16
RA[·ClJ.sSICOS ,A GAIOlA DE FElRO REVlSITAOA: ISOMORRSttlO l NsmUCIONA.l E RAClONAUOADE COLETIVA NOS CAMPOS ORGANIZACIONAIS A GAIOLA DE FERRO REVISITADA: ISOMORFISMO INSTITUCIONAL E RACIONALIDADE COLETIVA NOS CAMPOS ORGANIZACIONAIS RESUMO O que LOma :l::i orgalll;:al,;óc::. tão similares? Afmuamos que o mecanismo da raclonah:a,,·:.io l' ,ti burocralizaç;'i" ,:;(' deslocL1u d0 mercad0 compcutJ\·o o Eswclo e para as calegor ias Lm<l que um ,k org:lnl:açócs emerge <.:omo um campo, surge um paradoxo: alores racionais !0I"l1;lI11 org;lIlizaçôes cada \'C: mlÍs similares, medid<1 que tentam lnlnsfonml-la s. trt:s prOCCSSl)S de ISOIllOlf1SIllO - cocrt:ni\·o, mimético e nOml:ltlvO - que condu:em a esse rcsuhadn DepoiS dell1111lloc;, hlpóleses st""lbre o impauo da cemra ll zação e da dependência de recursos, da ambtgüldadt: de metas c da IIlt.:cne::a tC(nH. :a, e dJ pwhs..:;ionahzação estru turação em mudanças i.5(l111Órficas. Por fi 111 , imphGU;ocs para.1 teoria das organizacoes e para a mudança social Paul 1. DiMaggio Princeton Un i versity WalterW, Powell Stanlord Univer.iity ABSTRACT IVh,u orgW1!Z(jI!Of\.\ .,0 \lI)lilar? IV, ,, ' /IIen tl th:u li: .. of nuwlTu!i;:cuitl!l mui hIUl·,ItI( l ,lIl::alinn h<l' I'HlV,',! flm'l 111,· l.."(lmpfti!II'.· lJ1ulh'I(llua fi! lhe .,lldt tll lJ lhe· 11 of (1 Jirld. a !laf(ulux U/iSfS: 1 llll\"lUl II d"r; IlWII" Ihcjr organi::luftm, IllcI,·c..sir.,I!/Y /1$ lho· I' ... · I", hallg, d lt ' ll \\,. d"!I<.nb. tllra i.>ummplllc proú·'ist·" - n ... ·r, .., n:im(u,. <II:IIIlL'rmum·,'- /(ad!n.1( to Iht tI: ... n ily /1\-p..'I/;':.o.'S "1,,IUI Ih' il)'I'(/(1 (( 1\·5I.'ll'''·'· UI11rlill::dIIVr. unJ .l-ln.dur,/lion 011 i;fllr.lltrJ;l. Finalh·. Wf 'Il.\(gol irllp!i<ul'.1fl5 fi'r rh;;onc3 _,/ lir..! '><XI;.II d:lir. h , PALAVRA5-CHAVE Teon.111l.-"tl!U(101'...J1. mt;dançJ. úrgan=k'n;d b<J111\Jrfismo organi=.ac1on.n<.. nCIDn.lItU;lC!..: KEYWORDS 1/;(0') •• uRUI1L:<.Iliol1ul <h<.ln,l;f. l'·"l"''1'l:t<õlr.. 11l.l(,jm::<lIi..mal hdd,. tau,,7W1it\_ '" , K-H , \0,'1 ! , ,,.

A GAIOLA DE FERRO REVISITADA: ISOMORFISMO ...paginapessoal.utfpr.edu.br/leonardotonon/graduacao...nado uma gaiola de ferro na qual a hutmmidade eStaria, salvo pela possibilidade de

  • Upload
    others

  • View
    4

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

  • RA[·ClJ.sSICOS , A GAIOlA DE FElRO REVlSITAOA: ISOMORRSttlO lNsmUCIONA.l E RAClONAUOADE COLETIVA NOS CAMPOS ORGANIZACIONAIS

    A GAIOLA DE FERRO REVISITADA: ISOMORFISMO INSTITUCIONAL E RACIONALIDADE COLETIVA NOS CAMPOS ORGANIZACIONAIS

    RESUMO

    O que LOma :l::i orgalll;:al,;óc::. tão similares? Afmuamos que o mecanismo da raclonah:a,,·:.io l' ,ti burocralizaç;'i" ,:;(' deslocL1u d0 mercad0 compcutJ\·o p~lra o Eswclo e para as calegorias prLlfissiL1Jl.II~. Lm

  • PAUL J. DtMAGGtO ' WALfERW. POWELL

    No livro A tUw pro/CS1Wl/C c o cspirito do mpilalis))Jo, tvbx Weber advenia que () espírito racionalista , inlrodu~

    zido pelo ascetismo. havia alcançado seu 1Il0IHCIlI1l1ll c que, sub u c,\pitalisl11o, a ordem mcionalista luwia se tor-nado uma gaiola de ferro na qual a hutmmidade eStaria, salvo pela possibilidade de UIll renasci mento profético,

    aprisionada "lalvez até que a ü ltima tonelada de carvão rossil izado seja queimada" (Weher, 1952, p. 181-82). Em seu ensaio sobre a burocmeia , \Veber retornou

  • !lAE-C\.ASSICOS · A GAIOlA DE FERRO REVISITADA: ISOMORFISMO INSTITtlCIONAl E RACIONALIDADE COLETIVA NOS CAMPOS ORGANIZACIONAIS

    nizacionnl C01l10 resuhado de atividades de um grupo diverso de organ izações: e segundo , a homogeneização dessas orgamzações e. da mesma fo rma. d os ingressantes.

    uma vez quc o campo seja eslabclecldo. Por campo orga nizacional en tendcmos aquelas orga-

    nizações q ue. em conjunto. constiLUem uma àrea reco-nhecida da vida inslimcional: fornecedores-chave. con-

    s Uluidores de recu rsos e p rodutos. agências regulat6rias c o ut ras organizações q ue p roduzam sim. as organi-

    za,ocs podem telllar mudar constantemente: mas. alem til- c('no pOIl1n na estnu uraç:lo dt" um ca mpo o rganiza· cion3L o cfeHt) agregad o de mudança inchvidllal di minui a d i \'l'r~td:ldc no ca mpo. J As orga n iz:\(;õe~ em um campo cSlTllturad o, parafmsGl11do Sc hdl ing (1978, p. 14), rcs· [lcl1lde l1l a um ambiente q ue consiste cm OUlrilS organi-z;ld>c~ rc..:~ p()lIde ndo a seus amhieJl1 C~, que co nsistem em org:mi z:1n1es rcs po ndCtHJ o li Utll amhl ent e tk respostas de org:11lizaçócs.

    O trabillho de Zucker e To lher! ( 198 1) sobre- a adoção

  • PAUL J. DIMAGGIO' WAUER W. POWEU

    n~uraçõe .. organi:acional'" C I!:oOllló rfica J. t1i \'ersidade amblentaL I-Ianllall e Freeman ( 1977) avançaram Slglll-flC"H 1\';Ullen!e nas ide ias de llaw1cy. Cles {lcrnnl1

  • Il4HlASSlCDS ,A GAIOLA DE FERRQ REVISrTADrA: ISOMORFISMO INSTITUCIONAl E RACIONALIDADE COlETIVA NOS CAMPOS ORGANIZACIONAIS

    dificuldade .. ou para conseguir o que necessitam. Eles obscnarom que osambientcs po liticamente cOflStntidos possuem duas carnctcnSlicas pecu liares: us tomadores de dectsões políticas freqüentemente não expcrullentmn dIretamente as conSt'qu(!ncias de suas açôcs, e decisões politicas:.;io aplicadas a IOda:. as da"sô de (l~anl;:açóes. o que IOrna essas clecisões mcnos mbpw\ cl'> (' neXI\ eis.

    Mcycr e Rowan ( 1977) demonstraralll llUC, .1 l!1edida ql\e Estados c ()utm~ grande:. organizaçCles raciona li za-dos expandcm seus dmlllnio~ a lluna~ arl'na~ da vida SOei:l!. as eSlnllUr;l.S orgalllziu.:ionais rdletl'l1l cada wz mais regras insllluclonalizadas e legitimadas pelo D la-do c dentro do Estado (vcJa tambem Me}'cr e lbnnan, 1979), Como resultado, .l'> "rgani;:a~'()cs ~ (()mam cada \'ez mais homogêneas dentro de dCICTllun.ldll .. dlJnunio~ e cada \cz m:.is orgamzadas em lorno de ntu,lb cm (;011 -fOTlllldade com a "blllUl~·Ôt''i malOn.'s. Ao mesmo lem-po, as orgaIllL'lCôC'!'. eSl,lll LJ.da \cz mcnl'" determinadas eSITlItUr;l.lmente pelas rC:.I I'I(Oe" ill1po~ta~ por :Illv ldades lécnicas c cada \'el: mcnos lI11e,l!;radas po r cun trol e... de resultado). Sob 1,!I~ C!rcl1n~I;'illCi.ls, as orgalliz,lçôt:) uu!i-z,lm COntroles rilu,diz.ldll" de refercnciais c da S(l li,bric-dadc de grupl>_

    A Iluposiçào dlTt:ta dc proccdimento) operaCIOnal., p;ldronizadu!> c de regr.~ (' e ... lruturns IC~l\illl.ldas tam-bém ocorre fora da arellJ. gnveTll,IIl1cmal. Michel Sedlak (I9~1) documentou o modu cumo a'> L!nited Charmes. nos ano... 1930. allcraram e homogcnel:.aram as c metodos c a filosofia das agências de scn'iço :.oci-ai das qU;li:. depcnd13m A med ida que os conglomera-dos de corporacões aumcntam em tamanho c ("'>Cupo. não ha ncces501riamente uma tmposkào de erllcrio ... de per· fOl'lllancc padronizados para as subsidi,lria .... Illa~ c co-mum qUi.' as subsldiari:l" St' ~uje.i l C11l li meca nismos dc referência padrollizadns (Co~cr c/ rli .. 19ii2). A;; :.ubsitli-árias 50'10 obrigadas .1 :ldOI .... pr:ilicas cnnl eXlerna ... [111 g1I111t1Onal deriva til' :mloridadc cocrcil1\-a. A I!lcertcza l:lInlll'll! cOl1stilui U11l,L I(Irça rl\{k'm~:l quc enco raja a imitac,io. Quando as tccllI)lngia ... orga ll lwriil l1:li s Oluçõc:. pouco 11111da"" uma abordagem problemisl1ca< pode render uma solução \'iavcl com puueO'> gastos ( C)'crt e March. 1963).

    Tomar outras QI'g,lIlizaçües como modelo, cmno de-IWUUl1aIllOS. COII~lllUl uma respo)t:L a incerteza. A urga· ni zaç,\o imitada pll([e 11:10 ('star conscientC' de que está sendo imitada ou pode 11;10 ter o desejo de ser im iwda. rI;1 ",ullplesmCllll' )CIYC C0 ll10 tonte eOIl\'enit'nte de pni-IL

  • PAUL J. DIMAGGlO· WAlTER W. POWEll

    (fIm"'",r~,:.c pro\lIITI parcialmente rc:.pOlb~\CI~ pl"lo

    ~Cf"».O . OUlros. por q l.1 vez. pronlrar.tO ct) I\lar:l.a:. alllcrieana~ é_ (lu 1I\e-rm P.1rtC. uma telllalh'a de lomar COlHO modelo su"

    ... " l'?'"'''''' "''''''''u,;~ Es...e desem oh ltTI('n!n tam -"'1""'" "m as{X'clo ritlt.1h~1tcn: a e m negócios co njuntos, veriam (';;;S;:I rcorganiz:\(,:flo C0l11 0 11m sinal de qu e ~a estação 11,10 lucr,lI iva e Soss('gada t's" taria se tomando mais orientada a ncg6c ios~ (Powel!. a publi car). A história da reforma admini lrulllrlI\:t fo rma quc Id'lr;;;on ( IQ77) tê Collins (1979l. 1I11 erprclamos a pmrl~~HlT).llt za~·ao como a hlla colelÍ\ :t de memhros de um;\ pro n:,S;.lo pam dcfini r as COncll(Üe,> c Ih melndo~ de seu lr.1halho. 1);Jra fomrolar a Mproc.hu';;l(l do:, ]>rodulOresM (Lm,(Hl_ 1977 p. 49-52) e p:tnl esl:tbelecer uma base CO~n1l1 \''' e lq;lIl111anlo para a aUlOnOllu:t de ';lIa profi:>S

  • RAE-CWSICOS'A GAIOLA ItE FERRO REVlSI1AOA: ISOMORFISMO INSTITUCIONAL E RACIltNAUDAI)E COLETlVA NOS CAMPOS ORGANIZACIONAIS

    recente entre as profissões tcm Sido entre os profissio-nais das organizaçôcs, panicularmcntc gerentes, c os pro-fi!>:>iona is especializados de grandes organizaçÕ\!:>. t\ pro-fissionalização crcscelllc t.los tf:1balhadores. cuios futu-ros estão in exlric:lVelmct1le ligad()~ 1l(J destino das org,l-ni zações que os empregam, fez CIlIl1 qlle a dicutomia en -tre compromet imento organ izacional c lcilldade pml'is-sional que C'.lr.1elerizolL os profl~ lonais tradlclollJb nas organizações mais antiga:> de carretr.1S profissionaiS são lão cUldndosmnente conscn'adas, lanlO nos níveis de entra-

    da quanln 110 uCI.:orrer da prOF.rt~\o da C • .lrr(>Ud. que os IIldivlduo!> que alcançam j} "'po s:\o prallcamenle indistingtll\'cls Mareh f.' ~hlr('h (1977) de'>l'ohnr;un que \h imhvidl1o" que alcancaram n poslç:io de .. uperinten-dente da~ l,~t:(l b ;; em \Visf.'OIlSII1 cra m tilo parecidos em IcrnlO~ de l':-,:pcl'iência~ anl criores e orif.'nl:!çOes que os progressos em So ua:. ca rrei ra:. 11,\0 Jloderiam ler sido alea-l(lno'i ou imprevl'iI\·els. llirsdl e Whlsler ( 1982) eneon-lram urna ralta de \'3ria(ão scmclhalllc elUre o:> mem-bros da cupula das emprC'i..1S da F0I1uIII' 500. Alem do mais. os il1dl\'lduos em um l"Umpo orgaOlzacional pas.-sam por uma socialização precedente em tClmos de ex· pectalLva~ comuns com rclaç,'o a :>eus comportamentus pessoais, ao e:.lllo de veSlll!lCnta adequado. no \'ocabulá-rio organizacional CCicourd , 1970: \Villt:lln cn'tl'OS (Collins, 1979. argullu:ntJ. que ,I IInportolncia das refuen-das é mais fone ness.1,> iuea~), a -.clc,,~o de pc .. ~lal.se apro-;>.1I11a do que KanteT (1977) se referiu comI) -reprodução hOlllosse:-.u,l\ da ~e.stão~ Na medid:J el11 que gcrCJ1(ê c fUllcion:irios·dllIVC são c,>\.:oIl1l(In" nas meS1ll:lS unÍ\'ersi-(1;ldes e selrciollado:> a pan irdc U!11 grupo COJllum dr atri-butos. ck;ergar os problema,> da mesma llIaneira. li ("oll~i(krar como nOll11ativamentc sancionado:. c Icgitim:ldos o:. mesmos procedl1nenws. estruturas e 1>0-11IICas, e tomamo decisoc" de nmllClra stnu!:lr.

    I ngn.·~1n\{·s em Litlhas de l.-arreiI'".b prorl "sionais que . de alguma forma. sobre\l\elll ao proccs:.o de '>Cleção -por exemplo, oficiais d:l mannha Judeus, mulherc,

  • PAUL j , DIM AG GIO · WALTER W. POWELL

    organizações. Essa ordenação de SlalllS ocorre tal110 por meio de ca nais for llwis quanto informa is. A designlH.:~lu lk algumas grandes empresa.; em uma industria como agentes-cha\'e de llcgociação entre empresas e s indica-tos pode tornar essas empresas essenciais também com re la

  • RAE-CLASSICOS ·A GAIOLA DE FERRO REVISITADA: ISOMORFISMO INSTITUCIONAL E RACIONAlIDAOE COLETIVA NOS CAMPOS ORGANIZACIONAIS

    nlC'llIe pela eompcl1,,10 por SIalIIS. O preStigIO c os rccur-50S organizacional:' ullhtilUem elente-IlloSlonais. r:.s:. de prt'diçiiO. As h1l>OIt'5rs di"cu-tidas ab.aho mi.o prelcndelll "er CXalL'iIl\'a .. com rclaç:1o ao unh·crso de preditores, mas simpl cs1l1 cIllt' "ugeflT di· ver.;as hipÓlt'SC5 a serem pcrst'gllida~ lItiliz,.1Ilt!iI-loc da· dos "obre 3.'> car:lt'tl"rlsticas das organizaçõe:. em cc no campo faze ndo-se U111 corte 11"iI1l.wer;;;al QU. preferencial · mente, longitudil1:l1. A.., hip01C!> C!> ,,.1 prC\ 1

  • PAUL J. OIMAGGIO · WAlTER W. POWELl

    1l111cla I'H;a. Ltlla consislência inlcrna desse l ipo co nstilUi importante meio dc coordena~' [1O il1lcrorgallizaciolHd. Também aumenll\ a eSlabilidade organizacional.

    Hir () l (~C A-4 : l)u;mlO 1113is :lmhigu:ls:lS m el~S de uma or-gillli:w(.";lO. 111,lior o gr;\ u cm qll~ C~1iI se m()IJar~ a ourr:l~

    urganl,"acõ~~ qu~ C()ll~IJer

  • RAE·CLASSICOS · A GAIOLA OE fERRO REVISITADA: ISOMORFISMO INSTITUCIONAL E RACIONALlOADE COLETIVA NOS CAMPOS ORGANIZACIONAIS

    Il ipótese 1)-3: QlI~Jlto mellor o número de ~herna! i vas \'i~í\'eis de mouelos organ i2aciorwis em um campo. maior n \ ,IX" ue isomorfbmo ncs~c campo .

    As previsües dessa hipót ese são rneno~ ..:specífi ca:" do que as das out ras, c requerem um refi namento posterior. ),'l a5 o nosso argumento é de que P,II'il qualquer dimcnsão rc-!ev;mte de eS!ratégi~s ou estruru ras organizacionais em um campo organizacional haverã um limiar. ou um pon-to de inlkxflO, além tlo qua l a adüção (LI forma ck1l1li -nante aCQntecera com uma velocidade cada vez maio r (Granovet!er. \ Sl7t:1 ; l300rman e Levilt, 1(79) .

    Hip61ÇSC B-4: Quanto mais incnus s:io as tn :nologias ou ,lmbígu

  • PAUL J. DIMAGGIO' WALTER W. POWELL

    llli(J)c~ "o i ida (~ racion

    A resposta convencional a esse paradoxo tem sido que ocorrI.' alguma vcrsão da scleção nanHal cujos mccanis-mn~ de ~dcção operam para cxc1ltir a;, formas organiza-cio nais quc niio se ada ptam. Como j'i. an rmann05, é difí-di combinar esses argumentos com a realidade organi-zacional Formas organizacionais menos eficientes per-sistem. [Jll alguns contextos. efi ciência ou produtivida-de n;w podem nem mcsmo ser medidas. Nas agências governamentais ou em empresas instáveis, a seleção pode ocorrrr com base em razões políticas em vez de econô-micas . Em outros contextos , por exemplo, no caso da Mctropn litan Opera ou da Bohemian Gro\'e, os patroci-nadores cstüo muito mais preocupados COI1l valores não econômicos como a qualidade es tética ou o Ç/ClÍ llS socia l do que com a eficiência em si. Até mesmo no seTor das em presas com fins lucrativos no qual argumentos com-peti tivos prometeriam produzir"o melhor fnlto", o tra-balho de :.lclson e \Vin1er (\Vinter, 1964, 1975; Nelson e WintcL 1982) demonstra que a mão invisivel opera no máximo com um leve lOque:.

    Urna segu nda abordagcm para o paradoxo quc iden ti-ficamos vem dos marxistas e teóricos que afirmam ser as elites-cha\'e que guiam e controlam o sistema soci al rOI" meio do comando de posiçôes cruciais em grandes orga -nizaçües (por exe mplo, as instituiçôes fillanceiras que dominam o capita lismo monopolista). :.lesse sen tido.

    t.:; llqWlltlll o;, :I\UI"l.::;' orgal1iz

  • RAE·ClASSICOS · A GA IOLA OE FERRO REVlSITAOA: ISOMORFISMO INSTrruCI ONAl E RACIONAUOAOE COlEl IVA NOS CAMPOS ORGAlUZACIONAIS

    por poder e pela sobrevwência organizacional quc (aha na ecologia populacional. A abordagem da ins utuciona-lizacào relacionada com John Meycr e seus eSlUdanH's indica a importância de mi los e ccrnllÔmas. mas não quesUona como esses modelos surgem e 'l qu.u o;; illlcrcs-scs ele~ illicialmeme servem. Uma atenção ex phcita a origem dos modelos IcglUmados e ti defini çllO e elabora-ção de campos organi zacionais deveria n:sponder a essa qucstiío . O exam e da difus:i,) de c.~ lral êgial' e c~ t nllllras org:1I1 iza cionais si1l1ilare~ devcria COtbtilll ir um meio pro'>"" caracterís ticas organizacionais para a es tru tura socia l comu U111 lOdo O~ roco~ (" as força., 11101 ;\'ador;IS da burocratização - c, 111.1 b :l lll]1la ment e, 11;1 !toll1ogcnciz.lIç:\o em ge ral - se trans formaram , C01110 de111 C)11. Lcw,~ C("Cf. Rd)(~"(.lI h lrdkin . Ú1nn t~ t":r'llk, ,\Ih~rt t l \011T ~r. 1l 0!>.11x: tll M[)s~ Kamcr, Charlcs t:. Lmdblolll , lohn ~k}·a. l)a"l d ~t"lg~'l, )lI:,;..n Olz..k. ChMIc, I'r rrow, R"h~rd l'eleN'tl. ;\1111lll" "'" 11, r>mll.· UI,I! ' \\ llC~k"l c d OIS rnl~!l-S ~nOmmo;; da ~R. ().;, ",'m,', d,,,, ,1 "I f' rf ~ ( ";Ü' Il:.Iad~ ~m ordem ajt~btllr.:a por quesltks de (("II"'l'",~n tl,1 hw :", um csfun;o InlCH''3mcmc col:lboral"'"

    I'o! -"OIll'Cli\ rdaIU· mcnws,OTlumu;o:, fOTmali. Plnl(i~dr rc" ... · •• lI ... m tmr't:o.J.,u·",u~, como ~ÔC5 plt'lt\5lO1'.aos.. ",ndlCalO" (\(J (,," .. .,lho d.: di",'''''''' "" '·U\~ul"", mf('lf1Tl .. ,~ ni) nhe: 0I~;lJlI:::..;.""'L1ll0m.'" 1I11~,' ,k ~ ... '..,. l m otrupod.: or1:;\J]i:.ll:OCS 1"J1cmuu~ u,"~~·.lJ.:o~ U"T.' J' "UI~"", ( f,. ..... dmcn· I,· l"IlC'i ,·\elTl":!'" .1,. nllld.l"";b "1\!Õ'IlI~J~"'Il.J.~'" ml:tildJ que ,I, hWI., r'lUI~~ e C' '' ''Il lm ~up

  • PAUL J. DIMAGGIO ' WAlTER W. POWElL

    pJrJ .. I~ .. H.J , I" m."o(kml;J,'.k~ :'u.' IIUlvrJc.,.,llr r1 .. I , 'I'''.' .,~ Jlr~ .... "~...,, n:...,,~,~,~ ll.I .ul.x.1I, L I L~~ lh, .. ,"·."'" ;"'·['LllJ."n\''''l "m".;.,.!,» E um ~"mf'I'r .111"'01.' .'T,,·n:.d., :" .. .t Ulll.' me l.] I"oti~ ""r rd,,,~,Id,, .~ 'U ,vnlnooi,. rJr., " t\·.,h-.LV 1 ,!, "k'W ["o.,u.n t" ~ I11m!;"",,\ ,,.um,,:[,, .. II'Tl_ ,,,,.,,,,, !""'''. 11 ..... ~_"!,,.,~ ·lll.olr/oll"r A'lKrJó:(,-, _ülill< 11'11.;1.. .. 1LJ:!>I.:r"S ,Wrw~'''',,'h't "',~" Q. L '.EJ, \ Rt-s.al.iI ,r, O'g':In . .::,;n,~..:1 fi, ~""'I," , ~ l.II. ... ~,,,,,h Cf. J.\! rre-,,~. l;. l OO ~ . R.\[ • 67

  • RAf r.lASSICOS , A GAIOlA OE FERRO REVISITAOA: ISOMOR FISMO INSTITUCIONAL E RACIONAlIOAOE COLEtiVA NOS CAMPOS ORGANIZACIONAIS

    t,,-111Iil'\t-It :\. \\ J·~!!.·tm ·lnJ:;q'\.. •• R:· (01""I t>-'. I >Ir;

    I J..\\\"ID \ H"" .. lIl,'wlILLY[) L(h!) /'Wnlo': >fI " ." ,",>rI-; M.1Cflllllafl . I~ r ll)o!·11i

    , , I. "7> ,,'"

    HA\\'U:S. L \\: TI" "","''- DI,,: ,,,,.I (lI(' I',. 1'1t·"", _ . 11' 1'f~fC .' ~pl,l1l11 ll ~ \hl ,lfll_W" "I 1'(: " , UÜllUl

    ,'rp':"\Ir_' ,Jr.J lil.- 1/i'I1I./fi .... ,1'"". ("'('\\fJL

  • PAUl J. DIMAG GIO · WALTER W. POWELL

    f 1'.rn" I 'lo)1,,[ Vvblcrn O r!(anozalion in MeijiJapan.

    J"U/ll,l!lln;,', " I

    I Jlttresses de pesqu isa nas áreas ele análise orgünizaci(llla I, sociologia (b Lu lt Ufa, est r