A história da cor negra no Ocidente

Embed Size (px)

Citation preview

A histria da cor negra no OcidenteTranscrio livre da entrevista de Michel Pastoureau, historiador medievalista na Sorbonne, por Patrice Glinet (France Inter, 2000 Ans dHistoire)O negro o refgio da cor. Gaston Bachelard

PG Antes de ser uma cor da moda, a cor negra tinha m reputao: era a cor da morte e do luto, a cor de Sat e das feiticeiras, cor das bandeiras dos piratas e dos anarquistas, do uniforme das SS ou das jaquetas de ouro dos jovens rebeldes dos anos 50 e 60. MP Para os estudiosos que, como Newton, haviam decomposto a luz e encontrado todas as cores do arco-ris menos a cor negra; ou para um pintor, como Leonardo Da Vinci, o negro no era sequer uma cor. Ele era to somente o nada, as trevas a partir das quais, segundo a Bblia, Deus havia criado a Luz. No comeo, Deus criou o cu e a terra. A terra era informe e deserta, e coberta pelas trevas. Deus disse: faa-se a luz, e a luz se fez. E Deus separou a Luz e as Trevas. Deus chamou a luz de dia e as trevas de noite. Houve uma noite, e houve uma manh; o primeiro dia. PG Michel Pastoureau, no seu ltimo livro, O negro histria de uma cor, voc cita estas primeiras linhas da Bblia, em que deus separa a luz das trevas, ou seja, o branco do preto, o que pode-se interpretar de duas maneiras, ou seja, o preto como o vazio, o nada, a no-cor; ou ao contrrio, a cor primordial, de onde vm todas as outras. O negro uma cor, ou o refgio da cor, como disse Bachelard? MP Para o historiador, o negro uma cor, e uma cor fortemente polarizada ao longo de sua histria. Percebe-se que o perodo em que o negro foi considerado como uma no-cor, ou seja, do sculo XVII de Newton at o incio do sculo XX, bastante curto comparado aos milnios antecedentes. Assim, de qualquer maneira, o negro, para o historiador, uma cor. PG A prpria cincia a nega, de uma certa maneira, e voc mesmo observa que quando Newton decomps o raio luminoso, encontrou todas as sete cores do arco-ris, sem contudo encontrar o negro ou o branco entre elas. MP Sim, o ano 1666 foi um grande momento para a histria das cores. Quando Newton descobre o espectro da luz visvel, ele ordena de maneira nova as cores, no que no h lugar nem para o negro nem para o branco. Entramos, ento, nesse perodo que nos contemporneo e em que existe um mundo em cores e outro em preto-e-branco. PG E o negro teve m reputao, voc observa, mas nem sempre: entre os egpcios, o negro representava a fertilidade do solo.

MP Sim, entre os egpcios e outras culturas antigas, h um negro muito bom, fecundo, fonte de vida, associado terra, ou seja, a terra frtil que produz o alimento. Esse negro frtil tem uma simbologia muito recorrente tanto no Egito quanto na Grcia e no Oriente Mdio antigo. PG O negro tambm como cor do luto, simbolizado no Egito pelo deus chacal Anbis, de cor negra, e que acompanhava a alma do morto na sua viagem ao alm. MP Anbis era o deus que conduzia os mortos em sua ltima viagem, e quase sempre representado em cor negra. Contudo, neste caso se trata de um negro positivo, no inquietante: representa o caminho dos mortos para uma outra vida. PG O preto associado ao luto data do perodo romano? MP Essa associao remonta ao fim da Repblica na Roma Antiga, quando certos magistrados comeam a vestir-se com tons escuros, depois de preto, em sinal pblico de luto. Essa associao da vestimenta preta com o luto consolida-se no perodo Imperial, mas apenas muito lentamente ser adotada na Europa como um todo, o que ocorrer somente no sculo XVIII. PG E se fala de vrios pretos, como os romanos, que distinguiam o preto brilhante, muito valorizado, chamado niger, daquele preto opaco da terra (da sujeira, das cinzas) negativo, chamado ater. Na Idade Mdia, o negro ser associado ao diabo e s bruxas, quase sempre representadas de preto e acompanhadas de animais da mesma cor. MP O cristianismo trava uma batalha feroz contra a cor negra, associando-a ao pecado, ao crime, ao mundo infernal, ao diabo e a todas suas criaturas, o que persiste durante muito tempo. Talvez seja na poca feudal em que o preto tenha atingido seu valor mais negativo na simbologia das cores. Vrios animais pretos so associados ao demnio: o cisne, o corvo, o gato e todos os animais de pelagem escura, como o lobo, o javali. O sab das feiticeiras, que remonta s prticas de feitiaria romanas, sempre ocorre noite, num ambiente completamente escuro, sobretudo no imaginrio do fim da Idade Mdia e incio da Idade Moderna. PG De qualquer maneira, bastante ambguo quando se considera todos esses animais de pelagem escura, e mesmo pessoas de pele escura, chamados mouros (grego mavros, preto), em que no se poderia confiar. Contudo, quando eles eram cristos, como a Rainha de Sab, o mago Baltazar, So Maurcio, esses personagens de pele escura eram exaltados. MP A trata-se de uma questo mais religiosa que de cor de pele, mesmo se as pessoas de pele escura inquietavam desde muito tempo os europeus, pois so revalorizados no fim da Idade Mdia quando tornam-se cristos. So Maurcio, grande santo negro da Idade Mdia cujo prprio nome vem da palavra mouro, o protetor dos tintureiros e dos cavaleiros, o que no pouco, e acompanhado num cortejo de homens e mulheres negros pela prpria Rainha de Sab, valorizada no fim da Idade Mdia pelo Padre Joo, e cujo reino situa-se na regio da Etipia. Tambm os reis magos, dentre os quais um negro, Baltazar, aparece em muitas ilustraes do fim do sculo XIV.

PG A palavra latina maurus designa tambm a cor negra, e deu origem ao nome de um pas do norte da frica (Mauritnia), terra de mouros ou tambm sarracenos. So Maurcio, mauriscus, mouro, um santo negro, encarna toda a ambigidade do olhar europeu sobre a cor negra, a tornada positiva pela religio crist do personagem. Da mesma forma, cavaleiros negros eram, na maioria das vezes, heris. MP De fato, em especial a partir do sculo XIII, um topos de textos literrios coloca em cena frequentemente um cavaleiro negro, que, ao contrrio do que se poderia crer, no um personagem que atacar o heri da narrativa, mas tambm um heri que busca esconder sua identidade. Dentre os famosos, pode-se citar Lancelot, Tristan, Percival, todos disfarados de preto. Assim, essa cor estabelece-se mais como a cor do segredo, e assim ficar por muito tempo. PG O preto tambm encontrado no braso desses cavaleiros. MP Sim, em herldica, o preto chama-se sable, que evoca a pele zibelina ou da marta negra, uma das mais caras e preciosas na Idade Mdia. Assim, esse preto herldico tem um carter bastante positivo. PG Outra ambigidade da cor negra que ela tambm a cor dos hbitos dos monges. Havia, porm, monges pretos e monges brancos, que polemizavam entre si em funo de suas escolhas de cor. MP Os monges beneditinos vestem-se de preto desde o fim da poca carolngia, estando esta cor associada humildade, temperana, modstia. As novas ordens que surgem aps o ano 1000, contudo, separando-se dos beneditinos, mostram sua insatisfao e oposio aos mesmos escolhendo para cor de seus hbitos o branco, como fizeram os cistercianos no incio do sculo XII. A partir da, toda uma polmica se estabelece por vrias dcadas, quando dois grandes telogos, o beneditino Pedro o Venervel, que defende a cor negra como signo de humildade, e o cisterciano So Bernardo, que defende a cor branca como cor da pureza, reprovam um ao outro pela suas respectivas cores de hbito: os beneditinos de Pedro o Venervel vem no branco cisterciano uma cor de orgulho, enquanto que So Bernardo v no preto usado pelos beneditinos uma cor de morte, funesta e diablica. PG O negro tambm se faz indispensvel na pintura na medida em que ela faz destacar e valorizar a luz. MP O preto uma cor extremamente rica para os pintores de todas as pocas, e que tem uma relao privilegiada com a luz: de acordo com a situao, ele pode ser a ausncia da luz, a luz atenuada, ou, como diz o pintor Pierre Soulages, matria pictrica que expulsa a luz, e que em seus quadros utiliza a cor negra para fazer a luz se expressar diferentemente. PG E disso tambm se tem conscincia j nos tempos de Vermeer ou Rembrandt, com o claro-escuro, e Van Eyck com o quadro Homem de Turbante, ou Lorenzo Lotto com o quadro Um jovem elegante. Neste ltimo, o preto da vestimenta deixa, na Renascena, de ser a cor dos pobres, e torna-se a cor dos prncipes e burgueses.

MP J no fim da Idade Mdia observa-se nas cortes europias uma moda de usar roupas em tons de preto. Na corte da Borgonha, no fim do sculo XV, os duques Filipe o Bom e Carlos o Temerrio j vestem-se de preto quase todos os dias e, sendo os mais poderosos do seu tempo, so imitados pelas outras cortes tambm. Essa moda se origina na Itlia do fim do sculo XIV e perdura at o sculo XVII na Europa. A corte espanhola a herda da corte de Borgonha e a partir do sculo XVI a que passa a lanar as modas. Carlos V, por exemplo, e foi seguido pelo seu filho Filipe II no uso das roupas pretas. Esse preto uma cor imperial, principesca, real, elegante, mas tambm uma cor crist, pia, humilde. Tanto Carlos V quanto seu filho foram homens extremamente religiosos. PG Cor crist, mas no necessariamente catlica, pois os protestantes tambm a vestem para distinguir-se das cores da Reforma. Por que? MP Em lugares como Genebra, poca de Calvino, os grandes reformadores protestantes do sculo XVI distinguem cores honestas de cores desonestas, que no devem ser usadas por um bom cristo e um bom cidado, e o preto fica no primeiro grupo. Entre as cores honestas conta-se o preto, o branco, o cinza, o marrom e o azul, enquanto que as cores desonestas so as mais chamativas, que atraem o olhar: o vermelho, o amarelo e o verde. Um bom cristo no deve vestir-se com estas cores segundo os valores protestantes. E ainda hoje vivemos parcialmente as conseqncias deste juzo de valores que data do sculo XVI. PG O preto ainda a cor dos advogados, dos magistrados, dos sacerdotes. MP Sim, ela ainda a cor de todos aqueles que exercem funes que demandam dignidade, autoridade, responsabilidade, seriedade, moral, ou mesmo uma certa notoriedade, de juzes a rbitros de futebol (estes ltimos at recentemente, e penso que perderam muito de sua autoridade quando passaram a vestir-se com outras cores). PG O preto cai bem em qualquer pessoa, usado pelas pessoas importantes, e foi usado at o sculo XVIII, tambm chamado de Sculo das Luzes. Foi um sculo cromfilo, como voc diz, que ama as cores, e, nele, o preto torna-se fora de moda. MP O sculo XVIII precedido e sucedido por dois sculos muito escuros, o XVII, um sculo muito infeliz para as populaes europias, e o XIX, que preto por razes diferentes que j explicarei, mas o sculo XVIII um osis de cor entre os dois. o sculo das Luzes, do Iluminismo, e o preto est recuando, tanto no plano simblico como no quotidiano. Importa-se novos pigmentos, a gama de cores disponveis se amplia, e usam-se os rosas, os amarelos, os azuis. O preto ficar fora de moda por cerca de 75 anos, e somente na dcada de 1780 voltar a ser usado. PG Tambm os romnticos, como Nerval (1855), sabero valorizar o preto: Je Le suis Prince le Tnbreux, dAquitaine le la Veuf, Tour lInconsol, abolie :

Ma seule Etoile est morte, Porte le Soleil noir de la Mlancolie.

et

mon

luth

constell

(Eu sou o sombrio, o vivo, o inconsolvel, prncipe da Aquitnia da torre abolida, minha nica estrela morta e meu alade constelado traz o sol negro da melancolia.) MP O soneto de Nerval emblemtico, e foram os romnticos alemes que trouxeram o preto de volta moda, mas durante cerca de trs geraes, em toda a Europa, todos os jovens que se diziam artistas ou poetas, ou simplesmente melanclicos, mantinham uma preferncia pelo preto. PG E tambm o que acontece no sculo XX, na Frana, que surgem os rebeldes romnticos dos anos 60, os jaquetas-negras. MP Isso tambm sinaliza o preto como cor de transgresso, cor de perigo e rebelio, fruto de uma longa tradio cujo simbolismo se consolida nesse movimento da dcada de 1960. Nos mares, os piratas brbaros j usam a bandeira preta como smbolo, o que documentado superficialmente na Idade Mdia mas que se torna muito bem representado nos mapas ocenicos do sculo XVII. Essa bandeira preta surge como revolucionria na metade do sculo XIX, em 1848, ultrapassando a bandeira vermelha como smbolo da extrema esquerda. PG Por outro lado, na extrema direita que se ver os uniformes pretos, como no caso dos fascistas e nazistas. De uma forma ou de outra, o preto est nos extremos, para pior ou para melhor. Quase todas as causas polticas j reinvicaram essa cor. MP De fato, em ambos os extremos encontramos insgnias, bandeiras, emblemas pretos. Na Revoluo Francesa, a roseta preta smbolo da Casa de ustria, de Maria Antonieta, e depois na primeira metade do sculo XIX a cor dos partidos clericais, a sotaina dos sacerdotes tendo se tornado uma espcie de smbolo tambm. Em ambos os casos, trata-se de um preto situado bastante direita no plano poltico, reacionrio, conservador. De modo oposto, h o preto dos anarquistas, dos niilistas. No sculo XX, haver o preto dos fascistas e o preto dos anarquistas, como se os extremos se encontrassem na escolha desta cor. PG Tambm h todo um vocabulrio pejorativo relacionado cor negra: mercado negro, travail au noir (trabalho ilegal, clandestino), lista negra, bte noire (nmesis, inimigo), o buraco negro. ide noire (depresso) todo um vocabulrio bastante negativo em que o preto considerado como algo mau. Exceto, talvez, para os estilistas, como Sonia Rykiel: Amo o preto. Por que? a cor que destaca, que d vida s outras. Todas as outras cores so fantsticas, mas quando h um pouco de preto, como em um pequeno detalhe, tudo parece se ressaltar. O preto uma cor muito difcil de se vestir. Quando voc se veste de preto, necessrio que voc esteja em forma, impecvel, que voc caminhe com elegncia, aja com atitude, seno o preto lhe sufoca. uma cor com a qual se tem que atuar, e isso que eu amo na moda.O preto no esconde nada, ele destacada, ele mostra, desenha o corpo.

PG O senhor tambm cita Proust, que em 1903 j falava sobre Odette de Crcy da seguinte forma: Vestida de preto, como sempre, pois ela cr que, ao vestir-se de preto, sempre se est bem vestido, e que o que h de mais elegante. MP Os artistas, como Manet e estilistas, antes e depois da Primeira Guerra Mundial, foram os que, no fim do sculo XIX, j comearam a revalorizar simblica e socialmente a cor preta. Era a poca de Coco Chanel com seu vestido pretinho bsico, enquanto os homens vestiam-se com elegantes smoking. Surge a um preto criativo, moderno, usado por artistas, designers, arquitetos, e que representa novas idias. PG Contemporaneamente, na pintura, Soulages vai alm do preto, cria o conceito do ultra-preto. MP Como fazer um preto mais preto que o prprio preto? Soulages conseguiu isso, trabalhando esse conceito com a matria pictrica preta de modo a torn-la extremamente luminosa dependendo da maneira em que exposta. PG Outra coisa surpreendente o fato de termos valorizarmos o preto no passado, como voc observa, com a inveno da imprensa na Idade Moderna, e que nos fez aprender a ver o mundo em preto e branco. Da mesma forma, a inveno do cinema, mais recentemente, que tambm mostrava um mundo em preto e branco, e assim foi mantido mesmo bem depois do desenvolvimento dos filmes coloridos, j viveis em 1910. MP Realmente, o cinema colorido foi desenvolvido bem antes do que se cr, antes da Primeira Guerra Mundial, mas no foi exibido nas salas de cinema por ser considerado uma transgresso moral poca. Os grandes investidores detentores do capital dos estdios eram quase todos puritanos protestantes, para os quais imagens animadas j eram indecentes. Imagens animadas e coloridas eram consideradas quase obscenas. Foram ento, ainda no sculo XX, os valores protestantes que impediram o cinema colorido de ser exibido para o grande pblico durante quase 25 anos aps a inveno da tcnica. PG Hoje em dia, o preto tornou-se quase uma cor como as outras. Segundo pesquisas, dentre as seis cores mais conhecidas, o preto no est nem em primeiro (a cor azul) nem em ltimo lugar (a cor amarela), mas em posio intermediria. MP As pesquisas de preferncia realizadas nas ltimas dcadas mostram que o preto tornou-se uma cor medianamente apreciada. Em ordem de preferncia, temos: azul, verde, vermelho, preto, branco e amarelo. O preto tornou-se uma cor mais ou menos neutra, o que pode indicar o resultado de uma longa histria de ambivalncia de valores positivos e negativos. Me pergunto tambm se a eleio do presidente Obama pode ser o reflexo disso: a cor preta tornou-se uma cor como qualquer outra, o homem negro tornou-se um homem como qualquer outro. uma evoluo de longo prazo, qual consagrei meu livro.

Prometeus, vaso grego

Msicos mouro e cristo, manuscritpo medieval.

Rei mago Baltazar. Catedral de vila, Espanha, ca. 1500.

Adorao dos magos, de Andrea Mantegna. Sc. XV

Homem de turbante, Jan van Eyck. Sc. XV.

Carlos, o Temerrio. Sc. XV

Felipe o Bom. Sc. XV

Jovem vestido de negro. Lorenzo Lotto, sc. XVI

Carlos V. Ticiano, 1548.

Retrato da Marquesa Balbi. Anthonis van Dyck, sc. XVII

Retrato de Justus van Meerstraeten. Anthonis van Dyck, sc. XVII

So Francisco. Caravaggio. sc. XVII

Anbis

Natividade. Georges La Tour, sc. XVII

Senhora escrevendo uma carta com sua criada. Johannes Vermeer, sc. XVII

Triunfo de Vnus. Franois Boucher, sc. XVIII

O passeio matinal. Thomas Gainsborough, ca. 1780

Retrato de Peter Godfrey. Thomas Gainsborough, ca. 1780

Viajante Acima de um mar de nuvens. Caspar-David Friedrich, 1818

Retrato de Berthe Morisot. douard Manet, 1872

Frank Leslies Illustrated Newspaper, November 13, 1886

Bandeira de navio pirata, sc. XVIII

O Gabinete do Doutor Caligari, 1920

Rainha de Sab, pintura crist etope.

Coco Chanel

Quadro de Pierre Soulages

Exposio de Pierre Soulages no Centro Pompidou

Rainha de Sab, manuscrito de Bellifortis, 1405.

Investidura de monges beneditinos. De Universo, Rabanus Maurus.

Bernardo de Clairvaux, fundador da ordem cisterciana.

Demnios em manuscrito medieval.

Escultura de So Maurcio. Magdeburg, Alemanha, ca. 1250.

So Maurcio, em quadro de Matthias Grnewald. Sc. XVI