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A Formação de Professores em Arte Apresentação Os estudos no campo do Ensino da Arte no Brasil, que têm alcançado nos últimos anos notáveis avanços em abrangência e profundidade, apontam para a necessidade de urgentes revisões e atualizações tanto curriculares como na formação docente. Os inegáveis aspectos cognitivos e epistemológicos da Arte se aliam à crescente manifestação das diferenças e complexidades sociais observáveis na multiplicidade da produção estética contemporânea com as quais todos acabam por se relacionar. Assim, é importante que licenciandos e professores de Arte de todas as etapas da formação escolar básica conheçam e vivenciem abordagens alternativas de ensino que promovam uma reflexão sobre as informações recebidas, as produções realizadas e as ofertas disponíveis no equipamento cultural da cidade, além do contato com as diferentes obras e eventos oriundos das diferentes esferas culturais que compõem a rede cultural brasileira. Dificuldades no Ensino de Arte muitas vezes são atribuídas à escassez de tempo e a inexistência de salas/oficinas adequadas ao desenvolvimento das atividades. Fica evidente, assim, a necessidade de se buscar elementos disponíveis na realidade circundante que contribuam para o enriquecimento da aprendizagem artística dos alunos: imagens, textos que falem sobre a vida de artistas, levantamento sobre artistas e artesãos locais, revistas, vídeos, DVDs, manifestações artísticas da comunidade, exposições, apresentações musicais e teatrais, bem como acolhimento dos materiais trazidos pelos alunos. O professor precisa buscar meios de ensinar os alunos a perceberem as qualidades das formas artísticas. Seu papel é o de propiciar a flexibilidade da percepção com questões que favoreçam diferentes ângulos de aproximação das formas artísticas: aguçando a percepção, incentivando a curiosidade, desafiando o conhecimento prévio, aceitando a aprendizagem informal que

A formação de professores em arte

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Page 1: A formação de professores em arte

A Formação de Professores em Arte

Apresentação

Os estudos no campo do Ensino da Arte no Brasil, que têm alcançado

nos últimos anos notáveis avanços em abrangência e profundidade,

apontam para a necessidade de urgentes revisões e atualizações tanto

curriculares como na formação docente. Os inegáveis aspectos cognitivos e

epistemológicos da Arte se aliam à crescente manifestação das diferenças e

complexidades sociais observáveis na multiplicidade da produção estética

contemporânea com as quais todos acabam por se relacionar.

Assim, é importante que licenciandos e professores de Arte de todas as

etapas da formação escolar básica conheçam e vivenciem abordagens

alternativas de ensino que promovam uma reflexão sobre as informações

recebidas, as produções realizadas e as ofertas disponíveis no equipamento

cultural da cidade, além do contato com as diferentes obras e eventos

oriundos das diferentes esferas culturais que compõem a rede cultural

brasileira.

Dificuldades no Ensino de Arte muitas vezes são atribuídas à escassez de

tempo e a inexistência de salas/oficinas adequadas ao desenvolvimento das

atividades. Fica evidente, assim, a necessidade de se buscar elementos

disponíveis na realidade circundante que contribuam para o enriquecimento

da aprendizagem artística dos alunos: imagens, textos que falem sobre a vida

de artistas, levantamento sobre artistas e artesãos locais, revistas, vídeos,

DVDs, manifestações artísticas da comunidade, exposições, apresentações

musicais e teatrais, bem como acolhimento dos materiais trazidos pelos

alunos.

O professor precisa buscar meios de ensinar os alunos a perceberem as

qualidades das formas artísticas. Seu papel é o de propiciar a flexibilidade da

percepção com questões que favoreçam diferentes ângulos de aproximação

das formas artísticas: aguçando a percepção, incentivando a curiosidade,

desafiando o conhecimento prévio, aceitando a aprendizagem informal que

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os alunos trazem para a escola e, ao mesmo tempo, oferecendo outras

perspectivas de conhecimento.

O professor, criador de situações de aprendizagem, deve em sua prática ser

um pesquisador de fontes de informação, materiais e técnicas; um

apreciador de arte, escolhendo obras e artistas a serem estudados; um

estudioso da arte, desenvolvendo seu conhecimento artístico; um

incentivador da produção individual e coletiva.

Docentes do Instituto de Artes já tiveram a oportunidade de desenvolver

projeto de Iniciação à Docência, em escola pública de Ensino Fundamental,

onde aplicaram metodologias pautadas na articulação teoria e experiência,

avançando para além das práticas em sala de aula. Investindo dessa forma,

tanto na formação dos licenciandos, por meio da produção de material

didático e da participação em passeios-aula a diversos equipamentos

culturais da cidade e a oficinas de criação artística nos ateliês, como na

formação continuada dos professores da escola, por meio de palestras,

debates, recursos bibliográficos e oficinas diversas. Com base, nessa

experiência de sucesso, o Instituto propõe estender essas atividades às

Escolas com as quais a UERJ estabelecerá parceiras.

Produções vinculadas ao PRODOCÊNCIA-ARTES

a) Artigos no livro "Ensino e Pedagogia da Imagem". Editora da UFRRJ, no

prelo. Textos: "Imagens das culturas: educação, fluxos estéticos e

frequencias culturais" e "Ponderações sobre a atualidade do ensino

das artes visuais frente às visualidades juvenis".

b) Anais de evento "Desfronteiramentos II Encontro Nacional sobre o

Ensino da Arte e a formação do professor de arte". Evento em

parceria com a Faculdade de Educação da UFRJ, novembro 2011.

c) Projeto Zona de Contato. Oficinas de artes cênicas com artistas e

professores convidados voltadas para os alunos do curso de artes

visuais e os professores da escola parceira.