A história da Psicologia HUmanista

  • Upload
    sara

  • View
    258

  • Download
    2

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Texto para estudo sobre o surgimento da Psicologia Humanista, o que e quem influenciou seu surgimento.Destinado para alunos de psicologia e curiosos sobre o humanismo.

Citation preview

  • Ttrt', [;7

    ^ . r1 \ ps coLoqat -nu ma n is ta

    Histrrco

    C nrscimento J. psi .o loqia hunranisraA psicologia humanista, confomre historiacra pr. Dcc'lrvarho(1990)' surgiu no final da dcada de 19,50 e incio da rre r9(r() co'ro

    uma reao ao panorana da psicologia norte-americ'.u dr'inatr.,na leitura dos psiclogos humanistis, por duas grancrcs rrrr,.'s: ' [rc-haviorismo e a psicanlise clssica.

    Graas ao trabalho de Abrahanr Masrow c Anrhony Surich, . nro-vimento humanista pde ser aicurado, organizado c insrirrrcionar-mente fundado como a Terceira Fora da psicologia.

    No incio da dcada de 1950, Masrowera unr pr''riss'r psicro-go.experimental e professor de psicologia na universirradc ic Irrz'r-deis, mas seus interesses pouco ortodoxos e pouco alina

  • prpri i s idc
  • dos unidos do trabalho r lue havia dcldas vinha era rcal izado na Eu_ropa por di ferentcs escolas de psicologia e psicoterapia inspiradasen'r filsofos existencialistas e fenonrenlogos. r Essa ifuso'ocorreno s pela traduo puri o ingrs de obras de psiclogos existen-ciais como Boss, Binswanser e Van Den Berg..ms tamb-m pero tra-balho de divulgao rearizado no meio psicogico peros escritos deTillich e Rollo May sendo que esre. em lg-59, r-eonirou o primeirosimpsio americano sobre psicorogia existenciar. para o qu"l foro,.',convidados expoentes e fuluros lderes do mo'iirento hur'a.ista,como Maslow e Rogers.

    No tardararm a ser encontrados pontos en conun nas respecti-vas propostas e, sobret'do pela participao ativa de May e de outrospsiclogos existenciais que acreriranr ao nrovinr"nro, .omo Bugentare Bhler, a psicologia hunranista foi anrplamenre enriquecida ior' aperspectiva fenomenolgica e existencial, a ponto de, por vezes, serdenominada psicologia existenciol_luunanist (Greening, lg7 5).'! No cabe aqui uma discusso mais aprofundada o ,"loionr-mento nen senpre fcir e pacificanre'te aceito entre a perspectivahumanista americana - enr muitos sentidos muito mais

    "r"niiorirto,ligada antes a Rousseau do que a Heidegger e sartre, mais otinrista evinculada a interpretaes biolgicas da natureza hunrana - e a pers-pectiva existencial europia, mais filosoficanente sofisticada. Entreos filsofos existencialistas, cujas idias foram mais abertanerreabraadas pelos humanistas americanos, destacam-se Kierkegaard eBuber, sen' esquecer a influncia de Nietzsche que, por via i"ndireta(as idias de Adler), notada em argumas propostas da TerceiraFor1- De forma geral, o movinrento hunranist acabou por absorvera maioria dos psicrogos existencrais anrericanos e, do utro rado, aproposta humanista recebeu a adeso de pelo nenos unr terico euro-peu de destaque, Viktor Frankr, criador da rogoterapia que, posterior-mente, integraria tambm o movimento transpessoal. Rnal Laing, oantipsiquiatrz ingls que sofreu forte influncia das idias de sartre,pode tambn ser apontado como interrocutor e simpatizante da psico-logia humanista e, semelhana de Frankl, viria ainda a se tornar as-sduo freqentador do meio transpessoal.

    Er.oL, amercanas Ju psi.ologra Ja purro.u[iJrJuoutra importante influncia na constelao do movimento huma-

    nista diz respeito afluncia de importantes escoras de psicorogia da

    26

    ,

    perso.alidade dc'senvolvidas nos Esrirdos u'iclos. Alrra a scnprclembrada ho''e'agem pstunra aos pragnarist.s John nervey e wil-lianr James, destacados tericos independentes coro c. Aliport, c.Murphy, Murray. Kelly, Ellis, Maslow e Rogers, Assinr cor'. toda aescola de psit:ologia do selJ, associaranr-se ao nrovirrr)[(). enr crire-rentes graus de apoio e envolvimento.

    Outras a1rrnciasComo movimento abefto e incrusivo cre novas re.crncias. icrias

    e experinrentaes pouco ortodoxas, a psicolor:ia hu.'rrrista ^ o ar-dou a integrar en suas fileiras de sinrpatizantes c pror)orL:ntc.s toda asorte de ntarginais cortestadores do siste nta. A espetacular rcvoluo

    -"- que o movimento propiciou no canpo clas psicoterapias, e nrcnclidas apartir de ento na perspectiva ampliada cle tcnicas trc t.r-t,.t.rnterttopessoal ou de desenvolvimento do pole ncial ltuttrotttt, eslinrrtlou e cs-tudo, a experimentao e a aplicao - infeliz.'renrc rlc 'r.tro nen.rsenpre to srio e criterioso como seria de se desejar- de 'ovas for-nras de ajuda psicolgica. Entre as tendncias que se aproxinraram crapsicologia humanista destacam-se as'lovas psicoteraplas q'r: vinhanrse desenvolvendo a partir do trabarho nrais ou m.nos indcnencicntede seus criadores, con'o a terapia primar de Arrhur Junrv, ' anirisetransacional de Eric Beme e a Trsicoss ntcsc de rohcrtr ssagiori(que posteriornente abraaria o movimento traspessoar); as cscolase as tcnicas de trabalho no-verbal e corporar, cor s.as propostasde relaxamento, sensibilzao e desbloqLreio psquic. c circrgtico;as variadas formas de trabalho intensivo con grupos (lr.rc sc as.socia-rn ao ntovintenro dos grupos de encontro; e, ennr, !oda sorte detouchy-fcclll ' terapeutas envorvidos na experimcnru:. artt:rnurivade tcnicas de desenvolvimento pessoal ou simplesnrenrc na'cgandoem uma superficial e consumista adeso nova onda.

    Influncias matizadas de aspecos que, em breve, clariar' origelnao movimento transpessoal, especialnrente as relacionatlas a. cstudo e aplicao de tcnicas de meditao e experimenraaro psc;uica comdrogas psicodlicas, tambm podem aqui ser incruda.s, c,rb'ra argunshumanistas mais ortodoxos as rejeitem como parte das supc:rficiais epouco srias contribuies e adeses que o movime'ro acarrou poratrair, em grande parte em decorrncia do clinra cullural mais anrpro aque o surgimento da psicologia humanista esreve associadr, o t;r-rar exa-minaremos a seguir.

    21

  • A questo Jr contractt[tr,roA instituciopalizao, o rpido desenvolvinento e a aceitao da

    psicologia humanista coincidiram, no contexto cutural da dcada de1960, conr os anos de acentuado questionamento e de mudanis nissociedades ocidentais. Anos de revoltas polticas e de costunes, so-bretudo ertre a juventude, e en que nrais do que nunca a contestaoao sisrctrta e aos valores estabelecidos esteve na ordem do dia. Anosmarcados pelo que, na expresso cunhada por Theodore Roszak(s/d-), foi chamado de conrraculura; revoltas estudantis, movimentolyqnic, mobilizao pacifista conrra a Guerra do Vietn, arivismo po-ltico, organzao de minorias raciais e feministas. desafio autori-dade, revoluo underground nas artes, oposio ao naterialismoconsumista, valorizao do corpo, do sentimento, do antor lit,re , daexperimentao psquica por meio das drogas psicodlicas, da ecolo-gia, da auto-expresso espontnea e das experincias meditativas eespirituais. Essas tendncias todas convergiam na rejeio aos mode-los tradicionais de famlia, trabalho, escola, relaes interpessoais,igreja, governo, instituies em geral e da prpria cultura oCidental.

    Muito do extraordinrio sucesso da Terceira Fora da psicologiase deve ao zeitgeist desse momento histrico, ao qual, de vrias ma-neiras, suas propostas eran ressonantes e coincidentes, a ponto de,em diversos sentidos, ter sido o movimento da psicologia humanistaabarcado como uma das facetas da contracultura. A prpria posiogeogrfica de alguns dos principais centros de desenvolvimento ede difuso da psicologia humanista, cono o quase lendrio InstitutoEsalen, colocava-os no centro dos acontecimentos, na califrnia,neca e terra prometida da contracultura americana.

    Apesar dos excessos, equvocos, ingenuidades e superficialida-des cometidos no calor da revoluo cultural, no compartilho da opi-nio daqueles (como Smith, 1990) que lamentam como infelizdistoro a associao da imagem da psicologia humanista com osmovimentos contestatrios dos anos 60. Na verdade, mais do quequalquer outra corrente da moderna psicologia, a psicologia humanis-ta marcada por um compromisso de engajamento em favor da mu_dana social e cultural em direo a uma sociedade de valores maishumanos, nlenos controladora, mais atenta s necessidades intrnse-cas de auto-realizao, mais criativa e ldica, envolvendo relaespessoais mais abertas, autnticas, auto-expressivas e prazerosas, enrque a explorao alternativa das dimenses humanas da intimidade

    28

    corporal e enrocional seja srrncion:rda enr vez cle replinrit l ir. crrl- irrr, enr( lue a pessoa, enl sua l iberdade e autodetenninal rc l r ro r lcscnvolv i -nenlo de suas possibil idades, seja o valor suprer.(). c()ltr l todos osdognras, va lores e autor idades externamenle const i lu c los. Or.a, enrgrande parte, isso me parece coincidir conl as propostlrs t- t is valoresabraados pelos nrovinentos contracultut'ais cle cntio.

    JL.nti.r prrvr leqraJa

    I

    er.^.turstcas

    Alm da oposio ao behavior ismo e psicanl i l isc, r . t l r r ebsorir .de escoas no-identificadas com essas con'er[cs. o r]()\,i lL'ro lu-riranista caracterizado pela congregao de estLrcli

  • giar o esludo das psicopatorogias, passi a enfarizar a serdc'. o ber-estar e o potencial humano de crescinrc"'to e de auto-realiz.o. Ji enrseu livro Itrtrocluao psicologia clo scr.. Maslow (s.d.) aponta para anece.ssidade do desenvolvinrento de unra psicorogia da sacte, criti-cando teorias cono a psicanlise, que generarizanr suas concrusessobre o ser hunrano a partir de dados utiaor quase excrusivanren-te no estudo de indivduos mentarmente perturbados, resurtando, cor.-seqenemente, en un retrato pessimista e desabonador da narurezahumana. Maslow, ao contrrio, prope_se o estudo dos nrelhoresexemplares da espcie, por ete chanrados de persortaricrades ctttto-atualizadoras' dando incio tradio humanista de abordar a psrco-l^ogia a partir do prisma da sade e do crescimento psicorgico. Toforte essa tendncia que fomeceu o terno Eupsiiotogirz,iunhadonas primeiras tenativa de articurao e de caracteriza;o do nrovi-mento. Tambm, em sua proposta de enfatizar o desenvolvimenrodas.melhores capacidades e potenciaridades do ser hunrano, a psico-ogia humanista muitas vezes identificada cono o Movimento doPotencial Hunrano- Assim, en vez de empenhar-se en exaustivasdescries e teorizaes sobre os mecanismos das enfermidadespsquicas' reservando sade a defi.io negativa de attsncia dedoena, nrais tpico da psicologia umanista buscar definir ascaractersticas do preno e saudver exerccio da condio hunra-ra' em distancianrento do quar as patorogias podem ento .ser enten-didas.

    Em segundo lugar, outra ir.tportante orientao tenttica geralda psicologia humanista diz respeito ao privilegiar capacidades epotencialidades caractersticas e exclusivas da eipcie humana. oshumanistas criticam, sobretudo no behaviorismo, a tendncia a ge-neralizar concluses obtidas a partir de experimentos realizadosquase exclusivamente en pesquisa animal; assim como a foe ren-dncia da psicologia experintentar a, mesmo quando dedicada a tra-balhos com pessoas, centrar-se en aspectos fisiorgicos ou 'ruiroparcializados, perdendo de vista a prpria dimensoisicorgica ca-racterstica do ser humano, que deveria em princpio

    .", o Jnfoqueprioritrrio de uma cincia dedicada ao estud da mente e da psique.Como diz Matson, um dos presidentes da Associao de psicologiaHumanista: "No seria excessiva violao da verade afirmar quegrande parte do que ocore em psicologi nada tem de ,psicolgico,.E isso nos leva razo que gerou a Te-rceira Revoruo - o reasci-mento do humanismo en psicologia" (Matson, 1975, p. 69).30

    - Assi r r t . i t vo l ta ao l t l tn t l tuo conro o l r je lo dL 'cstudo r i l r r t l l rs b l rn-dc i ras do t ov i l e l to , i t J)or lar le a ponto c le lb lnecer . - lhe o t tu lo c le-s ign. t ivo. Qual id ldes e c l rp 'c idades hur 'an.s por e. rc t : l .c iu. ta i .scot t ro valotes ' cr ia t iv idade, sent inrenlos, ic lent ic luc le, r ,ontut l t

    . c . iy1. -ecnr , l i l rerdade, responsabi l idade. auto-real iza i o et t . . . l r r recenrlc l i s de estudo t p icos das abordager ls- hunranLslas. Essl rs r ( ) r t l r - rs te-nt i i t icas, i -Rt ta l t enle caractc ' r s t icas (organisrno. . r r ' i l , s isr r r l . ic . r r t l rs . i r -tcnc ional idade, r tecessidacles b l is icas. exper inciu suLr jc ' t iv l . cr cor t roct. ) esto ranrbm associadas r y i .ao t lc l tont t , r t t . ; t t -s t t r t t t l t l t t t l r t . i t l r t -r ' ia, e aos ttttodcts e tctticas deserrvolviclos e assunricl6s rrlrr rlsico-I t lg i l t l tur r tanis ta. c l t re ser i o exanr i r rados nos pr 'x i r r ros t , l ' i . . rs . crcpreseri l l as diversas inflr.rncias e adeses ao rnovinrcrrl0.

    Ao leitor nais itento no ter por certo escirpado . irrclrrsl.. 'a--l isrrgern dc Sutich, do tema Iransccrtt!ncia do z,ro. Tirl i sf;urro, er_

    " bo'r enr ir lgunras abordagens possa ser entencliclo coro i r.cr.l l sr-rl)e-p lao da. ident i f icao com uma defcnsiva e sc ls i i r lp r r t ( ' iprpostaI inlagem de si, em seu sentido mais anrplo, caracleliz-a antcs runlr lcnrii-

    t ica t ranspessoal , cu ja inc luso aqui serve par .a i lustmlr r v incrr laodessa tendncia conr o movintento hunranistu, no clual erlr ir.r ici l l lrc,n-tc' visla cono una faco de interesses, assurto que ser:i nlris bcnr es_clarecido quando tratanos do surgimeuto ch psic'oloria rr-urrsp.ssoal.

    Vsao Ju ho-u*De fon'a bem nrais decrarada do que as lroras rr'rcri'r.cs, u psi-

    cologi:t humanista, conro movirento organizaclo. rc:co'lrccc. rrss.rec prope a inevitabilidade da adoo de um rnotre lo dc lt()tt(,tt,,u se.ia,una concepo filosfica da natureza hunrana, couo port() dcr purridac princpio norteador de.qualquer projeto de construo clrr psicologra.Ncsse tpico, talvez mais do que en qualcluer outro, a psic:ol.gia hu_ntanista destila suas maiores crticas e discordncias s escoli, ,, ,1r,se ope, contestando veementemente os modelos cle ho'rc'r t[rc iclen-tilca nas formulaes psicanalticas e behavioristas.

    os humanistas opem-se concepo psica.altica d. rrrrrrenrcomo um animal lbrico e feroz, movido por necessiclaclc.s i 'sri 'tivasde prazer e agresso, ao qual s custa d-e ntuitas restrics t: subli_ntaes da natureza animalesca bsica se pode, na r,elhor.cr.s rriPle-ses, lrazer algum vemiz de racional sociabilidade, nlas naro senr ,.,minevitvel nus de frustrao, infelicidade e "Mar-Est.r d. civiriza-o"' Recusam-se, tambm, a conceber o ser humaro coro r.ra es-

    3r

  • pc(cie rle nrttFrirra. l 'ob ou rariolcle. cU.ia niturezlr Jrassiva L'al()rltc absolulanrcrr le rrroldadu. nranipulacla e corr l rolada pc' lus con ingn-cins de eslinrulaio e condicionare nto anrbic'ntal. a (rrL't.r. li rellordas hipteses. se pocler ol'erccer a escollu (eh prpria condicionadu)c'nlre ur condicionantento fortuito e un pltnejado. (uet'este plane--irnerto se d por iuicirrtyu (?) do prprio sujeito condicionado, querpor interferncia da ideolo_eia ou do poder poltico donrinirnte que rscircurrstncias artrbientuis mais amplas tenl t levado as sociedadeshurttitrtas a adotal. Negando-se a aceitar rlue o honrel sr'i l lssinr r.'-c luzido por t l o pessinr istas e desale.ntadoras vises. n psicologia hu-nitr.isti afirnra-se er un conrprolnisso con unra visio otinrislir eertgrandecedora, na qual as nrelhores qual idades e porenciais posit i -vos manifestados pelos homens sejam valorizados corno e prpria es-sncia da natureza hunrana.

    Grosso nroclo, a viso psicanaltica costuna ser corlparada, peloshumanistas anrer icanos. pessimista opinio de Hobbes ("o honrenr o lobo do homern"). e a viso lrehaviorista. concepo de Locke.clue v o ser hunrano cono unta tahttla rasa; ao passo que seu pr-prio nrodelo considerado cono uma reedio da generosa viso deRousseau: "O lronrent naturalnrente bonr; a sociedade que o cor-ronpe".

    . Vejan'ros, enr algunras tendncias e consensos dis abordagenshunranistas, unt sucilto esboo da viso de honrenr que elas propem.

    Enxergando o lolen. coto unl todo conrplexo e organicar'er-le integrdo, cujas qualidades nicas vnr de sua confi_9urao total,os humanistas rejeitam as concepes elementaristas e fragmentado-ras da psique. Relonrando pari o movimento a proposta holista queAdler foi buscar ent Snruls, e que de outra parte caracterizou a Psco-logia da Gestalt, ven no homem unla natureza tal que a totalidadeda pessoa hunrana sempre maiot'que a sonra de suas partes toma-das isoladamente. Em especial nas teorias desenvolvidas nos EstadosUnidos - o ran"ro americano e mais caracteristicanente humanista dontovimento, e para o qual as idias do neurologista e terico gestal-tista Goldstein foram especialmente influentes -, a contpreenso or.-gansntica do ser inclui suas razes biolgicas. Assim, concebem ohomem cono mrcado pela necessidade, que vem como intrnseca atodo organismo vivo, de atualizar seu potencial e se tornar a totalida-de mais complexa, organizada e autnoma de que for capaz. Essahiptese da necessidade de auto-t'ealizao fornece, em diversas ver-ses, a teoria bsica de motivao da maioria das psicologias hunra-

    -12

    ,

    i!

    \.

    ' i s l i rs . Mesnro ( luc as cscolas cx is tcncia is . c ladl t s t t l t t i l r tsc r t i t l i rcr -tlttt lc c st-t i colpreeusito do scr htrtnano cotlo crtitt lr lt

    "cLl.l i l l i t l t l l 'c7-lco.sisre epr criar sua prpria ltureza" (Snrtlc). re.ie' itcrtt l t t ' t l ttsclc'rit-ctio clc te'uducias biolgicas deternriulutes. hti t l tre rtr rt l()l lc t 'rr,rt-rtda dc ltttncu de Nietzsche a origem cla forrltr l lrlo lttrrtt l ttr ista drrcx is tnci i r de r rnra tendnci r in t r nseca c le [ r t rsrca < l l t l t t t l t l - te i t l iz - l rao.lgui r lnrerr te associac la concepo hol is ta. est l t cot l ) tcct ts f t t l t l r le os5r ' rurr isras enr gera l lur do homenr conto inrp l icat lo c cot t l ' ig t t t ' r td t l

    -

    nrs nho cleternrinitclo - er selr irmbiente, sc.ja e stc sit o. ltttot]te Io-l< ig ico-expcr iencia l . re lac ional ou scio-h is tr ico-ct r l t t r t r t l '

    O ser Iu l rano. na v is t - io hur-nanista-ex is tet tc i l i l . r i p l t rpost t l c t ' r t o'r ser essercialt.ente l ivre e intencional. I-ecebe rtclo t:ssrt ttt ll1tr cspe-c i l r l destaque nas ps icologins ex is tenci l t is . as c; t t r t is . l )o l ' \ '1" / . . ' s . le i t ' i -

    ." l irnr a concepo ntais essencialista e rousseatll l i l tr la clos ltt lrt ' t icattos.

    {ue crem ser a natureza humana positivartrentc clriettt lrt l l t. t levcttt lt 'ri is relles psicossociais deletrias ser resporsitbil iz-lt lrrs por tlttal-r luer desvio dessa bondrde or ig inal . Para os ex is terrc i l t l is { r ts ' s t ' t lc lo olionrem tivre e auto-orientado pelos propsitos c set i( los t;tre tl i i prpria existnciit. no'qode exiurir-se de se resl.rotrsrtbil iz-;tr ' Plclla-n1.t" pelo que , apesar 'da inevi tvel angst i r l ( l t re ess( 'se asst t l t t i t

    : cVoCi, pois qualquer Outra atitude Seria auto-erqalo. tri l i- 'r- i. i ttauletl-. t iciclade no c,-risir ' . De qualquer fonna. clc ttrutreirlt Pct' l t l . as tctlt ' i l ts

    ftunranistaS propenr que o colportflnel]to do ser htltr l i tttcl nlro poclescr adequadanente entendido a pani r c le rc lrnt : i l ts cr t ' l t ls iv l ts l t i t t -l luncias detenninantes extemas sur couscinci l t r ' l tos s igt r i l ' ic l tc losltnais que inrprime ao ntlndo, sejanl essas infltrltcilts prtlvcl ieltesclo antbiente, do passado ou do inconsciente. Asstlciltt l l ts. IX)flrt lt(), aceitao da l iberdade, da responsabil idade e cla itrtcrtciottl l iclacecono caractersticas intrnsecas condio huttt itt l t. tcstrlt l tttt l t ttf l-sc nas interpretaes teleolgicas (que enfocal'l a l'inaliclatlc e l. vez-dc a causa passada) do comportamento; o privilegi.rr clit diprerlsoconsciente e do vivenciar da experincia presell le; assittt ctlttto tl en-foque fenontenolgico (que se atm experirrcia subjcl. iVa L' cors-ciente) e con\)t 'eensi|o (que contrape a con]precnstto PoI etrl lxrtia CXplicao por referenciais exteriores) que, coltr Itraiol ' t l tt ttctror des-taque, so defendidos pelos humanistas.

    Enfim, vendo o homen como um ser ell l bttsca e ctlt cottslt ' ttltode si mesmo, cuja natureza continuanente se desvela c exprit lte Irorealizar de suas possibil idades e na atualizao de selt poteucial. cotn-preendem os humanistas que s se pessoa, s se rt 'alt l letrte hu-

    33

  • r i no. no aurr l ico. l i ' rc 'c intcgraclo alo ( le se t lescnvol 'er- . Da o ge_nerill izaclo consenso. (lu!' alquns entendcnr coro i caracterstica muisrarcarte cla viso de rro'renr. quc' a psicorogia rrumanista apresenta,e* rejeitar concepes estticas da naturezir rrunrana. consideractaanres coro algo fluido: unra tendncia para cl'escer, unr nrovimeurode sair de' si. ur. projc'tar-se, u'r clevir. unr i 'cessanre or.nar._se. ,rconlrtr.ro processo de vir a scr.

    M"J"[o Je c incrao desenvorvinrento da p.sicorogia hunranisa caracter ist ica-

    n-nte-narcado por unra reflexo e tonada de posies. em questesfilosficas e epistemorgicas. sobre a natureza cra psicorogia comocincia. sob alguns no'os aspectos e nuances. retomada a discus_'so qr-re envolveu o nascinrento e as prinreiras dcadas aa psito_giacie.ntfica contenrporrea, en torno cra questo do modero, dos m-todos e do objeto dessa nova cincia. A controvrsia pri'cipar refe-ria-se adequao do modero de cincia, at ento bem-sucedioo nasnrodemas ci.cias naturais, estender-se s nascentes cincias hu'ra-nas' as quais' justificadas peras singularidades de seu objeto de estu_do' congregava'r an'ebatados defensores do desenvolvinrento de unrnrodelo prprio e diferenciado.

    Enrbora na Europa o debae tenha prosseguido e frutificacio,pri'cipalmente no desenvolvimento de escoras e psicopatologia epsicoterapia inspiradas. na fenonrenorogia e no existencialismo, no pa-norana americano a discusso parecia ter estagnado, com aparentevitria dos nroderos naturaristar, foss. o modero positivista d deter-minismo ambientar adotado pero berraviorisnro, col sua nfase naexperinentao aninral e na observao objetiva; fosse o modelo m-dico, mecanicista enr sua nfase no eterminismo psquico, de inspi-rao darwiniana. e igualmente naturalista, da psicanise.

    os hun'ranistas' reeditando em novas verses propostas da psico-logia compreensiva rre D'they, da perspectiva holista da psicrogiada Gestalt, da primeira fenomenorgia de Husserr "

    do, qu"riiono-mentos exisenciaristas sobre a singularid ade e a irracionaidade r/aexistncia concreta, tendem , u.oro, que a psicorogia deve se afir-nar en um modero de cincia do homem, respeitano e se adaptan-do s especificidades de seu objeto de estudo. mbora u

    "sr" ,"rp"ito

    no se possam encontrar unanimidades indiscutveis entre as diversasproposts que se articulam no movimento humanista, algumas ten_

    34

    dnciits Pitrccel sc deslacar. sobreludo e'r ( lL'corrnciu tlrr Visllo tlcftonrent (lue. coro vinros. esse nrovirtrt 'rtto dc-cnrlc.

    . Dc rnanci ra gera l , a ps icologia hurrurn is ta nuo se oPc r r .s Pul .-r c t ros dc rac ional idade e objet iv idadc 'ernpr ica. c lu lnckr t r { i l iz . l i los r1rbusca dc explicaho. controle e previso dos fenureros tlo 2rrurrlr., r/rr.rrri.a.. Etlretal lo. t luando se trala do{rorlerl. quL. os huntrrnrs(lrs crr-lcr dct cot r to t i o d is t in to do restante da c l iao. er r r lu ior 'ou r cr orgrltr. opc'-se a diversos princpios e proccciinrcrlos c()nsirgnrrlos e rrnrorlclos de cincia nutural e ras propostas dc psicologiu dls I:ttr '.rt.r ir([rc sL- ope. H consideriivel consenso rra crt ica cla apliclrt). ir() c.s-tudo clo ltori lcnr, de atrordagens reduciorr ist as. dc-terr i n i s t ir s. r ' l c'r r rctr -l i r r is tus c objet ivantes, ao passo que o rac ional isrno enrpr ' i t .o i r r t l r r t iv t rc lr ipottico-dedutivo , com adaptaes, rlc'nos rechlltro. \/c junios

    .rlrevenenle essas questes.'

    opondo-se ao reducionisnro, que venr cor o 'ssoci l r

  • No c;ttc sc rc'cre it levir a rttltiolc's cxtreros aincll 6 (lqestiorir-rr'r'ro rlir rrarureza cla inr,estiguio cientl ' ica cla psicluc hrrDana.rL'sro no prprio nrovilrrenlo hunrarrisla. irs posies tendcnr il cli_vergir . A nurior ia dns escolas hunranisras l r t rer icanas incl ina-se aprolssar l l { na cinci i . e seus invesrigadores. nruiros co'r sr i l ic la or-rrrao enrpr'ica e experinrental. sao basrante criirtivos cr l-crovar eadapla. for ' ras de pesq. isa. inclusive experinrerrtos lutroraror iais. i sclir'e.ses do ser cFre desejan estrcrar. Ao nres.ro tepo. a rracri:ofero'renoleica europiir tenr possibiritado r elor.e r'rpriao devias ro dcsenvolvinrenlo cle procecliurentos prri. psicolo-eiae frleci-clo llrl 'cz os prircipais subsclios parr discusso da .atureza crestacoruo cincia do honrem. Enrrerir'to. talvez em algunras propostasexistc'ncinlistls encontrer-se as posies nrais radicis do cluesiona-re'ro. Tonradas at as lti 'ras conseqiincias. certls concepes b-sic:rs da visio existencial c.le rro're'r e de univerro -

    "onio as (Frepropcnr o carter sinsulur e uico de cada exisrncia, a imprevisibi-

    lidacle clas possibilidades e dos pro.jeros decorrentes da liberclade e claescolha autnt icas assir ' conro a in 'acional idade de um trniverso qre,irforir os rr-rtir.rtes sentidos clue cacla honrern a cada rlon)er.rlo lhe lm_pri.rc" de u.ra abs'rdn e absoluta gratuidade - parecen ronlar ine-lcvante.qualquer rroo de previsibi l idade, consricia. repr icabi l idade,eeneralizao. racionalidade e nres'ro comunicao cle iesultados noesl,do do hunrano. sem se aceitar trma possibiliclacle mninra dessas-co'dies. de [ato. difcir acrcdirar que seja possver crregar a algunrtipo de 'erdade cientfica. o clue leva al-euns psiclogos exiite'ciais aoquestionanrento ctico da utilidacle de irvesti-saes empricas, fonnu-laes tericas, ou nesno da psicorogio

    "on', cincia. Desse ponto devista nrais extremado. algun*rs abordagens se nrantnr nrr.rito nraisprxinras da antropologia filosfica clo que da psicorogia cientfica, qual parecen narter-se ligadas apenas pelas preocupaes cle nature-za clnica de suas plopostas de psicoterapia.

    Enfim, no pode deixar de ser dito, os questionanrentos e as res-posas que a psicologia humanista revanta e esboa sobre a naturezada psicologia conro cincia e sua possibilidade de contribuir para afelicidade, sade e auto-realizao humanas encontram-se no ceruede todo 'r processo nrais anrpro, que marca a crise da moderna civi-lizao ocidental. Se a cincia colaborou para esvaziar e isolar ohomem, reduzindo-o sua nrera dimenso material e aos frios meca-nisnros lgico-racionais a servio de consideraes mesqr.rinhas edoentias, a,iusta revolta curturar contra esse estado cre coisas que nos

    16

    ,

    lc r t t rc l i r l tc lo o ser t l ic lo . a nutr l tv i lh i t e r t pro 'ur r r l i r luc lc r l l r cr ; lc l iucrr rt lc sc ' r h t t t l tano c ' t t t t 'c I t t t t tu t r tos. r t tobi l izor- t t t r br r os I rs icr i logos., \ss i rn. a ps icologi l hurnanista cor pror e te-se. L 'u scu l ) r ' ( ) . ic t ( ) dcc inci l r . r r estar ser p l 'e vo l lac l r r u krvorecr . r o uov i r cn lo t l r r l rg l - is io-rutcla alnut httnrana. cn stti. lrusca cle trrt] rtttrndo (luL- se posslr r 'hunrar.I tunurr to. L- e l ( lue. enl rL 'os da r tossu espcic- . sc. j l t - r 'e l r l r r r r ' r t ( ' l i l l ) fu-z.er t'it'cr.

    Azli toJo, e tcnicasI t4antendo-se f ie l s suas opes tenui r icas. c renr l . scr l ) r .e cr

    v i s ta as d imenses do se r que seu en foc ;ue p l i v i r eg iu . : i Ps ie r r l oe iaI rurnanis la desenvolve. ac lapta e l 'enova var iac l i rs l :cn ic ls r r ( . to( lo-

    ; t log ias dc abordagenr da pessoa. cor ina l ichc les t re csrr r t l . ( )u u -lci ivenio. os questionrertos e as posies lsstrnrirl lrs s()l)r.L- n i l luLcza da c incia ps icolgica e seLr objeto prpr- io r le t ,sr r rc lo l l rz t - r r rdo pro jeto hunranista de constnr i - ro da ps icologia Lrnr l r lontc t lc ins-l l irao e parnletros Iro deseuvolvinrento cle a[rorc]uge n\ rr(lL.(l1u(l1s.sct tc lo sobretuc lo o conrpro l t r isso conl sua v iso c le hontcrr r ( t r . tc o lcr -t l r a cr iao e o desenvolv inrento c le r rovas lbrrnus c le est l r ' l rc leccr . i rsat idc psquica e promover o desenvolv inrento dos rnc. l l ror t 's l )o tc . r -c ia is hunranos.

    No canrpo da pesquisa. a ps icologia hunranist i r c j r rur le l t l l r r i l lo spcla e le io de ter ras e l ixas da exper incia l r t r rnunl r r r tc i er t i oncgligcnciadas coro olr. jeto de investiguo, rnas tlrrutrtinr pclodcsenvolv in lento e pela ut i l izao de inov.es ' rc t . t l . r r i r ic^s. oi l ts t runtenta l de pesquisaie i r tvest igao c lesenvolv ido c r r t i l iz l r t l . l sgt ra gide da Terceira Fora bastante rico e cjiversil ' icutltr. Ir i l l rrnrbrcve npanhado geral das contr ibuies mr is s igni ' icat i ' i s c c i racte-rsticas podenr ser rapidamente lembradas as 'ariuires rlrs , 'r.t.closinspirados na fenome'ologia, a incluclas as crur.racrus Pcscluisasqualitativas; a crescente consiclerao da influrrcia tlrr 7r,,.s.r.rrrr cloi t tvest igador nos exper imentos que, enr nru i tos estuc l .s . t c .nPle-ntcntada con a inscrio dos s,ieitos da pesquisa corr. r 'r-irrve.stiga-dorcs; a larga realizao de estudos icriogr-.l ' icos (ine ^ rssrrtkrs .,ss ingular idades, ao invs de nas caracter is i i ras gencrarrzr i ' r is r r . . r r r -j t i to da invest igao); e o ecrt ico e cr ia t ivo uso cor ( r . r ' i r v( ,sr rq. -dores humanistas renova'r abordagens nrais tracticionaii t lc J-rcsrlrrisa,dcsde os experimentos laboratorials at o consagrado recrr.so tro es-ludo de caso.

  • Errr 'cra.t . - c r ' ro.ca'rpo d:rs psicorc'rapius e tcnicas cre cresci_rc'to pe'ssoal. n'ris do que c'n quarquer outro. que a co'trirruiio d:rpsicolclgia lrurrra.isra especiarnre.te exLrbcranr"; " "rp"r,r.,,i".. ..rrt_rardo rrnra verdadeira revoruo nos conceitos e br'ras de ajudapscolgica' o e'spao aqui sera pequeno. caso eu cresejas.se fazer a

    ''rni'ra justia da citao ,ro'ri.ar d.s no'as escoras e propostas quelbranr dese'vorvicr.s na v.nguarda ou ra esteira do nrovinrento ru_nranista' optei' ento'.po. n* restringir aperis discrinri'aio co-nentadi de argunras das princip:ris t!'crncii.s que se associ.' aot'lovir'etto.Enrbora a diversidade clas teorias e tcnicas psicoterpicas abra.-gidas pela psicorogia hunranisa seja quase inumerver, o reconheci_nento do

    .potenciar positivo e saudvel da natureza humana te.de acongreg-ras er ur objetivo de trabalho corun.l, distinto do apr.e_senado peras Foras anteriores. para a concepo psicanartica de serhunrano, a psicoterapia visa obter um equitrbrio entre a voracidade.'in'acionar das foras_do i!,- as restrioes curturais internarizadas nosuperego e as condies objetivas da rearidade, nr"oiunt" uli.uro_es parciarl'erte conscientes do ego e seus nrecanisnros cre defesa,resultando, na nrelhor das hipte.ses]na trans-ormao de un"ra ..infe_licidade neurtica" en una "infericidade normar,,. para o behavio_risuro, o conceito determinisa e valorati'!arureza trunrana, imprica qu" u t"rnpio

    -j'":J,,l: iJ,iciar o descondicionamenro dos componanentos indesejados e aaprendizagem do reperio que propicie melrror adapta. ut"naoao desejado; no entanto, as questes :,desejado po, qulnri;; ou ;ooup_tado a qu?" no encontranl resposta no berraviorismo, que deve ser'usc.ada_na deologia da moda ou no ,"nf,or de escravos que estiverde planto' J para a psicorogia t umonis, o objetivo de quarquer rra-tarento pode ser formurado numa frase quase redundante: revar apessoa a ser era mesma' propiciar ao criente ou estudante a conquis-ta de uma existncia autntica, uuroaonr"ianre, Fansparente, espont_nea, verdadeira, congruente e natural, sem ntscaras, jogos,

    "o,),.oo,ou divises (splits) internas: eis o que pretendem os humanistas.A nfase na sade em vez de na dena, assim "on",o

    u pporrude desenvolvimento do potenciat hu*ano,'tem levado as terapias hu-manistas a entender suas tcnicas de ajuda muito mais como formasde estimular o desenvorvimento " "

    up..nai"ug.* ao qu" l"- or-tamento de enfermidades, disfunOe ou anomalias psquicas. Atroca do modero mdico pero de auto-rearrzao tem levado muitas38

    i t t ror t lagcns l t sc apl 'esel arc l - r r i o o[ ' rs tur te o t r i ( l ic ionl l t lcs ignl r -l ivo yr .s i< ' r r l r ' l ' r r7r i t1 11111111. 'n l t i t s tLt l 'ora - cot o / r i ( / { / ( l t t . t t L : t . r t r t , r . t t l t ,dts(ttvolvittt(nlo ou de c'lr.st ' lrrt,tt lu pL,.tstxrl. De rlualtluer. l 'or.rur. tbrrslane generalizada i corcepi-ro clc- rlue lclcla psicorcnrPiu lrcrrr_su_ccclida unr processo de aprendizagenr pr.ornclo e :.rr.n[rlo. ussrncorno todu tprendizagem vc ' rdadeira l er le s igni l ' icur iv i r r i Pr .o l r r r -d l t t i lcnte l iberaclora e ct t rat iva. senclo c l ivc. rsos os nre lor los l rLrnr i rn is-l i ts ( lue so ut i l izados quase indi fererrc iac l ; . r rnc-n1c no consrr l t t j r . l ( ) c r usu l l de au la .

    Ut t ta das cor lsecl i incias dzr v is i ' io hol isra c c lu c . , r r t .e l r r ' l - ie t l6honrc 'nr cono ur . l todo b iopsicossocia l o c lcs r c i c lo t l t .s t , r r , .1 ' i -nenlo dits chanradas cnic-tts a abonlugctts t.ttt.1-tttt-tt i .s, cr ( lue nis-sagen , f oqur . , serrsaes, dana e r t tov inte ' r t lo , ( . 1 I l / / . .( , . r t ,x t l r . t .ss iVi rs

    .c fe clera, choro, r iso, vnr i to , gr i to e org i sn lo inst r - t , rn, - . r r r , , l izurr r c l.

    crescimenlo psquico e a nra ior v ivncia c le 's i . A inr l l r )essc r t iJ l ic i lf do enfoqtre p lur id i r -nensional . poclenr ser inc l r r c l ls l s l ( ic . r i ( . r rs n: o-

    vcrbais, o uso do poder da expresso ar t s t ica, e At nresrr . r . r r r . l i r ic lsnredi tat ivas e espi r i tua is , cu jo potenci l l c t r rat ivo v i r - i r r r r , . , . , , , , r , " -r ior rnente assunr ido cor o unl c los pr i r rc ipais recrr rsr- ls t l l rs rc . r tp i lst ranspessoais.

    Noes exis tencia l is tas do honrem cor lo ru scr r le n l r tur . rz l r r l iu-logal, que s se nrostra - e verdadeiranrente e< - ro Lncortl1) pcssoul,lnt favorecido as terapicts relaciottctis, enr (luL. o lcnl)L'uri l l l l ; l icir (lusposturas e defesas profissionais para entrar enr rc:laao r.()r() pcssoilrca l , pois no encontro de pessoa para pessoa, nu rcru. r ru ' r ' r r . r r r re.acreditam os humanistas, a mudana se cl.

    A aceitao da tendncia inata e intr 'seca pur.a o cr.r,scur.rr() cauto-realizao favorece a conpreenso do teral)euta anrrs coro rrr lfacil i tador do que algum que atua sobre o outro. A rr|rrse ,. f luirconstante, na l iberdade e na singularidade de cacla scr.. [ertlc lr irb' l iros planejamentos, os objetivos e as estratgias, e a dcserr,.rvt'r rrr.rratitude de abertura ingnua e incondicionirl ao qrre vL-r t l ..rrrrrr crseu processo de desenvolvimento e de autocriao.

    o extraordinrio desenvolvimento de terapias c rcrric.s tlr tr.a-balho com grupos, especialmente na forna cre vivnci^ irtcrsivr, u'ta das tendncias que marcam a psicologia rrunr.nisrlr. Artr ' r lasricas e inovadoras contribuies tericas e tcnic.s A (,sslr .rocra-lidade de atuao, at ento negligenciada, o crramacro N4ovi'c'rodos Grupos de Encontro represenou, ao nenos 'os aro.s (r0 c 70, afacea de maior impacto da Terceira Fora, traduzindo enr irtr; e-

    39

  • rivus o courpromisso clc transrbrnraio sociocultural que a psicologiahurnanisla se irnpe.

    Enlnr. no teste enrprico de' sua.s ictias. muitas vezes taxadirsdc" ingnum ou utpicas. ro sucesso e na aceitro de suas prticas.quc a psicologia hunranista tenr-se consolidado cono unla pscologiaa[irrada corr o zcitgeist de nossa poca, en que. apesar cle toda crise.arargurr' cinisnro, solido e desesperana. o anseio nruclo e ocuttopor una vida nrais autntica e hunranizada torna-se eloqiente e trl_guri ao enconllir quer-t] nele acredite e se disponha a ajLrdar.

    Notal. irrrporranre ressaltar que a tno'renologia, nunra verso sinrplitcada (cn-tendid^ como descrio ingnua da e,xperincia vi'ida) e um tairto desvincu-lada dc suas razes tloslcas mais elaboradas, fora trazida anteriomenrc aos

    'Estados unidos pelos psiclogos gesralristas alemes e psiquiarras da escolajasperiana, e j era, havia r.uiro, co.rrecida e urilizada plos psicologos anre-ricunos, qucr cono nrtodo auxiriar dc coretr de dadoi, qu.i

    "on.,o funda-

    mcntao principal de elaboraes tericas.

    40