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A COMPREENSÃO EM LEITURA
De Jocelyne GIASSON
Cap. 1 : Um modelo de compreensão em leitura
De Boeck, 1996 et 2008.
• Concepção tradicional :
1. Actividade de leitura = lista sequencial de competências a ensinar de forma hierárquica
dominar estas competências separadamente = dominar a leitura
Leitura = mosaico de competências isoladas.
• Concepção mais contemporânea
1. Modelo mais global, orientado para a integração das competências:
Leitura = processo holístico e unitário; supõe interacção entre estas competências
(uma competência de leitura separada do seu contexto perde uma parte do seu significado)
Metáforas (pág.5) - da bicicleta - da orquestra sinfónica
Evolução da concepção da compreensão em leitura:
um modelo
• Concepção tradicional:
2. O sentido está no texto papel do leitor = captar este sentido e transpô-lo para a sua memória.
ler = compreender o que o autor escreveu sem qualquer liberdade de interpretação.
• Concepção mais contemporânea:
2. Criação do sentido pelo leitor que utiliza
- o texto - os seus conhecimentos - a sua intenção de leitura.
criar o sentido ≠ compreender o que quer que seja
A seguir: a metáfora da orquestra sinfónica (pág.6).
Evolução da concepção da concepção da compreensão em
leitura: papel do leitor.
Leitor Texto
CONTEXTO
TEXTOLEITOR
Um modelo de compreensão consensual.
Os componentes : o texto, o leitor, o contexto.
EstruturasProcessos
Intenção do autorFormaFunção da leitura
PsicológicoSocialFísico
O importante = relação entre estas variáveis
Um modelo de compreensão consensual.
Quanto maior ela for, melhor será a compreensão
L T
C
L
C
TT
L
C
Situação 1 Situação 2 Situação 3
L T
C
As situações seguintes tornam difícil a compreensão em leitura (pág.8) :
Variável LEITOR
O LEITOR
Estruturas Processos
Estruturas cognitivas
Estruturasafectivas
Conhecimentossobre a língua
Conhecimentossobre o mundo
Micro-processos
Processosde integra-
ção
Macro-processos
Processosde elaboração
Processos metacognitivos
O que é? O que faz?
1 2 3
4 5
Estruturas = as características que possui o leitor (o que o leitor é) Independentemente das situações de leitura
cognitivas
Variável LEITOR
afectivas
Sobre a língua (pág.10):
- conhecimentos fonológicos
- conhecimentos sintácticos
- conhecimentos semânticos
- conhecimentos pragmáticos
Sobre o mundo :
Conhecimentos maiores = melhor compreensão
= aquisição de conhecimentos novos
- Atitudes face a leitura
- Interesses específicos
+ alguns outros
(pág.15)
Variável LEITOR
Processo = o que o leitor faz durante a leitura (competências postas em prática)
são simultâneas (e não sequenciais)
Microprocessos
Processos de integração
Macroprocessos
orientados para a compreensão da informação contida numa frase.
Orientados para a procura de coerência entre as frases fabricar laços entre as proposições ou as frases.
Orientados para a compreensão global do texto, para laços que permitem fazer do texto um todo coerente.
Variável LEITOR
Permitem formular hipóteses, integrar o texto em conhecimentos interiores permitem ultrapassar o texto (ir aquém e além deste) e fazer inferências não previstas pelo leitor.
Processos de elaboração
Processos
metacognitivos
Gerem a compreensão, permitem ao leitor ajustar-se ao texto e à situação (identificação da perda de compreensão, …)
Variável LEITOR
- Capacidade de restituir uma parte do texto utilizando a mesma ou quase a mesma estrutura sintáctica e semântica que o autor = microprocessosmicroprocessos
- Capacidade de fazer ligações = processos de integraçãoprocessos de integração
- Capacidade de estabelecer generalizações = macroprocessosmacroprocessos
- Capacidade de ir para além do texto = processos de elaboraçãoprocessos de elaboração
- Capacidade de reflectir sobre a forma de compreender o texto = processos processos
metacognitivosmetacognitivos
Resumidamente, as diferentes actividades cognitivas do leitor :
CONTEXTO
TEXTOLEITOR
Um modelo de compreensão consensual.
Os componentes: o texto, o leitor, o contexto.
EstruturasProcessos
Intenção do autorFormaFunção da leitura
PsicológicoSocialFísico
Variável TEXTO
Comportamentos diferentes do leitor segundo a natureza dos textos necessidade de os classificar.
Segundo a função da leitura :
- função utilitária- função estética
Segundo a intenção do leitor:
- Agir sobre as emoções do leitor: poemas, contos, narrativas, …
- Agir sobre os comportamentos do leitor: caminhos a seguir, informações, modos de emprego, enunciados de problemas, conselhos de prudência, …
- Agir sobre os conhecimentos do leitor : resumos, artigos, monografias, …
Segundo os géneros literários :
Livros de imagens, contos e lendas, romances, documentários, BD, poesia, textos humorísticos
Como?
Variável CONTEXTO
Engloba todas as condições nas quais se encontra o leitor (com as suas estruturas e os seus processos) quando entra em contacto com um texto; Entre estas condições, há as que se fixa o próprio leitor e as que lhe fixa o meio no qual está inserido.
Contexto psicológico:
1. A intenção de leitura = o mais importante (ex.: leitura da descrição de uma casa na perspectiva de um ladrão ou na perspectiva de um possível comprador, pág.22)
2. A motivação para a leitura
3. O interesse pelo texto apresentado.
= implementação do projecto !
Variável CONTEXTO
Contexto social
= todas as formas de interacção que têm lugar aquando de uma tarefa de leitura entre o leitor, o professor ou os seus pares (leitura individual, leitura diante de um grupo, leitura guiada ou não, …)
Contexto físico
= todas as condições materiais nas quais se desenrola a leitura (ruído exterior, qualidade da reprodução do texto, temperatura ambiente, …)
ConcretamentePara favorecer a compreensão por parte dos alunos assegurar-se antes de mais nada que as três variáveis estão adequadamente agendadas:
O leitor possui os conhecimentos
necessários para compreender
o texto?
O texto adequa-seàs competências
do leitor?
O contexto psicológico social e físico
favorece a compreensão?
Resposta afirmativa às 3 questões = condição favorável ao ensino da
compreensão em leitura.
Imagens : clipart em http://office.microsoft.com