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ISSN 2176-1396
A ARTE COMO REFÚGIO E ATENUAÇÃO DO ESTRESSE DIÁRIO
CAUSADO PELA ROTINA DE ESTUDOS
José Carlos de Oliveira1 - UTFPR
Rafael Kovalyk Aguiar Bonfim2 - UTFPR
Grupo de Trabalho – Educação, Arte e Movimento
Agência Financiadora: Programa Protagonismo Estudantil
Resumo
O programa de bolsas Protagonismo Estudantil possibilitou o desenvolvimento do projeto na
Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR – Guarapuava, sendo mais conhecido
como Oficinas de Arte. O projeto tem como objetivo diminuir o estresse causado pela rotina
de estudos, fazendo uso da arte para proporcionar um meio de descontração e de interação
entre os acadêmicos, priorizando atividades que estimulam o relaxamento frente à rotina de
estudos e ao mesmo tempo possibilita o desenvolvimento de habilidades e criatividade para
cálculos matemáticos através do desenvolvimento de trabalhos artesanais. Considerando que a
maior proporção das disciplinas que compõe a grade curricular dos cursos de uma
Universidade Tecnológica, se constituem basicamente por disciplinas da área de Ciências
exatas, o que exige dos acadêmicos esforços e concentração excessiva causando estresses
diários. Assim, as atividades desenvolvidas através das Oficinas, vem proporciona momentos
de refúgio e atenuação do desgaste mental diário, além de complementar as atividades
estudantis ampliando os conhecimentos e estimulando novos hábitos culturais. Inicialmente
houve resistência ao projeto, sendo superada pela percepção dos seus benefícios e a sua
popularidade junto à comunidade universitária. A cada Oficina realizada teve-se a sensação de
que os resultados fluem com o empenho da equipe composta pelo aluno protagonista e um
voluntário, que contaram com a orientação de um professor. Além de contar com o apoio da
ASCOM da Universidade para divulgação do projeto, conta ainda com a Pagina no
FACEBOOK, distribuição de folhetins e também a divulgação corpo-a-corpo realizada pelos
próprios participantes que acabam por atrair outros colegas à participarem das Oficinas e
experimentarem dos benefícios das atividades artesanais desenvolvidas nas Oficinas
semanais.
Palavras-chave: Estresse acadêmico. Oficinas de artes. Qualidade de vida acadêmica.
1 Mestre em Linguística (UFSC), Especialista em Linguística (UGF), Graduado em Letras-Inglês (FACCAR) e
Letras-Libras (UFSC). Professor assistente na UTFPR-GP. E-mail: [email protected] 2 Acadêmico do 3º período do curso de Engenharia Civil (TFPR-GP). E-mail: [email protected]
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Introdução
O desenvolvimento desse projeto faz parte do Programa de bolsas Protagonismo
estudantil da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR tendo por objetivo
atenuar o estresse diário causado pela rotina de estudos através do desenvolvimento de
Oficinas de artes, onde os participantes tem a oportunidade de desenvolver habilidades e
criatividade artísticas3, incentivando a interação e intercâmbio cultural entre os acadêmicos.
O ingresso e a permanência em um curso superior é um sonho da maioria dos jovens,
no entanto, a rotina de estudos em curso superior na modalidade semestral apresentando em
sua grade curricular o sistema de múltiplas escolhas em que a maioria dos acadêmicos se
cadastra em um número excessivo de disciplina, associada a mudanças de hábitos4 vem a
provocar desgastes físico e mental que pode refletir negativamente no desempenho
acadêmico, bem como em seu bem estar, conforme afirma Lipp (2001):
À medida que o ser humano passa por mudanças, ele utiliza suas reservas de energia adaptativa e, consequentemente, pode, em certas circunstâncias, enfraquecer sua
resistência física e mental, dando origem a inúmeras doenças psicofisiologicas que
podem ser interpretadas como tendo em sua gênese o estresse emocional excessivo
(LIPP, 2001, p. 347)
Assim, há a necessidade de fazer atividades que possibilitem ao acadêmico,
momentos de descontração, a fim de alcançar o equilibrar o equilíbrio entre as emoções e
mente, o corpo e o espírito (ZONTA, et al., 2006).
Também, o projeto foi idealizando pensando em outro fator relevante de impacto
sobre o desempenho acadêmico e emocional dos estudantes inseridos em cursos superior da
área tecnológica, o excesso de disciplinas da área de “exatas” que exige do acadêmico,
concentração e raciocínio lógico para o aprendizado. Fato, que ao participar das Oficinas de
artes, os acadêmicos terão a oportunidade além de interagir com o grupo, possibilitando-lhes
descontração e novos conhecimentos, ainda, estarão realizando, de forma involuntária,
atividades que lhes permitem o desenvolvimento de habilidades matemáticas preparando-os
para o enfrentamento da rotina de estudos nas diversas disciplinas de exatas que compõe a
3 Nos referimos ao desenvolvimento de atividades artesanais que resultam em artefatos visuais e produção de
cultura. 4 Um número significativo de jovens que ingressam nas universidades são oriundos de outras regiões, sendo
necessária a adaptação a à uma nova realidade “viver sozinhos longe da família” que os espoe à uma série de
adiversidade, se constituindo em um desafio podem causar entre outros distúrbios, a depressão (MONTEIRO, et
al. 2007).
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grade curricular dos cursos de bacharelado da área tecnológica. Pois, para realizar uma
determinada atividade de artes, o participante colocará em pratica, ainda que simples, algumas
noções de calculo, relacionadas ao uso do espaço e de materiais.
Como afirma Knobel (2003),
[...]’Há mais matemática nos livros de Machado de Assis, nos poemas de Cecília
Meireles e Fernando Pessoa do que na maioria dos livros didáticos de matemática’.
[...] a matemática captura a lógica do raciocínio, assim como acontece com o
imaginário na literatura, com a harmonia na música, na escultura, na pintura, nas artes em geral (KNOBEL, 2003, p. 19).
Em suma, ao desenvolver uma atividade artística o participante estará colocando em
prática noções tanto de geometria, quanto de matemática, fazendo da arte, um instrumento de
múltiplos aprendizados. Assim, além dos benefícios já citados, as Oficinas de artes vem
complementar as atividades acadêmicas normalmente desenvolvidas pelos acadêmicos.
Procedimentos
Para o desenvolvimento do projeto, foram utilizados métodos baseados na
experimentação e em testes que precedem a aplicação. Foi realizada uma análise de custos e
viabilidade do espaço destinado ao desenvolvimento das Oficinas, Verificação das possíveis
dificuldades e limitações, tais como, interesse do publico alvo, disponibilidade de tempo tanto
dos participantes, quanto dos membros da equipe, devido a demanda de estudos.
Antes ainda de iniciar as atividades, foi realizada uma consulta junto a comunidade
acadêmica para esclarecimentos a cerca do projeto, quando tivemos a oportunidade sanear
dúvidas e receber sugestões de temas de interesse do público alvo que foram incorporadas a
lista de planejamento para realização futura nas Oficinas que enriquecendo o trabalho.
Tendo organizado os temas, foi realizado um levantamento para identificar os
materiais necessários à realização das Oficinas e o orçamento para a aquisição dos mesmos.
Assim, foi adquirido alguns materiais para a realização de testes de viabilidade de aplicação
das Oficinas, analisando estratégias que facilitasse o desenvolvimento das atividades, como o
espaço, a disposição dos materiais e o tempo médio para a realização de cada atividade.
Na Oficina inaugural (figura 1) do projeto, os participantes foram recepcionados com
a realização de uma atividade criativa com a realização de uma obra artística sem o contato
manual, usando barbante e tinta de várias cores em saquinhos plásticos. Para inicio da
atividade foi apresentado um modelo e posteriormente distribuído o material aos
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participantes, que, após prepararem o material se posicionaram para pintar o quadro sem o
contato manual misturando várias cores na superfície da tela.
Figura 1: Oficina inaugural
Fonte: Os autores
A segunda Oficina a ser realizada foi a de Tie Dye (figura 2), que consiste na técnica
de tingir tecidos usando tinta, água quente e barbante, uma excelente forma de expressão
artística por trazer muitas cores em formas inusitadas a partir da dobra e amarração de tecidos,
que posteriormente são tingidos com várias cores.
Figura 2 – Tie Dye
Fonte: Os autores.
Na terceira Oficina realizada foi a vez do Filtro dos sonhos (figura 3), que consiste no
uso de cipó ou bastidor simples, fio encerado em várias cores, pedra, miçangas e penas.
Artefato de origem indígena, atraiu os participantes, mais pelo seu significado: afastar os
maus pensamentos e energias negativas, transformando-os em energias boas com incidência
de raios solares no objeto.
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Figura 3: Filtro dos sonhos
Fonte: Os autores
A quarta Oficina os participantes realizaram a confecção de Mandalas (figura 4),
circulo que simboliza o universo, bem como representa a procura pela paz interior, procura
representada por padrões entrelaçados e que tem como finalidade a própria orientação do
pensamento, uma vez que auxiliam a meditação. Uma das habilidades desenvolvidas nessa
atividade é a capacidade de localizar pontos e formas para se alcançar o objeto desejado.
Figura 4: Mandalas em CDs
Fonte: Os autores
Na quinta Oficina, desenvolveu-se atividade com Nebulosa engarrafada (figuras 5 e
6), que é uma atividade bem simples, porém, exótica e pode representar a Via láctea.
Usando uma garrafa pequena, água, corantes, glitter e algodão, os participantes realiza
atividade artística inserindo os materiais na garrafa e agitando-a, o que fascina é mistura de
cores deixando a impressão de que em cada garrafa uma constelação.
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Figura 5: Nebulosa engarrafada
Fonte: Os autores
Figura 6: Nebulosa engarrafada
Fonte: Os autores
A sexta atividade desenvolveu-se a confecção de castroagem de pedras (figura 7), que
consiste em dar nó nos barbantes tecendo uma pequena rede onde se alojará apedra. Essa
atividade a reflexão lógica para calcular as distâncias de um nó para o outro que dependo da
forma que forem sendo atados, a forma da rede se modifica.
Figura 7: Pedras castroadas
Fonte: Os autores
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Na sétima e ultima oficina foi a vez dos quadros com linhas e pregos (figura 8), que
consiste no uso de tabua, pregos, agulha de costura, linhas de bordar, cordão e até mesmo
arames bem fininhos.
Para a realização dessa atividade, o participante coloca em prática a sua capacidade
lógica e imaginária para determinar os espaços de realização de seu objetivo, podendo ser
produzido os mais variados tipos de formas, desde objetos, a pessoas e animais.
Figura 8: Quadro de linhas e pregos
Fonte: Os autores
O desenvolvimento das Oficinas obedeceu o programa e a ordem definida quando da
realização da consulta ao público alvo, de modo que o trabalho foi todo voltado aos
acadêmicos participantes, atendendo as suas expectativas quanto ao projeto, sendo que as
Oficinas foram realizadas semanalmente com duas horas de duração. No entanto, a maioria
das oficinas foram repetidas por solicitação dos participantes com intuito de se aprofundarem,
além do ingresso de novos participantes no segundo dia das respectivas Oficinas.
Divulgação
Para o desenvolvimento do projeto, a equipe responsável, composta por um acadêmico
protagonista, um acadêmico colaborador, orientados por um professor, se utilizaram como
meios de divulgação cartazes distribuídos nos espaços de maior circulação e concentração da
Universidade como a biblioteca e Restaurante universitário. Também foi criado um grupo
“aberto” no Facebook https://www.facebook.com/groups/620213968099899/?fref=ts (figura
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9) para divulgar as datas e temas de cada Oficina, bem como os recursos necessários a
realização das mesmas.
Para a divulgação das Oficinas, a equipe contou ainda com a divulgação corpo-a-corpo
realizada pelos participantes das Oficinas e pelos próprios membros da equipe responsável,
contando ainda com o apoio da Assessoria de Comunicação – ASCOM da Universidade, que
veicula, tanto as informações anteriores à realização das Oficinas, quanto as posteriores
apresentando os resultados.
A página do grupo é usada também para divulgar os trabalhos já realizados, incluindo
fotos e comentários a cerca dos procedimentos e das sensações percebidas e sentidas pelos
participantes. Nesse grupo, inicialmente foi inserir simpatizantes do projeto e posteriormente,
os participantes de cada Oficina, bem como outras pessoas que solicitavam adesão,
totalizando 120 membros aproximadamente. Sendo que vários membros, são externos à
universidade, o que reflete a relevância e a abrangência das Oficinas junto à comunidade.
Figura 9: Capa da página do grupo no Facebook
Fonte: Arte e estética: http://parlatorio.com/professor-adriano-portela/
Resultados
Pode-se perceber que os trabalhos artísticos desenvolvidos de forma artesanal através
das Oficinas de artes, apresentaram diferentes médias de participação, o que se deu conforme
o já previsto através da consulta realizada junto aos acadêmicos antes do início do
desenvolvimento das Oficinas, sendo que a maior média de participação foi registrada na
Oficina Filtro dos sonhos com 15 participantes, sendo essa Oficina, a mais requisitada pelo
publico alvo. Além disso, essa Oficina foi umas das apresentou um dos melhores índices de
interação entre os participantes e a equipe responsável gerando ótimos trabalhos.
Ao todo foram realizadas 14 Oficinas, ou seja, encontros, pois os temas foram
repetidos em datas diferentes sendo duplicada a realização de um mesmo tema. Tal fato se
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deu pelo interesse dos participantes em aprofundar as habilidades na confecção dos objetos de
artes, bem como para possibilitar que novos participantes se oportunizasse dos benefícios
oferecidos pelo projeto.
Embora, haja diferença na média de participantes das Oficinas e também do
rendimento alcançado em cada uma delas, pode-se perceber a relevância do desenvolvimento
das atividades para bem estar dos acadêmicos participantes.
Outro fator relevante observado, foi a interação dos acadêmicos participantes, tanto no
que se refere à realização das atividades propostas em cada Oficina, quanto ao que tange a
realização de novas amizades e a cooperação mutua no saneamento de dificuldades geradas
pelas mudanças de hábitos ao ingressarem na Universidade. Esse processo interativo
possibilitou também observar as diferenças individuais dos participantes, que permitiu ao
grupo responsável trabalhar também essas diferenças, de modo a equilibrar o
desenvolvimento e o aproveitamento das atividades. Assim, foi possível perceber desempenho
equilibrado entre os participantes na realização das atividades propostas em cada Oficina.
Inicialmente, houve algumas dificuldades, quanto ao interesse dos acadêmicos em
participar das Oficinas. Tal fato pode-se ter ocorrido devido ao período de início do
desenvolvimento do projeto que se deu no final do período letivo, final de semestre em que
em que todos se encontram com a preocupação centrada na realização das provas e trabalhos
de conclusão de disciplinas.
Embora o desenvolvimento do projeto tenha como objetivo atenuar o estresse causado
pela rotina de estudos. A maioria dos acadêmicos optou pelo desafio de concluírem seus
objetivos acadêmicos, para que posteriormente buscassem o refugio. Isso não se deve ao fato
de falta de interesse, mas sim a demanda de tempo necessária à realização dos objetivos
propostos nas várias disciplinas em que cada um se encontrava matriculado.
Na virada do semestre, foi intensificada a divulgação do projeto através da página do
grupo no Facebook e também com o apoio da ASCOM e da repercussão dos trabalhos
desenvolvidos no final do semestre anterior pelos participantes das Oficinas entre os próprios
acadêmicos, ou seja, a divulgação corpo-a-corpo, essa dificuldade foi sendo superada e as
Oficinas se tornando popular entre a comunidade acadêmica, atraindo também simpatizando
externos à Universidade. Sendo que a maioria dos participantes se tornaram frequentadores
assíduos das Oficinas. Outros participantes tiveram participação registrada dependendo do
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interesse pelo tema proposta para uma dada Oficina. Embora muitos desses participantes
justificaram suas ausências à falta de tempo hábil para realizar a suas atividades acadêmicas.
Através das avaliações realizadas pelos participantes após as Oficinas pode-se
observar que o desenvolvimento do projeto trouxe beneficio aos participantes, atingindo os
objetivos propostos.
A primeira questão apresentada na avaliação foi: Quais foram suas expectativas sobre
as oficinas de arte? E após frequentá-la, quais foram suas conclusões quanto à importância na
sua rotina Universitária e também na sua vida pessoal? Em resposta, [...] “Quanto as minhas
expectativas em relação à oficina de artes, era algo para relaxar, descontrair e proporcionar
de certa forma um lazer para os acadêmicos do nosso campus. Da minha parte este objetivo
foi alcançado sim, e achei muito importante a oferta das oficinas principalmente no que se
diz respeito ao conteúdo nelas apresentado, pois as atividades eram relacionadas a
construção de atividades que estão em destaque e muito bonita por sinal, acho importante
também manter essas atividades uma vez que acaba funcionando como um momento de fuga
do stress ocasionado no dia a dia e até mesmo como uma opção de lazer para os
acadêmicos”, [...] “Esperava aprender coisas que não conhecia e conhecer mais pessoas da
UTF, recebi isso e bem mais... Foi muito bom para aliviar o estresse da facul e gratificante”.
Essas respostas, entre outras não relatadas aqui e, observações realizadas durante a
participação nas Oficinas evidenciam que a participação em atividades artísticas, além de
atenuar o estresse causado pela rotina de estudos e por outros distúrbios5, também podem
possibilitar aos acadêmicos, novas posturas e novas perspectivas de vida.
Através das postagens das atividades desenvolvidas nas Oficinas na página do grupo
no Facebook, como fotos e comentários, foi possível perceber a satisfação dos participantes
quanto a participação nas Oficinas. O número significativo de curtidas e os comentários
evidenciam que os participantes gostaram da iniciativa do projeto.
Conclusão
As Oficinas de artes desenvolvidas através do projeto enriquecem a rotina estudantil
dos alunos participantes e, porque não, da equipe responsável, o proponente e colaborador e,
5 Dificuldades que, em alguns casos tem provocado até mesmo depressão nos alunos. Dificuldades, essas,
geradas pela mudança brusca no modo de viver o no ambiente, considerando que a maioria dos acadêmicos são
oriundos de outras cidades/regiões, que ao ingressarem na Universidade passam a viver sozinhos ou com amigos
que convive com a mesma situação.
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até mesmo do professor orientador. Com essa conclusão, nota-se que, a partir de uma ideia e
da força de vontade é possível desenvolver um trabalho que traga benefícios para todos os
envolvidos. Este projeto é uma doação e um recebimento gratificante, em que todos
progrediram em conhecimentos, em novas formas de se relacionar com o meio acadêmico e
consigo mesmo.
De modo geral o desenvolvimento do projeto ganhou forma e força dentro da
Universidade, se tornando referência no meio acadêmico, fazendo perceber a sua importância
no âmbito da Universidade, trazendo um contraponto à rotina de estudos, promovendo a
interação entre grupos de alunos, complementando as atividades acadêmicas, ampliando a
capacidade dos acadêmicos em lidar com questões matemáticas, que, vem a refletir em
melhores aproveitamentos nos resultados obtidos nos estudos.
É possível perceber a evolução dos trabalhos e até mesmo maior facilidade dos
participantes das Oficinas em executarem as atividades e tornarem-se mais perceptivos e
criativos com o compartilhamento das experiências. Nota-se que os resultados obtidos com o
desenvolvimento do projeto, correspondem às expectativas propostas, abrindo espaço para a
realização de novas investidas na área.
Assim, as consideração aqui apresentadas não significa a resolução de um problema,
ela deixa em aberto a evidência da necessidade de aprofundamentos dos estudos e da
aplicação da arte, bem como de outras atividades que possam atenuar o estresse causado pela
rotina de estudos. No entanto, colocamos a arte como uma possibilidade. Lembrando que
existe muito à fazer para o desenvolvimento da prática artística e cultural dentro da
Universidade, buscando o intercâmbio entre diferentes Instituições de Ensino Superior.
REFERÊNCIAS
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