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7/23/2019 A Coluna J Do Aprendiz Franco Maçom Do Rito Moderno
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À Gl∴ do Gr∴ Arq∴ do Un∴ Grande Loja Regular do Rio Grande do SulA∴R∴L∴S∴ Cavaleiros do Oriente nº. 18
Lilia Destrue Pedibus Or∴de Fraiburgo
1À Glória de Sophia
A COLUNA “J” DO APRENDIZ FRANCO MAÇOM
DO RITO MODERNO
Ir∴M∴Inst∴ André Fossá
Chapecó - SC, 02 de Maio de 2014, E∴V∴
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2À Glória de Sophia
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 3
TEXTO BÍBLICO.............................................................................................................................. 4
FLOR DE LÓTUS ............................................................................................................................. 6
A MASCULINIDADE OU FEMINILIDADE AO APRENDIZ .................................................... 8
O ENXOFRE DA COLUNA “J” .................................................................................................... 12
CONCLUSÃO .................................................................................................................................. 15
BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................................. 16
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3À Glória de Sophia
INTRODUÇÃO
Estas linhas textuais tratam de aspectos invisíveis, ou seja, que somente
conseguem ser vistos “olhando-se para dentro”.
Assuntos relacionados à coluna como: busca das “verdadeiras” posições no
interior ou exterior do Templo; origens etimológicas do nome das colunas;
significado “verdadeiro” de Jachin ou Jakin; metragem; número e forma das romãs;
arquitetura e tudo o mais, já são muito bem debatidos e discutidos nas pranchas e
alfarrábios da larga e variante Doutrina Estudantil Maçônica.
Tentarei desenhar aqui, um esboço que tente-nos fazer refletir acerca de um
dos mais belos simbolismo de nossa Ordem Especulativa e, com certeza, Filosófica: a
Dualidade.
Esta é a única base e foco deste trabalho.
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4À Glória de Sophia
Don Juan dizia que o fato energético, que era o alicerce da cognição dos
xamãs do México antigo, significava que cada nuance do cosmo é uma
expressão de energia. A partir do seu platô de onde viam a energia
diretamente, estes xamãs chegaram ao fato energético de que o cosmo
inteiro é composto de forças gêmeas que são ao mesmo tempo opostas e
complementares entre elas. Eles chamavam essas duas forças de energia
animada e energia inanimada. CASTAÑEDA, Carlos. A Erva do Diabo.
TEXTO BÍBLICO
A origem das Colunas na Maçonaria deve-se – indubitavelmente – graças
ao relato bíblico acerca da construção do Templo de Salomão. Assim sendo, não há
como se falar da Coluna B sem antes citar, ao menos, a passagem bíblica pertinete.
Registro aqui minha especial apreciação aos textos dos Livros Bíblicos
apresentados pela “Bíblia de Jerusalém”. Esta versão e edição da Sagrada Escritura
iniciou-se em 1973, sob a direção da École Biblique de Jerusalém mediante a Les
Éditions Du Cerf , entidade mui respeitável do gênero em Paris, na França, cuja
publicação mais atualizada é de 1998. A Bíblia de Jerusalém é, no mundo religioso,
uma das melhores versões. No Brasil, há a edição da Paulus Editora, em 2002.
1 Reis, Capítulos 7, versículos de 15 a 22.
Talhou as duas colunas de bronze; a altura de uma era de dezoito côvados
e sua circunferência media-se com um fio de doze côvados; assim também
era a segunda coluna. Fez dois capitéis de bronze fundido, e colocando-os
no topo das colunas; um capitel tinha cinco côvados de altura e a altura do
outro era a mesma. Fez redes – em forma de redes, festões – em forma de
correntinhas, para os capitéis, no topo das colunas, sete para um capitel, esete para o outro. Fez as romãs; havia duas fileiras de romãs em torno de
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5À Glória de Sophia
cada rede, quatrocentas ao todo, aplicadas no centro que ficava por detrás
das redes; havia duzentas romãs em torno de um capitel, e o mesmo
número em torno do outro. Os capitéis que encimavam as colunas eram em
forma de Lótus, eram em forma de lótus. Ergueu as colunas diante do
pórtico do santuário; ergueu a coluna do lado direito, à qual deu o nome
de Jaquin; ergueu a coluna da esquerda e chamou-a Booz. Os capitéis que
encimavam as colunas eram em forma de Lótus. Assim ficou pronto oserviço das colunas.
A par de toda a discussão da arquitetura das Colunas e das suas “reais”
aparências, chama-nos a atenção a importância pela qual a Bíblia reveste este
assunto, descrevendo detalhes do talhamento delas. Ora, de tão importante, cada
Coluna recebeu um nome próprio, e eram adornadas com romãs, e sua forma era de
uma flor de Lótus.
Deve-se ressaltar que as Colunas tinham um tamanho total de vinte e três
côvados, sendo dezoito de altura e mais cinco de capitel. Ainda, tinha por
circunferência, um total de doze côvados. Por surpresa, o Templo de Salomão não era
gigante como anunciam deliberadamente. O equivalente do antigo côvado - unidade
de medida inventada no Egito com base no cumprimento do cotovelo até a ponta do
dedo mais comprido – é de cerca de quarenta e cinco centímetros. Para os israelitas,por ser um povo com estrutura física maior, um côvado equivalia à cerca de
cinqüenta e cinco centímetros1.
Logo, as Colunas tinham altura de 10,35 a 12,65 metros, e largura de 5,4 a
6,6 metros. Nada tão esplêndido maior que as pirâmides ou os templos egípcios,
sumérios, babilônicos... Então, aonde reside sua preciosidade?
1 BOUCHER, Jules. A Simbólica Maçônica. 1ª Edição, 1984. Pg. 151.
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6À Glória de Sophia
FLOR DE LÓTUS
Há historiadores a autores convencidos de que, antes de ser a Casa do Deus
Único (Yahveh), o Templo de Salomão era dedicado à união (hieros gamos –
casamento divino) do Deus Yah com a Deusa Asherah. E para esta teoria, há
elementos arquitetônicos convincentes, por exemplo, as Colunas: uma representando
o princípio ativo (masculino) e outra o passivo (feminino). Esta teoria encontrareverberação em outras distintas, que alegam ser Salomão estreitamente ligado ao
povo egípcio, através de um casamento com a filha de um faraó, se tornando assim,
Salomão, também um faraó (Shesshonq I), juntamente com Hiram Abiff (o faraó
Sequenere Tao II da 17ª Dinastia), posição esta defendida por Cristopher Knight e
Robert Lomas em seu livro A Chave de Hiram.2
As teorias vão até mais longe. Diz-se que Salomão era comparado ao DeusHórus. Tanto é que o exterior do seu ataúde de madeira é inteiramente ornado com
inscrições hieroglíficas egípcias cultuando-o com um Deus e com a cabeça de Falcão.
O ataúde está no museu do Cairo, no Egito.3
Mas voltemos ao tema. A Flor de Lótus, à época anterior à construção do
Templo de Salomão, era símbolo sagrada para o povo egípcio. Aparece nos pilares do
Templo de Karnak, construído por Tutmés III no Século XV a.C, no Templo deLuxor, nos templos de Tebas, e em vários outros pelo Egito a fora. Inclusive, esta flor
aparece também em moedas judaicas do século III a.C. E.
A Flor de Lótus é uma planta aquática, que floresce sobre a água. É
conhecidíssima da nossa ciência pelo fato de naturalmente constituir uma
nanotecnologia. Simples: a Flor de Lótus possui caule com vários metros de
comprimento. Ela firma raiz em local profundo de água parada ou lama. Somente
2 ELLIS, Ralph. As Chaves de Salomão – O Falcão de Sabá. Pg. 204.3 ELLIS, Ralph. As Chaves de Salomão – O Falcão de Sabá. Pg. 162.
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7À Glória de Sophia
desabrocha, floresce, acima da água. O local propício de sua existência é realmente
no lamaçal. Contudo, ela nunca fica suja, seu caule e folhas possuem substância que
desprendem totalmente qualquer sujeira ou outro organismo. Isto é incrível, uma flor
linda como o Lótus nasce no meio de um lamaçal e floresce sem se sujar. No Brasil, a
Flor de Lótus é identificada como “Vitória Régia”.
Um simbolismo forte que cativou egípcios, hebreus e budistas. Atransformação espiritual. Um desenvolvimento que começa no mais profundo da
terra, na escuridão, passa por todos os percalços e sujeiras que o processo traz, mas
sem se sujar. Acaba por buscar a Luz e floresce num lindo desabrochar de cores.
Reza a lenda egípcia que, antes da criação do mundo, havia somente a Flor
de Lótus com as pétalas fechadas flutuando nas trevas. Entediada, a flor pediu ao
Deus-Sol Amom-Rá (divindade andrógina) que criasse o Universo. Em gratidão, aFlor de Lótus passou a abrigar em suas pétalas o Deus-Sol durante a noite, donde ele
sai para iluminar a Grande Obra.4
A flor possui atributos, muito conhecidos dos antigos egípcios, como
efeitos eufóricos, afrodisíacos, despertando a libido e aumentando o desejo sexual e a
sensibilidade. Para um Templo em que em seu pórtico, representava o masculino e o
feminino, nada seria melhor que representar Colunas (falos) com a Flor de Lótus queabrigava um Deus andrógino (Amom-Rá).
Enfim. Muito variado é o simbolismo da Flor de Lótus. O fato é que as
Colunas do Templo do Rei Salomão eram, de fato, grandes Lótus. Se os capitéis eram
em forma de Lótus, e sua base era como redes (caule), então, não há dúvidas disto.
Conforme transcrito acima, o texto bíblico afirma que os capitéis das colunas eram
forma de Lótus.4 http://deusesdoegiptoantigo.blogspot.com.br/2009/08/religiao-no-antigo-egito.html
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8À Glória de Sophia
Até este ponto de minha carreira maçônica, não encontrei nenhum artigo ou
livro que se debruçasse sobre o motivo ou razão de ser os capitéis das Colunas em
forma de Lótus. Qual era o significado do Lótus para Salomão ao ponto de fazer isto?
O que vemos é muitos Templos Maçônicos substituírem o Lótus pelas Romãs, em
número muito inferior e de disposição diversa daquela descrita na Bíblia.
Vejam meus IIr.´., pode ser mera fantasia, mas: os Maçons ficam sentados
no topo das Colunas. E no topo delas, há os capitéis. Se os capitéis são em forma de
Lótus, e segundo a lenda egípcia, suas pétalas abrigavam o Deus-Sol à noite para
reinar durante o dia, temos aí uma analogia ao Maçom e à hora de seus trabalhos. A
circulação do Maçom obedece aos “giros” do Sol ao redor da Terra (Altar dos
Juramentos). Então, o Maçom é o Sol, que ilumina sua própria criação quando
iniciam-se seus trabalhos: ao Meio-Dia, hora do seu próprio amanhecer.
A MASCULINIDADE OU FEMINILIDADE AO APRENDIZ
Tomemos a visão do Rito Moderno, adotado por nossa Augusta Loja.
Conforme Oswald Wirth - apoiado por Jules Boucher -, a Coluna “B” é
Passiva-Feminina (Mercúrio), e remete à segunda letra do alfabeto hebraico, Beth,que representa “casa”, “útero”, e também, o número 2. A Coluna “J” é Ativa-
Masculina (Enxofre), e remete ao Princípio Criador, é a décima (10) letra do alfabeto
hebraico5.
A Bíblia é formal em dizer que Jakin está à direita e Booz à esquerda. Ora,
mas de quem vê o Oriente ou de quem vê o Ocidente? Sejamos especulativos: não há
qualquer garantia de que as Colunas foram erguidas antes ou depois do Templo.
5 BOUCHER, Jules. A Simbólica Maçônica. Pg. 156.
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9À Glória de Sophia
Contudo, se admitirmos a cronologia pela qual narra a Bíblia, podemos admitir que as
Colunas foram a penúltima parte que Salomão construiu, sendo a última, o Mar de
Bronze. Logo, o Templo todo já estava erguido quando as Colunas foram construídas.
Um dos argumentos que os autores maçônicos se utilizam para explicar de
qual lado as Colunas devem ficar, é que sua posição original é fora do Templo e,
atualmente, os Templos Maçônicos colocam-nas dentro. Mas isto, creio, não temmuito significado, posto que se assim fosse, o Mar de Bronze e o Altar dos
Holocaustos também deveriam estar fora do Templo Maçônico, como no original de
Salomão.
Temos de lembrar que estas duas Colunas nunca sustentarão nada no
Templo, eram simplesmente para ornar a Grande Obra do Rei. E naquele Templo,
não havia distinção de Aprendizes de um lado e Companheiros para outro.
É pacífico que Jakin significa “Ele firmará” e que Booz significa “Nele está
a Força”. Mas o que e quem firmará? E o que é a Força?
Bem, se no Rito Moderno, o 2º Vigilante que fica na Coluna “J” ao Norte é
responsável pelos Aprendizes, então é a Coluna da Beleza, e o 1º Vigilante que fica
na Coluna “B” ao Sul é responsável pelos Companheiros, então é a Coluna da Força.Só que aqui, na Maçonaria, a Beleza é masculina e a Força é feminina.
Obviamente. Ora, o Aprendiz está no desbaste da Pedra Bruta, ele não
precisa da Força, mas sim da Beleza para desbastar a Pedra. Ele exercita a Beleza de
saber ouvir e observar, de aprender e compreender. Ele ativa a Beleza do
planejamento, do pensamento. Ele exerce a Beleza fecunda e reprodutora da Lua para
mergulhar no deslumbrar de sua Alma, apaixonando-se por si mesmo. Aí, pois,porque a Beleza está junto da Coluna masculina de Jakin, no Norte junto da Lua. A
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10À Glória de Sophia
atividade masculina do Aprendiz é necessária para fecundar a Beleza Lunar, para
produzir o embelezamento daquela Alma Bruta em algo mais trabalhado, cúbico.
Neste sentido, o 2º Vigilante na Coluna da Beleza, no Norte, representa Vênus da
Abóboda Celeste. Vênus é a Estrela Matutina, Virgem Maria, Ísis, Verônica, Maria
Madalena e tantas outras. Mulheres que representam uma Beleza forte, de garra e
Graça, cujos filhos e/ou maridos foram assassinados, continuando a vida sem eles.
Quando o Aprendiz Franco Maçom atravessa a linha do equador e passa
para a Coluna “B”, ele se move como o Sol e alavanca a energia da Força. Ele recebe
a Força no polimento de sua Alma Cúbica. Ele recebe Força para continuar na senda
que lhe levará ao Mestrado. Daí porque a Força está junto da Coluna feminina de
Booz, no Sul junto do Sol. A passividade feminina do Companheiro é necessária para
receber a Força que emana do Sol como uma energia criadora e motriz, sustentando-o
em seu trabalho rumo ao Mestrado de sua vida. O 1º Vigilante na Coluna da Força,no Sul, está junto de Marte na Abóboda Celeste. Marte representa o Guerreiro, a
Vontade, o Rigor, e neste contexto da Coluna, representa o Maçom que recebe - em
sua passividade – a chispa masculina da energia solar – como no Paracleto (o Fogo
do Espírito).
Se o 2º Vigilante é Beleza Masculina, se o 1º Vigilante é Força Feminina, o
que é o Ven.´. M.´.? É o Ser Andrógino, o Sal Primordial, o auto-suficiente. É o frutodo casamento alquímico do Sol e da Lua, a reconciliação do Seres, que resulta na
mais alta Sabedoria, que concilia a Força da Beleza, e a Beleza da Força. Talvez seja
por isso que os Mestres possam se sentar no topo (Lótus) de qualquer das Colunas.
Logo, diante de todas estas passarelas, posso ao menos compreender a
dinâmica do Rito Moderno assim: (1) o Aprendiz Franco Maçom tem como base a
masculinidade de Jakin, como meio a reprodutora Beleza Lunar, e como meta eresultado o deleite de sua Alma num romântico desbaste de sua Alma Bruta; (2) o
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11À Glória de Sophia
Companheiro Franco Maçom tem como base a feminilidade de Booz, como meio
fecundante a Força Solar, e como meta e resultado a energia motriz em sua Alma
para alcançar o polimento do Mestrado.
Perceba que entre as Colunas, há o masculino e o feminino, a energia ativa
e passiva. E que entre cada Coluna e o respectivo Astro que lhe rege, ocorre a mesma
coisa: Jakin – masculina (Força) com Lua feminina (Beleza); Booz – feminina(Beleza) com Sol masculino (Força). Há trocas energéticas muito equilibradas aqui.
O Saudoso e Grande Mestre Oswald Wirth destacava que, entre a Coluna e
seu topo, havia:
Jakin; Fecundação; Engendrar; Fundar; Criar; Mandar; Dar; Fazer;
Inventar; Descobrir; Discernir; Discernir; Razão; Luz Direta; Ouro; Sol. Booz; Gestação; Conceber; Conservar; Manter; Obedecer; Receber;
Sentir; Assimilar; Compreender; Crer; Imaginação; Claridade refletida;
Prata; Lua.
Marte; Ferro; Motricidade; Cólera; Impaciência; Vivacidade; Energia
Ativa; Vontade; Domínio; Projeção; Brutalidade; Ferocidade; Destruição;
Fogo Anímico ou Vital; Ardor Sulfúrico.
Vênus; Cobre; Sensibilidade; Doçura; Paciência; Calma; Apatia;Preguiça; Docilidade; Sedução; Atração; Graça; Ternura; Conservação;
Água Vital; Fluído; Humidade Radical.6
Qual é a natureza do princípio ativo? A de se expandir. Qual a do
princípio passivo? A de se reunir e fecundar. O que é o homem? O
iniciador, aquele que destrói, cultiva e semeia. O que é a mulher? A
formadora, a que reúne, rega e colhe. O homem faz a guerra e a mulher6 WIRTH, Oswald. O Simbolismo Hermético e sua Relação com a Alquimia e Franco Maçonaria. Pg. 8.
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12À Glória de Sophia
procura a paz; o homem destrói para criar; a mulher edifica para
conservar; o homem é a revolução; a mulher é a conciliação; o homem é o
pai de Caim; a mulher é a mãe de Abel. O que é Sabedoria? É a
conciliação e a união de dois princípios; é a doçura de Abel dirigindo a
energia de Caim; é o homem seguindo as doces inspirações da mulher; é o
vício vencido pelo legítimo matrimônio/ é a energia revolucionária
dulcificada e domada pelas suavidades da ordem e da paz; é o orgulhosubmetido ao amor; é a ciência reconhecendo as inspirações da fé.7
O ENXOFRE DA COLUNA “J”
Para os alquimistas, o Enxofre, e não a Terra, é a matéria prima que o
Grande Arquiteto se utilizou para criar a Grande Obra. Unido à este Enxofre, os
alquimistas pretendem uni-lo ao Mercúrio mediante uma série de sublimações com afinalidade de formar uma matéria espiritual extremamente ativa, chamada de Pedra
dos Sábios.
A Pedra dos Sábios é o quadrado perfeito que apresenta a perfeição da
espécie humana, demonstrando um reino sublime entre o espírito e a matéria (é a
Pedra Polida da Maçonaria). Esta Pedra é uma obra que culmina no gradativo
desprendimento da carne, em sublimação dos próprios poderes espirituais doHomem. É a Pedra Filosofal dos Alquimistas.
Oswald Wirth faz a seguinte comparação:
Pedra Bruta: Aprendiz; “J”; Juventude; Aprender; Adquirir; Chegar;
Nascer; Brahma.
7 LEVI, Eliphas. Dogma e Ritual da Alta Magia. Pag. 81.
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13À Glória de Sophia
Pedra Cúbica: Companheiro; “B”; Virilidade; Praticar; Administrar;
Atuar; Viver; Vishnu.
Pedra Filosofal: Mestre; “M”; Velhice; Ensinar; Restituir; Partir;
Morrer; Shiva8 .
Então, o Enxofre simbolizado pela Coluna Jakin significa a Luz Universal
que se manifesta de um centro expansivo de energia, que queima dentro de nós ofogo da paixão, da emoção, e também da Iluminação. O Fogo da Vitória. O Enxofre é
o Centro da Iniciativa Individual, um Fogo Vital, que propaga seus raios em todas as
direções, cedendo energia anímica (da Alma) a todos.
Na natureza humana o Enxofre corresponde à masculinidade. Seu
predomínio exalta a iniciativa individual, favorecendo o valor
inquebrantável, o ardor perseverante, a energia orgulhosa, o gosto domando. O Enxofre é inventivo pois ele cria, funda, estabelece (Coluna
Jakin). Incita ao movimento, à ação exteriorizada, à conquista. Faz-nos
tomar e dar, e não unicamente receber passivamente. Intelectualmente,
esta influência afasta a fé dócil e receptiva das idéias alheias, e exalta a
independência de espírito que elabora as noções por nós mesmos. É o
Poder da Reprodução na Coluna Jakin.
A feminilidade do Mercúrio inspira ao contrário, a doçura, a calma, a
meditação retraída e o sonho, como ainda a timidez prudente, a modéstia,
a resignação e a obediência. Quando a imaginação foi desenvolvida de
maneira que não deforma as imagens que se refletem em seu espelho,
torna-se compreensivo e sensível a todo que é sutil, apto para a
adivinhação e crédulo lucidez. É o poder da Fecundação na Coluna Booz.
8 WIRTH, Oswald. O Simbolismo Hermético e sua Relação com a Alquimia e Franco Maçonaria. Pg. 23.
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14À Glória de Sophia
Quanto ao Sal, simboliza realmente a Sabedoria, sempre que tenha sido
assegurado o equilíbrio, a justa ponderação e a estabilidade. Deve ser
obtida e mantida em sua limpidez, porque é sobre ela que descansa a
Grande Obra. É o Poder de Regência do Venerável Mestre, fruto do
casamento da Força e da Beleza.
Assim, tem-se na Maçonaria, as três matérias-primas necessárias aoprocesso alquímico: o Sal, o Enxofre e o Mercúrio. O Sal é o dissolvente universal,
utilizado em qualquer processo como para equilibrar e assim, reger. O Enxofre é o
princípio ativo, masculino, representando a corrosão dos metais e a combustão. O
Mercúrio é o princípio passivo, volátil, feminino. Ambos combinados, constituem o
que os Alquimistas chamas de “Casamento Alquímico” ou “Coito do Rei e Rainha”.
Pois bem, para este trabalho, até aqui está ótimo.
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15À Glória de Sophia
CONCLUSÃO
É impressionante como a Maçonaria pode abrigar tantas faces da Sabedoria
Antiga e do Conhecimento Ocultista.
As disposições do Templo nos remetem a diversas análises sobre pontos de
vistas e enfoques variados, cada qual apoiado em um viés ocultista, do Alquimista ao
Xamã, do Politeísmo Egípcio ao Monoteísmo Judeu. Sob este ângulo, percebemos
que não há “abismos” entre estas diferentes crenças.
Na Maçonaria, o completo antagonismo se torna mera aparência.
Enfim, para nosso Rito Moderno, então, a Coluna J é masculina, em seu
topo sentam os Aprendizes, no Norte, regidos pelo 2º Vigilante, tendo a Luz como
seu espelho. Até atravessarem a Linha do Equador, resta ao Aprendiz se contentar
com os reflexos do Sol, e ali, esforçar-se na Beleza do desbaste da Pedra Bruta.
7/23/2019 A Coluna J Do Aprendiz Franco Maçom Do Rito Moderno
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À Gl∴ do Gr∴ Arq∴ do Un∴ Grande Loja Regular do Rio Grande do SulA∴R∴L∴S∴ Cavaleiros do Oriente nº. 18
Lilia Destrue Pedibus Or∴de Fraiburgo
16À Glória de Sophia
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ANDRÉ FOSSÁ
C.´.I.´.M.´. 1.208