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A Chegada dos Europeus na África:
• O Continente africano limita-se ao Norte pelo Mar Mediterrâneo, ao Oeste pelo Oceano Atlântico e ao Leste pelo Oceano Índico. De uma maneira simplificada podemos dividi-lo em duas zonas absolutamente distintas: o centro-norte é dominado pelo imenso deserto do Saara (8.600.000 de km2), enquanto que o centro-sul, depois de percorrer-se as savanas, é ocupado pela floresta tropical africana.
• Esta separação geográfica também se refletiu numa separação racial. No Norte do continente habitam os árabes, os egípcios, os berberes e os tuaregues(nômades do deserto).
Bérberes:
• No centro-sul, ao contrário, habitam mais de 800 etnias negras africanas. Atribui-se ao atraso da África meridional ao isolamento geográfico que a população negra encontrou-se através dos séculos. Afastada do Mediterrâneo - grande centro cultural da Antiguidade - pelo deserto do Saara, e longe dos demais continentes pela dimensão colossal dos dois oceanos, o Atlântico e o Índico. Apartados do resto do mundo, os africanos se viram vítimas de expedições que lhes roubavam os filhos ao longo da história.
África Central:
África Subsaariana:
• Mesmo antes da chegada dos traficantes de escravos europeus, os árabes já praticavam o comércio negreiro, transportando escravos para a Arábia e para os mercados do Mediterrâneo oriental, para satisfazer as exigências dos sultões e dos Sheiks. As guerras tribais africanas, por sua vez, favoreciam esse tipo de comércio, visto que a tribo derrotada era vendida aos mercadores.
Mercadores de Escravos – Antiguidade:
• Um dos aspectos mais importantes da sociedade africana pré-colonial faz referência às DISPUTAS E GUERRAS no continente. Atualmente, as GUERRAS étnicas e políticas em África são objeto de grande atenção, noticiadas e comentadas pelo mundo inteiro. Entretanto, é necessário salientar que nem sempre foi assim. Vejamos que para haver GUERRAS entre os povos africanos antes da era colonial era preciso um motivo muito forte, uma vez que os reis eram mediadores de conflitos entre os grupos.
• Além disso, o estudo dos reinos africanos demonstra que as fronteiras dos Estados era bastante flexível, variando conforme o carisma dos governantes e a dinâmica interna do continente, sem que isso levasse necessariamente a conflitos entre os povos de diferentes etnias.
• Quando havia excesso de população e a convivência não era possível, os grupos entravam em conflito. Neste caso, a GUERRA não envolvia toda a população existente, mas somente o grupo responsável pela defesa do seu povo em situação de conflito. Como exemplo, podemos citar os arqueiros núbios, famosos por sua agilidade com os arcos e flechas.
Os Núbios:
• O europeus chegaram a África aos pouquinhos. Não foi uma invasão única, como muitos pensam. Os europeus já tinham relações com a África desde muitos séculos antes da invasão européia. Essas relações eram estritamente comerciais, em contatos de compra e venda comuns, como existem até hoje entre os países.
• Os europeus ofereciam o que tinham em troca dos artigos africanos, que iam desde o marfim e minérios até artefatos em geral. Entretanto, já no século XV, os europeus passaram a desejar a conquista das áreas litorâneas do continente, em seu primeiro processo de expansão, em busca das riquezas que já sabiam que existiam e da mão-de-obra africana.
Comércio na África:
• No século XVIII ainda ocorria em África a primeira expansão européia, que se encerrou com a tomada da Colônia do Cabo, holandesa, pelos ingleses, durante a Revolução Francesa (1789). A partir daí os europeus começaram a adentrar o continente africano, através de expedições científicas e pela evangelização cristã, com a entrada de missionários na África, e essas expedições missionárias e científicas permitiram o conhecimento do interior do continente. As expedições científicas são fruto das sociedades geográficas do século XIX, e tiveram início no final do século XVIII.
Caravana de Escravos:
O tráfico de escravos:
• Durante os primeiros quatro séculos - do século XV a metade do XIX - de contato dos navegantes europeus com o Continente Negro, a África foi vista apenas como uma grande reserva de mão-de-obra escrava. Traficantes de quase todas as nacionalidades montaram feitorias nas costas da África. As simples incursões piratas que visavam inicialmente atacar de surpresa do litoral e apresar o maior número possível de gente, foi dando lugar a um processo mais elaborado.
• Conforme aumentava a procura por mão-de-obra escrava, motivada pela instalação de colônias agrícolas na América,os comerciantes de escravos se associaram militarmente e financeiramente com povos africanos, que viviam nas costas marítimas, dando-lhes armas, pólvora e cavalos para conquistassem a maior quantidade de território possível.
• Os prisioneiros das guerras tribais eram presos em “barracões”, em armazéns costeiros, onde ficavam a espera da chegada dos navios tumbeiros ou negreiros que os levariam como carga humana pelas rotas transatlânticas.
Navio Negreiro: