31
1 A EDUCAÇÃO FÍSICA NA ADOÇÃO DE UM ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL PHYSICAL EDUCATION IN THE ADOPTION OF A HEALTHY LIFESTYLE Roseli Maria Ardenghe* Roseli Terezinha Selicani Teixeira** RESUMO O presente estudo teve por objetivo analisar junto aos alunos, saberes relacionados ao estilo de vida e hábitos saudáveis, na perspectiva de adotarem condutas positivas com relação aos seus hábitos, visando uma melhor qualidade de vida. O instrumento utilizado para coleta de dados foi um questionário investigativo sobre o nível sócio-econômico e hábitos do cotidiano dos alunos, seguiu as instruções de Hill (2002). Os dados foram analisados de forma qualitativa e quantitativa, análise de conteúdo e estatística descritiva segundo Minayo (2004). A intervenção ocorreu no primeiro semestre de 2008, envolvendo 100 alunos das três sextas séries do período matutino do Colégio Estadual Costa Monteiro, situado na cidade de Nova Esperança-Paraná. Houve a conceituação de saúde, na perspectiva dos alunos entrevistados, como também a identificação dos seus hábitos, relacionados ao estilo de vida. Observou-se que, no geral, os alunos entrevistados possuem na maioria dos quesitos atitudes positivas. Algumas áreas requerem atenção especial, como o alto consumo de refrigerantes e frituras, a baixa ingesta de frutas e o alto índice de alunos que assistem televisão. Obteve-se também aspectos positivos como a alta porcentagem de alunos que realizam atividades físicas diariamente. Os resultados apontaram a relevância da Educação Física Escolar, na proposta de um estilo de vida saudável e também e a importância da colaboração de outras áreas ligadas à saúde. Acredita-se que essas formas de promoção de um estilo de vida saudável sejam eficazes. ABSTRACT This study aimed to examine with the students, knowledge related to lifestyle and healthy habits, with a view to adopting good conduct with respect to their habits, seeking a better quality of life. The instrument used for data collection was a questionnaire investigation on the socio-economic level and the daily habits of students, followed the instructions of Hill (2002). The data were analyzed in a qualitative and quantitative, analysis of content and descriptive statistics Minayo second (2004). The intervention occurred in the first half of 2008, involving 100 students from the three rounds of the morning Friday in State College Costa Monteiro, located in the city of New Hope-Parana. There was the concept of health, in view of the students interviewed, but also the identification of their habits, related to lifestyle. It was observed that, in general, students interviewed in the majority of questions have positive attitudes. Some areas require special attention, as the high consumption of soft drinks and fried food, low intake of fruit and the high rate of students who watch TV. It also received positive aspects as the high percentage of students who perform physical activity daily. The results showed the relevance of Physical Education School, the proposal for a healthy lifestyle as well and the importance of collaboration in other areas related to health. It is believed that these forms of promoting a healthy lifestyle are effective. Palavras-chave: Estilo de vida saudável. Intervenção escolar. Educação Física. * Professora de Educação Física da Rede Pública de Ensino do Estado do Paraná – Integrante PDE 2007 **Professora Adjunta da Universidade Estadual de Maringá

A EDUCAÇÃO FÍSICA NA ADOÇÃO DE UM ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL … · trocar hábitos de vida considerados saudáveis, por outros considerados de risco, como o fumo, o sedentarismo,

  • Upload
    phambao

  • View
    214

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

1

A EDUCAÇÃO FÍSICA NA ADOÇÃO DE UM ESTILO DE

VIDA SAUDÁVEL

PHYSICAL EDUCATION IN THE ADOPTION OF A HEALTHY LIFESTYLE

Roseli Maria Ardenghe*

Roseli Terezinha Selicani Teixeira**

RESUMO

O presente estudo teve por objetivo analisar junto aos alunos, saberes relacionados ao estilo de vida e hábitos saudáveis, na perspectiva de adotarem condutas positivas com relação aos seus hábitos, visando uma melhor qualidade de vida. O instrumento utilizado para coleta de dados foi um questionário investigativo sobre o nível sócio-econômico e hábitos do cotidiano dos alunos, seguiu as instruções de Hill (2002). Os dados foram analisados de forma qualitativa e quantitativa, análise de conteúdo e estatística descritiva segundo Minayo (2004). A intervenção ocorreu no primeiro semestre de 2008, envolvendo 100 alunos das três sextas séries do período matutino do Colégio Estadual Costa Monteiro, situado na cidade de Nova Esperança-Paraná. Houve a conceituação de saúde, na perspectiva dos alunos entrevistados, como também a identificação dos seus hábitos, relacionados ao estilo de vida. Observou-se que, no geral, os alunos entrevistados possuem na maioria dos quesitos atitudes positivas. Algumas áreas requerem atenção especial, como o alto consumo de refrigerantes e frituras, a baixa ingesta de frutas e o alto índice de alunos que assistem televisão. Obteve-se também aspectos positivos como a alta porcentagem de alunos que realizam atividades físicas diariamente. Os resultados apontaram a relevância da Educação Física Escolar, na proposta de um estilo de vida saudável e também e a importância da colaboração de outras áreas ligadas à saúde. Acredita-se que essas formas de promoção de um estilo de vida saudável sejam eficazes.

ABSTRACT

This study aimed to examine with the students, knowledge related to lifestyle and healthy habits, with a view to adopting good conduct with respect to their habits, seeking a better quality of life. The instrument used for data collection was a questionnaire investigation on the socio-economic level and the daily habits of students, followed the instructions of Hill (2002). The data were analyzed in a qualitative and quantitative, analysis of content and descriptive statistics Minayo second (2004). The intervention occurred in the first half of 2008, involving 100 students from the three rounds of the morning Friday in State College Costa Monteiro, located in the city of New Hope-Parana. There was the concept of health, in view of the students interviewed, but also the identification of their habits, related to lifestyle. It was observed that, in general, students interviewed in the majority of questions have positive attitudes. Some areas require special attention, as the high consumption of soft drinks and fried food, low intake of fruit and the high rate of students who watch TV. It also received positive aspects as the high percentage of students who perform physical activity daily. The results showed the relevance of Physical Education School, the proposal for a healthy lifestyle as well and the importance of collaboration in other areas related to health. It is believed that these forms of promoting a healthy lifestyle are effective.

Palavras-chave: Estilo de vida saudável. Intervenção escolar. Educação Física.

* Professora de Educação Física da Rede Pública de Ensino do Estado do Paraná – Integrante PDE 2007 **Professora Adjunta da Universidade Estadual de Maringá

2

1 INTRODUÇÃO

Nos últimos anos estamos presenciando uma grande explosão de conhecimentos,

informações e industrialização em diferentes setores. Não se pode negar que é visível o

domínio do desenvolvimento econômico e tecnológico no cotidiano do homem moderno, e

que seu bem estar, tem sido dirigido basicamente ao aumento do lucro para um maior

consumo. Este processo que propicia uma gama de conquistas e facilidades para a vida

moderna, nada mais é que uma sociedade voltada aos valores do capitalismo, de poupar

tempo, produzir mais, ganhar mais e adquirir mais.

Para Coelho (2005), parte da nossa felicidade está nas descobertas que o ser humano faz

e na tecnologia que ele vem aprimorando no decorrer dos séculos, especificamente no que diz

respeito à medicina, como por exemplo, a felicidade em sentir o coração bater normalmente

após um transplante ou, voltar a enxergar após uma cirurgia de miopia. Mas, não se pode

condicionar felicidade somente a esses avanços, porque estaria se esquecendo de detalhes

comuns à vida do ser humano, aquilo que realmente prende nossos corações, que vai além do

externo, do conforto, como o afeto e as relações verdadeiramente humanas.

Deve-se enfatizar que esse avanço contribui muito à mudança de estilo de vida do

indivíduo. Se por um lado essa tecnologia proporciona certo conforto, em que parte da

população se apropria dela, por outro lado essas mudanças trouxeram conseqüências não tão

positivas.

Em nosso país, ainda que sejam necessárias estatísticas mais aprimoradas, é cada vez mais evidente a “americanização” dos hábitos alimentares, o que, aliado à progressiva redução da atividade física do cotidiano em razão da mecanização e do avanço tecnológico de nossa sociedade, torna possível prognosticar paulatino aumento na prevalência da obesidade e do sobrepeso nos diferentes segmentos da população brasileira. (GUEDES e GUEDES, 2003, p. 29)

Para Bernardes e Cotes (2006), uma das maiores calamidades que custará bilhões de

reais à saúde pública brasileira, que poderá causar diabetes, problemas cardíacos e depressão

em milhões de pessoas, vindo a reduzir a expectativa de vida da próxima geração é obesidade

infantil. Estima-se que no Brasil um terço das crianças estão obesas ou com sobrepeso, este

fato vem resultando em pesquisas sinalizando que para o ano de 2010, a obesidade atingirá

aproximadamente 61,6% da população.

Segundo Frossard (2005), esse significativo avanço, proporcionou, desde a Revolução

Industrial no século XIX, a homens, mulheres e crianças, o conhecimento do amargo sabor

3

das chamadas “doenças da civilização”. Esse autor ainda afirma que os cientistas creditam ser

espantoso aumento à automatização de nossa sociedade, por meio do tão desejável apelo ao

conforto. Isso tudo reduziu as atividades físicas, criando uma geração sedentária.

Hoje lamentavelmente, o desenvolvimento vem contribuindo para conduzir o homem a

trocar hábitos de vida considerados saudáveis, por outros considerados de risco, como o fumo,

o sedentarismo, a alimentação inadequada,o excesso de trabalho e pouco lazer.

De acordo com Moraes (2003), esse é o paradoxo vivido pelo homem hoje, e é dentro

deste contexto, que está criado o cenário para as doenças modernas:

Artrite, reumatismo, mal de Alzheimer, e de Parkinson, pressão alta, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (A. V. C.), prisão de ventre, osteoporose, as múltiplas formas de câncer, depressão, esquizofrenia, degeneração neurológica, estresse crônico, hiperglicemia, diabetes, obesidade, degeneração ocular, atrofia muscular, síndrome da fadiga crônica, síndrome do pânico, gastrite, cálculo biliar e/ou renal, excesso de colesterol e de triglicerídeos, dificuldades respiratórias, inflamações crônicas, alergias, doenças da pele, queda acentuada de cabelo, perda de libido e redução da fertilidade. Assim fica óbvio porque em meio à tanto progresso, por um lado, temos tanta dor e sofrimento por outro. (MORAES, 2003, p. 20)

Portanto, essas constatações vêm ao encontro à proposta das Diretrizes Curriculares para

o ensino da Educação Física na Escola Pública do Estado do Paraná (2006), que é pautada na

corporalidade, entendida como expressão do conjunto de manifestações corporais, tendo o

desenvolvimento corporal e a construção da saúde como um dos elementos articuladores, os

quais devem estar comprometidos com uma Educação Física transformadora.

Nas Diretrizes Curriculares da Educação Pública do Paraná (2006), a concepção de

Educação Física constitui um processo pedagógico em que a escola é um lugar onde as

práticas e os discursos são tratados de maneira crítica. Os cuidados com a saúde devem ser

vistos como investimento individual, e os elementos sociais culturais, políticos e econômicos

também devem ser contemplados na construção da saúde para todos.

Devide (2003) apud Bagrichevsky, Palma, Estevão (2003), p. 146, esclarece:

O professor (a) de Educação Física deve estar atualizado ao conceito multifatorial da saúde, à sua dimensão social, portanto, coletiva, para que, munido de instrumentalização teórica consistente, tenha condições de discutir e ampliar a relação de compromissos da Educação Física para além da esfera de aptidão física, como uma via de educação para a saúde dos alunos (as).

4

Portanto, uma das formas de se levar essas concepções ao educando, é por meio da ação

docente de intervenção pelo professor de Educação Física, tendo uma visão global de saúde.

Neste caso a proposta sugerida aos professores de Educação Física é de assumirem um novo papel diante da estrutura educacional, procurando adotar em suas estratégias de ensino não mais uma visão exclusivamente, de prática esportiva e atividade recreativa, mas sim, uma postura pedagógica que possa alcançar metas e objetivos voltados à educação para a saúde, mediante a seleção, a organização e o desenvolvimento de conteúdos e de experiências que venham propiciar aos educandos a incorporação de hábitos saudáveis e que os conduzem a optar por mantê-los nas idades adultas. (GUEDES, 2002, p. 7)

Foram essas constatações que motivaram para a realização desta pesquisa, voltada à

Educação para a saúde, por meio da disciplina de Educação Física, lançando a seguinte

indagação: De que forma pode a Educação Física intervir com conteúdos referentes ao estilo

de vida e hábitos saudáveis, numa perspectiva dos alunos adotarem condutas positivas com

relação aos seus hábitos, possibilitando assim, uma melhor qualidade de vida?

Dessa forma, este estudo tem por objetivo analisar junto aos alunos, saberes

relacionados ao estilo de vida e hábitos saudáveis, na perspectiva de adotarem condutas

positivas com relação aos seus hábitos, visando uma melhor qualidade de vida.

2 DESENVOLVIMENTO

Desde o princípio de sua existência, o ser humano sempre praticou atividades físicas,

seja como forma de defesa ou de sobrevivência. Com o passar do tempo, as atividades

humanas sofreram grandes transformações, assim como sua forma de expressão e movimento.

É certo, que a vida moderna proporcionou maior facilidade e praticidade. As pessoas querem

mais comodidade e tentam o tempo todo diminuir o esforço físico das atividades diárias.

Segundo Helman (1994), todo esse espantoso aumento, da automatização na sociedade gerou

as chamadas doenças da civilização moderna.

Para Gomes e Moreira (2002), a vida moderna possui vantagens e desvantagens,

podendo levar as crianças, adolescentes e adultos a se tornarem inativas, vista que, automóvel,

computador, televisor, telefones, controles, podem ser excelentes instrumentos para

locomoção, comunicação, educação e lazer. No entanto, toda essa tecnologia também

contribui para o atual estilo de vida sedentária, alimentação inadequada, alto índice de

estresse, enfim, hábitos altamente nocivos à saúde.

Para Guedes e Guedes (2003) e Vitolo (2003), a mudança do estilo de vida dos jovens,

associados aos aspectos alimentares e da prática da atividade física, podem contribuir para o

5

aumento do sobrepeso e da obesidade na adolescência. Nesta fase, geralmente se inicia o

comportamento sedentário, em virtude da substituição da atividade física informal, como

andar de bicicleta, uso de patins, skates e atividades lúdicas, por outras de origem social ou

cultural, como os videogames, computador, televisão ou atividades extracurriculares, com

baixa demanda de gasto energético. Com relação aos aspectos alimentares, nesta fase se

percebe que o apetite se torna muitas vezes voraz, e este, associado a uma vasta oferta de

alimentos altamente calóricos oferecidos pelas propagandas das indústrias alimentícias,

influenciam o consumo desses alimentos em maior quantidade tanto dentro como fora de

casa.

É fundamental citar que a atividade física é uma necessidade do ser humano, podendo

ser uma grande aliada à recuperação e a manutenção da saúde. Para Alves (2003), a prática de

atividade física, deve fazer parte dos cuidados de rotina para o bem estar da criança e do

adulto. Ser fisicamente ativo desde a infância apresenta muitos benefícios, não só na área

física, mas também nas áreas social e emocional, podendo levar a um melhor controle das

doenças crônicas da vida adulta.

Segundo Oliveira (2007), muitas pesquisas vêm mostrando os benefícios da prática

regular de exercícios físicos para a saúde, tanto na prevenção como no tratamento de doenças

cardíacas, diabetes, hipertensão, obesidade, entre outros. Além disso, com o avanço da idade,

as pessoas que não fazem exercícios físicos perdem a força e a flexibilidade necessárias para

realizar as atividades do cotidiano. Assim, os especialistas acreditam que as atividades físicas

podem melhorar de modo impressionante a qualidade de vida das pessoas, especialmente as

de mais idade, gerando uma melhor saúde.

A Organização Mundial de Saúde - OMS, define saúde sem se referir apenas à ausência

de doenças, mas ao bem estar físico, psíquico e social. Uma definição mais exata da saúde

pode ser, portanto:

A capacidade que o organismo apresenta de funcionar em completa harmonia com seu ambiente, o que envolve a aptidão para enfrentar física, emocional e mentalmente as tensões do cotidiano. (LIRA, 2007, p. 2)

Lira (2007) complementa que saúde não é, portanto, uma condição estática e representa

uma condição variável de bem-estar físico e emocional continuamente sujeita a pressões

internas e externas como preocupações, excesso de trabalho, variações das condições

ambientais e infecções por bactérias e vírus. Ainda sobre esse aspecto Minayo (1992), p. 10,

acrescenta que:

6

Saúde é o resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse de terra e acesso aos serviços de saúde. É, assim, antes de tudo, o resultado das formas de organização social da produção, as quais podem gerar grandes desigualdades nos níveis de vida.

Assim, podemos dizer que saúde está intimamente relacionada à qualidade de vida que

uma comunidade e família possuem. Nahas (2003) considera qualidade de vida como um

somatório dos fatores que interferem na vida do indivíduo, em suas múltiplas dimensões:

física, biológica, psicológica e sociocultural, associados à longevidade, satisfação no trabalho,

salário, lazer, relações familiares, disposição, prazer, relações sociais, meio ambiente e até

espiritualidade.

Deve-se considerar que o art. 196 da Constituição Brasileira (1988), declara que saúde é

um dever do estado garantido mediante políticas sociais e econômicas. Tais medidas visam à

redução do risco de doença e de outros agravos e acesso universal e igualitário às ações e

serviços, para sua promoção, proteção e recuperação da saúde.

No entanto, vale ressaltar que o texto que se refere à Lei, está completo, contudo não é o

que vem acontecendo na prática, o que contribui visivelmente para que o aumento das

doenças e a má qualidade de vida se proliferem em nossa sociedade.

Embora sejam claras todas essas constatações, observa-se também que quando o assunto

é trabalhar atitudes positivas e mostrar os benefícios de hábitos saudáveis à sociedade, isso

implica na divulgação desses hábitos. Para Almeida (2005), isso requer um desenvolvimento

desde a infância, o que poderá impedir o surgimento de muitas doenças crônicas tipicamente

de adultos: pressão alta, taxa de colesterol elevada, alto percentual de gordura corporal, e

diversas enfermidades do coração. Estando comprovado pela O.M.S., que 70% das doenças

estão ligadas ao estilo de vida das pessoas.

Entretanto, quando se fala em promoção da saúde, se permite que as pessoas adquiram

maior controle sobre sua própria qualidade de vida. Uma vez que por meio de hábitos

saudáveis, não só a própria pessoa, mas suas famílias se apropriam desse bem, desse direito,

sendo um valioso recurso aplicável à vida cotidiana.

No que se refere à promoção da saúde, a O.M.S. (1997) define que uma das melhores

formas de promover a saúde é por meio da escola. Isso porque, a escola é um espaço social,

onde muitas pessoas convivem, aprendem, e trabalham, onde os estudantes e os professores

passam a maior parte de seu tempo. Além disso, nas escolas os programas de educação e

saúde podem ter sua maior repercussão beneficiando os alunos na infância e na adolescência.

7

Nesse sentido, os professores e todos os demais profissionais que atuam na escola devem

tornar-se exemplos positivos para os alunos, suas famílias e para a comunidade na qual estão

inseridos, oferecendo conteúdos não só com relação à vida profissional dos alunos, mas

também, fazer deles cidadãos mais saudáveis, e com isso mais felizes.

Diante disso, percebe-se que a escola de maneira geral, e a disciplina de Educação Física

de modo específico, podem ordenar e sistematizar uma seqüência de conteúdos e experiências

educativas que podem levar o educando a perceberem a importância e a necessidade de se

adotar um estilo de vida saudável por toda a vida. Neste contexto, e a partir das reflexões

realizadas, suscitou a realização de uma pesquisa de campo, com intuito de verificar na

prática a realidade escolar como esse fenômeno tem ocorrido.

O estudo caracterizou-se como descritivo, e conforme Cervo e Bervian (1983),

“observa, registra, analisa e correlaciona fatos sem manipulá-lo, procurando descobrir com

precisão a freqüência com que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão com outros, sua

natureza e características.”

Esta pesquisa está inserida na metodologia de pesquisa-ação que Thiollent (1996),

define como um tipo de pesquisa social com capacidade de agregar diversos métodos e

estratégias baseadas na participação ativa de pesquisadores e atores sociais envolvidos, de

modo cooperativo e participativo em busca de resolução de problemas e de ações

transformadoras, ou seja, vincular o conhecimento da realidade, da própria prática, com a

ação. Sob o caráter científico, a pesquisa-ação é uma proposta metodológica que oferece

subsídios à pesquisa social e ao processo educacional aplicado, dando ênfase aos aspectos da

resolução de problemas, tomada de consciência e produção de conhecimentos. Sendo assim,

esta pesquisa consiste em envolver de modo cooperativo e participativo professor e alunos, na

busca de resoluções de problemas e ações transformadoras, ou seja, vincular o conhecimento

da realidade, da prática e da ação.

A intervenção envolveu 100 alunos das três sextas séries do período matutino do

Colégio Estadual Costa Monteiro, Ensino Fundamental Regular e EJA – Ensino Médio - EJA,

situado na cidade de Nova Esperança – PR. O instrumento utilizado para coleta de dados foi

um questionário misto envolvendo questões sobre nível sócio-econômico e hábitos do

cotidiano dos alunos (conceito de saúde, alimentação, sono, atividade física e lazer), sendo o

mesmo, respondido na escola, no horário das aulas de Educação Física. O instrumento foi

elaborado seguindo as instruções de Hill (2002), e aprovado pelo Comitê Permanente de Ética

em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos, da Universidade Estadual de Maringá- UEM,

8

parecer nº. 240/2008. Os dados foram analisados de forma qualitativa e quantitativa, análise

de conteúdo e estatística descritiva segundo Minayo (2004).

Para a efetiva prática desta intervenção buscou-se diferentes fontes e recursos de

informações (livros, revistas, filmes, documentários, sites, jornais, programas de TV, etc) e

também a parceria com diferentes profissionais da área da saúde, como nutricionista,

psicólogo, fisioterapeuta, dentista, professor de educação física, para ministrar palestras

dentro da temática trabalhada.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A partir da análise dos dados obtidos com a aplicação do questionário foi possível

caracterizar os sujeitos da pesquisa e constatar que quanto às idades dos alunos, a grande

maioria (85%), possui entre 11 e 12 anos o que caracteriza a adequação série/idade.

Constatou-se também que 55% dos respondentes moram com pai, mãe e irmãos. Quanto à

renda para o sustento da família, 59% é subsidiada pelos pais, e está concentrada em duas

categorias em que 47% gira em torno de 2 a 3 salários mínimos e, 27% em torno de 1 a 2

salários.

Em relação ao grau de escolaridade dos pais dos alunos, constatou-se que 44% deles

possuem o Ensino Fundamental, 36% o Ensino Médio e 8% são técnicos especializados e,

nenhum pai possui grau universitário. Em relação às mães, 42% delas têm Ensino

Fundamental, 37% o Ensino Médio, 4% são técnicas especializadas e, 10% delas concluíram

o Ensino Superior. Esses indicativos nos mostram que as mães possuem maior grau de

instrução em relação aos pais quanto ao nível universitário.

Segundo Bruschini e Lombardi (1996) e Wanjnman, Queiroz e Liberato (1998), durante

muitas décadas, no Brasil, o homem possuía uma média de escolaridade superior a média da

mulher, tendo em vista que os homens eram os responsáveis pelo sustento da família. E

também havia um incentivo maior ao estudo para os homens do que para as mulheres, pois

essas se dedicavam apenas às atividades domésticas.

No entanto, a partir de 1979, houve uma inversão, a média de escolaridade das mulheres

passa a ser mais elevada do que a dos homens, pois as crises do capitalismo a partir da década

de 60 impõem à mulher a necessidade de entrar no mercado de trabalho, a fim de

complementar a renda familiar.

Com relação ao conceito de saúde, os alunos puderam optar por mais de uma resposta e,

a partir da análise realizada foi possível constatar que 62% dos alunos relacionam o conceito

de saúde à estética e alimentação, 59% afirmam estar relacionados ao equilíbrio corpo e

9

Gráfico 1 – Conceito de saúde para os alunos.

mente e, 33% atribuem o conceito de saúde à harmonia física, emocional espiritual e social,

como nos revela o gráfico 1.

Esses indicadores revelam que grande parte dos alunos (62%) relacionam à saúde a

estética e a alimentação, o que demonstra a necessidade de trabalhar com os mesmos, uma

perspectiva mais ampla, como cita Nahas (2006), a saúde é vista como uma condição humana

que abrange os aspectos físicos, sociais e psicológicos.

Quando questionados sobre os hábitos adotados no dia-a-dia interferirem na saúde, 62%

dos alunos afirmaram que os hábitos incorporados e a saúde estão intimamente ligados, uma

vez que os mesmos tornam o organismo mais resistente para superar as doenças e, 45% dos

alunos também reconhecem essa íntima ligação, ou seja, que a saúde depende muito dos

hábitos adotados com relação à alimentação, sono, atividade física, lazer. É possível, ainda,

inferir que 14% consideram que os hábitos podem interferir, mas não garantem a saúde e,

apenas 8% não relacionam a saúde aos hábitos adotados (Gráfico 2). Ainda com relação à

saúde do indivíduo, 66% dos entrevistados afirmam que o ambiente em que se vive pode

interferir na qualidade de vida, 23% não tem essa opinião e, 11% afirmam que pode interferir

em algumas situações relacionadas à poluição e falta de higiene.

62%

59%

33%

15%

6%1%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

2008

Ter um corpo perf. cuidando da alimentação Estar com corpo e mente equilibrados.

Ter harmonia física, emocional, espiritual e social Ausência de doenças no indivíduo

Freq. Acad. e ter um corpo “sarado” Não optou

10

62%

45%

14%

8%4%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%20

08

Torna o org. mais resistente p/ superar doenças Estão intimamente ligadosPodem interferir, mas não garantem a saúde A saúde não depende dos hab. adotadosNão optou

Gráfico 2 – Conceito que os alunos possuem sobre os hábitos adotados se relacionarem com a saúde.

Por meio dos dados acima, pode-se inferir que uma significante parte dos alunos afirma que

os hábitos incorporados ao cotidiano se relacionam com a saúde, o que demonstra a

conscientização dos alunos. Por outro lado, há uma preocupação com 8% dos alunos, que não

relacionam hábitos à saúde. Com esses é preciso trabalhar de forma mais aprofundada o conceito

de saúde, pois, como afirma Jardim et al (1996), a compreensão de saúde é formada por meio da

vivência e experiência pessoal de cada indivíduo, tendo estreita relação com suas crenças, idéias,

valores, pensamentos e sentimentos. Sendo possível, assim, por meio de uma aquisição de

conhecimentos, através do trabalho de educadores, modificarem o conceito que os alunos

possuem de saúde.

Atualmente são discutidas questões de âmbito mundial que enfatizam a relação das

características do ambiente com a saúde, como, o aumento da poluição atmosférica nas grandes

cidades, aspectos do saneamento básico relativo ao abastecimento de água, coleta de esgoto e

recolhimento de lixo e suas relações com a qualidade de vida. Nesse aspecto, relata Paim (1997),

que a produção, a distribuição da doença e a constituição do espaço se inter-relacionam,

expressando as condições de vida dos segmentos que o ocupam, representando a interferência das

relações entre a sociedade e a saúde. Desta forma, segundo Barreto et al, (1993), faz-se

necessário planejamento de ações de controle, alocação de recursos e a preparação de ações de

emergência.

Os hábitos alimentares são importantíssimos para manter um estilo de vida saudável,

como afirma Neutzling et al (2008), eles exercem grande influência sobre o crescimento,

desenvolvimento e saúde em geral dos indivíduos, principalmente na adolescência. O

consumo alimentar adotado nesse estágio de vida tem sérias implicações no crescimento, na

promoção de saúde em longo prazo e no desenvolvimento do comportamento alimentar

11

durante a vida adulta (CTENAS; VITOLO, 1999). Neste sentido, buscou-se identificar os

hábitos alimentares dos alunos, apresentando os resultados que se seguem nos gráficos.

Em relação ao consumo de líquidos ingeridos diariamente, verifica-se que há um

consumo equilibrado de água, sendo que 47% ingerem de dois a quatro copos e 33% de cinco

a seis copos. Quanto ao consumo refrigerante e suco artificial, percebe-se que ambos

apresentam um consumo bem próximo, onde 48% consomem de 1 a 2 copos de refrigerante e

41% de suco artificial e, 40% consomem, respectivamente, de 2 a 4 copos. Ainda, com

relação ao consumo de líquidos, constata-se que a ingestão de suco natural é baixa, pois, 74%

dos alunos não possuem esse hábito (Gráfico 3).

0%0% 0% 0%0%

48%

9%

41%

4%

15%

40%40%

47%

2%4%

33%

16%

74%

17%

8%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

ÁGUA REFRIGERANTE SUCO ARTIFICIAL SUCO NATURAL

2008

1 a 2 copos 2 a 4 copos 5 a 6 copos 6 ou mais Não consome

Gráfico 3 – Quantidade de líquidos que os alunos ingerem diariamente.

Segundo orientações nutricionais quanto ao consumo de líquidos, recomenda-se ingerir

pelo menos cinco copos por dia, sempre dando preferência à água e suco de frutas, evitando o

consumo de refrigerantes e sucos artificiais, pois de acordo com Salgado (2004), a ingestão

habitual dessas bebidas leva a um elevado consumo de calorias inúteis, exatamente por não

adicionar nenhum nutriente ao organismo. São as chamadas "calorias vazias". Ainda de

acordo com Salgado (2004), no Brasil e no mundo tem se visto um alto consumo de

refrigerantes, principalmente entre crianças e adolescentes. Sendo esse um motivo de grande

preocupação uma vez que esse tipo de bebida pode afetar a saúde do indivíduo, resultando em

obesidade, cárie dentária e deficiência de certos minerais como cálcio e ferro.

Verificou-se também que os alunos possuem baixíssimos índices de ingestão de suco de

frutas, aliado ao baixo consumo da fruta in natura, verificado quando questionados sobre os

alimentos que freqüentemente ingeriam nas suas refeições. Segundo Cyrillo (1997), o baixo

12

consumo de frutas pode estar relacionado à renda familiar, a preços relativos dos alimentos,

ao grau de urbanização, a estrutura de oferta alimentar, ao nível educacional e a influências

culturais.

É importante a adoção de frutas na alimentação, pois elas agregam benefícios adicionais

em termos de nutrição e saúde, por possuírem poucas calorias e, muitas vitaminas e fibras.

Dessa forma, entende-se a necessidade de um trabalho de conscientização, visando apresentar

as propriedades funcionais das frutas, bem como buscar consumir as frutas da época por

apresentarem um custo mais acessível.

Com relação ao local onde é feita as refeições, notou-se que os valores se aproximam

entre a cozinha ou sala de jantar com a família (42%) e com aqueles que realizam suas

refeições assistindo TV, sentados no chão ou no sofá (48%), como demonstra o gráfico 4.

48%42%

4% 2% 2%0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

2008

Assistindo TV, sentado no chão ou sofá

Na cozinha ou sala de jantar, com a família em ambi ente tranqüilo

Em qualquer lugar da casa, sem horário determinado, sozinho e sem a família

Assistindo TV, no quarto, sentado na cama

Em frente ao computador, teclando e comendo

Gráfico 4 – Local onde os alunos realizam suas refeições.

Diante da alta porcentagem (48%) dos alunos que fazem suas refeições em frente à

televisão, sentado no chão ou no sofá, torna-se necessário ressaltar que as condições do local

onde se fazem as refeições podem vir a contribuir ou favorecer a qualidade da saúde. Dessa

forma, o local onde se realiza as refeições deve ser tranqüilo, segundo Pamplona (2006),

deve-se evitar comer em lugares que distraiam a mente, pois isso ocasionará mais vontade de

comer, mesmo que o indivíduo já esteja satisfeito. Ele ainda ressalta que o tradicional

costume de comer em família deve ser resgatado, visto que esse não é um ritual que se vê com

freqüência no dia-a-dia das famílias, em que a correria e a pressa, contribuem de forma

negativa na mudança desse hábito. Outro fator muito importante é mastigar bem os alimentos,

haja vista que esse hábito traz enormes benefícios para a saúde, como, evita a má digestão e a

13

sonolência, além de auxiliar no controle de peso. A absorção de nutrientes pelo organismo

depende da eficácia da mastigação. Portanto, comer devagar, mastigando bem, realça o sabor

dos alimentos, dando mais prazer na hora da refeição. Também foram analisados quais as

refeições que fazem diariamente (gráfico 5) e, os tipos de alimentos mais ingeridos nas

principais refeições.

62%

81%

99%

74%

90%

13%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2008

Café da Manhã Lanche na Escola ou Merenda Almoço Lanche da Tarde Jantar Ceia

Gráfico 5 – Refeições que os alunos realizam diariamente.

Com relação ao número de refeições, é importante salientar que o recomendável, de

acordo com Stürmer (2001), realizar de quatro a seis refeições diariamente, com moderadas

porções e com rotina de horário, sendo que esta prática favorece uma menor absorção de

calorias pelo organismo e evita o desequilíbrio nas próximas refeições. Vale ressaltar que boa

parte dos alunos se enquadra quanto ao número de refeições recomendada.

Com relação ao café da manhã, 62% alunos entrevistados, (62%) possuem o hábito de

tomar e com base nas respostas, os alimentos que receberam maior destaque, foram: pão com

margarina (50%), leite com chocolate (44%), bolacha doce (28%) e bolo (23%). Constata-se

que dentre os 100 alunos, (38%) não realizam essa refeição, sendo esse um aspecto negativo,

pois segundo Hirata (2006), o desjejum fornece os primeiros alimentos que irão nutrir e

propiciar a energia necessária para o início das atividades cotidianas do indivíduo. A ausência

do café da manhã pode afetar o desempenho intelectual, a capacidade de concentração, o

reflexo e o raciocínio. E aumentar a sensação de fome no almoço, entre outros impactos

negativos.

Analisando o lanche escolar, (81%) dos alunos lancham na escola, sendo que (68%)

comem chips, (35%) balas, (20%) merenda escolar, (13%) bolacha, e (10%) consomem

salgado assado e chocolate:

14

68%

35%

20%

13% 10% 10%8%

2% 1% 1%

19%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

2008

Chips Balas M erenda EscolarBolacha Salgado assado ChocolateSuco Todinho Lanche de CasaFruta Nada

Gráfico 6 – Alimentos consumidos no lanche escolar dos alunos.

De acordo com a Portaria Interministerial Nº 1.010 de 08 de maio de 2006, a promoção

da alimentação saudável nas escolas é essencial, avaliando o aumento de doenças nesta

população, tais como sobrepeso e obesidade. Reconhecendo que a escola é um espaço

propício à formação de hábitos saudáveis, deve-se considerar que a alimentação no ambiente

escolar passa a ter função pedagógica devendo ser inserida no contexto curricular. No entanto,

se nota que a atual direção escolar deve repensar com mais seriedade tal fato, tendo em vista

que a venda de alimentos não recomendados ainda persiste, dentre esses o consumo de chips,

num índice preocupante. Nesse aspecto, Tirapegui (2002), ressalta que as cantinas escolares

não se empenham em oferecer alimentos saudáveis, como os a base de queijos e saladas, frutas e

leite, pois persistem em oferecer alimentos estritamente calóricos, como salgadinhos, refrigerantes,

doces, balas, alimentos ricos em gorduras saturadas, como as frituras e hambúrgueres, comprometendo

assim, o consumo adequado de vitaminas e minerais.

Há preocupação quanto à qualidade nutricional do lanche por fazer parte das refeições

intermediárias, uma vez que permitem uma melhor distribuição das necessidades calóricas e

de nutrientes. O problema é que muitas vezes o lanche está associado a alimentos com

grandes quantidades de gordura e/ou açúcar, como afirma Guimarães et al (2006), o baixo

consumo de frutas, hortaliças e leite, o consumo cada vez maior de salgadinhos e bolachas

recheadas têm relação com o excesso de peso. Dessa forma, o lanche escolar deve atender às

necessidades nutricionais dos alunos.

15

Com relação ao almoço, (99%) dos alunos realizam essa refeição, e (95%) consomem

arroz, (88%) feijão, (67%) carne frita e (56%) verduras. Constata-se também que 90% dos

alunos possuem o hábito de jantar diariamente. Entre os alimentos mais ingeridos encontram-

se: arroz (80%), feijão (70%), carne-frita (46%), saladas (38%), massas (21%) e lanches

(14%).

95% 88%

67%

56%

30%

17%

13% 12% 11% 10% 10%7% 3% 2%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Arroz Fe ijão Carne Frita Salada ve rde

M assas Carne assada/cozia Ovos Lingüiça

Frango Legumes Farofa temperada Batata-frita

Carne de porco Pe ixe

Os alimentos mais ingeridos pelos alunos no almoço e jantar consistem numa

representação básica da alimentação do brasileiro. No entanto, observa-se uma carência de

ingesta de alguns alimentos, como: frango, peixes e ovos (alimentos construtores) e legumes

(reguladores), como se sabe, uma alimentação balanceada deve oferecer em uma mesma

refeição pelo menos um alimento de cada grupo (energéticos, construtores e reguladores),

dessa forma há o consumo de nutrientes indispensáveis ao bom funcionamento do organismo.

A freqüência do consumo diário de carne frita, em ambas as refeições, é considerada

elevada e inadequada, visto que os alimentos à base de frituras contam com um valor calórico

extra e, pode causar muitos transtornos para a saúde, dando origem a problemas como

doenças cardiovasculares. Diante disso, faz-se necessário uma maior conscientização quanto

ao preparo das carnes, em que deve privilegiar a versão assada, cozida ou grelhada.

Quanto ao número de horas de sono (gráfico 8), pode-se constatar que 10% dos alunos

dormem mais de nove horas de sono diariamente, 43% dormem de oito a nove horas, 31%

dormem de sete a oito horas, 13% dormem de seis a sete horas e 3% menos de seis horas.

Quando questionados sobre a disposição após uma noite de sono, 36% declararam ainda sentir

Gráfico 7 – Alimentos que os alunos ingerem diariamente no almoço.

16

sono, porém disposto, 29% declarou acordar com disposição e ânimo e, 18% afirmaram

despertar ainda com sono.

10%

43%

31%

13%

3%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

2008

9 h ou mais 8-9 h 7-8 h 6-7 h 6 ou menos

Gráfico 8 – Número de horas de sono diária dos alunos.

De acordo com Miranda Neto (2001), a necessidade de sono varia no decorrer da vida e

quanto a quantidade ideal de sono nas diferentes faixas etárias, recomenda-se que 9 horas e 30

minutos entre 6 e 12 anos e 8 horas entre treze e quinze anos. Esses dados nos mostram que a

maioria dos alunos se enquadra no número de horas recomendado. Vale salientar a

importância do sono, por ser, segundo Reimão (1996), uma função biológica fundamental na

consolidação da memória e na conservação e restauração da energia.

Com relação ao deslocamento dos alunos da casa para a escola (60%) deles fazem o

percurso a pé, entretanto, (29%), utiliza a bicicleta como mostra o gráfico 9.

60%

29%

7%3% 1% 0%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

2008

A pé Bicicleta Carro Transporte Coletivo (Ônibus ou Van) Moto/Biz Outros

Quanto às atividades físicas que os alunos praticam diariamente, conforme o gráfico 10,

e o treinamento esportivo corresponde a 50%, seguido pela caminhada (29%) e aulas de

Educação Física (25%).

Gráfico 9 – Meio de locomoção dos alunos no trajeto casa/escola.

17

50%

29% 25%

15%

7% 5%

0% 0%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

2008

Treinamento Esportivo Caminhada

Aula de Ed. Fís. Ballet/Dança/Ginástica

Judô Não realiza ativ. física por por prescrição médica

Natação Capoeira

Observa-se que os alunos têm uma vida ativa de exercícios diários, sendo que o índice

da prática de caminhada (29%) pode estar inserido na trajetória que os alunos percorrem da

escola para a casa, bem como, o meio mais utilizado para se deslocarem em suas atividades de

rotina diária. Considera-se que o deslocamento ativo à escola aumenta as chances de os

estudantes serem mais ativos, e que a atividade física pode contribuir para a manutenção do

peso e da gordura corporal. Poucas coisas na vida são mais importantes do que a saúde e

poucas coisas são tão essenciais para a saúde e o bem-estar como a atividade física (NAHAS,

p. 18, 2006).

O gráfico 11 apresenta as atividades extra-escolares diárias dos alunos.

76%

42%

37%35%

32%28% 26%

19% 19% 18% 17% 17%14% 14%

11%8%

5%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

2008

TV Trab. Escolar MSN, Orkut Sites Jogos e brincadeiras Aux. nas tarefas de casa Passeio de bicicleta

Leituras Passeio/Amigos/Fam. Sorv./Lanc./Pizzaria Computação Jogos Elet. Lan House

Passeio Dança Música Inglês Trab. Remunerado Gráfico 11 – Atividades extra-escolares.

Gráfico 10 – Atividades Físicas que os alunos praticam diariamente.

18

Um fato a ser destacado quanto às atividades realizadas pelos alunos é a quantidade de

alunos que têm como rotina diária assistir televisão (76%) e se dedicar diariamente ao uso da

internet (37%). Sendo que esses hábitos são facilitadores ao sedentarismo, o que aumenta a

prevalência da obesidade, pois o tempo em que se passa em frente à televisão ou ao

computador, privam os alunos de exercícios físicos e de atividades que resultam em gasto de

energia. Esse fato é corroborado com Lerner (2000), que afirma que as crianças e

adolescentes, em virtude de tempo despendido no uso do computador, assistindo televisão e

brincando de vídeo game, diminuem de maneira drástica a atividade física e, por conseguinte,

o gasto energético. Ainda, vale citar que, o tempo que dispõem frente da TV ou do

computador é acompanhado de pequenos, mas contínuos lanches, que na maioria das vezes

são altamente calóricos. Nesse aspecto, observa Moraes et al (2006), que o hábito de comer

diante da TV está presente em 81,3% das crianças com excesso de peso, pois o tempo gasto

diante da televisão sugere colaborar duplamente para o aumento da obesidade, porque por um

lado leva o telespectador a consumir os alimentos veiculados e, por outro, acresce o período

de inatividade física.

Em relação ao nível de satisfação concernente ao peso corpóreo (Gráfico 12), 65% dos

alunos afirmam estar satisfeitos, 5% consideram-se abaixo do peso, 15% consideram-se acima

do peso, 10% insatisfeitos com o seu peso e 5% se encontram indiferentes.

65%

5%

15%

5%

10%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

2008

Satisfeito Considera-se abaixo do peso Considera-se acima do pesoIndiferente Insatisfe ito com seu peso

Gráfico 12 – Satisfação dos alunos quanto ao peso corporal.

Quanto aos alunos que se consideram abaixo e acima do peso e os indiferentes, faz-se

necessário um trabalho em conjunto com diferentes profissionais da área da saúde que

objetive relacionar a percepção e a satisfação da imagem corporal que o adolescente tem de si

próprio com o seu estado nutricional real. Visto que, segundo Fleitlich et al (2000), os

19

27%

18%

15%

7% 6%

20% 19%

9%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

2008

Alimentação saudávelBenefícios da prática esportivaConhecimento e cuidados com o corpoPrevenção da obesidadeConvivência com a família/amigos e sua relação com a saúdeEstão satisfeitosPreferem aulas práticasNão responderam

40%

7%

46%

3% 4%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

50%

Com Freqüência Só em datas específicas

Às vezes Nunca

Raramente

adolescentes, mesmo quando estão no peso adequado ou abaixo do peso ideal, costumam se

sentir gordos ou desproporcionais, o que se denomina de distorção da imagem corporal.

Ao serem questionados se nas aulas teóricas de Educação Físicas são trabalhados

assuntos relacionados à saúde, 46% dos alunos responderam que eles são trabalhados às vezes

e 40% afirmam que os mesmos são trabalhados com freqüência (Gráfico 13). E quando

questionados sobre quais assuntos que gostariam que fosse trabalhado nas aulas teóricas de

Educação Física, 27% responderam que alimentação saudável, 18% benefícios da prática

esportiva, 19% preferem aulas práticas e 20% estão satisfeitos, como ilustra o gráfico 14.

Gráfico 13 – Freqüência do tema saúde nas aulas teóricas de Educação Física

Gráfico 14 – Assuntos que os alunos gostariam que fossem trabalhados nas aulas teóricas de Ed. Fís.

Considerando os dados apresentados, pode-se observar que as aulas de Educação Física

se encontram atreladas a temática saúde. Nesse sentido, Guedes (2003), afirma que é

necessário adquirir e construir conceitos relacionados à saúde, de forma individualizada

20

constantemente ao longo de toda a vida, apontando para o fato de que saúde é educável e,

portanto deve ser tratada sobre um contexto didático-pedagógico. E de acordo com Costa

(2001), a escola deve ser um espaço de promoção da saúde:

A escola se apresenta como um espaço e tempo privilegiado para promover saúde, pois os adolescentes passam a maior parte de seu tempo na mesma. O ambiente escolar proporciona condições para desenvolver atividades que reforçam a capacidade da escola de se tornar favorável para promoção de hábitos alimentares saudáveis. (COSTA et al, 2001, p. 226)

No entanto, o que se presencia, ainda, nos programas tradicionais de Educação Física é a

prevalência da prática esportiva, que segundo Nahas (2006), se constitui em um problema,

visto que o esporte passa a ser considerado um fim em si mesmo e, não um meio, gerando um

certo desinteresse ou até exclusão de alunos menos habilidosos ou menos dotados à prática

esportiva, prejudicando àqueles que poderiam ter um bom aproveitamento de atividades

físicas regulares.

Ainda assim, o esporte tem a sua função no meio escolar, portanto deve ser garantido,

visto seus benefícios, dentre eles, Barbosa (1991), destaca: estímulo à socialização, à

prevenção natural de vícios, à um maior empenho na busca de objetivos, reforçando a auto-

estima e ajudando a equilibrar a ingestão e o gasto de calorias resultando numa menor

predisposição a doenças.

Dessa forma, de acordo com Guedes (1999), é preciso estabelecer uma moderação

quanto à abordagem do conjunto de conteúdos em termos teórico e prático nos programas de

educação física direcionados à educação para a saúde. Esta conduta, sem dúvida, demanda

estabelecimento de novo comportamento por parte dos professores, exigindo uma formação

de maior consistência acadêmica.

Ainda, em relação aos assuntos que gostariam que fossem trabalhados nas aulas de

Educação Física, 19% dos alunos afirmaram que preferem apenas aulas práticas. Sendo esse

indicador da necessidade de maior conscientização dos alunos sobre a necessidade de se

trabalhar com aulas teóricas, abordando temas referentes à saúde.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do que foi discutido e dos números apresentados, percebe-se a importância de

apresentar aos alunos conceitos e medidas intervencionistas para a adoção de um estilo de

vida saudável. Quantos aos objetivos da realização desse trabalho, os mesmos foram atingidos

quando foi possível estabelecer uma conceituação de saúde, na perspectiva dos alunos

21

entrevistados, como também a identificação dos seus hábitos, relacionados ao estilo de vida.

Também fez parte desse processo a verificação da contribuição da Educação Física Escolar,

na adoção de um estilo de vida saudável.

Observou-se que, os alunos entrevistados possuem na maioria atitudes positivas. Porém,

algumas áreas merecem atenção especial, como o grande consumo de refrigerantes, sucos

artificiais e frituras; a baixa ingestão de frutas e de alimentos variados nas refeições,

contemplando os alimentos de cada grupo (energéticos, construtores e reguladores); a grande

quantidade de alunos que passam horas frente à TV e ao computador. Outro aspecto

importante é a necessidade trabalhar com os alunos sobre a importância do local onde se

realiza as principais refeições do dia. Por outro lado, temos os aspectos positivos encontrados

em que é possível destacar a alta porcentagem de alunos que realizam atividades físicas

diariamente e a adequada quantidade de horas de sono, porém vale salientar que estes

componentes não bastam para assegurar um estilo de vida saudável, assim uma alimentação e

hábitos saudáveis devem estar alinhados a estas práticas.

Dessa forma, é necessário que as áreas críticas em relação aos hábitos adotados dos

alunos sejam sanadas por meio de uma continuidade de medidas de caráter educativo e

informativo, por meio do currículo escolar e, também da inclusão de alimentos saudáveis por

meio do programa de alimentação escolar.

Outra sugestão é a necessidade de estabelecer uma discussão dos assuntos relacionados

aos hábitos saudáveis e que os mesmos possam ser trabalhados de maneira multidisciplinar.

Pois todas as áreas com interlocução com esse tema podem colaborar à instrução dos hábitos

saudáveis, tendo em vista que uma postura multidisciplinar não implica em perda de

identidade ou de formação específica, mas sim, implica em soma de experiência e de

conhecimento, na ampliação das capacidades de interpretação desse tema. O desafio está em

educar, motivar e inspirar as pessoas a substituir hábitos que destroem a saúde por um estilo

de vida que a promova.

Acredita-se que essas formas de promoção de um estilo de vida saudável sejam eficazes,

pois os prováveis fatores que prejudicam a saúde dos alunos podem ser prevenidos por meio

de orientações que objetive o estabelecimento de hábitos e rotinas, na perspectiva de um estilo

de vida saudável. Dessa forma, poderá haver modificação dos resultados apresentados,

melhorando, por conseguinte, a condição de saúde do indivíduo quando ainda criança ou

adolescente.

22

6 REFERÊNCIAS

ALMEIDA, A. C. de. Qualidade de Vida Começa na Infância. Revista Vida e Saúde. Tatuí, São Paulo. Adventistas do Sétimo Dia. Agosto /2005. Ano 67, nº 8, p. 34-36. ALVES, J. G. B. Atividade Física em Crianças: Promovendo a Saúde do Adulto. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil. Recife, 3 (1), Janeiro/Março, 2003, p.5-6. BAGRICHEVSKY, M.; ESTEVÃO, A.; PALMA, A. A Saúde em Debate na Educação Física. 1ª Ed. Blumenau, S.C. Edibes, 2003. p. 137. BARBOSA, D. J. O adolescente e o esporte. In: Maakaroun MF, Souza RP, Cruz AR. Tratado de adolescência: um estudo multidisciplinar. Rio de Janeiro: Cultura médica, 1991. BARRETO, M. L.; CARMO, E. H.; NORONHA, C. V., 1993. Mudança dos padrões de morbi-mortalidade: uma revisão crítica das abordagens epidemiológicas. Physis, 31:127-146. BERNARDES, E.; COTES, P. Fofinhos não: OBESOS. Revista ÉPOCA, São Paulo. Globo S.A, maio/ 2006, p. 90-95. BERVIAN, P.; CERVO, A. L. A Metodologia Científica. Macgraw-Hill. São Paulo, 1983. BRUSCHINI, C.; LOMBARDI, M. P. O trabalho da mulher brasileira nos primeiros anos da década de noventa. In: Encontro Nacional de Estudos Populacionais, 10, 1996, Caxambu, Anais, Belo Horizonte: ABEP, 1996, v. 1, p. 483-516. COELHO, F. A. Progresso tecnológico e felicidade. Jornal mundo Jovem. Porto Alegre, R.S. nº 358, Setembro/2005, p.8. CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA. 1988. Vade Mercum. 3ª Ed. atual e ampliada. São Paulo. Saraiva, 2007. COSTA, E. Q.; RIBEIRO, V. M. B.; RIBEIRO, E. C. O. Programa de alimentação escolar: espaço de aprendizagem e produção de conhecimento. Revista de Nutrição. São Paulo, p. 226, set/dez. 2001. CYRILLO D. C.; SAES, M. S. M.; BRAGA, M. B. Tendências do consumo de alimentos e o Plano Real: uma avaliação para a Grande São Paulo. Planej. Polit. Publ. 1997;16:163-95. DIRETRIZES CURRICULARES DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação, SEED. 2006. FLEITLICH, B. W.; LARINO, M. A.; COBELO, A.; CORDÁS, T.A. Anorexia nervosa na adolescência. J Pediatria 76: S323-S329, 2000.

23

FROSSARD, R. O equilíbrio entre ingestão de alimentos e atividade física é o maior desafio para as civilizações modernas. Revista Vida e Saúde. Tatuí, São Paulo. Adventistas do Sétimo dia. Abril/2005, ano 67, nº 5, p. 16-18. ___. Os riscos da prosperidade. Revista Vida e Saúde. Tatuí, São Paulo. Adventistas do Sétimo Dia. Agosto/2005, ano 67, nº4, p. 16-18. GOMES, A. C. V; MOREIRA, C. A. M. Atividade física e benefícios para a saúde. Jornal Mundo Jovem. Porto Alegre, R. S. nº 330, Setembro/2002, p.4. GUEDES, D. P.; GUEDES, Joana E. R. P. Controle do Peso Corporal: Composição Corporal, Atividade Física e Nutrição. 2ª ed. Rio de Janeiro: SHAPE, 2003, p.29. GUEDES, D. P. Educação Para a Saúde Mediante Programas de Educação Física Escolar. Motriz - volume 5, número 1, junho/1999. ___. Educação GUE Física Escolar: Uma Perspectiva no Campo da Educação para a Saúde. Disponível em: www.confef.org.br/extra/ conteúdo/default.asp?id=%. Acesso em: 20/05/2007. GUIMARÃES, L. V. et al. Fatores associados ao sobrepeso em escolares. Revista de Nutrição. Campinas, SP, v. 19, n. 1, p. 5-17, jan./fev. 2006. HELMAN, C. G. Cultura, Saúde e Doença: Dieta alimentar e Nutrição. 2ª ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994. p. 49. HILL, A.; HILL, M. M. Investigação Por Questionário. Sílaba Ltda. 2ª ed., 2002. HIRATA, L. O está café tá na mesa: sirva-se de saúde. Ed. 36, Dez/2006. Disponível em: http://revistavivasaude.uol.com.br/Edicoes/36/artigo37089-1.asp. Acesso em: 22/Nov de 2008. JARDIM, P. C. B. V.; SOUZA, A.; MONEGO, E. Atendimento multiprofissional ao paciente hipertenso. Medicina, 1996. LERNER, R. L. (2000). Perfil de consumo. In Simpósio: Obesidade e Anemia Carencial na Adolescência (pp. 147-159). São Paulo: Instituto Danone. LIRA, C. A. Treino e Saúde. Disponível em: www.treinoesaude.com.br. Acesso em: 08/06/2007. MINAYO, M. C. S. A Saúde em Estado de Choque. Espaço e tempo. Rio de Janeiro. 1992. p.10. ___. O MI desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 8ª ed. São Paulo, 2004. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política Nacional de Alimentação e Nutrição. Brasília: 2002.

24

MIRANDA NETO, M. H. Reflexões sobre a importância do sono e dos sonhos para a aprendizagem. Arq. Apadec, 5(2): jul. dez., 2001. MORAES, D. As doenças do mundo moderno. Jornal Mundo Jovem. Porto Alegre, R. S. nº 342. Novembro/2003. p. 20. MORAES, S. A. et al. Prevalência de sobrepeso e obesidade e fatores associados em escolares de área urbana de Chilpancingo, Guerrero, México, 2004. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 22, n. 6, p. 1289- 1301, jun. 2006. NAHAS, M. V. Atividade Física, Saúde e Qualidade de vida: Conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. 2ª ed. Londrina – Pr: Midiograf, 2003. NEUTZLING, M. B. et al. Freqüência de consumo de dietas ricas em gorduras e pobres em fibras entre adolescentes. Revista de Saúde Pública. Rio Grande do Sul, p. 2, Novembro. 2007. OLIVEIRA, K. P. M. Educação Física e vida com Qualidade. Jornal Mundo Jovem. Porto Alegre, R. S. nº 373. Fevereiro/2007. p. 17. ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DA SAÚDE. Agua potable y saneamiento ambiental, 1981-1990: un camino hacia la salud. Washington, D.C., 1982. (Publ. Cient., 431). PAIM, J. S., 1997. Abordagens teórico-conceituais em estudos de condições de vida e saúde: notas para reflexão e ação. In: Condições de Vida e Situação de Saúde: Saúde e Movimento (R. B. Barata, org.), pp. 7-30, Rio de Janeiro: Abrasco. PAMPLONA, J. Menos tempo, menos saúde. Revista Vida e Saúde. Tatuí, São Paulo. Adventistas do Sétimo Dia. Fev/2006, ano 68, nº 2, p. 33. REIMÃO, R. Sono: estudo abrangente. 2ª. ed.. São Paulo: Atheneu, 1996. SALGADO, J. M. O consumo excessivo de refrigerantes e a nossa saúde. Disponível em: http://www1.uol.com.br/vyaestelar/vida_saudavel10.htm. Acesso em 23/Nov de 2008. THIOLLENT, M. Metodologia da Pesquisa-Ação. 7ª ed. São Paulo: Cortez, 1996. TIRAPEGUI, J. Nutrição: Fundamentos e aspectos atuais. São Paulo: Atheneu, 2002. VITOLO, M. R.; CTENAS, M. L. B. Crescendo com saúde. São Paulo: Editora e Consultoria em nutrição, 1999. VITOLO, M. R. Nutrição: Da Gestação à Adolescência. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso Editores, 2003. WAJNMAN, S.; QUEIROZ, B. L.; LIBERATO, V. C. O Crescimento da Atividade Feminina nos Anos Noventa no Brasil. In: ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS POPULACIONAIS DA ABEP, 11., Caxambu, 1998. Anais, Caxambu: ABEP, 1998, p. 2429-2454.

Endereço para correspondência: Roseli Maria Ardenghe. Rua Mascarenhas de Moraes, 875, Centro, Nova Esperança, Paraná. E-mail: [email protected]

25

ANEXOS

26

TERMO DE CONSENTIMENTO

Título do Projeto :

“A Educação Física na Adoção de um Estilo de Vida Saudável”.

O presente estudo tem como objetivo analisar junto aos alunos saberes relacionados ao Estilo de Vida saudável, visando uma melhor qualidade de vida. Um Estilo de Vida saudável é constituído de cuidados simples, de fácil aplicação e realmente efetivos que precisa apenas uma pequena dose de esforço e disciplina, que está relacionado de modo direto à saúde das pessoas como: qualidade da alimentação, qualidade do sono, prática diária de atividade física, lazer, relacionamento familiar e social equilibrados e outros. Para alcançar o objetivo proposto, será aplicado um questionário, com perguntas referentes ao tema, a fim de investigar os hábitos do cotidiano dos alunos, relacionados ao Estilo de Vida. Projeto elaborado pela profª Roseli Maria Ardenghe, integrante do Plano de Desenvolvimento Educacional-PDE em Educação Física, sob orientação da Profª Drª Roseli Terezinha Selicani Teixeira, do Departamento de Educação Física da Universidade Estadual de Maringá -UEM. O questionário será aplicado aos alunos matriculados nas 6as séries do período matutino, do “Colégio Estadual Costa Monteiro”, da cidade de Nova Esperança-PR. Os dados obtidos por meio do questionário serão elementos constituintes para análise e reflexão da temática da proposta.

Será garantido o sigilo das informações bem como o anonimato dos participantes do estudo. As informações coletadas serão utilizadas exclusivamente para o desenvolvimento deste estudo. Caso deseje, terá total liberdade de recusar ou retirar o consentimento a qualquer momento. Assim, solicita-se o preenchimento do presente termo de consentimento para utilização dos dados.

Eu,_______________________________________________________________, pai / mãe / responsável pelo menor _______________________________________, após ter lido e entendido as informações e esclarecido todas as minhas dúvidas referentes a este estudo, CONCORDO que meu (minha) filho (a), participe do mesmo. Atesto também o recebimento de informações necessárias à minha compreensão do estudo.

________________________________________ Data___/___/______

Assinatura do responsável

Eu, Profª Drª Roseli Terezinha Selicani Teixeira, declaro que forneci todas as informações referentes ao estudo para o aluno.

_________________________________________

Assinatura da Professora

Eu, Profª Roseli Maria Ardenghe, declaro que forneci todas as informações referentes ao estudo para o aluno.

__________________________________________

Assinatura da Professora

Equipe: 1- Roseli Terezinha Selicani Teixeira Rua Prof. Guido Inácio Bersch, 356, Zona 7 – Maringá – Telefone: (44) 3225-3965 2- Roseli Maria Ardenghe – Rua Mascarenhas de Moraes, 875, Centro – Nova Esperança - Telefone: (44) 3252-4519. Qualquer dúvida ou maiores informações entrar em contato com um dos membros da equipe do projeto.

27

TERMO DE CONSENTIMENTO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

AUTORIZAÇÃO DA ESCOLA

Título do Projeto:

“A Educação Física na Adoção de um Estilo de Vida Saudável”.

Solicitamos ao “Colégio Estadual Costa Monteiro”, por meio de sua diretora

Maria Ivani Z. Matos, autorização para desenvolver o projeto de pesquisa com os

alunos matriculados nas 6as do período matutino do Ensino Fundamental desta

instituição de ensino. O instrumento utilizado será um questionário, cujo objetivo

está em investigar os hábitos do cotidiano dos alunos, relacionado ao Estilo de Vida

adotado. Projeto elaborado pela Profª Roseli Maria Ardenghe - integrante do PDE

em Educação Física, sob orientação da Prof.ª Dr.ª Roseli Terezinha Selicani

Teixeira, do Departamento de Educação Física da UEM.

Os dados obtidos por meio do referido questionário serão elementos

constituintes para análise e reflexão para a temática proposta, sendo garantidos a

fidelidade dos dados e o anonimato dos sujeitos pesquisados.

Assim, solicitamos o preenchimento do presente termo de consentimento para

coleta de dados para a referida pesquisa.

Data ____/____/______

______________________________________

Assinatura da Diretora

28

PERFIL DO ESTILO DE VIDA INDIVIDUAL

O estilo de vida corresponde ao conjunto de ações habituais que refletem as atitudes e valores das pessoas. Estas ações têm grande influência na saúde geral e na qualidade de vida.

As questões foram elaboradas atendendo alguns aspectos importantes na vida das pessoas (atividade física regular,

qualidade da alimentação, relacionamento social, familiar, qualidade de sono, lazer e saúde.

Leia atenciosamente os itens abaixo e observe quais ações estão mais relacionadas aos seus hábitos diários. Você deverá responder todas as questões, tendo a responsabilidade de ser verdadeiro(a)

nas suas escolhas e nas suas respostas.

Obs.: (Suas informações estarão em completo sigilo, pelo fato de não pedirmos o seu nome)

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Colégio:____________________________________________________________________________________ Idade:_______Série:______Turma:_____Sexo: ( ) Masc. ( ) Fem. Número de pessoas que moram em sua casa: ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ou mais Assinale quais pessoas moram com você: ( )Pai ( )Mãe ( )Irmãos ( )Padrasto ( )Madrasta ( )Avô ( )Avó ( )Tio ( )Tia ( )Outros Quantas pessoas trabalham em sua casa?________________________________________________________ Qual o trabalho que eles exercem? a)Pai:________________________b)Mãe:________________________ c) Irmãos:________________________d) Outros: ________________________________________________ Qual a média salarial da família? ( )1 à 2 salários ( )2 à 3 sal. ( )3 a 4 sal. ( )4 à 5 sal. ( )Mais de 5 salários Qual é o grau de escolaridade da sua família? a) Pai: ( )Universitário ( )Técnico Especializado ( )Ens. Méd. ( )Ens. Fund. b) Mãe: ( )Universitário ( )Técnico Especializado ( )Ensino Médio ( )Ens. Fund. c) Irmãos: ( )Universitário ( )Técnico Especializado ( )Ensino Médio ( )Ens. Fund. 1) Conceito de saúde para você é: (assinale uma ou mais opções) ( ) Ausência de doenças no indivíduo ( ) Ter harmonia física, emocional, espiritual e social ( ) Freqüentar academias e ter um corpo “sarado” ( ) Ter um corpo perfeito cuidando da alimentação ( ) Estar com corpo e mente equilibrados 2) Na sua opinião, de que maneira os hábitos adotados no dia a dia, com relação à alimentação, sono, atividade física, lazer, etc, interferem na saúde? (assinale uma ou mais opções) ( ) Estão intimamente ligados ( ) A saúde não depende dos hábitos adotados ( ) Podem interferir, mas não garantem a saúde ( ) Torna o organismo mais resistente para superar as doenças 3) Em sua família quando alguém adoece, qual é o recurso mais utilizado? (escolha apenas uma opção) ( ) Posto de Saúde – SUS ( ) Hospital Municipal ( ) Atendimento Médico Particular ( ) Faz uso de um plano de saúde ( ) Procura farmácia

29

4) Em sua opinião, o ambiente em que se vive (casa, barraco, apto, sobrado, favela, vilas, etc.) pode interferir na qualidade da saúde do indivíduo? ( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes. Em quais situações:_______________________________________________________________ 5) Você reside na: ( ) Zona Rural ( ) Zona Urbana 6) Sua moradia possui: ( ) Rede de água e esgoto ( ) Somente Rede de Água ( ) Somente Rede de Esgoto ( ) Nem Rede de Água, nem Rede de Esgoto 7) Quantos cômodos tem a sua casa? ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ou mais 8) Com relação ao consumo de líquidos: água, sucos e refrigerantes. Indique o número de copos ingeridos diariamente? - Água - Refrigerante - Suco Natural Suco Artificial ( ) 0 a 1 copos ( ) 2 a 4 copos ( ) 5 a 6 copos ( ) 6 ou mais ( ) Não consome 9) Onde e como você costuma fazer suas refeições? (escolha apenas uma opção) ( ) Na cozinha ou sala de jantar, com a família, em ambiente tranqüilo ( ) Assistindo TV, sentado no chão ou no sofá ( ) Assistindo TV, no quarto, sentado na cama ( ) Em frente ao computador, teclando e comendo ( ) Em qualquer lugar da casa, sem horários determinados, sozinho, sem a família 10) Das refeições abaixo, quais você faz diariamente? ( ) Café da Manhã ( ) Lanche na Escola ou Merenda ( ) Almoço ( ) Lanche da Tarde ( ) Jantar ( ) Ceia 11) Com base nos itens abaixo, descreva nos espaços em branco o que freqüentemente você ingere em cada uma das respectivas refeições.

*Arroz *Feijão *Legumes Cozidos *Carne Cozida *Carne Assada *Lingüiça *Legumes Crus *Macarronada *Carne Bovina *Saladas - Folhas Verdes *Lasanha *Mandioca *Farofa *Creme de Milho *Farinha de Mandioca *Purê de Batata *Batata Cozida *Polenta *Frutas *Doces *Pão *Margarina *Nhoque *Lanches *Carne Frita *Fast-Food *Batata-frita *Bolos *Bolachas *Frituras *Ovo Frito *Ovo Cozido *Omelete *Maionese *Sopa *Catchup *Refrigerante *Suco Natural *Suco Industrializado *Frango *Peixe *Carne Suína *Merenda *Salgado Assado *Salgado Frito *Balas, Chicletes *Chocolate *Geladinho

( ) 0 a 1 copos ( ) 2 a 4 copos ( ) 5 a 6 copos ( ) 6 ou mais ( ) Não consome

( ) 0 a 1 copos ( ) 2 a 4 copos ( ) 5 a 6 copos ( ) 6 ou mais ( ) Não consome

( ) 0 a 1 copos ( ) 2 a 4 copos ( ) 5 a 6 copos ( ) 6 ou mais ( ) Não consome

30

*Fruta *Iogurte *Toddynho *Bolo Simples *Bolacha Doce *Bolacha Salgada *Bolacha Recheada *Chips *Pão c/ Margarina *Pão c/ Queijo *Café *Panqueca *Bolo Recheado *Torta Salgada *Pão com Presunto *Pão c/ Mussarela *Pão com Mortadela *Biscoito Caseiro *Leite *Chá *Suco Industrializado *Suco natural *Vitamina *Leite com Café *Leite com Chocolate *Cereal *Queijo *Pizzas *Sorvete - Massa *Picolé de Fruta *Picolé de Leite *Brigadeiro *Pipoca *Pastel *Requeijão *Hambúrguer

Café da Manhã:________________________________________________________________________

Lanche na Escola (Recreio):______________________________________________________________

Almoço:______________________________________________________________________________

Lanche da Tarde:______________________________________________________________________

Jantar:_______________________________________________________________________________

Ceia:________________________________________________________________________________

12) Com que freqüência você costuma ingerir bebida alcoólica? (escolha apenas uma opção) ( ) Não tenho hábito de ingerir bebida alcoólica ( ) Bebo nos finais de semana ( ) Bebo freqüentemente (3 à 7 vezes por semana) ( ) Bebo raramente, quando oferecido pelos pais ou amigos ( ) Já experimentei, mas não bebo

13) Quanto ao hábito de fumar: (escolha apenas uma opção) ( ) Não fumo ( ) Fumo ocasionalmente ( ) Convivo na família entre fumantes, mas não fumo ( ) Fumo todos os dias ( ) Fumo raramente, quando oferecidos pelos amigos ( ) Já experimentei, mas não fumo 14) Assinale as alternativas que se enquadram com relação ao nº de horas de sono, ao horário de dormir e à sua disposição após uma noite de sono. (Escolha apenas uma opção de cada coluna)

Nº de horas de sono Horário de dormir Disposição após uma noite de sono ( ) 6 horas ( ) Antes das 21 horas ( ) Com disposição e ânimo ( ) 7 horas ( ) Entre 21-22 horas ( ) Cansado e sem ânimo ( ) 8 horas ( ) Entre 22-23 horas ( ) Ainda com sono ( ) menos de 6 ( ) Entre 23-24 horas ( ) Irritado por precisar levantar ( ) mais de 8 ( ) Após as 24 horas ( ) Ainda com sono, porém disposto 15) Com relação ao deslocamento de sua casa para a escola, e da escola para sua casa, qual o seu meio de transporte mais usado?( escolha apenas uma opção) ( )Carro ( )Bicicleta ( )A pé ( )Moto/Biz ( )Transporte coletivo (Ônibus ou Van) ( )Outros 16) Qual a distância entre sua casa e a escola, e quanto tempo normalmente gasta? (Escolha apenas uma opção de cada coluna) ( ) Mais de uma quadra ( ) Entre 5 a 10 minutos ( ) Entre 1 a 2 quadras ( ) Entre 10 a 20 minutos ( ) Entre 2 a 3 quadras ( ) Entre 20 a 30 minutos ( ) Entre 3 a 4 quadras ( ) Entre 30 minutos a 1 hora

31

( ) Entre 4 a 5 quadras ( ) Entre 1 hora a 1:30 minutos ( ) Mais que 5 quadras ( ) Entre 1:30 minutos ou mais 17) Assinale quais as atividades físicas você pratica no seu dia-a-dia e o número de horas semanais gasto em cada uma das opções assinaladas. ( ) Caminho todos os dias, cerca de ______ horas ( ) Ballet/Dança/Ginástica, cerca ______ horas ( ) Apenas as aulas de Educação Física, cerca de ____ horas ( ) Treinamento Esportivo (futsal, futebol, handebol, vôlei, etc), cerca de _____ horas ( ) Judô, cerca de ____ horas ( ) Natação, cerca de ___ horas ( ) Capoeira, cerca de ____ horas ( ) Não participo de nenhuma atividade física por prescrição médica 18) Quantas horas, em média por dia, você gasta com outras atividades fora da escola? ( )Inglês ____ horas ( ) Computação _____ horas ( ) Aulas de Música ____ horas ( )Aula de pintura/ desenho ( )Assistindo TV ____ horas ( ) Jogos Eletrônicos _____ horas ( )Lan House ____ horas ( )Leituras ___ horas ( )Trabalhos Escolares ____ horas ( )Auxílio nas tarefas da casa___horas ( )Trabalho Remunerado fora de casa _____ horas ( )Passeio _____horas ( ) MSN, Orkut, Sites _____ horas ( )Jogos com bola/Brincadeiras com amigos ____horas ( ) Passeio c/ amigos/família_____ horas ( )Passeio de bicicleta_____ ( ) Sorveteria/ lanchonete/pizzaria ____ ( )Dança___ ( ) Outras. Quais?___________________________________________________________________________ 19) Como você se sente em relação ao seu peso corporal?( escolha apenas uma opção) ( ) Satisfeito ( ) Você se considera acima do peso. ( ) Você se considera abaixo do peso. ( ) Insatisfeito com o seu peso. ( ) Indiferente. 20) Qual o seu nível de satisfação em relação ao convívio com sua família e com seus amigos (Escolha apenas uma opção) Família Amigos

( ) Ótimo ( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Bom ( ) Regular ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Ruim

21) Nas aulas teóricas de Educação Física são trabalhados assuntos relacionados à saúde? ( )Com freqüência ( )Às vezes ( )Raramente ( )Só em datas específicas ( )Nunca 22) Quais assuntos relacionados à saúde você gostaria que fossem trabalhados nas aulas teóricas de Educação Física? ___________________________________________________________________________________________