os indivíduos e grupos vulneráveis são grupos que precisam ser mais protegidos; e cuja autonomia e dignidade ou integridade podem ser ameaçados. Ser vulnerável, implica fragilidade, situação de ameaça, ou possibilidade de sofrer danos. A pessoa humana, enquanto tal, não perde a sua dignidade quer pelas deficiências físicas, quer pelas mentais, ou outras. A qualidade de vida, daquele que sofre, depende muito do acompanhamento assistencial, e este deve ser feito com respeito, alegria, partilha, atenção, carinho, ternura, amor e compaixão. A carícia é um gesto que indica, acima de tudo, respeito, consideração, proximidade e compromisso. Aquele que sofre precisa que lhe seja dita sempre a verdade, segundo as suas capacidades; e, que toda a equipa envolvida, tenha uma linguagem simples, objetiva e verdadeira, para que não haja contradições nas informações facultadas. Na vida é importante saber aprender como dar amor e como deixá-lo entrar!

“No cuidado ao doente a ciência e a caridade completam-se.” (S. Bento Menni) Mª Jacinta Tavares – Voluntária