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escola francesa
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A Escola Normal no Continente: modelos de formação de professores no
Canadá, Colômbia e Brasil – estudos comparados.
José Rubens Lima Jardilino
PPGE – UNINOVE
Financiamento:
PPGE/Uninove, RUDECOLOMBIA/ Université Laval
Introdução
A presente pesquisa está sendo realizada num de estágio de pós-
doutoramento, na Faculté des Sciences de l´Education, Université Laval,
Québec, Canadá, e desenvolvido junto ao Centre Interuniversitaire d´Etudes
Quebecoises – CIEQ e no Grupo de Estudos sobre Educação na América
Latina da Sociedade de Historia da Educação Latinoamericana - SHELA.
Portanto as considerações aqui apresentadas são preliminares e provenientes
de uma discussão interinstitucional com a linha de investigação do GRUPHIS ,
grupo de pesquisa associado ao Programa de Pós-Graduação em Educação –
PPGE/ UNINOVE, que alimentaram a proposta dessa investigação já há alguns
anos. O grupo tem uma trajetória de pesquisa sobre Instituições1 Escolares e
Formação de Professores no Brasil e na Colômbia, que indica uma caminhada
de cerca de 10 anos, expressa em produção de livros e artigos sobre os
resultados das investigações.
Grupo de Pesquisa História e Teoria da Profissão Docente.
1 Ester Buffa e Paolo Nosella desenvolveram, no âmbito da UFSCar, apoiados pelo CNPq, pesquisas de
três significativas instituições escolares de São Carlos: a Escola Normal (1911-33), a Escola Profissional
(1932-71) e a Escola de Engenharia de São Carlos, USP (1948-71) - todos esses estudos foram
publicados pela EDUFSCar com apoio financeiro da FAPESP (cf. bibliografia); Jardilino, JRL e Carlos
Bauer realizaram pesquisas sobre formação de professores, apresentando relatórios na ANPED. Ação
docente e educação não excludente: o discurso de transformação e a prática docente de professores da
escola pública municipal da cidade de São Paulo - relatório de pesquisa. (2001-2003); Um olhar sobre
os cursos de licenciatura e a sua prática na formação docente(2003-2004); Formação de Professores:
Da escola Normal ao Normal Superior (2004-2006)
2
Os interesses de pesquisa do grupo coadunam-se com as recentes
investigações no campo das Ciências da Educação, que têm enfocado, de
maneira geral, a formação do professor e as respectivas instituições
formadoras, e, de maneira específica, as reformas que essas instituições vêm
sofrendo, em vários países, desde o final do século XX (Tardif et. al, 1999).
Dada a relevância do tema julgamos importante alargar sua
abrangência, de modo a inserir, no que diz respeito a esta pesquisa, uma
dimensão de cunho mais continental nas análises, considerando a interface
entre contextos que, em virtude de pautarem-se por uma certa concepção de
formação de professor que culminou com apogeu das Escolas Normais,
ensejam análises comparativas que nos permitirão uma compreensão mais
apurada de nossa experiência americana. Para isso, pretendemos destacar a
vivência de três realidades distintas: Quebec, no Canadá; Tunja, na Colômbia;
e São Paulo, no Brasil, no sentido de investigar os modelos de formação de
professor implantados nas escolas normais dessas regiões e em que medida
eles se assemelham ou se distanciam uma das outras.
Justificativa e objeto da pesquisa
Essas questões referendam a presente iniciativa investigativa,
apresentado como estudos de pós-doutoramento, nos quais pretendemos
lançar um olhar sobre a temática das instituições de formação de professores
numa perspectiva sócio-histórica comparada, mais além daquela realizada num
contexto nacional e local. É com base nessa reflexão que propusemos a
discutir, por meio de um estudo sócio-histórico de viés comparativo, os
diferentes modelos2 de formação de mestres na América, tomando como casos
2 Estou utilizando o termo modelo na concepção explorada por Hamel (1995:36)” Cette configurations
spécifique des différents paramètres de la formación, nous la désigneron fort modestement par le vocable
de modèle qui doit être compris dans le sens de « reagroupament à postèriori de caractéristiques
principales qui illustrent une façon d´entrevoir et de structurer la formation des maîtres » (...) La notion de
modèle doit aussi être comprise de façon dynamique, évoluant continuellement dans le temps... Le
contexte social, le poides realtif des protagonistes donneront un visage changeant à la formation des
enseignants et enseignantes.
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a Escola Normal do Québec, no Canadá, de Tunja, na Colômbia e de São
Paulo, no Brasil, no período entre 1930-1970.
Sabemos de antemão que a discussão sobre “modelos” de formação de
mestres é complexa, sobretudo levando-se em consideração as diferenciações
culturais, sociais e de formação histórica de cada região proposta nesta
pesquisa. Todavia, no que pese a amplitude espaço-temporal delimitada no
projeto, entendemos que uma reflexão sobre as pesquisas realizadas e a
produção delas decorrentes sobre as três experiências apontadas acima,
permitirá uma síntese que indicará os modelos de formação de mestres
intentados na América, os quais, na atualidade, dão guarida às iniciativas de
universitarização da formação de professores (casos do Canadá e Brasil) e o
quão importante foi a Escola Normal na construção de uma cultura escolar de
cada país.
A Escola Normal de origem francófona e latina foi uma experiência de
formação de professores que, a despeito de sua origem francesa, buscou
diferentes modelos na árdua tarefa de formar os professores para ensino
básico. Na América Latina, em especial no período pós-republicano,
experimentam-se diferentes modelos, que se constituem em importantes
tentativas do Estado de formar o cidadão para as frágeis repúblicas que se
instalaram no final do século XIX. No século XX, essas experiências fundam a
matriz das Faculdades de Educação e dos Institutos de Formação de
Professores.
Por outro lado, a América do Norte também veio experimentando
modelos de formação de mestres. No caso desta pesquisa, interessa-nos
aqueles implantados em Québec, uma região de orientação francófona de
diferente contexto social e histórico em relação à América Latina, desde sua
formação. É possível, com base na leitura preliminar (Dufour, 2006; Hamel,
1995; Lessard, 1998), que encontremos também aí uma multiplicidade de
modelos, implantados ao longo do século XX, em sua trajetória de formação de
mestres.
4
Por conseguinte, pode-se considerar como hipótese de trabalho que a
América no século XX, nos diferentes modelos de formação de mestres
experimentados, ora buscando alternativas aos modelos europeus, ora re-
elaborando, a Escola Nacional, como matriz da formação de mestres no
continente, guarda elementos convergentes quanto as seguintes questões:
religião/laicização; rural/urbano; formação cultural/formação técnica.
Partimos da hipótese acima, para considerar até que ponto na América a
implantação desta instituição sofreu as influências e o desejo de imitação da
Escola Normal Superior de “modelo3” francês, para formar uma intelligentia4,
nacional. Por outro lado como a Instituição foi a adequando o modelo para
formar o mestre e educar o cidadão, nos moldes republicanos.
É importante salientar que a formação de professores em qualquer
contexto é sempre modelada por interesses sociais e por ordem do estado que
a implanta através da criação de instituições escolares. Nessa perspectiva,
devemos acompanhar Petitat (1982,65), quando afirma que a escola é sempre
uma construção social, dinâmica e que responde a interesses por parte dos
diversos atores sociais que vivenciam a ação educativa num determinado
contexto social:
“Elle procede de l´ensemble dês rapports entre
l´institution, les groupes sociaux et les conditions
générales ambiantes. Ce n´est poit une donné fixe, mais
une mouvence, des déplacements imperceptibles aus
3 Para utilizar a expressão « modelo », Rolland (2005) apresenta uma distinção entre modelo de
identificação (mais próprio da moda) e modelo paradigmático (visão de mundo e de valores copiados). O
autor, ao trabalhar com a idéia de “Modelo Francês”, utiliza uma categoria da área da história das
mentalidades, sem, contudo, deixar de perceber as imprecisões que o termo carrega. Conforme o autor, “a
temática do ´modelo´, na história da América Latina, surge na área política por meio das constituições,
das idéias políticas, da pedagogia do cidadão, de todos os fenômenos de legislação na educação, na
política e na ordem pública, na legislação religiosa para a separação da Igreja e do estado, na organização
do Estado, portanto na administração pública e no exército” Rolland, 2005, p.34). Além das Instituições
nos campos cultural e científico, são muitos os modelos transplantados e transferidos da Europa como
identificação e imitação.
4 Sobre a história da Escola Normal Superior na França, ver. LUC, Jean-Noël e BARBÉ, Alain. Des
Normaliens: Histoire de l´École Normal Supérieure de Sanit-Cloud. Paris: Presses de la Fondation
Nationale des Sciences Politiques, 1982.
5
grandes révolutions pédagogiques, c´est un precessus où
transparaissent aisément les désaccords, les conflits, les
laborieux compromis, du moins au niveau qui m´intéresse
ici, celui de l´ecole »
No que se refere ao Québec, com a leitura ainda preliminar da
bibliografia sobre o objeto, interessa-nos perceber a relação entre o rural e
urbano na formação dos professores, os modelos de Escola Normal
implantados, e, sobretudo, a formação cultural daqueles que exerceriam a
função de formador e formulador da cultura. As perguntas motivadoras que
orientam a análise desses modelos, considerando os fatores históricos próprios
dessa região do Canadá francófano e guardando seus devidos limites
comparativos com a América Latina, são: o modelo de Escola Normal
implantado no Quebec foi o mesmo implantado para a América Latina? Quais
as características que os tornam semelhantes e/ou diferentes no projeto de
expansão da cultura francófona para a América?
Relativamente a Colômbia, já com uma leitura bastante apurada e, em
especial, com uma compreensão maior da realidade educacional daquele país
e do seu modelo de Escola Normal, optamos por estudar esse campo levando
em consideração, que, embora tenha sido orientada pedagogicamente por três
missões pedagógicas alemãs, a construção da Escola Normal desse país
seguiu, em muita medida, o modelo francês, chegando a constituir-se no século
XX numa ESCOLA NORMAL SUPERIOR. Essa experiência originou as
Faculdades de Educação do país e, mais especificamente, a Universidade
Pedagógica da Colômbia. Um elemento que nos chama a atenção no campo é
o predomínio, até os dias atuais, da direção por grupos religiosos, naturalmente
com outorga do próprio Estado. Parece-nos que a questão central na Colômbia
é a laicização da Escola Normal, o que se diferencia em muito dos outros dois
campos (Brasil e Canadá).
Nesse particular, na Colômbia, como no Brasil, a questão central é
discutir se a Escola Normal constituiu-se, de fato, como uma ferramenta da
6
república, orientando a cultura, com a formação dos intelectuais nos moldes
republicanos; ou se, por outro lado, formou o mestre-escola de que a república
precisava para expandir suas fronteiras. As análises preliminares têm nos
apontado que na América do Sul a Escola Normal tem sido uma instituição
ambígua nos seus objetivos, ora pendendo para uma instituição formadora de
cultura, ora para uma instituição formadora de mestres.
Aspectos metodológicos e aportes teóricos
A pesquisa está sendo realizada como base bibliográfica (produção
escrita e relatórios de investigação) sobre a Instituição Escolar de formação de
professores chamada Escola Normal, no período indicado.
Por meio dessas fontes documentais5 publicados, realizamos uma
análise de viés comparativo dos modelos implantados em cada país, seguindo
dois caminhos metodológicos que têm norteado a pesquisa no Brasil, em
especial nos trabalhos de Ester Buffa6 e Paolo Nosella, quais sejam: 1.
construir visões gerais das Escolas Normais na América e descrições
singulares de cada contexto (países) dessa experiência educativa; 2.
considerar o fenômeno social não meramente factual e descritivo, mas, acima
de tudo, dar-lhe um conteúdo interpretativo a partir das compreensões
construídas em cada país e, no caso desta pesquisa, das categorias
religião/laicidade, rural/urbano, formação cultural/formação técnica.. Dessa forma,
optamos metodologicamente por considerar o particular como expressão do
desenvolvimento geral em cada contexto a ser estudado e por procurar nessas
experiências os “modelos” de formação, bem como as opções sociais e políticas
neles implicadas, em cada lugar e época. Em suma, propomo-nos a uma mirada
5 Estou usando o termo “documento” de maneira ampla, ou seja, quaisquer materiais escritos que possam
ser usados como fontes de informação. Cf. Phillips, B.S. A pesquisa Social. Rio de Janeiro, Ed. Agir,
1974. 6 O que estamos a considerar foi relatado por Ester Buffa, num artigo que demonstra o caminho
metodológico e teórico da trajetória das pesquisas realizadas desde 1990, juntamente com Paolo Nosella
na Universidade Federal de São Carlos, UFSCar, que antecede a participação de ambos no GRUPHIS-
Uninove. Cf. BUFFA, E. História e Filosofia das instituições escolares. In., GATTI Jr, Décio et.al. Novos
Temas em História da Educação Brasileira. Instituições Escolares e Educação na Imprensa. Campinas,
SP: Editores Associados, 2002. p.25-38.
7
sócio-histórica das instituições de formação de professor, conforme a concepção de
Hamel (1995) e Petitat (1994).
Deve-se, todavia, esclarecer, que embora tenha uma perspectiva
histórica7, o acento não está posto na análise pura e simples do fenômeno
como fato histórico, mas, sim, na dinâmica social da Instituição em cada
contexto específico. Esse aporte histórico permitirá perceber, por meio dos
“modelos”, a dinâmica que enfrentaram essas instituições formadoras no jogo
dos interesses da sociedade e lançar luzes para compreender os problemas
atuais que cada contexto enfrenta na tarefa de formação de seus professores.
Convém também esclarecer que o termo “comparativo” na pesquisa, de
certa maneira, será utilizado como parâmetro para a análise dos documentos.
Na verdade, mais próximo do que Marc Bloch definiu como explicação das
semelhanças e diferenças que oferecem duas séries de natureza análoga,
tomadas de meios sociais distintos e que pela sua própria natureza conduz à
ruptura da singularidade dos casos e processos. Por outro lado, a comparação
histórica permite uma volta ao caso singular ou específico, pois possibilita
situá-lo numa ampla totalidade e assim demonstrar o que comunga com os
demais e o que apresenta de único.
Segundo os historiadores, é possível comparar seqüência e estrutura do
mesmo tipo em sociedades heterogêneas na sua estruturação sócio-histórica,
sem, contudo, interpretar como análogas estruturas formais que podem
guardar diferenças de fundo. Enfim, esta pesquisa tem como preocupação
mais hermenêutica acerca da dinâmica sócio-histórica pela qual passou a
Escola Normal como formadora de mestres na América.
Dessa maneira, chegamos mais próximo daquilo que no Brasil estamos
denominando de História das Instituições Escolares e/ou educativas, deixando
7 Como sabemos, na segunda metade do século XX, a pesquisa histórica passou por um grande processo
de renovação do método que orienta um processo de interpretação do passado, estabelecendo um diálogo
com as idéias e concepções da atualidade, no dizer de Burke (1992), as mutiplicidades de fontes, novas
concepções do método e de explicação do fenômeno sócio-histórico permitem na atualidade uma
inevitável proliferação de subdisciplinas. A sociologia, a antropologia e a linguística têm contribuído
muitíssimo para a produção historigráfica.
8
de largo o campo restrito da Pedagogia8, da qual tem origem a História da
Educação. Esse movimento de re-elaboração do campo da História da
Educação numa perspectiva pluridisciplinar, iniciada em solo europeu, atingiu
pesquisadores da área da educação no Brasil, possibilitando a construção de
um campo estruturado de pesquisa que já dita algumas décadas. Como
informa Décio Gatti (2002, p.21):
No Brasil, ainda que com diversas dificuldades, em virtude da
inexistência de repertórios de fontes organizadas, alguns historiadores e
educadores têm-se laçado à tarefa de historiar a educação escolar
brasileira através da construção de interpretações acerca das principais
instituições educativas espalhadas pelas diversas regiões brasileiras.
Assim, sem querer apreender o objeto com um acento eminentemente
no campo da história e do historiador de ofício, este projeto opta por um recorte
sócio-histórico comparativo das Instituições Escolares de formação de mestres
no campo mencionado. Apenas se insere na perspectiva historiográfica
embalado pelo viés de renovação interdisciplinar que o campo atualmente
permite, procurando compreender a existência histórica de uma Instituição
Escolar de Formação de Mestres, sem, contudo, deixar de integrá-la na
complexa realidade sócio-cultural mais ampla do continente americano. Na
expressão de Justino Magalhães: “Compreender e explicar a existência
histórica de uma instituição educativa é, sem deixar de integrá-la na realidade
mais ampla que é o sistema educativo, contextualizá-la, implicando-a no
quadro de evolução de uma comunidade e de uma região, é por fim
sistematizar e (re)escrever-lhe o itinerário de vida na sua
multidimensionalidade, conferindo um sentido histórico” (Magalhães, 1996,
p.2).
8 Embora saibamos que essa vem sendo incluída no metier do historiador. Na França, dentre muitos
encontramos André Cherval e Anne Marie Chartier que têm se oculpado de pesquisar no campo
historiográfico da história das disciplinas escolares.
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Conclusão
Ainda não podemos falar de resultados, mas de elementos que indicam
que embora os modelos se aproximam em basicamente três pontos: 1. A
formação profissional do mestre-escola. Isso é perceptível nos três contextos
com ampla discussão sobre o projeto do estado na formação do mestre para
atender a universalização da saberes básicos a todos aqueles a quem a
república fez cidadãos; 2. A ambivalência entre a formação estritamente
técnica para o exercício da profissão e a formação cultural de modelo clássico
francês da ENS. Essa nos parece ser o dilema da EN, em especial na América
do Sul, Brasil e Colômbia, apesar deste último ter sido orientada
pedagogicamente por três “missões alemãs”. O modelo perseguido foi o
sistema francês, que por sua vez foi se constituindo diferentemente no século
XIX e XX. A crise do “modelo” francês não afetou o desejo de ora formar o
mestre, ora formar o intelectual da cultura que poderia servir aos desígnios da
República sul-americana, 3.O embate sempre presente entre a escola rural e a
escola urbana num momento em que as sociedades latino-americanas
estavam passando por um acelerado processo de urbanização, efeito do
processo de industrialização. Esse fenômeno determina em cada país
posicionamentos diferenciados sobre a formação de professores para o campo,
a chamada Escola Normal Rural.
Por fim, o cronograma da pesquisa ainda nos permitirá ampliar e checar
essas primeiras aproximações, considerando que até o final de junho serão
debatidas nos grupos de investigação do Quebec e o Brasil e no segundo
semestre com o grupo do SHELA e RUDECOLOMBIA na Colômbia.
Esperamos que essas considerações preliminares sejam debatidas no relatório
final da investigação a ser apresentado no próximo ano.
10
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