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TRABALHADOR NO CULTIVO DE GRÃOS E OLEAGINOSAS COLEÇÃO SENAR - 79 TÉCNICAS PARA APLICAÇÃO DE HERBICIDAS EM PLANTIO DIRETO

79 - Cartilha Tecnica Herbicidas Em -Plantio-direto

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TRABALHADOR NO CULTIVO DE GRÃOSE OLEAGINOSAS

COLEÇÃO SENAR - 79

TÉCNICAS PARAAPLICAÇÃO DE HERBICIDAS

EM PLANTIO DIRETO

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SERVIÇO NACIONAL DEAPRENDIZAGEM RURAL

Antonio de SalvoPRESIDENTE DO CONSELHO DELIBERATIVO

Geraldo Gontijo RibeiroSECRETÁRIO EXECUTIVO

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ELABORADORES

BRASÍLIA – 2003

Lino Roberto FerreiraENGENHEIRO AGRÔNOMO

MESTRE EM FITOTECNIA, DOUTOR EM AGRONOMIA

PROFESSOR ADJUNTO DO DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA – MG

Francisco Cláudio Lopes de FreitasENGENHEIRO AGRÔNOMO

MESTRE EM FITOTECNIA, DOUTORANDO EM FITOTECNIA PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA – MG

Luis Henrique Lopes de FreitasTÉCNICO EM AGROPECUÁRIA

DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA – MG

ISSN 00000000

ISBN 000000000

TRABALHADOR NO CULTIVO DE GRÃOSE OLEAGINOSAS

COLEÇÃO SENAR - 79

TÉCNICAS PARAAPLICAÇÃO DE HERBICIDAS

EM PLANTIO DIRETO

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Copyright 2003 by SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural

Coleção SENAR - 79

Trabalhador no cultivo de grãos e oleaginosasTécnicas para aplicação de herbicidas em plantio direto

COORDENAÇÃO EDITORIALFundação Arthur Bernardes – FUNARBE

COORDENAÇÃO TÉCNICAAntônio do Carmo Neves

ENGENHEIRO AGRÔNOMO, MESTRE EM EXTENSÃO RURAL

PROFESSOR ASSISTENTE DO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA RURAL

DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA

IMPRESSO NO BRASIL

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Ferreira, Lino RobertoTécnicas para aplicação de herbicidas em plantio direto/

Lino Roberto Ferreira, Francisco Cláudio Lopez de Freitas, LuisHenrique Lopes de Freitas. – Brasília: SENAR, 2003.

76 p. il.; 21 cm (Coleção SENAR, ISSN 000000, 79)

ISBN 00000000

1. Herbicida – Aplicação. 2. Plantio direto – Aplicação deherbicida. I. Freitas, Francisco Cláudio Lopes de. II. Freitas,Luis Henrique Lopes de. III Título.

CDU: 632.954

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO .................................................................................................7

INTRODUÇÃO .......................................................................................................9

TÉCNICAS PARA APLICAÇÃO DEHERBICIDAS EM PLANTIO DIRETO ....................................................11

I IDENTIFICAR AS PLANTAS DANINHAS ............................................13

1 Conheça o Controle preventivo .....................................................19

2 Conheça o Controle cultural .............................................................19

II CONHECER OS MÉTODOS DE CONTROLEDAS PLANTAS DANINHAS .........................................................................19

3 Conheça o Controle mecânico ........................................................20

4 Conheça o Controle físico ..................................................................20

5 Conheça o Controle químico ...........................................................21

6 Conheça o Manejo Integrado .........................................................22

III CONHECER OS HERBICIDAS RECOMENDADOS ........................23

1 Conheça os Herbicidas para manejo pré-plantio .............23

2 conheça os Herbicidas para manejo pós-plantio ..............23

IV CONHECER A ÉPOCA IDEAL PARAA APLICAÇÃO DOS HERBICIDAS .........................................................25

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V CONHECER OS EQUIPAMENTOSDE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIS) .....................................................28

VI CONHECER OS EQUIPAMENTOS PARAAPLICAÇÃO DE HERBICIDAS ..................................................................34

VII CALIBRAR OS EQUIPAMENTOS ............................................................38

1 Calibre o pulverizador costal, sem autilização do copo calibrador .........................................................39

2 Calibre o pulverizador costal, com autilização do copo calibrador .........................................................42

3 Calibre o pulverizador acoplado sobre rodas ......................45

4 Calibre o pulverizador de barraacoplado ao trator, com o copo calibrador ..........................49

5 Calibre o pulverizador de barras acopladoao trator, sem o copo calibrador ..................................................55

VIII APLICAR HERBICIDAS ................................................................................58

1 Aplique herbicida com pulverizador costal ..........................59

2 Aplique herbicida com pulverizadoracoplado sobre rodas ............................................................................64

3 Aplique herbicida com pulverizadorde barra acoplado ao trator .............................................................66

IX DAR O DESTINO FINAL CORRETOÀS EMBALAGENS VAZIAS DE AGROTÓXICOS ............................69

1 Conhecer os tipos de embalagens de agrotóxico .............69

2 Fazer a tríplice lavagem ......................................................................71

3 Conhecer as responsabilidades do usuário ...........................73

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA .................................................................75

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APRESENTAÇÃO

O Comitê Editorial do SENAR, após umlevantamento de necessidades, vem definindo asprioridades para a produção de cartilhas deinteresse nacional.

As cartilhas são recursos instrucionais deextrema relevância para o processo da FormaçãoProfissional Rural e Promoção Social e, quandoelaboradas segundo metodologia preconizadapela Instituição, constituem um reforço para aaprendizagem adquirida pelos trabalhadoresrurais nos cursos ou treinamentos promovidospelo SENAR em todo o país.

A presente cartilha faz parte de uma sériede 15 títulos desenvolvidos em parceria com aFUNARBE/UFV e é mais uma contribuição daAdministração Central, visando à melhoria daqualidade dos serviços prestados pelo SENAR.

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INTRODUÇÃO

Esta cartilha descreve, de maneira simplese ilustrada, os procedimentos corretos da aplicaçãode herbicidas em plantio direto, fornecendoinformações técnicas para a execução das operaçõesno momento preciso.

Aborda desde a identificação de plantasdaninhas, o conhecimento dos métodos de controledas plantas daninhas, os herbicidas registrados, aépoca ideal para sua aplicação, os equipamentos deproteção individual para aplicação de herbicidas, aregulagem e calibragem dos equipamentos, até aaplicação dos herbicidas e o destino final dasembalagens vazias de agrotóxicos.

Trata, também, das precauções para a corretaexecução das operações, preservando a saúde esegurança do trabalhador, e ainda informa sobreaspectos de preservação do meio ambiente e outrosassuntos que possam interferir na melhoria daqualidade e da produtividade ao produto colhido.

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TÉCNICAS PARAAPLICAÇÃO DE HERBICIDASEM PLANTIO DIRETO

As plantas daninhas podem provocar prejuízos oubenefícios à agricultura. Em determinadas fases da cultura,elas competem por água, luz, nutrientes e espaço, causandodiminuição de produtividade e qualidade do produto colhido;em outras fases, podem dificultar a colheita e hospedardoenças e pragas.

Entretanto, essas plantas são importantes. Elastambém podem proteger o solo da erosão, reciclar nutrientese hospedar inimigos naturais de pragas e doenças.

Corda-de-viola inviabiliza colheita mecanizada de milho

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No sistema de plantio direto, as plantas consideradasdaninhas não devem ser eliminadas. Ao contrário,recomenda-se o seu manejo porque, muitas vezes, elas são aprincipal fonte de palhada. Por exemplo, atualmente o capimbraquiária, está sendo semeado junto com a soja e o milho.O objetivo desse consórcio é aumentar a palhada para ospróximos plantios, podendo também ser usado comopastagem no período entre a colheita e o plantio.

Neste exemplo, até determinada fase da cultura dasoja ou do milho, a braquiária deve ser manejada para nãointerferir na produtividade; depois, é interessante que elacresça e produza boa quantidade de palha ou de pastagem.

O manejo integradode plantas daninhas consistena utilização de várias técnicasvisando um controle eficiente,econômico e que preserve aqualidade ambiental e asaúde do homem.

Diversos métodos decontrole podem ser asso-ciados: preventivo, cultural,mecânico, físico, biológico equímico.

É importante conheceras espécies daninhas, o tipo desolo, a topografia da área, osequipamentos disponíveis napropriedade, as condiçõesambientais e o nível culturaldo proprietário.

Consórcio de milho comcapim braquiária

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I IDENTIFICAR ASPLANTAS DANINHAS

Existem muitas espécies de plantas daninhas. Aimportância delas varia conforme a cultura que estejaminfestando, a região e a época do ano. Conhecendo cadaespécie, o produtor poderá escolher o melhor método decontrole.

Alguns exemplos de plantas daninhas:

Tiririca (Cyperus rotundus)

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Rubim (Leonurus sibicurus)

Falsa-serralha (Emilia sonchifolia)

Mentrasto (Ageratum conyzoides)

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Corda-de-viola (Ipomoea grandifolia)

Capim-colchão (Digitaria horizontalis)

Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica)

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Botão-de-ouro (Galinsoga parviflora)

Serralha (Sonchus oleraceus)

Picão-preto (Bidens pilosa)

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Caruru (Amaranthus retroflexus)

Erva-quente (Spermacoce latifolia)

Capim-marmelada (Brachiaria plantaginea)

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Fedegoso (Senna obtusifolia)

Grama-seda (Cynodom dactylon)

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II CONHECER OSMÉTODOS DE CONTROLEDAS PLANTAS DANINHAS

1 CONHEÇA O CONTROLE PREVENTIVOAs medidas que se podem tomar para evitar a entrada

de plantas daninhas de difícil controle na área são o controlepreventivo, por exemplo:

• escolher sementes para o plantio de boaqualidade e que não estejam misturadas comsementes de plantas daninhas;

• limpar as máquinas e implementos agrícolasantes de colocá-los na lavoura para trabalhar.

2 CONHEÇA O CONTROLE CULTURALAs técnicas para favorecer a planta cultivada,

tornando-a mais competitiva, de modo que suplante a plantadaninha, são o controle cultural.

Por exemplo, em locais com infestação de tiririca, osolo não deve ser revolvido com arado, grade ou cultivadorpara evitar que essa espécie se multiplique, pois a principalforma de reprodução da tiririca é pelos tubérculos. Cadatubérculo possui até 10 gemas e cada uma pode dar origema uma planta.

Atenção: O uso de espaçamento adequado, boaadubação e sementes com alto vigor aumenta opoder de competição das culturas com asplantas daninhas.

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3 CONHEÇA O CONTROLE MECÂNICOEste é o método mais utilizado no sistema

convencional, porém esse tipo de controle deve ser evitadono plantio direto por causar movimentação de solo e facilitara erosão:

• Enxadas• Cultivadores de tração animal• Cultivadores acoplados ao trator

4 CONHEÇA O CONTROLE FÍSICOAs técnicas que caracterizam o controle físico

compreendem o uso de fogo, de cobertura morta, deinundação.

• FogoO fogo só deve ser usado se houver excesso de

galhada.

Alerta ecológico: O fogo provoca empobrecimentodo solo e forte impacto ambiental, por isso,sempre que possível, deve ser evitado.

• Cobertura morta

Além decontrolar algumasespécies de plan-tas daninhas, éuma técnica quemantém a umi-dade do solo eevita erosão, porisso é essencialpara o sucesso doplantio direto.

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Aplicação de herbicida para dessecação (antes do plantio)

Aplicação em pós-emergência (após o plantio)

• Inundação

Técnica que consiste no manejo da lâmina de águana cultura do arroz irrigado e seu uso controla diversasespécies de plantas daninhas.

5 CONHEÇA O CONTROLE QUÍMICOOs produtos químicos denominados herbicidas são

usados para controlar as plantas daninhas.No plantio direto, os herbicidas podem ser usados

antes do plantio e após o plantio.

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6 CONHEÇA O MANEJO INTEGRADOO manejo integrado consiste na utilização de todos

os métodos de controle possíveis, de maneira integrada, commaior benefício para o agricultor e para o meio ambiente.

Plantio direto reduz população de tiririca

Plantio convencional aumenta população de tiririca

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III CONHECEROS HERBICIDASRECOMENDADOS

1 CONHEÇA OS HERBICIDAS PARAMANEJO PRÉ-PLANTIOPara a operação de dessecação, os principais

herbicidas são: glifosate, 2,4-D e paraquat + diuron. Estesprodutos são comercializados com deferentes marcascomerciais.

2 CONHEÇA OS HERBICIDAS PARAMANEJO PÓS-PLANTIONo manejo de plantas daninhas após a semeadura

da cultura, a época para a aplicação dos herbicidas podeser:

• antes da emergência da cultura e das plantasdaninhas (aplicação em pré-emergência); ou

• após a emergência das plantas (aplicação em pós-emergência).

No plantio direto, dá-se preferência à aplicação empós-emergência e os herbicidas devem ser recomendadosde acordo com as plantas daninhas presentes na área, após aidentificação das mesmas no campo.

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Considerando, com exemplo, as plantas daninhasidentificadas na cultura do feijão e identificadas nesta cartilha,verifica-se a presença de gramíneas e dicotiledôneas. Nestecaso, recomenda-se uma mistura de herbicidas:

• fomesafen – com ação sobre plantasdicotiledôneas (falsa-serralha, rubim, mentrasto,corda-de-vila, botão-de-ouro, serralha, picão-preto, caruru e erva quente);

• fluazifop-p – com ação sobre as gramíneas(capim-colchão, capim-pé-de-galinha e grama-seda).

Essa mistura pode ser adquirida pronta (Robust), oupode ser misturada no tanque no momento da aplicação.

Atenção: A escolha dos herbicidas, a dose e atecnologia de aplicação a ser utilizadadependem das espécies infestantes, do estádiodas mesmas e das condições climáticas, porisso deve-se procurar a orientação de umengenheiro agrônomo ou profissionalhabilitado.

Alerta ecológico: Na aplicação dos herbicidas, asrecomendações do técnico responsável devemser obedecidas rigorosamente, porque se tratade produtos tóxicos ao homem e ao ambiente.

Precaução: Somente pessoas treinadas devemaplicar herbicidas e devem estar usando osequipamentos de proteção individual (EPIs),porque se trata de produtos tóxicos ao homem.

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IV

No sistema de plantio direto, geralmente se faz aaplicação dos herbicidas em duas épocas:

• antes do plantio (dessecação);

• depois do plantio (aplicação em pós-emergência).

A operação de dessecação é muito importante, poissubstitui a aração e a gradagem que geralmente são feitasno plantio convencional.

CONHECER AÉPOCA IDEAL PARAA APLICAÇÃO DOSHERBICIDAS

Momento da dessecação

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A dessecação deve ser feita quando as plantasdaninhas estiverem em pleno crescimento. Plantas madurasdevem ser roçadas e esperar a rebrota.

Atenção: Para a aplicação dos herbicidas, deve-se esperar as primeiras chuvas para que asplantas produzam folhas novas e possamabsorver os herbicidas. Não pode choverimediatamente após a aplicação dosherbicidas dessecantes. O ideal é pelomenos 4 horas sem chuva.

A aplicação de herbicida em pós-emergência dasculturas e das plantas daninhas deve ser realizada antes deas plantas daninhas concorrerem com as culturas, geralmenteentre 20 e 30 dias após o plantio.

Momento do plantio

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Atenção: 1 - O estádio de desenvolvimento dasplantas daninhas é importante para aaplicação do herbicida, porque as plantasmais jovens necessitam de menores doses, comisso obtém-se maior economia e menorimpacto ambiental.

2 - A dosagem do herbicida deve serconforme a orientação técnica.

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V CONHECER OSEQUIPAMENTOS DEPROTEÇÃO INDIVIDUAL(EPIs)

Equipamentos de proteção individual (EPIs) sãoferramentas de trabalho que visam proteger a saúde dotrabalhador rural que utiliza agrotóxicos, reduzindo os riscosde intoxicações decorrentes da exposição a esses produtos.

As principais vias de exposição são a boca, o nariz, osolhos e a pele.

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O risco de um trabalhador se intoxicar com herbicidadepende da toxicidade e da quantidade do produto queatinge seu corpo.

Atenção: 1 - A toxicidade dos produtos estáespecificada no rótulo em faixas coloridas. Aordem crescente de toxicidade é verde, amarelo,azul e vermelho, portanto os produtos herbicidascom faixa vermelha são os mais perigosos.

2 - É obrigação do empregador forneceros EPIs adequados ao trabalho, instruir e treinarquanto ao uso dos mesmos, fiscalizar e exigir ouso, assim como repor os EPIs danificados.

3 - É obrigação do trabalhador usar econservar os EPIs.

PRINCIPAIS EPIs

Luvas

As luvas devem ser impermeáveis aos herbicidas. Asmais indicadas são as luvas de borracha nitrílica ou neoprene,porque podem ser utilizadas com qualquer tipo deformulação.

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Respiradores (Máscaras)

Existem dois tipos de respiradores: sem manutenção(chamados descartáveis) que possuem uma vida útil curta eos de baixa manutenção que possuem filtros especiais parareposição, normalmente mais duráveis.

Precaução: Os respiradores devem estar semprelimpos, higienizados e os seus filtros jamaispodem ser saturados. Se usados de formainadequada, tornam-se desconfortáveis epodem transformar-se numa verdadeira fontede contaminação para o operador.

Viseira facial

A finalidade daviseira é proteger osolhos e o rosto contrarespingos durante omanuseio e aplicaçãodo herbicida.

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Atenção: Quando não houver presença ouemissão de vapores ou partículas no ar, o usoda viseira com o boné árabe pode dispensar ouso da máscara, aumentando o conforto dotrabalhador.

Jaleco e calça hidro-repelentes

Esta roupaprotege o corpodos respingos doproduto, porémnão é eficiente sea exposição formuito grande.

Atenção: Para altas exposições, como, porexemplo, a aplicação de herbicidas compulveriador costal, o operador deve usarcalças com reforço nas pernas.

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Boné árabe

O couro cabeludo e o pescoço ficam protegidos contrarespingos.

Avental

Sua eficiência depende do material com que éproduzido. Um material resistente a solventes orgânicosaumenta a proteção do aplicador contra respingos deprodutos concentrados durante o preparo da calda ou contraeventuais vazamentos de pulverizadores costais.

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Botas

Sua função é proteger os pés. Devem ser de corbranca, cano alto e resistentes aos solventes orgânicos.

Atenção: O cano da bota deve ficar por baixodo macacão e nunca o macacão ficar pordentro da bota.

Precaução: 1 - Todos os EPIs devem sermantidos limpos, em local separado dosagrotóxicos, e também separados das roupascaseiras.

2 - A lavagem dos EPIs não pode serrealizada junto com as demais roupas, paraevitar contaminações.

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VI CONHECER OSEQUIPAMENTOS PARAAPLICAÇÃO DEHERBICIDAS

A válvula reguladora de pressão é um acessório muitoimportante porque permite manter a pressão de trabalhoconstante, aumentando a uniformidade da aplicação.

Todo equipamento para aplicação de herbicida deveestar em bom estado de conservação e o profissional que irámanuseá-lo deve estar devidamente treinado.

Pulverizadorcostal

O pulverizadorcostal mais comum paraa aplicação de herbicidaspossui um tanque comcapacidade para 20 litros,com barra de um ou doisbicos tipo leque.

Dependendo doângulo do bico e da alturaem relação ao alvopulverizado, cada bicopoderá cobrir uma faixade 0,5 a 1,0 m.

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Os bicos de grande ângulo, tipo TT ou TF podemtrabalhar a uma distância de 1,0 m entre eles se estiverem auma altura de 0,5 m, portanto com uma barra com doisbicos espaçados de 1,0 m cobre-se uma área de 2,0 m. Comisso, a capacidade operacional aumenta em quatro vezes secomparada com a capacidade de pulverizador com únicobico do tipo XR, que cobre apenas uma faixa de 0,5 m.

Pulverizador costal, acoplado sobre rodas

Pode ser o mesmo pulverizador costal, com adiferença que o operador não carrega o peso nas costas e apressão é gerada pelo movimento da roda, que aciona opistão, gerando a pressão de pulverização.

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Atenção: Este tipo de pulverizador reduz em até90% a exposição do operador à caldapulverizada, além de realizar a operação commaior rendimento operacional e menoresforço.

Pulverizador de barra acoplado ao trator

Este é o tipo mais utilizado para aplicar herbicidas,sendo encontrado em médias e grandes propriedades.

Nos modelos mais comuns, o tanque varia de 400 a2.000 litros.

O tamanho da barra deve ser planejado de acordocom a topografia do terreno. Em terrenos declivosos éaconselhado trabalhar com barras menores, para permitiruniformidade na altura da barra.

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A altura ideal da barra em relação ao alvo dependedo ângulo dos bicos e da distância entre eles, que na maioriados casos é fixada em 0,5 m. Ângulos maiores permitemtrabalhar com a barra mais baixa, diminuindo a deriva, queé o desvio das gotas pulverizadas pela ação do vento.

O número de bicos é variável de acordo com otamanho da barra.

Alerta ecológico: A deriva é a principal causa depoluição por agrotóxicos, por isso, apulverização deve ser realizada nas horas demenos ventos, com temperatura amena eumidade relativa elevada. Além disso, oposicionamento da e com da barra deve ser omais baixo possível.

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VII CALIBRAR OSEQUIPAMENTOS

A regulagem e a calibração são os ajustes feitos namáquina para que o produto seja aplicado na doserecomendada e de maneira uniforme.

Primeiramente, determina-se o volume de caldanecessário para pulverizar um hectare e, em seguida, aconcentração do herbicida no tanque do pulverizador.

Antes de iniciar a calibração do pulverizador, deve-severificar o funcionamento do mesmo, se não existemvazamentos e se os bicos são adequados ao tipo depulverização.

Atenção: A quantidade de herbicida a sercolocada no tanque depende da doserecomendada por hectare e do volume de caldadeterminado no momento da calibração.

Precaução: Antes de iniciar a calibração dequalquer pulverizador que já estiver em uso,deve-se vestir os EPIs necessários, porque essepulverizador poderá estar contaminado comalgum tipo de agrotóxico.

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1 CALIBRE O PULVERIZADORCOSTAL, SEM A UTILIZAÇÃO DOCOPO CALIBRADOR

1.1 MARQUE UMA ÁREA DE 100 M2 (20 M DECOMPRIMENTO POR 5 M DE LARGURA)

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1.2 COLOQUE UMAQUANTIDADECONHECIDA DEÁGUA NO TANQUEDO PULVERIZADOR

Exemplo: 5 litros

No caso doexemplo, utilizandoum bico que cobreuma faixa de 1m,gasta-se 5 passadaspara cobrir a largurade 5 m da áreademarcada.

1.3 PULVERIZE ESSA ÁREA, RESPEITANDO ALARGURA DA FAIXA PULVERIZADA PARANÃO HAVER SOBREPOSIÇÃO OU FALHAS

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1.4 MEÇA A ÁGUAQUE SOBROU NOTANQUE

Exemplo: 3,6 litros

1.5 CALCULE OVOLUME DECALDA EMLITROS/HA

Para fazer o cálculo, basta seguir a seguinte fórmula:

(volume colocado no tanque – volume que sobrou) x100 = volume de calda/ha

Se foram colocados 5 L e sobraram 3,6 L, então:(5 - 3,6) x 100 = 140 litros de calda/ha

Portanto, o volume necessário para pulverizar umaárea de 1 hectare é de 140 L, ou seja, gasta-se setepulverizadores de 20 litros para um hectare.

Atenção: É importante que o pulverizador tenha osfiltros (peneiras) em bom estado de conservaçãoe limpos, para que não haja entupimento dosbicos no momento da aplicação.

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2 CALIBRE O PULVERIZADORCOSTAL, COM A UTILIZAÇÃO DOCOPO CALIBRADORUma outra maneira de fazer a calibração do

pulverizador é com o auxilio de um copo calibrador, quepode ser conseguido gratuitamente, se solicitado às empresasfabricantes do herbicida.

2.1 MARQUE UMA DISTÂNCIA DE 50 M NOTERRENO ONDE VAI FAZER A CALIBRAÇÃO

2.2 VERIFIQUE AS PENEIRAS DOPULVERIZADOR E DOS BICOS

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2.3 ESCOLHA O BICO ADEQUADO

2.4 COLOQUEÁGUA NOPULVERIZADOR

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2.5 MARQUE O TEMPO GASTO PARAPERCORRER ESSA DISTANCIAPULVERIZANDO

2.6 COLETE A ÁGUA DE UM BICONO TEMPO ACIMA DETERMINADO

Exemplo: 0,35 L

Exemplo: 35 segundos

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2.6 FAÇA A LEITURA DO VOLUME DE CALDAGASTO PARA PULVERIZAR UM HECTARE,RESPEITANDO O ESPAÇAMENTO ENTREBICOS, INDICADO NO COPO CALIBRADOR

A largura da faixa pulverizada por bico deve serrespeitada. Por exemplo: para bicos espaçados de 0,5 m,o volume gasto de 0,35 L indica um volume de calda de140 L/ha.

3 CALIBRE O PULVERIZADORACOPLADO SOBRE RODASO método mais prático para calibrar esse tipo de

pulverizador é com o copo calibrador.

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3.1 VERIFIQUE OESTADO DOPULVERIZADOR,DOS FILTROS EDOS BICOS

3.2 MARQUE UMA DISTÂNCIA DE 50 M NOLOCAL ONDE VAI FAZER A PULVERIZAÇÃO

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3.3 COLOQUEÁGUA LIMPANOPULVERIZADOR

3.4 PULVERIZEESSA ÁREACOLETANDO AÁGUA DE UMDOS BICOS

Exemplo: 0,4 L

Atenção: Antes depulverizar,verificar se oaparelho está comboa pressão. Paraisso é importantemovimentar opulverizador comos registrosfechados, atétravar a roda.

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3.5 FAÇA ALEITURA DOVOLUME DECALDA,RESPEITANDOA DISTÂNCIAENTRE BICOS,INDICADA NOCOPOCALIBRADOR

Exemplo: com bicosespaçados de 0,5 m, gasta-se 160 litros de calda para1 ha.

3.6 CALCULE A QUANTIDADE DO HERBICIDAA SER COLOCADA NO TANQUE

Este cálculo é feito conhecendo o volume de calda ea dose do herbicida por hectare.

A condição ideal de trabalho para o pulverizadoracoplado sobre rodas é com quatro bicos do tipo XR11002,espaçados de 0,5 m ou quatro bicos tipo TT11002, cujoespaçamento pode variar de 0,5 até 1,0 m, dependendo doespaçamento da cultura. Em ambos os casos, a altura dobico em relação ao alvo pulverizado deve ser de 0,5 m.

Atenção: Com o bico TT11002 no espaçamentode 1 m e 0,5 m de altura, o volume de caldaserá a metade (80 L/ha), a área pulverizadapor pulverizador será o dobro, o que iráreduzir o esforço do operador.

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4 CALIBRE O PULVERIZADOR DEBARRA ACOPLADO AO TRATOR,COM O COPO CALIBRADORO exemplo será dado com um pulverizador cujo

tanque tem capacidade de 600 litros e barra com 24 bicosXR11002, espaçados entre si de 0,5 m.

4.1 VERIFIQUE O FUNCIONAMENTO DAMÁQUINA

Filtro da bomba

Filtro do tanque

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Esta operação deve ser feita em todos os componentes(tanque, bomba, filtros, bicos, manômetro, mangueiras,conexões, registros, etc.).

4.2 ABASTEÇA O TANQUE DOPULVERIZADOR COM ÁGUA LIMPA

Filtro do bico

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4.3 ESCOLHA O BICO MAIS ADEQUADOEM FUNÇÃO DA COBERTURA FOLIARDESEJADA E DO TAMANHO DE GOTAS

4.4 AJUSTE APRESSÃO DETRABALHO E AALTURA DABARRA EMFUNÇÃO DOSBICOS ASEREMUTILIZADOS(VER NOCATÁLOGO)

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Exemplo: 1.800 rpm e 3ª reduzida

4.5 VERIFIQUE A UNIFORMIDADE DOS BICOSCOM O FLUXÔMETRO OU PROVETAGRADUADA

4.6 ESCOLHA A VELOCIDADE IDEALDE TRABALHO, MODIFICANDO AMARCHA E A ROTAÇÃO DO TRATOR(VARIA ENTRE 4 E 8 KM/H)

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4.7 MARQUE UMADISTÂNCIA DE50 M NOTERRENO ASERPULVERIZADO

4.8 DETERMINE O TEMPO QUE O TRATORGASTA PARA PERCORRER ESSES 50 M,NA MARCHA E ROTAÇÃO DE TRABALHOPRÉ-ESTABELECIDAS

Exemplo: 33 segundos

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Com bico 110-02

4.9 COLETE ÁGUA DE UM DOS BICOS, NOTEMPO ACIMA DETERMINADO

Exemplo: 0,4 L

4.10 FAÇA A LEITURA DOVOLUME DE CALDA PORHECTARE NO COPOCALIBRADOR,RESPEITANDO-SE ADISTÂNCIA ENTRE BICOSINDICADA NO COPOSe o espaçamento entre bicos

for de 0,5 m, o volume de 0,4 litroscorresponde a um gasto 160 litros decalda para pulverizar um hectare.Considerando que o tanque temcapacidade para 600 litros, poderápulverizar uma área de 3,75 hectares acada abastecimento.

Alerta ecológico: Erros na tecnologia de aplicaçãosão responsáveis por até 80% dos problemasocorridos com os herbicidas no campo.

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Atenção: 1 - A escolha dos bicos deve ser emfunção do alvo a ser pulverizado, do produto aser aplicado e das condições ambientais.

2 - Os bicos que estiverem com vazãodiferente (fora da média) devem ser trocados.

5 CALIBRE O PULVERIZADOR DEBARRAS ACOPLADO AO TRATOR,SEM O COPO CALIBRADORConsiderando o mesmo exemplo anterior:

pulverizador com um tanque de 600 litros e barra com 24bicos XR11002, espaçados entre si de 0,5 m.

5.1 VERIFIQUE O FUNCIONAMENTO DAMÁQUINA, INCLUINDO TODOS OSCOMPONENTES

Tanque, bomba, filtros, bicos, manômetro,mangueiras, conexões, registros, etc.

5.2 AJUSTE APRESSÃO DETRABALHO EALTURA DA BARRAEM FUNÇÃO DOSBICOS A SEREMUTILIZADOS (VERNO CATÁLOGO)

Na aplicação de herbi-cida utilizam-se pressões entre30 e 40 libras/pol2.

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5.3 ESCOLHA A VELOCIDADE IDEAL DETRABALHO

Exemplo: 4 a 8 km/h

5.5 DETERMINE O TEMPO QUE O TRATORGASTA PARA PERCORRER ESSES 50 M,NA MARCHA E ROTAÇÃO DE TRABALHOPRÉ-ESTABELECIDAS

Exemplo: 33 segundos

5.4 MARQUE UMADISTÂNCIADE 50 M NOTERRENOA SERPULVERIZADO

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5.4 DETERMINE AVAZÃO MÉDIADOS BICOS NOTEMPO ACIMADETERMINADO(33 SEG),UTILIZANDO-SEUMA PROVETAGRADUADA OUUMA OUTRAVASILHAGRADUADA

Exemplo: 0,4 Lem 33 segundos

No caso de não ter como medir o volume de águacoletado, pode-se pesar o mesmo em uma balança.

Atenção: Nesta etapa, é importante medir avazão de todos os bicos para ver se eles estãouniformes.

5.5 CALCULE O VOLUME DE CALDAPOR HECTARE

Para esse cálculo, usa-se a seguinte fórmula:

(L/ha) = (10.000 x volume coletado por bico emlitros) ÷ (50 x espaçamento entre bicos em metros)

Exemplo:

Volume de calda em L/ha =(10.000 x 0,4 L)

= 160 L/ha(50 x 0,5 m)

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VIII APLICARHERBICIDAS

No sistema de plantio direto, geralmente se faz aaplicação dos herbicidas em duas épocas:

Em qualquer dessas duas épocas, a aplicação poderáser realizada com qualquer um dos equipamentos descritosanteriormente, desde que esteja bem regulado e calibrado.

• uma paracontrolar asplantasdaninhasantes doplantio(dessecação);

• outra paracontrolar asplantasdaninhas quegerminaremdepois doplantio(aplicaçãoem pós-emergência).

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Atenção: Qualquer agrotóxico (o herbicida é umagrotóxico) somente poderá ser aplicadomediante receita de um profissional habilitado.É responsabilidade do profissional indicar oproduto, a dose e a tecnologia a ser utilizada.

Precaução: Para aplicar qualquer agrotóxico, oaplicador deverá vestir equipamentos de proteçãoindividual (EPIs), para evitar acidentes.

1 APLIQUE HERBICIDA COMPULVERIZADOR COSTAL

1.1 CALIBRE O PULVERIZADOR

1.2 CALCULE O VOLUME DE CALDA GASTOPARA PULVERIZAR 1 HA, EM FUNÇÃO DACALIBRAÇÃOExemplo: 140 L/ha

1.3 VERIFIQUE A DOSE DO HERBICIDARECOMENDADA PELO TÉCNICORESPONSÁVELExemplo: 0,3 L/ha do herbicida Robust para cultura

do feijão

1.4 CALCULE A QUANTIDADE DE HERBICIDA ASER COLOCADA NO TANQUE DOPULVERIZADOR USANDO A FÓRMULA

Quantidade/tanque = (volume do tanque em L x doseem L ou kg/ha) ÷ volume de calda em L/ha

Exemplo:(20 L x 0,3 L/ha)

= 0,042 litros ou 42 mL140L/ha

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Foto 0227

1.5 PREPARE A CALDA

Atenção: Para preparar a quantidade de caldaexata, é necessário saber o tamanho da área aser pulverizada e o volume da calda a sergasto por hectare.

1.5.2 MEÇA42 ML DEHERBICIDAROBUST NUMAPROVETAGRADUADA

1.5.1 COLOQUE 2LITROS DEÁGUA LIMPANUM BALDE

Precaução: O baldeutilizado para opreparo deagrotóxicos nãodeve ser usadopara nenhumaoutra atividade afim de evitarcontaminações eacidentes.

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1.5.3 COLOQUENO BALDE AQUANTIDADEDE HERBICIDACALCULADAPARA CADATANQUE

Exemplo: 42 ml doherbicida Robust

Atenção: A sobraque ficou naproveta deveseraproveitada,lavando comum pouco deágua e, emseguida,despejando nobalde.

1.5.4 AGITE BEM ACALDA

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1.5.5 COLOQUE ACALDA NOTANQUE DOPULVERIZADOR

Atenção: Os filtrosdo pulverizador(peneiras) devemestar em bomestado deconservação elimpos, para quenão hajaentupimento dosbicos no momentoda aplicação.

1.5.6 COMPLETE OTANQUE DOPULVERIZADORCOM ÁGUALIMPA

Precaução: Opulverizadordeve ser bemfechado paraevitar saída dasolução.Qualquer partedo pulverizadoronde tenha respingado a solução do herbicidadeve ser limpa e enxugada com papel toalha,antes de colocá-lo nas costas.

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Para colocar o pulverizador nas costas, o operadordeve ser ajudado por outra pessoa, uma vez que este temque estar na posição erguida para evitar que hajaderramamento da solução.

1.6 FAÇA A PULVERIZAÇÃO NAÁREA DESEJADA, RESPEITANDO ASCONDIÇÕES DA CALIBRAÇÃO

Precaução: Durante todo o processo decalibração, e principalmente no preparo eaplicação da calda, é obrigatória a utilizaçãodos EPIs recomendados no rótulo do produtoou pelo técnico responsável.

Atenção: 1 - Para que a pulverização sejaperfeita é necessário que o operador mantenhavelocidade, pressão de pulverização e alturado bico constantes.

2 - No momento da pulverização, éimportante fazer a marcação das faixaspulverizadas para não haver sobreposição oufalhas na área pulverizada.

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2 APLIQUE HERBICIDA COMPULVERIZADOR ACOPLADOSOBRE RODAS

2.1 CALIBRE O PULVERIZADOR

2.2 CALCULE O VOLUME DE CALDA GASTOPARA PULVERIZAR 1 HA, EM FUNÇÃO DACALIBRAÇÃOExemplo: 80 L/ha

2.3 VERIFIQUE A DOSE DO HERBICIDARECOMENDADA PELO TÉCNICORESPONSÁVELExemplo: 0,3 L/ha de Robust para cultura do feijão

2.4 CALCULE A QUANTIDADE DE HERBICIDAA SER COLOCADA NO TANQUE DOPULVERIZADOR USANDO A FÓRMULAQuantidade/tanque = (volume do tanque em L x dose

em L ou kg/ha) ÷ volume de calda em L/ha

Exemplo:(20 L x 0,3 L/ha) = 0,075 litros ou 75 ml

80L/ha

2.5 PREPARE A CALDAO preparo da calda é feito colocando a quantidade

calculada do herbicida para cada tanque (no caso doexemplo: 0,075 litro).

Atenção: Para preparar a quantidade de caldaexata, é necessário saber o tamanho da área aser pulverizada e o volume da calda a sergasto por hectare.

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Precaução: Durante todo o processo decalibração, e principalmente no preparo eaplicação da calda, é obrigatória a utilizaçãodos EPIs recomendados no rótulo do produtoou pelo técnico responsável.

Atenção: 1 - Para que a pulverização sejaperfeita é necessário que o operador mantenhavelocidade e altura dos bicos constantes.

2 - No momento da pulverização éimportante fazer a marcação das faixaspulverizadas para não haver sobreposição oufalhas na área pulverizada.

2.6 FAÇA A PULVERIZAÇÃO NA ÁREADESEJADA, RESPEITANDO AS CONDIÇÕESDA CALIBRAÇÃO

Atenção: Os filtros do pulverizador (peneiras)devem estar em bom estado de conservação elimpos, para que não haja entupimento dosbicos no momento da aplicação.

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3 APLIQUE HERBICIDA COMPULVERIZADOR DE BARRAACOPLADO AO TRATORConsiderando como exemplo um pulverizador com

um tanque de 600 litros e barra com 24 bicos XR11002,espaçados entre si de 0,5 m, procede-se assim:

3.1 CALIBRE O PULVERIZADOR

3.2 CALCULE O VOLUME DE CALDA GASTOPARA PULVERIZAR 1 HA, EM FUNÇÃO DACALIBRAÇÃO

Exemplo: 160 L/ha

3.3 VERIFIQUE A DOSE DO HERBICIDARECOMENDADA PELO TÉCNICORESPONSÁVEL

Exemplo: 4 L/ha de Roundup

3.4 CALCULE A QUANTIDADE DE HERBICIDAA SER COLOCADA NO TANQUE DOPULVERIZADOR USANDO A FÓRMULA

Quantidade/tanque = (volume do tanque em L x doseem L ou kg/ha) ÷ volume de calda em L/ha

Exemplo:(600 L x 4 L/ha)

= 15 litros160L/ha

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3.5 PREPARE A CALDA

3.5.1 COLOQUE AQUANTIDADECALCULADADO HERBICIDADIRETAMENTENO TANQUE

Exemplo:15 litros deRoundup

3.5.2 COMPLETE O TANQUE COM ÁGUA LIMPA

Atenção: Os filtros do pulverizador (peneiras)devem estar em bom estado de conservação elimpos, para que não haja entupimento dosbicos no momento da aplicação.

3.6 FAÇA A PULVERIZAÇÃO NA ÁREADESEJADA, RESPEITANDO AS CONDIÇÕESDA CALIBRAÇÃO

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Precaução: Durante todo o processo decalibração, e principalmente no preparo eaplicação da calda, é obrigatória a utilizaçãodos EPIs recomendados no rótulo do produtoou pelo técnico responsável.

Atenção: 1 - Para que a pulverização sejaperfeita, é necessário que o operadormantenha a velocidade, a pressão depulverização e a altura dos bicos constantes.

2 - No momento da pulverização, éimportante fazer a marcação das faixaspulverizadas para não haver sobreposição oufalhas na área pulverizada.

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IX DAR O DESTINOFINAL CORRETO ÀSEMBALAGENS VAZIASDE AGROTÓXICOS

Toda embalagem vazia de herbicida ou qualquer outroproduto agrotóxico deve ser devolvida para uma unidade derecebimento. Não é mais permitido queimar ou enterrar essetipo de embalagem nas fazendas.

1 CONHECER OS TIPOS DEEMBALAGENS DE AGROTÓXICO

Embalagens laváveis

Classificação dada às embalagens rígidas (plástico,metal, vidro) que acondicionam agrotóxicos para seremdiluídos em água.

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Embalagens não laváveis

Classificação dada às embalagens flexíveis (saquinhosplásticos, de papel, metalizados, ou mistos) e também àsembalagens rígidas que armazenam produtos que nãoutilizam água como veículo de pulverização (produtos paratratamento de semente, ultra baixo volume e formulaçõesoleosas).

Embalagenssecundárias

Classificação dadaàs embalagens que nãoentram em contato diretocom as formulações dosprodutos. São conside-radas embalagens nãocontaminadas e nãoperigosas (caixas depapelão, cartuchos decartolinas, fibrolatas).

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2 FAZER A TRÍPLICE LAVAGEMDeve ser realizada no momento que for retirada a

última dose da embalagem, fazendo o aproveitamento totaldo herbicida, evitando-se perdas e contaminação.

2.1 ABRA A TAMPA DO TANQUE DOPULVERIZADOR

2.2 ESVAZIECOMPLETAMENTEO CONTEÚDODA EMBALAGEMNO TANQUE DOPULVERIZADOR

2.3 ADICIONE ÁGUA LIMPA ÀEMBALAGEM ATÉ ¼ DO SEU VOLUME

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2.4 TAMPE BEM AEMBALAGEM

2.5 AGITE POR30 SEGUNDOS

2.6 DESPEJE AÁGUA DELAVAGEM NOTANQUE DOPULVERIZADOR

2.7 FAÇA ESTA OPERAÇÃO TRÊS VEZES

2.8 FECHE ATAMPA DOTANQUE DOPULVERIZADOR

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Alerta ecológico: O descarte correto dasembalagens contribui para reduzir apoluição ambiental.

2.9 INUTILIZE AEMBALAGEMPLÁSTICA OUMETÁLICA,FURANDO OFUNDO

3 CONHECER ASRESPONSABILIDADES DOUSUÁRIO

3.1 PREPARE AS EMBALAGENS VAZIAS PARADEVOLVÊ-LAS NAS UNIDADES DERECEBIMENTO, SEPARANDO-AS PORCATEGORIA

• Embalagens rígidas laváveis: fazer a tríplicelavagem ou lavagem sob pressão.

• Embalagens rígidas não laváveis: mantê-lasintactas, adequadamente tampadas e semvazamentos.

• Embalagens flexíveis contaminadas: guardá-las emsacos plásticos padronizados.

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3.2 ARMAZENE, TEMPORARIAMENTE, ASEMBALAGENS VAZIAS NA PROPRIEDADE

3.3 TRANSPORTE AS EMBALAGENS PARA AUNIDADE DE RECEBIMENTO MAISPRÓXIMA

3.4 DEVOLVA AS EMBALAGENS VAZIAS PARAA UNIDADE DE RECEBIMENTO MAISPRÓXIMA, NUM PRAZO MÁXIMO DE UMANO APÓS A COMPRA

3.5 MANTENHA EM SEU PODER OSCOMPROVANTES DE ENTREGA DASEMBALAGENS E A NOTA FISCAL DECOMPRA DO PRODUTO

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE DEFESA VEGETAL – ANDEF. Destinaçãofinal de embalagens de agrotóxicos: manual de orientação.Campinas, SP: Linea Creativa, 2000.

IWAMI, A. et al. Manual de uso correto de equipamentos deproteção individual. Campinas, SP: Linea Creativa, ANDEF2001.

LORENZI, H. Manual de identificação e controle de plantasdaninhas: plantio direto e convencional. 5ª ed. Nova Odessa,SP: Instituto Plantarum, 2000.

PIO, L. C. MATUO, T. ; RAMOS, H. ; FERREIRA, L. R. Tecnologia deaplicação e equipamentos. Brasília: ABEAS, 2002.

SILVA, A. A. et al. Controle de plantas daninhas. Brasília: ABEAS,2002.

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AGRADECIMENTOS

Aos Srs. Sérgio Soares Monteiro eDomingos Monteiro da Silva por

terem disponibilizado a suapropriedade rural, o sitio São

Domingos, no município Viçosa-MG,como cenário para tirar as fotografias.

Ao Estudante de agronomia RômuloFrancinelli Zanettie e ao funcionáriodo setor da Agronomia da UFV JoséLuciano da Silva por terem auxiliado

nos trabalhos de campo.