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Caros Irmãos:
Mais uma vez chegamos ao agradável e sempre proveitoso convívio dos Irmãos trazendo importantes temas para nossa análise e reflexão.
A Maçonaria Brasileira, e quem sabe a mundial, está passando por um mo-
mento de grande turbulência, onde as práticas do mundo profano foram inter-nalizadas de forma praticamente integrais.
Estamos todos, de uma forma ou de outra atingidos por este momento em
que não se vislumbra luz no fim do túnel. A cada dia novas e cruéis notícias so-bre mandos e desmandos praticados por maçons, o que nos deixa pensativos e temerosos pelo futuro de nossa Ordem, que se vislumbra incerto e sombrio.
Por certo ficamos, todos, na expectativa que este quadro se reverta e nos-
sa Ordem volte a trilhar caminhos mais fraternos, solidários e no estrito cumpri-mento de nossas leis e regulamentos.
Apesar das incertezas continuamos na disseminação de nossa cultura, re-
novando sempre nossos desejos de uma boa e útil leitura a todos e na esperan-ça de que os assuntos colocados a vossa disposição sejam úteis para nosso desenvolvimento harmônico e fraterno.
Um TFA a todos Loja Francisco Xavier de Pesquisas Maçônicas - GORGS
EDITORIAL: “Para Nosso Desenvolvimento Harmônico e Fraterno”
INFORMATIVO CHICO DA BOTICA Registro na ABIM nº. 18-B
AUG :. RESP :. LOJ :. “FRANCISCO XAVIER FERREIRA
DE PESQUISAS MAÇÔNICAS”AO GORGS
Ano 14, Edição nº. 119 Data: 31 de março de 2018
Editorial: “Para Nosso
Desenvolvimento Harmô-
nico e Fraterno”
S onetos: PRINCÍ-
PIO e ACIMA DAS
CRENÇAS - Irmão
Adilson Zotovici - Pág. 2
1
A PÁSCOA ET
SEUS SÍMBOLOS
- Colaboração do
*Irmão Rui Jung Neto -
Pág. 3, 4 e 5
2
T IRADENTES - UM
MAÇOM, AINDA
QUE TARDIO
- Irmão Expedicto Figueire-
do - Pág. 6 a 10
3
O Poder do Pensa-mento e a Lei da Atração - Equívo-
cos, uma interpretação - Irmão Artêmio G Hoffmann - Pág. 10 a 13
4
Nesta edição:
À GLÓRIA DO GA DU
Fundada em 19 de novembro de 1995
Especiais: Chico Social Reflexões Conhecimento Notícias Rapidinhas
"Viver não é meramente respirar; é agir.“
(Rousseau)
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Página 2
Informativo
CHICO DA BOTICA
ojá Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
CONHECIMENTO:
Reflexão
GOETHE - Johann Wolfgang Von Goethe "É muito mais fácil reconhe-cer o erro do que encontrar a verdade; aquele está na su-perfície e por isso é fácil erra-dicá-lo; esta repousa no fun-do, e não é qualquer um que pode investigá-la." "A natureza do amor sempre tem algo de impertinente." "Para mim, o maior dos suplí-cios seria estar sozinho no Paraíso."
Sonetos
ACIMA DAS CRENÇAS
Seja qual a Crença, o Rito,
Por todo canto ou região
No nosso planeta bendito
Reine a paz, o amor, a união...
Com padecer também escrito
Toda paixão, resignação,
Por Caridade e Fé suscito
A Esperança na Renovação
Assim, não há qualquer conflito
Apenas global reflexão
Sobre amor fraterno, infinito
Alegria, brandura, perdão
Nesse dia fecundo adstrito
A Páscoa, à Ressurreição !
Adilson Zotovici
ARLS Chequer Nassif-16
PRINCÍPIO
Vibra o malhete primeiro
No trono do Rei Salomão
Egrégora no canteiro
Composta a Loja em união
Frente o humilde obreiro
A Bíblia, Torá, Alcorão...
Do Altar mais sobranceiro
Em Sacra genuflexão
Com fervor, livre pedreiro,
Entrega ali seu coração
Mestre, aprendiz, companheiro...
Num Salmo, a exortação
Dum princípio derradeiro
Um mesmo ideal e razão!
Adilson Zotovici
ARLS Chequer Nassif-169
Aniversariantes ABRIL:
- Ir.·. Efetivos:
09 - MARCO ANTONIO
MACHADO.
- Ir.·. Correspondentes:
05 - ORLEY ADEMAR IKERT
08 - PEDRO MOACYR MENDES
CAMPOS
15 - ANTONIO DO CARMO FER-
REIRA
17 - CELSO RICARDO DE AL-
MEIDA
19 - JOÃO QUINT
22 - ABSAI GOMES BRITO
27 - JORGE R. DE SENNA.
Aos aniversariantes!
Nossas
Felicitações!!!
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- Ano 14 Edição 119 - 31 Mar 2018 -
ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
Caros Irmãos todos,
A Páscoa, a mais importante festa do Judaísmo ("Pessach" ou “passagem”) e do Cristianismo, é rica em símbolos e
tradições que vêm de muitos séculos e de muitas crenças e religiões. Também na Maçonaria, as “Passagens” têm especial
significado simbólico e são muito valorizadas a partir da cerimônia de Iniciação ou Admissão.
Por todas estas razões e sempre respeitando as crenças de cada um dos Irmãos, envio votos de uma FELIZ PÁSCOA e
que o simbolismo da Luz do Renascimento e da Vida iluminem a todos!
Fraternalmente, Ir. Rui Jung Neto e família.
“Aprendendo, ensinarás. Ensinando, aprenderás”.
Ex-V.M. da Cinq. Ben. A.R.L.S. "Concordia et Humanitas" Nr. 56 - ao Or. de Porto Alegre – RS – Rito Schröder – GL-
MERGS
Colégio de Estudos do Rito Schröder Ir. Gouveia – Colegiado Diretor
A PÁSCOA E SEUS SÍMBOLOS
O nome páscoa surgiu a partir da palavra hebraica "pessach" ("passagem"), que para os hebreus significava o fim
da escravidão e o início da libertação do povo judeu (marcado pela travessia do Mar Vermelho, que se tinha aberto pa-
ra "abrir passagem" aos filhos de Israel que Moisés ia conduzir para a Terra Prometida).
Ainda hoje a família judaica se reúne para o "Seder", um jantar especial que é feito em família e dura oito dias. A-
lém do jantar há leituras nas sinagogas.
Para os cristãos, a Páscoa é a passagem de Jesus Cristo da morte para a vida: a Ressurreição. A passagem de
Deus entre nós e a nossa passagem para Deus. É considerada a festa das festas, a solenidade das solenidades, e não
se celebra dignamente senão na alegria [2].
Em tempos antigos, no hemisfério norte, a celebração da Páscoa era marcada com o fim do inverno e o início da
primavera. Tempo em que animais e plantas aparecem novamente. Os pastores e camponeses presenteavam-se uns
aos outros com ovos.
De todos os símbolos, o ovo de páscoa é o mais esperado pelas crianças.
Nas culturas pagãs, o ovo trazia a ideia de começo de vida. Os povos costumavam presentear os amigos
com ovos, desejando-lhes boa sorte. Os chineses já costumavam distribuir ovos coloridos entre amigos,
na primavera, como referência à renovação da vida. Existem muitas lendas sobre os ovos. A mais conhe-
cida é a dos persas: eles acreditavam que a terra havia caído de um ovo gigante e, por este motivo, os ovos tornaram-
se sagrados.
Os cristãos primitivos do oriente foram os primeiros a dar ovos coloridos na Páscoa simbolizando a ressurreição, o
nascimento para uma nova vida. Nos países da Europa costumava-se escrever mensagens e datas nos ovos e doá-los
aos amigos. Em outros, como na Alemanha, o costume era presentear as crianças. Na Armênia decoravam ovos ocos
com figuras de Jesus, Nossa Senhora e outras figuras religiosas.
Pintar ovos com cores da primavera, para celebrar a páscoa, foi adotado pelos cristãos, no século XVIII. A igreja
doava aos fiéis os ovos bentos.
OVOS DE PÁSCOA
A PÁSCOA ET SEUS SÍMBOLOS - Colaboração Mensagem recebida do *Irmão Rui Jung Neto
Agradecemos, retribuímos e encaminhamos a todos os Irmãos!
Membro Correspondente da Chico
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ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
A substituição dos ovos cozidos e pintados por ovos de chocolate, pode ser justificada pela proibição do consu-
mo de carne animal, por alguns cristãos, no período da quaresma. A versão mais aceita é a de que o surgimento da
indústria do chocolate, em 1830, na Inglaterra, fez o consumo de ovos de chocolate aumentar.
O coelho é um mamífero roedor que passa boa parte do tempo comendo. Ele tem pelo bem fofinho e se ali-
menta de cenouras e vegetais. O coelho precisa mastigar bem os alimentos, para evitar que seus dentes cres-
çam sem parar. Por sua grande fecundidade, o coelho tornou-se o símbolo mais popular da Páscoa. É que ele simboli-
za a Igreja que, pelo poder de Cristo, é fecunda em sua missão de propagar a palavra de Deus a todos os povos.
O cordeiro é o símbolo mais antigo da Páscoa, é o símbolo da aliança feita entre Deus e o povo judeu na
Páscoa da antiga lei. No Antigo Testamento, a Páscoa era celebrada com os pães ázimos (sem fermento) e
com o sacrifício de um cordeiro como recordação do grande feito de Deus em prol de seu povo: a libertação
da escravidão do Egito. Assim o povo de Israel celebrava a libertação e a aliança de Deus com seu povo.
Moisés, escolhido por Deus para libertar o povo judeu da escravidão dos faraós, comemorou a passagem para
a liberdade, imolando um cordeiro. Para os cristãos, o cordeiro é o próprio Jesus, Cordeiro de Deus, que foi sacrificado
na cruz pelos nossos pecados, e cujo sangue nos redimiu: "morrendo, destruiu nossa morte, e ressuscitando, restituiu-
nos a vida". É a nova Aliança de Deus realizada por Seu Filho, agora não só com um povo, mas com todos os povos.
É uma grande vela que se acende na igreja, no sábado de aleluia. Significa que "Cristo é a Luz dos povos".
Nesta vela, estão gravadas as letras do alfabeto grego "alfa" e "ômega", que quer dizer: Deus é princípio e fim.
Os algarismos do ano também são gravados no Círio Pascal. O Círio Pascal simboliza o Cristo que ressurgiu das
trevas para iluminar o nosso caminho.
O girassol é uma flor de cor amarela, formada por muitas pétalas, de tamanho geralmente grande. Tem es-
se nome porque está sempre voltado para o sol.O girassol, como símbolo da páscoa, representa a busca
da luz que é Cristo Jesus e, assim como ele segue o astro rei, os cristãos buscam em Cristo o caminho, a
verdade e a vida.
O pão e o vinho, sobretudo na antiguidade, foram a comida e bebida mais comum para muitos povos.
Cristo ao instituir a Eucaristia se serviu dos alimentos mais comuns para simbolizar sua presença cons-
tante entre e nas pessoas de boa vontade. Assim, o pão e o vinho simbolizam essa aliança eterna do Criador com a
sua criatura e sua presença no meio de nós.
Jesus já sabia que seria perseguido, preso e pregado numa cruz. Então, combinou com dois de seus amigos
(discípulos), para prepararem a festa da páscoa num lugar seguro. Quando tudo estava pronto, Jesus e os outros discí-
pulos chegaram para juntos celebrarem a ceia da páscoa. Esta foi a Última Ceia de Jesus.
A instituição da Eucaristia foi feita por Jesus na Última Ceia, quando ofereceu o pão e o vinho aos seus discípulos
dizendo: "Tomai e comei, este é o meu corpo... Este é o meu sangue...". O Senhor "instituiu o sacrifício eucarístico do
seu Corpo e do seu Sangue para perpetuar assim o Sacrifício da Cruz ao longo dos séculos, até que volte, confiando
deste modo à sua amada Esposa, a Igreja, o memorial da sua morte e ressurreição: sacramento de piedade, sinal de
unidade, vínculo de caridade, banquete pascal, em que se come Cristo, em que a alma se cumula de graça e nos é da-
COELHO
CORDEIRO
CÍRIO PASCAL
GIRASSOL
PÃO E VINHO
Cont.: A PÁSCOA ET SEUS SÍMBOLOS
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ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
do um penhor da glória futura" [3]. A Páscoa judaica lembra a passagem dos judeus pelo mar vermelho, em busca da
liberdade. Hoje, comemoramos a Páscoa lembrando a jornada de Jesus: vida, morte e ressurreição.
O bolo em forma de "pomba da paz" significa a vinda do Espírito Santo. Diz a lenda que a tradi-
ção surgiu na vila de Pavia (norte da Itália), onde um confeiteiro teria presenteado o rei lombar-
do Albuíno com a guloseima. O soberano, por sua vez, teria poupado a cidade de uma cruel
invasão graças ao agrado.
Muitas igrejas possuem sinos que ficam suspensos em torres e tocam para anunciar as celebrações.
O sino é um símbolo da páscoa. No domingo de páscoa, tocando festivo, os sinos anunciam com alegria
a celebração da ressurreição de cristo.
Os 40 dias que precedem a Semana Santa são dedicados à preparação para a celebração. Na tradição judaica,
havia 40 dias de resguardo do corpo em relação aos excessos, para rememorar os 40 anos passados no deserto.
Na antiguidade os lutadores e guerreiros se untavam com óleos, pois acreditavam que essas substâncias lhes da-
vam forças. Para nós cristãos, os óleos simbolizam o Espírito Santo, aquele que nos dá força e energia para vivermos o
evangelho de Jesus Cristo.
Fontes:
[1] Baseado na Coleção Descobrindo a Páscoa, Edições Chocolate.
[2] A vitória da Páscoa, Georges Chevrot, Editora Quadrante, São Paulo, 2002
[3] Vida Eucarística, José Manuel Iglesias, Editora Quadrante, São Paulo, 2005
No quadro do pintor
alemão Hans Multscher
(século 15), Cristo
ressuscita, levantando-se
de seu túmulo
Colaboração Mensagem recebida do *Irmão Rui Jung Neto
Colomba Pascal
SINO
Quaresma
Óleos Santos
Cont.: A PÁSCOA ET SEUS SÍMBOLOS
Membro Correspondente da Chico
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ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
TIRADENTES - UM MAÇOM, AINDA QUE TARDIO
*Irmão Expedicto Figueiredo
Depois de trinta anos da execução de
Tiradentes, Dom Pedro I, o herdeiro
da coroa portuguesa que o enforcara
e esquartejara, proclamava a Inde-
pendência do Brasil. Prova irrefutável
de que os propósitos de Joaquim José da Silva Xavier
haviam sido plantados em terra fértil e frutificados. A se-
meadura não só proporcionou a conquista da nossa inde-
pendência, como deu um imenso passo adiante na mar-
cha da Humanidade, algo que lhe devemos, até hoje, por
alguns dos benefícios políticos que gozamos.
Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, também
tinha outras alcunhas como “o Corta Vento” e “o Liberda-
de”. Foi taxado traidor pelo governo português da época,
porém, para os brasileiros é um dos maiores heróis na-
cionais, idealista e líder, com caráter ímpar em face do
julgamento e da morte, apesar de alguns historiadores
considerarem-no simples figurante numa conspiração de
bacharéis ricos e poderosos, que ficou conhecida como
Inconfidência Mineira. Na verdade, o que se atesta, é que
foi um homem leal, de espírito inquieto. Joaquim José da
Silva Xavier, reapresenta um arquétipo simbólico do mito
do herói, com uma ação política que o tornaria exemplo
para todos aqueles que no curso dos anos se dispuseram
a libertar o Brasil do jugo de Portugal. A imagem, do fenô-
meno Tiradentes, está implantada no âmago do povo co-
mo um mito de origem e do herói de Vila Rica. É, oficial-
mente, o PATRONO CÍVICO DA NAÇÃO BRASILEIRA !
A maioria dos movimentos rebeldes, que eclodiram no
Brasil Colonial, não teve por objetivo central a indepen-
dência, mas sim, outros objetivos, principalmente relati-
vos a impostos e confiscos. Três desses movimentos,
entretanto, tinham interesses separatistas e republicanos,
e, os três foram denunciados por traidores: INCONFI-
DÊNCIA MINEIRA, que obteve maior notoriedade, a IN-
CONFIDÊNCIA CARIOCA e a INCONFIDÊNCIA BAIANA,
menos conhecidas.
Inconfidência quer dizer crime de lesa-majestade; os
vassalos juram defender o seu rei e dar a vida por ele, e,
quando o vassalo cometia perjúrio, ou faltava ao juramento,
praticava crime de inconfidência. Sabe-se, contudo, que
nenhum dos movimentos chamados “nativistas” tinha ambi-
ções nacionais entre seus integrantes, pelo simples motivo
de que não existia ainda, um sentimento de “nação brasilei-
ra”, já que essa ideia só foi construída durante o governo e
D. Pedro II (1840-1889). Entende-se porém, que esses mo-
vimentos são um momento de expressiva beleza na luta
pela independência do Brasil, ocorrido nas duas últimas
décadas do século XVIII, vistos pela ótica ufanista.
A Inconfidência Mineira ou Conjuração Mineira é uma
das mais controversas passagens da história do Brasil.
Não restam muitas informações e documentos a respeito
de seus participantes, a não ser alguns relatos oficiais pro-
duzidos pelos juízes do governo colonial de então. Muito
existe ainda a ser esclarecido acerca dos fatos ocorridos,
em 1789, em Vila Rica, envolvendo pessoas de grande for-
tuna e alta posição na cidade, numa conspiração contra
Portugal. Há, também, o agravante das versões apaixona-
das produzidas por monarquistas e republicanos nos anos
que se sucederam aos acontecimentos as quais compro-
metem uma visão isenta sobre como tudo de fato aconte-
ceu. Podemos, entretanto, dizer que pela condição de mo-
vimento nativista como pela ação desenvolvida, em nome
de uma ideologia liberal, por alguns dos seus participantes,
a Inconfidência Mineira constitui página de especial men-
ção na evolução histórica do Brasil. Alguns pretendiam,
mesmo, eliminar a dominação portu-
guesa e criar um país livre, no Brasil.
Para os ensinamentos didáticos, a
imagem de Tiradentes ficou sagrada
como mártir e a ideia de que o movi-
mento de rebeldia fora precursor da
Independência do Brasil.
O movimento foi uma conspira-
ção elaborada por parte da oligarqui-
a de Minas Gerais entre os anos 1788 e 1789. Aprofunda-
da em altas dívidas, sem condições de saldar os tributos, e,
descontentes com a reforma administrativa a ser promovida
na capitania pela Coroa Portuguesa, que lhe tiraria os privi-
Membro Correspondente da Chico
“Pois seja feita a vontade de Deus !
Mil vidas eu tivesse, mil vidas eu daria
pela libertação da minha Pátria !”
Joaquim José
da Silva Xavier, O Tiradentes
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ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
légios, a elite mineira antevia na independência uma solu-
ção para os problemas. Boa parte dessas pessoas tinham
educação e cultura acima dos padrões comuns à época,
quase todos, contudo, cheios de ambição e muito habitua-
dos à prática de atos de corrupção e suborno que com-
prometiam as próprias autoridades locais. Esse grupo,
que incluía homens de negócio, proprietários rurais, cléri-
gos, militares e vários políticos, se protegiam clandestina-
mente e davam apoio aos idealistas: caso estes fossem
descobertos, seriam eles os punidos pela repressão colo-
nial portuguesa.
Havia outros fatores que contribuíam com a situação
crítica da economia. Um deles se relacionava com o ape-
tite fiscal da Coroa Portuguesa ser tão grande quanto a
dificuldade em pagar suas dívidas com a Inglaterra. Portu-
gal quase nada produzia além de vinhos e quinquilharias.
O governo português comprava dos britânicos quase tudo
o que consumia. O ouro do Brasil era a principal moeda
de pagamento, mas, a partir da segunda metade do sécu-
lo XVIII, já dava mostras de esgotamento. A influência das
ideias do Iluminismo e a notícia da Declaração de Inde-
pendência do Estados Unidos da América (1776) servi-
ram, igualmente, para alimentar os sentimentos de revolta
contra os governantes. A tática, para atrair a simpatia do
povo, pregava que o levante deveria ocorrer quando o
governo colonial aplicasse a derrama (Cobrança extraor-
dinária de impostos, tributos em atraso e confisco de
bens.). A voracidade fiscal e a tirania do governo revolta-
vam o povo, que sofria as consequências indiretas do
confisco que atingia os mais ricos. Comércio, lavoura e
pecuária também eram tributados. Os que não pagavam
podiam ser presos e até degredados. Entretanto, antes de
levar a efeito a rebelião, propriamente dita, a oligarquia
mineira passou alguns anos tentando negociar com a
Corte uma solução econômica e a manutenção dos privi-
légios na administração da capitania. (Um contrassenso,
pois esses privilégios onerariam, ainda mais, a popula-
ção !) Sem, contudo, obter êxito, tramaram um levante
separatista, inspirado nos ideais do Iluminismo, propondo
a constituição de um estado republicano. A insurreição
previa a mobilização de tropas, que estavam sob o co-
mando dos militares que aderiram à conspiração, para a
tomada do governo da capitania. Todavia, aconteceu algo
inesperado: a suspensão da derrama, pelo governo colo-
nial, e a traição cometida por um dos inconfidentes. Todos
os participantes foram presos !
Dentre todas as personalidades importantes do Brasil,
TIRADENTES é, inegavelmente, um dos seus maiores he-
róis! É citado com frequência como mártir, porém, o melhor
adjetivo para esse homem é HERÓI ! Líder da Inconfidência
Mineira, seu verdadeiro nome era Joaquim José da Silva
Xavier. Nasceu na Fazenda Pombal, em Vila de São José
(atual de Tiradentes) e São João Del Rei, Minas Gerais)
em12 de Novembro de 1746, entretanto foi criado na cidade
de Vila Rica (atual Ouro Preto). Seus pais foram Domingos
da Silva Santos e Maria Antônia da Encarnação Xavier. A
família de Tiradentes possuía terras e lavras de ouro e per-
tencia à nobreza mineira, classe que dirigia a região. Tira-
dentes fez de tudo antes de ser ativista político: foi ourives,
mascate, tropeiro, negociador de ouro, dentista, topógrafo e
militar como alferes, posto hoje equivalente ao de subte-
nente; apesar de instrução muito sumária, tinha o dom da
oratória e era, também, um autodidata. Tiradentes nunca se
casou, mas manteve caso com duas mulheres e deixou
descendentes. Teve dois filhos: João, com a mulata Eugê-
nia Joaquina da Silva, e Joaquina, com a ruiva Antônia Ma-
ria do Espírito Santo.
Em Primeiro de Dezembro de 1775, Tiradentes conse-
guiu ingressar, diretamente, no posto de alferes no Regi-
mento dos Dragões de Minas Gerais, cavalaria, nomeado
comandante de patrulha, cujo soldo era pago pela coroa
portuguesa. Suas tarefas, como comandante de patrulha,
incluíam viagens pelo interior nas quais constatou a situa-
ção de miséria em que viviam os moradores por onde pas-
sava. Isso foi um dos argumentos que lhe serviu, mais tar-
de, para propagar o seu idealismo.
Com licença do governo da Capitania, Tiradentes vai ao
Rio de Janeiro para tratar com o Vice-Rei sobre propostas
relativas à melhorias para a cidade de Vila Rica. Enquanto
aguardava o despacho da papelada, por parte do Vice-Rei,
começou a travar conhecimento com inúmeros compatrio-
tas que regressavam da Europa, cheios de entusiasmo com
ideias absorvidas da Revolução Francesa e do iluminismo.
(Iluminismo foi um movimento que surgiu como uma filosofi-
a de crítica ao Antigo Regime, na França, que pregava a
razão como método, defendia a igualdade perante a lei, e a
liberdade de mercado e criticava o absolutismo de direito
divino.) Dentre essas pessoas achava-se o Dr. José Alves
Cont.: TIRADENTES - UM MAÇOM, AINDA QUE TARDIO
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Informativo CHICO DA BOTICA
- Ano 14 Edição 119 - 31 Mar 2018 -
ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
Maciel, formado em Ciências Naturais pela Universidade
de Coimbra, fervoroso orador, e, que estava imbuído em
incutir, na população mineira, as ideias republicanas. A
França desse período era, juntamente, com os Estados
Unidos da América, um dos centros irradiadores das ideias
de democracia contemporânea, embora ainda escravistas
independentes desde 1776. Foi a Revolução Francesa
quem inventou a democracia moderna, e, com a Revolu-
ção Industrial, na Grã Bretanha, marcou o início do mundo
moderno. O ideário de revolução se espraiava pelo mun-
do, inclusive na América do Sul. Em Montpellier, França,
os estudantes brasileiros José Mariano Leal e José Joa-
quim Maia, se dirigiam ao próprio Thomas Jefferson para
pedir apoio americano à causa da Inconfidência Mineira.
As orientações que recebiam, eram retransmitidas aos
inconfidentes. Ainda na França, vários estudantes brasilei-
ros filiavam-se à Maçonaria, vital centro de propagação
das ideias libertárias. O inconformismo com a situação
econômica, as informações sobre as revoltas na França e
na América do Norte e a ideologia iluminista infiltrada pela
Maçonaria, na comunidade mineradora, fazem nascer no
seio de Vila Rica a consciência revolucionária. Várias ca-
madas da sociedade conspiram e tramam a conjuração
mineira em favor do ideal libertário, com vistas à separa-
ção da colônia de Portugal opressor e à proclamação da
independência do Brasil. Embora não seja explorado,
devidamente, nos livros de historia, há fortes indícios da
contribuição da Maçonaria na formação do país.
À insatisfação com a carreira militar, Tiradentes so-
mava as novas ideias absorvidas. Passou a frequentar a
biblioteca do cônego Luís Vieira da Silva, e, ali conhe-
ceu as teses dos franceses Rousseau, Montesquieu e
outros iluministas, que secundavam o pensamento do
inglês John Locke. Ao retornar a Vila Rica, aproveita a o-
casião para fazer propaganda sobre os planos que havia
idealizado. Procurou os companheiros que compartilha-
vam de seu pensamento e, daí em diante, foi se formando,
assim, a ideia da Conspiração Mineira. Os principais ele-
mentos contatados foram: Francisco de Paula Freire de
Andrade (chefe da Força Pública), Dr. Álvares Maciel, Dr.
Inácio José de Alvarenga Peixoto, Desembargador Tho-
mas Antonio Gonzaga (que viria ser o chefe do golpe),
Padre Carlos Correia de Toledo, Padre José de Oliveira
Rolim, Cláudio Manoel da Costa, Cônego Luís Vieira da
Silva, Joaquim Silvério dos Reis, este, contra a vontade de
Tiradentes que o considerava um homem falso e sem cará-
ter, fato provado mais tarde tendo sido traidor dos inconfi-
dentes. Havia outros mais e todos considerados homens
íntegros e de valor. Presume-se que havia Maçons entre
eles. A estratégia, elaborada pelo grupo, previa o levante
para o dia que se anunciasse a derrama, isto é, no dia da
cobrança dos impostos. Certo de ter deixado semeado a
ideia do movimento e muito animado com a ajuda que es-
tava recebendo dos companheiros, Tiradentes volta para o
Rio de Janeiro acompanhado apenas de um mulato, seu
escravo. Sua intenção era de manter-se atualizado sobre
as informações que vinham do exterior, recebendo orienta-
ções para retransmiti-las para os confrades do seu grupo
em Vila Rica.
Em março de 1789, Joaquim Silvério dos Reis compare-
ceu ao Palácio da Cachoeiro do Campo, residência do Vis-
conde de Barbacena (Luís Furtado de Mendonça 1754-
1830), governador da Capitania e se torna o primeiro dela-
tor da conspiração. Logo em seguida apareceram outros
delatores: Cel. Basílio de Brito Malheiro do Lago e o mestre
de Campo, Inácio Correa Pamplona. O governo, entretan-
to, exigiu de todos que fizessem a denúncia por escrito. E
assim foi feito !
Fato pouco mencionado nisso tudo, é sobre a persona-
gem desconhecida: o Embuçado. Foi uma pessoa
que, quando Barbacena descobriu o golpe, saiu,
na calada da noite, envolto num balandrau negro
com capuz que lhe cobria o rosto, batendo de por-
ta em porta ou nas janelas de casas dos membros
do movimento avisando aos inconfidentes para
que fugissem, pois o plano havia sido descoberto.
Nunca se soube quem era o Embuçado. Atitude
puramente de Maçom, pois, ao bater nas portas e
nas janelas empregava um sinal convencionado para depois
dar a senha secreta pré-estabelecida, provavelmente, na
Loja Maçônica. (Alguns pesquisadores afirmam ser “UAI”, a
palavra secreta, que era as inicias de União, Amor e Inde-
pendência; posteriormente, “UAI”, acabou virando expressão
entre o povo das Alterosas.) Vários inconfidentes consegui-
ram escapar, mas Barbacena sabia muito bem como encon-
trá-los, com a ajuda dos traidores. Com o plano revelado, a
primeira providência do governador foi suspender a derra-
ma com o objetivo de retardar o levante. Quando Tiraden-
tes chegou ao Rio de Janeiro percebeu que estava sendo
vigiado, e, desesperado, via correr o tempo sem nenhum
Cont.: TIRADENTES - UM MAÇOM, AINDA QUE TARDIO
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Informativo CHICO DA BOTICA
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ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
sinal do levante em Minas Gerais. Procurou, então, escon-
der-se e tentar encontrar um meio de chegar a Vila Rica.
Mas foi descoberto! O próprio delator, Joaquim Silvério dois
Reis, o deteve e entregou ao Vice-Rei, Dom Luís de Vas-
concelos. O processo, contra a conspiração, durou cerca de
três anos até se formular a sentença condenatória. Durante
os interrogatórios Tiradentes sempre reivindicou para si a
exclusiva culpa pela iniciativa da sedição, inocentando todos
seus companheiros de outros crimes que não fosse o de
ouvir suas ideias. Um atitude, tipicamente, de Maçom!
Outro indício, nos interrogatórios, que faz pensar que
Tiradentes era Maçom, ao ser perguntado sobre o significa-
do do triângulo na bandeira dos inconfidentes, ele respon-
deu “Sagrada Trindade” e não “Santíssima Trindade”, deta-
lhe que, supostamente, passou despercebido pelo escrivão.
Há, entre os pesquisadores e historiadores, um consenso
muito forte da participação da Maçonaria na Conspiração
Mineira e muitos que discordam dessa ingerência. As hipóte-
ses vão desde o papel central na elaboração dos planos até
a negação de sua influência na conjuração. Os que defen-
dem que houve participação da Sublime Ordem, ressaltam
que percebe-se o seu papel é percebido como importante
elemento de ligação e comunicação dos inconfidentes com
grupos de apoio do Rio de Janeiro e Europa. Em contrapon-
to, os que não acreditam, lembram que nos atos da devassa
não há nenhum vestígio de ação, propriamente, Maçônica.
Considerando o modus operandi da Sublime Ordem, das o-
perações serem feitas em segredo, compreende-se.
Mais uma conotação Maçônica, com o movimento, está
na Sociedade Literária do Rio de Janeiro, entidade fundada
pelo poeta Manuel Inácio da Silva Alvarenga, na última dé-
cada do século XVIII, com estatutos oficiais aprovados pelo
Vice-rei. Posteriormente, nos papéis sequestrados, ao Poe-
ta Manuel Alvarenga, havia um rascunho de estatutos em
que num dos itens exigiam-se “a boa fé e jurando absoluto
segredo de modo que ninguém saiba do que se trata na So-
ciedade”. Tal documento foi interpretado como indício Maçô-
nico. Nas atas, das sessões secretas, havia registros de que
se lia com entusiasmo, livros e gazetas francesas que cita-
vam a Sublime Ordem. Havia manuscritos, para colocação
em vários pontos da cidade, nos quais se denunciava com
veemência o despotismo de Portugal e se exaltava a França
e a Liberdade. E não os atemoriza o malogro de outros mo-
vimentos. Com tudo isso vindo à tona, D. Maria I foi inexorá-
vel: Negou todos os pedidos de comutações de pena. Pro-
clamou a sentença, como exemplo, para que ninguém
mais ousasse afrontar o governo português.
A devassa, (devassa é o processo oficial da inconfidên-
cia), promoveu a acusação de 34 pessoas, que tiveram
suas sentenças definidas em 19 de abril de 1792, com
onze dos acusados condenados à morte: Tiradentes,
Francisco de Paula Freire de Andrade, José Álvares Maci-
el, Luís Vaz de Toledo Piza, Alvarenga Peixoto, Salvador
do Amaral Gurgel, Domingos Barbosa, Francisco Oliveira
Lopes, José Resende da Costa (pai), José Resende da
Costa (filho) e Domingos de Abreu Vieira. Desses, apenas
Tiradentes, que chamou para si toda a responsabilidade,
foi executado; os demais tiveram a pena comutada para
degredo perpétuo, por D. Maria I, e foram deportados para
a África..
Na manhã de 21 de Abril de 1792, cercado pela tropa
do governo, Tiradentes é conduzido pelas ruas do Rio de
Janeiro, partindo da prisão até o patíbulo, que fora instala-
do no largo da Lampadosa. Tem a cabeça e a barba ras-
padas, coberto por um manto de confecção tosca, portan-
do uma imagem de Cristo crucificado.
Ao chegar no cadafalso, sobe calmamente os de-
graus, acompanhado do padre que lhe
dava amparo espiritual, com orações e
frases de reflexões, até a hora da morte.
Em volta da cena, a multidão assistia com
consternação. Já no patamar, Tiradentes
se dirige ao carrasco e pede-lhe que a-
brevie o sofrimento. O carrasco pede per-
dão e diz que está apenas cumprindo a
Lei. Todavia, tão logo o corpo ainda vivo projeta-se no
vazio, o carrasco jogou-se sobre seus ombros, forçando
seu peso sobre o de Tiradentes para apressar sua morte.
A mando da rainha D. Maria I e por ordem da Corte
de Justiça da Coroa Portuguesa, depois da morte, com
todos os requintes atrozes de perversidade, decapitaram-
no cuja cabeça ficou espetada num poste de Vila Rica, e,
o seu corpo em pedaços, foi espalhando pelas cidades
vizinhas. D. Maria I acabou morrendo louca.
D. Maria (1734-1816), “A Louca “, afastou-se do trono
em 1792 depois de sofrer um surto. Foi a primeira mulher
a governar Portugal, a partir de 1777. Em nome dela, o
regente Dom João comutou as penas de morte dos in-
confidentes por degredo permanente, excetuando a de
Tiradentes.
Cont.: TIRADENTES - UM MAÇOM, AINDA QUE TARDIO
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A origem da bandeira do Estado de Minhas Gerais é ou-
tra história onde se procura dar, como prova, o envolvimen-
to da Maçonaria na Inconfidência Mineira. A princípio, era
um projeto para uma bandeira nacional e acabou sendo ins-
tituída como bandeira oficial do Estado de Minha Gerais. Foi
baseada na bandeira dos inconfidentes e de onde foi copia-
da a frase LIBERTAS QUAE SERA TAMEN (Liberdade, ain-
da que tardia). Os que defendem essa
teoria, dizem que bastaria contemplar a
bandeira, fixando-se no seu triângulo, que
estaria vendo a sagrada trindade da Ma-
çonaria: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Há estudiosos Maçons que lembram que era uso em
voga, naquela época, de se conceder o título de Maçom por
comunicação com aval de uma Loja francesa. Não seria
impossível, portanto, que Tiradentes tivesse recebido tal
concessão, através de seus companheiros iniciados na
França. Infelizmente, nunca foi encontrado esse possível
registro. Assim como Abraham Lincoln foi eleito Maçom,
sem ter sido, Tiradentes é assim considerado, pelos Ma-
çons, face à sua figura ímpar e impoluta que ele foi e mere-
ce o heroísmo a ele atribuído! Por analogia, do que está
inserido na bandeira de Minhas Gerais, é possível inferir
TIRADENTES, MAÇOM, AINDA QUE
TARDIO.....
Bandeira dos Inconfidentes
Bibliografia:
Castellani, José - Os Maçons que Fizeram a História do Brasil Faraco, Sérgio – Tiradentes: Alguma Verdade Fernandes, Paulo de Tarso – Raízes de Liberdade (Palestra) Ferreira, Manoel Rodrigues e Tito Lívio – A Maçonaria na Indepen-dência Brasileira Figueiredo, E. – A Ideia de Igualdade Figueiredo E. – UAI ! Furtado, João Pinto – O Manto de Penélope Hobsbawm, Eric . – A Era das Revoluções (1789 – 1848) Hobsbawm, Eric – Ecos da Marselhesa Maxwell, Kenneth - A Devassa da Devassa: Inconfidência Mineira Oliveira, Carolina Rennó Ribeiro de – Biografias de Personalidades Célebres Scantimburgo, João de - O Brasil e a Revolução Francesa (*) E. Figueiredo – é jornalista – Mtb 34 947 e pertence ao CERAT – Clube Epistolar Real Arco do Templo Integra o GEIA – Grupo de Estudos Iniciáticos Athenas/Membro do GEMVI – Grupo de Estudos Maçônicos Verdadeiros Irmãos/ Integrante do Grupo Maçonaria Unida Obreiro da ARLS Verdadeiros Irmãos – 669 – (GLESP); Membro Correspondente da Chico
Cont.: TIRADENTES - UM MAÇOM, AINDA QUE TARDIO
O Poder do Pensamento e a Lei da Atração - Equívocos, uma interpretação * Irmão Artêmio G Hoffmann
1. Introdução
Relendo o livro "REGNVM"
do Irm.·. G.·. (pseudônimo) Car-
los Alberto Gonçalves, (Editora
"A TROLHA", Londrina. 2009.)
na complementação de estudos
do Curso de Maçonologia, da
Uninter, na disciplina "A geome-
tria sagrada e a visão cabalísti-
ca", alguns pontos agora bem
refletidos, vieram de permeio e
passei a anotações e observações decorrentes que ten-
tarei abordar e transmitir em poucas linhas, sem esgotar
o assunto. Devo admitir que não tenha ou não tinha a-
preço pela cabala e sempre deixava de lado tal pesqui-
sa. Lia um pouco. Não entendia. Talvez daí venha esse
desapreço.
Na obra do Irm.·. G.·., que só pelo Título já é insti-
gante, o qual recomendo uma leitura, para quem aprecia
o assunto ou busca maior conhecimento... lá pelas tan-
tas à pág. 78, encontro o que normalmente se diz:
"Pensar positivo atrai coisas positivas". Daí advêm
diversas ilações semelhantes que estamos acostumados
a ouvir, mesmo em Loja como: fluídos positivos, energias
positivas, egrégora e assim por diante.
Passamos muitas vezes por coisas que não podemos
ver, sentir, mas que existem, por ex.: as energias troca-
das entre o aparelho celular e as torres que coletam a
voz, que são convertidas em energias elétricas encami-
nhadas ao destino e novamente convertidas em voz...
São coisas que vemos acontecer, mas, por assim dizer
não enxergamos e sabemos que ocorrem.
Assim é que do dicionário On line aprendemos o con-
ceito do que é tangível e do que é intangível: Com ori-
gem no termo latim tangibĭlis, a palavra tangível permite
fazer referência a tudo aquilo que se pode tocar... O que
é tangível é, portanto acessível ao tacto, o sentido que
permite aos organismos perceberem as qualidades dos
objetos como a temperatura, a aspereza ou a dureza. A
pele é o órgão principal do sentido do tacto, uma vez que
alberga diversos receptores nervosos que transformam
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os estímulos do exterior em informação susceptível de ser
interpretada pelo cérebro. Já o significado de intangível é
um adjetivo para aquilo que não se consegue tanger; que
não pode ser tocado; intocável. Que não pode ser percebido
através do tato; impalpável.[Figurado] Que não apresenta
características suficientes para ser percebido ou entendido;
que tende a enganar a percepção ou o entendimento...
Dentro dessa linha se desenvolvendo, é que refletimos o
tema proposto no título deste texto.
2. Desenvolvimento
O Poder do Pensamento e a Lei da Atração, vale lembrar
não são a mesma coisa pela simples razão, de que primei-
ro, a lei tem a ver com o magnetismo e o pensamento são,
em síntese, vibrações. Gerar um e outro apresentam-se
passagens reveladoras.
Como sabemos a Lei da Atração/Repulsão representa os
contrários. "A toda ação corresponde uma repulsão" ou
"polos positivos atraem polos negativos". Os iguais se repe-
lem. Assim o positivo mais o negativo se atraem. Portanto, a
máxima "Pensar positivo atrai coisas positivas" não po-
de ser entendida dessa forma.
Com o Poder do Pensamento chegamos a vibrações,
energias fluídas que produzem uma certa sintonia que tende
a uma determinada afinidade. Podemos refletir como uma
Egrégora. Assim deduzimos: vibrações em elevada frequên-
cia produzem a harmonia e pelo contrário sendo fracas, de
baixa frequência, não produzem sintonia, decorrendo a de-
sarmonia, ou com uma falta de sintonia, não se geram fru-
tos, que possam ser aproveitados.
Levando para o Templo, a Loja, aos trabalhos maçôni-
cos, vamos fazer uma digressão para melhor refletir como
funciona o Poder do Pensamento.
No Capítulo IV, do Livro citado, o Irm.·. G.·. traz um inte-
ressante assunto sobre as Ordens Solares, Ordens Lunares
- Maçonaria e Religião. Não tenho o escopo de inferir novo
conhecimento, apenas acompanhar o que já foi dito.
Desta forma, definir um Templo Religioso como sendo de
Ordem Lunar, ou seja, que "recebe" a luz. (a lua "recebe" a
luz do sol). A ação é "passiva". O Padre, o Pastor, o Ofician-
te com seu ritual tenta trazer o ser humano de fora para
dentro do culto. Os fiéis são expectadores, não partícipes da
liturgia, vão em busca da palavra, da salvação. São os cul-
tos chamados de exotéricos. O Oficiante procura dar con-
forto espiritual ao partícipe para que este tenha uma
participação ou uma situação melhor na sociedade, com
a graça pretendida, ou seja "recebida", alcançada. Pelo
lado material, ainda vamos "enxergar", o Templo, a Igre-
ja, como algo bonito, reconfortante, com suas torres e,
cercada de vitrais, herança do modelo das grandes cons-
truções, ainda existentes, da época medieval quando fo-
ram erigidas na sua maioria sob a influência dos Templá-
rios (eles sabiam de "coisas") como "receptoras" de luz.
Nos Templos iniciáticos, tomando por base um Tem-
plo maçônico, não encontramos janelas. Não podemos
confundir templo com igreja. A Maçonaria nunca foi uma
religião, uma seita ou algo desse tipo, como muitos ten-
dem assim entender. Pelo contrário, possui um caráter de
Ordem Solar, ou seja “ativo”. Todos os partícipes, obrei-
ros são operadores "ativos" do Ritual, que no "desbastar"
da Pedra operam uma transformação real e de onde tudo
se emana. Um trabalho interno de dentro para fora, a par-
tir daí. São os cultos chamados de esotéricos. A dife-
rença do Templo Religioso, a Igreja, tomando por base o
cristão, para o Templo Maçônico fica evidente. Muitas
vezes não enxergamos ou não queremos ver o seu senti-
do.
Como diz o Irm.·. G.·. No início do Capitulo IV: Como
tudo que é estável no universo, ou seja tudo o que existe
em manifestação, a espiritualidade está sujeita duas for-
mas primordiais de força: uma é ativa (a iniciação) a outra
passiva (a religião); uma "age, produz, faz, a outra
"recebe". Antes de serem opostas ou antagônicas são
complementares e justificam uma a existência da outra,
tal qual o claro justifica o escuro, o quente/o frio, o alto/o
baixo, o forte/o fraco e por aí adiante. Da interação des-
sas forças resulta o que chamamos "Espiritualidade".
Importante que se faça essa diferenciação entre o
Templo, Igreja e o Templo Maçônico. Como se viu, o
Templo Igreja recebe a Luz de fora para dentro, é toda
iluminada por seus vitrais. Já para o Templo Maçônico
vamos encontrar um significado, desprendendo-nos de
suas partes físicas externas e alegóricas, muito profun-
do, e, particularmente simbólico.
Uma primeira definição buscada nos sites nos diz:
Templo (do latim templum, "local sagrado") é uma estru-
tura arquitetônica dedicada ao serviço religioso, como
culto. O termo também pode ser usado em sentido figura-
do. Neste sentido, é o reflexo do mundo divino,
Cont.: O Poder do Pensamento e a Lei da Atração ...
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No meio de tantos símbolos faz-se necessário não en-
xergar com a visão apenas alegórica. Alegorias bonitas,
estrategicamente colocadas: o piso, as paredes, as colu-
nas, o teto, a ritualística em si. A Maçonaria tem através
de seus procedimentos litúrgicos e esotéricos a finalidade
de propor um sistema de aperfeiçoamento pessoal, moral,
que possa influenciar a sociedade como um todo. Estas
alegorias têm uma representação figurativa para a trans-
missão de um significado outro.
Como exemplo, o Pavimento ou o Piso mosaico, ladea-
do por sua orla denteada (ou dentada), tem seus triângu-
los e seus quadrados que podem ser vistos apenas como
uma alegoria, sem o seu significado simbólico. E, vejam
que há diferença grande entre uma alegoria e um símbolo
que não será tratado nestas considerações.
Deixando de lado as suas diversas interpretações,
(que podemos bem ver em excelente trabalho do Profes-
sor: PEÑALOZA, Rodrigo: “Pavimento Mosaico: uma in-
cursão pela Cabala medieval”. Revista Ciência & Maçona-
ria, vol. 1, n. 2, pp. 137-156, 2013.), podemos ajustá-lo,
apenas como uma alegoria a mais, ou dotá-lo, simplifica-
damente, de um significado para seus quadrados brancos
e pretos que o representa, como o dia e a noite, a luz e as
trevas, o bem e o mal, e, assim por diante. Os seus triân-
gulos, cujos vértices estão voltados de uma maneira pecu-
liar, simétrica e simbólica, e que também podem ser vistos
nos Painéis de Aprendiz e Companheiro, sendo os bran-
cos voltados para fora e os pretos voltados para dentro...
Ora, cabe, pois, uma reflexão. Se o Obreiro estava na
escuridão, sem o conhecimento dos mistérios, da palavra,
da verdade, ao adentrar no Templo (trevas), ou no mo-
mento iniciático do "Faça-se a Luz" e a "Luz foi feita" ele a
recebe num lugar: a Loja constituída, onde a sintonia de
vibrações positivas são latentes. Ver, ouvir e aprender são
verbos transitivos de seu aprendizado na Sessão. No en-
cerramento dos Trabalhos, ao se fechar o Livro da Lei, o
Templo volta a penumbra...
Formado o cortejo de saída e ao sair o último dos O-
breiro, cerram-se as portas do Templo... Este assim per-
manecerá, o Templo nas "trevas" até a próxima Sessão...
O Obreiro saí ao mundo profano "iluminado". Ou seja, o-
lhando o lugar onde pisa com o vértice branco do triângulo
voltado para fora, indica que lá no mundo profano a Luz e
conhecimento adquirido na plenitude dos
Cont.: O Poder do Pensamento e a Lei da Atração ...
a habitação de Deus sobre a terra, o lugar da Presença
Real. É o resumo do macrocosmo e também a imagem do
microcosmo: 'o corpo é o templo do Espírito Santo' (I, Co-
ríntios, 6, 19). Colado de <https://pt.wikipedia.org/wiki/Templo
Num segundo momento encontramos no Curso de Ma-
çonologia, Disciplina: Conhecimentos Gnósticos, com o
Professor Daniel Bortholossi uma referência assim transcri-
ta: Etimologicamente, a palavra templo relaciona-se com o
sânscrito tamas, "escuridão", de onde vem também o latim
tenebrae (por temebrae), "Trevas".
Complementando ainda: - resultado da pesquisa com
aproximadamente 8.430 resultados, verificamos:
Maçonaria Revelada
https://books.google.com.br/books?id=fitJBQAAQBAJ
Maxell Egens - 2009 - Body, Mind & Spirit
Etimologicamente, a palavra templo relaciona-se com o
sânscrito tamas, "escuridão", de onde vem também o latim
tenebrae (por temebrae), "Trevas". Significa, portanto, lu-
gar escuro, e por conseguinte "oculto", aludindo ao antigo
costume de construir os templos em grutas ou criptas sub-
terrâneas, fora da luz exterior e ao amparo da indiscrição
profana. Ou seja este é o real significado para o Templo
Maçônico dentro desse nosso contexto.
Não precisamos de mais significados. O Obreiro quan-
do forma o cortejo na Sala dos Passos, segue ao Átrio e
penetra em silêncio profundo no Templo, o encontra na
penumbra, escuro, sem luz. As portas são cerradas.Toma
seu lugar, a palavra circula, é aberto o Livro da Lei e as
luzes se acendem. Tem início o Trabalho de desbaste.
Esta ritualística, muitas vezes é despercebida, ou igno-
rada. Todo o ritual deve ser mantido, pois se repete por
séculos da mesma maneira. Se um Obreiro não estiver
sintonizado nos meandros ritualísticos, apresentar uma
postura não regulamentar, usar da palavra, cochichos late-
rais ou, muito comum hoje mexer no celular, olhar as ho-
ras, manifestar cansaço, ou ainda não ter deixado lá fora
os problemas profanos e outros tantos descabimentos, a
Egrégora não se forma. A Loja não se forma, ou se assim
funcionar haverá uma "sintonia" em baixa frequencia.
O que queremos, isto sim! Uma Loja formada com alta
frequencia de vibrações positivas. Entramos na escuridão
e fez-se a Luz. O conhecimento é buscado, a verdade, o
logos, a palavra é revelada, fecha-se o ciclo.
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trabalhos realizados, na batuta do desbaste da pedra em
sua formação ou aperfeiçoamento moral, nos princípios
da Ordem, irá, com certeza, se expandir. Assim, como se
diz, normalmente, depois de tudo, simplesmente, o Ma-
çom irá "agir, produzir, fazer".
3. Conclusão
A máxima se completa: "Pensar positivo atrai coisas
positivas", não nesta Lei da Atração, mas no Poder do
Pensamento, buscado na sintonia de vibrações positivas,
na egrégora alcançada, no conjunto de forças em busca
do conhecimento, do melhoramento ou mesmo da forma-
ção moral, espiritual. Aqui alicerçada pela construção de
um Templo interior dentro dos princípios de Liberdade,
Igualdade, Fraternidade.
Se nas Ordens Religiosas, (o culto é Lunar, recebe a
luz de fora para dentro) existe a manifestação do "eu" em
busca de uma "salvação" ou uma "remissão" dos pecados
para devolver o ser humano mais espiritualizado a socie-
dade...
Nas Ordens Iniciáticas, como a Maçonaria (O culto é
Solar, emana a Luz) existe a manifestação do "nosso" na
aquisição de virtudes e a eliminação de vícios com o des-
baste constante em prol do bem comum e da sociedade
como um todo. É o eterno “levantar templos à virtude e
cavar masmorras ao vício”.
O Obreiro assim "iluminado", ao emanar aos seus con-
vivas as vibrações positivas recebidas, cumpre sua função
de Iniciado. Pelo menos assim deveria ser e proceder co-
mo tal! “Pensar positivo já é um passo, a Ação é o verda-
deiro objetivo”.
É o que se espera da Ordem! ... Observemos, pois!
Cachoeira do Sul-RS, 30 de março de 2018
(a) Irmão Artêmio G. Hoffmann - GORGS
Membro Efetivo da Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesqui-
sas Maçônicas e União Fraternal
Referências: - Obra citada: livro "REGNVM" Irm.·. G.·. (pseudônimo) Carlos Alber-
to Gonçalves, (Editora "A TROLHA", Londrina. 2009. Texto publicado: PEÑALOZA, Rodrigo: “Pavimento Mosaico: uma incur-
são pela Cabala medieval”. Revista Ciência & Maçonaria, vol. 1, n. 2, pp. 137-156, 2013.
Diversos sites e dicionários consultados na Rede
Cont.: O Poder do Pensamento e a Lei da Atração ...
NOTÍCIAS RAPIDINHAS DA CHICO
1. REUNIÃO DA CHICO DA BOTICA Neste mês de abril, a reunião da Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas, que tem por local o Templo Leonello Paulo Paludo, Centro Templário - 3º an-dar, na Rua Aureliano de Figueiredo Pinto, 945, como de costume no terceiro sábado, as 10:00h, sob a Presidência do Venerável Mestre Afrânio Marques Correa, por moti-vos administrativos foi suspensa. Os Irmãos aproveitaram e reuniram-se em um restau-rante para um bate papo informal e estreitar os laços de amizade e fraternidade. Ficou acertado que numa próxima reunião seria discutido as diretrizes para elaboração de pequenos vídeos com instruções para aprendizes a serem postados e/ou distribuídos a interessados.
2. PUBLICAÇÕES NA CHICO DA BOTICA - Contatar: Marco Antonio Perottoni: e-mail: [email protected] - Artêmio Gelci Hoffmann: e-mail: [email protected]
Obs.: textos publicados são de inteira responsabilidade dos seus autores
A Força da Ignorância
Por que causa a ignorância nos mantém agarrados com
tanta força? Primeiro, porque não a repelimos com sufici-
ente energia nem usamos todas as nossas forças para nos
libertarmos dela; depois, porque não confiamos o bastante
nas lições dos sábios nem as interiorizamos como devía-
mos, antes tratamos uma tão magna questão de forma levi-
ana. Como pode alguém, aliás, aprender suficientemente a
lutar contra os vícios se apenas dedica a esse estudo o
tempo que os vícios lhe deixam livre?...
Nenhum de nós aprofunda bastante esta matéria; abor-
damos o assunto pela rama e, como gente extremamente
ocupada, achamos que dedicar umas horas à filosofia é
mais do que suficiente. E o que mais nos prejudica é a faci-
lidade com que o nosso amor próprio se satisfaz. Se en-
contramos alguém que nos ache homens de bem, homens
esclarecidos e irrepreensíveis, logo nos mostramos de a-
cordo! Nem sequer nos contentamos com louvores comedi-
dos: tudo quanto a adulação despudoradamente nos atri-
bui, nós o assumimos como de pleno direito. Se alguém
nos declara os melhores e mais sábios do mundo, nós as-
sentimos, mesmo quando sabemos que esse alguém é
useiro e vezeiro na mentira! A nossa autocomplacência vai
mesmo tão longe que pretendemos ser louvados em nome
de princípios que as nossas ações frontalmente desmen-
tem (...) A conseqüência é que ninguém mostra vontade de
corrigir o seu caráter, pois cada um se considera a melhor
pessoa deste mundo... (Séneca, in 'Cartas a Lucílio')
COLUNA DA CHICO - REFLEÃO
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Templo : Leonello Paulo Paludo
Centro Templário - 3º andar
Rua Aureliano de Figueiredo Pinto, 945
Dia da Oficina: 3º Sábado de cada mês Hora: 10:00 h
AUG :. RESP :. LOJ :.
“FRANCISCO XAVIER FERREIRA
DE PESQUISAS MAÇÔNICAS”
JURISDICIONADA AO GORGS
Página 14 Informativo CHICO DA BOTICA
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Informativo Virtual Destaca:
Organização
Mês de Abril:
Datas Comemorativas
Dia COMEMORAÇÃO
01
Dia da Mentira*
Dia do Humorista
Dia da Abolição da Escravatura Índia (1680)
02 Dia Internacional do Livro Infanto-Juvenil*
03 Dia da Verdade
04 Dia do Livreiro Católico
05 Dia do Propagandista Farmacêutico
06 Dia da Hora Luterana no Brasil (1947)
07
Dia do Jornalista*
Dia da Radiopatrulha
Dia Mundial da Saúde*
Dia do Médico Legista
Dia Mundial do Hipertenso
08
Dia do Correio
Dia da Natação*
Dia do Desbravador
Dia do Profissional de Marketing*
Dia Mundial de Combate ao Câncer*
09 Dia Nacional do Aço*
10 Dia da Engenharia e do Engenheiro
Dia do Contabilista
11 Dia da Organização Internacional do Trabalho
12 Dia dos Jovens
Dia do Obstetra
13
Dia do Beijo
Dia do Office-Boy
Dia do Hino Nacional Brasileiro (1831)*
14 Dia Pan-Americano ou das Américas*
15
Dia Mundial do Desenhista*
Dia do Desarmamento Infantil
Dia da Conservação do Solo*
16
Dia do Sacerdócio
Dia Nacional da Voz*
Dia Nacional do Leonismo
17 Dia Nacional da Botânica
18 Dia Nacional do Livro Infantil*
19 Dia do Índio*
Dia do Exército*
20 Dia do Disco
Dia do Diplomata*
21
Dia do Têxtil
Dia da Latinidade
Dia do Holocausto
Dia do Metalúrgico
Dia Internacional do Café
Dia dos Policiais Civis e Militares*
Dia Mundial de Orações pelas Vocações*
Dia de Tiradentes - Patrono Cívico da Nação Brasi-
leira
22
Dia do Planeta Terra*
Dia da Aviação de Caça*
Dia da Força Aérea Brasileira
Dia da Comunidade Luso-Brasileira*
Dia do Descobrimento do Brasil (1500)*
23
Dia Mundial do Livro*
Dia do Direito Autoral*
Dia Mundial do Escoteiro*
24
Dia do Boi
Dia do Agente de Viagem*
Dia do Operador de Triagem*
Dia Nacional da Família na Escola
Dia Internacional do Jovem Trabalhador*
25 Dia da ONU
Dia do Contador ou Contabilista*
26 Dia do Goleiro
Dia do Juiz da Justiça do Trabalho
27
Dia do Engraxate*
Dia Mundial do Teatro*
Dia da Empregada Doméstica*
28
Dia da Sogra*
Dia da Educação*
Dia do Cartão Postal*
29 Dia Mundial das Associações Cristãs Femininas
Dia Internacional da Dança
30 Dia do Ferroviário*
Dia Nacional da Mulher*
Dia COMEMORAÇÃO
Fonte Web