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A bolsa amarela

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Realizei a hora do conto em nossa Feira Municipal do livro com A Bolsa Amarela. Imaginei os alunos entrando na Bolsa, saiba mais detalhes em :http://blogdabibliotecarotermund.blogspot.com.br/

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Vontade de ser ...

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Gente Grande

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Vontade de ter nascido...

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MeninoVontade de se tornar...

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Escritora

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A Guarda-Chuva

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Galo ReiAfonso

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Galo Terrível

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Alfinete de Fralda

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Bolso bebê

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Bolsa Amarela...É o inconsciente onde guardamos emoções fortes demais para enfrentarmos: desejos proibidos, lembranças dolorosas, sonhos impossíveis. Fingimos que estas emoções não existem. Mas estas emoções querem fugir da “Bolsa” querem ser vividas...Sufocar estas emoções dói!

Reparem que Raquel tem problemas sempre que tenta sufocar suas emoções, ela fica nervosa e suas vontades crescem e a Bolsa engorda e fica pesada. Como o inconsciente, a bolsa não tem um bom fecho!

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Raquel percebe que certas vontades não são importantes, percebe que em alguns casos o bem coletivo é mais importante que o bem individual. Aceita-se como é.

Quando isso acontece Raquel se torna mais serena diante da vida e a bolsa fica mais leve.

O Galo Terrível e seu “pensamento costurado”...

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Representa as pessoas que foram vítimas de tortura. Representa também aquelas pessoas que tem a mente fechada para novas idéias e sonho de liberdade.

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Felizmente em 2012 a realidade do Brasil é outra e as pessoas são livres para se expressarem e pensarem!

Mas muitos setores da sociedade continuam sedentos de poder, para estes o pensamento livre sempre é uma ameaça. Por isso continuam

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existindo pessoas que querem “costurar os pensamentos”

A Lição da Bolsa Amarela continua atual!

A Bolsa Amarela foi publicada em 1976, o Brasil vivia uma ditadura. O povo não tinha

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direito de escolher os próprios governantes. Muitas liberdades foram retiradas das pessoas, opiniões censuradas, opositores do governo perseguidos.

Para expressar opinião de forma a não serem reprimidos ou perseguidos os intelectuais ao escrever usavam símbolos, falavam indiretamente ou em metáforas como a escritora Lygia Bojunga fez em A Bolsa Amarela!

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A Casa dos Consertos

É o exemplo de sociedade justa em que todos são valorizados e tem direito a participar. Cada um sabe que tem a responsabilidade de fazer a sua

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parte e faz, sem esperar ser mandado!

A Mulher e “A Bolsa Amarela”

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A personagem Raquel tem o estranho desejo de querer ser menino...

O que ela realmente quer é a liberdade que os homens tinham!Atualmente estas diferenças estão mais superadas, mas naquela época, na década de 70 quando o livro foi

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lançado, ser Mulher significava sofrer muitas discriminações.

As Mulheres tinham restrições para trabalhar, para se vestir, para pensar, para viver!

Raquel tem um espírito independente e não consegue aceitar isso! O sonho da escritora está se

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tornando real, mas a situação da Mulher ainda é difícil em muitos espaços da Sociedade Brasileira e Mundial. Violência doméstica, salários mais baixos que o dos homens, assédio moral, são apenas alguns problemas que ainda existem...

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A história da Raquel fala da conquista do direito de ser ela mesma, da busca das idéias certas por que lutar e do sonho de liberdade para as mulheres, para os pensadores, para o mundo!

Fala de um Mundo-Casa onde todas as pessoas têm valor exatamente pelo

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que são e pela contribuição que podem dar ao bem comum.

Essa pode ser a história de todos nós!

O Desejo de ser gente grande e de ser menino...

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Para a Raquel, ser criança e ser mulher é sinônimo de proibição e restrição. Na qualidade de criança e mulher não tinha vontades, nem direito de escolher!

A vontade de ser menino está presente na figura do Galo Rei, o galo que foge do galinheiro por não concordar com as regras e por querer lutar pelas suas ideias, apesar de não saber que ideias são essas.

A figura masculina que ela tanto deseja ser, a situação que a sufoca e os questionamentos que surgem em Raquel estão representados no Galo Rei.

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“O Alfinete de fralda (que mora no bolso bebê da bolsa amarela)”

A criança Raquel, a inocência, o puro estão representados no alfinete, tanto que ele fica lá quietinho, guardadinho no bolso bebê da bolsa até a hora de estourar as vontades dela. Com o alfinete, Raquel parece querer mostrar que apesar da vontade de ser grande, ela não abandona a criança que é.

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“A guarda-chuva”

A guarda-chuva que fica grande quando quer,representa o desejo da menina de crescer, porém conciliada ao gênero feminino. Mesmo assim, não parece ser definitivo o desejo de crescer, Raquel parece querer crescer quando quiser e voltar a ser criança quando quiser, já

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que o que torna “A guarda-chuva” grande é uma haste que se alonga e que se retrai.

O “Galo Terrível”, primo de Afonso (O galo Rei), é um galo de briga que teve o pensamento costurado com uma linha bem forte e só conseguia pensar em brigar e vencer, que vai brigar sua briga, vai fazer o que tem de ser feito, é uma das várias “Raquéis”, o garoto que ela queria ser, porém o contrário de Afonso que

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foge, o Galo Terrível briga, luta e vai embora num barco junto com a linha forte que conseguiu se soltar e libertar o pensamento de Terrível, libertando também Raquel da sua briga interna com suas vontades.

Seguindo Terrível, se vão também Afonso, que finalmente encontra uma ideia pela qual lutar,

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não deixar que mais ninguém tenha o pensamento costurado e A guarda-chuva que sonha em ser paraquedas e com eles vão-se também os desejos de ser garoto e grande, mas permanece a vontade de escrever e deixar guardada a criança, assim como deixou no bolso bebê da bolsa amarela o alfinete de fraldas.

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Fonte pesquisas:Revista Barbante: O mundo da contação de

histórias. Ano I - nº 01 - fevereiro de 2012Fragmentos da Análise literária do professor Guilherme Lentz